53
MEDIDAS E AVALIAÇÕES EM EDUCAÇÃO FÍSICA Profs. Paulo Henrique Canciglieri Nivaldo Cornachioni Junior

Avaliação fisica 8

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Avaliação fisica 8

MEDIDAS E AVALIAÇÕES EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Profs. Paulo Henrique Canciglieri Nivaldo Cornachioni Junior

Page 2: Avaliação fisica 8

A EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Dentro de um contexto histórico, na Antiguidade Clássica usava-se um

novilho sobre os ombros para correr e a capacidade de força do indivíduo era

medida conforme o animal aumentava de peso, sendo que por volta de 1707 já

existia uma preocupação com a aptidão cardíaca.

Em 1860 -1890 surgem às medidas antropométricas. Com o passar das

décadas, mais precisamente entre 1900 – 1920 surgem os trabalhos com medidas

de força; em 1900 – 1925 as medidas cardiovasculares; em 1920 as medidas sociais

e a habilidade esportiva específica; em 1940 as medidas de conhecimento e o

conceito de aptidão física, sendo que eram inúmeras as nomenclaturas que

conforme as necessidades foram surgindo no contexto em que se envolviam as

aptidões do corpo humano.

A medição do corpo do individuo era efetuado com partes dele. Os egípcios

usavam o dedo médio da mão como medida, onde um braço media oito dedos e um

membro inferior media dez dedos. Por volta de 1850 surgiram os primeiros trabalhos

e pesquisas utilizando medidas antropométricas, sendo que tudo o que foi estudado

ou realizado antes se deu no campo da Antropologia. Sua evolução se deu com o

aparecimento de técnicas, aparelhos e um grande número de pesquisadores nessa

área, tendo como conseqüência o surgimento da Biometria.

Esta Biometria ou biologia quantitativa engloba a medida, análise, avaliação e

comprovação por comparação de fatos que pode influenciar e ser relevantes no

desenvolvimento do homem. A Biometria se preocupa com o indivíduo, com o grupo

e todo o contexto do cotidiano desse indivíduo e ou grupo que ele pertence.

Page 3: Avaliação fisica 8

Este termo foi lentamente substituído pela Cineantropometria, tendo

surgimento em 1972 em um artigo escrito por Ross e col. (CARNAVAL, 2000).

Page 4: Avaliação fisica 8

CRITÉRIOS PARA VALIDAÇÃO DE TESTES NA EDUCAÇÃO FÍSICA

Conforme Carnaval (2000), antes de se iniciar os testes o avaliador deverá

estar ciente de alguns conceitos, tais como validade, confiança e objetividade, pois

são fundamentais para que as avaliações nos atletas/alunos sejam o mais preciso

possível. Para que isto ocorra de modo adequado leva-se em consideração algumas

fases no período de avaliação, tais como, a fase preparatória, fase de aplicação e a

fase pós-teste.

A primeira fase, segundo este autor, constitui-se da seleção dos testes, ou

seja, o que medir e como os resultados são relacionados com o objetivo do trabalho

a ser desenvolvido.

Enquanto critérios de seleção são essenciais alguns fatores, tais como:

• Padronização: o teste deverá ter instruções de modo que qualquer pessoa

entenda e tenha condições de aplicá-lo.

• Confiabilidade: a medida repetida duas ou mais vezes dentro de um período

de tempo, sem que aconteça, entre os testes atividades que possa alterar os

resultados, devendo assim apresentar os mesmos resultados ou serem

correlacionados.

• Validade: o teste deverá apresentar o que foi destinado a medir e caso

estabeleça uma correlação entre o resultado colhido em um teste que se

pretende validar com a mesma pessoa, o coeficiente de correlação deverá ser

elevado.

• Discriminação: o teste deverá apresentar condições de separar indivíduos

dentro de um determinado grupo e ao mesmo tempo acompanhar as

alterações de uma mesma pessoa.

Page 5: Avaliação fisica 8

• Normas: o teste deverá fornecer meios conhecidos para comparação tais

como, escalas, médias, desvios padrões dentre outros.

• Viabilidade: o teste deverá ser prático de administrar e atender a

disponibilidade de local e de material.

• Objetividade: o teste deve produzir os resultados consistentes quando usado

por vários avaliadores, não podendo depender de uma única pessoa.

• Ortogonalidade: é uma seleção de testes, sendo que os mesmos não

deverão estar correlacionados entre si.

• Conhecimento dos testes: o avaliador deverá deter completo conhecimento

da técnica e dos procedimentos que o teste exige.

• Equipamentos: o avaliador deverá planejar e analisar o espaço e o material

disponível para aplicação do referido teste.

• Fichas de registro dos testes: o avaliador deverá ter em mãos as fichas

contendo todas as informações necessárias e relevantes à identificação do

indivíduo e dos testes já aplicados ou a serem aplicados.

• Área dos testes: deverá ser previamente montada, preparada e identificada

para uma explicação e ou demonstração, se for conveniente para o teste e de

modo progressivo de esforço, com fácil fluxo de trânsito levando em conta a

prevenção de acidentes.

Enquanto fase de aplicação dos testes é necessário seguir os critérios:

• Última revisão: antes de se iniciar os testes deverá realizar uma última

revisão dos itens da fase de preparação incluindo todos os avaliadores.

• Explicação: o avaliador deverá de acordo com o teste a ser aplicado, explica-

lo com uma demonstração, para melhor entendimento do avaliado.

Page 6: Avaliação fisica 8

• Aquecimento: além de proporcionar um conforto na execução dos testes,

este tem como objetivo principal evitar possíveis lesões.

• Administração: a avaliador deverá conduzir o teste de modo que o avaliado

respeite os períodos de recuperação. Deverá mantê-lo motivado para que o

resultado não fique prejudicado.

• Segurança: o avaliador deverá estar atento aos itens relacionados como

primeiros socorros, materiais e pessoas aptas a efetuar os procedimentos de

primeiros socorros e alertar o avaliado de possíveis acidentes. O avaliado

deverá apresentar exame médico, para que seja anexado aos testes.

Por final a fase pós-teste deverá constar:

• Comparação e interpretação dos resultados.

• Construção dos perfis gráficos: é constituída de avaliações e comparações

dos resultados obtidos.

Depois de aplicadas às fases dos testes é importante salientar que

conhecer e identificar os fatores que irão contribuir e ou interferir no

desenvolvimento do atleta. As avaliações devem ser processos contínuos no

cotidiano do atleta e do preparador físico.

Após de ser ciência dos critérios obrigatórios para que os testes e ou

medidas sejam considerados adequados e validados, se faz necessário o

conhecimento do real sentido das nomenclaturas usadas para a realização dos

mesmos, uma vez que para muitas pessoas teste e medida pode ser

considerados como sinônimos, o que sem dúvida é um equivoco.

Page 7: Avaliação fisica 8

TESTES, MEDIDAS E AVALIAÇÕES

Para muitos alunos é comum confundir testes e medidas como sendo a

mesma coisa, seja isto em estudos teóricos ou mesmo em aplicações de baterias,

uma vez que a principio é difícil para esses diferenciar os conceitos.

Para melhor esclarecimento podem-se considerar os testes como trabalhos

específicos utilizados para aferir um conhecimento ou habilidade do indivíduo (teste

de Cooper). Por outro lado, as medidas são técnicas que fornecem de forma precisa

e objetiva dados quantitativos, ou seja, bases numéricas do que se deseja medir

(percurso realizado pelo indivíduo no teste de Cooper). Por final, para complementar

estes dois usa-se as avaliações, que são processos de tomadas de decisões que

estabelecem um julgamento de valor sobre a qualidade de algo que se tenha

medido, significando comparações de resultados com os próprios resultados

anteriores ou de outros tomando por base padrões e normas pré-estabelecidas. Em

poucas palavras, o teste seria o conhecimento do objetivo, as medidas seriam os

dados coletados e as avaliações seria a colocação em gráficos de acordo com os

testes cientificados e sua devida situação no contexto universal de saúde ou

performance.

