Cartilha de Hidroponia 0810

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    CARTILHA BSICA

    DE

    ORIENTAO AO

    CULTIVO HIDROPNICO

    4a.Edio : agosto/2010

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    N D I C E

    Introduo Aspectos de anlise____________________________ 2

    Anlise e Implantao_____________________________________ 5

    Equipamentos

    Casa de vegetao ou estufa_________________________ 10

    Aparelhos de medio________________________________ 11 Reservatrio._______________________________________ 13

    Conjunto Motobomba.________________________________ 14

    Perfis e bancadas___________________________________ 15

    Germinao e cultivo Maternidade ou Germinao___________________________ 20

    Berrio ou Pr-crescimento___________________________ 21

    Crescimento final____________________________________ 22

    Soluo nutritiva__________________________________________

    22

    Cuidados gerais__________________________________________ 23

    Bibliografia______________________________________________ 25

    Esta cartilha tem por objetivo orientar sobre a implantao e tcnica de hidroponia de umaforma simples e objetiva para permitir um conhecimento inicial e orientar os que querem ini-ciar um cultivo bem como aqueles apenas interessados no assunto.

    No h a pretenso de ser um curso especfico e muito menos de substituir os cursos exis-tentes muito mais voltados rea tcnica e ministrado por especialistas.

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    INTRODUO

    Vindo do grego, a palavra hidroponia significa trabalho com gua, ou seja, a denomi-nao de uma tcnica de cultivo de hortalias de folhas, frutos e flores em que o solo

    substitudo por uma soluo nutritiva e um apoio. Embora haja referncia de cultivos emgua h sculos, foi na dcada de 30 que o Dr. GerikeToda planta para o seu desenvolvimento precisa de basicamente 5 fatores : apoio,

    gua, sol, ar e nutrientes. A hidroponia prov todos estes fatores independendo do solo, que a fonte maior de patgenos, e ainda mais, fornecendo uma proteo s intempries maisfortes por meio de casas de vegetao.

    Vamos abordar rapidamente alguns aspectos importantes do cultivo de plantas:

    Todas as plantas precisam de certas condies para se desenvolverem com sade. Provertodas elas a funo de qualquer cultivo e o que determina a qualidade daquilo que se vaiproduzir. Estes fatores so:

    Luz atravs da luz solar que as plantas adquirem energia, por meio de suas fo-lhas para fazer a fotossntese. Portanto, a menor incidncia de luz significamenor crescimento. As hortalias em geral precisam de radiao direta e noapenas claridade.

    Ar Oxignio/CO2A planta necessita de oxignio para poder se alimentar e a retira do ar ou daprpria soluo nutritiva o oxignio dissolvido. Por isso a oxigenao da solu-o fundamental. Quanto mais oxignio dissolvido na soluo melhor a ab-

    soro de nutrientes. Tambm retira do ar o carbono que ser utilizado paraelaborar os compostos de carbono que precisa, como aminocidos e protenas.

    NutrioA planta precisa de elementos qumicos que sero combinados com o carbo-no para criar seus compostos orgnicos utilizados na estruturao de razes,folhas, flores e frutos.A composio e concentrao dos nutrientes na soluo que vo determi-nar a sade, tamanho e grau de crescimento de folhas e frutos. Manter a so-luo ajustada e utilizar ingredientes de alta qualidade imprescindvel.

    ApoioA planta precisa de um apoio para firmar suas razes e retirar de uma soluonutritiva os elementos que precisa enquanto mantm suas folhas recebendoa luz solar

    Em hidroponia substitumos o solo, nos fatores apoio e nutrientes, fazendo com que a plantatenha tudo o que teria no solo, com vantagens de ter a sua nutrio perfeitamente balance-ada.

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    Alm de satisfazermos estas necessidades, nos preocupamos com outros fatores que vonos ajudar a controlar o ambiente mais adequado ao desenvolvimento das plantas:

    Acidificao e alcalinidadeO pH influencia no comportamento de certos elementos e o seu controle per-mite que as plantas se alimentem corretamente evitando deficincias. Algunselementos no se dissolvem e se precipitam se o pH no estiverem em nveisde pH adequados. A faixa ideal de trabalho de 5,5 a 6,5.

    TemperaturaA temperatura tambm pode provocar deficincia nutricional. O Fsforo, porexemplo no ser bem absorvido em temperaturas inferiores a 15C, embora aplanta suporte temperaturas inferiores a esta. Tambm teremos uma perda de

    oxignio em temperatura altas. Da mesma forma a temperatura da soluonutritiva no deve exceder os 30C.

    Areao/ VentilaoComo as plantas utilizam CO2no processo, precisam de ar fresco sempre re-novado. Da mesma forma uma boa ventilao ajuda a planta a se alimentarpois precisam transpirar pelas folhas para sugarem pelas razes . A escolha daestufa fundamental neste aspecto.

    Pureza da guaA gua o mais importante neste processo e deve ser pura e potvel. Portan-

    to uma anlise da gua essencial para identificar possveis minerais em ex-cesso que possam prejudicar as plantas ou que devam exigir uma alteraona composio da soluo nutritiva e no manejo. A gua das redes conces-sionrias pode ser usada sem problemas depois de descansada para que ocloro evapore. gua de rios e lagos so mais complicadas pois no mantmum padro nas suas caractersticas e exigiria anlises freqentes.

    A hidroponia vem evoluindo constantemente e tomou um grande impulso nos ltimosanos alicerada nas pesquisas acadmicas, no desenvolvimento de tcnicas e tarefas pelosprodutores e tambm pela pesquisa e desenvolvimento gerado pela Hidrogood que mantmparcerias com mais de 40 universidades e rgos de pesquisa no Brasil e no exterior, bemcomo acompanha seus clientes numa troca de informaes permanente.

    Por esta razo, acompanhando o desenvolvimento da tcnica em todo o mundo, fcil afirmar que no Brasil estamos muito avanados neste tipo de cultivo e nos materiais einsumos necessrios ao seu crescimento.

    O horticultor hidropnico hoje no Brasil se destaca do tradicional e percebeu nestatcnica uma eficincia e qualidades que trazem grandes benefcios financeiros e ambien-tais. Esta viso voltada ao futuro os encaminhou a esta tcnica que se firma como a maisavanada na olericultura. O hidroponista alm de agricultor, um pesquisador e um homemde negcios com uma viso empresarial.

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    O cultivo de hortalias em hidroponia uma tcnica que vem se aprimorando e conquistan-do adeptos no exterior e no Brasil h vrios anos devido s suas vantagens em relao aocultivo tradicional no solo. Entre as vrias vantagens, destacamos as seguintes:

    Melhor ergonomia (posio de trabalho) pelo uso de bancadas que permitem o traba-lho em posio ereta e no curvado sobre o solo. Isto torna o trabalho mais leve, me-lhora a eficincia e reduz a mo-de-obra.

    Melhor higiene no cultivo pelo maior controle dos nutrientes e gua utilizados. A guade irrigao pura e os fertilizantes puros, sem contaminaes, criando uma plantasaudvel e de qualidade excelente.

