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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE AGRONOMIA
COMPARAÇÃO DE FUNGICIDAS NO MANEJO DE DOENÇAS FOLIARES DO MILHO (Zeamays), NO MÉDIO NORTE
MATOGROSSENSE
RÔMULO FERNANDO POLETTO
SORRISO - MT 2014
2
RÔMULO FERNANDO POLETTO
COMPARAÇÃO DE FUNGICIDAS NO MANEJO DE DOENÇAS
FOLIARES DO MILHO (Zeamays), NO MÉDIO NORTE MATOGROSSENSE
Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Agronomia da FACEM, como parte dos requisitos para a obtenção do titulo de Eng. Agrônomo sob orientação do Prof. Dr.Eder Novaes Moreira.
SORRISO – MT 2014
3
DEDICATÓRIA
Dedico primeiramente a Deus e aos meus pais CleodimarPoletto e Gianete Maria RissiPoletto, que me proporcionaram mais esta conquista.
4
AGRADECIMENTO
Agradeço a Deus que me deu saúde e força para superar os obstáculos que a vida nos proporciona.
A todos os professores que me passaram conhecimento e sabedoria, em especial ao meu orientador Prof. Dr. Eder Novaes Moreira.
A toda minha família que de algum modo me ajudou a alcançar mais esse objetivo.
A todos meus colegas de faculdade e amigos pessoais que me apoiaram e me ajudaram tanto nos momentos difíceis quanto nos de alegria.
E a todos que direta e indiretamente contribuíram com a realização deste trabalho. O meu muito obrigado.
5
RESUMO
As manchas foliares causadas por fungos destacam-se por resultarem
em danos na produção e na qualidade dos grãos colhidos, ocorrendo com maior frequência e intensidade na região Centro Oeste do Brasil, sobretudo em semeaduras tardias, plantio em monoculturas e nos híbridos suscetíveis, como na safra 2014. Em ensaio conduzido no campo, determinou-se o desempenho de fungicidas associados a misturas de estrubirulinas e triazois, manejando fungos que atacam parte aérea e podem interferir na produção de fotossimilados.O experimento foi conduzido na Fazenda Alvorada, no município de Sorriso - MT (13º03’188” Sul, 55º23’562” Oeste) na safra de 2014, entre os meses de Março/2014 a julho/2014. Utilizou-se o híbrido de milho Agro Este1555. Foi empregado o delineamento de blocos casualizados, com parcelas de seis metros de comprimento com oito linhas de semeadura espaçadas em 50 cm. Para severidade houve diferença significativa entre a testemunha e entre os tratamentos, com o tratamentoPyraclostrobina+ Epoxiconazole,sobressaindo sobre os demais. No estudo de MMG (Massa de mil grãos), não houve diferença significativa com a testemunha, e nem com os tratamentos. Na quantificação de rendimento (kg/há), também não houve diferenças significativas entre testemunha e tratamentos, mas houve uma diferença absoluta de 199,8 kg/ha, aproximadamente 3.33 sacas/há comparando as medias dos dois melhores tratamentos Trifloxistrobina + protioconazol e Trifloxistrobina+ Tebuconazole, com a testemunha isenta de fungicida.
Palavras-chave: controle químico, manchas foliares, Zeamays
6
ABSTRACT
Leaf spots caused by fungi stand out because they result in damage to the production and quality of harvested grains, occurring with greater frequency and intensity in the Central West of Brazil, especially in late sowing, planting monocultures and susceptible hybrids, as in in 2014 crop trial conducted in the field, fungicide performance was determined associated with mixtures of estrubirulinas and triazoles, handling fungi that attack shoot and can interfere with the production fotossimilados. The experiment was conducted at Dawn Farm, in the municipality of Sorriso - MT (13º03'188 "South, 55º23'562" West) in the 2014 season, between the months of March / 2014 to July / 2014. We used the corn hybrid Agroeste 1555. This was used a randomized complete block design with plots of six meters long with eight sowing lines spaced 50 cm. For severity was no significant difference between control and among treatments, with Pyraclostrobina + Epoxiconazole treatment, standing on the other. In the study of MMG (thousand grain weight), there was no significant difference with the witness, and not with the treatments. In the measurement of yield (kg / ha), there were no significant differences between control and treatment, but there was an absolute difference of 199.8 kg / ha, approximately 3:33 bags / ha comparing the averages of the two best treatments Trifloxystrobin + prothioconazole and Trifloxystrobin + tebuconazole, with the control containing no fungicide.
