Cadeia Produtiva Do Algodão

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No presente trabalho, pretende-se fazer um estudo bibliográfico a respeito da produçãode algodão no Brasil e no mundo. A abordagem de vários fatores, tais como aspectoseconômicos, produtividade, implantação da cultura e custo de produção, e os principaisprodutos que podem ser obtidos a partir dessa oleaginosa.

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLNDIA

    FACULDADE DE QUMICA

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM BIOCOMBUSTVEIS

    CADEIA PRODUTIVA DO ALGODO

    Uberlndia

    2014

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLNDIA

    FACULDADE DE QUMICA

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM BIOCOMBUSTVEIS

    CADEIA PRODUTIVA DO ALGODO

    Fbio Gonalves Marinho

    Atividades apresentado ao Curso de Mestrado em

    Biocombustveis da Universidade Federal de

    Uberlndia, como requisito avaliativo da disciplina de

    leos e suas vertentes: Biodiesel, Biolubrificantes e

    Biograxas

    Docente: Ricardo Reis Soares.

    Uberlndia

    2014

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ................................................................................................................ 4

    2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 5

    3 ASPECTOS SOCIOECONMICOS DO ALGODOEIRO ............................................. 5

    3.1 PANORAMA MUNDIAL ................................................................................................ 5

    3.2 PANORAMA NACIONAL .............................................................................................. 7

    3.3 BALANA COMERCIAL BRASILEIRA DO ALGODO ........................................... 9

    4 FISIOLOGIA E ECOFISIOLOGIA DO ALGODOEIRO ............................................... 9

    4.1 TAXONOMIA ................................................................................................................ 10

    5 FISIOLOGIA DA GERMINAO ............................................................................... 10

    6 CULTIVO DO ALGODO ............................................................................................ 11

    6.1 ZONEAMENTO AGROCLIMTICO DO ALGODO ............................................... 11

    6.2 SOLO .............................................................................................................................. 12

    6.3 ADUBAO .................................................................................................................. 12

    6.4 PLANTIO ........................................................................................................................ 13

    6.5 COLHEITA ..................................................................................................................... 14

    7 BENEFICIAMENTO DO ALGODO .......................................................................... 14

    7.1 PLUMA ........................................................................................................................... 15

    7.2 LINTER........................................................................................................................... 16

    7.3 CAROO ........................................................................................................................ 16

    7.3.1 Gossipol .......................................................................................................................... 17

    7.4 LEO DE ALGODO ................................................................................................... 18

    7.4.1 Extrao........................................................................................................................... 18

    7.4.2 Caractersticas do leo .................................................................................................... 19

    7.5 TORTA DE ALGODO ................................................................................................ 20

    7.6 FARELO DE ALGODO .............................................................................................. 21

    8 CUSTO DE PRODUO .............................................................................................. 22

    9 CONSIDERAES FINAIS .......................................................................................... 24

    10 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................................ 25

  • 1 INTRODUO

    O algodo conhecido do homem desde os tempos mais remotos. A domesticao do

    algodoeiro ocorreu h mais de 4.000 anos no sul da Arbia. Os escritos antigos, de antes da Era

    Crist, apontavam que o Egito, o Sudo e toda a sia Menor j utilizavam o algodo como

    produto de primeira necessidade (AMPA, 2014).

    O algodoeiro uma planta de origem tropical, tambm explorada comercialmente em

    pases subtropicais, onde se localizam os dois maiores produtores: Estados Unidos da Amrica

    e China (BELTRO et al., 2007). A principal produo do algodoeiro o fruto e sua massa

    composta pelas sementes (52%), fibras (40%) e demais estruturas botnicas (8%). As sementes

    contm aproximadamente 15% de leo, 3% de fibras, 40% de protenas e 42% de tegumentos.

    Sendo a fibras o principal produto econmico do algodoeiro (BELTRO, 1999; GARCIA-

    LORCA, 1991).

    A cotonicultura foi uma das primeiras atividades agrcolas desenvolvidas no Brasil. O

    primeiro grande boom ocorreu no sculo XIX, aproveitando a reduo do fornecimento norte-

    americano s tecelagens inglesas durante a guerra civil (MINISTRIO DA AGRICULTURA,

    2014).

    A cotonicultura brasileira, em especial na regio Centro-Oeste e no Oeste baiano,

    caracterizada por seu alto nvel tecnolgico, com cultivos em grandes extenses que demandam

    grandes recursos e um perfil empresarial dos produtores (DESENBAHIA, 2009). Segundo

    Ribeiro et al. (2006) a cultura do algodo herbceo apresenta -se como uma alternativa para

    rotao com as culturas de arroz de terras altas, soja e milho.

    O cultivo do algodoeiro constitui-se na maior atividade fornecedora de fibra para

    diversos fins, funcionando como instrumento de incluso social no Nordeste do Brasil. A

    produo mundial oriunda do seu cultivo, em 2003, foi da ordem de 21 milhes de toneladas

    de fibra (FAO, 2005). A cultura considerada a principal fornecedora de fibra s indstrias

    txteis, sendo responsvel por atender cerca de 50% da demanda global por fibras (MYERS,

    1999).

    Dentre os principais usos da fibra de algodo, incluem-se mveis, aplicaes mdicas,

    na indstria automobilstica e em vrias outras indstrias. No entanto, o principal consumo

    para fiao destinada indstria txtil, que absorve aproximadamente 60% da produo

    mundial de fibra algodo (UNCTAD, 2003).