    Menor infestao de pragas e fungos e maior facilidade no tratamento destes. Os pa-tgenos esto localizados no prprio solo e ao fazermos o cultivo sem o solo, diminu-mos muito a contaminao. As bancadas ergonmicas permitem a visualizao das

    infestaes com mais facilidade.

    Maior garantia de fornecimento ao cliente por se tratar de cultivo protegido. As intem-pries fortes estragam os cultivos de solo, trazendo prejuzos por destruir as colhei-tas.

    Maior tempo de prateleira para a comercializao do produto. Quando o produtor co-lhe no solo tem que matar a planta cortando a sua raiz para colher. Neste instante i-nicia-se a sua degradao. O produto hidropnico colhido com sua raiz e a plantavai viva para a comercializao. Isto d 5 dias de prateleira contra 2 do produto colhi-do na terra.

    Alta qualidade do produto e maior rapidez na colheita. Uma planta protegida e bem a-limentada cresce com a melhor qualidade possvel. A ergonomia e a eliminao datarefa de cortar a raiz agiliza o embalamento.

    Maior produtividade. A alimentao balanceada faz com que a planta diminua o seuciclo de crescimento em relao ao cultivo tradicional. O produtor hidropnico podecolher de 2 a 3 safras a mais por ano. O uso de berrio com otimizao do espaopermite produzir cerca de 30% a mais no mesmo espao que o cultivo no solo.

    No h preocupao com a rotao de culturas e h eliminao de operaes comoarao, gradeao, coveamento, capina. O solo no fica cansado nem empobrecidopois no utilizado.

    A independncia do solo permite o cultivo bem prximo ao consumidor final.

    Retorno rpido do investimento e menor custo de operao. O custo de cultivo ge-ralmente menor no sistema hidropnico pelas vantagens j apresentadas e com umproduto de melhor qualidade o preo pode ter um diferencial tambm. Com um customenor de operao a amortizao do equipamento se dar de forma mais rpida,permitindo um reinvestimento e crescimento mais rpido tambm.

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    Economia de gua e respeito ao meio ambiente. Como a perda de gua se d ape-nas por evapotranspirao enquanto que no solo faz-se a irrigao em uma rea e aplanta aproveita apenas uma parcela. Em geral esta economia fica em torno de 70%.Tambm no h excesso de nutrientes acrescentados ao solo.

    Confiabilidade expressa pela embalagem que mostra a responsabilidade do produtorem relao ao consumidor. O produto hidropnico embalado e na embalagemconstam os dados do produtor. Isto d ao consumidor final uma garantia de qualida-de e sanidade.

    Evidentemente que no h apenas vantagens, j que o sistema exige um investimen-to inicial no equipamento e um certo conhecimento tcnico a ser adquirido em cursos espe-cializados. No entanto este investimento financeiro e intelectual compensa pelo rpido pay-back e o melhor lucro subseqente.

    Para os cursos no h necessidade de nenhuma escolaridade especfica.

    ANLISE E IMPLANTAO

    A implantao de um sistema hidropnico deve sempre ser precedido por algumasavaliaes para que esta deciso financeira venha de fato preencher suas aspiraes e ne-cessidades, como em qualquer negcio a ser montado.

    Basicamente devemos considerar principalmente dois aspectos: o comercial e o tc-nico. O primeiro varia muito de regio a regio com todas as suas caractersticas culturais,sociais e climticas. O segundo praticamente em funo da caracterstica climtica e doconhecimento especfico adquirido pelo produtor.

    Destacamos alguns pontos para orientar estas avaliaes. No uma regra, mas umadas orientaes sugeridas. Empresas como o SEBRAE podem ajudar na confeco de umPlano de Negcios que permita avaliar a viabilidade financeira do negcio.

    Anlise de mercadoPara determinar o mercado consumidor e a demanda do produto imprescindvel fazer

    um trabalho de pesquisa em possveis pontos-de-venda: supermercados, quitandas, vare-jes, restaurantes, hotis, bares, cozinhas industriais, condomnios, etc.

    Conversando com estes possveis clientes podemos determinar locais de entrega, pre-os, prazos, freqncia de entrega, quantidade, tipos e variedades de hortalias, etc.

    Esta anlise fundamental pois atravs dela que se vamos dimensionar a produo ecalcular todo o investimento, o retorno e o lucro. Por outro lado pode-se ter uma idia me-lhor dos produtos que este mercado potencialmente consumiria.

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    a primeira e a mais importante anlise a ser feita. Implantar uma instalao hidro-pnica e depois sair cata de clientes meio caminho andado para o fracasso.Investimento coisa sria e deve ser tratado como tal.

    Local de implantaoA escolha do local, se dar em funo das caractersticas do terreno, como gua de

    qualidade, declividade, ventos, proximidade de mo-de-obra, facilidade de escoamentoda produo e de obteno de insumos. No esquecer de prever o crescimento poisuma mudana futura para ampliao trabalhosa e custosa...

    A declividade ideal seria um terreno com 5% a 8% de inclinao. Se for necessriofazer terraplanagem, deve-se prever esta inclinao. Ventos moderados ou com prote-o contra ventos, boa ventilao, boa insolao, gua de boa qualidade e padro cons-tante. Bom acesso permite facilidade de obteno de trabalhadores, facilidade na entre-

    ga de produtos e facilidade na obteno de insumos e assistncia tcnica.

    Se h condies de escolha, em funo do mercado consumidor que melhor se de-terminaria o local adequado. Quanto mais perto do centro consumidor, menor o custo defrete. Isto tambm permite a venda no prprio local de cultivo.

    Marketing e Vendas

    Desenvolver sua habilidade de marketing essencial para fazer ver ao cliente que setrata de produto diferenciado, com inmeras vantagens (como citado anteriormente) eem sintonia com a atual demanda de mercado por qualidade e garantia.

    A hidroponia ainda no to difundida como gostaramos, por isso importante que oprodutor saiba vender e mostrar ao cliente as vantagens do produto hidropnico, taiscomo: garantia de fornecimento (mesmo com chuva, que destri cultivos no solo), quali-dade e segurana do produto cultivado (higiene, a planta com raiz mantm mais o vio,etc.), responsabilidade ( o produto entregue embalado com nome do produtor), tempode prateleira ( 5 dias contra 2 do cultivado no solo).

    O sistema de comercializao tambm pode tomar vrias formas que vo desde vendadireta no local de produo, entrega direta ao cliente ou venda a distribuidor. As faixasde preo e consequentemente lucro vo variar. Vender diretamente ao cliente d um va-lor agregado maior, mas implica em ter embalagem e frete. Vender ao distribuidor, opreo menor, mas o custo de embalagens e frete eliminado.

    A entrega pode ser diria, 1 ou 2 vezes por semana, quinzenal, mensal, etc. Quem vaideterminar isto o cliente e as negociaes feitas.O produto pode ser comercializado embalado ou no, ou minimamente processado (la-vado, picado e embalado).

