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APOSTILA CONCURSO Embrapa ASSISTENTE A APOIO ADMINISTRATIVO LÍNGUA PORTUGUESA INFORMÁTICA Direitos Reservados MAXSHOPPING10

Apostila Embrapa Conhecimentos Básicos

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APOSTILA

CONCURSO

Embrapa

ASSISTENTE A APOIO ADMINISTRATIVO

LÍNGUA PORTUGUESA INFORMÁTICA

Direitos Reservados MAXSHOPPING10

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INDÍCE

PORTUGUÊS Compreensão, Interpretação e Reescritura de Textos............................................................... 03 Tipologia Textual...................................................................................................................... 11 Paráfrase, Perífrase, Síntese e Resumo......................................................................................14 Significação Literal e Contextual de Vocábulos........................................................................17 Processos Coesivos de Referência.............................................................................................20 Coordenação e Subordinação.....................................................................................................21 Emprego, Estrutura, Formação e Representação de Palavras................................................... 27 Ortografia Oficial..................................................................................................................... .33 Pontuação.................................................................................................................................. 41 Concordância............................................................................................................................ 48 Regência................................................................................................................................... 59

INFORMÁTICA Conceito de Internet e Intranet.............................................................................................. 71 Aplicativos Comerciais..........................................................................................................81 Windows, Word, Excel................................................................................ Ver apostilas anexas. Principais Navegadores para Internet................................................................................... 82 Correio Eletrônico................................................................................................................ 82 Procedimento para Cópia de Segurança............................................................................... 87 Conceito de Organização de Arquivos e Métodos de Acesso.............................................. 90

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Compreensão, Interpretação e Reescritura

de Textos As questões de interpretação de textos vêm ganhando espaço nos concursos públicos. Também é a partir de textos que as questões normalmente cobram a aplicação das regras gramaticais nos grandes concursos de hoje. Por isso, é cada vez mais importante observar os comandos das questões. Normalmente o candidato é convidado a: • idenficar : Reconhecer elementos fundamentais apresentados no texto. • comparar : Descobrir as relações de semelhanças ou de diferenças entre situações apresentadas no texto. • comentar : Relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. • resumir : Concentrar as idéias centrais em um só parágrafo. • parafrasear : Reescrever o texto com outras palavras. • continuar : Dar continuidade ao texto apresentado, mantendo a mesma linha temática.

Por isso, consideramos que são condições básicas

para o candidato interpretar textos: o conhecimento histórico (aí incluída a prática da leitura), o conhecimento gramatical e semântico (significado das palavras, aí incluídos homônimos, parônimos, sinônimos, denotação, conotação), e a capacidade de observação, de síntese e de raciocínio.

Roteiro para interpretar textos: . 1. Ler atentamente todo o texto, procurando focalizar sua idéia central. 2. Interpretar as palavras desconhecidas através do contexto. 3. Reconhecer os argumentos que dão sustentação à idéia central. 4. Identificar as objeções à idéia central ; 5. Sublinhar os exemplos que forem empregados como ilustração da idéia central. 6. Antes de responder às questões, ler mais de uma vez todo o texto , fazendo o mesmo com o enunciado de cada questão. 7. Evite responder “de cabeça” . Procure localizar a resposta no texto. 8. Se preferir, faça anotações à margem ou esquematize o texto.

9. Se o comando pede a idéia principal ou tema , normalmente deve situar-se no primeiro parágrafo (introdução) ou no último (conclusão). 10. Se o comando busca argumentação , deve localizar-se os parágrafos intermediários (desenvolvimento).

Erros comuns de interpretação: EXTRAPOLAÇÃO (viagem):

• Ocorre quando o candidato sai do contexto, acrescentando idéias que não estão no texto, normalmente porque já conhecia o tema por uso de sua imaginação criativa. • Portanto, é proibido viajar.

REDUÇÃO:

• É o oposto da extrapolação. • Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de que o texto é um conjunto de idéias.

CONTRADIÇÃO:

• É comum as alternativas apresentarem idéias contrárias às do texto, fazendo o candidato chegar a conclusões equivocadas, de modo a errar a questão. • Portanto, internalize as idéias do autor e ponha-se no lugar dele. • Só contradiga o autor se isso for solicitado no comando da questão. Exemplo: “Indique a alternativa que apresenta idéia contrária à do texto”.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

A Interpretação de Textos e os Modernos Vestibulares

Interpretar exige raciocínio, discernimento e compreensão do mundo. A interpretação de textos é de fundamental importância para o vestibulando. Você já se perguntou por quê? Há alguns anos, as provas de Português, nos principais vestibulares do país, traziam uma frase,

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e dela faziam-se as questões. Eram enunciados soltos, sem conexão, tão ridículos que lembravam muito aquelas frases das antigas cartilhas: "Ivo viu a uva". Os tempos são outros, e, dentro das modernas tendências do ensino de línguas, fica cada vez mais claro que o objetivo de ensinar as regras da gramática normativa é simplesmente o texto. Aprendem-se as regras do português culto, erudito, a fim de melhorar a qualidade do texto, seja oral, seja escrito. Nesse sentido, todas as questões são extraídas de textos, escolhidos criteriosamente pelas bancas, em função da mensagem/conteúdo, em função da estrutura gramatical. Ocorrem casos de provas contextualizadas, em que todos os textos abordam o mesmo assunto, ou seja, provas monotemáticas - exemplo adotado pela PUC/RS. Por sua vez, a Unisinos prefere o tema único nas 50 questões de humanas (Português, Língua Estrangeira, Geografia e História ). Dessa maneira, fica clara a importância do texto como objetivo último do aprendizado de língua. Quais são os textos escolhidos? Textos retirados de revistas e de jornais de circulação nacional têm a preferência. Portanto, o romance, a poesia e o conto são quase que exclusividade das provas de Literatura (que também trabalham interpretação, por evidente). Assim, seria interessante observar as características fundamentais desses produtos da imprensa. Os Artigos São os preferidos das bancas. Esses textos autorais trazem identificado o autor. Essas opiniões são de expressa responsabilidade de quem as escreveu - chamado aqui de articulista - e tratam de assunto da realidade objetiva, pautada pela imprensa. Vejamos um exemplo: um dado conflito eclode em algum ponto do planeta (a todo o instante surge algum), e o professor Décio Freitas, historiador, abordará, em seu artigo em ZH, os aspectos históricos do embate. Portanto, os temas são, quase sempre, bem atuais. Trata-se, em verdade, de texto argumentativo, no qual o autor/emissor terá como objetivo convencer o leitor/receptor. Nessa medida, é idêntico à redação escolar, tendo a mesma estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão. Exemplo de Artigo “Os nomes de quase todas as cidades que chegam ao fim deste milênio como centros culturais importantes seriam familiares às pessoas que viveram durante o final do século passado. O peso relativo de cada uma delas pode ter variado, mas as metrópoles que contam ainda são basicamente as mesmas: Paris, Nova Iorque, Berlim, Roma, Madri, São Petesburgo.”

(Nelson Archer - caderno Cidades, Folha de S. Paulo,

02/05/99) Os Editoriais Novamente, são opinativos, argumentativos e possuem aquela mesma estrutura. Todos os jornais e revistas têm esses editoriais. Os principais diários do país produzem três textos desse gênero. Geralmente um deles tratará de política; outro, de economia; um outro, de temas internacionais. A diferença em relação ao artigo é que o autor, o editorialista, não expressa sua opinião, apenas serve de intermediário para revelar o ponto de vista da instituição, da empresa, do órgão de comunicação. Muitas vezes, esses editoriais são produzidos por mais de um profissional. O editorialista é, quase sempre, antigo na casa e, obviamente, da confiança do dono da empresa de comunicação. Os temas, por evidente, são a pauta do momento, os assuntos da semana. As Notícias Aqui temos outro gênero, bem diverso. As notícias são autorais, isto é, produzidas por um jornalista claramente identificado na matéria. Possuem uma estrutura bem fechada, na qual, no primeiro parágrafo (também chamado de lide), o autor deve responder às cinco perguntinhas básicas do jornalismo: Quem? Quando? Onde? Como? E por quê? Essa maneira de fazer texto atende a uma regra do jornalismo moderno: facilitar a leitura. Se o leitor/receptor desejar mais informações sobre a notícia, que vá adiante no texto. Fato é que, lendo apenas o parágrafo inicial, terá as informações básicas do assunto. A grande diferença em relação ao artigo e ao editorial está no objetivo. O autor quer apenas "passar" a informação, quer dizer, não busca convencer o leitor/receptor de nada. É aquele texto que os jornalistas chamam de objetivo ou isento, despido de subjetividade e de intencionalidade. Exemplo de Notícia “O juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, negou-se a responder ontem à CPI do judiciário todas as perguntas sobre sua evolução patrimonial. Ele invocou a Constituição para permanecer calado sempre que era questionado sobre seus bens ou sobre contas no exterior.”

(Folha de S. Paulo, 05/05/99)

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As Crônicas Estamos diante da Literatura. Os cronistas não possuem compromisso com a realidade objetiva. Eles retratam a realidade subjetiva. Dessa maneira, Rubem Braga, cronista, jornalista, produziu, por exemplo, um texto abordando a flor que nasceu no seu jardim. Não importa o mundo com suas tragédias constantes, mas sim o universo interior do cronista, que nada mais é do que um fotógrafo de sua cidade. É interessante verificar que essas características fundamentais da crônica vão desaparecendo com o tempo. Não há, por exemplo, um cronista de Porto Alegre (talvez o último deles tenha sido Sérgio da Costa Franco). Se observarmos o jornal Folha de S. Paulo, teremos, junto aos editoriais e a dois artigos sobre política ou economia, uma crônica de Carlos Heitor Cony, descolada da realidade, se assim lhe aprouver (Cony, muitas vezes, produz artigos, discutindo algo da realidade objetiva). O jornal busca, dessa maneira, arejar essa página tão sisuda. A crônica é isso: uma janela aberta ao mar. Vale lembrar que o jornalismo, ao seu início, era confundido com Literatura. Um texto sobre um assassinato, por exemplo, poderia começar assim: " Chovia muito, e raios luminosos atiravam-se à terra. Num desses clarões, uma faca surge das trevas..." Dá-se o nome de nariz de cera a essas matérias empoladas, muito comuns nos tempos heróicos do jornalismo. Sobre a crônica, há alguns dados interessantes. Considerada por muito tempo como gênero menor da Literatura, nunca teve status ou maiores reconhecimentos por parte da crítica. Muitos autores famosos, romancistas, contistas ou poetas, produziram excelentes crônicas, mas não são conhecidos por isso. Carlos Drummond de Andrade é um belo exemplo. Pela grandeza de sua poesia, o grande cronista do cotidiano do Rio de Janeiro foi abafado. O mesmo pode-se falar de Olavo Bilac, que, no início do século passado, passou a produzir crônicas num jornal carioca, em substituição a outro grande escritor, Machado de Assis. Essa divisão dos textos da imprensa é didática e objetiva esclarecer um pouco mais o vestibulando. No entanto, é importante assinalar que os autores modernos fundem essa divisão, fazendo um trabalho misto. É o caso de Luis Fernando Veríssimo, que ora trabalha uma crônica, com os personagens conversando em um bar, terminando por um artigo, no qual faz críticas ao poder central, por exemplo. Martha Medeiros, por seu turno, produz, muitas vezes, um artigo, revelando a alma feminina. Em outros momentos, faz uma crônica sobre o quotidiano. Exemplo de Crônica “Quando Rubem Braga não tinha assunto, ele abria a janela e encontrava um. Quando não encontrava, dava no mesmo, ele abria a janela, olhava o mundo e comunicava que não havia assunto. Fazia isso com tanto engenho e arte que também dava no mesmo: a crônica estava feita.

Não tenho nem o engenho nem a arte de Rubem, mas tenho a varanda aberta sobre a Lagoa - posso não ver melhor, mas vejo mais. Otto Maria Carpeaux não gostava do gênero "crônica", nem adiantava argumentar contra, dizer, por exemplo, que os cronistas, uns pelos outros, escreviam bem. Carpeaux lembrava então que escrever é verbo transitivo, pede objeto direto: escrever o quê? Maldade do Carpeaux. (...) Nelson Rodrigues não tinha problemas. Quando não havia assunto, ele inventava. Uma tarde, estacionei ilegalmente o Sinca-Chambord na calçada do jornal. Ele estava com o papel na máquina e provisoriamente sem assunto. Inventou que eu descia de um reluzente Rolls Royce com uma loura suspeita, mas equivalente à suntuosidade do carro. Um guarda nos deteve, eu tentei subornar a autoridade com dinheiro, o guarda não aceitou o dinheiro, preferiu a loura. Eu fiquei sem a multa e sem a mulher. Nelson não ficou sem assunto.”

A interpretação serve para Química! Responda rápido a uma pergunta: O que há em comum entre os vestibulandos aprovados nos primeiros lugares? Será que possuem semelhanças? Sim, de fato, o que os identifica é a leitura e a curiosidade pelo mundo que os cerca. Eles lêem bastante, e lêem de tudo um pouco. As instituições de ensino superior não querem mais aquele aluno que decora regrinhas. Elas buscam o cidadão que possui leitura e conhecimento de mundo. Nesse aspecto, as questões, inclusive das provas de exatas, muitas vezes pedem criticidade e compreensão de enunciados. Quantas vezes você, caro vestibulando, não errou uma questão de Física ou de Biologia por não entender o que foi pedido. Pois estamos falando de interpretação de textos. A leitura e a interpretação tornam-se, dessa maneira, exigência de todas as disciplinas. E não pense que essa capacidade crítica de entender o texto escrito (e até falado) é exclusividade do vestibular. Quando você for buscar uma vaga no mercado de trabalho, a criticidade, a capacidade de comunicação e de compreensão do mundo serão atributos importantes nessa concorrência. Lembre-se disso na hora de planejar os estudos para os próximos vestibulares.

Instruções Gerais Em primeiro lugar, você deve ter em mente que interpretação de textos em testes de múltipla escolha pressupõe armadilhas da banca. Isso significa dizer que as questões são montadas de modo a induzir o incauto e sofrido vestibulando ao erro. Nesse sentido, é importante observar os comandos da questão (de acordo com o texto, conforme o texto, segundo o autor...). Se forem esses os comandos, você deve-se limitar à realidade do texto. Muitas vezes, as alternativas extrapolam as verdades do texto; ou ainda diminuem essas mesmas verdades; ou fazem afirmações que nem de longe estão no texto.

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Exemplo de Editorial UFRGS - 1998 Em 1952, inspirado nas descrições do viajante Hans Staden, o alemão De Bry desenhou as cerimônias de canibalismo de índios brasileiros. São documentos de alto valor histórico (...) Porém não podem ser vistos como retratos exatos: o artista, sob influência do Renascimento, mitigou a violência antropofágica com imagens idealizadas de índios, que ganharam traços e corpos esbeltos de europeus. As índias ficaram rechonchudas como as divas sensuais do pintor holandês Rubens. No século XX, o pintor brasileiro Portinari trabalhou o mesmo tema. Utilizando formas densas, rudes e nada idealizadas, Portinari evitou o ângulo do colonizador e procurou não fazer julgamentos. A Antropologia persegue a mesma coisa: investigar, descrever e interpretar as culturas em toda a sua diversidade desconcertante. Assim, ela é capaz de revelar que o canibalismo é uma experiência simbólica e transcendental - jamais alimentar. Até os anos 50, waris e kaxinawás comiam pedaços dos corpos dos seus mortos. Ainda hoje, os ianomâmis misturam as cinzas dos amigos no purê de banana. Ao observar esses rituais, a Antropologia aprendeu que, na antropogafia que chegou ao século XX, o que há é um ato amoroso e religioso, destinado a ajudar a alma do morto a alcançar o céu. A SUPER, ao contar toda a história a você, pretende superar os olhares preconceituosos, ampliar o conhecimento que os brasileiros têm do Brasil e estimular o respeito às culturas indígenas. Você vai ver que o canibalismo, para os índios, é tão digno quanto a eucaristia para os católicos. É sagrado.

(adaptado de: Superinteressante, agosto, 1997, p.4)

Questão 15 da prova de 98 Considere as seguintes informações sobre o texto: I - Segundo o próprio autor do texto, a revista tem como único objetivo tornar o leitor mais informado acerca da história dos índios brasileiros. II - Este texto introduz um artigo jornalístico sobre o canibalismo entre índios brasileiros. III - Um dos principais assuntos do texto é a história da arte no Brasil. Quais são corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e III e) Apenas II e III Resposta correta: B Comentários: A afirmação I usa a palavra único, o vestibulando deve cuidar muito com essa palavrinha, geralmente ela traz uma armadilha. A afirmação reduz o texto, que vai bem além de ter como único objetivo informar sobre a história

dos índios. Aliás, não é a história dos índios, mas sim da antropofagia deles. A afirmação III está erradíssima, pois a história da arte está longe de ser um dos assuntos principais do texto. Essas afirmações da banca merecem algumas observações. Em primeiro lugar, a afirmação I diz: "Segundo o próprio autor do texto". Mas quem é esse autor, tendo em vista que se trata de editorial? Não há um autor expresso. A afirmação II, considerada como certa, traz uma imprecisão. O texto não introduz um artigo jornalístico. Como vimos, artigo é bem diferente. O editorial introduz matéria ou reportagem, nunca um artigo. Percebe-se aqui que os professores que elaboraram o texto desconhecem a tipologia e a nomenclatura textual do moderno jornalismo. Testes Vamos aproveitar os textos das provas da UFRGS 2000 e 1999, para formularmos algumas questões bem emblemáticas em relação à interpretação de textos. Questão 1 Qual das alternativas abaixo é a correta: UFRGS 2000 No Brasil colonial, os portugueses e suas autoridades evitaram a concentração de escravos de uma mesma etnia nas propriedades e nos navios negreiros. A) Os portugueses impediram totalmente a concentração de escravos de mesma etnia nas propriedades e nos navios negreiros. Essa política, a multiplicidade lingüística dos negros e as hostilidades recíprocas que trouxeram da África dificultaram a formação de núcleos solidários que retivessem o patrimônio cultural africano, incluindo-se aí a preservação das línguas. B) A política dos portugueses foi ineficiente, pois apenas a multiplicidade cultural dos negros, de fato, impediu a formação de núcleos solidários. Os negros, porém, ao longo de todo o período colonial, tentaram superar a diversidade de culturas que os dividia, juntando fragmentos das mesmas mediante procedimentos diversos, entre eles a formação de quilombos e a realização de batuques e calundus. (...) C) A única forma que os negros encontraram para impedir essa ação dos portugueses foi formando quilombos e realizando batuques e calundus. As autoridades procuraram evitar a formação desses núcleos solidários, quer destruindo os quilombos, que causavam pavor aos agentes da Coroa - e, de resto, aos proprietários de escravos em geral -, quer reprimindo os batuques e os calundus promovidos pelos negros. Sob a identidade cultural, poderiam gerar uma consciência danosa para a ordem colonial. Por isso, capitães-do-mato, o Juízo

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Eclesiástico e, com menos empenho, a Inquisição foram colocados em seu encalço. D) A Inquisição não se empenhou em reprimir a cultura dos negros, porque estava ocupada com ações maiores. Porém alguns senhores aceitaram as práticas culturais africanas - e indígenas - como um mal necessário à manutenção dos escravos. Pelo imperativo de convertê-los ao catolicismo, ainda, alguns clérigos aprenderam as línguas africanas, como um jesuíta na Bahia e o padre Vieira, ambos no Seiscentos. Outras pessoas, por se envolverem no tráfico negreiro ou viverem na África - como Matias Moreira, residente em Angola no final do Quinhentos -, devem igualmente ter-se familiarizado com as línguas dos negros. E) Apesar do empenho dos portugueses, a cultura africana teve penetração entre alguns senhores e entre alguns clérigos. Cada um, é bem verdade, tinha objetivos específicos para tanto.

(Adaptado de: VILLALTA, Luiz Carlos. O que se fala e o que se lê: língua, instrução e leitura. In: MELLO e SOUZA.

História da Vida Privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997. V1. P.341-342.)

Resolução da Questão 1

A) Observe o advérbio totalmente. Além disso, o texto usa o verbo evitar, a afirmação utiliza impedir. Eles são semanticamente bem distintos. Logo, a afirmação exagera, extrapola o texto. Cuidado com os advérbios.

B) A afirmativa b diz apenas a multiplicidade cultural dos negros. No texto, foram a multiplicidade e as hostilidades recíprocas. Portanto, a afirmativa b reduz a verdade do texto.

C) Na afirmativa, há a expressão a única forma, e o texto usa entre eles. Novamente, temos uma redução, uma diminuição da verdade textual.

D) O texto não explica a falta de empenho da Inquisição, dessa maneira a afirmação não está no texto. Trata-se de um acréscimo à realidade textual.

E) Resposta Correta. Questão 2 Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação correta de acordo com o texto. A) Sendo a cultura negra um mal necessário para a manutenção dos escravos, sua eliminação foi um erro das autoridades coloniais portuguesas. B) Os religiosos eram autoritários, obrigando os escravos negros a se converterem ao catolicismo europeu e a abandonarem sua religião de origem. C) As autoridades portuguesas conduziam a política escravagista de modo que africanos de uma mesma origem não permanecessem juntos.