  • 2 OBJETIVOS

    No presente trabalho, pretende-se fazer um estudo bibliogrfico a respeito da produo

    de algodo no Brasil e no mundo. A abordagem de vrios fatores, tais como aspectos

    econmicos, produtividade, implantao da cultura e custo de produo, e os principais

    produtos que podem ser obtidos a partir dessa oleaginosa.

    3 ASPECTOS SOCIOECONMICOS DO ALGODOEIRO

    3.1 PANORAMA MUNDIAL

    Em 2013/14, os principais pases produtores de algodo, em ordem decrescente, foram:

    China (6,929 milhes ton.), ndia (6,634 milhes ton.), Estados Unidos (2,811 milhes ton.),

    Paquisto (2,076 milhes ton.), Brasil (1,705 milhes ton.) e Uzbequisto (0,920 milhes ton.).

    A produo mundial foi da ordem de 26,092 milhes de toneladas, apresentando um acrscimo

    de mais de 16% em relao a 2009/10, mas sem recuperar os 28,05 milhes de toneladas

    produzidas em 2011/12. O Paquisto foi pas em que houve queda na produo, de

    aproximadamente 3,44%, em relao a 2009/10. Mas a produo brasileira, neste perodo,

    passou de 1,194 milhes para 1,705 milhes toneladas, apresentando um crescimento de 42%

    (Tabela 1).

    Tabela 1. Produo mundial de pluma no perodo de 2010 a 2014 (Milhes de toneladas)

    SAFRA (milhes de toneladas)

    2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

    TOTAL

    MUNDIAL

    22,334 25,408 28,054 26,679 26,092 26,054

    Principais Pases

    CHINA 6,925 6,400 7,400 7,300 6,929 6,398

    NDIA 5,185 5,865 6,354 6,095 6,634 6,348

    USA 2,654 3,942 3,391 3,770 2,811 3,695

    PAQUISTO 2,150 1,948 2,311 2,002 2,076 2,114

    BRASIL 1,194 1,960 1,877 1,310 1,705 1,673

    UZBEQUISTO 0,850 0,910 0,880 1,000 0,920 0,929

    OUTROS 3,368 4,384 5,841 5,202 5,018 4,897

    Fonte: ICAC Cotton This Month, 2014.

  • Segundo dados da International Cotton Advisory Committee (ICAC), os principais

    pases exportadores so: Estados Unidos, seguidos de ndia, Austrlia, Brasil, Uzbequisto e

    China (Tabela 2). Atualmente o Brasil o quarto maior exportador de algodo mundial.

    Tabela 2. Exportao mundial de algodo entre os perodos de 2010 a 2013

    Safra (milhes de toneladas)

    2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

    TOTAL

    MUNDIAL

    7,798 7,722 9,867 10,087 8,986 8,032

    Principais Pases

    USA 2,621 3,130 2,526 2,902 2,268 2,422

    NDIA 1,420 1,085 2,159 1,685 2,023 1,108

    AUSTRALIA 0,460 0,545 1,010 1,345 1,056 0,604

    BRASIL 0,433 0,435 1,043 0,938 0,485 0,733

    UZBEQUISTO 0,820 0,600 0,550 0,653 0,650 0,628

    CHINA 0,008 0,019 0,014 0,019 0,005 0,030

    FONTE: ICAC Cotton This Month, 2014.

    Segundo dados divulgados pela Associao Brasileira dos Produtores de Algodo

    (ABRAPA), os principais pases importadores so pela ordem: China, East sia e Austrlia,

    Europa e Turquia, Bangladesh e Cis (Tabela 3). O Brasil chegou a importar 472 mil toneladas

    de algodo em 1996 e foi considerado o maior importador mundial do produto. Atualmente, a

    importao apenas residual e no ultrapassa 15 mil toneladas ano.

    sia

    Tabela 3. Importao Mundial de algodo durante o perodo de 2010 a 2014

    Safra (milhes de toneladas)

    2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15

    TOTAL MUNDIAL 7,928 7,756 9,752 9,843 8,996 8,032

    Principais Pases

    CHINA 2,374 2,609 5,342 4,426 3,075 1,980

    SIA E

    AUSTRALIA

    1,989 1,825 1,998 2,352 2,455 2,450

    EUROPA E

    TURQUIA

    1,170 1,003 0,724 1,014 1,123 0,957

    BANGLADESH 0,887 0,843 0,680 0,631 0,987 0,968

    CIS 0,209 0,132 0,098 0,062 0,067 0,068

    Fonte: ABRAPA, 2014.

  • 3.2 PANORAMA NACIONAL

    No brasil, a cultura do algodo vem apresentando reduo de rea desde 1985 (Grfico

    1). De 2,25 milhes de hectares e uma produo de 0,267 milhes de toneladas em 1985, passou

    para 0,81 milho de hectares e produo de 1,91 milho de toneladas em 2000. Entretanto, a

    produtividade, nesse perodo, apresentou um excepcional crescimento de 99,41%, ou seja, em

    1985 era de 1,18 mil quilogramas por hectare e atingiu 2,36 mil quilogramas por hectare em

    2000 (Grfico 2).

