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1
Abri l / J unho
2 0 1 0
N º 1 0 7
BOLETIM TRIMESTRAL
CUCUJÃES, 15 e 16 de Maio último (pág. 6 e7)
Encontro Transmontano
Vimioso:
21/Ago/2010
às 10h.
Contactos:
Gabriel Carvalho:
António Padrão:
Costa Andrade
Emilio Pires
(pág. 8 )
TERENA (pág. 2 e 3)
Núncio Apostólico de Lisboa, agradece em nome
pessoal, e em nome Sua Santidade o Papa Bento
XVI, à ARM e ao autor, Padre Prof. Doutor Aires A.
Nascimento, a oferta do livro NUNO de SANTA
MARIA — fragmentos de memória persistente.
Pág. 5
Combate
à pobreza Pág.12
2
Senhora da Boa Nova:
peregrinação a Terena pela comunidade da
Sociedade Missionária de Lisboa
No dia 9 de Junho de 2010, a comunidade de Lisboa da Sociedade
Missionária deslocou-se em
peregrinação a Nossa Senhora da Boa Nova de Terena; tal peregrinação tinha
sido prevista para 2009, mas a
declaração da
doença que vitimou o P.e
Viriato não
consentiu que aí nos
deslocássemos,
pois entre Maio e Outubro a
nossa
peregrinação foi
feita com ele até ao Hospital da
CUF, onde veio
a falecer. Ficámos
devedores a ele
e a Nossa Senhora deste
gesto que
havíamos
combinado. Razões de tal
projecto:
acertarmos a nossa memória
com o santuário
que nos anais
consagrados passa por um
dos centros mais antigos da devoção
mariana e que, em data também antiga, apresenta nas denominações
portuguesas o título de Nossa Senhora
da Boa Nova. Expliquemos. 1) O santuário de Santa Maria de Terena tem
nas Cantigas de Santa Maria, do rei
Afonso X de Castela, avô do nosso rei
D. Dinis, um núcleo de louvores deveras significativo: nada menos que
P á g i n a 2
Propriedade:
ARM Associação Regina
Mundi
Sede:
Rua da Bempostinha, 30
1150-066 Lisboa
Tel. 218 851 546
Fax: 218 850 258
NIPC n°. 503 268 372
NIB da conta da ARM:
003501210000130053098
Quota anual: 10,00€
Presidente da Direcção:
José Domingues dos Santos Ponciano
Direcção, Redacção e
Administração:
Rua da Bempostinha, 30
1150-066 Lisboa
Telemóvel: 927 651 624
Tel. 218 851 546 /
Fax: 218 850 258
Site: www.arm.org.pt
E-mail:
Fotocomposição e Impressão:
Escola Tipográfica das Missões
Cucujães
Tiragem desta Edição:
750 exemplares
Colaboradores deste número:
Albino dos Anjos
Santos Ramos
Santos Ponciano
Francisco Costa Andrade
Aires A. Nascimento
Óscar Rodrigues
António Emílio Pires
Ronaldo Viana
de Santa Maria, do rei Afonso X de Castela, avô do nosso rei D. Dinis, um
núcleo de louvores deveras
significativo: nada menos que 12
cantigas, em agradecimento a Nossa Senhora por curas recebidas por seu
intermédio; as
Cantigas foram
recolhidas
pelo rei Sábio em torno de
1260, o que
faz pensar que
já nessa época existisse uma
espécie de
pequeno cancioneiro
que os jograis
entoavam perante os
peregrinos que
se deslocavam
à ermida de Santa Maria
de Terena: há
quem opine que esse
cancioneiro
(em
manuscrito ou em execução
jogralesca)
terá sido levado até à
corte de Afonso X, por um dos Condes
de Riba de Vizela, quando teve de se exilar em Castela (fosse D. Gil Martins,
fosse seu filho, D. Martin Gil, em data
próxima da elaboração das Cantigas). 2)
O santuário de Terena conserva ainda elementos antigos que apontam para um
antigo culto ao deus Endovélico (que J.