    De maneira geral, entrar com mercado com preo abaixo do praticado pela concor-rncia pode significar que nunca mais voc possa reajustar o seu preo. Mais vale pri-mar pela qualidade, garantia de fornecimento com preo justo.

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    Equipamento

    Ao fazer a deciso de como implantar seu projeto, tenha em mente que uma aparen-te economia inicial no incio ir se refletir em custo de mo-de-obra e produtividade (ma-

    nejo) ao longo do tempo, portanto a modernizao de equipamentos fundamental.Improvisaes so necessrias quando no h alternativas, mas se no so substitu-das tornam-se mais onerosas e fatalmente influenciaro na qualidade e preo do produ-to, bem como no custo de manejo.

    Em equipamentos inclumos alm da estufa e perfis hidropnicos, os aparelhos demedio, reservatrio, bombas, sistema hidrulico e eltrico, rea de preparao de so-luo e germinao.

    Energia Eltrica

    A energia eltrica em hidroponia to essencial como a gua, portanto eventuaisproblemas de falta de energia devem ser previstos para determinar quais as melhores al-

    ternativas a serem adotadas em funo do custo-benefcio.

    As solues so vrias, e em funo do tamanho e disponibilidade financeira podemser:

    Manter um reservatrio cheio de gua em uma altura superior s bancadase ligado ao sistema de irrigao com um registro. Desta forma, na falta deenergia, podemos manualmente fazer passar gua pelo sistema e manteras razes das plantas midas. As plantas podem ficar sem nutrio de umdia para o outro sem problema, mas no podem ficar mais de uma horasem gua num dia quente...

    Ter como reserva uma bomba gasolina ou a diesel para ser acionada esubstituir a bomba eltrica.

    Manter um gerador, que entre em operao quando necessrio.

    Na pior das hipteses, alimentar manualmente com gua a cada 15 minutos pode resol-ver momentaneamente o problema...

    Tamanho inicial da instalaoEmbora seja o mercado consumidor quem vai ditar os nmeros de produo, inte-

    ressante iniciarmos a instalao com um projeto piloto, enquanto se adquire experincia,prevendo-se as futuras ampliaes.

    No esquea que grande parte do aprendizado feito no dia-a-dia e que as dificulda-des iniciais sero melhor resolvidas numa instalao menor.

    Por outro lado h de se levar em conta que a hidroponia uma atividade que temuma margem de valor agregado muito boa, mas que em termos absolutos so centavos,portanto a escala fundamental. Desta maneira, um projeto muito pequeno levar maistempo para ser amortizado.

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    Disponibilidade de mo-de-obraA necessidade de mo-de-obra constante, como qualquer outra atividade agrcola.

    Embora seja um trabalho leve, necessrio que um funcionrio esteja presente diaria-

    mente no local de cultivo, executando as tarefas rotineiras de complementao do nvelda soluo, dosagem de ingredientes, checagem de pH e condutividade, verificao vi-sual de entupimentos, vazamentos ou doenas, etc.

    O funcionrio deve ser acompanhado inicialmente para conhecer o processo e de-senvolver as tarefas de maneira adequada. Podemos calcular cerca de 6 meses para terum funcionrio bem treinado e orientado .

    Atualizao

    Ao contabilizarmos os custos importante prever a capitalizao para participaoem viagens e eventos, como seminrios, encontros, congressos e feiras, visitas uni-versidades e rgos de pesquisa, que so os locais onde o hidroponista procurar a sua

    atualizao, colocando-se em contato com as ltimas novidades e pesquisas.Ao mesmo tempo, dedicar tempo a pesquisas na internet , fruns, grupos de discus-so, revistas especializadas e livros.

    essencial manter-se constantemente atualizado, pois esta tcnica recente e alvode muita pesquisa e novidades aparecem freqentemente tanto na parte tcnica como deprodutos especializados. No site da Hidrogoodsempre estaro disponveis e atualizadasas ltimas novidades.

    importante tambm ter sempre em mente que o passo seguinte na comercializaodo produto o do pr-processamento, ou seja, selecionar, lavar, esterilizar e embalar oproduto. Isto requer instalaes apropriadas com equipamentos e local especficos. uma forma de agregar valor ao produto e que hoje em dia tem se mostrado interessantepara o consumidor final.

    Custos

    Quando falamos em custos preciso muita cautela, pois custo razo direta de ge-renciamento e de circunstncias especficas de cada mercado. Um local longe de gran-des centros implica em custos de obteno de equipamentos e insumos maior. Por outrolado normalmente o preo de venda tambm maior. Assim o custo de um nem sempre igual para outro.

    Em hidroponia quando falamos em custos de produo, normalmente tratamos dosseguintes itens:

    Insumos(sementes, soluo nutritiva e substrato para mudas).Insumos de melhor qualidade so mais caros, mas provero melhor

    qualidade no manejo e no produto final. Economizar na qualidade do insumo economizar na qualidade do produto final.

    gua.Embora um item barato e normalmente abundante e com grande eco-

    nomia na hidroponia, ser necessrio repor diariamente a gua evaporada. Oclculo exato s ser obtido com a experincia, j que a variao de consumo grande em funo das diferentes condies climticas.

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    A anlise inicial da gua importante, bem como lembrar que a taxaode guas rurais j existe e eventualmente ser implementada com fiscalizaomais rigorosa.

    Energia eltrica.O maior consumo ser em funo da utilizao da motobomba que irri-gar os perfis. Em mdia podemos calcular cerca de 8h de uso a cada 24h, jque o temporizador controlar o funcionamento da bomba.

    Funcionrio.Um dos diferenciais da hidroponia justamente o trabalho leve, que

    permite que um funcionrio tome conta de 10.000 ps de cultivo ou mais.O investimento no treinamento do funcionrio, vai determinar tambm a

    sua eficincia.

    Frete.

    O custo do frete incluir o combustvel e manuteno do veculo de en-trega. A distncia percorrida para entrega fator preponderante.

    Embalagem.Geralmente um item de alto custo, mas que por outro lado agrega valor

    ao produto.Existem muitas empresas no ramo, o que determina uma ampla pesqui-

    sa para encontrar o melhor fornecedor.H ainda as caixas para acondicionamento.

    Amortizao.Um custo bem elaborado levar em conta tambm a amortizao do

    equipamento instalado. Embora o equipamento se pague em menos de umano, necessrio poder saber por quanto tempo haver a incidncia destacusto, e quando ele poder ser convertido em investimento de ampliao.

    Manuteno e ampliao.Finalmente havero os custos de manuteno, onde sero includos a

    manuteno de estufas (troca de cobertura), de bombas, aparelhos de medi-o (peagmetro, condutivmetro, balana, termmetro), limpeza dos equipa-mentos, etc.

    Finalmente podemos resumir que a qualidade e produtividade em hidroponia estarona razo direta de uma srie de cuidados que somados contribuiro para o produto final.