    Grfico 1. rea plantada no Brasil entre 1976 2013 (em mil hectares)

    Fonte: CONAB, 2014.

    Nos ltimos dez anos, a rea tem-se mantido estvel com pequenas variaes. Apesar do

    pequeno crescimento da rea, a produo neste perodo, aumentou expressivamente, isso em

    decorrncia do expressivo aumento na produtividade (Grfico 2). Esse aumento da

    produtividade, decorrente da alta tecnologia empregada ao cultivo da espcie, alm da

    otimizao do uso do solo, levando em considerao uma explorao segura e sustentvel,

    colocando o Pas na trilha da preservao e sustentabilidade.

  • Grfico 2. Produtividade de pluma (em Kg/hectares)

    Fonte: CONAB, 2014.

    At 1997, a produo de algodo concentrava-se nas regies Sul, Sudeste e Nordeste.

    Atualmente a regio Centro-Oeste tem se destacado no cenrio nacional como o maior produtor

    de algodo. A regio Centro-Oeste contribui com 62,6% da fibra nacional, e o Estado da Bahia,

    que o mais representativo do Nordeste, corresponde com 30,5% da produo nacional. A

    tabela 4 mostra os principais estados produtores a nvel nacional.

    Tabela 4. Principais estados produtores de algodo

    rea (em mil ha) Produtividade

    (kg/ha)

    Produo (mil t)

    Safras Safras Safras

    12/13 13/14 12/13 13/14 12/13 13/14

    MATO GROSSO 475,3 643,1 1539,0 1564,0 731,3 1005,9

    BAHIA 271,4 319,4 1315,0 1513,0 357,0 483,3

    GOIS 46,1 53,6 1525,0 1548,0 70,3 83,0

    MATO GROSSO

    DO SUL

    39,5 37,5 1724,0 1689,0 68,1 63,3

    MARANHO 16,7 18,6 1568,0 1635,0 26,2 30,4

    MINAS GERAIS 20,0 20,9 1316,0 1353,0 26,3 28,3

    PIAUI 11,4 12,1 1275,0 1629,0 14,5 19,7

    SO PAULO 5,8 8,0 1428,0 1333,0 8,3 10,7

    PARAN 0,8 0,9 998,0 903,0 0,8 0,8

    Fonte: Associao Brasileira dos Produtores de Algodo, 2014.

  • 3.3 BALANA COMERCIAL BRASILEIRA DO ALGODO

    Sob a liderana da ABRAPA, o Brasil passou da condio de grande importador para

    um dos principais exportadores mundiais de algodo (Grfico 3), isso devido a ganhos

    significativos de produtividade resultante da modernizao do setor produtivos.

    Grfico 3. Balana comercial do algodo em mil toneladas

    Fonte: ABRAPA, 2014.

    4 FISIOLOGIA E ECOFISIOLOGIA DO ALGODOEIRO

    O algodoeiro herbceo gossypium hirsutum L. um fitossistemas de maior

    complexidade que a natureza criou, tendo hbito de crescimento indeterminado

    (OOSTERHUIS, 1999), apresentando pelo menos dois tipos de ramificao (monopodiais1 e

    simpodiais2), dois tipos de folhas verdadeiras (dos ramos e dos frutos) e pelo menos duas gemas

    (axilar e extra - axilar) situadas na base de cada folha (MAUNEY, 1984), esta planta possui

    uma elevada plasticidade fenotpica, ajustando-se aos mais diversos ambientes de clima e solo,

    sendo cultivado em mais de 33 milhes de hectares (COTTON, 2001).

    1 Alongamento se faz por uma gema apical. 2 Plantas que crescem na horizontal, ou seja, o novo broto se desenvolve na frente do bulbo adulto formando o

    rizoma e um novo pseudobulbo, num crescimento contnuo.

  • uma planta de metabolismo fotossinttico C3 (ineficiente), tendo elevadas taxas de

    fotorrespirao, apesar de ser helifila3, no se saturando em condies de campo, mesmo com

    o mximo da radiao solar, correspondente a cerca de 1,3 cal cm-2. min. (HEARN, 1973; 1967;

    BAKER et al., 1972). Segundo HEARN (1984) e Constable (1984), a taxa de crescimento da

    culta do algodoeiro baixa, variando em torno de 15 g.m-2 dia-1, tendo elevado consumo de

    gua para produo de fitomassa, mdia de 646g de gua/g de fitomassa (BRIGGS, 1914;

    SHANTZ, 1914), podendo chegar a uma produtividade potencial de 16.500 kg/ha de algodo

    em caroo (HEARN, 1973).

    4.1 TAXONOMIA

    Famlia: Malvaceae

    Espcie: Gossypium hirsutum

    G. arboreum

    G. herbaceum

    G. barbadense

    5 FISIOLOGIA DA GERMINAO

    Em condies favorveis, principalmente de umidade, temperatura e oxignio, inicia-se

    o processo de germinao da semente e, nestas condies, ocorre o ressurgimento das atividades

    metablicas paralisadas durante a maturao (EMPRAPA, 2001).

    O teor de umidade para germinao das sementes varia entre as plantas. No algodoeiro,

    este teor de 52% e a hidratao da semente se completa de quatro a cinco horas, em

    temperatura de 30C (BENEDICT, 1984). Em condies ambientais favorveis, germinao

    inicia-se pela sada da radcula4 do tegumento em cerca de 18-24 horas aps o incio da

    reidratao (PARRY, 1982); a emergncia em condies de campo pode durar de quatro a dez

    dias aps o plantio. No havendo umidade favorveis, germinando s nas primeiras chuvas

    (STREET, 1974; OPIK, 1974).