Quando se fala em avaliação, parece simples pensar que seria apenas

colocar os dados e se ter um resultado, para bom ou ruim, porém essa não é tão

simples quanto parece, uma vez que é dividida em diagnóstica, ou seja, aquela

usada antes de se começar qualquer trabalho com o indivíduo, tendo como objetivo

conhecer as condições iniciais do avaliado; formativa que é usada durante as aulas

ou treinamentos com intuito de verificar o andamento do trabalho realizado e

também o desempenho do aluno/atleta e somativa que é a que determina a

Page 8: Avaliação fisica 8

aprovação ou não do aluno, usada mais frequentemente nas escolas através de

notas e conceitos feitos no final do ano ou semestre letivo (CARNAVAL, 2000).

Quando se fala em testes, medidas e avaliações, entre outros, está se falando do

avanço da biometria na procura de novos parâmetros na procura do ser ideal, seja

este no cotidiano ou mesmo no esporte de rendimento. Enquanto esta evolução, os

conceitos foram aprimorados e codificados para um melhor entendimento dos

estudantes e profissionais de educação física ou áreas da saúde.

A Biometria por si só já não consegue responder a todas as perguntas e por

este motivo foi criado a Cineantropometria com objetivo simples de testar e ou

avaliar os seres desde seus primórdios e constatar a evolução. Para tanto, este

termo estará sendo abordado a seguir.

Page 9: Avaliação fisica 8

CINEANTROPOMETRIA

A Cineantrometria é estudo do homem através de testes, medidas,

avaliações, análise e controle dos resultados das alterações do corpo humano

durante sua maturação física procurando direcionar e acompanhar situações de

treinamento e adaptação física. Além disto, esta área focaliza a construção de

conceitos básicos voltados à pesquisa e analise de métodos de avaliação da

composição corporal e de desempenho humano, seja no âmbito sedentário ou

atlético. (CARNAVAL, 2000).

Os objetivos dos estudos da Cineantropometria na Educação Física se dá por

avaliar o estado do indivíduo ao iniciar a programação, detectar deficiências, auxiliar

o indivíduo na escolha de uma atividade física ou modalidade e acompanhar o

processo de crescimento e desenvolvimento do indivíduo em diversos aspectos.

(PITANGA, 2004).

Após o esclarecimento conceitual dos termos Cineantropometria, testes,

medidas e avaliações, fica evidente que somos avaliados ou testados através da

utilização de medidas, sejam estas em centímetros ou metros, uma vez que dados

coletados de qualquer natureza corporal servem como análise a dados já obtidos e

publicados cientificamente. Para tanto, esses fazem parte do termo denominado

avaliação antropometrica, ou seja, medidas do corpo humano, o que será abordado

a seguir. (PITANGA, 2004).

Page 10: Avaliação fisica 8

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

A antropometria se refere à medida do tamanho e da proporção do corpo

humano, envolvendo o peso corporal e estatura. As medidas de tamanho do corpo

humano e razões do peso corporal para a altura podem ser utilizadas para

representar a proporção corporal e para avaliar o tamanho e as proporções do

corpo, utilizando-se às circunferências, dobras cutâneas, largura dos ossos e

comprimento de segmentos, como fatores essenciais. (PITANGA, 2004).

O estudo da Antopometria é influenciado pelos fatores da performace

desportiva e ou ergonômica, estabelecendo tipos físicos de forma eficiente para uma

maior individualização do trabalho físico e de laboratório. (PITANGA, 2004).

São inúmeros os padrões e tabelas sobre os pontos antropométricos bem

como sua utilização em medida, sendo assim, é necessária a definição dos pontos

antropométricos a serem utilizados no abrangente campo da Educação Física.

(CARNAVAL, 2000).

Classificação das Medidas Antropométricas

As medidas antropométricas são classificadas em medidas lineares que se

dividem em longitudinais, transversais, ântero posteriores e circunferênciais.

(PITANGA, 2004).

As Medidas lineares longitudinais são realizadas no sentido do eixo

longitudinal (vertical) do corpo, recebendo o nome de alturas, tais como:

Page 11: Avaliação fisica 8

• Altura total: distância entre o ponto dactiloidal da mão direita e a região

plantar, sendo que o mesmo membro superior deverá estar elevado acima da

cabeça completamente estendido, formando assim um ângulo de 180º com o

tronco.

ALTURA TOTAL

• Altura do vértex (estatura): distância entre o vértex e a região plantar, onde

o avaliado deverá estar sem calçado, com os pés unidos, e em apnéia

observando as orientações do plano de Frankfurt.

• Altura do membro superior: distância entre os pontos anatômicos do

membro superior e a região plantar, tendo como seus principais pontos os

acromial, radial, estiloidal e dactiloidal.

• Altura do membro inferior: distância entre pontos anatômicos do membro

inferior e a região plantar, tendo como pontos os trocanter maior, tibial e o

maleolar.

Page 12: Avaliação fisica 8

ALTURA DOS PONTOS

• Altura sentado: estando o avaliado sentado em um banco regulável para

obter um ângulo de 90º nas articulações do quadril, joelho e tornozelo. Mede-

se a distância do ponto vértex ao acento do banco.

ALTURA SENTADO

altura Maleolar

Estatura

Page 13: Avaliação fisica 8

As medidas lineares transversais, as quais são obtidas no eixo transversal do

corpo humano, podem ser:

• Envergadura: distância entre os dois pontos dactiloidais. O avaliado deverá

estar com os braços abdusidos e paralelos ao solo.

ENVERGADURA

• Diâmetro biacromial: distância entre o acrômio D/E.

• Diâmetro biileocristal: distância entre os pontos ileocristal D/E.

• Diâmetro bitrocanteriano: distância entre os pontos trocantéricos D/E.

• Diâmetro de úmero: distância entre os epicôndilos umerais, lateral e medial.

O braço do avaliado deverá estar posicionado na horizontal, sendo que o

antebraço deve estar no ângulo de 90º em relação ao braço.

• Diâmetro de punho: distância entre os processos estilóides do rádio e ulna.

• Diâmetro do fêmur: distância entre os côndilos lateral e medial do fêmur,

sendo que o avaliado deverá estar sentado e a perna deverá ficar em ângulo

de 90º em relação à coxa.

• Diâmetro bimaleolar: é à distância entre os maléolos medial e lateral.

Page 14: Avaliação fisica 8

DIÂMETROS

As medidas lineares ântero-posterior são realizadas no eixo posterior do corpo humano, como por exemplo, desta temos:

• Diâmetro torácico antero-posterior: distância entre o esterno e o processo

espinhoso vertebral oposto.

DIÂMETRO TORÁCICO ANTERO-POSTERIOR

Por fim, as medidas lineares circunferenciais proporcionam informações sobre

o total das estruturas morfológicas na secção transversal do segmento corporal,

podendo ser:

Page 15: Avaliação fisica 8

• Circunferência do tórax - medida na altura do ponto mesoesternal e no

ponto xifoidal, sendo recomendado o primeiro caso apenas para o sexo

masculino e o segundo ponto para ambos os sexos. Deverá ser observada

nos dois pontos a respiração normal, ou seja, ao fim de uma respiração

normal, com inspiração máxima e na expiração máxima.