D) As línguas africanas foram eliminadas no Brasil colonial, tendo os escravos preservado apenas alguns traços culturais, como sua religião. E) A identidade cultural africana, representada pelos batuques e calundus, causava danos às pessoas de origem européia. Resolução da Questão 02

A) O texto não classifica como erro das autoridades coloniais. Essa é uma inferência que o leitor poderá fazer por sua conta e risco.

B) O autoritarismo era dos proprietários de escravos e das autoridades. Busca-se aqui confundir o aluno dizendo que era o autoritarismo dos religiosos. Há uma troca, uma inversão das afirmações do texto.

C) Resposta Correta: Essa afirmação está no texto.

D) A afirmação contradiz o que está no texto. As línguas africanas foram, inclusive, aprendidas por alguns clérigos.

E) A afirmação exagera a verdade textual. O autor não chega a tanto. Se o vestibulando chegar a essa conclusão é por sua conta e risco.

Questão 03 ( UFRGS/99) Marque a alternativa correta, segundo o texto O avanço do conhecimento é normalmente concebido como um processo linear, inexorável, em que as descobertas são aclamadas tão logo venham à luz, e no qual as novas teorias se impõem com base na evidência racional. Afastados os entraves da religião desde o século 17, o conhecimento vem florescendo de maneira livre, contínua. a) O avanço do conhecimento sempre será por um processo linear, do contrário não será avanço. Um pequeno livro agora publicado no Brasil mostra que nem sempre é assim. Escrito na juventude (1924) pelo romancista francês Louis-Ferdinand Céline, A Vida e a Obra de Semmelweis relata aquele que é um dos episódios mais lúgubres no crônica da estupidez humana e talvez a pior mancha na história da medicina. b) O episódio de Semmelweis é indiscutivelmente a pior mancha na história da medicina. c) O livro de Céline prova que nem sempre a racionalidade preponderava no cientificismo. Ignác Semmelweis foi o descobridor da assepsia. Médico húngaro trabalhando num hospital de Viena, constatou que a mortalidade entre as parturientes, então um verdadeiro flagelo, era diferente nas duas alas da maternidade. Numa delas, os partos eram realizados por estudantes; na outra, por parteiras. Não se conhecia a ação dos microorganismos, e a febre puerperal era atribuída às causas mais estapafúrdias. Em

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1846, um colega de Semmelweis se cortou enquanto dissecava um cadáver, contraiu uma infecção e morreu. Semmelweis imaginou que o contágio estivesse associado à manipulação de tecidos nas aulas de anatomia. Mandou instalar pias na ala dos estudantes e tornou obrigatório lavar as mãos com cloreto de cal. No mês seguinte, a mortalidade entre as mulheres caiu para 0,2%! Mais incrível é o que aconteceu em seguida. Os dados de Semmelweis foram desmentidos, ele foi exonerado, e as pias - atribuídas à superstição -, arrancadas. d) A ala dos estudantes apresentava menores problemas de contágio. Nos dez anos seguintes, Semmelweis tentou alertar os médicos em toda a Europa, sem sucesso. A Academia de Paris rejeitou seu método em 1858. Semmelweis enlouqueceu e foi internado. Em 1865, invadiu uma sala de dissecação, feriu-se com o bisturi e morreu infeccionado. Pouco depois, Pasteur provou que ele estava certo. e) A rejeição aos métodos de Semmelweis ocorreu em função da inveja comum ao meio. Para o leitor da nossa época, o interessante é que Semmelweis foi vítima de um obscurantismo científico. Como nota o tradutor italiano no prefácio agregado à edição brasileira, qualquer xamã de alguma cultura dita primitiva isolaria cadáveres e úteros por meio de rituais de purificação. No científico século 19, isso parecia crendice.

(Adaptado de: FRIAS FILHO, Otávio. Ciência e superstição. Folha de S. Paulo, São Paulo 30 abril de 1998.)

Vocabulário Inexorável - inabalável - inflexível Lúgubre - triste - sombrio - sinistro Estapafúrdia - extravagante - excêntrico - esdrúxulo - Obscurantismo - oposição ao conhecimento - política de fazer algo para impedir o esclarecimento das massas Resolução da Questão 03 Atente para este texto: trata-se de um artigo jornalístico. Observe como ele atende às características assinaladas na tipologia textual do jornalismo.

A) Observe que o texto usa o advérbio normalmente, mas a afirmação emprega sempre, mudando a verdade do texto.

B) Novamente, se compararmos com o texto, veremos que o autor afirma que o episódio talvez seja a pior mancha da história. Na afirmação, foi usado o advérbio indiscutivelmente acrescido de a pior mancha. Trata-se de um exagero, um acréscimo à realidade do texto.

C) Resposta Correta: O texto afirma que nem sempre o avanço do conhecimento é um processo linear.

D) A ala dos estudantes apresentava maiores problemas de contágio, pois as pias foram instaladas lá, justamente para lavar as mãos

dos estudantes que trabalhavam na dissecação de cadáveres.

E) A inveja não é abordada pelo texto, portanto trata-se de uma exterioridade. O vestibulando pode achar verdadeiro, mas a conclusão será pessoal

Questão 04 Com base no texto, assinale a alternativa correta. (A) Em relação aos povos primitivos, a Europa do século passado praticava uma medicina atrasada. (B) A comunidade científica sempre deixa de reconhecer o valor de uma descoberta. (C) A higiene das mãos com cloreto de cal reduziu moderadamente a incidência de febre puerperal. (D) Semmelweis feriu-se com o bisturi infectado porque queria provar a importância de sua descoberta. (E) Ignorar a redução nas estatísticas obituárias resultante da introdução da assepsia foi uma grande estupidez. Questão 05 A partir da leitura do texto, é possível concluir que (A) o livro A Vida e a Obra de Semmelweis recebeu recentemente uma cuidadosa tradução para o italiano. (B) a teoria de Semmelweis foi rejeitada porque propunha a existência de microorganismos, que não podia ser provada cientificamente. (C) a nacionalidade húngara do médico pode ter sido um empecilho para sua aceitação na Europa do século passado. (D) Semmelweis foi execrado pelos seus pares porque transformou a assepsia numa obsessão. (E) Semmelweis enlouqueceu em conseqüência da rejeição de sua descoberta. Resolução da Questão 04 Instruções: As questões 4 e 5 devem merecer atenção. Estamos diante de questões de inferências. As alternativas corretas não estão propriamente no texto, mas poderemos chegar facilmente a elas, ou seja, o autor nos autoriza a concluir por elas.

A) O autor não classifica de atrasada a medicina européia da época.

B) Novamente o advérbio colocado para trair a atenção do aluno: sempre. Trata-se de um acréscimo, de um exagero.

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C) Não foi moderadamente. De novo o advérbio. Veja como as armadilhas são sempre as mesmas. Se você as conhecer, ficará bem mais fácil chegar à resposta correta.

D) O texto simplesmente diz que ele se feriu. Não dá as causas.

E) Resposta Correta: Foi de fato uma estupidez. Essa é uma conclusão possível do texto. Observe que o autor declara: "Mais incrível é o que aconteceu em seguida".

Resolução da Questão 05

A) O livro foi recentemente publicado no Brasil. B) Os microorganismos eram desconhecidos à

época. Essa alternativa é perigosa, pode confundir o aluno.

C) Não há referência sobre essa afirmação. Os motivos, como já vimos, foram outros.

D) Semmelweis foi execrado por ter sido desmentido e por suas descobertas serem atribuídas à superstição.

E) Resposta Correta: Pode-se, tranqüilamente chegar a esse conclusão.

Questão 06 Supondo que o leitor não saiba o significado da palavra xamã, o processo mais eficiente para buscar no próprio texto uma indicação que elucide a dúvida consistirá em (A) considerar que a palavra encontra sua referência na cultura italiana, já que foi empregada pelo tradutor da obra para o italiano. (B) Observar o contexto sintático em que ela ocorre: depois de pronome indefinido e antes de preposição.

(C) Relacionar o seu significado às palavras leitor e prefácio. (D) Relacionar o seu significado às expressões cultura dita primitiva e rituais de purificação. (E) relacionar a palavra a outras que tenham a mesma terminação, como iansã, romã e anã. Resolução da Questão 06 Todas as provas de vestibular no Estado trazem questões de vocabulário. Esta é bem característica da UFRGS. Empiricamente, você, candidato, quando não sabe o significado de uma palavra, busca o contexto. Cuidado! Não é o contexto sintático. Saber se uma palavra exerce a função de sujeito ou de objeto não define o seu valor semântico. Não confunda semântica com sintaxe. Xamã está no campo de ação de palavras dessa cultura primitiva. A resposta correta, portanto, é D. Atente para a alternativa E: dá a nítida impressão de bom humor. A banca também se diverte. O que anã e romã tem em comum com xamã? Gozação.

As questões a seguir estão baseadas no seguinte texto: 01 Lá pela metade do século, já não haverá superpopulação humana, como hoje. Os governos de todo o mundo presumivelmente, todos democráticos poderão incentivar as pessoas à reprodução. E será melhor que o façam com as melhores pessoas. 04 A eugenia humana isto é, a escolha dos melhores exemplares para a reprodução, de modo a aprimorar a média da espécie, como já se fez com cavalos encontrará o período ideal para sair da prancheta dos cientistas para a vida real. Pessoas selecionadas por suas características genéticas serão empregadas do estado. O funcionalismo público terá uma nova categoria: a dos reprodutores. 09 Este exercício de futurologia foi apresentado seriamente pelo professor do Instituto de Biociências da USP Osvaldo Frota Pessoa, em palestra no colóquio Brasil Alemanha - Ética e Genética, quarta-feira à noite. [...] Nas conferências de segunda e terça, a eugenia foi citada como um perigo 24 das novas tecnologias, uma idéia que não é cientificamente e muito menos eticamente defensável.

(TEIXEIRA, Jerônimo. Brasileiro apresenta a visão do horror. Zero Hora, 6.10.95, p. 5, 2º Caderno)

Questão 07 (UFRGS/96-1) Considere as seguintes afirmações sobre a posição do autor com relação ao assunto de que trata o texto. I. O autor do texto é favorável à eugenia como solução para a futura queda no crescimento demográfico, como indica o primeiro parágrafo. II. O autor trata as idéias do professor Osvaldo Frota-Pessoa com certa ironia, como demonstra o uso da palavra seriamente na linha 09. III. Ao relatar posições contraditórias por parte dos cientistas com relação à eugenia humana, o autor revela que esta é uma concepção controversa. Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III. Questão 08 (UFRGS/96-1) Assinale a alternativa que está de acordo com o texto. (A) Segundo lemos na primeira frase do texto, vivemos num mundo em que o número de pessoas é considerado excessivo. (B) Como se conclui da leitura do primeiro parágrafo, a escolha dos melhores seres humanos para a reprodução, através da eugenia, causará uma queda na população mundial. (C) A partir da leitura do segundo parágrafo do texto, concluímos que a especialidade do professor Frota-Pessoa é a futurologia.

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(D) De acordo com o significado global do último parágrafo, o maior perigo das novas tecnologias é a ética. (E) A eugenia humana, ao tornar os reprodutores candidatos a funcionários públicos, constituirá uma oportunidade de trabalho apenas para homens. Questão 09 (UFRGS/96-1) Considere as seguintes afirmações sobre a eugenia humana: I. O uso restritivo da palavra humana (linha 04), no texto, indica que a palavra eugenia (linha 04) não se refere apenas à reprodução humana, mas à reprodução de qualquer espécie. II. Pelos princípios expostos no texto, o vigor físico e a inteligência serão os critérios de eugenia a partir dos quais será feita a seleção dos melhores exemplares. III. Conforme o texto, a eugenia humana já existe na forma de projeto científico. Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e III. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III. Resolução da Questão 07 Os últimos vestibulares da UFRGS solicitam do aluno este tipo de informação: saber de quem é a opinião. Muitas vezes, como é este o caso, o autor apenas expressa o ponto de vista de outra pessoa. A resposta correta é d. Resolução da Questão 08

A) Resposta Correta: Hoje existe superpopulação.

B) A causa da queda da população não foi revelada no texto.

C) Esta conclusão é falsa. O tal professor fez apenas um exercício de futurologia. Novamente a banca tenta iludir e confundir o vestibulando. Cuidado!

D) Aqui temos uma troca: o maior perigo das novas tecnologias não é a ética, mas sim a eugenia.

E) Em absoluto o texto afirma que são os homens: aborda as pessoas em geral. Além disso, também não faz afirmações sobre o mercado de trabalho.

Resolução da Questão 09

O uso restritivo de humana diz exatamente isto: humana. Logo, não se estende a outras espécies. Resposta Correta: D O peso original volta depois das dietas O corpo humano, mesmo submetido ao sacrifício de uma dieta alimentar rígida, tem tendência a voltar ao peso inicial determinado por um equilíbrio interno, segundo recente estudo realizado por cientistas norte-americanos. Depois do aumento de alguns quilos supérfluos, o metabolismo buscará eliminar o peso excessivo. O corpo dispõe de um equilíbrio que tenta manter seu peso em um nível constante, que varia em função de cada indivíduo. O estudo sugere que conservar o peso do corpo é um fenômeno biológico, não apenas uma atividade voluntária. O corpo ajusta seu metabolismo em resposta a aumentos ou perdas de peso. Dessa forma, depois de cada dieta restrita, o metabolismo queimará menos calorias do que antes. Uma pessoa que perdeu recentemente pouco peso vai consumir menos calorias que uma pessoa do mesmo peso que sempre foi magra. A pesquisa conclui que emagrecer não é impossível, mas muito difícil e requer o consumo do número exato de calorias queimadas. Ou seja, uma alimentação moderada e uma atividade física estável a longo prazo.

(Zero Hora, encarte VIDA, 06/05/1995) Questão 10 (IPA/95-2) Segundo o texto, é correto afirmar: A) Uma dieta alimentar rígida determina o equilíbrio interno do peso corpóreo. B) O equilíbrio interno é um fenômeno biológico. C) Conservar o peso não depende somente da vontade individual. D) O ajuste de peso significa queima de calorias. E) O número exato de calorias queimadas vincula-se a uma dieta. Questão 11 Das opções abaixo, todas podem substituir, sem prejuízo ao texto, a palavra rígida (l. 01), menos A) rigorosa B) austera C) severa D) íntegra E) séria

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Resolução da Questão 10 Antes de mais nada, observe que o texto é um editorial de um caderno de Zero Hora. Portanto, não há um autor em especial declarado.

A) O texto busca exatamente mostrar o contrário. B) Conservar o peso é um fenômeno biológico.

Temos, de novo, uma inversão com o objetivo de confundir o aluno.

C) Resposta Correta: Existem outros fatores. D) Essa afirmação não está no texto. E) O número exato de calorias queimadas

depende de outros fatores. Resolução da Questão 11 Esse tipo de questão é muito comum: ele propõe a substituição de palavras. Em alguns vestibulares, em vez de uma, aparecem três palavras, tornando o exercício mais trabalhoso. A palavra rígida só não pode ser substituída por íntegra , que vem de integridade, honestidade.

Tipologia Textual

DISSERTAÇÃO:

• É a exposição de opiniões fundamentadas em argumentos e raciocínio. Divide-se em introdução (apresenta o assunto de forma direta, sem rodeios), desenvolvimento (mostra dados, idéias, argumentos e exemplos que sustentam a sua posição), e conclusão (fecha o assunto; pode ser na forma de síntese ou sugestões, sem espaço para continuar a discussão).

NARRAÇÃO:

• É discorrer sobre um fato, um acontecimento. Nela predominam os verbos de ação. Os elementos da narração são personagem (quem participa do fato), tempo (momento do fato), ambiente (local), narrador (quem conta: 1a ou 3a pessoa) e enredo (o encadeamento das ações).

DESCRIÇÃO:

• É um “retrato verbal” do que vemos ou sentimos. É difícil encontrar um texto exclusivamente descritivo. Normalmente encontramos trechos descritivos inseridos numa narração ou dissertação.

Saiba Diferenciar COESÃO x COERÊNCIA:

• Coesão : Aspectos formais do texto. São erros de coesão: má concordância, pronomes indevidos e palavras inapropriadas.

• Coerência : Aspectos implícitos do texto (ligados ao sentido textual). Exemplo de erro de coerência: “A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço”.

DENOTAÇÃO x CONOTAÇÃO:

• Denotação : É o sentido real: “Os raios de sol adentraram pela imensa janela”.

• Conotação : É o sentido figurado: “Seu olhar eram raios de sol a iluminar-me”.

PARÁFRASE x PERÍFRASE:

• Paráfrase : É a reescritura do texto, mantendo-se o mesmo significado.

• Perífrase : É a substituição de palavras por expressões que indicam algo de si: “Fui à Cidade Maravilhosa” (=RJ). “O Rei do Futebol chegou” (=Pelé).

SÍNTESE:

Resumo e retomada análise dos principais pontos

abordados nos momentos anteriores, seguidos da

introdução de novos conhecimentos .

Denotação e Conotação

Estes dois conceitos são muito fáceis de entender se lembrarmos que duas partes distintas, mas interdependentes, constituem o signo lingüístico: o significante ou plano da expressão - uma parte perceptível, constituída de sons - e o significado ou plano do conteúdo - a parte inteligível, o conceito. Por isto, numa palavra que ouvimos, percebemos um conjunto de sons ( o significante), que nos faz lembrar de um conceito (o significado).

A denotação é justamente o resultado da união existente entre o significante e o significado, ou entre o plano da expressão e o plano do conteúdo. A conotação resulta do acréscimo de outros significados paralelos ao significado de base da palavra, isto é, um outro plano de conteúdo pode ser combinado ao plano da expressão. Este outro plano de conteúdo reveste-se de impressões, valores afetivos e sociais,

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negativos ou positivos, reações psíquicas que um signo evoca.

Portanto, o sentido conotativo difere de uma cultura para outra, de uma classe social para outra, de uma época a outra. Por exemplo, as palavras senhora, esposa, mulher denotam praticamente a mesma coisa, mas têm conteúdos conotativos diversos, principalmente se pensarmos no prestígio que cada uma delas evoca.

Desta maneira, podemos dizer que os sentidos das palavras compreendem duas ordens: referencial ou denotativa e afetiva ou conotativa .

A palavra tem valor referencial ou denotativo quando é tomada no seu sentido usual ou literal, isto é, naquele que lhe atribuem os dicionários; seu sentido é objetivo, explícito, constante. Ela designa ou denota determinado objeto, referindo-se à realidade palpável.

Denotação é a significação objetiva da palavra; é a palavra em "estado de dicionário"

Além do sentido referencial, literal, cada palavra remete a inúmeros outros sentidos, virtuais, conotativos , que são apenas sugeridos, evocando outras idéias associadas, de ordem abstrata, subjetiva.

Conotação é a significação subjetiva da palavra; oc orre quando a palavra evoca outras realidades por associações que ela pro voca

O quadro abaixo sintetiza as diferenças fundamentais entre denotação e conotação:

DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO

palavra com significação restrita palavra com significação ampla

palavra com sentido comum do dicionário palavra cujos sentidos extrapolam o sentido comum

palavra usada de modo automatizado palavra usada de modo criativo

linguagem comum linguagem rica e expressiva

a) Exemplos de conotação e denotação (textos 1 e 2)

Para exemplificar, de maneira simples e clara, este s dois conceitos, vamos tomar a palavra cão: terá um sentido denotativo qua ndo designar o animal mamífero quadrúpede canino; terá um sentido conotat ivo quando expressar o desprezo que desperta em nós uma pessoa sem caráter ou extremamente servil. (Otto M.Garcia, 1973)

Nas receitas abaixo, as palavras têm, na primeira, um sentido objetivo, explícito, constante; foram usadas denotativamente. Na segunda, apresentam múltiplos sentidos, foram usadas conotativamente. Observa-se que os verbos que ocorrem tanto em uma quanto em outra - dissolver, cortar, juntar, servir, retirar, reservar - são aqueles que costumam ocorrer nas receitas; entretanto, o que faz a diferença são as palavras com as quais os verbos combinam, combinações esperadas no texto 1 , combinações inusitadas no texto 2 .

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TEXTO I

Bolo de arroz

3 xícaras de arroz 1 colher (sopa) de manteiga 1 gema 1 frango 1 cebola picada 1colher (sopa) de molho inglês 1colher (sopa) de farinha de trigo 1 xícara de creme de leite salsa picadinha

Prepare o arroz branco, bem solto. Ao mesmo tempo, faça o frango ao molho, bem temperado e saboroso. Quando pronto, retire os pedaços, desosse e desfie. Reserve. Quando o arroz estiver pronto, junte a gema, a manteiga, coloque numa forma de buraco e leve ao forno. No caldo que sobrou do frango, junte a cebola, o molho inglês, a farinha de trigo e leve ao fogo par a engrossar. Retire do fogo e junte o creme de leite. Vire o arroz, já assado, num prato. Coloque o frango no meio e despeje por cima o molho. Sirva quente.

(Terezinha Terra)

TEXTO II

Receita

Ingredientes

2 conflitos de gerações 4 esperanças perdidas 3 litros de sangue fervido 5 sonhos eróticos 2 canções dos beatles

Modo de preparar

Dissolva os sonhos eróticos nos dois litros de sangue fervido e deixe gelar seu coração.

Leve a mistura ao fogo, adicionando dois conflitos de gerações às esperanças perdidas.

Corte tudo em pedacinhos e repita com as canções dos beatles o mesmo processo usado com os sonhos eróticos, mas desta vez deixe ferver um pouco mais e mexa até dissolver.