Leite de Vasconcelos estudou para as suas Religiões da Lusitânia); a
3
Senhora da Boa Nova:
peregrinação a Terena pela comunidade da
Sociedade Missionária de Lisboa
mariano terá ocorrido em período alto da cristianização da zona
alentejana, mas não existem
testemunhos que permitam saber qual o período em que isso se verificou
(parecendo razoável a hipótese que
tenha acontecido antes da ocupação
muçulmana). 3) A denominação do santuário era de Santa Maria de
Terena, tal como está nas Cantigas: a
designação de Nossa Senhora da Boa Nova não é primitiva: deve remontar
a finais do séc. XVII, pois em 1708,
o P.e António Carvalho da Costa, Corografia Portuguesa, já apresenta
tal designação; associa-a ele, pela
primeira vez, a uma antiga notícia,
conhecida da Crónica de D. Afonso IV, por Rui de Pina, segundo a qual a
filha deste rei, casada com o rei de
Castela, passou por Terena, quando veio ter com o pai e lhe solicitou
auxílio para a acção militar que o
marido teria de empreender contra os mouros que ameaçavam os seus
domínios – em Terena teria ela
recebido a notícia de que o pai se
dispunha a anuir ao pedido e mandava forças para se oporem aos
infiéis (formaram o contingente
português que, sob as ordens de D. Gonçalo Pereira, Mestre dos
Hospitalários e de seu filho D.
Álvaro Gonçalves Pereira, pai de D.
Nuno Álvares Pereira, se bateu na batalha do Salado em 1340,
acompanhado pela relíquia da Vera
Cruz que se encontra na igreja do Marmelar).
Sendo antiga, ainda que não
originária do primitivo santuário, a designação de Nossa Senhora da Boa
Nova, importará acentuar a
caracterização da respectiva imagem:
como está, a imagem é de roca (como é frequente em muitas das imagens
antigas que se veneram em Portugal – uma delas é a de Nossa Senhora da
Conceição que se encontra no
santuário de Vila Viçosa e cujo culto se diz remontar a S. Nuno de Santa
Maria que ali terá deixado a imagem
vinda de Inglaterra); a Senhora da Boa
Nova apresenta-se com o Menino no braço esquerdo e de mãos estendidas;
a atitude é de majestade, pelo que as
coroas, da Senhora e do Menino, se justificam; é também de acolhimento,
em aceitação de quem se Lhe confia.
Esta iconografia está reproduzida na imagem que veneramos em Valadares,
trazida que pequena capela que havia
na Casa da Quinta da Boa Nova, em
Vilar do Paraíso (da Condessa de Lobão, proprietária a quem a
Sociedade Missionária comprou a
herdade para construção do Seminário; a quinta do Penedo, onde
acabou por ser construído, pertencia a
outra pessoa). Se esta é a iconografia tradicional, não valerá a pena apostar
em veleidades de transferir para outras
representações o que tem iconografia
bem marcada desde séculos. Acentue-se também que a
celebração da festa de Nossa Senhora
da
P á g i n a 3 N º 1 0 7
– tal ocorrência está também consignada para outras festas de
Nossa Senhora com outras
invocações, deixando todas elas entrever que a suspensão das festas
marianas durante o Tempo
Quaresmal e primeira semana da
Páscoa conduzia à associação de Maria com as alegrias pascais e
com o anúncio da Ressurreição.
Que agora se celebre a festa de Nossa Senhora da Boa Nova no dia
da celebração da Visitação de
Maria a Santa Isabel é uma opção que não cabe aqui discutir: facto é
que, nas celebrações de Terena, o
andor que sai da capela da ermida
em direcção ao castelo da vila se encontra com o andor de S. Pedro,
que é o patrono da igreja matriz;
dizem-nos que, em outros tempos, o encontro era com a imagem da
Senhora do Rosário, mas foi
alterado o rito para evitar interpretações menos correctas.
Aires A. Nascimento
4
P á g i n a 4
Sociedade de Advogados
António Emílio Pires
Advogado
Av. Conselheiro Fernando de Sousa, nº 19 – 18º 1070-072 Lisboa – Portugal
Tel.: 351.21 384 63 00 Fax 351.21 387 01 67 Email: [email protected]
Ano 1955 e alguns de 1954…
Cernache 10 de Junho
Não eram muitos, mas eram de peso.