    O cuidado nas anlises e no planejamento, com certeza trar melhores resultadosem termos de custos, velocidade e facilidade na implantao de um projeto hidropnico.

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    Vamos abordar agora alguns aspectos referentes ao projeto em si, ou seja, os equi-pamentos utilizados numa instalao hidropnica.

    CASA DE VEGETAO OU ESTUFA

    O equipamento de proteo da rea de culti-vo a casa de vegetao, tambm chamado deestufa embora este ltimo termo no seja o apropri-ado para ns, pois a funo das estufas como sediz nos pases frios proteger e aquecer o ambien-te. Para ns a funo proteger e permitir boa ven-tilao.

    A hidroponia se faz no modo de cultivo prote-gido, ou seja, utiliza-se uma cobertura como prote-o para as intempries mais fortes como ventos echuvas. Isto protege no s o equipamento como aprpria produo, permitindo ao produtor uma maior

    garantia na entrega de seu produto.

    Existem vrios tipos e fabricantes de casas de vegetao no mercado com uma largagama de qualidade e preos. A anlise aqui no custo-benefcio de um cultivo cujo valoragregado nem sempre to elevado.

    Assim como no se utiliza um automvel de luxo para levar sua produo ao cliente,no h necessidade de uma estufa muito sofisticada para o seu cultivo. O importante aqualidade, resistncia e durabilidade e que atenda ao requisito bsico de no criar bolsode ar quente.

    Pensando desta maneira a Hidrogood desenvolveu uma casa de vegetao adequa-da produo hidropnica quer seja no preo, quer seja na qualidade, durabilidade e resis-tncia. H vrios anos no mercado a estufa com parte area da Hidrogood, provou ser amelhor opo em se tratando de custo-benefcio para o cultivo de hidroponia, tendo se ade-quado tambm a vrias outras atividades. Esta qualidade se mostrou em vrias regies dopas e exterior; tanto em locais de alta temperatura como Manaus, Angola (frica), Cuiab e

    litoral nordestino, como em regies mais frias como Santa Catarina, Rio Grande do Sul.

    A orientao leste-oeste do sentido longitudinal a desejada na instalao da estufa,mas no necessariamente uma condio sine qua non ou imprescindvel. Novamente ocusto-benefcio pode levar deciso. mais importante a orientao em funo do ventopredominante para melhor ventilao e menor resistncia a ventos fortes.

    Recomendamos que o comprimento no exceda os 51m, nem tanto por uma imposi-o tcnica mas por uma questo de circulao das pessoas e do ar. Alm disso prefer-vel ter vrias estufas separadas do que uma grande rea geminada, pela mesma razo.

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    O filme plstico deve ser transparente para permitir plena insolao no interior da es-tufa. A espessura depender da sua anlise: mais grosso durar mais tempo e custa maiscaro; menor espessura mais barato e durar menos tempo. Para um filme de 100 micraser necessrio a troca dali a 1,5 a 2 anos, dependendo do grau de insolao da regio.

    Hoje em dia h grande demanda pelo filme difusor, que como o nome diz, prov umadifuso da luz muito interessante para a fotossntese das plantas. So vrias opes que omercado vem oferecendo. A Hidrogood trabalha com filmes transparentes e difusores.

    Um aspecto bastante importante a considerar que, sendo a casa de vegetao umtem geralmente de custo mais elevado na implantao do projeto, essencial que a reainterna seja aproveitada ao mximo, com o mximo de cultivo e o mnimo de corredores ereas livres. De qualquer forma o espao interno aproveitado fica em torno de 70%.

    Com a casa de vegetao elimina-se a perda de produo com que o cultivo de solosofre com as chuvas e geadas, dando ao produtor um grande trunfo de negociao: a certe-za da entrega no prazo.

    Outro aspecto o de fazer-se o fechamento lateral com tela mantendo-se do lado defora vrias pragas, protegendo ainda mais a produo. De maneira geral utilizamos uma telade 50% que impede a entrada de insetos grandes e permite uma boa ventilao, ajudandotambm numa intemprie mais forte. Em regies de clima muito frio, durante o inverno po-de-se utilizar tambm uma cortina de filme plstico sobre a tela a ser colocado no final dodia para preservar o calor interno, e enrolando-se durante o dia, deixando apenas a tela.

    Percebe-se assim que este investimento altamente rentvel e vale a pena...

    APARELHOS DE MEDIO

    1. O medidor de pH ou Peagmetro, medidor de CE ou Con-dutivmetro e termmetro - Multiparmetro

    O controle da soluo nutritiva envolve trs parmetros impor-tantes: o pH, a condutividade e a temperatura. Portanto necessrioequipamentos de medio para fazer o acompanhamento destes va-lores. Para isto recomendamos um equipamento multiparmetro por-ttil que fornece estas trs medies num s aparelho.

    O pH ou potencial de Hidrognio da soluo nutritiva determi-na o seu grau de alcalinidade ou acidez. A soluo deve trabalharnuma faixa entre 5,5 a 6,5 como ideal e o seu desbalanceamentodeve ser corrigido, pois distores muito grandes podem comprome-ter a produo. Existem vrias opes de substncias que fazemestes ajustes seja para subir ou baixar o pH.

    O condutivmetro utilizado para medir a quantidade de onsdissolvidos na soluo, dando portanto uma idia da concentrao

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    da soluo. atravs desta medida que acompanhamos a absoro dos nutrientespela planta e providenciamos a reposio.

    O termmetro utilizado para medir a temperatura da soluo nutritiva. Para ocultivo, o ideal que a temperatura situe-se na faixa ideal de 10 a 25 graus Celsius.Temperaturas acima desta faixa devem ter mecanismo de resfriamento da soluo,caso contrrio haver problemas na produo. A tubulao e o reservatrio enterra-dos j contribuem para isso.

    Para temperaturas baixas temos que providenciar o aquecimento.

    2. O painel eltrico

    O painel eltrico montado com rels, contatores,chave liga-desliga e temporizador.

    Tem a funo de controlar a bomba, ligando e desli-gando a bomba em intervalos regulares, uma vez queno necessrio que a bomba funcione todo o tempo. Eestes intervalos permitem que a rea das razes das plan-tas tenha uma renovao de ar.

    Este intervalo depende de algumas condies detemperatura, mas se utiliza como ponto de partida 15 mi-

    nutos ligado e 15 minutos desligados durante o dia . O sistema desliga a bomba depoisdo anoitecer e liga novamente logo antes do amanhecer.

    A Hidrogood desenvolveu e comercializa um painel eltrico pronto para instalao ,que atende a bombas de 0,5 a 1,5 Hp.

    noite o intervalo de desligamento pode ser aumentado pois o nvel de evaporaotorna-se menor e como no h fotossntese a planta no se alimenta. O importante ob-servar que as razes das plantas no sequem pois isso acarretaria danos planta. Destaforma , em pocas de muito calor noite podemos programar 2 a 3 irrigaes espaa-das durante a noite para umedecer as razes.