KEYWORDS:chemical control, leaf spots, Zea mays
7
LISTA DE TABELA Tabela 1- Resumo dos tratamentos ingrediente ativo e dosagem
de produtos utilizados no teste. 10
Tabela 2 - Médias Gerais dos tratamentos submetidos a diferentes dosagens de adubação nitrogenada. Nova Ubiratã MT, 2013/2014..........................................................................
21
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Gráfico de severidade de manchas foliares em milho safrinha. FACEM/Sorriso – MT, safra 2013/2014.
22
Figura 2- Produtividade nos diferentes fungicidas no controle de manchas foliares em milho safrinha. FACEM/Sorriso – MT, safra 2013/2014.
22
Figura 3-
Massa de mil grãos nos diferentes fungicidas no controle de manchas foliares em milho safrinha. FACEM/Sorriso – MT, safra 2013/2014.
22
9
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 10 1 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 12 1.1 A CULTURA DO MILHO: Características Gerais .................................... 12 1.2 A IMPORTÂNCIA DA CULTURA DO MILHO ........................................... 12 1.3 DANOS CAUSADOS PELAS DOENÇAS FOLIARES .............................. 13 1.4 APLICAÇÕES FOLIARES DE FUNGICIDAS NA CULTURA DO MILHO 13 1.5 TIPOS DE AÇÃO DOS FUNGICIDAS ....................................................... 14 2. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................... 15 2.1 MATERIAIS ................................................................................................ 15 2.2 MÉTODOS ................................................................................................. 15 3.0 RESULTADOS E DISCUSSÂO ................................................................. 17 CONCLUSÃO .................................................................................................. 21 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 22 ANEXOS .......................................................................................................... 24
10
INTRODUÇÃO
Na última década a cultura do milho tornou-se importante no Mato
Grosso, no entanto, o preço da tonelada não estimula o produtor usar
tecnologias, refletindo na produtividade.
Com aproximadamente 960 milhões de toneladas o milho é o cereal de
maior volume de produção no mundo. Seus maiores produtores estão
representados por Estados Unidos, China, Brasil e Argentina, tendo um volume
de produção de 70% a nível mundial (PIONEER, 2014).
O milho pode ser usado de diversas formas, sendo mais empregado ao
uso da alimentação animal até a indústria de alta tecnologia. Mais
especificadamente, o uso do milho em grão como alimentação animal
representa a maior parte do consumo desse cereal, cerca de 70% no mundo.
Nos Estados Unidos, cerca de 50% é destinado a esse fim, enquanto que no
Brasil varia de 60% a 80% (EMBRAPA, 2011).
Segundo CONAB (2013) a quantidade de milho plantada no Brasil na
safra 13/14 foi de 15616,1 mil ha, tendo uma produtividade média de 5108
kg/há, obtendo assim uma produção de 79839 mil toneladas. Já no estado de
Mato Grosso a área plantada foi de 3423,9 mil ha com média de 5808 kg/há
tendo uma produção de 19887,3 mil toneladas.
Diversos fatores podem limitar o rendimento da cultura do milho, dentre
elas: o potencial genético do híbrido, a fertilidade do solo, a distribuição das
chuvas durante o ciclo da cultura, pragas, ervas daninhas e as doenças.
O milho pode ser afetado na fase inicial por fungos veiculados pelas sementes
e solo. Posteriormente, as doenças foliares podem reduzir a área foliar
ocasionando perdas na produtividade.
Dentre as doenças que ocasionam maiores perdas para cultura do
milho no Mato Grosso, destacam-se, ferrugem polissora, ferrugem comum,
cercosporiose e ahelmintosporiose, (CASA, et al, 2006).
A resistência genética, tratamento de sementes, adubação
equilibrada,densidade adequada de plantas, rotação de culturas e o uso de
fungicidas na parte aérea, destacam-se entre as principais estratégias
possíveis e viáveis de serem utilizadas pelos produtores do Centro-Oeste
(CAMPOS et al.; 2013).
11
Uma das maneiras para reduzir os danos causados pelas manchas
foliares do milho é a aplicação de fungicidas nos órgãos aéreos,afim
de,minimizar as perdas e garantir o potencial de produtividade do híbrido e
tecnologia adotada.