Olhem bem para eles: Óscar Rodrigues
(grande dinamizador do evento), Vieira
de Sá, Zé Maria Moreira, Ir. Edgar, Luis
Gamboa, Pe. Luis Marques, Moreira e
Anibal Dias Pedro. Os Padres Libério,
Baltar e Valente Pereira não não
puderam estar presentes por atraso no
cacilheiro, mas mantiveram-se em
contacto várias vezes durante todo o dia.
Parabéns Rapaziada. Um pequeno reparo
da redacção: Em nenhuma fotografia
aparece qualquer superior do Seminário.
Até à última hora estive à espera de uma pequena crónica do
encontro. Não chegou, e nestas ocasiões o redactor tem que
substituir o jornalista e encher o espaço da melhor forma que
sabe.
Pois, aqui ficam duas fotografias que valem por mil palavras,
mas como eu gostaria, (deliciar-me-ia), com uma crónica do
homem que muito admiro, como homem e como ser humano,
que me ensinou a lógica da matemática e que escreve sem
pieguices e nostalgias achacadas, mas antes com o
pragmatismo tão necessário à nossa sociedade.
Venha de lá essa crónica, Vieira de Sá.
Neste ou noutro assunto.
5
P á g i n a 5 N º 1 0 7
Ao comemorarmos os 650
anos do seu nascimento e
primeiro da sua canonização,
a ARM quis prestar uma
singela homenagem a NUNO
de SANTA MARIA. Pediu ao
Senhor Prof. Doutor Aires A.
Nascimento, para ser o autor
e escrever algo diferente do
que soe fazer-se
Prontamente aceitou. E neste
livro, que não é nenhuma
biografia, trouxe à memória
o testemunho do rei D.
D u a r t e , C r ó n i c a d o
Condestável, Fernão Lopes,
C a m õ e s … s o b r e
Nun’Àlvares.
De referir que o autor
ofereceu os direitos, sendo
e s t e s i n t e g r a l m e n t e
canalizados para o projecto
―Um Sorriso para Ti‖.
Reproduzimos, como já havíamos feito na página da internet, cópia da carta recebida de S. Revª. o Núncio
Apostólico em Lisboa. Permitam-nos que chamemos à
atenção para o facto de a nossa carta ser datada de 11 de
Maio, e a resposta de 12 de Maio, isto é, exactamente a data em que Sua Santidade se encontrava em Lisboa.
Coincidência? Não sei. Eficiência no secretariado?
Também não sei. Dada a agenda carregadíssima quero mais acreditar em preocupação e atenção a pequenos
6
P á g i n a 6
NIHIMONIHIMO
ARMARM
Associação Associação
Rainha do Rainha do MundoMundo
AntigosAntigos Alunos Alunos
dada
Sociedade Missionária Sociedade Missionária
PortuguesaPortuguesa
2009 2009 -- 2ª EDIÇÃO2ª EDIÇÃO
ENCONTRO NACIONAL da ARM 2010
Foi apresentado no Encontro
Nacional de Valadares, em
2009, a 2ª. Edição do Nihimo.
Corrigimos os erros da
primeira, com um trabalho
exaustivo e exemplar do
Armindo Henriques, que para
levar a cabo a sua tarefa, teve
que se deslocar várias vezes a
todas as nossas Casas.
Esta 2ª. Edição é composta por
2 volumes, o 1º. base de dados
e 2º. endereços.
Foi impresso na Editorial
Missões, e como tal, teve
custos, pelo é vendido a 5€ os
2 volumes em conjunto.
Por hábito, sempre que participo em qualquer actividade, pergunto-me se valeu
a pena e interrogo-me sobre o que me levou
ali. Procuro também identificar as mais e as
menos valias, ou, dizendo quase o mesmo por outras palavras, os pontos fortes e os
pontos fracos.
Não há dúvida de que a força que me levou a Cucujães, vem de muito longe, dos anos
cinquenta e sete/sessenta e dois, de Tomar e
Cernache do Bonjardim. O objectivo era reviver ambientes, reencontrar amigos e
reeditar emoções. E não me senti frustrado.
As mais-valias foram muitas.
