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Hospital Universitário da USP
II Fórum de Farmácia do Hospital Sírio Libanês
Pediatria – atuação do farmacêutico clínico e prescrição de medicamentos off - label
Farm. Sandra C. Brassica
Mestre em ciências Farmacêuticas pela FCF - USP
Hospital Universitário da USP
a) recém-nascidos pré – termo (RNPT) = < 37 semanas IG até 28 ddv; b) recém-nascidos a termo (RNT) = ≥37 semanas IG até 28 ddv; c) lactentes e crianças de 29 dias a 23 meses de idade; d) crianças de 2 a 11 anos; e) adolescentes de 12 a 18 anos
(OMS, 2007)
População Pediátrica
Hospital Universitário da USP
Criança = paciente especial
•População pediátrica (0-18 anos)•Enfermidades específicas (não apresentadas por outras faixas etárias)•Sinais e sintomas podem ser inespecíficos•Dependência (em relação a cuidadores)•Dificuldade de expressão
Hospital Universitário da USP
???
FARMACOTERAPIA PEDIÁTRICA50% medicamentos utilizados em pediatria não são licenciados
para uso nessa faixa etária (Yeung, 2007)
•Características peculiares que podem predispor a ocorrência de EAMs;•Carência de um método universal para o cálculo das doses (idade / características do desenvolvimento);
Hospital Universitário da USP
Informações específicas (cinética / perfil de
segurança) inexistentes ou incompletas. (PANDOLFINI; BONATI, 2005)
Poucos estudos clínicos – questões éticas,
logísticas, financeiras. (PANDOLFINI; BONATI, 2005)
“Órfãos terapêuticos” – evidências clínicas
insuficientes. (CHOONARA; CONROY, 2002)
FARMACOTERAPIA PEDIÁTRICA
Hospital Universitário da USP
FARMACOTERAPIA PEDIÁTRICA
Hospital Universitário da USP
FARMACOTERAPIA PEDIÁTRICA
Hospital Universitário da USP
[...] o uso destes medicamentos é feito por conta e risco do médico que o prescreveu, e pode
eventualmente vir a caracterizar um erro médico, mas em grande parte das vezes trata-
se de uso essencialmente correto, apenas ainda não aprovado[...].
(ANVISA, 2005)
Uso off-label
Hospital Universitário da USP
“O emprego de fármacos sem a devida garantia de
eficácia e, sobretudo, da segurança somente pode ser
justificado em situações nas quais o risco de se utilizá-
los é menor do que o de não fazê-lo.”
(WANNMACHER, 2007)
Relação Risco x Benefício
Hospital Universitário da USP
Ensaios clínicos, Evidência, Ética e Legislação
A utilização de medicamentos “não licenciados e sem
indicação” não é capaz de gerar evidências e ainda
expõe estas populações a riscos que poderiam ser
monitorados em ensaios clínicos controlados.
(RACHMANINA E VAN DEN ANKER , 2006)
Hospital Universitário da USP
Crianças não são pequenos adultos, apresentam diferenças não apenas
anatômicas, mas variações fisiológicas importantes durante todo o seu
desenvolvimento. Apresentam características e doenças distintas das
que acometem os adultos, o que inviabiliza a extrapolação de dados
oriundos de estudos realizados em populações adultas para pediátrica,
principalmente, a neonatal (KAUFFMAN, 1994).
Ensaios clínicos, Evidência, Ética e Legislação
Hospital Universitário da USP
Fármaco Micromedex (FDA - Drug
Summary Information)
BNF for children
2007
Anvisa (Bulário Eletrônico e CBM
2004/2005)
Fabricante
aminofilina Licenciado para uso
pediátrico.
Não Inclui neonatos.
Licenciada para uso
pediátrico. Inclui
neonatos.
A Apresentação para uso parenteral não
consta do Bulário eletrônico da ANVISA.
CBM: USO ADULTO E PEDIÁTRICO.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO.
Não menciona recém-nascidos,
lactentes e crianças. Minoton® -
Ariston.
cefotaxima Licenciado para uso
pediátrico. Inclui
neonatos.
Licenciada para uso
pediátrico. Inclui
neonatos.
Bulário eletrônico da ANVISA e CBM: USO
ADULTO E PEDIÁTRICO. "Contra-
indicado em crianças com idade abaixo
de 30 meses."
USO ADULTO E PEDIÁTRICO.