FIG. A FIG. B FIG. C FIGURA A, B e C. CIRCUNFERÊNCIA DE TÓRAX

Fonte: Composição Corporal – Teoria e Prática da Avaliação. Manole: 2001

• Circunferência de abdome: medida na altura da cicatriz umbilical.

CIRCUNFERÊNCIA DE ABDOME

• Circunferência de cintura: medida na altura média entre o ponto íleo-cristal

e a última costela flutuante.

FIGURA 9.

CIRCUNFERÊNCIA DE CINTURA

Page 16: Avaliação fisica 8

• Circunferência de quadril: medida na altura dos pontos trocantéricos.

CIRCUNFERÊNCIA DE QUADRIL

• Circunferência de braço: pode ser medida com o braço descontraído ou em

contração, sendo que descontraído, o braço deverá estar estendido

considerando o ponto de maior circunferência. Com o braço em contração, o

braço deverá estar estendido horizontalmente, o antebraço formando um

ângulo de 90º e considera-se o ponto de maior circunferência do braço.

CIRCUNFERÊNCIA DE BRAÇO COM COTOVELO ESTENDIDO

CIRCUNFERENCIA DE BRAÇO COM COTOVELO FLEXIONADO

Fonte: Costa (2001)

Page 17: Avaliação fisica 8

• Circunferência de coxa: pode ser medida na região proximal, ou seja, logo

abaixo da prega glútea. Na região média é medido no ponto médio entre a

prega glútea e o bordo superior da patela. Na região distal é medido acima do

bordo superior da patela.

CIRCUNFERENCIA DE COXA REGIÃO PROXIMAL

CIRCUNFERENCIA DE COXA REGIÃO MÉDIA

CIRCUNFERENCIA DE COXA REGIÃO DISTAL

• Circunferência de perna: medida no ponto de maior circunferência da perna.

CIRCUNFERÊNCIA DE PERNA

Page 18: Avaliação fisica 8

Segundo Larsson e colaboradores (1984) apud Pitanga (2004), a partir das

medidas de circunferência de cintura e quadril, pode-se relacionar algumas

patologias, tais como, infarto do miocárdio, derrame e morte prematura, encontrando

forte associação entre essas varáveis. Segundo pesquisas desses autores, os mais

altos riscos dessas patologias estão associados a altos índices de massa corporal

localizados próximo ao abdômen.

Em suma, a partir dessas medidas circunferenciais, pode-se estar pré-

disposto a:

• DOENÇAS METABÓLICAS CRÔNICAS

• DOENÇAS CRÔNICO-DEGENERATIVAS

• PROBLEMAS CARDÍACOS

• PROBLEMAS EM ÓRGÃOS VITAIS

O índice Cintura/Quadril (ICQ) é de praticidade para a determinação da

distribuição da gordura abdominal, uma vez que os indivíduos em posição ortostática

serão medidos em circunferência especificas de cintura (fig. 9) e quadril (fig. 10),

seguido da equação abaixo:

ICQ = PERÍMETRO CINTURA (cm) PERÍMETRO QUADRIL (cm) OBS: Quanto mais se aproximar de 1,0 = maiores problemas. (CARNAVAL, 2000).

Page 19: Avaliação fisica 8

RISCO ESTIMADO

IDADE BAIXO MODERADO ALTO MUITO

ALTO

20 a 29 < 0,83 0,83 a 0,88 0,89 a 0,94 > 0,94

30 a 39 < 0,84 0,84 a 0,91 0,92 a 0,96 > 0,96

40 a 49 < 0,88 0,88 a 0,95 0,96 a 1,00 > 1,00

50 a 59 < 0,90 0,90 a 0,96 0,97 a 1,02 > 1,02

M

A

S

C

60 a 69 < 0,91 0,91 a 0,98 0,99 a 1,03 > 1,03

20 a 29 < 0,71 0,71 a 0,77 0,78 a 0,82 > 0,82

30 a 39 < 0,72 0,72 a 0,78 0,79 a 0,84 > 0,84

40 a 49 < 0,73 0,73 a 0,79 0,80 a 0,87 > 0,87

50 a 59 < 0,74 0,74 a 0,81 0,82 a 0,88 > 0,88

F

E

M

60 a 69 < 0,76 0,76 a 0,83 0,84 a 0,90 > 0, 90

Adaptado de Bray and Gray (1988) apud Costa (2001)

Page 20: Avaliação fisica 8

PONTOS ANTROPOMÉTRICOS

A postura específica para uma padronização é a posição anatômica

caracterizada pela postura ereta, cabeça e olhos voltados para frente, tendo com

referência o plano de Frankfurt, ou seja, caracterizado por uma linha imaginária que

passa pelo ponto mais baixo do bordo inferior da órbita direita e pelo ponto mais alto

do bordo superior superior do meato auditivo externo correspondente, essa linha

deve ser paralela ao solo, braços ao lado do corpo com a palma das mãos

supinadas, pés unidos e voltados para frente. (PITANGA, 2004).

PLANO FRANKFOUR.

A padronização e demarcação de pontos anatômicos são fundamentais para

que as medidas antropométricas sejam realizadas de forma correta, servindo de

base para que os resultados sejam entendidos e igualmente utilizados como padrão.

Os pontos anatômicos devem ser localizados através de palpação e identificação da

padronização específica e posteriormente devem ser marcados com lápis

Page 21: Avaliação fisica 8

dermográfico para facilitar a colocação correta do instrumento de medida.

(PITANGA, 2004).

Segundo Carnaval (2000) os pontos anatômicos determinados como

referências para a verificação antropométrica são:

• Vértex: localiza-se na parte mais superior do crânio, com a cabeça

posicionada no plano de Frankfurt horizontalmente em relação ao solo. Esta

medida é para determinação da estatura.

• Acromial: ponto mais lateral do bordo superior e externo do processo

acromial;

• Mesoesternal: ponto médio do esterno, ao nível da quarta articulação, sendo

que as articulações podem ser contadas a partir da junção manúbio-esternal,

que corresponde ao segundo arco-costal, ou seja, ângulo de esterno;

• Radial: ponto mais alto do bordo superior do epicôndilo lateral;

• Estiloidal: ponto mais distal do processo estilóide do rádio;

• Dactiloidal: ponto mais distal da extremidade do dedo médio da mão direita;

• Ileocristal: ponto mais lateral do bordo superior da crista ilíaca;

• Trocantérico: ponto mais alto do trocanter maior do fêmur;

• Tibial: ponto localizado no bordo superior da tuberosidade medial da tíbia;

• Maleolar: ponto mais inferior do maléolo tibial.

Page 22: Avaliação fisica 8

PONTOS ANATÔMICOS

Page 23: Avaliação fisica 8

COMPOSIÇÃO COMPORAL

A possibilidade de se medir a gordura subcutânea foi sugerida por

antropólogos no final da Primeira Guerra Mundial e que por volta de 1930 alguns

pesquisadores desenvolveram um compasso do tipo pinça permitindo medir a

gordura em locais específicos do corpo com alguma exatidão.

Segundo Pitanga (2004), o excesso de gordura corporal é um sério problema

de saúde que reduz a expectativa de vida pelo risco de desenvolvimento de doença

cardíaca coronariana, hipertensão, dislipidemias, diabetes, ósteo-artrite e certos

tipos de câncer.

Um dos índices seguidos para a classificação do peso corporal relativo foi

descoberto por Quetelet, quando observou que o peso corporal de adultos é

proporcional a estatura, fato este seguido até os dias hoje para mensuração de fácil

compreensão por indivíduos sem formação especifica nas áreas da saúde.