Gostei muito de ouvir as palestras do Miguel Ramalho (A República e as Missões
Católicas) e do Amadeu Araújo (A República e a Laicização das Missões) que
nos proporcionaram uma viagem ao passado, expondo-nos alguns dos momentos
da nossa história em que houve confrontação entre a Igreja e o Estado. Inicialmente, face aos títulos das comunicações, pensei que iam dizer a mesma
coisa, mas não foi assim. O primeiro abordou os aspectos gerais das situações da
política da corda esticada entre a Igreja e o Estado, fazendo, em preâmbulo, o enquadramento do tema na ideologia europeia, e navegando depois pela história
portuguesa. Ouvimos falar do Beneplácito Régio de D. Pedro I, em que se
determinou que a exequibilidade de quaisquer documentos pontifícios, ou outros
documentos apostólicos, dependia da sua prévia aprovação régia, até aos tempos mais modernos da República em que foi instituída a separação da Igreja e do
Estado. Na exposição, foram aparecendo os nomes dos vários mata-frades da
nossa história, se bem que seja o do Joaquim António Augusto de Aguiar o que aparece tradicionalmente ligado a esta conotação. A explicação da ideologia da
laicidade republicana permitiu um bom enquadramento da referência à lei da
separação da Igreja do Estado e dos seus reflexos na usurpação do património das instituições religiosas, com destaque para o caso do Colégio das Missões de
Cernache do Bonjardim.
Enquanto que a exposição do Miguel Ramalho tratou de um enquadramento
geral, a do Amadeu Araújo versou sobre aspectos mais detalhados dessa tentativa republicana de dilatar o Império sem a Fé e do papel do Instituto das Missões
Laicas de Cernache do Bonjardim, nesse mais que falhado empreendimento.
Gostei muito das referências feitas ao Dr. Abílio Marçal pois é um nome que me deixou intrigado a partir do momento em que, num dos passeios que fazíamos a
pé pelos arredores de Cernache, um dos saudosos padres que nos acompanhava
nos indicou a casa onde viveu essa figura histórica. Nunca mais me esqueci desse
pormenor porque foi acompanhado de uma referência que me deixou deveras intrigado. Foi dito que ele fora o reitor do colégio das missões laicas que
funcionou no Seminário. E que ele era tão ateu que, para mostrar bem a força da
7
ENCONTRO NACIONAL da ARM 2010
P á g i n a 7 N º 1 0 7
10,00 €
“Seminário de Cernache do
Bonjardim - Figuras e
Memórias”, coordenado
pelo senhor Dr. João
Gamboa. As receitas da venda de todos os livros,
destinam-se aos projectos de
solidariedade que estamos a
levar a efeito.
chegou a fazer cama e a dormir no altar-mor da igreja do seminário, em desafio
directo e ostensivo a quaisquer poderes divinos.
Valeu a pena ouvir estes bons amigos falar destes interessantes assuntos, na
linguagem simples de quem conta bem uma história.
Foi também um ponto forte a apresentação feita pelo P. Aires Nascimento do livro sobre D. Nuno. Não tive oportunidade de assistir ao lançamento do livro em Lisboa
e, por isso, foi para mim uma mais-valia acrescida.
Admirei, com reconhecimento de muito mérito, o empenho do Zé Quina em
abrilhantar o encontro com os seus dotes de musicólogo e instrumentista. Ele puxou da guitarra, da trompete, da flauta e conseguiu tocar tudo afinadinho com o órgão. É
caso para dizer que só faltou mesmo a gaita-de-foles. E por trás de tudo, está o seu
trabalho em preparar os livrinhos com os cânticos para a celebração.
E que me dizem da genica do nosso jovem P. Albino a fazer quarenta anos exuberando felicidade e espalhando-a para todos de cima de uma cadeira? Que
Deus lhe dê longa vida!
Gostei mito de ouvir o relato do estado da meritória iniciativa “Um sorriso para ti.”
Parabéns à Direcção!
Neste tipo de encontros, é sempre enfadonho ter de ouvir as sucessivas histórias dos
rancores motivados pelos puxões de orelhas dos superiores do Seminário.