Inclui recém-nascidos. Cetazima®
- Novafarma.
dobutamina Não licenciado para uso
em crianças.
Não licencenciado
para uso em
crianças.
Bulário eletrônico da ANVISA e CBM: USO
ADULTO E PEDIÁTRICO. Não menciona
neonatos.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO.
"Não menciona neonatos".
Dobutanil® - Novafarma.
Dificuldade de informação
Hospital Universitário da USP
Fármacosn=41
Sem especialidade farmacêutica no
Brasiln=3 (7,3%)
Sem bula BE n=24 (63%)
Sem bula no CBM
n=19 (50%)
Disponibilidade de informação sobre medicamentos segundo a fonte
Hospital Universitário da USP
???•Não há consenso relativo à determinação da posologia em crianças.
•Em geral, os cálculos usam peso, superfície corporal e idade, devendo ser
individualizados, embora em muitas bulas de medicamentos o fabricante coloque
doses de acordo com peso ou faixa etária.
•Esse cuidado é tanto mais importante, quanto menor for a idade da criança.
Hospital Universitário da USP
Dose, Forma farmacêutica, Apresentação x
Erros de medicação
•Necessidade de efetuar cálculos para a prescrição em pediatria;
• disponibilidade de especialidades farmacêuticas gerando a necessidade de
manipulação ou transformação de formas farmacêuticas para uso adulto;
•Grande utilização de suspensões extemporâneas para uso oral
(homogeneidade) ;
•Variabilidade de concentrações;
•Necessidade de realização de cálculos para administração intra-hospitalar
pela equipe de enfermagem;
•Necessidade de preparo dos cuidadores para tratamentos domiciliares.
Hospital Universitário da USP
Atualmente...Bob Peterson, MD PhD MPH, Paul C. Hébert, MD MHSc, Noni MacDonald, MD MSc, Daniel Rosenfield,
BArtsSc, Matthew B. Stanbrook, MD PhD, and Ken Flegel, MDCM MSc
Industry’s neglect of prescribing information for children
Physicians caring for Canadian children are frequently denied easy access to important prescribing information.
The pharmaceutical industry generally has not submitted evidence in its possession supporting safe pediatric doses and dosing intervals to Health Canada.
At present, Canadian health professionals do not have the same access to evidence as their American and European colleagues.
In addition, without approval for pediatric use, our children may be denied access to expensive new drugs because of lack of insurance coverage. Labelled indications also provide incentives for research and evidence-based reviews by national and provincial
formularies.
CMAJ, June 14, 2011, 183(9)
Hospital Universitário da USP
Atualmente...Farmacología en pediatría y usos de
medicamentos no Autorizados
Entre los años 2008 y 2010 se han registrado en Clinical Trials.gov 22 ensayos clínicos pediátricos
en la Argentina y otros 10 que incluían niños y adultos, pero en relación a los estudios que se
desarrollan en adultos el número continúa siendo escaso.
Arch Argent Pediatr 2012;110(1):4-7 / 5
Hospital Universitário da USP
Atualmente...Tareq Mukattash & Ahmed F. Hawwa & Karen Trew & James C. McElnay
Healthcare professional experiences and attitudes on unlicensed/off-label paediatric prescribing and paediatric clinical trials
A regional study in which a survey instrument with 39 items was issued to 500 randomly selected GPs, all community pharmacists (n=512), 50 hospital consultants and 150 paediatric nurses in
Northern Ireland.Approximately half (46.5%) of the 1,212 healthcare professionals approached responded to the
questionnaire.The majority of respondents indicated their familiarity with the term unlicensed (82.9%) or off-label
(58.6%) prescribing with the most frequently quoted reason for such prescribing being younger age (33.6%). Apart from community pharmacists, most respondents reported having gained their
knowledge through personal experience. Even though a large percentage of respondents expressed concerns about the safety (77.8%) or efficacy (87.9%) of unlicensed/off-label
prescribing in children, only 30.7% reported informing parents/guardians of these concerns on the use of such medicines in children. In addition, only 56% of respondents believed that
unlicensed/off-label medicines should undergo clinical trials in children.Overall, 28.4% of respondents (20.1% of GPs, 41.4% of community pharmacists, 27.7% of
paediatric nurses and 94% of consultant paediatricians) indicated their willingness to be actively involved in, and recruit their patients for paediatric clinical research.
Eur J Clin Pharmacol (2011) 67:449–461