Parte do sangue pode ser substituído por suco de groselha, mas os resultados não serão os mesmos.

Sirva o poema simples ou com ilusões. (Nicolas Behr)

b) Exemplo de texto denotativo (texto 3)

Os textos informativos (científicos e jornalísticos) , por serem, em geral, objetivos, prendem-se ao sentido denotativo das palavras. Vejamos o texto abaixo, em que a linguagem está estruturada em expressões comuns, com um sentido único.

Texto 3 - texto técnico-científico

Canibalismo entre insetos

Seres que nascem na cabeça de outros e que consomem progressivamente o corpo destes até aniquilá-los, a o atingir o estágio adulto. ... Esse é um enredo que mais parece de fic ção científica. No entanto, acontece desde a pré-história, tendo como protagonistas as vespas de certas espécies e as paquinhas, e é um ex emplo da curiosa relação dos ‘inimigos naturais’, aproveitada pelo h omem no controle biológico de pragas, para substituir com muitas van tagens os inseticidas químicos.

(Revista Ciência Hoje, nº 104, outubro de 1994, Rio , SBPC)

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c) Exemplo de texto conotativo (texto 4)

Além dos poetas, os humoristas e os publicitários fazem um amplo uso das palavras no seu sentido conotativo , o que contribui para que os anúncios despertem a atenção dos prováveis consumidores e para que o dito humorístico atinja o seu objetivo de fazer rir, às vezes até com uma certa dose de ironia.

Por exemplo, na propaganda de um ‘shopping’, foi usada a seguinte frase:

Texto 4 - propaganda

O Rio Design Center acaba de ganhar um novo piso. Marmoleum

o piso natural (Revista Veja Rio, maio/junho,96)

O anúncio tem aí um duplo sentido, pois transmite duas informações:

1. o Rio Design Center ganhou uma nova loja - PAVIMENTO SUPERIOR -onde estão à venda pisos especiais;

2. nesta loja é possível encontrar o material para piso, importado da Holanda, que se chama Marmoleum.

Na frase que fecha o anúncio, desfaz-se a ambigüidade: "Venha até a (ao invés de o) Pavimento Superior e confira esta e outras novidades de revestimentos para pisos". Mas a frase de abertura faz pensar em outros sentidos: o centro comercial ganhou um novo andar, um novo pavimento, ou ganhou um revestimento novo em todo o seu piso, em todo o seu chão.

d) Exemplo de conotação

Os provérbios ou ditos populares são também um outro exemplo de exploração da linguagem no seu uso conotativo. Assim, "Quem está na chuva é para se molhar" equivale a "/Quando alguém opta por uma determinada experiência, deve assumir todas as regras e conseqüências decorrentes dessa experiência". Do mesmo modo, "Casa de ferreiro, espeto de pau" significa O que a pessoa faz fora de casa, para os outros, não faz em casa, para si mesma.

A respeito de conotação , Othon M. Garcia (1973) observa: "Conotação implica, portanto, em relação à coisa designada, um estado de espírito, uma opinião, um juízo, um sentimento, que variam conforme a experiência, o temperamento, a sensibilidade, a cultura e os hábitos do falante ou ouvinte, do autor ou leitor. Conotação é, assim, uma espécie de emanação semântica, possível graças à

faculdade que nos permite relacionar coisas análogas ou semelhadas. Esse é, em essência, o traço característico do processo metafórico , pois metaforização é conotação".

Paráfrase, Perífrase, Síntese e Resumo

PARÁFRASE Paráfrase é a reprodução explicativa de um texto ou de unidade de um texto, por meio de uma linguagem mais longa. Na paráfrase sempre se conservam

basicamente as idéias do texto original. O que se inclui são comentários, idéias e impressões de quem faz a paráfrase. Na escola, quando o professor, ao comentar um texto, inclui outras idéias, alongando-se em função do propósito de ser mais didático, faz uma paráfrase.

Parafrasear consiste em transcrever, com novas palavras, as idéias centrais de um texto. O leitor deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta e, a partir daí, reafirmar e/ou esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes de uma opinião pessoal ou acercando-se de críticas bem fundamentadas. Portanto, a paráfrase repousa sobre o texto-base, condensando-o de maneira direta e imperativa. Consiste em um excelente exercício de redação, uma vez que desenvolve o poder de síntese, clareza e precisão vocabular. Acrescenta-se o fato de

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possibilitar um diálogo intertextual, recurso muito utilizado para efeito estético na literatura moderna.

Como ler um texto Recomendam-se duas leituras. A primeira chamaremos de leitura vertical e a segunda, de leitura horizontal. Leitura horizontal é a leitura rápida que tem como finalidade o contato inicial com o assunto do texto. De posse desta visão geral, podemos passar para o próximo passo. Leitura vertical consiste em uma leitura mais atenta; é o levantamento dos referenciais do texto-base para a perfeita compreensão. É importante grifar, em cada parágrafo lido, as idéias principais. Após escrever à parte as idéias recolhidas nos grifos, procurando dar uma redação própria, independente das palavras utilizadas pelo autor do texto. A esta etapa, chamaremos de levantamento textual dos referenciais. A redação final é a união destes referenciais, tendo o redator o cuidado especial de unir idéias afins, de acordo com a identidade e evolução do texto-base.

Exemplo de paráfrase Profecias de uma Revolução na Medicina Há séculos, os professores de segundo grau da Sardenha vêm testemunhando um fenômenos curioso. Com a chegada da primavera, em fevereiro, alguns de seus alunos tornam-se apáticos. Nos três meses subseqüentes, sofrem uma baixa em seu rendimento escolar, sentem-se tontos e nauseados, e adormecem na sala de aula. Depois, repentinamente, suas energias retornam. E ficam ativos e saudáveis até o próximo mês de fevereiro. Os professores sardenhos sabem que os adultos também apresentam sintomas semelhantes e que, na realidade, alguns chegam a morrer após urinarem uma grande quantidade de sangue. Por vezes, aproximadamente 35% dos habitantes da ilha chegam a ser acometidos por este mal. O Dr. Marcelo Siniscalco, do Centro de Cancerologia Sloan-Kedttering, em Nova Iorque, e o Dr. Arno G. Motulsky, da Universidade de Washington, depararam pela primeira vez com a doença em 1959, enquanto desenvolviam um estudo sobre padrões de hereditariedade e determinaram que os sardenhos eram vítimas de anemia hemolítica, uma doença hereditária que faz com que os glóbulos vermelhos do sangue se desintegrem no interior dos veios sangüíneos. Os pacientes urinavam sangue porque os rins filtram e expelem a hemoglobina não aproveitada. Se o volume de destruição for mínimo, o resultado será a letargia; se for aguda, a doença poderá acarretar a morte do paciente.

A anemia hemolítica pode ter diversas origens. Mas na Sardenha, as experiências indicam que praticamente todas as pessoas acometidas por este mal têm deficiência de uma única enzima, chamada deidrogenase fosfo-glucosada-6 (ou G-6-PD), que forma um elo de suma importância na corrente de produção de energia para as células vermelhas do sangue.

Mas os sardenhos ficam doentes apenas durante a primavera, o que indica que a falta de G-6-PD da vítima não aciona por si só a doença - que há algo no meio ambiente que tira proveito da deficiência. A deficiência genética pode ser a arma, mas um fator ambiental é quem a dispara. Entre as plantas que desabrocham durante a primavera na Sardenha encontra-se a fava ou feijão italiano - observou o Dr. Siniscalco. Esta planta não tem uma boa reputação desde ao ano 500 a.C. , quando o filósofo grego e reformador político Pitágoras proibiu que seus seguidores a comessem, ou mesmo andassem por entre os campos onde floresciam. Agora, o motivo de tal proibição tornou-se claro; apenas aquelas pessoas que carregam o gene defeituoso e comiam favas cruas ou parcialmente cozidas (ou inspiravam o pólen de uma planta em flor) apresentavam problemas. todos os demais eram imunes. Em dois anos, o Dr. Motusky desenvolveu um teste de sangue simples para medir a presença ou ausência de G-6-PD. Atualmente, os cientistas têm um modo de determinar com exatidão quem está predisposto à doença e quem não está; a enzima hemolítica, os geneticistas começaram a fazer a triagem da população da ilha. Localizaram aqueles em perigo e advertiram-lhes para evitar favas de feijão durante a estação de floração. Como resultado, a incidência de anemia hemolítica e de estudantes apáticos começou a declinar. O uso de marcadores genéticos como instrumento de previsão da reação dos sardenhos à fava de feijão há 20 anos foi uma das primeiras vezes em que os marcadores genéticos eram empregados deste modo; foi um avanço que poderá mudar o aspecto da medicina moderna. Os marcadores genéticos podem prever agora a possível eclosão de outras doenças e, tal como a anemia hemolítica, podem auxiliar os médicos a prevenirem totalmente os ataques em diversos casos. (Zsolt Harsanyi e Richard Hutton, publicado no jornal O Globo).

PERÍFRASE

Observe:

O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente.

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Utilizou-se a expressão "povo lusitano" para substituir "os portugueses". Esse rodeio de palavras que substituiu um nome comum ou próprio chama-se perífrase.

Perífrase é a substituição de um nome comum ou próprio por um expressão que a caracterize. Nada mais é do que um circunlóquio, isto é, um rodeio de palavras.

Outros exemplos:

astro rei (Sol) | última flor do Lácio (língua portuguesa) | Cidade-Luz (Paris) Rainha da Borborema (Campina Grande) | Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro)

Observação: existe também um tipo especial de perífrase que se refere somente a pessoas. Tal figura de estilo é chamada de antonomásia e baseia-se nas qualidades ou ações notórias do indivíduo ou da entidade a que a expressão se refere.

Exemplos:

A rainha do mar (Iemanjá) O poeta dos escravos (Castro Alves) O criador do teatro português (Gil Vicente)

SÍNTESE

A síntese de texto é um tipo especial de composição que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o que o autor expressou amplamente. Desse modo, só devem ser aproveitadas as idéias essenciais, dispensando-se tudo o que for secundário.

Procedimentos:

1. Leia atentamente o texto, a fim de conhecer o assunto e assimilar as idéias principais; 2. Leia novamente o texto, sublinhando as partes mais importantes, ou anotando à parte os pontos que devem ser conservados; 3. Resuma cada parágrafo separadamente, mantendo a seqüência de idéias do texto original; 4. Agora, faça seu próprio resumo, unindo os parágrafos, ou fazendo quaisquer adaptações conforme desejar; 5. Evite copiar partes do texto original. Procure exercitar seu vocabulário. Mantenha, porém, o nível de linguagem do autor; 6. Não se envolva nem participe do texto. Limite-se a sintetizá-lo.

UFPB/89. Sem copiar frases, RESUMIR, o texto abaixo:

O QUINZE

Debaixo de um juazeiro grande, todo um bando de retirantes se arranchara: uma velha, dois homens, uma mulher nova, algumas crianças. O sol, no céu, marcava onze horas. Quando Chico Bento, com seu grupo, apontou na estrada, os homens esfolavam uma rês e as mulheres faziam ferver uma lata de querosene cheia de água, abanando o fogo com um chapéu de palha muito sujo e remendado. Em toda a extensão da vista, nenhuma outra árvore surgia. Só aquele juazeiro, devastado e espinhento, verdejava a copa hospitaleira na desolação cor de cinza da paisagem. Cordulina ofegava de cansaço. A Limpa-Trilho gania e parava, lambendo os pés queimados. Os meninos choramingavam, pedindo de comer. E Chico Bento pensava: – Por que, em menino, a inquietação, o calor, o cansaço, sempre aparecem com o nome de fome? – Mãe, eu queria comer... me dá um taquinho de rapadura! – Ai, pedra do diabo! Topada desgraçada! Papai, vamos comer mais aquele povo, debaixo desse pé de pau? O juazeiro era um só. O vaqueiro também se achou no direito de tomar seu quinhão de abrigo e de frescura. E depois de arriar as trouxas e aliviar a burra, reparou nos vizinhos. A rês estava quase esfolada. A cabeça inchada não tinha chifres. Só dois ocos podres, mal cheirosos, donde escorria uma água purulenta. Encostando-se ao tronco, Chico Bento se dirigiu aos esfoladores: – De que morreu essa novilha, se não é da minha conta? Um dos homens levantou-se, com a faca escorrendo sangue, as mãos tintas de vermelho, um fartum sangrento envolvendo-o todo: – De mal-dos-chifres. Nós já achamos ela doente. E vamos aproveitar, mode não dar para os urubus. Chico Bento cuspiu longe, enojado: – E vosmecês têm coragem de comer isso? Me ripuna só de olhar... O outro explicou calmamente: – Faz dois dias que a gente não bota um de-comer de panela na boca... Chico Bento alargou os braços, num grande gesto de fraternidade: – Por isso não! Aí nas cargas eu tenho um resto de criação salgada que dá para nós. Rebolem essa porqueira pros urubus, que já é deles! Eu vou lá deixar um cristão comer bicho podre de mal, tenho um bocado no meu surrão! Realmente a vaca já fedia, por causa da doença. Toda descarnada, formando um grande bloco sangrento, era uma festa para os urubus vê-la, lá de cima, lá da frieza mesquinha das nuvens. E para comemorar o achado executavam no ar grandes rondas festivas, negrejando as asas pretas em espirais descendentes.

Rachel de Queiroz

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MODELO

Arranchados sob um juazeiro, em meio àquela desolação, um bando de retirantes tentava aproveitar uma vaca já em estado de putrefação, para combater-lhe a fome de dois dias. Quando Chico Bento, com o seu bando, aproxima-se também em busca de abrigo e, compadecendo-se daquela situação, divide com os miseráveis o resto de alimento que trazia, deixando o animal para os urubus.

COMO RESUMIR UM TEXTO Ler não é apenas passar os olhos no texto. É preciso saber tirar dele o que é mais importante, facilitando o trabalho da memória. Saber resumir as idéias expressas em um texto não é difícil. Resumir um texto é reproduzir com poucas palavras aquilo que o autor disse. Para se realizar um bom resumo, são necessárias algumas recomendações: 1. Ler todo o texto para descobrir do que se trata. 2. Reler uma ou mais vezes, sublinhando frases ou palavras importantes. Isto ajuda a identificar. 3. Distinguir os exemplos ou detalhes das idéias principais. 4. Observar as palavras que fazem a ligação entre as

diferentes idéias do texto, também chamadas de conectivos: "por causa de", "assim sendo", "além do mais", "pois", "em decorrência de", "por outro lado", "da mesma forma". 5. Fazer o resumo de cada parágrafo, porque cada um encerra uma idéia diferente. 6. Ler os parágrafos resumidos e observar se há uma estrutura coerente, isto é, se todas as partes estão bem encadeadas e se formam um todo. 7. Num resumo, não se devem comentar as idéias do autor. Deve-se registrar apenas o que ele escreveu, sem usar expressões como "segundo o autor", "o autor afirmou que". 8. O tamanho do resumo pode variar conforme o tipo de assunto abordado. É recomendável que nunca ultrapasse vinte por cento da extensão do texto original. 9. Nos resumos de livros, não devem aparecer diálogos, descrições detalhadas, cenas ou personagens secundárias. Somente as personagens, os ambientes e as ações mais importantes devem ser registrados.

Significação Literal e Contextual de Vocábulos

SINÔNIMOS São palavras que apresentam, entre si, o mesmo significado. triste = melancólico. resgatar = recuperar maciço = compacto ratificar = confirmar digno = decente, honesto reminiscências = lembranças insipiente = ignorante. ANTÔNIMOS São palavras que apresentam, entre si, sentidos opostos, contrários. bom x mau bem x mal condenar x absolver

simplificar x complicar HOMÔNIMOS São palavras iguais na forma e diferentes na significação. Há três tipos de homônimos: HOMÔNIMOS PERFEITOS Têm a mesma grafia e o mesmo som. cedo (advérbio) e cedo (verbo ceder); meio (numeral), meio (adjetivo) e meio (substantivo). HOMÔNIMOS HOMÓFONOS Têm o mesmo som e grafias diferentes.

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sessão (reunião), seção (repartição) e cessão (ato de ceder);

concerto (harmonia) e conserto (remendo).

HOMÔNIMOS HOMÓGRAFOS Têm a mesma grafia e sons diferentes. almoço (refeição) e almoço (verbo almoçar); sede (vontade de beber) e sede (residência). PARÔNIMOS

São palavras de significação diferente, mas de forma parecida, semelhante. retificar e ratificar ; emergir e imergir . Eis uma lista com alguns homônimos e parônimos:

acender = atear fogo ascender = subir acerca de = a respeito de, sobre cerca de = aproximadamente há cerca de = faz aproximadamente, existe aproximadamente, acontece aproximadamente afim = semelhante, com afinidade a fim de = com a finalidade de amoral = indiferente à moral imoral = contra a moral, libertino, devasso apreçar = marcar o preço apressar = acelerar arrear = pôr arreios arriar = abaixar bucho = estômago de ruminantes buxo = arbusto ornamental caçar = abater a caça cassar = anular cela = aposento sela = arreio censo = recenseamento senso = juízo cessão = ato de doar seção ou secção = corte, divisão sessão = reunião chá = bebida xá = título de soberano no Oriente chalé = casa campestre xale = cobertura para os ombros cheque = ordem de pagamento xeque = lance do jogo de xadrez, contratempo comprimento = extensão cumprimento = saudação concertar = harmonizar, combinar consertar = remendar, reparar conjetura = suposição, hipótese conjuntura = situação, circunstância

coser = costurar cozer = cozinhar deferir = conceder diferir = adiar descrição = representação discrição = ato de ser discreto descriminar = inocentar discriminar = diferençar, distinguir despensa = compartimento dispensa = desobrigação despercebido = sem atenção, desatento desapercebido = desprevenido discente = relativo a alunos docente = relativo a professores emergir = vir à tona imergir = mergulhar emigrante = o que sai imigrante = o que entra eminente = nobre, alto, excelente iminente = prestes a acontecer esperto = ativo, inteligente, vivo experto = perito, entendido espiar = olhar sorrateiramente expiar = sofrer pena ou castigo estada = permanência de pessoa estadia = permanência de veículo flagrante = evidente fragrante = aromático fúsil = que se pode fundir fuzil = carabina fusível = resistência de fusibilidade calibrada incerto = duvidoso inserto = inserido, incluso incipiente = iniciante insipiente = ignorante indefesso = incansável indefeso = sem defesa

infligir = aplicar pena ou castigo infringir = transgredir, violar, desrespeitar intemerato = puro, íntegro, incorrupto intimorato = destemido, valente, corajoso intercessão = súplica, rogo interse(c)ção = ponto de encontro de duas linhas laço = laçada lasso = cansado, frouxo ratificar = confirmar retificar = corrigir

soar = produzir som suar = transpirar sortir = abastecer surtir = originar sustar = suspender suster = sustentar tacha = brocha, pequeno prego taxa = tributo tachar = censurar, notar defeito em taxar = estabelecer o preço vultoso = volumoso

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vultuoso = atacado de vultuosidade (congestão na face)

EXERCÍCIOS 1) Assinale a alternativa cujas palavras substituem adequadamente as palavras e expressões destacadas ao lado: Passou-me sem atenção que a sua intenção era estabelecer uma diferença entre os ignorantes e os valentes, corajosos . a) desapercebido - descriminar - incipientes - intemeratos. b) despercebido - discriminar - insipientes - intimoratos. c) despercebido - discriminar - insipientes - intemeratos. D) desapercebido - descriminar - insipientes - intemeratos. e) despercebido - discriminar - incipientes - intimoratos. 2) O apaixonado rapaz ficou extático diante da beleza da noiva. A palavra destacada é sinônima de: a) imóvel b) admirado c) firme d) sem respirar e) indiferente 3) Indique a alternativa errada: a) As pessoas mal-educadas, sempre se dão mal com os outros. b) Os meus ensinamentos foram mal interpretados. c) Vivi maus momentos, naquela época. d) Temos que esclarecer os mau-entendidos. e) Os homens maus sempre prejudicam os bons. 4) os sinônimos de exilado, assustado, sustentar e expulsão são, respectivamente: a) degredado, espavorido, suster e proscrição. b) degradado, esbaforido, sustar e prescrição. c) degredado, espavorido, sustar e proscrição. d) degradado, esbaforido, sustar e proscrição. e) degradado, espavorido, suster e prescrição. 5) Trate de arrumar o aparelho que você quebrou e costurar a roupa que você rasgou, do contrário não saíra de casa nesse final de semana. As palavras destacadas podem ser substituídas por: a) concertar, coser e se não. b) consertar, coser e senão. c) consertar, cozer e senão. d) concertar, cozer e senão.

e) consertar, coser e se não. 6) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase abaixo: Da mesma forma que os italianos e japoneses _________ para o Brasil no século passado, hoje os brasileiros _________ para a Europa e para o Japão, à busca de uma vida melhor; internamente, os nordestinos ________ para o Sul, pelo mesmo motivo. a) imigraram - emigram - migram b) migraram - imigram - emigram c) emigraram - migram - imigram. d) emigraram - imigram - migram. e) imigraram - migram - emigram. 7) Há erro de grafia em: a) Eucláudia trabalha na seção de roupas. b) Hoje haverá uma sessão extraordinária na Câmara de Vereadores. c) O prefeito da cidade resolveu fazer a cessão de seus rendimentos à creche municipal. d) Voto 48ª sessão, da 191ª zona eleitoral. e) Ontem, fui ao cinema na sessão das dez. 8) Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. A ___________ da greve era ________, mas o líder dos trabalhadores iria ___________ o aumento mais uma vez. a) deflagração - eminente - reivindicar. b) defragração - iminente - reinvidicar. c) deflagração - iminente - reivindicar. d) defragração - eminente - reinvindicar. e) defragração - eminente - reivindicar 9) Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. Apesar de _______ em mecânica de automóveis, ele foi _______ de __________, pois não conseguiu diagnosticar o problema no motor do carro do diretor. a) esperto - tachado - incipiente. b) experto - tachado - insipiente. c) experto - taxado - insipiente. d) esperto - taxado - incipiente. e) esperto - taxado - incipiente. 10) Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. O ladrão foi pego em _________, quando tentava levar _______ quantia, devido a uma _______ de

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caminhões bem em frente ao banco. a) flagrante - vultosa - coalizão. b) fragrante - vultuosa - colisão. c) flagrante - vultosa - colisão. d) fragrante - vultuosa - coalizão. e) flagrante - vultuosa - coalizão. 11) Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. O rapaz que se sentiu ____________ pela diretora do colégio fez uma _______ até Brasília para tentar _________ uma pena a ela. a) descriminado - viajem - inflingir. b) discriminado - viagem - infligir. c) discriminado - viajem - infringir. d) descriminado - viagem - infligir.

e) discrimando - viagem - infringir. 12) Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. __________, a verdade _______, e, apesar de todos os protestos dos deputados, o ________ governador ______ os direitos do secretário. a) De repente - emergiu - iminente - cassou. b) Derrepente - imergiu - iminente - caçou. c) De repente - emergiu - eminente - cassou. d) De repente - imergiu - eminente - caçou. e) Derrepente - emergiu - iminente - cassou. Respostas 1) B 2) B 3) D 4) A 5) B 6) A 7) D 8) C 9) D 10) C 11) B 12) C

Pocessos Coesivos de Referência

Coesão e Coerência

Basicamente, ser coerente é não cair em contradição. Na escrita, há meios para se ligar coerentemente os fatos em benefício da harmonia entre as idéias. É isso que os exercícios que propomos pretendem abarcar. São exercícios que levam em conta elementos-chave para garantir a coerência de um texto: conhecimento compartilhado, elementos textuais, elementos do contexto de enunciação, etc. Não é novidade para ninguém: é incoerente (ou parece ser) uma pessoa declarar que detesta jogar futebol e sempre convidar os amigos para uma pelada. Seria coerente, se tal pessoa não gosta de futebol, não convidar seus amigos para jogar bola. É incoerente alguém dizer que devemos ser humildes e essa mesma pessoa ser orgulhosa. Assim é que a coerência pode ser entendida como o fenômeno da harmonia entre as idéias, opiniões. Ou, dito de outra forma, seria um princípio de não contradição. (Se alguém segue uma linha de pensamento, sem sair dela, essa pessoa é coerente; já se esta pessoa não agir conforme suas opiniões, isto parece ser incoerente).