    3. A balana

    utilizada para pesar os ingredientes que fazem parte daformulao da soluo nutritiva. Recomendamos uma balanacom preciso mnima de 1g.

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    RESERVATRIO

    O reservatrio conter toda a soluonutritiva e onde mais facilmente se faroas medies necessrias para o controle eajustes .

    Normalmente o reservatrio coloca-do enterrado no solo, uma vez que a bombaenvia a soluopara as bancadase o retorno feitopor gravidade.Estando enterra-

    do tambm vai ajudar no resfriamento da soluo nas pocasmais quentes. Como soluo ideal faz-se um buraco revestido dealvenaria de modo que se possa entrar e trabalhar com conforto erapidez. A cobertura deve ser de telha de barro para manter oambiente para a soluo o mais fresco possvel.

    1.Tipo

    O reservatrio pode ser encontrado em qualquer loja de materiais de construo nomercado em fibra de vidro ou plstico. Reservatrios construdos em alvenaria, trazem umproblema de reao dos materiais construtivos com a soluo nutritiva. Pela mesma razono se utilizam os reservatrios de fibra amianto.

    2.Capacidade

    A capacidade ser determinada em funo do tamanho e tipo de cultivo desejado.Para o caso da alface, por exemplo, pode-se calcular de 0,5L a 1,0L para cada p.

    Leva-se sempre em conta que ao dimensionar o reservatrio ao mximo o desbalan-ceamento da soluo se d mais devagar, embora se trabalhe com quantidades maiores desoluo. Trabalhar com reservatrios muito pequenos, implica em um acompanhamento emanejo muito mais freqentes.

    Outro aspecto a ser considerado o risco de contaminao por patgenos que dessamaneira se dissemina mais rpido. Portanto, utilizando-se vrios depsitos menores e sepa-rados torna-se mais fcil este controle, bem como o manejo, ajuste e oxigenao. Ao mes-mo tempo permite maior flexibilidade, pois no caso de limpeza ou descontaminao pode-separar uma poro menor enquanto o resto segue produzindo normalmente e alm disso, nocaso de cultivo de plantas que exigem mudanas na formulao, como a rcula por exem-plo, podemos ter estas alteraes apenas no reservatrio dedicado a esta cultura.

    Nvel dosolo

    Tela desombreamento

    Telha debarro

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    3. Alternativas

    Outra considerao que se pode fazer quanto ao uso de 2 depsitos como uma

    medida de preveno no caso de falta de energia. Neste caso um reservatrio colocadonuma posio elevada e a entrada se faz por gravidade, controlada por uma vlvula sole-nide acoplada a um temporizador, sendo a soluo recolhida num segundo reservatrio,de onde uma bomba enviar a soluo para o primeiro depsito. Embora o uso de bombaseja menor, existe um complicador no ajuste, pois sempre teremos a soluo em 2 locaisdiferentes.

    4. Oxigenao

    A oxigenao um dos fatores mais importantes no cultivo, pois a planta tambmretira o oxignio de que necessita da soluo nutritiva.

    O mximo de oxigenao que se possa ter o recomendado e podemos por exem-

    plo, fazer um retorno da bomba ao reservatrio, provocando borbulhamento , podemos ins-talar um sistema tipo Venturi, que mais eficiente e recomendado. O ideal fazer os doissistemas. At mesmo borbulhadores podem ser utilizados.

    Nas pocas quentes a oxigenao se torna um fator crtico devido perda do oxig-nio que se evapora para a atmosfera.

    CONJUNTO MOTOBOMBA

    Recomenda-se utilizar uma bomba simples (centrfuga), jque a vazo no to grande e a altura manomtrica no ultra-passa 1,5m, num terreno plano. O clculo deve incluir a altura, avazo por canal e o nmero de canais a serem atendidos. Dimen-sionar tambm com uma folga, prevendo um retorno para o reser-vatrio para melhorar a oxigenao.

    O dimensionamento feito em funo do nmero de bancadas elinhas a serem alimentadas. Como regra geral para a alface calcu-

    la-se a vazo em cerca de 1,5L/ minuto em cada linha. O fornecedor poder ajudar e fazereste clculo sem problemas.

    Abaixo mostramos um exemplo:

    Para uma 10 bancadas de 8 linhas, teramos80 linhas x 1,5L/min = 120L/min = 7.200 litros/hora

    A bomba para levar a soluo s bancadas trabalha normalmente afogada, ou sejanum nvel inferior ao da soluo (do lado de fora do reservatrio), para evitar a entrada de arno sistema. AS bombas submersas no so recomendadas porque a carcaa externa sofre-r muita corroso, j que a soluo nutritiva uma soluo salina.

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    PERFIS E BANCADAS

    H algum tempo, no incio dos cultivos hidropnicos na falta de produtos propriadosutilizavam-se alternativas improvisadas que eram basicamente telhas de amianto ou tubosde esgoto para os canais de cultivo. Sendo improvisaes, ambas as formas apresentavam

    vrios problemas: a telha tinha que ser revestida por plstico para evitar a contaminao poramianto e era necessrio a construo de cavaletes muito fortes devido ao peso. Tinha-seque colocar brita ou isopor ou lonas para segurar as plantas, levando a um cultivo difcil etrabalhoso, tanto na implantao como no manejo. Alm disso a telha no proporciona umaboa ventilao e esquenta muito nas pocas de calor. A brita tambm podia influenciar nasoluo nutritiva.

    Por outro lado os tubos de esgotos, sendo fabricados para esta finalidade no sorecomendados por possurem contaminantes de metais pesados que devem ser evitados atodo custo. As paredes brancas e finas permitem a passagem de luz o que ocasiona maisacmulo de algas no sistema.

    Em ambos os casos havia total inexistncia de acessrios adequados.

    Hoje em dia, em funo do progresso tecnolgico foram desenvolvidos e patentea-dos os perfis hidropnicos Hidrogood, fabricados em polipropileno totalmente atxico, le-ves, lavveis, com todos os acessrios necessrios para uma instalao fcil, rpida e du-radoura.

    Os perfis existem em vrios tamanhos, de acordo com a sua utilizao:

    TIPO FINALIDADE

    TP 58 Berrio ou pr-crescimento de folhosas em geral

    TP75 Fase final de Rcula, salsa, cebolinha e outros temperos

    TP75 Friso Fase final de Rcula, salsa, cebolinha e outros temperos

    TP90Fase final de Alface e outras folhosas como agrio, escarola, al-meiro, etc

    TP90 FrisoFase final de Alface e outras folhosas como agrio, escarola, al-meiro, etc.

    M150Fase final de frutos como tomate, pepino, pimento,Morango, couve, etc.

    Os perfis Hidrogoodso dupla face, pretos na parte da raiz para evitar a incidnciade luz e brancos na parte superior para refletir e evitar aquecimento da soluo.

    O distanciamento entre furos feito em medidas padres ou pode ser feito personali-zado. A distncia calculada de centro a centro do furo e os perfis so furados em 2 ti-pos, um comeando na ponta e o outro a meia distncia, de forma que teremos um ali-nhamento diagonal e um adensamento timo.