O manejo adotado, o híbrido e a época de semeadura podem interferir
na intensidade das doenças, diante deste contexto, torna-se necessário
conhecer o desempenho dos fungicidas no controle das manchas foliares.
E por fim estabelecer e verificar se a época de aplicação escolhida se
torna viável ao produtor na tomada de decisão de aplicação ou não dos
fungicidas na parte aérea da planta.
12
1 REVISÃO DE LITERATURA
1.1 A CULTURA DO MILHO: Características Gerais
O milho pertence a família das Poáceas (antiga família das gramíneas).
Representa uma espécie anual, estival, cespitosa, ereta, com baixo filhamento,
monóico-monoclina, classificada no grupo das plantas C-4. As
espiguetasmasculinas adaptadas com espigas veticiladas terminais com grão
denominado cariopse em que o pericarpo esta fundido com o tegumento da
semente. As espiguetas femininas se fixam nas partes em que várias ráquis
estão reunidas (sabugo) protegidas por brácteas (espiga de milho),
representada por um único estigma, ou seja, a barba do milho. Sendo uma
planta com ampla adaptação a diferentes condições de ambiente (AGROLINK,
2014).
O milho possui várias formas de utilização no mundo todo, tornando-o
produto de maior produção e beneficiamento do mundo. Sua forma deutilização
vai desde a alimentação animal até a indústria de alta tecnologia. Mais
especificadamente, o uso do milho em grão como alimentação animal
representa a maior parte do consumo desse cereal, cerca de 70% no mundo.
Nos Estados Unidos, cerca de 50% é destinado a esse fim, enquanto que no
Brasil varia de 60% a 80% (EMBRAPA, 2011).
1.2 A IMPORTÂNCIA DA CULTURA DO MILHO
Segundo Fancelli (2008), a origem do milho (Zeamays L.) é até hoje
muito discutida, porém existem relatos de que a espiga de milho mais antiga
que se tem conhecimento foi descoberta em 6.000 a.c no México, onde as
civilizações pré-colombianas (astecas, maias e incas), não só dele se
alimentavam, mas também estabeleceram uma relação de cunho religioso.
Segundo CAT - Clube Amigos da Terra (s/d), na busca de formar um
tripé da sustentabilidade, torna-se necessária a prática de rotação de culturas e
a formação de palhada nas lavouras cultivadas, para que não sejam degradas
rapidamente em regiões muito quentes, como é o caso do centro-oeste, pois
13
adota a culturas de milho, soja e outros, contribuindo com a implantação do
sistema de plantio direto.
1.3 DANOS CAUSADOS PELAS DOENÇAS FOLIARES
Segundo EMBRAPA (2011), existem vestígios de ataque de várias
doenças à cultura do milho na região do centro norte de Mato Grosso, como é
o caso das bipolares (Bipolarismaydis), Kabatiela (Kabatiellazeae), e mancha-
foliar de Phaeosphaeria (Phaeosphaeriamaydis), o complexo de doenças
foliares, composto por cercosporiose (Cercosporazeamaydis e
Cercosporasorghi), helmintosporiose (Exserohilumturcicum), ferrugens
(Pucciniapolysora e Pucciniasorghi) e mancha branca do milho que tem sido
documentada por causar perdas na cultura.
Segundo Casa et al.; (2004), os danos causados pelas doenças
foliares no milho são decorrentes do mau funcionamento e da destruição dos
tecidos fotossintéticos, decorrente do aumento de número e da área de lesões,
que podem determinar a necrose de toda a folha, a necrose corresponde à
morte precoce das folhas, assim impedindo que a mesma realize a fotossíntese
e impedindo-a de enviar fotossintatos ao desenvolvimento dos grãos.
Segundo Fantin (2006), para o controle dessas doenças recomenda-se
o uso de cultivares resistentes, seguindo rigorosamente uma boa rotação de
cultura, semeadura do milho na época correta, conforme a região, adoção de
sementes de boa qualidade, de preferência sementes tratadas com fungicidas
e inseticidas, bom manejo de solo, seguir a densidade recomendada, uma boa
adubação, adoção de um controle de pragas e plantas daninhas.