O IMC (índice de Massa Corpórea) é de fácil aplicação, porém não se aplica a

atletas, uma vez que devido ao fato desses terem massa muscular acima da média,

acusa-se alto índice de massa corpórea, porém sem especificar de que tipo (magra,

gorda).

Para tanto, basta seguir a equação abaixo:

IMC = P__

A² onde P = peso corporal A = altura

Page 24: Avaliação fisica 8

Classificação I.M.C.

Baixa Menor de 18,5

Aceitável 18,5 – 24,9

Excesso de Peso 1 25,0 – 29,9

Excesso de Peso 2 30,0 – 39,9

Excesso de Peso 3 Maior ou igual a 40,0

Valores expressos em Kg/m2. Fonte: Garrow & Webster (1985) apud Pitanga (2004).

Para melhor entendimento do corpo num contexto específico e de ampla

compreensão, estudiosos percebendo que apenas o IMC não era capaz de

responder fidedignamente ao proposto, iniciaram a realização da técnica de medida

da espessura do tecido adiposo subcutâneo, favorecendo a facilidade de

interpretação dos resultados, sendo esta não invasiva aos métodos e a mais

adequada para estudos da composição corporal. (PITANGA, 2004).

Existem várias técnicas para determinação da composição corporal, podendo-

se classificar estes procedimentos de determinação em métodos sendo estes:

• Método Direto - é aquele em que há a separação e a passagem de cada um

dos componentes corporais isoladamente, o que só é possível por dissecação

de cadáveres.

DISSECAÇÃO DE CADAVER

Fonte: Costa (2001)

Page 25: Avaliação fisica 8

• Método Indireto - são aqueles nos quais não há a manipulação dos

componentes separadamente, mas a partir de princípios químicos e físicos

que visam à extrapolação das quantidades de gordura.

PESAGEM HIDROSTÁTICA

Fonte: Costa (2001)

ABSORMETRIA DE RAIOS DE DUPLA ENERGIA (DEXA)

Fonte: Costa (2001)

Page 26: Avaliação fisica 8

BOD POD – PLESTIMOGRAFIA

• Método Duplamente Indireto - são aqueles validados a partir de um método

indireto. Os mais usados são os de medidas antropométricas, ou seja,

ciência que estuda e avalia as medidas de tamanho, peso e proporções

corporais do corpo humano, ela apresenta informações valiosas no que se

refere à predicação e estimação dos vários componentes corporais dos quais:

estatura, peso corporal, diâmetro ósseo, circunferência, dobras cutâneas.

DOBRAS CUTÂNEAS

Page 27: Avaliação fisica 8

PRINCIPAIS PONTOS DE MEDIDAS DE DOBRAS CUTÂNEAS

• Dobra cutânea peitoral: O avaliado em pé, realizar a medida em diagonal no

ponto médio da distância entre a axila anterior e o mamilo (homens) e a um

terço da distância da distância da linha axilar anterior ao mamilo (mulheres).

PEITORAL MASCULINO PEITORAL FEMININO

• Dobra cutânea do tríceps: paralelamente ao eixo longitudinal do braço, face

posterior, no ponto médio entre o acrômio e o olecrano.

TRICEPS

Page 28: Avaliação fisica 8

• Dobra cutânea do bíceps: na mesma altura do ponto tríceps é medida na

face anterior do braço.

BICEPS

• Dobra cutânea subescapular: obliquamente ao eixo longitudinal do corpo,

segundo orientação dos arcos costais, a dois centímetros abaixo do ângulo

inferior da escápula.

ESCAPULAR

Page 29: Avaliação fisica 8

• Dobra cutânea suprailíaca: sentido oblíquo a dois centímetros acima do

ponto íleocristal na altura da linha média (equação de Guedes) ou linha axilar

anterior na (equação de Jackson, Pollock e Ward).

SUPRA ILIACA

• Dobra cutânea abdominal: paralelamente ao eixo longitudinal do corpo, dois

centímetros à direita da borda lateral da cicatriz umbilical.

ABDOMINAL

Page 30: Avaliação fisica 8

• Dobra cutânea axilar média: no sentido longitudinal do corpo, na linha axilar

média,ao nível do apêndice xifóide, no esterno.

AXILAR MÉDIA

• Dobra cutânea coxa: paralelamente ao eixo longitudinal do corpo na

distância média entre o trocanter femural e o bordo superior da patela

(equação Jackson, Pollock e Ward), ou no terço superior da coxa (equação

de Guedes).

COXA

Page 31: Avaliação fisica 8

• Dobra cutânea perna medial: paralelamente ao eixo longitudinal do corpo,

no ponto de maior circunferência da perna.

PERNA

INSTRUMENTOS DE MEDIDA

• Balança: utilizada para medir o peso corporal total. Podem ser analógicas ou

digitais.

BALANÇA

Page 32: Avaliação fisica 8

• Estadiômetro: usado para medir a estatura.

ESTADIOMETRO

Fonte: Costa (2001)

• Paquímetro: usado para medir os diâmetros ósseos. Podem ser com pontas

em curva ou retos.

PAQUIMETROS

Page 33: Avaliação fisica 8

• Compasso de dobras cutâneas, adipômetro, plicômetro ou

espessímetro: composto de hastes com uma determinada pressão constante

de 10g/mm2. Serve para medir as dobras cutâneas.

ADIPOMETROS

• Fita métrica: para medição de circunferências ou perímetros, devendo ser

metálica e flexível com graduação em milímetros.

CLASSIFICAÇÕES % GORDURA EM RELAÇÃO À IDADE HOMENS 20 /

29 30 / 39

40 / 49

50 / 59

+ 60 MULHERES 20 / 29

30 / 39

40 / 49

50 / 59

+ 60

SUPERIOR 2,4 5,2 6,6 8,8 7,7 SUPERIOR 5,4 7,3 11,6 11,6 15,4 5,2 9,1 11,4 12,9 13,1 10,8 13,4 16,1 18,8 16,8

EXCELENTE 7,1 11,3 13,6 15,3 15,3 EXCELENTE 14,5 15,5 18,5 21,6 21,1 8,3 12,7 15,1 16,9 17,1 16,0 16,9 20,3 23,6 23,5 9,4 13,9 16,3 17,9 18,4 17,1 18,0 21,3 25,0 25,1

BOM 10,6 14,9 17,3 19,0 19,3 BOM 18,2 19,1 22,4 25,8 26,7 11,8 15,9 18,1 19,8 20,3 19,0 20,0 23,5 26,6 27,5 12,9 16,6 18,8 20,6 21,1 19,8 20,8 24,3 27,4 28,5 14,1 17,5 19,6 21,3 22,0 20,6 21,6 24,9 28,5 29,3

REGULAR 15,0 18,2 20,3 22,1 22,6 REGULAR 21,3 22,4 25,5 29,2 29,9 15,9 19,0 21,1 22,7 23,5 22,1 23,1 26,4 30,1 30,9 16,8 19,7 21,8 23,4 24,3 22,7 24,0 27,3 30,8 31,8 17,4 20,5 22,5 24,1 25,0 23,7 24,9 28,1 31,6 32,5

FRACO 18,3 21,4 23,3 24,9 25,9 FRACO 24,4 26,0 29,0 32,6 33,0 19,5 22,3 24,1 25,7 26,7 25,4 27,0 30,1 33,5 34,3 20,7 23,2 25,0 26,6 27,6 26,6 28,1 31,1 34,3 35,5 22,4 24,2 26,1 27,5 28,5 27,7 29,3 32,1 35,6 36,6