    Os perfis so montados em bancadas elevadas de forma que se trabalhe com mesasna altura da cintura.

    Os cavaletes das bancadas tambm podem ser montadas com o perfil base de ban-cadas Hidrogood, desenvolvido em um polipropileno especial, permitindo lavagem e pro-porcionando uma maior higienizao em toda a instalao, pois no absorvem umidadenem alojam patgenos.

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    Para a montagem das bancadas, atentar aos seguintes pontos.

    Os perfis pequenos para berrio, no caso de alface tm os furos distanciados de

    centro a centro de 10 cm e entre perfis de 2 cm. Outras variedades tero outrasmedidas.

    A altura mdia deve ser em torno de 0,80/1,0m, para melhor ergonomia.

    Os perfis pequenos devem ser apoiados em cavaletes com distncia mxima de1menquanto que os perfis mdios e grandes tm os cavaletes separados poruma distncia mxima de 1,5m.

    Os perfis mdios para alface tm em geral 25 cm de espaamento e 13 cm entreperfis, variando para outras variedades.

    Os grandes para frutos tm espaamento de 50 cm , 30 entre perfis em bancadas

    duplas e corredores de 0,7m a 1m, no caso do tomate, por exemplo.Para outras culturas adotam-se espaamentos diferentes de acordo com cadaplanta.

    As bancadas so instaladas com um declive que permite o escoamento da solu-o numa faixa preferencialmente de 5% a 8%, podendo ser maior em alguns ca-sos.

    A largura no deve exceder os 2 m para permitir o acesso ao meio da bancada

    O comprimento depende em princpio do tamanho da estufa, mas no deve ultra-passar os 18m.

    Em cada bancada deve ser colocado um registro para controle da vazo e a en-trada pela parte central da bancada para melhor distribuio do fluxo.

    Os corredores so, em geral estreitos para aproveitar espao dentro da estufa,mas suficientes para a circulao com caixas; no mnimo com 0,50m.

    O layout com uma bancada central de berrio, ladeada por duas bancadas decrescimento final, permite uma facilidade no transplante, melhorando a eficincia,eliminando a necessidade de circular com as mudas na poca de troca de perfil.

    Os perfis Hidrogood, por serem leves no exigem uma estrutura de suporte toforte, pois o peso maior ser o das verduras em fase final.

    O uso adequado dos acessrios permite uma maior eficincia em todo o equipa-mento uma vez que eliminam vazamentos, deslocamentos do perfil, impedem aentrada de luz, que associada soluo nutritiva propicia ao crescimento de al-gas.

    Os tubos condutores e coletores de entrada e retorno da Hidrogood so confec-cionados na cor cinza, para evitar a incidncia de luz e evitar o aquecimento dasoluo.

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    Uma vez executada a implantao do projeto vamos proceder produo em si.

    Antes de iniciar o processo de extrema importncia fazer n~ao s uma anlise depotabilidade como tambm uma anlise qumica da gua, j que este o item mais impor-

    tante nesta tcnica. Existem laboratrios que j se acostumaram a fazer anlises voltadas hidroponia e esta anlise de um custo baixssimo ( de 30 a 40 reais) e no custa lembrarque o investimento mais importante na instalao.

    A qualidade da gua vai determinar o manejo a ser adotado nas tarefas dirias e naconfeco da soluo nutritiva.

    De posse desta informao, devemos levar em conta uma grande gama de detalhescom os quais o hidroponista lida diariamente:

    Monitoramento da soluo, temperatura, pH, condutividade, nvel do reservatrio.

    Diariamente completamos a gua at o nvel original do reservatrio e fa-zemos a medio da Condutividade Eltrica CE ( cuja unidade de medida em mili Siemens ou MS)para determinar o nvel de consumo dos nutrien-tes, do pH e temperatura para acompanhamento. Para completar o nvel,desligamos a bomba e esperamos que todo lquido volte ao reservatrio.

    Partindo da medida original, a cada 0,3 mS, fazemos a reposio dos nutri-entes na mesma proporo, ou seja, se a medida inicial foi de 1,7mS, ter-amos que colocar 17,6% da receita original, para elevar a CE ao nvel ori-ginal.

    Caso seja necessrio fazer o ajuste do pH, utilizando cido fosfrico parabaixar ou sobrenadante de cal para elevar. Na maioria das vezes melhor

    fazer uma troca completa quando h um desvio muito grande ou muitoconstante. A temperatura indicar se necessrio tomar providncias para mant-la

    nos nveis aceitveis.

    Limpeza e higiene do equipamento e ambiente.

    Trabalho dirio de verificao. Vazamentos criam pontos com algas e hos-pedagem de patgenos.

    A cada colheita fazemos uma limpeza simples no equipamento e entorno. A cada colheita recomendvel fazer uma higienizao com gua clorada

    a 1% ou dixido de cloro.

    Ateno possveis infestaes. A rapidez no tratamento fundamental.

    Quanto mais cedo se detecta e se trata, menos tempo perdido e menosprejuzo. Muitas vezes suficiente a retirada de algumas plantas infecta-das. Nenhuma infestao se d em toda parte ao mesmo tempo, portanto ocuidado na observao diria determinante.

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    Observar possveis vazamentos ou entupimentos.

    A rapidez aqui crtica pois pode significar perda de produo e de dinhei-ro, alm de propiciar a formao de algas. O entupimento pode significar aperda de toda uma linha de produo.

    Treinamento da mo-de-obra. Implantar nos funcionrios o conceito de qualidade.

    Um bom funcionrio levar meses at estar bem treinado e deve ser acom-panhado de perto durante este perodo. importante passar o conceito dequalidade j que no se trata do mesmo produto do produto de solo.

    Apresentao do produto, embalagem, etc.

    Os produtos hidropnicos so embalados individualmente embalagens quetrazem informaes sobre o produtor e assim transmitem mais confiana ao

    consumidor final. O cuidado no ponto-de-venda gera mais confiana e fidelizao do cliente.

    Cuidado com a qualidade dos insumos; nutrientes, substrato, sementes, etc.

    A economia na qualidade de insumos fatalmente resultar numa perda devenda, quer seja por perda de produo ou por obter um produto de quali-dade inferior. S se obtm qualidade trabalhando com qualidade. Produtosde qualidade inferior nunca produziro produtos de qualidade...

    Pesquisa de novos materiais e cultivares, etc.

    Como dito anteriormente a hidroponia uma atividade muito dinmica e di-ariamente surgem novos conceitos, variedades, produtos e equipamentos.Aquele que no se moderniza tambm no otimiza seu lucro.

    A presena em seminrios, encontros e feiras e a leitura e pesquisas na in-ternet so fundamentais.

    Alternativas para quedas de energia.