1.4 APLICAÇÕES FOLIARES DE FUNGICIDAS NA CULTURA DO MILHO
Segundo Barros (2008), atualmente tem-se realizado aplicações
foliares de fungicidas químicos na cultura do milho em quase todo o território
nacional, essas aplicações ficaram decididas pelos responsáveis na área da
agricultura. As mesmas estão sendo realizadas apenas nas áreas de maior
potencial produtivo, principalmente no milho verão e safrinha, bastante
14
cultivada na região do médio norte de Mato Grosso, com a produção constante
e condições climáticas para a incidência de doenças na cultura, principalmente
com relação à altitude. Muitas vezes há a necessidade do uso complementar de fungicidas na parte
aérea das plantas, o que tem se mostrado economicamente viável, principalmente em lavouras bem conduzidas e com bom potencial produtivo, sobretudo quando instaladas em área de risco de epidemias (FANTIN, 2006).
1.5 TIPOS DE AÇÃO DOS FUNGICIDAS
Segundo EMPRAPA (2003), quanto ao modo de ação os produtos
químicos, como os fungicidas, podem ser separados em: preventivos quando
têm a finalidade de proteger a planta antes que as doenças se hospedem,
curativos quando têm a finalidade de cicatrizar a planta que já está infectada
pela doença e sistêmicos quando ficam presentes no sistema fisiológico da
planta por certo período. Atualmente, os fungicidas apresentam interface para
dois mecanismos: estrobilurinas e triazóis, havendo triazóis extremamente
seletivos e de alta translocação nas culturas, especificamente de milho e de
soja. A relação entre a rápida translocação e a ação do fungicida na planta
depende da sua liposolubilidade e da sua hidrosolubilidade.
O uso global de fungicidas em grandes áreas deve ser bem
dimensionado em relação à tecnologia e disponibilidade de máquinas para o
produtor, evitando, assim, o controle curativo. Aplicações de fungicidas triazóis
de elevada absorção pelas folhas ou que são de rápida entrada e menor
translocação devem ser usados com cautela nas horas mais quentes do dia e
em misturas com formulações oleosas... (ZAMBOLIM, 1986).
15
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 MATERIAIS Trator T8 385 New holland.
Semeadeira Sol TT 3640 SEMEATO.
Variedade de milho Agro Este 1555.
Fertilizante formulado 20-00-20 (N – P2 O5 – K2O).
Maquina de CO2, disposta de 6 bicos de pulverizações.
Trena.
Balança de precisão.
Aparelho de umidade.
Estacas.
EPI: Equipamento de proteção individual.
Calculadora.
Trilhadora.
2.2 MÉTODOS
O ensaio em campo foi realizado na fazenda Alvorada de posse do
proprietário CleudineiPoletto, situada no estado de Mato Grosso no município
de Sorriso, mais precisamente no distrito de Caravágio. As coordenadas
geodésicas, no local da área do experimento, são de, sul 13º03’188”, oeste
55º23’562” ecom altitude de 437 metros.
O solo é classificado como de textura argilosa, com ph de
aproximadamente 6.0.
O ensaio foi semeado em cima na área de monocultura de milho.
A semeadura foi realizada no dia 04 de março de 2014, com
espaçamento de 0,50 m com uma população de 60.000 plantas/ ha.
Adotou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, com 6
tratamentos, e quatro repetições, formando o campo experimento com 24
parcelas .Cada uma das parcelas possuíam 4,0 m de largura e 6,0 m de
comprimento totalizando 24,0 m² de área tratada. Listado em Anexo A.
16
Utilizou-se adubação a lanço na quantidade de 370 kg.ha-1de 20-00-20
(N-P-K)aproximadamente em R3.
Foi realizado para controle de ervas daninhas o herbicida Atrazina, na
dosagem de 3,0 kg ha-1 e Nicosulfuron, nadosagem de 0,03 kg ha-1, em pós-
emergência.
A aplicação dos fungicidas testados foi exercida com uma maquina de
CO2 equipada com 6 bicos de pulverização, obtendo uma vasão de 170 litros
por há.
Dentre os 6 tratamentos, 5 foram misturas com estrubilurinas e triazois
e uma testemunha isenta de fungicida, listado na tabela 1.
Tabela 1. Resumo dos tratamentos ingrediente ativo e dosagem de produtos utilizados no teste.