Veja se são coerentes ou incoerentes os pares de fatos relacionados abaixo:

1) gostar de casa arrumada X deixar tudo espalhado 2) gostar de viajar X ficar sempre em casa nas férias 3) considerar que escola é necessário à educação X pôr os filhos na escola 4) ser contra comida enlatada X só comprar ervilha diretamente da horta

Se analisarmos bem o par número 2, incoerente à primeira vista, poderemos facilmente imaginar uma situação na qual a pessoa que goste de viajar não o faça por falta de recursos. Nesse caso, gostar de viajar e ficar em casa durante as férias não se caracterizam como situações que, postas lado a lado, geram incoerência. A incoerência existiria se a pessoa ficasse em casa nas férias porque gosta de viajar... Perceberemos a coerência entre as duas situações do par de número 2 se conhecermos a situação da pessoa que, por falta de recursos, não viaja. Outro modo de percebermos a coerência é através da expressão clara da ligação entre as

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duas situações, que pode se dar por uma palavrinha, a conjunção mas:

Luiz gosta de viajar mas fica sempre em casa nas férias. Ou, explicitando melhor, Luiz gosta de viajar, mas fica sempre em casa nas férias, porque não tem dinheiro para viajar. Pronto: acabou-se a incoerência. Em nosso cotidiano, por vezes, precisamos explicitar as ligações entre fatos, para que os outros percebam que não somos incoerentes. Assim, não é raro usarmos frases como: Gosto dela, mas vou dar o fora. Não vou tomar sorvete, embora goste, porque estou de regime. É bonito ter cabelo comprido, mas uso curto porque não tenho tempo para cuidar. Precisamos de mais um quarto, mas não vamos construí-lo agora porque o dinheiro está curto. É mais rápido ir de moto para o trabalho, mas eu prefiro ir de ônibus porque o trânsito está muito perigoso. Torço para o Flamengo, mas quero que o Vasco ganhe porque não agüento mais a choradeira lá em casa. Se a pessoa com quem falamos sabe que estamos de regime, não é preciso dizer a ela que gostamos de sorvete e lhe explicar que estamos de regime. Basta dizer: “Não vou tomar sorvete”. Se a pessoa sabe que preferimos ir de moto por ser mais rápido, não é preciso fazer a afirmação “É mais rápido ir de moto para o trabalho”, ao lhe informar que não estamos usando a moto para ir até o local de trabalho.

O que percebemos, então?

Percebemos que há situações de interlocução nas quais não precisamos explicitar tudo, mas que há outras nas quais, para não parecermos ilógicos, incoerentes, loucos até, temos necessidade de explicar mais. Se pensarmos na situação do sorvete, temos necessidade de explicar que não tomar sorvete não decorre de gostar muito de sorvete; ao contrário, não tomar sorvete é uma decisão tomada apesar de se gostar muito de sorvete. A noção de coerência , de harmonia entre idéias e fatos, e a noção daí decorrente, que é a de coesão , de ligação entre os fatos, foram consideradas por nós como fundamentais para o bom uso da língua, ao falarmos, conversarmos, escrevermos ou lermos. É verdade que há momentos em que o falante pode querer deixar uma ambigüidade no ar, pode querer provocar um efeito cômico, pode não precisar explicitar a coerência porque a situação já fala por si. Entretanto, se o falante de fato não explicitar a ligação entre os fatos, isso deverá ser por sua opção, e não por falta de conhecimento. Assim, ao que parece, o que se denomina “coesão” seria aquilo que tenta explicitar a coerência, quando ela, em um texto, não pode ser facilmente depreendida. Desta forma, nos textos, os conectivos, que são alguns dos agentes de coesão, representariam a tentativa de explicitação da coerência.

Coordenação e Subordinação

Período Composto Período composto é aquele formado por duas ou mais orações. Há dois tipos de períodos compostos:

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1) Período composto por coordenação Quando as orações não mantêm relação sintática entre si, ou seja, quando o período é formado por orações sintaticamente independentes entre si. Ex. Estive à sua procura, mas não o encontrei. 2) Período composto por subordinação Quando uma oração, chamada subordinada, mantém relação sintática com outra, chamada principal. Ex. Sabemos que eles estudam muito. (oração que funciona como objeto direto) Período Composto por Subordinação A uma oração principal podem relacionar-se sintaticamente três tipos de orações subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais. I. Orações Subordinadas Substantivas São seis as orações subordinadas substantivas, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa integrante (que, se) A) Subjetiva : funciona como sujeito da oração principal. Existem três estruturas de oração principal que se usam com subordinada substantiva subjetiva: verbo de ligação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva. Ex. É necessário que façamos nossos deveres . verbo unipessoal + oração subordinada substantiva subjetiva. Verbo unipessoal só é usado na 3ª pessoa do singular; os mais comuns são convir, constar, parecer, importar, interessar, suceder, acontecer . Ex. Convém que façamos nossos deveres . verbo na voz passiva + oração subordinada substantiva subjetiva. Ex. Foi afirmado que você subornou o guarda . B) Objetiva Direta : funciona como objeto direto da oração principal. (sujeito) + VTD + oração subordinada substantiva objetiva direta. Ex. Todos desejamos que seu futuro seja brilhante . C) Objetiva Indireta : funciona como objeto indireto da oração principal. (sujeito) + VTI + prep. + oração subordinada substantiva objetiva indireta. Ex. Lembro-me de que tu me amavas . D) Completiva Nominal : funciona como complemento nominal de um termo da oração principal. (sujeito) + verbo + termo intransitivo + prep. + oração subordinada substantiva completiva nominal. Ex. Tenho necessidade de que me elogiem . E) Apositiva : funciona como aposto da oração principal; em geral, a oração subordinada substantiva apositiva vem após dois pontos, ou mais raramente, entre vírgulas. oração principal + : + oração subordinada substantiva apositiva.

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Ex. Todos querem o mesmo destino: que atinjamos a felicidade . F) Predicativa : funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligação da oração principal. (sujeito) + VL + oração subordinada substantiva predicativa. Ex. A verdade é que nunca nos satisfazemos com nossas posses . Nota: As subordinadas substantivas podem vir introduzidas por outras palavras: Pronomes interrogativos (quem, que, qual...) Advérbios interrogativos (onde, como, quando...) Perguntou-se quando ele chegaria . Não sei onde coloquei minha carteira . II. Orações Subordinadas Adjetivas As orações subordinadas adjetivas são sempre iniciadas por um pronome relativo. São duas as orações subordinadas adjetivas: A) Restritiva : é aquela que limita, restringe o sentido do substantivo ou pronome a que se refere. A restritiva funciona como adjunto adnominal de um termo da oração principal e não pode ser isolada por vírgulas. Ex. A garota com quem simpatizei está à sua procura. Os alunos cujas redações foram escolhidas receberão um prêmio. B) Explicativa : serve para esclarecer melhor o sentido de um substantivo, explicando mais detalhadamente uma característica geral e própria desse nome. A explicativa funciona como aposto explicativo e é sempre isolada por vírgulas. Ex. Londrina, que é a terceira cidade do região Sul do país , está muito bem cuidada. III. Orações Subordinadas Adverbiais São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa A) Causal : funciona como adjunto adverbial de causa. Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que. Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal . B) Comparativa : funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido Conjunções: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como. Ex. Diocresildo era mais esforçado que o irmão (era). C) Concessiva : funciona como adjunto adverbial de concessão. Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese. Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova . D) Condicional : funciona como adjunto adverbial de condição. Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que. Ex. Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce .

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E) Conformativa : funciona como adjunto adverbial de conformidade. Conjunções: como, conforme, segundo. Ex. Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura . F) Consecutiva : funciona como adjunto adverbial de conseqüência. Conjunções: (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que. Ex. Ele fala tão alto, que não precisa do microfone . G) Temporal : funciona como adjunto adverbial de tempo. Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal. Ex. Fico triste, sempre que vou à casa de Juvenildo . H) Final : funciona como adjunto adverbial de finalidade. Conjunções: a fim de que, para que, porque. Ex. Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam . I) Proporcional : funciona como adjunto adverbial de proporção. Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais. À medida que o tempo passa , mais experientes ficamos. IV. Orações Reduzidas Quando uma oração subordinada se apresenta sem conjunção ou pronome relativo e com o verbo no infinitivo , no particípio ou no gerúndio , dizemos que ela é uma oração reduzida , acrescentando-lhe o nome de infinitivo , de particípio ou de gerúndio . Ex. Ele não precisa de microfone, para o ouvirem . Período Composto por Coordenação Um período composto por coordenação é formado por orações coordenadas, que são orações independentes sintaticamente, ou seja, não há qualquer relação sintática entre as orações do período. Há dois tipos de orações coordenadas: 1. Orações Coordenadas Assindéticas São as orações não iniciadas por conjunção coordenativa. Ex. Chegamos a casa, tiramos a roupa, banhamo-nos, fomos deitar. 2. Orações Coordenadas Sindéticas São cinco as orações coordenadas, que são iniciadas por uma conjunção coordenativa. A) Aditiva : Exprime uma relação de soma, de adição. Conjunções: e, nem, mas também, mas ainda. Ex. Não só reclamava da escola, mas também atenazava os colegas . B) Adversativa : exprime uma idéia contrária à da outra oração, uma oposição. Conjunções: mas, porém, todavia, no entanto, entretanto, contudo. Ex. Sempre foi muito estudioso, no entanto não se adaptava à nova escola .

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C) Alternativa : Exprime idéia de opção, de escolha, de alternância. Conjunções: ou, ou...ou, ora... ora, quer... quer. Estude, ou não sairá nesse sábado . D) Conclusiva : Exprime uma conclusão da idéia contida na outra oração. Conjunções: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois - após o verbo ou entre vírgulas. Ex. Estudou como nunca fizera antes, por isso conseguiu a aprovação . E) Explicativa : Exprime uma explicação. Conjunções: porque, que, pois - antes do verbo. Ex. Conseguiu a aprovação, pois estudou como nunca fizera ant EXERCÍCIOS 1- Na frase " Maria do Carmo tinha certeza de que e stava para ser mãe" a oração em destaque é : a) Subordinada substantiva objetiva indireta b) Subordinada substantiva completiva nominal. c) Subordinada substantiva predicativa. d) Coordenada sindética conclusiva e) Coordenada sindética explicativa 2- Qual o período em que há oração subordinada subs tantiva predicativa ? a) Meu desejo é que você passe nos exames vestibulares. b) Sou favorável a que o aprovem. c) Desejo-te isto que sejas feliz. d) O aluno que estuda consegue superar as dificuldades do vestibular. e) Lembre-se de que tudo passa neste mundo. 3- Marque a opção que contém oração subordinada sub stantiva completiva nominal: a) "Tanto eu como Pascoal tínhamos preço de que o patrão topasse Pedro Barqueiro nas ruas da cidade" b) " Era preciso que ninguém desconfiasse do nosso conluio para prendermos o Pedro Barqueiro." c) "Para encurtar a história patrãozinho achamos Pedro Barqueiro no rancho que só tinha três divisões a sala, o quarto dele e a cozinha." d) " Quando chegamos, Pedro estava no terreiro debulhando milho que havia colhido em sua rocinha ali perto " e) "Pascoal me fez um sinalzinho, eu dei a volta e entrei pela porta do fundo para agarrar o Barqueiro pelas costas" 4- As orações subordinadas substantivas que aparece m nos períodos abaixo são todas subjetivas exceto: a) Decidiu-se que o período subiria de preço. b) É muito bom que o homem vez por outra reflita sobre sua vida. c) Ignoras quanto custou meu relógio? d) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebidos. e) Convinha-nos que você estivesse presente à reunião. 5- Na frase " Argumentei que não é justo que o pade iro ganhe festas" as orações introduzidas pela conjunção que são respectivamente : a) Ambas subordinadas substantivas objetivas diretas b) Ambas subordinadas subjetivas c) Subordinada substantiva objetiva direta e subordinada substantiva subjetiva. d) Subordinada objetiva direta e coordenada assindética . e) Subordinada substantiva objetiva e subordinada substantiva predicativa.

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6- Em " É possível que comunicassem sobre política" a segunda oração é : a) Subordinada substantiva subjetiva. b) Subordinada adverbial predicativa. c) Subordinada substantiva predicativa d) Principal e) Subordinada substantiva objetiva direta. 7- A palavra se é conjunção subordinativa integrant e (introduzindo oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das orações se guintes? a) Ele se morria de ciúmes pelo patrão. b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo. c) O aluno fez-se passar por doutor. d) Precisa-se de pedreiros. e) Não sei se o vinho está bom. 8- " As cunnãs tinham ensinado para ele que o sagüi -açu não era sagüim não, chamava elevador e era uma máquina ." Em relação à oração não destacada as orações em des taque são respectivamente : a) Subordinada substantiva objetiva direta coordenada assindética coordenada sindética aditiva. b) Subordinada adjetiva restritiva coordenada assindética -coordenada sindética aditiva. c) Subordinada substantiva objetiva direta subordinada substantiva objetiva direta coordenada sindética aditiva. d) Subordinada substantiva objetiva direta subordinada substantiva objetiva direta e) Subordinada substantiva subjetiva coordenada assindética coordenada sindética aditiva. 9- " Se ele confessou , não sei." A oração destacad a é: a) Subordinada adverbial temporal b) Subordinada substantiva objetiva direta c) Subordinada substantiva objetiva indireta d) Subordinada substantiva supletiva e) Subordinada substantiva predicativa 10- " A verdade é que a gente não sabia nada" Classifica -se a segunda oração como: a) Subordinada substantiva objetiva direta b) Subordinada adverbial conformativa c) Subordinada substantiva objetiva indireta d) Subordinada substantiva predicativa e) Subordinada substantiva apositiva. 11- Leia atentamente a frase: " O presidente comunicou ao Ministro do Planejament o e ao Ministro da Indústria e Comércio, que não haverá expediente na Segunda-feira próxima. " Nesta frase a vírgula está separando erroneamente a oração principal e a oração: a) Subordinada substantiva objetiva indireta b) Subordinada adverbial temporal c) Coordenada Sindética adversativa d) Subordinada substantiva objetiva direta e) Subordinada substantiva assindética modal. 12- Em " Queria que me ajudasses. " O trecho destacado pode ser substituído por: a) a sua ajuda b) a vossa ajuda

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c) a ajuda de você d) a ajuda deles e) a tua ajuda. 13- " Lembro-me de que ele só usava camisas brancas ." A oração destacada é: a) Subordinada substantiva completiva nominal b) Subordinada substantiva objetiva indireta c) Subordinada substantiva predicativa d) Subordina substantiva subjetiva. e) Subordinada substantiva objetiva direta Respostas 1- B 2- A 3- A 4- C 5- C 6- A 7- E

8- A 9- B 10- D 11- A 12- E 13- C

Estrutura das Palavras

Estudar a estrutura das palavras é estudar os elementos que formam a palavra, denominados de morfemas. São os seguintes os morfemas da Língua Portuguesa. Radical O que contém o sentido básico do vocábulo. Aquilo que permanecer intacto, quando a palavra for modificada. Ex. falar, com er, dorm ir, casa, carr o. Obs: Em se tratando de verbos, descobre-se o radical, retirando-se a terminação AR, ER ou IR. Vogal Temática Nos verbos, são as vogais A, E e I, presentes à terminação verbal. Elas indicam a que conjugação o verbo pertence: • 1ª conjugação = Verbos terminados em AR. • 2ª conjugação = Verbos terminados em ER. • 3ª conjugação = Verbos terminados em IR. Obs.: O verbo pôr pertence à 2ª conjugação, já que proveio do antigo verbo poer . Nos substantivos e adjetivos, são as vogais A, E, I, O e U, no final da palavra, evitando que ela termine em consoante. Por exemplo, nas palavras meia, pente, táxi, couro, urubu . * Cuidado para não confundir vogal temática de substantivo e adjetivo com desinência nominal de gênero, que estudaremos mais à frente. Tema É a junção do radical com a vogal temática . Se não existir a vogal temática, o tema e o radical serão o mesmo elemento; o mesmo acontecerá, quando o radical for terminado em vogal. Por exemplo, em se tratando de verbo, o tema sempre será a soma do radical com a vogal temática - estuda, come, parti ;

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em se tratando de substantivos e adjetivos, nem sempre isso acontecerá. Vejamos alguns exemplos: No substantivo pasta, past é o radical, a, a vogal temática, e pasta o tema; já na palavra leal , o radical e o tema são o mesmo elemento - leal , pois não há vogal temática; e na palavra tatu também, mas agora, porque o radical é terminado pela vogal temática. Desinências É a terminação das palavras, flexionadas ou variáveis, posposta ao radical, com o intuito de modificá-las. Modificamos os verbos, conjugando-os; modificamos os substantivos e os adjetivos em gênero e número. Existem dois tipos de desinências: Desinências verbais Modo-temporais = indicam o tempo e o modo. São quatro as desinências modo-temporais: -va- e -ia-, para o Pretérito Imperfeito do Indicativo = estudava, vendia, partia . -ra-, para o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo = estudara, vendera, partira . -ria- , para o Futuro do Pretérito do Indicativo = estudaria, venderia, partiria . -sse- , para o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo = estudasse, vendesse, partisse . Número-pessoais = indicam a pessoa e o número. São três os grupos das desinências númeropessoais. Grupo I : i, ste, u, mos, stes, ram , para o Pretérito Perfeito do Indicativo = eu cantei, tu cantaste, ele cantou, nós cantamos, vós cantastes, eles canta ram . Grupo II : -, es, -, mos, des, em , para o Infinitivo Pessoal e para o Futuro do Subjuntivo = Era para eu cantar, tu cantares, ele cantar, nós cantarmos, vós cantardes, eles cantarem . Quando eu puser, tu puseres, ele puser, nós pusermos, vós puserdes, eles puserem . Grupo III : -, s, -, mos, is, m , para todos os outros tempos = eu canto, tu cantas, ele canta, nós cantamos, vós cantais, eles cantam . Desinências nominais de gênero = indica o gênero da palavra. A palavra terá desinência nominal de gênero, quando houver a oposição masculino - feminino. Por exemplo: cabeleireiro - cabeleireira . A vogal a será desinência nominal de gênero sempre que indicar o feminino de uma palavra, mesmo que o masculino não seja terminado em o. Por exemplo: crua, ela, traidora . de número = indica o plural da palavra. É a letra s, somente quando indicar o plural da palavra. Por exemplo: cadeiras, pedras, águas . Afixos: São elementos que se juntam a radicais para formar novas palavras. São eles: Prefixo: É o afixo que aparece antes do radical. Por exemplo des tampar, incapaz, amoral. Sufixo: É o afixo que aparece depois do radical, do tema ou do infinitivo. Por exemplo pensamento , acusação , felizmente . Vogais e consoantes de ligação: São vogais e consoantes que surgem entre dois morfemas, para tornar mais fácil e agradável a pronúncia de certas palavras. Por exemplo flores, bambuzal, gasômetro, canais.