    Sendo uma tcnica essencialmente dependente de energia, vital a viabili-zao de alternativas para os momentos de falta de energia ou mesmouma quebra de bomba. Estas alternativas vo desde uma alimentao ma-nual, bombas a gasolina ou diesel at geradores. importante ter sempre

    uma bomba de estepe para resolver o problema na hora, quando o pro-blema for apenas a bomba.. A anlise custobenefcio dir qual a maneiramais vivel.

    Acompanhamento junto a clientes.

    Verificar com frequencia a satisfao dos clientes, detectando novas neces-sidades e oportunidades, promoes, etc. Procurar a diversificao de clien-tes, visando solidificar as vendas e preparar as expanses.

    Acompanhar a disposio do produto nos pontos-de-venda, pois um produtobem arrumado gera mais confiana.

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    Da mesma maneira como qualquer indstria alimentcia faz, o produtor hidropnico hoje um empresrio que utiliza tecnologia de ponta e tem os olhos voltados ao futuro, equanto mais assumir esta postura maior ser o seu sucesso. O mercado est voltado a tec-

    nologias que tragam qualidade e benefcios sade.

    O cultivo no sistema NFT feito geralmente em trs fases, que so : a formao dasmudas, etapas de pr-crescimento e a colheita final.

    Esta separao visa obter a maior eficincia possvel no cultivo, trabalhando os es-paos. Desta forma conseguimos uma produtividade cerca de 30% maior em rea que ocultivo tradicional no solo. Isto no difcil de perceber : ao se plantar no solo, a muda colocada no espaamento que vai necessitar no final do crescimento, sem opo uma vezque plantada no solo no se pode remover pois afetaria o sistema radicular.

    No entanto, na hidroponia, como a planta no est enraizada, possvel trabalhar-semelhor os espaos pois adotamos a fase de pr-crescimento com espaamento menor eapenas no final do ciclo transplantamos as mudas para utilizarmos o espaamento maior.

    Desta maneira ganha-se no agrupamento por metro quadrado e conseqentemente na pro-dutividade em relao ao solo.

    O produtor pode utilizar-se de mudas j feitas e que so vendidas por produtores de mu-das, desde que tenha um fornecedor confivel. porm com a facilidade atual de se criar asprprias, o custo bem menor e o fornecimento melhor controlado.

    A utilizao de sementes de qualidade fundamental para a obteno de boas hortalias.Uma economia na compra de sementes pode tambm significar uma economia de qualida-de final e conseqente menor preo de mercado.

    BERRIO ou PR-CRESCIMENTO

    FASE FINAL

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    GERMINAO OU MATERNIDADE

    A fase inicial de formao de mudas tambmchamada de maternidade geralmente feita em lo-cal separado e normalmente ocupando pouco espa-o. Para este fim a Hidrogood desenvolveu a mesade germinao de 1,3m x 2m , totalmente em plsti-co, com sistema de sub-irrigao.

    As mudas podem ser formadas em vriossubstratos como vermiculita, l de rocha, fibra decoco, perlita, etc. e novos substratos so criadostodos os dias. Cada um deles tem suas vantagens e

    desvantagens. Recomendamos atualmente a espuma fenlica por ser mais prtica e higi-

    nica, prover um bom apoio para a muda pequena e ser altamente higroscpica, o que propi-cia a manuteno ideal da umidade nas razes.

    A espuma fenlica, adquirida em placas com 345 clulas, sendo cada clula utiliza-da para a formao de uma muda. O procedimento o seguinte:

    1) Colocar em uma bandeja ou similar e lavar a espuma abundantemente em gua cor-rente para retirar todos os resduos de fabricao.

    2) Fazer um furo em cada clula e colocar uma semente (ou mais, dependendo do culti-var) at mais ou menos metade da altura da espuma. D preferncia s sementespeletizadas pois so mais fceis de manusear.

    Faa um furo com um lpis,prego, ou melhor ainda, compre umaseringa descartvel de 2ml e corte a pontametlica de forma que reste apenas 1cmda agulha.

    Faa um furo no meio do quadradinho at mais ou menos a

    metade da altura da espuma ( com a seringa, at que encoste em baixoe coloque a semente ,apertando um pouco at que encoste no fundodo buraco.

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    3) Deixar a placa em local sombreado e manter a espuma mida com gua pura at oaparecimento das primeiras folhinhas (cerca de 48 horas), utilizando um spray manu-al. Uma vez molhada a espuma, nunca deixe de mant-la mida, pois se chegar a

    secar no reabsorver a gua to bem.

    4) Quando iniciar a germinao, retirar da sombra e colocar ao sol. Em pocas de in-tensa insolao, fazer uma pequena proteo com tela na hora mais quente do dia.Cuidado para que no falte sol. A planta com pouco sol, estiola, ou seja, se esticaprocurando o sol. chamado efeito fototrpico. Continuar a manter a espuma midaapenas com gua pura, para evitar o aparecimento de algas.

    5) Aps o aparecimento da 2a. folhinha, o que se d em cerca de 7 a 10 dias a mudapode ser transplantada para o berrio ou pr-crescimento. No deixamos mais tem-po, pois a partir da a planta esgotou suas reservas e vai precisar de nutrio.

    BERRIO OU PR-CRESCIMENTO

    A fase de berrio ou pr-crescimento feitasnos perfis hidropnicos pequenos de 58mm de largu-ra. Nesta fase a planta passa a receber a soluonutritiva. Embora conste na literatura, hoje em dia osprodutores utilizam a mesma soluo nutritiva utiliza-da na fase de crescimento final, sem que isto provo-

    que diferena no resultado final.Para o caso da alface as plantas ficaro no

    berrio cerca de 3 semanas ou at que as folhascomecem a se tocar. Isto significa que as razes tam-bm esto se tocando e as plantas comearo acompetir.

    Como as plantas j no tm mais espao para crescerem feito o transplante paraos perfis TP 75 ou TP90 para que completem o crescimento. Por isto altamente eficienteter as bancadas de berrio ao lado das bancadas de crescimento final, para agilizar o tra-balho e no ter que ficar se deslocando entre estufas para carregar as plantas.

    tambm na fase de berrio que feito o controle de qualidade, pois as plantasque no se desenvolveram bem, no vale a pena que continuem o crescimento. Em virtudedisto, o berrio normalmente dimensionado com um nmero de furos maior que no cres-cimento final.

    no berrio que as plantas podem ficar mais agrupadas o que resulta em melhoraproveitamento do espao.

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    CRESCIMENTO FINAL

    Vindas do berrio as plantas ficaro noperfil de crescimento final at atingirem o pontode colheita. Isto normalmente levar cerca de tressemanas no caso de alface. Outras variedades etipos de plantas tm ciclos diferentes que devemser conhecidos e acompanhados de acordo.

    O ponto de colheita variar de acordo como que o mercado local est acostumado, pois nocaso da alface, por exemplo, dependendo dotempo em que ela permanece em produo o seupeso pode variar entre 250g a 400g por p. H dese considerar o que isto significa em termos de

    tempo de produo, pois ao longo do ano pode significar uma ou duas safras a mais ou amenos.