MUITO FRACO

23,9 25,5 27,3 28,8 29,7 MUITO FRACO

29,8 31,0 33,3 36,6 38,0

25,9 27,3 28,9 30,3 31,2 32,1 32,8 35,0 37,9 39,3 29,1 29,9 31,5 32,4 33,4 35,4 35,7 37,8 39,6 40,5 36,4 35,6 37,4 38,1 41,3 40,5 40,0 45,5 50,8 47,0

Page 34: Avaliação fisica 8

GORDURA CORPORAL

Vários autores são citados como construtores de fórmulas facilitadas para a

mensuração da gordura corporal, entre eles:

• YUHAZ:

PEITO / TRICEPS / SUPRA-ILÍACA / SUBESCAPULAR / ABDOMEM (e) / COXA

G% = SOMA 6 DOBRAS X 0,095 + 3,64

• FAULKNER:

TRICEPS / SUBESCAPULAR / SUPRA-ILÍACA / ABDOMEM

G% = SOMA 4 DOBRAS X 0,153 + 5.783

• LEAN et al HOMENS – G% = (0.567 X CINTURA) + (0.101 X IDADE) – 31.8

MULHERES – G% = (0.439 X CINTURA) + (0.221 X IDADE) – 9.4

• POLLOCK 7 MEDIDAS SUBESCAPULAR / TRICEPS / AXILAR MÉDIA / SUPRA-ILÍACA / ABDOMEM / COXA / PESO G% = 1.112 – 0.00043499 x (PT² + Axilar média + Subescapular + Tríceps + Abdominal + Supra-ilíaca² + Coxa) + 0.00000055 x (PT² + Axilar média + Subescapular + tríceps + Abdominal + Supra-ilíaca² + coxa)² – 0.00028826 (Idade) • LEAN et al (IMC) HOMENS – G% = (1.33 X IMC) + (0.236 X IDADE) – 20.2 MULHERES – G% = (1.21 X IMC) + (0.262 X IDADE) – 6.7 • DEURINBERG G% = (1.2 X IMC) + (0.23 X IDADE) – 5.4

• COSTA G% = Σ (Tríceps, Subescapular, Supra-ilíaca, Abdominal e Coxa)

Page 35: Avaliação fisica 8

HOMENS IDADE SAUDÁVEIS SOBREPESO OBESO

20/29,9 38,75 39,60 53,50 81,65 115,35 152,50 172,53

30/39,9 46,20 52,64 78,20 108,10 129,15 147,64 204,72

40/49,9 68,91 80,80 99,30 122,10 135,20 171,16 188,36

50/59,9 71,10 74,06 86,30 114,60 146,95 169,12 177,80

60/69,9 59,96 68,50 83,75 97,80 113,80 128,45 156,90

Tabela Costa (2001)

MULHERES IDADE SAUDAVEIS SOBREPESO OBESA

20/29,9 69,68 80,44 92,00 107,60 132,00 154,50 178,60

30/39,9 69,85 81,85 99,23 120,60 140,88 164,80 176,40

40/49,9 72,70 90,10 111,45 134,10 163,15 185,10 195,95

50/59,9 89,80 100,22 118,65 140,00 162,45 178,36 188,02

60/69,9 90,70 99,38 114,43 134,30 153,95 184,59 203,72

Tabela Costa (2001)

Page 36: Avaliação fisica 8

• GUEDES HOMENS - G% = Σ (TRICEPS / ABDOMEM / SUPRA-ILÍACA)

Soma 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 20 6,58 6,66 6,72 6,78 6,84 6,90 6,96 7,02 7,08 7,14 21 7,19 7,25 7,31 7,37 7,43 7,48 7,54 7,60 7,65 7,71 22 7,77 7,82 7,88 7,93 7,99 8,04 8,10 8,15 8,21 8,26 23 8,32 8,37 8,42 8,48 8,53 8,58 8,63 8,69 8,74 8,79 24 8,84 8,89 8,94 9,00 9,05 9,10 9,15 9,20 9,25 9,30 25 9,15 9,40 9,45 9,50 9,55 9,59 9,64 9,69 9,74 9,79 26 9,84 9,88 9,91 9,98 10,03 10,07 10,12 10,17 10,21 10,26 27 10,31 10,35 10,40 10,44 10,49 10,53 10,58 10,62 10,67 10,71 28 10,76 10,80 10,85 10,89 10,94 10,98 11,02 11,07 11,11 11,15 29 11,20 11,24 11,28 11,33 11,37 11,41 11,45 11,50 11,54 11,58 30 11,62 11,66 11,71 11,75 11,79 11,83 11,87 11,91 11,95 11,99 31 12,03 12,07 12,11 12,06 11,20 12,24 12,28 12,31 12,35 12,39 32 12,43 12,47 12,51 12,55 12,59 12,63 12,67 12,71 12,74 12,78 33 12,82 12,86 12,90 12,93 12,97 13,01 1305 13,09 13,12 13,16 34 13,20 13,23 13,27 13,31 13,35 13,38 13,42 13,45 13,49 13,53 35 13,56 13,60 13,64 13,67 13,71 13,74 13,78 13,81 13,85 13,88 36 13,92 13,96 13,99 14,03 14,06 14,09 14,13 14,16 14,20 14,23 37 14,27 14,30 14,34 14,37 14,40 14,44 14,47 14,50 14,54 14,57 38 14,61 14,64 14,67 14,71 14,74 14,77 14,80 14,84 14,87 14,90 39 14,94 14,97 15,00 15,03 15,07 15,10 15,13 15,16 15,19 15,23 40 15,26 15,29 15,32 15,35 15,38 15,42 15,45 15,48 15,51 15,54 41 15,57 15,60 15,63 15,67 15,70 15,73 15,76 15,79 15,82 15,85 42 15,88 15,91 15,94 15,97 16,00 16,03 16,06 16,09 16,12 16,15 43 16,18 16,21 16,24 16,27 16,30 16,33 16,36 16,39 16,42 16,45 44 16,48 16,50 16,53 16,56 16,59 16,62 16,65 16,68 16,71 16,73 45 16,76 16,79 16,82 16,85 16,88 16,90 16,93 16,96 16,99 17,02 46 17,04 17,07 17,10 17,13 17,16 17,18 17,21 17,24 17,27 17,29 47 17,32 17,35 17,38 17,40 17,43 17,46 17,48 17,51 17,54 17,56 48 17,59 17,62 17,65 17,67 17,70 17,73 17,75 17,78 17,80 17,83 49 17,86 17,88 17,91 17,94 17,96 17,99 18,01 18,04 18,07 18,09 50 18,12 18,14 18,17 18,19 18,22 18,25 18,27 18,30 18,32 18,35 51 18,37 18,40 18,42 18,45 18,47 18,50 18,52 18,55 18,57 18,60 52 18,62 18,65 18,67 18,70 18,72 18,75 18,77 18,80 18,82 18,85 53 18,87 18,89 18,92 18,94 18,97 18,99 19,02 19,04 19,06 19,09 54 19,11 19,14 19,16 19,18 19,21 19,23 19,25 19,28 19,30 19,33 55 19,35 19,37 19,40 19,42 19,44 19,47 19,49 19,51 19,54 19,56 56 19,58 19,61 19,63 19,65 19,68 19,70 19,72 19,74 19,77 19,78 57 19,81 19,84 19,86 19,88 19,90 19,93 19,95 19,97 19,99 20,02 58 20,04 20,06 20,08 20,11 20,13 20,15 20,17 20,19 20,22 20,24 59 20,26 20,28 20,31 20,33 20,35 20,37 20,39 20,41 20,44 20,46 60 20,48 20,50 20,52 20,54 20,57 20,59 20,61 20,63 20,65 20,67 61 20,70 20,72 20,74 20,76 20,78 20,80 20,82 20,84 20,87 20,89 62 20,91 20,93 20,95 20,97 20,99 21,01 21,03 21,05 20,07 20,10 63 21,12 21,14 21,16 21,18 21,20 21,22 21,24 21,26 21,28 21,30 64 21,32 21,34 21,36 21,38 21,40 21,42 21,44 21,46 21,48 21,50 65 21,52 21,54 21,56 21,58 21,60 21,62 21,64 21,66 21,68 21,70 66 21,72 21,74 21,76 21,78 21,80 21,82 21,84 21,86 21,88 21,90 67 21,92 21,94 21,96 21,98 22,00 22,02 22,04 22,06 22,08 22,10 68 22,12 22,13 22,15 22,17 22,19 22,21 22,23 21,25 22,27 22,29 69 22,31 22,33 22,35 22,36 22,38 22,40 22,42 22,44 22,46 22,48 70 22,50 22,51 22,53 22,55 22,57 22,59 22,61 22,63 22,65 22,66 71 22,68 22,70 22,72 22,74 22,76 22,77 22,79 22,81 22,83 22,85 72 22,87 22,88 22,90 22,92 22,94 22,96 22,98 22,99 23,01 23,03 73 23,05 23,07 23,08 23,10 23,12 23,14 23,16 23,17 23,19 23,21 74 23,23 23,24 23,26 23,28 23,30 23,32 23,33 23,35 23,37 23,39 75 23,40 23,42 23,44 23,46 23,47 23,49 23,51 23,53 23,54 23,56