Compreendo que um puxão de orelhas aos onze anos possa ter deixado uma cicatriz mais profunda do que uma bala numa perna na guerra de África quinze anos mais
tarde. Mas tudo tem de ter um limite com minutos contados. De outro modo, o
tempo fica enfadonhamente ocupado.
Era desnecessário passar tanto tempo a discutir os detalhes da aplicação dos 11.194 euros, o total da conta da ARM. Teria sido também interessante discutir um
orçamento que fundamentasse o plano de actividades. Isto porque é importante que
os armistas votem a expectativa da realização dos números para ficarem
solidariamente vinculados à sustentação financeira dos projectos da Associação.
Sabemos que, passados os anos, o que fica do essencial da história das instituições
pode ser encontrado nos livros de actas. Estas são uma das fontes privilegiadas dos
investigadores. Daqui a muitos anos, pode ser que haja alguém interessado em saber o que se passou na reunião anual da ARM de dois mil e dez.
E se esse alguém cruzar a informação, poderá notar a falta de
uma nota de agradecimento ao P. Aires Nascimento, por ter cedido à ARM os direitos autorais do seu livro sobre o D.
Nuno.
Acho que seria interessante, organizar algo em separado para
as acompanhantes, um passeio simples que seja, ou mesmo um chá, libertando-as da parte formal da Assembleia-Geral.
Penso que elas apreciariam a oportunidade de trocar
experiências em relação à sua vivência com ex-seminaristas.
A. Santos Ramos
Lisboa, 6 de Junho de 2010
15,00€
8
P á g i n a 8
No encontro do dia 12, devo dizer que foi 'excelente': a 'lição do J. César das Neves', o debate, o almoço, a intervenção da M Brites, tudo. Ètica e bioética... para reflexão sobre os valores (que ainda são reconheci-veis'…mas pouco 'reco-nhecidos' ou des-conhecidos na prática dos que assumem as responsabilidades (a to-dos os níveis) no segui-dismo das 'modas'. Bom. Agora era eu a enveredar pela motivação que suscitou o dia 12. Quanto ao assunto dos estatutos da UASP ainda não foi desta que se aprovaram, embora hou-vesse discussão acesa para se concluir ali mesmo. O bom senso fez adiar a aprovação para que houvesse mais contri-buições. E a vossa – a ARM e outros ausentes
ou os que não tiveram oportunidade de obterem o 'placet' das próprias estruturas, ficam respon-sabilizados pela leitura e 'crítica' da versão que vou reenviada a todos até à data fixada. Ficou o David Francisco encarre-gado do reenvio. Já receberam?
Guilhermino Pires
Presidente da COPAAEC Até à data nada recebemos.
Esperemos pelo próximo boletim.
Organizado pela Delegação de
Bragança da ARM, com o apoio da
Direcção da ARM, vai realizar-se
em Vimioso, no dia 21 de Agosto
próximo, o encontro anual da
delegação da ARM que, como todos
devem estar lembrados, não pode
realizar-se em Novembro passado
por causa do mau tempo, situação
muito habitual no Inverno naquelas
terras.
Porque, desde os primórdios da
Sociedade Missionária, até aos
nossos dias, Vimioso e todo o
planalto mirandês foram um dos
maiores alfobres de vocações e,
concomitantemente de Missionários
(quem não se lembra, de entre
muitos outros, dos Padres Amândio,
Aquiles, Aníbal, Firmino,
Benjamim, Policarpo, Pino, Amado,
André, Viriato, Lopes, Casimiro,
(Agostinho), agora sem a desculpa
do mau tempo, estamos certos que
este será um encontro histórico que,
com muita facilidade, poderá juntar
em Vimioso um grande número de
antigos alunos da Sociedade, seus
familiares e amigos.
Não obstante a
razoável capacidade
hoteleira disponível,
como estaremos na
época alta das férias,
para que tudo corra a
preceito, sugerimos
aos armistas que
queiram aproveitar a
oportunidade para
ficar mais uns dias em Trás-os-
Montes, que garantam o alojamento
atempadamente, directamente ou
através dos organizadores do
encontro.