    3 Planta exigente em luz. 4 Primeira parte da semente a emergir durante a germinao.

  • 6 CULTIVO DO ALGODO

    6.1 ZONEAMENTO AGROCLIMTICO DO ALGODO

    O Zoneamento Agrcola de Risco Climtico um instrumento de poltica agrcola e

    gesto de riscos na agricultura. O estudo tem como objetivo de minimizar os riscos relacionados

    aos fenmenos climticos e permite a cada municpio identificar a melhor poca de plantio das

    culturas, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares (MINISTRIO DA

    AGRICULTURA, 2014). A figura 1 mostra a poca de semeadura para diferentes regies

    brasileiras.

    Para se ter sucesso no cultivo do algodoeiro herbceo, devem prevalecer condies

    climticas que permitam planta, em seus diferentes estdios fenolgicos, crescer e se

    desenvolver, principalmente, com relao s condies trmicas e hdricas (AMORIM NETO

    et al., 1997). Segundo Laca Buendia et al. (1997), a semeadura do algodoeiro na poca correta

    pode contribuir para um aumento de produtividade em at 60%. De acordo com Marur (1993),

    esta malvcea necessita para emergncia e estabelecimento, temperaturas de solo superior a

    20C e temperaturas do ar entre 25 e 30C. Alm disso, no estdio de frutificao e maturao,

    temperaturas mdias inferiores a 20C paralisam o desenvolvimento das mas (AMORIM

    NETO et al., 1998).

    Figura 1-poca de semeadura para diferentes regies brasileiras

    Fonte: AMORIN NETO et al., 2001.

  • 6.2 SOLO

    O uso de maneira errnea do solo com a cultura do algodo arbreo ou herbceo, pode

    ocasionar a degradao dos solos brasileiros. Antes de iniciar o processo de explorao, deve-

    se feito um planejamento racional dos limites de explorao. Os principais fatores a serem

    analisados so: relevo, drenagem, profundidade, textura e fertilidade do solo Para fins de

    explorao, deve-se escolher reas planas e levemente onduladas, com declive abaixo de 12%,

    pois a cultura do algodo expe o solo aos agentes erosivos. reas com alta declividade devem

    ser deixadas com sua vegetao nativa ou exploradas com culturas perenes (EMBRAPA, 2003).

    Solos com de textura mediana e pH entre de 5,5 e 7,0 so os mais indicados para o

    cultivo do algodo, principalmente devido facilidade de seu manejo (EMBRAPA, 2003). O

    grfico 4 mostra a relao entre pH e disponibilidade de elementos no solo.

    Grfico 4. Relao entre pH e disponibilidade de elementos no solo

    Fonte: FAQUIN, 2005.

    6.3 ADUBAO

    O algodoeiro herbceo uma planta exigente em fertilidade do solo, uma vez que para

    seu cultivo necessrio um equilbrio entre solo e clima (EMBRAPA, 2003).

    A adubao do solo para cultivo, deve ser feita com base nos resultados da anlise de

    fertilidade do solo, a adubao qumica deve-se tomar como base, os nveis dos nutrientes

  • presentes no solo, sendo recomendada as dosagens conforme mostra a Tabela 5. Porm no

    significa que se deve usar, dentro de cada faixa, exatamente a dosagem de adubao

    recomendada nesta tabela, mas poder ser mais ou menos, a depender do tipo e do manejo do

    solo e rendimento esperado da cultura (EMBRAPA, 2003).

    Tabela 5. Recomendaes de adubao NPK na cultura do algodoeiro herbceo, em funo

    dos Nutrientes existentes no solo

    Dosagens recomendadas

    (kg/h)

    Teores no solo

    (ppm)

    Plantio Cobertura

    P K P2O5 K2O N

    0-10 0-45 90 60 15 60

    11-19 46-90 60 40 15 60

    20-30 91-135 30 20 15 60

    >30 >136 - - 15 60

    Fonte: Comisso Estadual de Fertilidade do Solo.

    6.4 PLANTIO

    O plantio do algodoeiro deve ser feito durante o perodo das chuvas, uma vez que, a

    cultura necessita de altos ndices pluviomtricos para o seu desenvolvimento. Vrios fatores

    influenciam na definio do melhor espaamento entre fileiras podendo-se destacar: cultivar,

    clima, fertilidade do solo e sistema de cultivo e colheita (LACA BUENDIA, 1982; FARIA,

    1982).

    O espaamento adequado aquele em que as folhas das plantas devem cobrir toda a

    superfcie entre fileira na poca do mximo florescimento, sem haver entrelaamentos entre

    elas (GRIDI-PAPP et al., 1992). Segundo Staut (1999) e Lamas (1999), alteraes no

    espaamento e na densidade de plantio, induzem a uma srie de modificaes no crescimento

    e desenvolvimento do algodoeiro.

    A produo de algodo em caroo mais influenciada pelo espaamento entre fileiras e

    as caractersticas tecnolgicas da fibra, pela densidade (JONES, 1997; WELLS, 1997).