Formação das palavras

Para analisar a formação de uma palavra, deve-se procurar a origem dela. Caso seja formada por apenas um radical, diremos que foi formada por derivação ; por dois ou mais radicais, composição . São

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os seguintes os processos de formação de palavras: Derivação: Formação de novas palavras a partir de apenas um radical. Derivação Prefixal Acréscimo de um prefixo à palavra primitiva; também chamado de prefixação . Por exemplo: antepasto, reescrever, in feliz. Derivação Sufixal Acréscimo de um sufixo à palavra primitiva; também chamado de sufixação . Por exemplo: felizmente , igualdade , florescer . Derivação Prefixal e Sufixal Acréscimo de um prefixo e de um sufixo, em tempos diferentes; também chamado de prefixação e sufixação . Por exemplo: in felizmente , des igualdade , reflorescer . Derivação Parassintética Acréscimo de um prefixo e de um sufixo, simultaneamente; também chamado de parassíntese . Por exemplo: envernizar, enrijecer , anoitecer . Obs.: A maneira mais fácil de se estabelecer a diferença entre Derivação Prefixal e Sufixal e Derivação Parassintética é a seguinte: retira-se o prefixo; se a palavra que sobrou existir, será Der. Pref. e Suf.; caso contrário, retira-se, agora, o sufixo; se a palavra que sobrou existir, será Der. Pref. e Suf.; caso contrário, será Der. Parassintética. Por exemplo, retire o prefixo de envernizar: não existe a palavra vernizar; agora, retire o sufixo: também não existe a palavra enverniz. Portanto, a palavra foi formada por Parassíntese. Derivação Regressiva É a retirada da parte final da palavra primitiva, obtendo, por essa redução, a palavra derivada. Por exemplo: do verbo debater , retira-se a desinência de infinitivo -r: formou-se o substantivo debate . Derivação Imprópria É a formação de uma nova palavra pela mudança de classe gramatical. Por exemplo: a palavra gelo é um substantivo, mas pode ser transformada em um adjetivo: camisa gelo . Composição Formação de novas palavras a partir de dois ou mais radicais. Composição por justaposição Na união, os radicais não sofrem qualquer alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os radicais ponta e pé, obtém-se a palavra pontapé . O mesmo ocorre com mandachuva, passatempo, guarda-pó . Composição por aglutinação Na união, pelo menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os radicais água e ardente , obtém-se a palavra aguardente, com o desaparecimento do a. O mesmo acontece com embora (em boa hora), planalto (plano alto). Hibridismo É a formação de novas palavras a partir da união de radicais de idiomas diferentes. Por exemplo: automóvel, sociologia, sambódromo, burocracia .

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Onomatopéia Consiste em criar palavras, tentando imitar sons da natureza. Por exemplo: zunzum, cricri, tiquetaque, pingue-pongue . Abreviação Vocabular Consiste na eliminação de um segmento da palavra, a fim de se obter uma forma mais curta. Por exemplo: de extraordinário forma-se extra ; de telefone , fone ; de fotografia , foto ; de cinematografia , cinema ou cine . Siglas As siglas são formadas pela combinação das letras iniciais de uma seqüência de palavras que constitui um nome: Por exemplo: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano). Neologismo semântico Forma-se uma palavra por neologismo semântico, quando se dá um novo significado, somado ao que já existe. Por exemplo, a palavra legal significa dentro da lei ; a esse significado somamos outro: pessoa boa, pessoa legal . Empréstimo lingüístico É o aportuguesamento de palavras estrangeiras; se a grafia da palavra não se modifica, ela deve ser escrita entre aspas. Por exemplo: estresse, estande, futebol, bife, "show", xampu, "s hopping center" . EXERCÍCIOS Estrutura e Formação de Palavras 1- Os elementos mórficos sublinhados estão corretamente classificados nos parênteses, exceto em: a) aluna (desinência de gênero); b) estudássemos (desinência modo-temporal); c) reanimava (desinência número-pessoal); d) deslealdade (sufixo); e) agitar (vogal temática). 2- Tendo em vista o processo de formação de palavras, não é exemplo de hibridismo: a) automóvel; b) sociologia; c) alcoômetro; d) burocracia; e) biblioteca. 3-(AL) Tendo em vista a estrutura das palavras, o elemento sublinhado está incorretamente classificado nos parênteses em: a) velha (desinência de gênero); b) legalidade (vogal de ligação); c) perdeu (tema); d) organizara (desinência modo-temporal); e) testemunhei (desinência número-pessoal). 4- O processo de formação da palavra sublinhada está incorretamente indicado nos parênteses em:

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a) Só não foi necessário o ataque porque a vitória estava garantida. (derivação parassintética); b) O castigo veio tão logo se receberam as notícias. (derivação regressiva); c) Foram muito infelizes as observações feitas durante o comício. (derivação prefixal); d) Diziam que o vendedor seria capaz de fugir. (derivação sufixal); e) O homem ficou boquiaberto com as nossas respostas. (composição por aglutinação). 5- Tendo em vista o processo de formação de palavra, todos os vocábulos abaixo são parassintéticos, exceto: a) entardecer; b) despedaçar; c) emudecer; d) esfarelar; e) negociar. 6- É exemplo de palavra formada por derivação parassintética: a) pernalta; b) passatempo; c) pontiagudo; d) vidraceiro; e) anoitecer. 7- Todas as palavras abaixo são formadas por derivação, exceto: a) esburacar; b) pontiagudo; c) rouparia; d) ilegível; e) dissílabo. 8- "Achava natural que as gentilezas da esposa chegassem a cativar um homem". Os elementos constitutivos da forma verbal grifada estão analisados corretamente, exceto: a) CHEG - radical; b) A - vogal temática; c) CHEGA - tema; d) SSE - sufixo formador de verbo; e) M - desinência número-pessoal. 9- O elemento mórfico sublinhado não é desinência de gênero, que marca o feminino, em: a) tristonha; b) mestra; c) telefonema; d) perdedoras; e) loba. 10- A afirmativa a respeito do processo de formação de palavras não está correta em: a) Choro e castigo originaram-se de chorar e castigar, através de derivação regressiva; b) Esvoaçar é formada por derivação sufixal com sufixo verbal freqüentativo; c) O amanhã não pode ver ninguém bem. - a palavra sublinhada surgiu por derivação imprópria; d) Petróleo e hidrelétrico são formadas através de composição por aglutinação; e) Pólio, extra e moto são obtidas por redução. 11- O processo de formação de palavras é o mesmo em: a) desfazer, remexer, a desocupação; b) dureza, carpinteiro, o trabalho; c) enterrado, desalmado, entortada; d) machado, arredondado, estragado; e) estragar, o olho, o sustento. 12- O processo de formação da palavra amaciar está corretamente indicado em:

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a) parassíntese; b) sufixação; c) prefixação; d) aglutinação; e) justaposição. 13- O processo de formação das palavras grifadas não está corretamente indicado em: a) As grandes decisões saem do Planalto. (composição por justaposição); b) Sinto saudades do meu bisavô. (derivação prefixal); c) A pesca da baleia deveria ser proibida. (derivação regressiva); d) Procuremos regularmente o dentista. (derivação sufixal); e) As dificuldades de hoje tornam o homem desalmado. (derivação parassintética). 14- O processo de formação de palavras está indicado corretamente em: a) Barbeado: derivação prefixal e sufixal; b) Desconexo: derivação prefixal; c) Enrijecer: derivação sufixal; d) Passatempo: composição por aglutinação; e) Pernilongo: composição por justaposição. 15- Apenas um dos itens abaixo contém palavra que não é formada por prefixação. Assinale-o: a) anômalo e analfabeto; b) átono e acéfalo; c) ateu e anarquia; d) anônimo e anêmico; e) anidro e alma. 16- Em que alternativa a palavra grifada resulta em derivação imprópria? a) "De repente, do riso fez-se o pranto / Silencioso e branco como a bruma / E das bocas fez-se a espuma / E das mãos espalmadas fez-se o espanto." (Vinícius de Moraes); b) "Agora, o cheiro áspero das flores / leva-me os olhos por dentro de suas pétalas."(Cecília Meireles); c) "Um gosto de amora / Comida com sal. A vida / Chamava-se "Agora"." (Guilherme de Almeida); d) "A saudade abraçou-me, tão sincera, / soluçando no adeus de nunca mais. / A ambição de olhar verde, junto ao cais, / me disse: vai que eu fico à tua espera." (Cassiano Ricardo). 17- Marque a opção em que todas as palavras possuem um mesmo radical: a) batista - batismo - batistério - batisfera - batiscafo; b) triforme - triângulo - tricologia - tricípite - triglota; c) poligamia - poliglota - polígono - política - polinésio; d) operário - opereta - opúsculo - obra - operação; e) gineceu - ginecologia - ginecofobia - ginostênio - gimnosperma. 18- Com relação ao seguinte poema, é CORRETO afirmar que: Neologismo "Beijo pouco, falo menos ainda. / Mas invento palavras / Que traduzem a ternura mais funda / E mais cotidiana. / Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. / Intransitivo: / Teadoro, Teodora." (Manuel Bandeira) a) o verbo "teadorar" e o substantivo próprio "Teodora" são palavras cognatas, pois possuem o mesmo radical; b) as classes das palavras que compõem a estrutura do vocábulo "teadorar" são pronome e verbo; c) o verbo "teadorar", por se tratar de um neologismo, não possui morfemas; d) a vogal temática dos verbos "beijo", "falo", "invento" e "teadoro" é a mesma, ou seja, "o". 19- Está INCORRETO afirmar que: a) malcheiroso é formada por prefixação e sufixação;

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b) televisão é formada por prefixação que significa ao longe; c) folhagem é formada por derivação sufixal que significa noção coletiva; d) em amado e malcheiroso, ambos os sufixos significam provido ou cheio de. 20- Farejando apresenta em sua estrutura: a) radical farej - vogal temática a - tema fareja - desinência ndo; b) radical far - tema farej - vogal temática e - desinência ndo; c) radical fareja - vogal temática a - sufixo ndo; d) tema farej - radical fareja - sufixo ndo. Respostas 1- C 2- E 3- C 4- A 5- E 6- E

7- B 8- D 9- C 10- B 11- C 12- A

13- A 14- B 15- E 16- D 17- D 18- B

19- B 20- A

Ortografia

Ao escrever uma palavra com som de s, de z, de x ou de j, deve-se procurar a origem dela, pois, na Língua Portuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como deveremos escrever a palavra derivada. Ç 01) Escreveremos com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to , -tor , -tivo e os substantivos formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo (Tema é o que sobra, quando se retira a desinência de infinitivo - r - do verbo). Portanto deve-se procurar a origem da palavra terminada em -ção . Por exemplo: Donde provém a palavra conjunção ? Resposta: provém de conjunto . Por isso, escrevemo-la com ç. Exemplos: • erudito = erudição • exceto = exceção • setor = seção • intuitivo = intuição • redator = redação • ereto = ereção • educar - r + ção = educação • exportar - r + ção = exportação • repartir - r + ção = repartição • 02) Escreveremos com -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter . Exemplos: • manter = manutenção • reter = retenção • deter = detenção • conter = contenção 03) Escreveremos com -çar os verbos derivados de substantivos terminados em -ce.

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Exemplos: • alcance = alcançar • lance = lançar S 01) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -nder e -ndir Exemplos: • pretender = pretensão • defender = defesa, defensivo • despender = despesa • compreender = compreensão • fundir = fusão • expandir = expansão 02) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -erter , -ertir e -ergir . Exemplos: • perverter = perversão • converter = conversão • reverter = reversão • divertir = diversão • aspergir = aspersão • imergir = imersão 03) Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de verbos terminados em -pelir e -curs- , nas palavras derivadas de verbos terminados em -correr . Exemplos: • expelir = expulsão • impelir = impulso • compelir = compulsório • concorrer = concurso • discorrer = discurso • percorrer = percurso 04) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -oso e -osa , com exceção de gozo . Exemplos: • gostosa • glamorosa • saboroso • horroroso 05) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, com exceção de gaze e deslize . Exemplos: • fase • crase • tese • osmose

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06) Escreveremos com -s- as palavras femininas terminadas em -isa . Exemplos: • poetisa • profetisa • Heloísa • Marisa 07) Escreveremos com -s- toda a conjugação dos verbos pôr , querer e usar . Exemplos: • Eu pus • Ele quis • Nós usamos • Eles quiseram • Quando nós quisermos • Se eles usassem Ç ou S? Após ditongo , escreveremos com -ç-, quando houver som de s, e escreveremos com -s-, quando houver som de z. Exemplos: • eleição • traição • Neusa • coisa S ou Z? 01 a) Escreveremos com -s- as palavras terminadas em -ês e -esa que indicarem nacionalidades , títulos ou nomes próprios . Exemplos: • português • norueguesa • marquês • duquesa • Inês • Teresa b) Escreveremos com -z- as palavras terminadas em -ez e -eza, substantivos abstratos que provêm de adjetivos , ou seja, palavras que indicam a existência de uma qualidade . Exemplos: • embriaguez • limpeza • lucidez • nobreza • acidez

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• pobreza 02 a) Escreveremos com -s- os verbos terminados em -isar , quando a palavra primitiva já possuir o -s- . Exemplos: • análise = analisar • pesquisa = pesquisar • paralisia = paralisar b) Escreveremos com -z- os verbos terminados em -izar , quando a palavra primitiva não possuir -s-. Exemplos: • economia = economizar • terror = aterrorizar • frágil = fragilizar Cuidado: • catequese = catequizar • síntese = sintetizar • hipnose = hipnotizar • batismo = batizar 03 a) Escreveremos com -s- os diminutivos terminados em -sinho e -sito , quando a palavra primitiva já possuir o -s- no final do radical. Exemplos: • casinha • asinha • portuguesinho • camponesinha • Teresinha • Inesita b) Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em -zinho e -zito , quando a palavra primitiva não possuir -s- no final do radical. Exemplos: • mulherzinha • arvorezinha • alemãozinho • aviãozinho • pincelzinho • corzinha SS 01) Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de verbos terminados em -ceder . Exemplos: • anteceder = antecessor • exceder = excesso • conceder = concessão 02) Escreveremos com -press- as palavras derivadas de verbos terminados em -primir .

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Exemplos: • imprimir = impressão • comprimir = compressa • deprimir = depressivo 03) Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de verbos terminados em -gredir . Exemplos: • agredir = agressão • progredir = progresso • transgredir = transgressor 04) Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras derivadas de verbos terminados em -meter . Exemplos: • comprometer = compromisso • intrometer = intromissão • prometer = promessa • remeter = remessa ÇS ou SS Em relação ao verbos terminados em -tir , teremos: 01) Escreveremos com -ção , se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir. Exemplo: • curtir - r + ção = curtição 02) Escreveremos com -são , quando, ao retirarmos toda a terminação -tir , a última letra for consoante. Exemplo: • divertir - tir + são = diversão 03) Escreveremos com -ssão , quando, ao retirarmos toda a terminação -tir , a última letra for vogal. Exemplo: • discutir - tir + ssão = discussão J 01) Escreveremos com -j- as palavras derivadas dos verbos terminados em -jar . Exemplos: • trajar = traje, eu trajei. • encorajar = que eles encorajem • viajar = que eles viajem 02) Escreveremos com -j- as palavras derivadas de vocábulos terminados em -ja.

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Exemplos: • loja = lojista • gorja = gorjeta • canja = canjica 03) Escreveremos com -j- as palavras de origem tupi , africana ou popular . Exemplos: • jeca • jibóia • jiló • pajé G 01) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio . Exemplos: • pedágio • colégio • sacrilégio • prestígio • relógio • refúgio 02) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -gem , com exceção de pajem , lambujem e a conjugação dos verbos terminados em -jar . Exemplos: • a viagem • a coragem • a personagem • a vernissagem • a ferrugem • a penugem X 01) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por mex- , com exceção de mecha . Exemplos: • mexilhão • mexer • mexerica • México • mexerico • mexido 02) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx- , com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da palavra enchova. Exemplos: • enxada • enxerto • enxerido

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• enxurrada mas: • cheio = encher, enchente • charco = encharcar • chiqueiro = enchiqueirar 03) Escreveremos -x- após ditongo, com exceção de recauchutar e guache . Exemplos: • ameixa • deixar • queixa • feixe • peixe • gueixa UIR e OER Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo escritas com -i-. Exemplos: • tu possuis • ele possui • tu constróis • ele constrói • tu móis • ele mói • tu róis • ele rói UAR e OAR Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escritas com -e- . Exemplos: • Que eu efetue • Que tu efetues • Que ele atenue • Que nós atenuemos • Que vós entoeis • Que eles entoem EXERCÍCIOS Para as perguntas de 01 a 17: Assinale a alternativa em que todos os vocábulos estejam grafados corretamente: 01) X ou CH: a) xingar, xisto, enxaqueca b) mochila, flexa, mexilhão c) cachumba, mecha, enchurrada d) encharcado, echertado, enxotado 02) E ou I:

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a) femenino, sequer, periquito b) impecilho, mimeógrafo, digladiar c) intimorato, discrição privilégio d) penico, despêndio , selvícola 03) S ou Z: a) ananás, logaz, vorás, lilaz b) maciez, altivez, pequenez, tez c) clareza, duqueza, princesa, rez d) guizo, granizo siso, rizo 04) G ou J: a) sarjeta, argila b) pajem, monje c) tigela lage d) gesto, geito 05) SS, C, Ç: a) massiço, sucinto b) à beça, craço c) procissão, pretencioso d) assessoria, possessão 06) O ou U: a) muela, bulir, taboada b) borbulhar, mágoa, regurgitar c) cortume, goela, tabuleta d) entupir, tussir, polir 07) S ou Z: a) rês, extaziar b) ourivez, cutizar c) bazar, azia d) induzir, tranzir 08) X ou CH: a) michórdia, ancho b) archote, faxada c) tocha, coxilo d) xenofobia, chilique 9) SS ou Ç: a) endosso, alvíssaras, grassar b) lassidão, palissada, massapê c) chalassa, escasso, massarico d) arruassa, obsessão, sossobrar 10) X ou CH: a) chafariz, pixe pecha b) xeque, salsixa, esquixo c) xuxu, puxar, coxixar d) muxoxo, chispa, xangô

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11) G ou J: a) agiota, beringela, canjica b) jeito, algibeira, tigela c) estranjeiro, gorjeito, jibóia d) enjeitar, magestade, gíria 12) X ou CH: a) flexa, bexiga, enxarcar b) mexerico, bruxelear, chilique c) faixa, xalé, chaminé d) charque, chachim, caximbo

13) S ou Z: a) aridez, pesquizar, catalizar b) abalizado, escassez, clareza c) esperteza, hipnotisar, deslise d) atroz, obuz, paralização

14) G ou J: a) monje tijela lojista ultraje b) anjinho, rijidez, angina jia c) herege, frege, pajé, jerimum d) rabujento, rigeza, goló, jesto

15) Ortografia: a) ascensão, expontâneo, privilégio b) encher, enxame, froucho richa c) berinjela, traje, vagem, azia d) cincoenta, catorze, aziago, asa

16) S, SS, Ç, C, SC: a) assédio, discente, suscinto b) oscilar, mesce, néscio, lascivo c) víscera, fascinar, discernir d) ascenção, ressuscitar, suscitar

17) S ou Z: a) atrazo, paralizar, reprezália b) balisa, bazar, aprazível, frizo c) apoteoze, briza, gaze, griz d) espezinhar, cerzir, proeza, paz

Respostas Sobre Ortografia: 01. A 02. C 03. B 04. A 05. D

06. B 07. C 08. D 09. A 10. D

11. B 12. B 13. B 14. C 15. C

16. C 17. D

Pontuação Vírgula (,) Emprego da vírgula no período simples Quando se trata de separar termos de uma mesma oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos: 1. Para isolar adjuntos adverbiais deslocados : Ex. A maioria dos alunos, durante as férias , viajam. 2. Para isolar os objetos pleonásticos : Ex. Os meus amigos , sempre os respeito. 3. Para isolar o aposto explicativo: Ex. Londrina, a terceira cidade do Sul do Brasil , é aprazibilíssima.