CONTACTOS:
Gabriel Carvalho
Delegação da ARM de Bragança
Telm.917 258 242
António Padrão
Direcção da ARM
Telm. 919 730 409 e 962 051 159
Costa Andrade
Delegação do Porto,
Telm. 914852452
junto dos quais poderão ser obtidas
todas as informações referentes
ao programa e a toda a logística do
Encontro
EM AGOSTO, ENCONTRAMO-
NOS EM VIMIOSO PARA
CONVIVER, RELEMBRAR,
GRANDE ENCONTRO DE
ARMISTAS EM VIMIOSO NO
DIA 21 DE AGOSTO DE 2010
e-mail: [email protected]
9
P á g i n a 9 N º 1 0 7
Fotografias Históricas
Na era do digital, e porque as
Instituições têm memória, desde
que registada, queremos
durante a ano de 2010/2011
( i sto é, já hoje! ) fazer um
arquivo fotográfico digital de
tudo o que se relacione com a
vida dos Armistas. Assim,
p e d i m o s , r o g a m o s , e
p r o m e t e m o s d e v o l v e r ,
rapidamente, a quem tenha
fotos de Tomar, Cernache,
Cucujães e Fátima, em grupo
ou individual, que nos envie
identificando o ano. Se tiver
digitalizador basta enviar por e-
mail. Se não tiver, envia os
originais que nós tratamos do
arquitectura e mobiliário
Escritórios. - Divisão e Tratamento do Espaço, Móveis.
Escolas. - Mobiliário e RR Audiovisuais;
Auditórios, Salas de Cinema e Teatro. Bibliotecas. Colectividades. Centros de Arquivo e Documentação.(Solução fixa e Dinâmica)
Lares de 3ª idade. - Mobiliário Geriátrico e Hospitalar, Armazenamento. – Estanteria: carga leve, média, pesada, paletização
Ergotempus – Móveis de Escritório e Decoração, Lda Av. Maria Helena Vieira da Silva, Nº 4 – 1750-179 Lisboa Telf: 21 755 05 85 Fax: 21 755 05 87 [email protected]
Grupo de 1968. Dão-se
alvíssaras a quem reconhecer alguns (basta metade. Somos 105).
Reparem só na alegria desta garotada! Isto, já ninguém nos tira!
10
SEMINÁRIO – CONTAGEM
1. Marcos Pereira da Silva
20 anos de idade
1º ano de Filosofia, ISTA
2. Jailson Nascimento de Lima
19 anos de idade
3º ano de Filosofia, ISTA
3. José Antonio Lima
32 anos de idade
3º ano de Teologia, PUC
4. Francisco Mário (Membro Temp. da SM)
27 anos de idade
1º de Teologia, ISTA
5. Laurindo Visele (Membro Temp. da SM)
27 anos de idade
4º ano de Teologia, ISTA.
SEMINÁRIO – VIANA (LUANDA)
1.Afonso Gomes Tchivela
Nasceu a 1986.10.31
2º ano de Filosofia
2. Belchior Mutaka
Nasceu a 1984.03.22
3º ano de Filosofia
3. Carlos Domingos Jorge
Nasceu a 1982.01.27
2º ano de Filosofia
4. Donato Manuel Jacques
Nasceu a 1966.08.21
2º ano de Filosofia
5. Sabino Katchinombelo Ulombe
Nasceu a 1989.08.19
2º ano de Filosofia
6. Emiliano Maiapia Prata
Nasceu a 1987.05.15
1º ano (Salesianos)
SEMINÁRIO DA MATOLA
1. António João Amisse
21 anos de idade
1º ano de Propedêutico
P á g i n a 1 0
2. Antunes Marcelino
22 anos de idade
1º ano de Propedêutico
3. Geraldo Paulino Guidione
23 anos de idade
1º ano de Propedêutico
4. Amaral Adelino Nihirike
22 anos de idade
2º ano de Propedêutico
5. Atanásio Arlindo de Sousa
22 anos de idade
2º ano de Propedêutico
6. Augusto Raimundo Nicoroma
de 25 anos de idade
2º ano de Propedêutico
7. Amaral Mateus Bambo
24 anos de idade
3º ano de Propedêutico
8. Felizardo Luheia
21 anos de idade
3º ano de Propedêutico
9. Lucas Jaime Lucas
20 anos
3º ano de Propedêutico
10. Mateus João Bosco
23 anos de idade
3º ano do Propedêutico
11. Alfredo Tumbo Júnior
21 anos de idade
1º ano de Filosofia
12. Francisco Raimundo Mateus
24 anos de idade
1º ano de Filosofia
13. Tiago da Conceição Estêvão Tomás
21 anos de idade
1º ano de Filosofia
14. Proença Tonito Gabriel
27 anos de idade
3º ano de Filosofia
NOTÍCIAS BREVES DA SMBN
Alunos 2009/2010
VALADARES
1. Ricardo Filipe Rosa Marques (Membro Temporário da SM)
Frequenta o 3º ano de teologia
Nascimento: 26.08.1977
Antes de entrar no Seminário, concluiu o curso de Informática de
Gestão, na Escola Superior de Gestão de Santarém.
