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A sustentabilidade na cadeia de fornecedores de uma empresa

Sustentabilidade na cadeia produtiva

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A sustentabilidade na cadeia de

fornecedores de uma empresa

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Quando se fala de processos de negócio, a área de supply chain é uma das que apresenta a maior complexidade. Compras, estoque, centros de distribuição, manufatura, logística... E atrelado a isso tem a matéria prima, bens intermediários, descarte, gestão de resíduo, etc. É uma área muito estratégica e a empresa precisa lidar com uma extensa gama de fornecedores.

Trazendo a questão da sustentabilidade para supply chain, fica claro que uma companhia para ser considerada sustentável precisa estender o conceito à sua cadeia produtiva. Vale lembrar que a partir

da década de 90 as grandes empresas se viram no meio de denúncias envolvendo seus fornecedores, tendo a imprensa mundial dado amplo destaque aos casos.

Os escândalos foram um dos principais efeitos da globalização, que fez com que as empresas, em busca de redução de custo, transferissem boa parte das linhas de produção europeias e americanas para países em desenvolvimento, principalmente na Ásia. O maior deslize com essa mudança é que as multinacionais não se preocuparam em ir além das leis trabalhistas locais, muito mais frágeis que em países desenvolvidos.

A globalização e os escândalos da cadeia de fornecedores das grandes empresas

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Organizações como o Instituto Observatório Social1 atuam fortemente no Brasil analisando o comportamento sócio-trabalhista das empresas. Em diversos casos, o meio de elas atingirem as grandes companhias é investigando as condições de trabalho de seus fornecedores, boa parte pequenas e médias empresas.

Desde então, uma chuva de denúncias partiu de ONGs e mídia, que passaram a acusar as grandes empresas de fazerem uso de trabalho semiescravo/infantil em suas fábricas. O exemplo mais emblemático até hoje é o da Nike, que quando acusada da prática, inicialmente se limitou a dizer que não tinha qualquer responsabilidade pela contratação de mão de obra dos seus fornecedores.

No ano passado, durante a tragédia ocorrida no Golfo do México, nos EUA, os representantes da BP tentaram colocar a culpa na Transocean, que era subcontratada da empresa inglesa e proprietária da Deepwater Horizon, a plataforma que afundou e deixou como legado um imenso rastro de óleo, colocando em risco fauna e flora da região.

Por conta desses e de vários outros escândalos, e da repercussão negativa que os casos vêm tendo junto à sociedade, muitas empresas se deram conta de que era fundamental monitorar os seus fornecedores. E a atitude não foi apenas por uma questão de reputação, mas também de risco, pois dependendo do que ocorre, há também a possibilidade do cliente ser considerado corresponsável pela má conduta de seu fornecedor.

1 http://www.observatoriosocial.org.br

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Por decisão interna ou mesmo obrigação, muitas companhias passaram a exigir a sustentabilidade de seus fornecedores. Empresas que fazem parte do Dow Jones Sustainability Index, por exemplo, devem estender o conceito à sua cadeia produtiva. É o caso da Petrobras, que dentre diversas medidas, passou a exigir a ISO 14001 daqueles que querem vender para ela.

Um dos casos mais bem sucedidos de sustentabilidade na cadeia de fornecedores é o da Mega Matte, empresa carioca franqueadora de lanchonetes. Com o objetivo de ser a primeira franquia brasileira selada pela WFTO (World Fair Trade Organization), a Mega Matte iniciou em 2009 um planejamento de capacitação e preparação

dos produtores da erva mate para conquistar a certificação internacional de Comércio Justo.

O processo ainda está em andamento, mas envolveu encontros, compartilhamento de conteúdo e treinamento dos fornecedores. Apesar da resistência inicial, os produtores acabaram por concordar em trabalhar para minimizar impactos ambientais, para erradicar o trabalho escravo e/ou infantil, dentre outras questões a serem resolvidas. Em contra partida, a Mega Matte garante a compra por um preço justo

Mundialmente falando, um dos casos mais expressivos é o da IKEA, empresa sueca líder mundial em venda de móveis de baixo custo. Assim como diversas empresas, na década de 90 a

IKEA transferiu sua produção para países em desenvolvimento, tendo de lidar, a partir de então, com diversas denúncias em suas operações. Mas desde 2008 a companhia optou por adotar um modelo onde a sustentabilidade fosse um real valor para a marca.

A IKEA desenvolveu um padrão de auditoria chamado IWAY (The IKEA Way on Purchasing Home Furnishing Products), onde funcionários que trabalham no departamento de compras viajam pelo mundo visitando fornecedores e classificando-os quanto ao desempenho social e ambiental, além de analisar a origem de toda a madeira fornecida para a empresa. São 19 critérios de análise e quando há algum problema, a IKEA se compromete a dar suporte.

As motivações e os casos de gestão da sustentabilidade na cadeia de fornecedores

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A Agência de Sustentabilidade é uma empresa de consultoria que desenvolve e implementa soluções voltadas para a sustentabilidade em três segmentos: políticas públicas, setor privado e esportes. Comprometida com a qualidade e a inovação, a empresa alinha conceitos de administração, planejamento estratégico e desenvolvimento sustentável, proporcionando aos clientes maior valor de marca, reputação, eficiência de processos, redução de custos, sem esquecer, é claro, do lucro. Visite nossa homepage: www.agenciadesustentabilidade.com.br.

Sobre a Agência de Sustentabilidade

Julianna [email protected] 8114-3576 / 21 8515-8195

Para mais informações entre em contato com:

Para assegurar que os fornecedores estejam realmente alinhados com o conceito da sustentabilidade, não basta, apenas, a criação de regras ou imposições. É preciso fiscalizar e acompanhar o dia-a-dia dessas empresas através uma série de ações.

A Agência de Sustentabilidade trabalha com diversas soluções voltadas para a gestão da sustentabilidade na cadeia de fornecedores. As principais soluções são:

- Indicadores e métricas de sustentabilidade para diferentes setores;

- Monitoramento da sustentabilidade na cadeia de fornecedores;

- Treinamento e conteúdo para a sustentabilidade;

- Gestão da mudança.

Apesar da gestão da mudança não ser um produto voltado para a cadeia de fornecedores, acreditamos que a sustentabilidade começa com um processo de transformação e educação de pessoas. Sabemos que mudanças geram resistências e que devem ser tratadas com atenção. Por isso, também acreditamos que, somada à gestão da mudança e ao tempo para a adequação, é preciso que as empresas, principalmente as grandes e as multinacionais, proporcionem capacitação e conteúdo de sustentabilidade para seus fornecedores.

O desafio de inserir a sustentabilidade no processo de gestão de fornecedores

Sem realizar um trabalho de preparação e capacitação, as imposições das empresas em relação à sustentabilidade se tornam inviáveis para grande

parte dos fornecedores, que são, em sua maioria, pequenos e

médios empreendedores.

Ajudando empresas, organizações, pessoas e cidades a transformar o mundo