    Geralmente, tem-se verificado uma tendncia de reduo do espaamento entre fileiras e

  • aumento da densidade de plantas. Entretanto, os resultados j obtidos permitem inferir que, nem

    sempre a produtividade maior numa condio de alta populao (LAMAS et al., 1989; JOST,

    2000; COTHREN, 2000).

    A relao entre a populao de plantas e produo de algodo depende de uma srie de

    fatores agroclimticos nas quais a cultura se desenvolve. Embora a reduo do espaamento

    entre fileiras no altere significativamente a produo da fibra em termos de produtividade, essa

    prtica pode ocasionando na reduo da qualidade da fibra.

    6.5 COLHEITA

    A colheita do algodo pode ser feita de maneira manual ou mecanizada (Figura 2), isso

    vai depender do nvel tecnolgico da propriedade. O mtodo manual utilizado apenas para

    pequenas propriedades, onde prevalece a agricultura familiar. No entanto, a colheita

    mecanizada predomina entre as grandes propriedades, sendo extremamente vantajosa em

    relao a manual, pois h reduo dos custos operacionais, melhorias na qualidade do produto

    colhido, rapidez para a realizao da colheita, minimiza o teor de impurezas no material e

    economia com mo-de-obra (EMBRAPA, 2014).

    Figura 2. Colheita mecanizada e manual do algodo

    Fonte: Desconhecido.

    7 BENEFICIAMENTO DO ALGODO

    Uma das vantagens do algodo em relao s demais oleaginosas que o algodo no

    plantado por causa do caroo, mas para obter a fibra, ficando o caroo como um subproduto

    que agregar valor para o produtor e criar uma demanda perto da regio em que produzido

    (PESSA, 2008). A figura 3, exemplifica o fluxograma do beneficiamento do algodo.

  • Figura 3. Fluxograma do beneficiamento do algodo

    Fonte: desconhecido.

    O processamento do algodo consiste inicialmente na separao da fibra longa das

    sementes, processo denominado descaroamento, que resulta em caroo com lnter,

    caracterizado por apresentar fibras finas e curtas, que permanecem ligadas ao caroo (SANTOS

    et al., 2009). O caroo de algodo pode ser destinado moagem, no processamento industrial,

    para a extrao do leo para o consumo humano, gerando assim, os demais subprodutos. O

    farelo de algodo obtido quando so utilizados processos qumicos (solventes) e fsicos

    (prensagem) para a extrao do leo. J a torta de algodo obtida quando utilizada apenas a

    prensagem (PAIM, 2010).

    7.1 PLUMA

    A fibra constitui a mais importante matria-prima do algodoeiro. A partir dela so

    produzidos os fios e tecidos que vestem cerca de 60% da humanidade (BELTRO, 1999). Para

    a industrializao da pluma e obteno de tecidos de qualidade, a fibra necessita apresentar

    caractersticas intrnsecas que a habilitem a produzir fios de alta qualidade e seja plenamente

    adaptvel aos filatrios modernos empregados nas indstrias txteis do mundo. Entre as

    caractersticas intrnsecas da fibra podem se destacar a resistncia, comprimento; uniformidade

    de comprimento, maturidade, finura, resistncia e alongamento (SANTANA et al., 1995).

    O beneficiamento do algodo feito nas Algodoeiras, a etapa prvia para a sua

    industrializao e consiste na separao da fibra das sementes por processos mecnicos, com

    mnima depreciao das qualidades intrnsecas da fibra e a obteno de um bom tipo de algodo,

    de maneira a atender s exigncias da indstria txtil e de fiao (EMBRAPA, 2003).

  • 7.2 LINTER

    O lnter um subproduto das esmagadoras de algodo, na qual ele serrado antes do

    esmagamento, para produo de leo e torta de mamona. Fibras de lnter tm uma reatividade

    maior que as fibras normais de algodo, devido melhor acessibilidade dos reagentes sua

    celulose, devido arquitetura oca, quebradia e porosa da fibra (SCZOSTAK, 2009; ZHAO et

    al., 2007).

    7.3 CAROO

    O Brasil o quinto maior produtor mundial de caroo de algodo (acima de 2 milhes

    de toneladas), sendo a China o principal pas produtor, produo estimada em 15 milhes de

    toneladas, seguido da ndia, com produo aproximada de 8,8 milhes de toneladas

    (FAOSTAT, 2007).

    De acordo com a CONAB (2009), o maior Estado produtor de algodo no Brasil o

    Mato Grosso, com uma produo de 972,4 mil toneladas de caroo de algodo e que, nos

    ltimos anos, obteve um expressivo aumento em sua produo. Logo aps, est a Bahia com

    produo de aproximadamente 477,8 mil toneladas, e Gois, com 260,5 mil toneladas.

    O caroo de algodo com lnter possui 23,0% de protena bruta (PB), 17,8% de extrato

    etreo (EE), 47,0% de fibra em detergente neutro (FDN), 39% de fibra em detergente cido

    (FDA) e 95% de nutrientes digestveis totais (NDT) (Tabela 6) (NRC, 2007), Fazendo deste

    produto um bom suplemento proteico e energtico, encontrando-se na literatura vrios trabalhos

    indicando bom desempenho produtivo de animais alimentados com caroo de algodo

    (MADRUGA et al., 2008; BERNARDES et al., 2007; ROGERS et al., 2002).