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4. Para isolar o vocativo: Ex. Alberto ! Traga minhas calças até aqui! 5. para separar elementos coordenados: Ex. As crianças, os pais, os professores e os diretores irão ao convescote. 6. Para indicar a elipse do verbo: Ex. Ela prefere filmes românticos; o namorado, de aventura. (o namorado prefere filmes de aventura) 7. Para separar, nas datas, o lugar: Ex. Londrina, 20 de novembro de 1996. 8. Para isolar conjunção coordenativa intercalada: Ex. Os candidatos, porém, não respeitaram a lei. 9. Para isolar as expressões explicativas isto é, a saber, melhor dizendo, quer dizer... Ex. Irei para Águas de Santa Brárbara, melhor dizendo, Bárbara. Emprego da vírgula no período composto Período composto por coordenação : as orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. Ex. Todos gostamos de seus projetos, no entanto não há verbas para viabilizá-los Nota: as orações coordenadas aditivas iniciadas pela conjunção e só terão vírgula, quando os sujeitos forem diferentes e quando o e aparecer repetido. Ex. Ela irá no primeiro avião, e seus filhos no próximo. Ele gritava, e pulava, e gesticulava como um louco. Período composto por subordinação Orações subordinadas substantivas : não se separam por vírgula. Ex. É evidente que o culpado é o mordomo. Orações subordinadas adjetivas: só a explicativa é separada por vírgula. Ex. Londrina, que é a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima. Orações subordinadas adverbiais: sempre se separam por vírgula. Ex. Assim que chegarem as encomendas, começaremos a trabalhar. Ponto-e-vírgula (;) O ponto-e-vírgula indica uma pausa um pouco mais longa que a vírgula e um pouco mais breve que o ponto. O emprego do ponto-e-vírgula depende muito do contexto em que ele aparece. Podem-se seguir as seguintes orientações para empregar o ponto-e-vírgula: Para separar duas orações coordenadas que já conten ham vírgulas: Ex. Estive a pensar, durante toda a noite, em Diana, minha antiga namorada; no entanto, desde o último verão, estamos sem nos ver. Para separar duas orações coordenadas, quando elas são longas: Ex. O diretor e a coordenadora já avisaram a todos os alunos que não serão permitidas brincadeiras durante o intervalo nos corredores; porém alguns alunos ignoram essa ordem. Para separar enumeração após dois pontos:

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Ex. Os alunos devem respeitar as seguintes regras: - não fumar dentro do colégio; - não fazer algazarras na hora do intervalo; - respeitar os funcionários e os colegas; - trazer sempre o material escolar. Dois-pontos (:) Deve-se empregar esse sinal: Para iniciar uma enumeração: Ex. Compramos para a casa o seguinte: mesa, cadeiras, tapetes e sofás. Para introduzir a fala de uma personagem: Ex. Sempre que o professor Luís entra em sala-de-aula diz: __ Essa moleza vai acabar! Para esclarecer ou concluir algo que já foi dito: Ex. Essa moleza vai acabar!: essas são as palavras do professor Luís. Reticências ( ... ) As reticências são empregadas: Para indicar uma certa indecisão, surpresa ou dúvid a na fala da personagem: Ex. João Antônio! Diga-me... você... me traiu? Para indicar que, num diálogo, a fala de uma person agem foi interrompida pela fala da outra: Ex. __ Como todos já deram sua opinião... __ Um momento, presidente, ainda tenho um assunto a tratar. Para sugerir ao leitor que complete o raciocínio co ntido na frase: Ex. Durante o ano ficou claro que o aluno que não atingisse 150 pontos seria reprovado; você atingiu 145, portanto... Para indicar, numa citação, que certos trechos do t exto foram exclusos: Ex. "No momento em que a tia foi pagar a conta, Joana pegou o livro..." (Clarice Lispector)

Exercícios Código: 01) palavra repetida 02) termos antepostos (quando repetidos pleonasticamente) 03) adjunto adverbial deslocado 04) oração coordenada assindética 05) orações coord. sind. aditivas com sujeitos diferentes; 06) oração interferente 07) vocativo 08) conjunção deslocada 09) oração subordinada adjetiva explicativa 10) zeugma 11) aposto 12) predicativo 13) expressão explicativa, conclusiva, retificativa, enfática... 14) termo coordenados 15) data 16) oração coordenada sindética

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17) polissíndeto 18) oração subordinada adverbial deslocada 19) idéias paralelas dos provérbios 01) ( ) Possuía lavouras de trigo linho arroz e soja 02) ( ) Roda meu carro que é curto o caminho 03) ( ) Bem-vindo sejas aos campos do tabajaras senhores da aldeia 04) ( ) O aluno enlouquecido queria decorar toda as regras 05) ( ) Em suma o concurso foi fraco e as vagas poucas 06) ( ) O coitadinho era feio feio... 07) ( ) Vitória 10 de março de 1999 08) ( ) Ganhamos pouco; devemos portanto economizar 09) ( ) O dinheiro nós o trazíamos preso ao corpo 10) ( ) Amanhã de manhã o Presidente viajará para a Bósnia 11) ( ) Ele fez o mar e o céu e a terra e tudo quanto há neles 12) ( ) Casa de ferreiro espeto de pau 13) ( ) A mocinha olhou sorriu e piscou os olhinhos e entrou 14) ( ) A noite não acabava e a insônia a encompridou mais ainda 15) ( ) O sinal estava fechado porém os carros não pararam 16) ( ) Quanto mais se agitava mais preso à rede ficava 17) ( ) A riqueza que é flor belíssima causa luto e tristeza 18) ( ) Venham gritavam as crianças ver nossos brinquedos 19) ( ) Uns diziam que se matou; outros que fora para Goiás 20) Assinale a letra que corresponde ao único período de pontuação correta a) Pouco depois, quando chegaram, outras pessoas a reunião ficou mais animada b) Pouco depois quando chagaram outras pessoas a reunião ficou mais animada c) Pouco depois, quando chegaram outras pessoa, a reunião ficou mais animada d) Pouco depois quando chegaram outras pessoas, a reunião ficou mais animada 21) Idem ao anterior: a) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefone, que eu venho b) Precisando de mim procure-me; ou melhor telefone, que eu venho c) Precisando de mim procure-me, ou, telefone, melhor que eu venho d) Precisando, de mim, telefone-me, ou melhor, procure-me que eu venho 22) Assinale a pontuação errada: a) Falei com ele com tanta segurança, que nem discordou de mim. b) Porque falei com ela, para mim não há mais dúvidas c) Falei com ela que eu, estaria aqui cedo hoje se tudo corresse bem d) Falei ao chefe que, se o plano corresse bem, estaríamos salvos 23) Dadas as sentenças: 1. Quase todos os habitantes daquela região pantanosa e afastada da civilização morrem de malária 2. Pedra, que rola, não cria limo 3. Muitas pessoas observavam com interesse, o eclipse solar - Deduzimos que: a) apenas a nº 1 está correta b) apenas a nº 2 está correta c) apenas a nº 3 está correta d) todas estão corretas Para as questões de 24 a 36, assinale o único item correto em relação à pontuação: 24) Correto: a) Não nego que, ao avistar, a cidade natal tive uma boa sensação

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b) Não nego, que ao avistar a cidade natal tive, uma boa sensação c) Não nego; que ao avistar a cidade natal, tive uma boa sensação d) Todos estão incorretos 25) Correto: a) Os rapazes continuaram a bradar e a rir, e, Rubião foi andando, com o mesmo coro atrás de si b) Os rapazes continuaram a bradar, e a rir, e Rubião foi andando, com o mesmo coro, atrás de si c) Os rapazes continuaram a bradar e a rir, e Rubião foi andando com o mesmo coro atrás de si d) Todos estão incorretos

26) Correto: a) A dor suspendeu por um pouco, as tenazes; um sorriso alumiou o rosto da enferma, sobre o qual, a morte batia a asa eterna b) A dor suspendeu por um pouco as tenazes; um sorriso alumiou o rosto da enferma, sobre o qual a morte batia a asa eterna c) A dor suspendeu por um pouco, as tenazes, um sorriso alumiou o rosto da enferma; sobre o qual a morte batia a asa eterna d) Todos estão corretos 27) Correto: a) Longa, foi a agonia longa e cruel, de uma crueldade minuciosa, fria, repisada; que me encheu de dor e estupefação. Era a primeira vez, que eu via morrer alguém b) Longa foi a agonia, longa e cruel, de uma crueldade minuciosa; fria; repisada; que me encheu de dor e estupefação. Era a primeira vez que eu via morrer alguém c) Longa foi a agonia, longa e cruel, de uma crueldade minuciosa, fria, repisada, que me encheu de dor e estupefação. Era a primeira vez que eu via morrer alguém d) Todas estão incorretas 28) Correto: a) Chegando à vila, tive a má notícia do coronel. Era homem insuportável, estúrdio, exigente, ninguém o aturava, nem os próprios amigos b) Chegando à vila tive más notícias do coronel,. Era homem insuportável, estúrdio, exigente, ninguém o aturava, nem os próprios amigos c) Chegando à vila, tive más notícias do coronel. Era homem insuportável; estúrdio; exigente; ninguém o aturava; nem os próprios amigos d) Todos estão corretos 29) Assinale o item correto: a) Ouvimos passos no corredor, era D. Fortunata. Capitu compôs-se depressa; tão depressa que, quando a mãe apontou à porta, ela abanava a cabeça e ria b) Ouvimos passos no corredor; era D. Fortunata. Capitu, compôs-se depressa, tão depressa, que quando a mãe apontou à porta, ela abanava a cabeça e ria c) Ouvimos passos no corredor; era D. Fortunata. Capitu compôs-se depressa, tão depressa que: quando a mãe apontou à porta, ela abanava a cabeça e ria d) Todos estão corretos. 30) Assinale o item correto: a) Começou porém, um resumo. No fim de dez minutos, a comadre não entendia nada, tão desconcertados eram os fatos e os conceitos; mais cinco minutos; entrou a sentir medo b) Começou, porém, um resumo. No fim de dez minutos, a comadre não entendia nada, tão

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desconcertados eram os fatos e os conceitos; mais cinco minutos, entrou a sentir medo c) Começou, porém, um resumo. No fim, de dez minutos, a comadre não entendia nada; tão desconcertados eram os fatos e os conceitos, mais cinco minutos, entrou, a sentir medo d) Todos estão incorretos 31) Assinale o item correto: a) A cara, ficou séria porque a morte é séria,; dois minutos de agonia, um trejeito horrível, e estava assinada a abdicação b) A cara ficou séria: porque a morte é séria; dois minutos de agonia, um trejeito horrível, e estava assinada a abdicação c) A cara ficou séria, porque a morte é séria; dois minutos de agonia, um trejeito horrível, e estava assinada a abdicação d) Todos estão corretos 32) Assinale o item incorreto: a) Tudo era matéria às curiosidades de Capitu. Caso houve, porém, no qual não sei se aprendeu ou ensinou, ou se fez ambas as coisas, como eu. b) Tudo era matéria às curiosidades de Capitu. Caso houve, porém, no qual não sei se aprendeu, ou ensinou, ou se fez ambas as coisas como eu. c) Tudo era matéria às curiosidades de Capitu. Caso houve porém, no qual não sei, se aprendeu ou ensinou, ou se fez ambas as coisas como eu. d) Todos estão incorretos 33) Assinale o item correto: a) A primeira idéia foi retirar-me logo cedo, a pretexto de ter meu irmão doente; e, na verdade, recebera carta dele, alguns dias antes, dizendo-me que se sentia mal. b) A primeira idéia foi retirar-me, logo cedo, a pretexto de ter meu irmão doente; e na verdade recebera carta dele, alguns dias antes, dizendo-me, que se sentia mal. c) A primeira idéia, foi retirar-me logo cedo, a pretexto de ter meu irmão doente, e, na verdade recebera carta dele, alguns dias antes, dizendo-me que se sentia mal. d) Todos estão incorretos Para as questões de 983 a 985, assinale o item correto em relação ao emprego dos sinais de pontuação. 34) Correto: a) Um jornal, é lido por muita gente, em muitos lugares; o que ele diz precisa interessar, se não a todos, pelo menos a certo número de pessoas. b) Um jornal é lido por muita gente em muitos lugares, o que ele diz, precisa interessar se não a todos pelo menos a certo número de pessoas. c) Um jornal é lido por muita gente, em muitos lugares; o que ele diz precisa interessar, se não a todos, pelo menos a certo número de pessoas. d) Todos estão incorretos 35) Está correto: a) Salta o primeiro espirro mais outro; outro mais, com a picada leve na garganta, e corre à farmácia, para tomar a injeção antigripal; que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar b) Salta o primeiro espirro, mais outro; outro mais, com a picada leve na garganta, e corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar c) Salta o primeiro espirro, mais outro; outro mais; com a picada leve na garganta e você corre à farmácia, para tomar a injeção antigripal, que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar d) Todos estão incorretos 36) Assinale o item correto:

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a) As mães ensinam que é feio escutar conversa dos outros; mas, com os coletivos entupidos de gente, somos forçados a isso; e acabamos nos interessando, pelo que não é de nossa conta b) As mães ensinam, que é feio escutar conversa de outros; mas com os coletivos entupidos de gente, somos forçados a isso, e acabamos nos interessando pelo que não é de nossa conta c) As mães ensinam que é feio escutar conversa de outros; mas, com os coletivos entupidos de gente, somos forçados a isso, e acabamos nos interessando pelo que não é de nossa conta d) Todos estão corretos 37) Em um dos períodos abaixo, há uma vírgula usada erradamente no lugar do ponto-e-vírgula. Assinale-o: a) Avançamos pela praia, que já não era como a outra. Os pés afundavam na arei fofa, canavial não se via, só coqueiro b) As crianças estavam alvoraçadas e correram para o jardim, o palhaço já tinha chegado e, alegremente, pusera-se a cantar. c) Às vezes, eu quero chamar sua atenção para esse problema, ele, porém, não permite que se toque no assunto d) Sempre fiel a seus princípios, o velho indígena recusou a ajuda dos missionários, convocou os guerreiros e decidiram partir dali. 38) Assinale a alternativa em que a Segunda frase não corrige adequadamente a primeira: a) 1.A Volkswgen do Brasil está concedendo férias coletivas, de vinte dias a funcionários de suas fábricas. 2. A Volkswgen do Brasil está concedendo férias coletivas de vinte dias a funcionários de suas fábricas. b) 1. A Academia de Artes e Ciências Cinematográfica de Hollywood adiou para hoje à noite, a cerimônia de entrega dos prêmios Oscar 2.A Academia de Artes e Ciências Cinematográfica de Hollywood, adiou para hoje à noite, a cerimônia de entrega dos prêmios Oscar c) 1. A entidade internacional promove a cada dois anos, um congresso 2.A entidade internacional promove, a cada dois anos, um congresso d) 1. Os soldados da Polícia Militar da Bahia, voltam hoje aos quartéis. 2.Os soldados da Polícia Militar da Bahia voltam hoje aos quartéis 39) Assinale a alternativa em que a Segunda alternativa esteja corretamente pontuada: a) 1. Samuel beija a mão da dama com uma elegância perfeita 2. Com uma elegância perfeita, Samuel, beija a mão da dama. b) 1. Um verdadeiro tesouro foi encontrado no cofre de um banco em Paris. 2. No cofre de um banco em Paris foi encontrado um verdadeiro tesouro c) 1. O Brasil conseguiu uma Segunda vitória nos bastidores do Mundial 2. O Brasil conseguiu, nos bastidores do Mundial uma Segunda vitória d) 1. Os estudantes explicaram o motivo do protesto durante a reunião. 2. Durante a reunião, os estudantes explicaram o motivo do protesto Respostas Sobre Pontuação 01) (14) 02) (07) 03) (11) 04) (12) 05) (13) 06) (01) 07) (15) 08) (08)

09) (02) 10) (03) 11) (17) 12) (19) 13) (04) 14) (05) 15) (16) 16) (18)

17) (09) 18) (06) 19) (10) 20) C 21) A 22) C 23) A 24) D

25) C 26) B 27) C 28) A 29) A 30) B

31) B 32) C 33) A

34) C 35) D 36) C

37) C 38) B 39) D

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Concordância Verbal

Estudar a concordância verbal é, basicamente, estudar o sujeito, pois é com este que o verbo concorda. Se o sujeito estiver no singular, o verbo também o estará; se o sujeito estiver no plural, o mesmo acontece com o verbo. Então, para saber se o verbo deve ficar no singular ou no plural, deve-se procurar o sujeito, perguntando ao verbo Que(m) é que pratica ou sofre a ação? ou Que(m) é q ue possui a qualidade? A resposta indicará como o verbo deverá ficar. Por exemplo, a frase As instalações da empresa são precárias tem como sujeito As instalações da empresa , cujo núcleo é a palavra instalações , pois elas é que são precárias, e não a empresa; por isso o verbo fica no plural. Até aí tudo bem. O problema surge, quando o sujeito é uma expressão complexa, ou uma palavra que suscite dúvidas. Coletivo Quando o sujeito for um substantivo coletivo, como, por exemplo, bando, multidão, matilha, arquipélago, trança, cacho, etc., ou uma palavra no singular que indique diversos elementos, como, por exemplo, maioria, minoria, pequena parte, grande parte, meta de, porção, etc. , poderão ocorrer três circunstâncias: A) O coletivo funciona como sujeito, sem acompanham ento de qualquer restritivo: Nesse caso, o verbo ficará no singular, concordando com o coletivo, que é singular. Ex. • A multidão invadiu o campo após o jogo. • O bando sobrevoou a cidade. • A maioria está contra as medidas do governo. B) O coletivo funciona como sujeito, acompanhado de restritivo no plural: Nesse caso, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural. Ex. • A multidão de torcedores invadiu / invadiram o campo após o jogo. • O bando de pássaros sobrevoou / sobrevoaram a cidade. • A maioria dos cidadãos está / estão contra as medidas do governo. C) O coletivo funciona como sujeito, sem acompanham ento de restritivo, e se encontra distante do verbo: Nesse caso, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural. Ex. • A multidão, após o jogo, invadiu / invadiram o campo. • O bando, ontem à noite, sobrevoou / sobrevoaram a cidade.

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• a maioria, hoje em dia, está / estão contra as medidas do governo. Um milhão, um bilhão, um trilhão: Com um milhão, um bilhão, um trilhão , o verbo deverá ficar no singular. Caso surja a conjunção e, o verbo ficará no plural. Ex. • Um milhão de pessoas assistiu ao comício • Um milhão e cem mil pessoas assistiram ao comício. Mais de, menos de, cerca de... Quando o sujeito for iniciado por uma dessas expressões, o verbo concordará com o numeral que vier imediatamente à frente. Ex. • Mais de uma criança se machucou no brinquedo. • Menos de dez pessoas chegaram na hora marcada. • Cerca de duzentos mil reais foram surripiados. Quando Mais de um estiver indicando reciprocidade ou com a expressão repetida , o verbo ficará no plural . Ex. • Mais de uma pessoa agrediram-se. • Mais de um carro se entrechocaram. • Mais de um deputado se xingaram durante a sessão. Nomes próprios no plural Quando houver um nome próprio usado apenas no plural, deve-se analisar o elemento a que ele se refere: A) Se for nome de obra , o verbo tanto poderá ficar no singular , quanto no plural . Ex. • Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões. • Os Sertões marca / marcam uma época da Literatura Brasileira. B) Se for nome de lugar - cidade, estado, país... - o verbo concordará com o artigo ; caso não haja artigo, o verbo ficará no singular . Ex. • Os Estados Unidos comandam o mundo. • Campinas fica em São Paulo. • Os Andes cortam a América do Sul. Obs.: Se o nome de lugar possuir artigo, mas este, por alguma razão, não for utilizado, a concordância com o artigo permanecerá sendo a regra, ou seja, o verbo continuará concordando com o artigo. Ex. • EUA vencem o México na oitavas de final da Copa do Mundo. Qual de nós / Quais de nós

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Quando o sujeito contiver as expressões ...de nós, ...de vós ou ...de vocês , deve-se analisar o elemento que surgir antes dessas expressões: A) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no singular (qual, quem, cada um, alguém, algum...) , o verbo deverá ficar no singular . Ex. • Quem de nós irá conseguir o intento? • Quem de vós trará o que pedi? • Cada um de vocês deve ser responsável por seu material. B) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no plural (quais, alguns, muitos...) , o verbo tanto poderá ficar na terceira pessoa do plural , quanto concordar com o pronome nós ou vós . Ex. • Quantos de nós irão / iremos conseguir o intento? • Quais de vós trarão / trareis o que pedi? • Muitos de vocês não se responsabilizam por seu material. Sujeito sendo pronome relativo Quando o pronome relativo exercer a função de sujeito, deveremos analisar o seguinte: A) Pronome Relativo que: O verbo concordará com o elemento antecedente. Ex. • Fui eu que quebrei a vidraça. (Eu quebrei a vidraça) • Fomos nós que telefonamos a você. (Nós telefonamos a você) • Estes são os garotos que foram expulsos da escola. (Os garotos foram expulsos) B) Pronome Demonstrativo o, a, os, as + Pronome Rel ativo que: O verbo concordará com o pronome demonstrativo, ficando, então, na terceira pessoa do singular, ou na terceira pessoa do plural. Ex. • Fui eu o que quebrou a vidraça. (O que quebrou a vidraça fui eu) • Foste tu a que me enganou. (A que me enganou foste tu) • Fomos nós os que telefonaram a você. (Os que telefonaram a você fomos nós) • Fostes vós os que me engaram. (Os que me engaram fostes vós) C) Pronome Relativo quem: O verbo ficará na terceira pessoa do singular. Ex. • Fui eu quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça fui eu) • Foste tu quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça foste tu) • Foi ele quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça foi ele) • Fomos nós quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça fomos nós) • Fostes vós quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça fostes vós)

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• Foram eles quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça foram eles) Um dos ... que Quando o sujeito for iniciado pela expressão Um dos que , deveremos analisar o seguinte: A) É certo que o elemento é o único a praticar a aç ão: O verbo ficará no singular. Por exemplo, a frase O Corinthians é um dos times paulistas que mais vezes foi campeão estadual tem o verbo no singular, pois é certo que, dos times de São Paulo, o Corinthians foi mais vezes campeão - 24 vezes. B) É certo que o elemento não é o único a praticar a ação: O verbo ficará no plural. Por exemplo, a frase Casagrande é um dos ex-jogadores de futebol que trabalham como comentarista esportivo tem o verbo no plural, pois é certo que, além de Casagrande, há outros ex-jogadores de futebol, trabalhando como comentarista esportivo - Falcão, Júnior, Tostão, Rivelino... C) Não se sabe se o elemento é o único a praticar a ação ou não: O verbo tanto poderá ficar no plural, quanto no singular. Por exemplo, a frase São Paulo é uma das cidades que mais sofre / sofrem com a poluição é facultativo , pois não há como medir se São Paulo é a que mais sofre, ou se, além dela, há outras que sofrem tanto. Outra explicação também é a questão de se querer dar ênfase ao elemento: se se quiser enfatizar o problema em São Paulo, coloca-se o verbo no singular. Nenhum dos ... Que Quando o sujeito for iniciado pela expressão Nenhum dos que , o primeiro verbo ficará no plural, e o segundo, no singular. Ex. • Nenhum dos alunos que me procuraram trouxe o material. • Nenhuma das pessoas que chegaram atrasadas tem justificativa. Porcentagem + Substantivo Quando o sujeito for formado por porcentagem e substantivo, existirão três regras: A) Porcentagem + Substantivo, sem modificador da po rcentagem: Facultativamente o verbo poderá concordar com a porcentagem ou com o substantivo. Ex. • 1% da turma estuda muito. • 1% dos alunos estuda / estudam muito. • 10% da turma estuda / estudam muito. • 10% dos alunos estudam muito. B) Porcentagem + Substantivo, com modificador da po rcentagem: O verbo concordará com o modificador, que pode ser pronome demonstrativo, pronome possessivo, artigo... Ex. • Os 10% da turma estudam muito. • Este 1% dos alunos estuda mais.