TR PRODUTOS INGREDIENTES ATIVO Dose (ml/ha)
1 Testemunha ----- --- 2 Abacus Piraclostrobina+ Epoxiconazole 0,250 3 Horos Picoxistrobina + tebuconazole 0,500 4 Aproach Prima Picoxistrobina + ciproconazol 0,500 5 Fox Trifloxistrobina + protioconazol 0,500 6 Nativo Trifloxistrobina+ Tebuconazole 0,600
Foi feito uma aplicação em pré-pendoamento durante o ciclo da
cultura.Foram exercidas duas analises no experimento,uma 20 dias após a
aplicação dos fungicidas, onde foi feita a quantificação da doença, verificado
sua evolução com dano causado na folha,e outra, feita em campo 17 dias após
a primeira analisando possível mudança no panorama do estande. Estas
estimativas foram feitas em % de dano, onde se comparou primeiramente a
testemunha e depois os tratamentos entre si.
Foram avaliadas três plantas por parcelas analisando a folha da espiga
(0), uma abaixo (-1), uma a cima (+1), quantificando o crescimento da doença
após aplicação dos tratamentos, sendo duas plantas na segunda analise.
Para analise do rendimento e MMG (Massa de mil grãos) foram
colhidas 10 (Dez) espigas por parcelas, colocadas em bolsas separadamente,
feito a trilhagem e pesagem dos grãos para obter estudo dos resultados.
17
Os dados forma submetidos a análise de variância e posterior
comparação de médias,Duncan 5% pelo programa, (SAS 9.1).
3.0 RESULTADOS E DISCUSSÂO
Como podemos observar, abaixo, estão os resultados de duas analises
de severidade exercida no teste. Ao lado esquerdo, disponibiliza-se a primeira
analise da média da percentagem de severidade da folha +1, folha da espiga 0
e folha -1, gráficos A, B e C. Ao lado direito,esta expressa a segunda analise
com os mesmos parâmetros,gráficos D, E e F.
A5,50
B1,01
BC1,25
CD1,46
D3,00
D2,58
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
Seve
rida
de %
Fungicidas
Folha +1 (A)
CV%= 31,99
A4,63
B1,50
B1,13
B1,63
B2,25
B1,88
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
Seve
ridad
e %
Fungicidas
Folha +1 (D)
CV%= 60,95
A5,50
B1,01
BC1,25
CD1,46
D3,00
D2,58
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
Seve
ridad
e %
Fungicidas
Folha da espiga - 0 (B)
CV%= 32,84
A7,75
B2,88
B2,75
B3,38
B4,25 B
3,63
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
Seve
ridad
e %
Fungicidas
Folha da espiga - 0 (E)
CV%= 54,79
18
Figura 01 – Gráfico de severidade de manchas foliares em milho safrinha. FACEM/Sorriso – MT, safra 2013/2014.
Analisando os gráficos acima, podemos verificar que todos os
tratamentos diferenciaram da testemunha isenta de fungicida, verificando a
severidade das manchas foliares na folha +1, 0, -1, feitas 20 dias após a
aplicação dos tratamentos, conforme mostra nos gráficosA, B e C.
Podemos também ver que, na segunda analise, gráficos D, E, F,
exercida 17 dias após a primeira, verificamos que, apesar de um leve aumento
na severidade da doença, não modificou muito o panorama da primeira analise,
entendendo assim, que os fungicidas conseguiram paralisar o aumento da
severidade e cumpriram seu papel, em comparação com a testemunha que
aumentou sua intensidade.
Visando a severidade, o produto que apresentou melhor controle
dentre os cinco testados, foi o tratamentoPyraclostrobina+ Epoxiconazole, e o
que pior controlou foi o tratamentoTrifloxistrobina + protioconazol, tendo
resultado parecido na maioria dos gráficos.
Outra observação é que, as maiores severidades estão na folha -1 e
folha de espiga, pois, a doença do milho inicia-se nas folhas do baixeiro e vem
subindo para as folhas mais altas conforme a planta cresce.
Além da severidade de doença, outro aspecto estudado é a
produtividade dos diferentes tratamentos, uma vez que, segundo Costa et al.;
(2009), a aplicação de fungicida apenas evita perdas na produtividade devido
ao ataque de doenças, através da proteção conferida durante parte do período
de enchimento dos grãos e não aumenta o potencial produtivo da cultura,
devido, os fatores que afetam a produtividade já estarem estabelecidos.