Fonte: Carnaval (2000)

Page 37: Avaliação fisica 8

MULHERES G% = Σ (COXA / SUPRA-ILIACA / SUBESCAPULAR) Soma 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9

30 16,03 16,07 16,12 16,16 16,21 16,25 16,29 16,34 16,38 16,42 31 16,47 16,51 16,56 16,60 16,64 16,68 16,73 16,77 16,81 16,85 32 16,90 16,94 16,98 17,02 17,06 17,11 1715 17,19 17,23 17,27 33 17,31 17,35 17,39 17,44 17,48 17,52 17,56 17,60 17,64 17,58 34 17,72 17,76 17,80 17,84 17,88 17,92 17,95 17,99 18,03, 18,07 35 18,11 18,15 18,19 18,23 18,26 18,30 18,34 18,38 18,42 18,46 36 18,49 18,53 18,57 18,61 18,64 18,68 18,72 18,76 18,79 18,83 37 18,87 18,90 18,94 18,98 19,01 19,05 19,09 19,12 19,16 19,19 38 19,23 19,27 19,30 19,34 19,37 19,41 19,44 19,48 19,51 19,55 39 19,58 19,62 19,65 19,69 19,72 19,76 19,79 19,83 19,86 19,90 40 19,93 19,97 20,00 20,03 20,07 20,10 20,13 20,17 20,21 20,24 41 20,27 20,30 20,34 20,37 20,40 20,44 20,47 20,50 20,53 20,57 42 20,60 20,63 20,66 20,70 20,73 20,76 20,79 20,83 20,86 20,89 43 20,92 20,95 20,99 21,02 21,05 21,08 21,11 21,14 21,18 21,21 44 21,24 21,27 21,30 21,33 21,36 21,39 21,43 21,46 21,49 21,52 45 21,55 21,58 21,61 21,64 21,67 21,70 21,73 21,76 21,79 21,82 46 21,85 21,88 21,91 21,94 21,97 22,00 22,03 22,06 22,09 22,12 47 22,15 22,18 22,21 22,24 22,27 22,29 22,32 22,35 22,28 22,41 48 22,44 22,47 22,50 22,53 22,55 22,58 22,61 22,64 22,67 22,70 49 22,72 22,75 22,78 22,81 22,84 22,87 22,89 22,92 22,95 22,98 50 23,00 23,03 23,06 23,09 23,11 23,14 23,17 23,20 23,22 23,25 51 23,28 23,31 23,33 23,36 23,39 23,41 23,44 23,47 23,50 23,52 52 23,55 23,58 23,60 23,63 23,66 23,68 23,71 23,73 23,76 23,79 53 23,81 23,84 23,87 23,89 23,92 23,94 23,97 24,00 24,02 24,05 54 24,07 24,10 24,13 24,15 24,18 24,20 24,23 24,25 24,28 24,30 55 24,33 24,35 24,38 24,41 24,43 24,46 24,48 24,51 24,53 24,56 56 24,58 24,61 24,63 24,66 24,68 24,71 24,73 24,75 24,78 24,80 57 24,83 24,85 24,88 24,90 24,93 24,95 24,97 25,00 25,02 25,05 58 25,07 25,10 25,12 25,14 25,17 25,19 25,22 25,24 25,26 25,29 59 25,31 25,33 25,36 25,38 25,41 25,43 25,45 25,48 25,50 25,52 60 25,55 25,57 25,59 25,62 25,64 25,66 25,69 25,71 25,73 25,76 61 25,78 25,80 25,82 25,85 25,87 25,89 25,91 25,94 25,96 25,98 62 26,01 26,03 26,05 26,07 26,10 26,12 26,14 26,16 26,19 26,21 63 26,23 26,25 26,28 26,30 26,32 26,34 26,36 26,39 26,41 26,43 64 26,45 26,47 26,50 26,52 26,54 26,56 26,58 26,61 26,63 26,65 65 26,67 26,69 26,71 26,74 26,76 26,78 26,80 26,82 26,84 26,86 66 26,89 26,91 26,93 26,95 26,97 26,99 27,01 27,03 27,06 27,08 67 27,10 27,12 27,14 27,16 27,18 27,20 27,22 27,24 27,26 27,29 68 27,31 27,33 27,35 27,37 27,39 27,41 27,43 27,45 27,47 27,49 69 27,51 27,53 27,55 27,57 27,59 27,61 27,63 27,66 27,68 27,70 70 27,72 27,74 27,76 27,78 27,80 27,82 27,84 27,86 27,88 27,90 71 27,92 27,94 27,96 27,98 28,00 28,02 28,04 28,06 28,08 28,09 72 28,11 28,13 28,15 28,17 28,19 28,21 28,23 28,25 28,27 28,29 73 28,31 28,33 28,35 28,37 28,39 28,41 28,43 28,45 28,46 28,48 74 28,50 28,52 28,54 28,56 28,58 28,60 28,62 28,64 28,66 28,67 75 28,69 28,71 28,73 28,75 28,77 28,79 28,81 28,83 28,84 28,86 76 28,88 28,90 28,92 28,94 28,96 28,97 28,99 29,01 29,03 29,05 77 29,07 29,09 29,10 29,12 29,14 29,16 29,18 29,20 29,21 29,23 78 29,25 29,27 29,29 29,31 29,32 29,34 29,36 29,38 29,40 29,41 79 29,43 29,45 29,47 29,49 29,50 29,52 29,54 29,56 29,58 29,59 80 29,61 29,63 29,65 29,67 29,68 29,70 29,72 29,74 29,75 29,77 81 29,79 29,81 29,82 29,84 29,86 29,88 29,89 29,91 29,93 29,95 82 29,96 29,98 30,00 30,02 30,03 30,05 30,07 30,09 30,10 30,12 83 30,14 30,15 30,17 30,19 30,21 30,22 30,24 30,26 30,27 30,29 84 30,31 30,33 30,34 30,36 30,38 30,39 30,41 30,43 30,44 30,46 85 30,48 30,49 30,51 30,53 30,54 30,56 30,58 30,59 30,61 30,63

Fonte: Carnaval (2000)

Page 38: Avaliação fisica 8

Após abordar a gordura corporal e como utilizar os métodos para tais

mensurações, se faz necessário lembrar que nosso corpo é constituído também de

ossos, músculos e resíduos, os quais são de suma importância para melhor

qualidade de vida.