    Da mesma forma, deve-se conhecer as peculiaridades de cada planta no que tange anecessidades nutricionais, insolao, etc., para obter hortalias da melhor qualidade poss-vel. Lembrar que o ciclo se altera em funo da durao do dia, temperatura, etc.

    Para a colheita, em hidroponia se utilizam embalagens individuais cnicas que tra-zem os dados do produtor, o que significa uma proteo maior e conseqentemente menorperda no manuseio e principalmente uma confiana muito grande por parte do consumidor.

    O melhor horrio para colheita logo antes do amanhecer para ser logo entregue. Ou

    ao cair da noite, sempre nos horrios mais frescos.

    A soluo nutritiva talvez a parte mais crtica de toda a instalao de um sistemahidropnico.

    Nunca demais frisar que importante utilizar produtos da melhor qualidade e altograu de pureza e solubilidade para preservar a qualidade da produo.

    A gua utilizada para a soluo nutritiva toda gua potvel para consumo humano,mas importante fazer uma anlise da gua para ter a certeza de que no apresenta al-guns minerais em excesso ou um pH muito alterado. A gua ideal deve ter uma CE abaixode 0,5 mS/cm e sais numa proporo inferior a 50 ppm.

    Como j foi mencionado anteriormente preciso manter a melhor oxigenao poss-vel.

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    O controle da soluo deve ser feito diariamente para preservar a sua qualidade:

    O nvel da soluo deve ser completado diariamente para evitar a concentrao de

    nutrientes.A condutividade medida dar a dimenso dos nutrientes dissolvidos e seu consumo.

    O pH ideal para a planta deve se manter entre 5,5 e 6,6, e deve ser ajustado acidifi-cando ou alcalinizando a soluo.

    A temperatura tambm deve se situar por volta dos 25C e no ultrapassar os 28C.

    Para algumas espcies pode ser preciso fazer alguns ajustes na formulao para a-tender a diferentes necessidades.

    A soluo nutritiva deve estar sempre ao abrigo da luz, pois caso contrrio haver o

    desenvolvimento de algas.

    Observar sempre que em regies muito quentes, a planta absorve mais gua do quenutrientes e conseqentemente deve-se trabalhar com solues mais diludas. Estas e ou-tras peculiaridades so esclarecidas pelos especialistas nos cursos que ministram.

    Lembrando novamente que este texto no substitui um curso especfico, podemos aler-tar para alguns cuidados que devem ser tomados para melhoria e eficincia da produo.

    A hidroponia no imune a pragas e doenas, apesar de que este tipo de cultivo mi-nimiza bastante este tipo de ocorrncia. A forma de combate evidentemente depende decada tipo e no nenhuma imposio da tcnica. Existem vrias tcnicas de defesas contrapatgenos, desde o uso de defensivos qumicos como tambm tcnicas de bio controle. Omais importante que seja sempre feito com responsabilidade e de acordo com todas asnormas necessrias.

    Da mesma forma a instalao requer conhecimentos de eltrica e hidrulica e o acom-

    panhamento de um tcnico importante.

    A higienizao e controle efetivos e com cuidado so sinnimos de sucesso.

    Dependendo da necessidade de entrega, a produo ser organizada em funo dacolheita : diria, semanal, etc. Como a soluo nutritiva no varia ao longo das fases a-penas uma questo de organizao; para quem entrega diariamente, necessrio ter plan-tas em 30 fases distintas e diariamente colhe-se um tanto, transplanta-se um tanto do ber-rio para o final, coloca-se um tanto no berrio e germina-se o mesmo tanto.

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    As alfaces so embaladas em sacos cnicos individuais, com suas razes. A plantavai viva para o consumidor. Acondicione em caixas plsticas com folga para no amassa-rem. Se possvel levar em veculo refrigerado, mas pelo menos com boa ventilao, semabafar as plantas.

    Lembre-se que contraprodutivo despender semanas de trabalho cuidando do culti-vo para estragar tudo em mau acondicionamento e mau manejo de expedio. Por issotambm importante cuidar da exposio nos pontos-de-venda.

    A seguir destacamos alguns pontos gerais interessantes:

    Para o iniciante o ideal comear com o cultivo da alface por ser a mais simples enuma escala pequena para minimizar prejuzos decorrentes de erros iniciais , sehouver. Aps adquirir a experincia necessria crescer gradualmente e diversificar aproduo.

    Se utilizar mudas criadas em substrato recomendvel lavar as razes e colocar umfiltro no depsito de soluo para evitar entupimentos no sistema.

    A instalao do sistema deve ser em local que no seja sombreado ao longo do dia.

    A casa de vegetao deve ser fechada com tela plstica para evitar a entrada de in-setos, proteger de intempries muito fortes, sem impedir a ventilao.

    Para completar o nvel do reservatrio, desligar o sistema e esperar que toda a solu-o volte ao reservatrio.

    O produto hidropnico embalado um a um com os dados do produtor, o que conferemais confiana ao consumidor final.

    A canalizao deve chegar na bancada pelo centro para que a distribuio da solu-o nos perfis se d de maneira mais uniforme.

    As algas competem com as plantas por nutrientes e podem ser fonte de patgenos. essencial evitar a combinao soluo nutritiva-luz que favorece o seu aparecimento.

    Para a lavagem e desinfeco do equipamento utiliza-se uma soluo de hipocloritode sdio a 1% ou dixido de cloro, enxaguando muito bem aps para no deixar ne-nhumresduo de cloro.

    Uma limpeza simples deve ser feita a cada colheita como preveno ao aparecimen-to de pragas e doenas.

    Eliminar o atravessador na distribuio d mais trabalho mas aumenta o lucro.

    A preparao e cuidado da soluo nutritiva deve ser feita por uma pessoa qualifica-da.

    A estufa deve ser adequada para locais quentes, que no forme bolses de ar quen-te.

    A Hidrogood estar sempre disposio de clientes para ajud-los no sucesso desta em-preitada, mantendo para tanto parcerias com diversas instituies de pesquisa e universida-des colaborando com os melhores especialistas do pas, alm investir pesadamente na cri-ao e desenvolvimento de produtos e melhorias ao nvel dos melhores produtos existentes

    em todo o mundo.

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    Boletim Tcnico 180 IAC Pedro Roberto Furlani, Luis C P Silveira, Denizart Bolo-nhezi, Valdemar Faquim

    Apostila Alface em NFT Heroy tilo Mehl

    Produo de Alface em Hidroponia UFLA Valdemar Faquim, Antonio E, FurtiniNeto, Luis Artur A Vilela

    Apostila Unicamp Sylvio Honrio e Antonio Bliska

    Accent Hydroponics System Goldcoast Website

    Universidade de Utah website www.usu.edu

    Universidade do Arizona website www.ag.arizona.edu

    Universidade de Cornell website www.cals.cornell.edu

    Universidade La Molina website www.lamolina.edu.pe

    Revista Growing Edge E.U.A.

    Revista Practical Hydroponics & Greenhouses - Austrlia