    Dentre as sementes oleaginosas, o caroo de algodo destaca-se por apresentar altas

    concentraes de leo, protena e fibra (ROGRIO et al., 2003).

    Tabela 6. Caractersticas Bromatolgica do caroo de algodo

    Caractersticas %

    Protena Bruta 23,0

    Extrato etreo 17,8

    FDN 47,0

    FDA 39,0

    NTD 95,0

    Fonte: NRC, 2007.

  • 7.3.1 Gossipol

    Uma das grandes limitaes ao uso do caroo de algodo e seus subprodutos na nutrio

    animal a presena de quantidades elevadas de gossipol [2,20-bis(8--formil-1,6,7-trihidroxil-

    5-isopropil-3-metil--naphthalene)] (Figura 4) (TILYABAEV et al., 2009). O gossipol

    apresenta-se como uma mistura de esteroismeros (+) e (-), com o ismero negativo (-)

    apresentando maior atividade biolgica (McCAUGHEY et al., 2005).

    Esta substncia considerada um terpeno incomum, isolado da planta e das sementes

    do algodo (famlia Malvaceae), sendo txico ao animal quando est na forma livre,

    predominante no caroo. Os monogstricos apresentam elevado grau de sensibilidade a esta

    substncia, enquanto os ruminantes, devido detoxificao ruminal, so mais tolerantes

    (BARBOSA, 2004; GATTS, 2004).

    O gossipol tem sido alvo de pesquisas recentes, devido a sua importncia em atividades

    biolgicas, como a antifngica, antiviral, anticancergena e efeitos antifertilidade (TALIPOV

    et al., 2009). Comumente, para anlise do teor de gossipol, so utilizados a cromatografia

    lquida de alta performance (HPLC) e a espectrofotometria, conforme recomendado pela

    Associao Americana de Qumicos de leos (AOCS) (HRON et al., 1990).

    Figura 4. Estrutura do gossipol (aldedo tautomrico)

    Fonte: Tilyabaev et al.; 2009

    O gossipol amplamente conhecido como um agente antifertilidade masculina e um

    potencial agente anticancergeno (GIZEJEWSKI et al., 2008), seus derivados induzem a

    infertilidade atravs da supresso da espermatognese, tm sido utilizados para contracepo

    masculina em humanos (COUTINHO, 2002; JENSEN, 2002).

  • 7.4 LEO DE ALGODO

    7.4.1 Extrao

    A semente do algodo produz cerca de 20% de leo, de baixo custo, alm do farelo ou

    torta que pode ser utilizado na alimentao animal (DALLAGNOL, 2007). A obteno do

    leo vegetal bruto feita por meio de mtodos fsicos e qumicos sobre as sementes de

    oleaginosas usando-se um solvente como extrator e prensagem (REDA, 2007).

    7.4.1.1 Processo tradicional por solventes

    Segundo Shreve (1977), o processo por meio de solventes ocorre da seguinte maneira:

    Os caroos de algodo so limpos por peneiramento e aspirao. Os lnteres so removidos pela

    passagem dos caroos por uma srie de deslintadeiras. Os caroos desfalpados so cortados ou

    partidos numa descascadeira, libertando-se se as polpas das cascas, que so separadas por

    peneiramento e aspirao. As cascas removidas so separadas das partculas de polpa num

    batedor e estocadas.

    A polpa amassada em flocos finos para que fique facilmente permevel na operao

    de cozimento; os flocos so ento cozidos, a 110C, durante 20 minutos, antes de serem

    prensados. Esta operao visa romper as clulas oleferas, precipitar os fosfatdeos, tornar

    andino o gossipol e coagular as protenas.

    A maior parte que provm do caroo de algodo pr-prensada em prensas mecnicas

    a parafuso. O leo removido pelas prensas peneirado, resfriado, filtrado e estocado para

    aguardar o refino. Cerca de 74% de todos os caroos so processados desta maneira; uns 18%

    extras so processados pela pr-prensagem com extrao por solvente e 8%.

    A extrao por solventes muito eficiente, pois recupera at 98% do leo dos caroos

    de algodo. Segundo Moretto (1998), o hexano satisfaz uma srie de exigncias de um solvente

    apropriado; dissolve com facilidade o leo sem agir sobre os outros componentes da matria

    oleaginosa; possui uma composio homognea e estreita faixa de temperatura de ebulio;

    imiscvel em gua, com a qual no forma azetropos e tem baixo calor latente de ebulio.

  • 7.4.1.2 Processo por meios mecnicos

    O processo mecnico fundamentalmente a extruso e prensagem, sem a utilizao de

    caldeira ou produto qumico, mas sim por presso e se elevando a temperatura por atrito,

    obtendo farelo e leo e ento valorizando a matria-prima. As etapas do processo podem ser

    divididas em vrias partes. Primeiramente os caroos so limpos por meio de peneiramento

    (peneira vibratria) e suco de ar. O caroo ainda sem modificaes segue no processo, indo

    para as deslintadeiras, onde sero removidos os lnteres (fibras), por meio de um ciclone e um

    ventilador, que faro a suco das fibras, atravs de transporte pneumtico. Os caroos

    deslintados seguem para as decorticadeiras, que quebram o caroo de algodo, facilitando a

    separao da casca que protege o caroo da polpa que o envolve, alm de preparar a semente

    para a etapa de extruso.