2.Gregório Eugénio Neto Perregil
Entrada no Seminário da Boa Nova:
Setembro de 2009
Frequenta o 4º e 5º ano de teologia
Nascimento: 04.01.1979
Antes de entrar no Seminário, frequentou o Colégio do Rosário,
Porto e a Universidade Católica no Porto.
3.Rui Jorge Santos Vieira Ferreira
Entrada no Seminário da Boa Nova:
Setembro de 2009
Frequenta o 1º ano de teologia
Nascimento: 31.03.1981
Antes de entrar no Seminário,
frequentou o Instituto Superior de
Psicologia Aplicada, concluiu em
26.02.2009 o Mestrado Integrado em Psicologia, área de especialização de
Psicologia Social e das
Organizações.
CERNACHE DO BONJARDIM
1.Benedito Antoko dos Anjos
Mussácula - Moçambique
Nasceu em 1985.06.19
Completou o Curso de Filosofia
2. Constantino António Epalanga
Hatende - Angola
Nasceu em 1986.03.27
Completou o Curso de Filosofia
3.Hipólito Maria André Julião
Vida– Moç.
Nasceu em 1983.05.12
Completou o Curso de Filosofia
4. Lubaki Meya Zicanda José -
Angola
Nasceu em 1983.04.03
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Nos passados dias 15 e 16 de Maio, decorreu, nas instalações do Seminário de Cucujães, o encontro anual e nacional da ARM (Associação Regina Mundi) que congrega os antigos alunos da Sociedade dos Missionários da Boa Nova. Foi um interessante fim de semana de convívio, onde se reviveram rituais à moda antiga, como seja a romagem à Gruta de Nossa Senhora da Conceição, e pudemos reencontrar companheiros da nossa vivência dos onze anos e seguintes, marco temporal que, no meu caso, chegou aos dezassete. Em dois dias de sol radioso pudemos percorrer os claustros e corredores desse antigo Mosteiro Beneditino, situado no topo de uma colina, e ainda parcialmente rodeado por extensos prados verdejantes, onde são visíveis os sinais de uma antiga e próspera casa agrícola conventual. De toda a informação que foi prestada pela Direcção da ARM, foi particularmente interessante a actualização em relação ao projecto “ Um Sorriso para Ti”, uma feliz iniciativa para ajudar na escolaridade de crianças nas terras de missão. Este projecto é simples. Foi estimado que os custos anuais da escolaridade de uma criança na África profunda são cerca de cem euros. O exemplo foi tomado a partir da situação concreta de terras do interior de Moçambique. Ora, com cem euros anuais, é possível apadrinhar a formação de uma criança. O dinheiro é entregue aos Missionários locais que rigorosamente o aplicam nessa finalidade. Na reunião, foram projectadas as fotografias e os nomes das crianças que já estão a beneficiar do projecto. Já houve cerca de 110 adesões. Qualquer pessoa pode participar. Pretende-se estender esta meritória acção às terras de Angola e do interior do Brasil onde trabalham os Missionários da Noa Nova. Neste tipo de encontros há sempre lugar a momentos nostálgicos quando encontramos pessoas que nos foram e são queridas, como seja, no meu caso, o meu prefeito do quinto ano, e professor, P. José Marques Gonçalves, um santo homem da Beira Interior (Orca –
Fundão). Visivelmente desgastado pelo trabalho duro da missão no interior de Moçambique (Chiure) está agora em Portugal para tratamento. Desejo-lhe boas melhoras e uma rápida e completa recuperação para voltar para as terras que, com o coração, adoptou. Por outro lado, dói-nos o coração ao passearmos pelos corredores, pátios e instalações, outrora repletas de alunos e agora vazias anos sucessivos e conservadas no limiar das possibilidades que a todo o custo tentam evitar a total decadência. Vejam este exemplo significativo. A capela conventual encheu-se, subitamente, para a celebração da missa dominical dos armistas. Quando procurei um assento num dos bancos de madeira, fiquei surpreendido, pelos abundantes sinais do caruncho, prenúncio da degradação irreversível que os ainda poucos residentes tentam sustar. O Seminário de Cucujães, outrora um fervilhante e próspero Mosteiro Beneditino, que, na segunda metade do século XX acolhia os numerosos alunos dos cursos de filosofia e teologia da Sociedade dos Missionários da Boa Nova, luta agora para não ser irreversivelmente tomado pelo caruncho.