Para a mensuração do peso ósseo usa-se a equação:

PO = 3,02 x (H2 x R x F x 400)0,712

Onde: PO = peso ósseo (kg)

H = estatura (m) R = diâmetro biepicôndilo do úmero (m) F = diâmetro bicôndilo do fêmur (m) Para a mensuração de peso residual usa-se a equação:

PR = PT x 24,1 / 100 (homens) PR = PT x 20,9 / 100 (mulheres)

Onde: PR = peso residual (kg) PT = peso corporal total (kg) Para finalizar, a mensuração de músculo, que deverá seguir a equação:

PM = PT - (PG + PO + PR)

Onde: PM = peso muscular (kg) PT = peso corporal total (kg) PG = peso de gordura (kg) PO = peso ósseo (kg) PR = peso residual (kg)

Por outro lado, a soma das equações anteriores deverá dar o peso total do

corpo humano, ou seja, seguindo a equação abaixo, se terá o peso final do corpo

humano:

PT = PG + PO + PR + PM Onde: PT = Peso corporal total PG = Percentual de gordura PO = Peso ósseo PR = Peso residual PM = Peso muscular

Page 39: Avaliação fisica 8

AVALIAÇÃO POSTURAL

A boa postura pode ser definida como a posição que nosso corpo adota no

espaço, bem como a relação de suas partes com a linha do centro de gravidade, e

para que se possa ter ou estar em uma postura correta é necessário um equilíbrio

dos sistemas neuromuscular e esquelético. Cada indivíduo apresenta característica

única de posturas que podem ser influenciadas por inúmeros fatores, tais como

patologias congênitas e ou adquiridas, má postura, obesidade, alimentação

inadequada, atividades físicas sem orientação, distúrbios respiratórios,

desequilíbrios musculares, frouxidão dos ligamentos. (CARNAVAL, 2000).

(PITANGA, 2004).

A boa postura consiste em que o corpo melhor se ajusta, envolvendo os

sistemas responsáveis para as atividades diárias, sem que o corpo se

sobrecarregue como um todo ou em partes distribuindo todo o esforço das

atividades proporcionando a menor sobrecarga na posição ortostática. (CARNAVAL,

2000). (PITANGA, 2004).

A avaliação postural é muito importante, pois só assim possamos mensurar

os desequilíbrios do indivíduo, na sua posição estática ou em movimento, para

proporcionar um trabalho de correção, evitando o desconforto e incapacidades

funcionais futuras. (CARNAVAL, 2000). (PITANGA, 2004).

A avaliação postural é realizada através do exame objetivo que é o uso de

radiografias (pode ser solicitada pelo médico) e subjetivo usando o tato e a visão,

observando o avaliado posteriormente, lateralmente e frontalmente à frente do

simetrógrafo em posição estática (CARNAVAL, 2000), estando os homens apenas

vestindo sunga e as mulheres biquíni.

Page 40: Avaliação fisica 8

Conforme, Carnaval (2000) e Pitanga (2004), para uma avaliação postural o

avaliador observará uma linha de gravidade que atravessa o centro do corpo e que é

projetada lateral e posteriormente, passando por vários pontos anatômicos, sendo

distribuídas nas vistas:

Vista lateral:

* parte do trago, por diante dos côndilos occipitais;

* tangência a coluna cervical pela frente;

* passa pelo acrômio;

* passa pela frente da região dorsal;

* cruza a coluna lombar na altura da L2

* passa por trás das últimas vértebras lombares;

* passa pela frente do sacro;

* passa por trás da cavidade cotilóide;

* acompanha o eixo do fêmur;

* passa pela gente do joelho,

* passa pela frente da tíbia,

* passa pela frente da articulação tíbio-társica,

* e por último no cubóide.

VISTA LATERAL

Page 41: Avaliação fisica 8

Vista posterior:

*acompanha a linha espondiléa, ou seja, onde todos os processos espinhosos

das vértebras formam uma linha reta,

* passa pela linha inter glútea,

* finalizando entre os calcanhares

VISTA POSTERIOR

A coluna vertebral apresenta, em sua formação, quatro curvas fisiológicas

sendo: (CARNAVAL, 2000)

• 1 - coluna cervical: sendo côncava na altura da C6 e C7;

• 2 - coluna dorsal: convexa na altura da T5 e T6; • 3 - coluna lombar: côncava na altura da L3 e L4; • 4 - coluna sacra: convexa na altura da S3 e S4;

TRONCO LATERAL

Havendo qualquer irregularidade nessas curvaturas e nos acidentes

anatômicos em relação à linha de gravidade pode ser caracterizado desvio postural.

Page 42: Avaliação fisica 8

Vista anterior: o avaliado deverá estar em posição ortostática natural, frente para o

avaliador e observa-se:

* linha dos ombros: a linha formada pela união dos dois pontos acromiais;

* linha do quadril: linha formada pela união dos dois pontos íleo-cristais.

As duas linhas deverão estar paralelas em relação ao solo. Não estando

deverá existir uma escoliose na região da linha que não estiver paralela com o solo,

ou seja, linha do ombro na região dorsal e linha do quadril na região lombar. Ambos

terão que ser confirmadas também na posição da vista posterior. (CARNAVAL,

2000).

PATOLOGIAS

ESCOLIOSE

Trata-se de um desvio lateral da coluna vertebral classificando-se em:

Escoliose simples - apresenta uma única curvatura em uma das regiões da coluna

vertebral e é geralmente causada pela hipertrofia da musculatura lateral que envolve

essa região podendo ser a escoliose dorsal direita, escoliose dorsal esquerda,

escoliose lombar direita e a escoliose lombar esquerda. (CARNAVAL, 2000).

ESCOLIOSE DORSAL DIREITA. ESCOLIOSE DORSAL ESQUERDA

Page 43: Avaliação fisica 8

ESCOLIOSE LOMBAR DIREITA ESCOLIOSE LOMBAR ESQUERDA

Escoliose total – é a que apresenta curvatura ocupando mais de uma região da

coluna vertebral. Pode ser causada pela hipertrofia da musculatura lateral da coluna

nas regiões correspondentes. A escoliose total pode ser direita ou esquerda. .

(CARNAVAL, 2000).

ESCOLIOSE TOTAL A DIREITA. ESCOLIOSE TOTAL A ESQUERDA

Escoliose dupla ou tripla – são as que apresentam duas ou três curvaturas sendo

uma em cada região da coluna vertebral com as respectivas curvas de desvio

opostas entre si. Pode ser causada pela compensação de uma escoliose simples. A

escoliose dupla pode ser dorsal esquerda lombar direita e dorsal direita lombar

esquerda.

Page 44: Avaliação fisica 8

ESCOLIOSE DUPLA E TRIPLA A DIREITA ESCOLIOSE DUPLA E TRIPLA A ESQUERDA A escoliose tripla pode ser escoliose cervical direita dorsal esquerda lombar direita e escoliose cervical esquerda dorsal direita lombar esquerda. (CARNAVAL, 2000).

Hiperlordose cervical - é caracterizada por uma acentuada curvatura da coluna

cervical, causada pela hipertrofia da musculatura extensora do pescoço.

HIPERLORDOSE CERVICAL

Hipercifose dorsal – é a acentuação da curvatura da coluna dorsal, causada

geralmente pela hipertrofia da musculatura anterior do tórax, ficando o ponto

acromial fora da linha de gravidade. (CARNAVAL, 2000).