    A etapa de extruso representa o ponto crucial desse tipo de processo. A extrusora faz

    com que os gros sejam desintegrados sobre temperatura e presso. Neste processo as bolsas

    de leo que existem no gro so rompidas facilitando a prensagem. Na prensagem da polpa de

    algodo obtido o leo bruto, e com isso tambm obtido o farelo, que nada mais do que os

    restos das etapas para o processamento do leo (MORETTO, 1998).

    7.4.2 Caractersticas do leo

    O leo de caroo de algodo tem um leve sabor de castanha, geralmente lmpido de

    cor dourada claro ao amarelo avermelhado, como os demais leos, seu grau de cor, depende do

    grau de refinamento. rico em tocoferol, um antioxidante natural que possui variados graus de

    vitamina E (CAMPESTRE, 2014).

    Tabela 7. Caractersticas Fsico-Qumicas do leo de algodo.

    Caractersticas Algodo Soja

    Densidade 0,918 - 0,926

    (20C/20C)

    0,919 0,925 (20C/20C)

    0,915 - 0,923

    (25C/25C)

    0,916 - 0,922

    (25C/25C)

    ndice de refrao (n D40) 1,458 - 1,466 1,466 - 1,470

    ndice de saponificao 189 - 198 189 - 195

    ndice de iodo (Wijs) 99 - 119 120 - 143

    Matria insaponificvel,

    g/100g

    Mximo 1,5 Mximo 1,5

  • Acidez, g de cido

    olio/100g

    Mximo 0,5 Mximo 0,5

    ndice de perxido, meg/kg Mximo 10 Mximo 10

    Fonte: ANVISA, 2005.

    De acordo com Gioielli (1996), o leo de algodo composto por aproximadamente

    30% de cidos graxos saturados, 50% de cido linolico (C18:2) e 20% de cidos graxos

    monoinsaturados, caracterizando--se como uma boa fonte de cidos graxos insaturados. As

    altas concentraes de cidos graxos no caroo de algodo um importante fator a ser levado

    em considerao para uso na nutrio de ruminantes, pois possibilitam elevar a densidade

    energtica das dietas sem diminuir os teores de fibra e protenas.

    Tabela 8. Composio de cidos Graxos do leo de algodo

    Algodo Soja

    cido graxo Nomenclatura g/100g g/100g

    C

  • qual ele foi produzido. Anlises bromatolgicas indicam que seu contedo oscila entre 89,1 a

    94,2% de matria seca; 25,9 a 47,6% de protena bruta; 1,2 a 11,4% de extrato etreo; 28,4 a

    33,1% de fibra em detergente neutro; 17,7 a 21,6% de fibra em detergente cido e 4,4 a 15,1%

    de lignina (COTTONSEED FEED PRODUCTS GUIDE, 1998; VALADARES FILHO et al.,

    2006; BRITO et al., 2007) (Tabela 9).

    Tabela 9. Caractersticas Bromatolgica do caroo de algodo

    Caractersticas %

    Matria seca 89,1 - 94,2

    Protena bruta 25,9 - 47,6

    Extrato etreo 1,2 - 11,4

    Fibra em detergente neutro 28,4 - 33,1

    Fibra em detergente cido 17,7 - 21,6

    Lignina 4,4 - 15,1

    Fonte: BRITO et al., 2007.

    7.6 FARELO DE ALGODO

    O valor nutricional do farelo de algodo pode variar de acordo com a adio de maior

    ou menor teor de casca, por isso, no mercado, tem-se o farelo de algodo com diferentes teores

    de protena bruta, sendo mais comuns os farelos com 30% de PB e 44% de PB. O farelo com

    44% de PB apresenta: 1,8% de EE, 23% de FDN e 77% de NDT (NRC, 2007). No Brasil,

    Valadares Filho et al. (2006) apresentaram dados de farelo de algodo com 38% de PB, 1,87%

    de EE, 34,92% de FDN e 68,31% de NDT.

    O alto teor relativo de protena bruta e o baixo custo do farelo de algodo o tornaram

    uma opo para a formulao de dietas para animais. Dessa forma, alguns trabalhos tm

    apresentado desempenhos satisfatrios de ruminantes alimentados com farelo de algodo

    (ROGERS et al., 2002).

    Comparado a outros alimentos proteicos, o farelo de algodo apresenta baixos teores de

    energia metabolizvel (2000 Kcal/kg), principalmente devido ao alto teor de fibra. Possui teor

    de clcio relativamente baixo (0,19 0,23%) com a relao clcio:fsforo prxima de 1:6

    (PAIANO et al., 2003). Apesar do alto valor de protena bruta o farelo de algodo apresenta a

    quantidade e a digestibilidade dos aminocidos essenciais, principalmente a lisina inferior a

    20%, isso quando comparado ao farelo de soja (PAIANO et al., 2003). O nitrognio, assim

    como o nitrognio retido, tambm apresentou valores inferiores aos determinados para o farelo

  • de soja (PRAWIRODIGDO et al., 1997). As composies qumicas dos farelos de algodo e

    do farelo de soja so apresentadas na Tabela 10.

    Tabela 10. Composio qumica dos farelos de algodo (tipo 40 e 30)

    Farelo de Algodo

    (40%)

    Farelo de Algodo

    (30%)

    Protena Bruta

    (%)

    39,00 31,70

    Protena Dig.