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C) Mais de, menos de, cerca de, perto de, antes da porcentagem: O verbo concordará apenas com a porcentagem. Ex. • Mais de 1% dos alunos estuda muito. • Menos de 10% da turma estudam muito. Pronomes de Tratamento Os pronomes de tratamento são pronomes de terceira pessoa, portanto tudo que se referir a eles deverá estar na terceira pessoa. Ex. • Vossa Senhoria deve trazer seus documentos consigo. • Vossa Excelência tem que se contentar com seus assessores. Silepse de Pessoa Também chamada de concordância ideológica, a silepse de pessoa é a concordância, não com a palavra escrita, mas sim com o que ela significa. Por exemplo, nós somos brasileiros , portanto, ao utilizarmos a palavra brasileiros , poderemos concordar o verbo com a idéia que essa palavra nos evoca - nós - e dizer Os brasileiros estamos torcendo pelo sucesso do Pre sidente . Ex. • Os professores nos reciclamos anualmente. (Nós nos reciclamos) • Os alunos deveis estudar mais. (Vós deveis) Núcleos ligados pela conjunção "e" 01) Verbo após os núcleos: Ficará no plural o verbo que estiver após o sujeito composto cujos núcleos sejam ligados pela conjunção e: Ex. • O hotel e a cidade são maravilhosos. • Machado de Assis e Guimarães Rosa estão entre os melhores escritores do mundo. Obs.: Quando os núcleos forem sinônimos ou estiverem formando gradação, o verbo deverá ficar no singular. Ex. • "A lisura e a sinceridade freqüenta pouco o Congresso Nacional." lisura = sinceridade. • "Cada rosto, cada voz, cada corpo lhe lembrava a amada." • "Um olhar, um arquejar de sobrancelhas, um aceno com a cabeça bastava para a paquera ser bem sucedida." 02) Verbo antes dos núcleos:

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Facultativamente ficará no plural ou concordará com o núcleo mais próximo o verbo que estiver antes do sujeito composto cujos núcleos sejam ligados pela conjunção e: Ex. • É maravilhoso o hotel e a cidade. • São maravilhosos o hotel e a cidade. • É maravilhosa a cidade e o hotel. Sujeito composto por pessoas diferentes Se o sujeito for formado por pessoas diferentes (eu, tu, ele, ela ou você ), o verbo ficará no plural , concordando com a pessoa de número mais baixo na seqüência (1ª, 2ª ou 3ª). Não havendo a 1ª pessoa (eu ou ), e havendo a 2ª pessoa (tu ou vós ), o verbo tanto poderá ficar na 2ª pessoa do plural , quanto na 3ª pessoa do plural . Continuam valendo as regras anteriores, ou seja, se o verbo vier depois do sujeito composto, ficará no plural; se vier antes, concordará com o mais próximo ou ficará no plural. Ex. • Teté e eu passamos as férias em Águas de Santa Bárbara. • Passei as férias em Águas de Santa Bárbara eu e Teté. • Passamos as férias em Águas de Santa Bárbara eu e Teté. • Tu e Walmor estais equivocados. • Tu e Walmor estão equivocados. • Estás equivocado tu e Walmor. • Estais equivocados tu e Walmor. • Estão equivocados tu e Walmor. Núcleos ligados pela conjunção ou Quando os núcleos do sujeito composto forem ligados pela conjunção ou , deve-se analisar se há ou não exclusão , ou seja, analisar se um elemento, ao praticar a ação, impede que o outro também a pratique. 01) Havendo idéia de exclusão: Quando houver um elemento praticando a ação e, com isso, impedindo que o outro também a pratique, o verbo ficará no singular. Ex. • Dida ou Marcos será o goleiro titular da seleção. • O Presidente ou o Governador fará o discurso de abertura do Congresso. 02) Não havendo idéia de exclusão: Quando não houver um elemento praticando a ação e, com isso, impedindo que o outro também a pratique, o verbo ficará no plural. Ex.

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• Dida ou Marcos poderão ser convocados para a Copa de 2002. • O Presidente ou o Governador estarão presentes na abertura do Congresso. Núcleos ligados pela preposição "com" 01) Verbo após os núcleos: Facultativamete ficará no plural ou concordará com o primeiro núcleo o verbo que estiver após o sujeito composto cujos núcleos sejam ligados pela preposição com. Ex. • O gerente com os funcionários dará início à promoção de descontos. • O gerente com os funcionários darão início à promoção de descontos. 02) Verbo antes dos núcleos: Concordará com o núcleo mais próximo o verbo que estiver antes do sujeito composto cujos núcleos sejam ligados pela preposição com. Ex. • Dará início à promoção de descontos o gerente com os funcionários. Aposto resumidor / conectivos correlatos O Aposto resumidor é normalmente representado por pronome indefinido (tudo, nada, ninguém, alguém, todos... ) ou por pronome demonstrativo (isto, isso, aquilo... ), resumindo o sujeito composto. O verbo, excepcionalmente, concordará com o aposto resumidor. Ex. • Brinquedos, roupas, jogos, nada tirava a angústia daquele jovem. • Amigos, parentes, companheiros de trabalho, ninguém se incomodou com sua ausência. Quando o sujeito composto tem os elementos ligados por conectivos correlatos: assim ... como, não só ... mas também, tanto ... como, nem ... nem , o verbo ficará no plural. O singular é raro. Ex. • Tanto o irmão como a esposa ignoraram seu pedido de ajuda. • Não só Pedro mas também Eduardo estão à sua procura. Um e outro / um ou outro / nem um nem outro Um e outro Quando o sujeito for a expressão um e outro, o substantivo correspondente a ela ficará no singular, o adjetivo no plural e o verbo facultativamente no singular ou no plural. Ex. • Um e outro aluno indisciplinados será punido.

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• Um e outro aluno indisciplinados serão punidos. Um ou outro Quando o sujeito for a expressão um ou outro, o verbo ficará no singular. Ex. • Um ou outro esteve à sua procura. Nem um nem outro Quando o sujeito for a expressão nem um nem outro, o verbo ficará no singular, porém há gramáticos que o admitem no plural. Ex. • Nem um nem outro terá coragem de se revelar. • "Nem um nem outro compareceram."(Carlos Góis) Verbos Especiais 01) O verbo Ser: A) Quando o verbo ser e o predicativo do sujeito forem numericamente diferentes (um no singular, outro no plural), o verbo deverá ficar no plural. Ex. • O vestibular são as esperanças dos estudantes. • Tudo são flores, quando se é criança. B) Se o sujeito representar uma pessoa ou se for pronome pessoal, o verbo concordará com ele. Ex. • Aline é as alegrias do namorado. • O Presidente é as esperanças do povo brasileiro. C) Se o sujeito for uma quantidade no plural, e o predicativo do sujeito, palavra ou expressão como muito, pouco, o bastante, o suficiente, uma fortuna, uma miséria, o verbo ficará no singular. Ex. • Cem reais é muito, por esse produto. • Duzentos gramas de carne é pouco. D) Na indicação de horas ou distâncias, o verbo concordará com o numeral. Ex. • Era meio-dia, quando ele chegou. • São duas horas. • É 1h58min. E) Na indicação de datas, o verbo poderá ficar no singular, concordando com a palavra dia, ou no plural, concordando com a palavra dias.

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Ex. • É 1º de outubro. = É dia 1º de outubro ou É o primeiro dia de outubro. • É 15 de setembro = É dia quinze de setembro. • São 15 de setembro = São quinze dias de setembro. 02) O verbo Haver: O verbo haver é impessoal, no sentido de existir, de acontecer ou indicando tempo decorrido; por isso fica na 3ª pessoa do singular - caso esteja acompanhado de um verbo auxiliar, formando uma locução verbal, ambos ficarão no singular. Nos outros sentidos, concorda com o sujeito. Ex. • Havia um mês, nós estávamos à sua procura. • Poderá haver confrontos entre os policiais e os grevistas. • Os alunos haviam ficado revoltados. Haja vista: A) Com a prep. a: haver no singular; vista invariável; Ex. • Haja vista ao exemplo dado. • Haja vista aos exemplos dados. B) Sem a prep. a: haver no singular ou concorda com o substantivo; vista invariável. Ex. • Haja vista o exemplo dado. • Haja vista os exemplos dados. • Hajam vista os exemplos dados. 03) O verbo Fazer: O verbo fazer é impessoal, indicando tempo decorrido e fenômeno natural; por isso fica na 3ª pessoa do singular - caso esteja acompanhado de um verbo auxiliar, formando uma locução verbal, ambos ficarão no singular. Nos outros sentidos, concorda com o sujeito. Ex. • Faz três meses que não o vejo. • Faz 35º no verão, em Londrina. • Deve fazer cinco anos que ele morreu. 04) Outros verbos impessoais: Os outros verbos impessoais, que também ficam na terceira pessoa do singular, são os seguintes: Fenômenos da natureza:

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• Chove há três dias sem parar. • Choveram pedras. Nesse caso, o verbo não é impessoal, pois o sujeito está claro. Passar de, indicando horas: • Já passa das 11h30. • Já passava das oito horas, quando ela chegou. Chegar de e bastar de, no imperativo: • Chega de firulas! Vamos ao assunto. • Basta de conversas, meninos! 05) Os verbos Dar, Bater e Soar: Concordam com o sujeito, que pode ser: A) o relógio, a torre, o sino... Ex. • O relógio deu quatro horas. • O sino soou cinco horas. B) as horas. O numeral que marca as horas funcionará como sujeito, quando o relógio, a torre, o sino funcionarem como adjunto adverbial de lugar - com a prep. em, ou quando eles não aparecerem na oração. Ex. • No relógio, deram quatro horas. • No sino, soaram cinco horas. • Bateram sete horas. 06) O verbo Parecer + infinitivo: Quando o verbo parecer surgir antes de outro verbo no infinitivo, duas ocorrências podem acontecer: A) Pode ocorrer a formação de uma locução verbal. Nesse caso, o verbo parecer concordará com o sujeito, e o verbo no infinitivo ficará invariável. Ex. • As meninas parecem estar nervosas. • Os alunos parecem estudar deveras. B) Pode ocorrer a formação de um período composto, com o verbo parecer na oração principal, invariável, e o verbo no infinitivo, formando oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo, concordando com o sujeito. Ex.

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• As meninas parece estarem nervosas. • Os alunos parece estudarem deveras. • Nesses dois casos, se desenvolvermos as orações, teremos: • Parece as meninas estarem nervosas. Proveio de Parece que as meninas estão nervosas. • Parece os alunos estudarem deveras. Proveio de Parece que os alunos estudam deveras. 07) A Partícula Apassivadora: O verbo na voz passiva sintética, construída com o pronome se, concorda normalmente com o sujeito. A maneira mais fácil de se comprovar que a oração está na voz passiva sintética é passando-a para a voz passiva analítica: Alugam-se casas muda para Casas são alugadas. Sempre que for possível essa transformação, o se será chamado de Partícula Apassivadora. Para relembrar esse estudo clique aqui. Ex. • Entregam-se encomendas. = Encomendas são entregues por alguém. • Ouviram-se muitas histórias. = Muitas histórias foram ouvidas. • Sabe-se que ele não virá. = Que ele não virá é sabido. 08) O Índice de Indeterminação do Sujeito: O pronome se, sendo índice de indeterminação do sujeito, deixa o verbo na terceira pessoa do singular; haverá I.I.S. quando surgir na oração VI, sem sujeito claro; VTI, com OI; VL, com PS e VTD, com ODPrep. Para relembrar esse estudo clique aqui. Ex. • Morre-se de fome no Brasil. • Assiste-se a filmes interessantes. • Aqui se está satisfeito. • Respeita-se a Robertoldo. Exercícios Para as questões de 01 a 32 seque o código abaixo. Assinale com “C” as alternativas corretas e com “I “ as incorretas: 01) ( ) À autora e à leitora do romance só interessam a verdade 02) ( ) Tu e teu colega devereis comparecer ao tribunal 03) ( ) Juro que tu e tua mulher me pagam 04) ( ) Não quero que fique contra ela o pai e os amigos 05) ( ) Casarás com a prima e sereis felizes para sempre 06) ( ) Aflição, dores, tristezas, nada o fazia abandonar a luta 07) ( ) A tranqüilidade e a calma transmite segurança ao público. 08) ( ) Um grito, um gemido, um sussurro acordava a pobre mãe. 09) ( ) A viúva com o resto da família mudaram-se para Santiago 10) ( ) A riqueza ou o poder o livrou do processo 11) ( ) Alunos ou aluno farão a homenagem 12) ( ) Ler e escrever provocam entusiasmo na juventude 13) ( ) O jovem como o adulto têm os mesmos conflitos 14) ( ) Um e outro vício nega os foros da natureza 15) ( ) Mais de um atleta completaram o percurso da maratona 16) ( ) Não serei eu um dos alunos que cruzaremos os braços 17) ( ) O bando assaltou a joalheira e, depois, fugiram pelas ruas

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18) ( ) Um grande número de pessoas observavam os atores 19) ( ) Os dez por cento da comissão desapareceu 20) ( ) Quantos de nós será aprovado neste concurso? 21) ( ) Os Lusíadas imortalizaram Camões 22) ( ) Não mais viajaremos, haja visto os problemas 23) ( ) Já não se fazem planos mirabolantes 24) ( ) Fala-se de festas em que se assistem a filmes instrutivos 25) ( ) A partir de agora, sou eu quem passa a transmitir o jogo 26) ( ) Com certeza ainda faltam discutir todas as questões 27) ( ) Faz muitos anos que não chovem flores em minha vida, mas houve casos de chover tomates. Basta apenas de problemas 28) ( ) Tudo são apenas sonhos, pois o homem é suas cinzas 29) ( ) São seis e meia da tarde e hoje é seis de março de 1999 30) ( ) Cem mil reais é menos do que preciso 31) ( ) O herói és tu, embora a maioria sejam homens valorosos 32) ( ) Mentiras era o que me pediam, sempre mentiras. Respostas sobre Concordância Verbal: 01) I 02) C 03) C 04) C 05) C 06) C 07) C

08) C 09) C 10) I 11) I 12) I 13) C 14) C

15) I 16) I 17) C 18) C 19) I 20) I 21) C

22) I 23) C 24) I 25) C 30) C 31) C

32) C

Regência Verbal

A regência estuda a relação existente entre os termos de uma oração ou entre as orações de um período. A regência verbal estuda a relação de dependência que se estabelece entre os verbos e seus complementos. Na realidade o que estudamos na regência verbal é se o verbo é transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto ou intransitivo e qual a preposição relacionada com ele. Verbos Transitivos Diretos São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro elemento, denominado objeto direto. Por essa razão, uma das maneiras mais fáceis de se analisar se um verbo é transitivo direto é passar a oração para a voz passiva, pois somente verbo transitivo direto admite tal transformação, além de obedecer, pagar e perdoar, que, mesmo não sendo VTD, admitem a passiva. O objeto direto pode ser representado por um substantivo ou palavra substantivada, uma oração (oração subordinada substantiva objetiva direta) ou por um pronome oblíquo. Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são os seguintes: me, te, se, o, a, nos, vos, os, as. Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam como objeto direto são os seguintes: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas . Como são pronomes oblíquos tônicos, só são usados com preposição, por isso se classificam como objeto direto preposicionado .

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Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos transitivos diretos: Há verbos que surgirão em mais de uma lista, pois têm mais de um significado e mais de uma regência. Aspirar será VTD, quando significar sorver, absorver . • Como é bom aspirar a brisa da tarde. Visar será VTD, quando significar mirar ou dar visto . • O atirador visou o alvo, mas errou o tiro. • O gerente visou o cheque do cliente. Agradar será VTD, quando significar acariciar ou contentar . • A garotinha ficou agradando o cachorrinho por horas. • Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia. Querer será VTD, quando significar desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar . • Sempre quis seu bem. • Quero que me digam quem é o culpado. Chamar será VTD, quando significar convocar . • Chamei todos os sócios, para participarem da reunião. Implicar será VTD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como conseqüê ncia, acarretar . • Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade. • Suas palavras implicam denúncia contra o deputado. Desfrutar e Usufruir são VTD sempre. • Desfrutei os bens deixados por meu pai. • Pagam o preço do progresso aqueles que menos o desfrutam. (e não desfrutam dele, como foi escrito no tema da redação da UEL em julho de 1996) Namorar é sempre VTD. Só se usa a preposição com , para iniciar Adjunto Adverbial de Companhia . Esse verbo possui os significados de inspirar amor a, galantear, cortejar, apaixonar, se duzir, atrair, olhar com insistência e cobiça, cobiçar . • Joanilda namorava o filho do delegado. • O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa. • Eu estava namorando este cargo há anos. Compartilhar é sempre VTD. • Berenice compartilhou o meu sofrimento. Esquecer e Lembrar serão VTD, quando não forem pronominais, ou seja, caso não sejam usados com pronome, não serão usados também com preposição. • Esqueci que havíamos combinado sair. • Ela não lembrou o meu nome. Verbos Transitivos Indiretos São verbos que se ligam ao complemento por meio de uma preposição. O complemento é denominado objeto indireto. O objeto indireto pode ser representado por um substantivo, ou palavra substantivada, uma oração (oração subordinada substantiva objetiva indireta) ou por um pronome oblíquo. Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são os seguintes: me, te, se, lhe, nos, vos, lhes . Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam como objeto indireto são os seguintes: mim, ti, si, ele,

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ela, nós, vós, eles, elas . Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos transitivos indiretos: Há verbos que surgirão em mais de uma lista, pois têm mais de um significado e mais de uma regência. Verbos Transitivos Indiretos, com a prep. a Aspirar será VTI, com a prep. a, quando significar almejar, objetivar . • Aspiramos a uma vaga naquela universidade. Visar será VTI, com a prep. a, quando significar almejar, objetivar . • Sempre visei a uma vida melhor. Agradar será VTI, com a prep. a, quando significar ser agradável; satisfazer . • Para agradar ao pai, estudou com afinco o ano todo. Querer será VTI, com a prep. a, quando significar estimar . • Quero aos meus amigos, como aos meus irmãos. Assistir será VTI, com a prep. a, quando significar ver ou ter direito . • Gosto de assistir aos jogos do Santos. • Assiste ao trabalhador o descanso semanal remunerado. Custar será VTI, com a prep. a, quando significar ser difícil. Nesse caso o verbo custar terá como sujeito aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto . • Custou-me acreditar em Hipocárpio. e não Eu custei a acreditar... Proceder será VTI, com a prep. a, quando significar dar início . • Os fiscais procederam à prova com atraso. Obedecer e desobedecer são sempre VTI, com a prep. a. • Obedeço a todas as regras da empresa. Revidar é sempre VTI, com a prep. a. • Ele revidou ao ataque instintivamente. Responder será VTI, com a prep. a, quando possuir apenas um complemento. • Respondi ao bilhete imediatamente. • Respondeu ao professor com desdém. Caso tenha dois complementos, será VTDI, com a prep. a. Alguns verbos transitivos indiretos, com a prep. a, não admitem a utilização do complemento lhe. No lugar, deveremos colocar a ele, a ela, a eles, a elas . Dentre eles, destacam-se os seguintes: Aspirar, visar, assistir(ver), aludir, referir-se, anuir. Quando houver, na oração, um verbo transitivo indireto, com a prep. a, seguido de um substantivo feminino, que exija o artigo a, ocorrerá o fenômeno denominado crase, que deve ser caracterizado pelo acento grave (à ou às). • Assisti à peça das meninas do terceiro colegial. Verbos Transitivos Indiretos, com a prep. com Simpatizar e Antipatizar sempre são VTI, com a prep. com. Não são verbos pronominais, portanto não existe o verbo simpatizar-se , nem antipatizar-se . • Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo com o irmão dela.