HIPERCIFOSE DORSAL

Page 45: Avaliação fisica 8

A hipercifose pode ser flexível, ou seja, é uma atitude cifótica que pode ser

corrigida com contração muscular voluntária, colocando assim a coluna toráxica na

posição normal. E a hipercifose rígida que também é uma atitude cifótica, só que

não pode ser corrigida com a contração muscular voluntária. (CARNAVAL, 2000).

Hiperlordose lombar – é uma curva acentuada na coluna lombar, causada pela

hipertrofia da musculatura lombar. (CARNAVAL, 2000).

HIPERLORDOSE

Costa plana – é a inversão ou a diminuição de quaisquer das curvaturas dos

segmentos da coluna vertebral, desvio este geralmente encontrado na região

lombar, possivelmente causado pela hipertrofia da musculatura abdominal.

COSTA PLANA

Page 46: Avaliação fisica 8

JOELHOS

Na avaliação postural pode ser verificado se o indivíduo possui a articulação

do joelho geno varo, geno valgo, geno recurvado e geno flexo. (CARNAVAL, 2000).

(PITANGA, 2004).

Joelhos geno varo – caracteriza-se pela projeção do joelho ou de ambos, para fora

da linha média do corpo. Pode ser causada pela hipertrofia dos músculos medial da

coxa e ou hipotonia dos músculos laterais da coxa.

JOELHO GENO VARO

Joelhos geno valgo – caracteriza-se pela projeção do joelho ou de ambos para

dentro da linha media do corpo. Podendo ser causado pela hipertrofia da

musculatura lateral da coxa e ou hipotonia dos músculos medial da coxa.

JOELHO GENO VALGO

Page 47: Avaliação fisica 8

Joelhos geno recurvado - é caracterizado pela projeção do (s) joelho (s) para trás

da linha de gravidade, podendo ser causado pela hipertrofia da musculatura

extensora dos joelhos.

GENO RECURVADO

Joelhos geno flexo - é a projeção dos joelhos à frente da linha de gravidade,

podendo ser causada pela hipertrofia da musculatura flexora dos joelhos

(CARNAVAL, 2000).

GENO FLEXO

PÉS

Na avaliação postural conforme CARNAVAL, 2000, pode ser verificado se o

indivíduo possui os pés:

Page 48: Avaliação fisica 8

Pé abduto – é caracterizado pela projeção do pé ou de ambos, possivelmente

causado pela hipertrofia da musculatura abdutora do tornozelo.

PÉS ABDUTOS

Pé aduto - é caracterizado pela projeção do pé ou de ambos, possivelmente

causado pela hipertrofia da musculatura adutora do tornozelo.

PÉS ADUTOS

Pé eqüino – é caracterizado pelo calcanhar não se encostar ao chão no momento

em que indivíduo se coloca em posição ortostática, pode ser causado pelo

encurtamento do tendão de Aquiles.

PÉ EQUINO

Page 49: Avaliação fisica 8

Pé calcâneo – é quando o antepé não se encosta ao chão no momento em que o

indivíduo se coloca em posição ortotástica, causado pelo encurtamento do tendão

do músculo tibial anterior.

PÉ CALCÂNEO

Pé varo – caracteriza-se pela projeção do tendão de Aquiles para fora da linha

média do corpo.

PÉ VARO

Pé valgo – caracterizado pela projeção do tendão de Aquiles para dentro da linha

média do corpo.

PÉ VALGO

Page 50: Avaliação fisica 8

O plantigrama: é um exame em que se pode observar se o indivíduo possui

o pé plano – que é a perda parcial ou total da curvatura plantar do pé, ou o pé cavo

– que é o aumento da curvatura plantar do pé. (CARNAVAL, 2000). (PITANGA,

2004).

PLANTIGRAMA

Page 51: Avaliação fisica 8

AVALIAÇÃO SOMATOTIPOLÓGICA

O termo somatotipo foi criado por volta de 1940 por Sheldon, sendo que

nessa época foi relatada a teoria de três componentes primários que são presentes

em todos os indivíduos sendo eles em maior ou em menor proporção, e a

determinação desses somatotipo, conforme procedimentos seguidos pelo autor não

utilizava qualquer valor antropométrico obtido diretamente. O método era

antroposcópico, ou seja, o indivíduo era fotografado em três posições, de frente, de

costas e de perfil e a pontuação atribuída era em função da analise das fotografias.

O método Sheldon foi questionado e posteriormente modificado com a

inclusão de medidas antropométricas em 1971. O somatotipo expressa a

quantificação de componentes primários tendo uma dependência fundamental da

carga genética, levando em consideração e podendo ser alterado, o meio ambiente

e estilo de vida, a atividade física e a alimentação.

Os componentes são a:

A Endomorfia – que é o primeiro componente e esse termo é originado do

endoderma, que no embrião origina o tubo digestivo e seus sistemas auxiliares,

indicando predominância do sistema vegetativo e tendência à obesidade.

A mesomorfia – sendo o segundo componentes e se refere ao predomínio

dos tecidos que se derivam da camada mesodérmica embrionária, os ossos e

músculos, caracterizando-se por maior massa musculoesquelética.

A ectomorfia – é o terceiro componente e apresenta predomínio de formas

lineares, e os tecidos que se destacam são os derivados da camada ectodérmica

correspondendo os tipos longilíneos. (PITANGA, 2004).

Page 52: Avaliação fisica 8

Os tipos extremos se contrastam, sendo assim o endomorfo puro apresenta,

além da obesidade, uma predominância de volume na região abdominal associada a

pequenas dimensões nas extremidades e flacidez muscular. O mesomorfo

apresenta um marcante desenvolvimento muscular e robustez óssea, medidas

torácicas maiores que abdominais e um aspecto enérgico. O ectomorfo se diz que é

o extremo da magreza e também da hipotonia muscular, com as medidas de

comprimento predominando sobre os diâmetros e circunferências, o que lhe

transmite um aspecto de fragilidade.

ENDOMORFO PURO

ECTOMORFO

MESOMORFO

Page 53: Avaliação fisica 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BETIOLI, J.V. et al. Normatização para elaboração de trabalhos acadêmicos. In: CARVALHO, L.H. Metodologia do Trabalho Científico.

Uniararas. Araras, SP. 2006.

CARNAVAL, P. E., Medidas e Avaliação em ciências do esporte. 3 ed. Sprint:

Rio de Janeiro, 1998.

CIANCIARDI NETO, G. Word Dicas e Truques para Monografia. Topázio:

Araras, São Paulo. 2004. 57p.

COSTA, R.F., Composição Corporal – Teoria e Prática da Avaliação. Manole:

São Paulo, 2001.

GOBBI, S. VILLAR, R. ZAGO, A. S. Bases tórico-práticas do condicionamento físico. Ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2005.

HEYWARD, V. H. Avaliação Física e prescrição de exercícios técnicos avançados. 4 ed., Ed. Artmed: Porto Alegre, 2004.

HEYWARD, V. H. & STOLARCZYK. Avaliação da composição corporal aplicada. Manole: São Paulo, 2000.

Manual do ACSM para Testes de esforço e prescrição de exercícios. Tradução de

Paula Chermont P. Estima. 5 ed. Ed. Revinter: Rio de Janeiro, 2000.

MATSUDO, V. K. R. Testes em ciência do esporte. Ed. Gráficos Burti Fotolito:

São Paulo, 1984.

NEVES, C. E. B. Avaliação funcional. Ed. Sprint: Rio de Janeiro, 2003.

PITANGA, F. J. G., Testes Medição e Avaliação em Educação Física e esportes. 3 ed., Ed. Phorte: São Paulo, 2004.

QUEIROGA, M. R., Testes e medidas para avaliação da aptidão física em adultos. Ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2005.