    (%)

    28,70 17,81

    EM (Kcal/kg) 2157,00 1828,00

    Lisina (%) 1,61 1,24

    Metionina (%) 0,61 0,51

    Met + Cis (%) 1,27 1,00

    Treonina (%) 1,33 1,03

    Triptofano (%) 0,51 0,51

    Valina (%) 1,81 1,36

    Isoleucina (%) 1,31 0,98

    Leucina (%) 2,38 1,78

    Histidina (%) 1,08 0,81

    Arginina (%) 4,25 3,05

    FONTE: Rostagno et al., 2000)

    8 CUSTO DE PRODUO

    A cultura do algodoeiro exige uma srie de prticas que demandam custos, sendo eles

    fixos e varivel. A tabela 11, mostra de maneira detalhada o custo por hectare do cultivo do

    algodo no municpio de Sorriso-MT, referente a agosto de 2001.

    Tabela 11. Custos fixo, varivel e total da cultura do algodo semi-direto, por hectare, em

    Sorriso, MT, em agosto de 2001. Embrapa Agropecuria Oeste, Dourados, MS, 2002.

    Valor

    Componentes do custo Und Quantidade Preo

    unitrio

    (R$)

    (R$) (US$) Participao

    A - Custo fixos 255,47 102,19 10,05

    Depreciao e juros

    sobre capital fixo

    R$/h 75,47 30,19 2,97

    Remunerao da terra R$/h 180,00 72,00 7,08

  • B -Custo varivel 2135,63 854,24 84,04

    B.1 - Insumos 1511,40 604,55 59,49

    Calcrio t 1,00 24,00 24,00 9,60 0,94

    Sementes de milheto kg 20,00 0,12 2,40 0,96 0,09

    Sementes de algodo kg 13,00 2,40 31,20 12,48 1,23

    Tratamento de

    sementes (inseticidas)

    L 0,09 27,33 5,74 2,29 0,23

    Tratamento de

    sementes (fungicidas)

    L 0,08 696,50 54,33 21,73 2,14

    Fertilizantes t 1,05 526,19 522,50 221,00 21,74

    Herbicidas L 11,45 13,35 152,93 61,17 6,02

    Inseticidas L 11,03 45,66 503,40 201,36 19,81

    Fungicidas L 1,45 62,83 91,10 36,44 3,59

    Regulador de

    crescimento

    L 1,00 38,00 38,00 15,20 1,50

    Desfolhante L 0,40 110,00 44,00 17,60 1,73

    Espalhante adesivo L 2,00 4,30 8,60 3,44 0,34

    Formicida kg 0,50 6,40 3,20 1,28 0,13

    B.2 - Operaes

    agrcolas

    405,00 162,00 15,93

    Distribuio calcrio hm 0,25 19,50 4,88 1,95 0,19

    Preparo do solo hm 1,61 21,37 34,41 13,76 1,35

    Semeadura milheto (a

    lano)

    hm 0,25 22,52 5,63 2,25 0,22

    Incorporao milheto hm 0,39 22,94 8,95 3,58 0,35

    Semeadura /adubao hm 0,40 34,00 13,60 5,44 0,54

    Adubao cobertura hm 1,40 17,01 23,81 9,52 0,94

    Aplicao de

    defensivos

    hm 2,05 18,98 38,92 15,58 1,53

    Aplicao area de

    defensivos

    ha 6,00 10,00 60,00 24,00 2,36

    Colheita (mquina

    alugada)

    ha 7,00 30,00 210,00 84,00 8,26

    Destruio soqueira hm 0,30 15,99 4,80 1,92 0,19

    B.3 Outros 219,23 87,69 8,62

    Transporte externo @ 1,00 30,00 30,00 12,00 1,18

    Aplicao formicida dh 0,04 15,00 0,60 0,24 0,02

    Assistncia tcnica ha 1,00 17,00 6,80 0,67

    Juros sobre capital

    circulante

    % 6,00 119,93 47,97 4,72

    Seguridade social

    rural

    % 2,20 51,70 20,68 2,03

    C - Custo de produo

    (A+B)

    2391,10 956,43 94,09

  • D - Beneficiamento 5,00 30,00 150,00 60,00 5,90

    E - Custo total (C+D) 2541,10 1016,43 100,00

    Receita (pluma) 95,00 30,00 2850,00 1140,00

    G - Margem lquida (F

    - E)

    308,90 123,57

    Fonte: EMBRAPA, 2003.

    9 CONSIDERAES FINAIS

    A cultura do algodo, apresenta grande potencial de explorao, pois a espcie permite

    seu cultivo em diversas regies brasileiras, adaptando-se ao clima e condies de solo. O

    produto primrio resultante do plantio, apresenta fcil comercializao, uma vez que, grande

    parte da produo fica no mercado interno. Alm da pluma pode-se obter uma srie de outros

    subprodutos resultante do beneficiamento das sementes, tais como: farelo, torta e leo, o que

    agrega valor a cadeia produtiva.

    O leo do algodo apresenta grande potencial econmico, mesmo sendo um subproduto

    do beneficiamento do algodo, pois apresenta caractersticas fsicas e qumicas similares ao

    leo de outras espcies oleaginosas, podendo ter ampla aplicabilidade nos setor industrial.

  • 10 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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