O caruncho está activo e ninguém se preocupou em limpar os seus sinais
In dicforte
P á g i n a 1 1 N º 1 0 7
O MOSTEIRO E O CARUNCHO
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―Deus quer, o homem sonha e a
obra nasce‖ - Fernando Pessoa A actual Direcção da ARM—Associação Regina Mundi, dos Antigos
Alunos da Sociedade Missionária Portuguesa, quando venceu as eleições em Maio de 2008, tinha um sonho: Dar uma dimensão missionária à Associação. Combater a pobreza via alfabetização. A ideia foi germinando, fomo-nos aconselhando com quem tem experiência no terreno (os nossos missionários) e desenhámos o projecto: Com a nossa vivência cristã, missionária e acima de tudo humana, por cá, com a logística dos nossos missionários no terreno, por lá, não havia fugas,
nem desperdícios. O objectivo para o primeiro ano era ambicioso. 100 crianças. Conseguimos. Parabéns e obrigado. Assim em 20 de Janeiro, foi assinado em Lisboa, na Casa Central da SMBN e sede social da ARM, o protocolo de cooperação no âmbito do projecto "Um sorriso para Ti". Em simultâneo foi entregue à SMBN um cheque de 10.000,00 Euros, correspondente ao ano de 2010.
As escolas apoiadas e os responsáveis pela implementação
do projecto são: ANGOLA: Escola N. S. Boa Nova – Pe. João Cavalcante MOÇAMBIQUE: Malema - Pe. José Alexandre Nametil - Pe. Francisco Godinho Chibuto - Pe. Amaro e Pe. Firmino Pemba - Pe. Luís Figueiredo
No ano de 2010 a 2013, estamos a apoiar 100 crianças. Pretendemos que o projecto progrida, e gostaríamos de 2011 a 2014, estivéssemos a apoiar mais 100 crianças. Para nós 1 café, para eles um futuro. Apoia, entusiasma e passa a ideia, mas não vendas caridade.
BOLETIM Nº. 107
Abril/Junho de 2010
ARM – Associação Regina
Mundi dos Antigos Alunos
da Sociedade Missionária da
Boa Nova
Visitámos o Pe. António Figueiredo nos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde t i nha fei to um transplante ao coração no final de Maio. Estava bem disposto e com “uma máquina mais nova”, como dizia.
Inicialmente houve algumas preocupações de rejeição,
mas felizmente já teve alta e terá que estar pronto para nos ajudar nos encontros de Outubro. Um abraço, rapaz.
António da Silva Tomás, natural de Vale de Prazeres,
Fundão, entrou no Seminário de Tomar em 1939.
Grande entusiasta, dinamizador e muito trabalhador na
organização das reuniões da ARM.
Faleceu no dia 23 de Janeiro de 2010. Da Família Armista
ninguém teve noticias até há 2 meses.
No dia 23 de Julho, após 6 meses, celebraremos uma
missa de sufrágio na Casa Central, em Lisboa, pelas 19h.
Escola do Chibuto
Escola de Pemba
Um sorriso para Ti - Vídeo: http://arm-smbn.blogspot.com/