A10,67
B1,94
BC1,83
CD2,75
D5,17 D
4,00
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
Seve
ridad
e %
Fungicidas
Folha -1(C)
CV%= 21,80
A9,75
AB5,13
B5,00
B5,75
B7,50 B
6,63
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00Folha -1 (F)
CV%= 28,59
19
O gráfico abaixo apresenta a quantidade de kg/há que foi colhido em
cada tratamento.
Figura 02 – Produtividade nos diferentes fungicidas no controle de manchas foliares em milho safrinha. FACEM/Sorriso – MT, safra 2013/2014.
Apesar de a severidade ter mostrado diferença, o gráfico de
produtividade acima informa que os tratamentos não se
diferenciaramsignificamente entre si, e nem da testemunha, como o de Costa
et al, (2012), que Houve, redução significativa da severidade para as
doenças,onde foram aplicados os fungicidas, em relação à testemunha, porém,
não houve diferença entre os tratamentos com fungicidas e nem na
produtividade.
O tratamento de Trifloxistrobina + protioconazolapesar de apresentar
maior severidade de doença, quando calculou-se a produtividade,observou-se
os maiores valores de rendimento de grãos. Já para o tratamento
Pyraclostrobina+ Epoxiconazole foi que expressou menor severidadenas três
folhas avaliadas para o rendimento ele foi o menor.
Segundo Costa et al.; (2009), para um alcance ótimo de produtividade,
tem que haver a junção de cinco componentes de produtividade da cultura do
milho, que são, número de plantas/há, número de espigas/planta, número de
fileiras/espiga, número de grãos/fileira e peso de grãos.Esse ultimo é o que
interfere diretamente na manutenção da produtividade por há, onde, os
A7363,5
A7392
A7509
A7507,5
A7578
A7554
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
Prod
utiv
idad
e (k
g/ha
)
TramentosCV%= 7,37
20
fungicidas aplicados, vão tentar manter este potencial de rendimento ao
máximo, sem exercer perdas pelas doenças.
Figura 03 – Massa de mil grãos nos diferentes fungicidas no controle de manchas foliares em milho safrinha. FACEM/Sorriso – MT, safra 2013/2014.
Conforme o gráfico acima mostra, a massa de mil grãos, não houve
diferenças significativas entre os tratamentos, e nem comparado com a
testemunha.
Neste gráfico, o tratamento que rendeu maior massa de mil grãos, foio
tratamento Trifloxistrobina+ Tebuconazole, e oque pior se apresentou, foi o
tratamentoPyraclostrobina+ Epoxiconazole.
Podemos verificar resultados parecidos em outros trabalhos de
pesquisa como o de Vilela et al.; (2012), que confirma a aplicação foliar de
fungicidas verificando diferença apenas na severidade da doença mas não no
peso de mil grão.
A248 A
235
A244
A247
A249
A257
0
50
100
150
200
250
300
Mas
sa d
e m
il gr
ãos (
grs)
TratamentosCV%= 7,60
21
CONCLUSÃO
Para as aplicações realizadas em pré-pendoamento, todos os
tratamentos com fungicidas foram eficientes no manejo das doenças foliares,
comparado com a testemunha.
O tratamentoPyraclostrobina+ Epoxiconazole,apresentou maior
eficiência no controle das manchas foliares,e amenor eficiência foi no
tratamento com Trifloxistrobina + protioconazol.
Apesar de não ter alcançado diferenças significativas para rendimento
(kg/há), os tratamentos que apresentaram os maiores valores absolutos foram
Trifloxistrobina + protioconazol e Trifloxistrobina+ tebuconazole, tendo uma
diferença média absoluta de 199,8 kg/há, ou seja, aproximadamente 3,33
sc/ha.
Para a variável MMG (Massa de mil grãos), os tratamentos
Trifloxistrobina + protioconazol e Trifloxistrobina+ Tebuconazole, foram
superiores.
22
REFERÊNCIAS
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23
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ANEXOS ANEXO A. Croqui do experimento.
8 linhas 8 linhas 8 linhas 8 linhas
B4 B3 B2 B1
6 m
4 19
5 13
6 7
1 1
6 m
5 20
6
14
1 8
2 2
6 m
6 21
1 15
2 9
3 3
6 m
1 22
2
16
3 10
4 4
6 m
2 23
3
17
4 11
5 5
6 m
3 24
4
18
5 12
6 6