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Implicar será VTI, com a prep. com, quando significar antipatizar . • Não sei por que o professor implica comigo. Verbos Transitivos Indiretos, com a prep. de Esquecer-se e lembrar-se serão VTI, com a prep. de, quando forem pronominais, ou seja, somente quando forem usados com pronome, poderão ser usados com a prep. de. • Esqueci-me de que havíamos combinado sair. • Ela não se lembrou do meu nome. Proceder será VTI, com a prep. de, quando significar derivar-se, originar-se . • Esse mau-humor de Pedro procede da educação que recebeu. Verbos Transitivos Indiretos, com a prep. em Consistir é sempre VTI, com a prep. em. Esse verbo significa cifrar-se, resumir-se ou estar firmado, ter por base, ser constituído por . • O plano consiste em criar uma secretaria especial. Sobressair é sempre VTI, com a prep. em. Não é verbo pronominal, portanto não existe o verbo sobressair-se . • Quando estava no colegial, sobressaía em todas as matérias. Verbos Transitivos Indiretos, com a prep. por Torcer é VTI, com a prep. por. Pode ser também verbo intransitivo. Somente neste caso, usa-se com a prep. para, que dará início a Oração Subordinada Adverbial de Finalidade . Para ficar mais fácil, memorize assim: Torcer por + substantivo ou pronome. Torcer para + oração (com verbo). • Estamos torcendo por você. • Estamos torcendo para você conseguir seu intento. Chamar será VTI, com a prep. por, quando significar invocar . • Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu. Verbos Transitivos Diretos e Indiretos São os verbos que possuem os dois complementos - objeto direto e objeto indireto . Chamar será VTDI, com a prep. a, quando significar repreender . • Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula. • Chamei-o à atenção. Obs.: A expressão Chamar a atenção de alguém não significa repreender, e sim fazer se notado. Por exemplo: O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam. Implicar será VTDI, com a prep. em, quando significar envolver alguém . • Implicaram o advogado em negócios ilícitos. Custar será VTDI, com a prep. a, quando significar causar trabalho, transtorno . • Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família. Agradecer, Pagar e Perdoar são VTDI, com a prep. a. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto , a pessoa. • Agradeci a ela o convite. • Paguei a conta ao Banco. • Perdôo os erros ao amigo. Pedir é VTDI, com a prep. a. Sempre deve ser construído com a expressão Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que alguém faça algo. • Pedimos a todos que tragam os livros.

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Preferir é sempre VTDI, com a prep. a. Com esse verbo, não se deve usar mais, muito mais, mil vezes, nem que ou do que . • Prefiro estar só a ficar mal-acompanhado. Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunica r, informar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir são VTDI, admitindo duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo . • Advertimos aos usuários que não nos responsabilizamos por furtos ou roubos. • Advertimos os usuários de que não nos responsabilizamos por furtos ou roubos. Quando houver, na oração, um verbo transitivo direto e indireto, com a prep. a, seguido de um substantivo feminino, que exija o artigo a, ocorrerá o fenômeno denominado crase, que deve ser caracterizado pelo acento grave (à ou às). Advertimos às alunas que não poderiam usar a sala f ora do horário de aula. Verbos Intransitivos São os verbos que não necessitam de complementação. Sozinhos, indicam a ação ou o fato. Assistir será intransitivo, quando significar morar . • Assisto em Londrina desde que nasci. Custar será intransitivo, quando significar ter preço . • Estes sapatos custaram R$50,00. Proceder será intransitivo, quando significar ter fundamento . • Suas palavras não procedem! Morar, residir e situar-se sempre são intransitivos. • Moro em Londrina; resido no Jardim Petrópolis; minha casa situa-se na rua Cassiano Ricardo. Deitar-se e levantar-se são sempre intransitivos. • Deito-me às 22h e levanto-me às 6h. Ir, vir, voltar, chegar, cair, comparecer e dirigir -se são intransitivos. Aparentemente eles têm complemento, pois Quem vai, vai a algum lugar. Porém a indicação de lugar é circunstância, e não complementação. Classificamos como Adjunto Adverbial de Lugar. Alguns gramáticos classificam como Complemento Circunstancial de Lugar. Esses verbos exigem a prep. a, na indicação de destino , e de, na indicação de procedência . Só se usa a prep. em, na indicação de meio, instrumento . • Cheguei de Curitiba há meia hora. • Vou a São Paulo no avião das 8h. Quando houver, na oração, um verbo intransitivo, com a prep. a, seguido de um substantivo feminino, que exija o artigo a, ocorrerá o fenômeno denominado crase, que deve ser caracterizado pelo acento grave (à ou às). • Vou à Bahia. Verbos de regência oscilante VTD ou VTI, com a prep. a Assistir pode ser VTD ou VTI, com a prep. a, quando significar ajudar, prestar assistência . • Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos. • Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos. Chamar pode ser VTD ou VTI, com a prep. a, quando significar dar qualidade . A qualidade pode vir precedida da prep. de, ou não. • Chamaram-no irresponsável.

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• Chamaram-no de irresponsável. • Chamaram-lhe irresponsável. • Chamaram-lhe de irresponsável. Atender pode ser VTD ou VTI, com a prep. a. • Atenderam o meu pedido prontamente. • Atenderam ao meu pedido prontamente. Anteceder pode ser VTD ou VTI, com a prep. a. • A velhice antecede a morte. • A velhice antecede à morte. Presidir pode ser VTD ou VTI, com a prep. a. • Presidir o país. • Presidir ao país. Renunciar pode ser VTD ou VTI, com a prep. a. • Nunca renuncie seus sonhos. • Nunca renuncie a seus sonhos. Satisfazer pode ser VTD ou VTI, com a prep. a. • Não satisfaça todos os seus desejos. • Não satisfaça a todos os seus desejos. VTD ou VTI, com a prep. de Precisar e necessitar podem ser VTD ou VTI, com a prep. de. • Precisamos pessoas honestas. • Precisamos de pessoas honestas. Abdicar pode ser VTD ou VTI, com a prep. de, e também VI. • O Imperador abdicou o trono. • O Imperador abdicou do trono. • O Imperador abdicou. Gozar pode ser VTD ou VTI, com a prep. de. • Ele não goza sua melhor forma física. • Ele não goza de sua melhor forma física. VTD ou VTI, com a prep. em Acreditar e crer podem ser VTD ou VTI, com a prep. em. • Nunca cri pessoas que falam muito de si próprias. • Nunca cri em pessoas que falam muito de si próprias. Atentar pode ser VTD ou VTI, com a prep. em, ou com as prep. para e por. • Em suas redações atente a ortografia. • Deram-se bem os que atentaram nisso. • Não atentes para os elementos supérfluos. • Atente por si, enquanto é tempo. Cogitar pode ser VTD ou VTI, com a prep. em, ou com a prep. de. • Começou a cogitar uma viagem pelo litoral brasileiro. • Hei de cogitar no caso. • O diretor cogitou de demitir-se. Consentir pode se VTD ou VTI, com a prep. em. • Como o pai desse garoto consente tantos agravos? • Consentimos em que saíssem mais cedo.

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VTD ou VTI, com a prep. por Ansiar pode ser VTD ou VTI, com a prep. por. • Ansiamos dias melhores. • Ansiamos por dias melhores. Almejar pode ser VTD ou VTI, com a prep. por, ou VTDI, com a prep. a. • Almejamos dias melhores. • Almejamos por dias melhores. • Almejamos dias melhores ao nosso país. VI ou VTI, com a prep. a Faltar, Bastar e Restar podem ser VI ou VTI, com a prep. a. • Muitos alunos faltaram hoje. • Três homens faltaram ao trabalho hoje. • Resta aos vestibulandos estudar bastante. Na última frase apresentada não há erro algum, como à primeira vista possa parecer. A tendência é de o aluno concordar o verbo estudar com a palavra vestibulando, construindo a oração assim: Resta os vestibulandos estudarem. Porém essa construção está totalmente errada, pois o verbo é transitivo indireto, portanto resta a alguém. Então vestibulandos funciona como objeto indireto e não como sujeito. Nenhum verbo concorda com o objeto indireto. Quando houver, na oração, um verbo transitivo indireto, com a prep. a, seguido de um substantivo feminino, que exija o artigo a, ocorrerá o fenômeno denominado crase, que deve ser caracterizado pelo acento grave (à ou às). Assisti à peça das meninas do terceiro colegial. VI ou VTD Pisar pode ser VI ou VTD. Quando for VI, admitirá a prep. em, iniciando Adjunto Adverbial de Lugar . • Pisei a grama para poder entrar em casa. • Não pise no tapete, menino! Exercícios Sobre Regências Verbal e Nominal Para o exercícios de 01 a 19, marcará com “C” as alternativas corretas e com “I “ as incorretas: 01) ( ) A greve geral não agradou os diretores. 02) ( ) Você aspirava ao cargo? Sim, aspirava-lhe. 03) ( ) O residente assiste o cirurgião na operação 04) ( ) Não atenderam seu pedido por falta de amparo legal 05) ( ) Quero-a para esposa e companheira 06) ( ) Vamos proceder uma investigação minuciosa 07) ( ) Devemos visar, acima de tudo ao bem da família 08) ( ) Às vezes, chamavam- o tolo e arrogante 09) ( ) O pai custava sentir a revolta do filho

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10) ( ) Já respondi todos os cartões 11) ( ) Supressão da liberdade implica, não raro, em violência 12) ( ) Lembrei-me que era tarde e corri 13) ( ) Avisei-o que os fiscais chegaram 14) ( ) Obedecia-lhe porque o respeitava 15) ( ) Aos amigos, perdoa-lhes todas as ofensas 16) ( ) Os guias ainda não foram pagos 17) ( ) À vida prefere a honra 18) ( ) Afinal, simpatizei-me com a proposta... 19) ( ) Lemos e gostamos muito de seus poemas Para as questões de 20 a 22, assinale a alternativa, preenchendo as lacunas corretamente: 20) Obedeça- ___, estime-___ e ___ sempre que precisar a) os – os- recorra a eles b) lhes – os – recorra a eles c) os – lhes – recorra-lhes d) lhes – lhes – recorra-lhes 21) Os encargos ______nos obrigaram são aqueles _____o diretor se referiu a) de que, que b) a que, a que c) a cujos, cujo d) de que, de que 22) Alguns demonstram verdadeira aversão _______ exames, porque nunca se empenharam o suficiente _____ utilização do tempo ______ dispunham para o estudo a) por, com, que b) a, na, que c) a, na, de que d) com, na, que 23) Assinale a incorreta: a) O trabalho ansiava o rapaz b) O rapaz ansiava por trabalho c) Você anseia uma vaga d) Aquele espetáculo ansiava-o 24) Ansiava ____ encontrá-lo, a fim de ____ pelo sucesso: a) por, cumprimentá-lo b) por cumprimentar-lhe c) em, cumprimentar-lhe d) para cumprimentar-lhe 25) Assinale a substituição errada: a) Aspiro o pó – Aspiro-o b) Aspiro ao sucesso – Aspiro-lhe c) Aspiro ao sucesso – Aspiro a ele d) Aspiramos o ar – Aspiramo-lo

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26) Assinale a substituição incorreta: a) O médico assiste o doente – O médico assiste-o b) O médico assiste ao doente – O médico assiste-lhe c) O doente assiste ao programa – O doente assiste-lhe d) O doente assiste ao programa – O doente assiste a ele 27) Assinale a opção em que o verbo ASSISTIR é empregado com o mesmo sentido que apresenta em : “Não direi que assisti às alvoradas do Romantismo”: a) Não se pode assistir indiferente a um ato de injustiça b) Não assiste a você o direito de me julgar c) É dever do médico assistir a todos os enfermos d) Em sua administração, sempre foi assistido por bons conselheiros 28) Leia os períodos e selecione, depois, a opção correta: 1. O povo assistiu ao jogo? Sim, o povo assistiu a ele 2. O professor aspirava o cargo de diretor da escola 3. A enfermeira não assistiu o jogo porque assistia a um doente 4. Os que vestem roupas delicadas e finas são os que assistem nos palácios dos reis a) Apenas os períodos 1 e 4 são corretos b) Todos estão corretos c) Apenas os períodos 2 e 3 são corretos d) Apenas o 1º período é correto 29) Assinale a correta: a) Custa-me descobrir qual a correta b) Custei a resolver os problemas c) Custei rever a matéria d) Custou-me para explicar a ele 30) Assinale a incorreta: a) Esqueceu-me a carteira b) Eu me esqueci da carteira c) Eu esqueci da carteira d) Esqueceu-se a carteira 31) A menina ______olhos eu não esqueço, não me sai do pensamento: a) de cujos os b) cujos c) cujos os d) de cujos 32) Correlacione as orações: 1. Era uma grande data... 2. Leu o livro... 3. Ouviu o tiro... ( ) cujas páginas o encantaram ( ) de que nunca me esqueço

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( ) sobre cujas páginas dormiu ( ) que nunca esqueço ( ) a que escapou a) 2-1-2-1-3 b) 3-1-2-1-2 c) 2-1-2-2-3 d) 1-1-2-1-3 33) Preencha as lacunas: 1. A posição ____ visamos é nobre 2. Foram muitos os documentos _____visamos 3. Ninguém pode prescindir ______ ajuda de outrem 4. Sempre quis muito ____- seus filhos e estes também _____ querem muito 5.Seus modos nos se coadunam _____ os princípios de boa educação

A seqüência correta será: a) que – a que – da – a – o - sob b) a que – que – da – a – lhe - com c) que – que – a - os – lhe - com d) por que - de que - a - os – o - contra 34) Considere os períodos abaixo: 1. Fabiano preferiu ficar escondido do que renunciar à sua liberdade 2. Custou-lhe muito falar com Sinhá Vitória a respeito dos meninos 3. Agora os meninos tinham obrigação de obedecê-los 4. Sempre se lembraria que a seca a tudo esturricava 5. Jamais lhe perdoaria as humilhações recebidas a) Corretos 1 e 4 b) Corretos 2 e 5 c) Corretos 2 e 3 d) Corretos 1 e 2 35) Assinale a incorreta: a) Prefiro ficar aqui do que sair b) Eles aspiram o ar puro do mar c) Estas calças lhe servem bem d) Todos querem bem a seus pais 36) Onde há erro de regência? a) Esqueceram-lhe os compromissos b) Nós lhe lembramos o compromisso c) Eu esqueci dos compromissos d) Não me lembram tais palavras 37) Que homem você viu? Este é o homem que eu vi. 1. Este é o menino ______ eu chamei 2. Este é o menino ______ eu vim 3. Este é o menino ______ eu assisti 4. Este é o menino ______ eu me esqueci 5. Este é o menino ______ eu esqueci

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a) quem, com que, a que, de que, que b) que, com que, que, quem de, que c) que, com quem, a quem, de quem, que d) que, que, a que, que, de que 38) Indique a frase correta: a) Cheguei tarde a casa ontem b) Resido à rua da Independência c) Viso uma vida e um emprego melhor d) Trouxe o livro que você se refere 39) Assinale a frase correta: a) Devo interromper-lhe para fazer-lhe algumas perguntas b) Não posso atendê-lo agora, mas agradeço-lhe a visita c) Autorizei-lhe a sair agora mesmo d) Se nossa conversa não lhe atrapalha, sua irritação é porque lhe impediram de entrar na sala 40) Assinale a frase incorreta: a) Abraçou os amigos com carinho b) Deus assiste os infelizes c) Chamam ao diabo de cão d) Esta é a primeira vez que o desobedeço, pois sempre lhe quis bem 41) Assinale a alternativa com erro, se houver: a) Sabemos que o impediram de entrar na sala, mas informo-lhe que sua inscrição foi aceita b) Só não o chamaram de santo e ainda lhe dizem que o amam c) Avise o aluno de que a prova versará sobre todo o conteúdo d) Todas estão corretas 42) Incorreta: a) Informei-o de nossos planos b) Informei-lhe nossos planos c) Informei-lhe de nossos planos d) Todas estão corretas 43) Incorreta: a) Incumbiram-lhe das compras b) Cientifiquei os candidatos das deliberações tomada c) Não vou comparecer à reunião de hoje d) Todas estão corretas 44) Incorreta: a) O fiscal mora na Rua Santos Paiva b) Jamais perdoou aos que fugiram c) Sua falta implica rescisão de contrato d) Todas estão corretas 45) Incorreta: a) Ela presidiu aos exames finais b) A secretária acedeu o convite c) Queremos muito aos nossos mestres d) Todas estão corretas

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46) Incorreta: a) Devemos, acima de tudo, visar ao bem do próximo b) Não respondi, ainda, ao telegrama c) Não lhe assiste tal direito d) Todas estão corretas 47) Incorreta: a) É dela a casa em que sempre vou b) O resultado a que se chegou foi surpreendente c) Esta é a chave com que abrirei o cofre d) Todas estão corretas 48) Incorreta: a) Abraçou-o b) Encontrou-o d) Obedeço-o d) Respeito-o 49) Assinale a alternativa com erro de regência: a) Alguns políticos têm hábitos com que não simpatizamos b) Analise o fato a que o povo se insurgiu c) Este é o líder por cuja causa lutaste? d) Um novo Plano Econômico implicará reações imprevisíveis Respostas Sobre Regências Verbal e Nominal: 01) I 02) I 03) C 04) C 05) C 06) I 07) C 08) I 09) I 10) I 11) I 12) I 13) I 14) I 15) C

16) C 17) C 18) C 19) I 20) I 21) B 22) B 23) C 24) C 25) A 26) B 27) C 28) A 29) A 30) A 31) C 32) B 33) A 34) B

35) B 36) A 37) C 38) C 39) A 40) B 41) D 42) D 43) C 44) A 45) D 46) B 47) D 48) A 49) C 50)

INFORMÁTICA

INTERNET E INTRANET

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CONCEITO DE REDES DE COMPUTADORES Redes de computadores são estruturas físicas (equipamentos) e lógicas (programas, protocolos) que permitem que dois ou mais computadores possam compartilhar suas informações entre si. Imagine um computador sozinho, sem estar conectado a nenhum outro computador: Esta máquina só terá acesso às suas informações (presentes em seu Disco Rígido) ou às informações que porventura venham a ele através de disquetes e Cds. Quando um computador está conectado a uma rede de computadores, ele pode ter acesso às informações que chegam a ele e às informações presentes nos outros computadores ligados a ele na mesma rede, o que permite um número muito maior de informações possíveis para acesso através daquele computador. CLASSIFICAÇÃO DAS REDES QUANTO À EXTENSÃO FÍSICA As redes de computadores podem ser classificadas como: LAN (REDE LOCAL): Uma rede que liga computadores próximos (normalmente em um mesmo prédio ou, no máximo, entre prédios próximos) e podem ser ligados por cabos apropriados (chamados cabos de rede). Ex: Redes decomputadores das empresas em geral. WAN (REDE EXTENSA): Redes que se estendem além das proximidades físicas dos computadores. Como, por exemplo, redes ligadas por conexão telefônica, por satélite, ondas de rádio, etc. (Ex: A Internet, as redes dos bancos internacionais, como o CITYBANK). EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA A CONEXÃO EM REDE Para conectar os computadores em uma rede, é necessário, além da estrutura física de conexão (como cabos, fios, antenas, linhas telefônicas, etc.), que cada computador possua o equipamento correto que o fará se conectar ao meio de transmissão. O equipamento que os computadores precisam possuir para se conectarem a uma rede local (LAN) é a Placa de Rede, cujas velocidades padrão são 10Mbps e 100Mbps (Megabits por segundo). Ainda nas redes locais, muitas vezes há a necessidade do uso de um equipamento chamado HUB (lê-se “Râbi”), que na verdade é um ponto de convergência dos cabos provenientes dos computadores e que permitem que estes possam estar conectados. O Hub não é um computador, é apenas uma pequena caixinha onde todos os cabos de rede, provenientes dos computadores, serão encaixados para que a conexão física aconteça. Quando a rede é maior e não se restringe apenas a um prédio, ou seja, quando não se trata apenas de uma LAN, são usados outros equipamentos diferentes, como Switchs e Roteadores, que funcionam de forma semelhante a um HUB, ou seja, com a função de fazer convergir as conexões físicas, mas com algumas características técnicas (como velocidade e quantidade de conexões simultâneas) diferentes dos primos mais “fraquinhos” (HUBS). INTERNET – A MAIOR REDE DE COMPUTADORES DO MUNDO A Internet apresenta -nos uma série de serviços, como uma grande loja de departamentos, que tem de tudo para vender. Podemos usar a Rede somente para comunicação, com nosso endereço de E-mail (daqui a pouco, será mais usado que o correio tradicional, se já não é), podemos apenas buscar uma informação sobre um determinado assunto e até mesmo comprar sem sair de casa. Ah! Tem mais: Assistir filmes e desenhos animados, paquerar, vender, tirar extratos bancários, fazer transferências, pagar o cartão de crédito, jogar uma partidinha de xadrez com o sobrinho do Kasparov na Rússia, marcar hora no dentista, etc... A Internet está fisicamente estruturada de forma “quase” centralizada. Explicando: não há um “computador central” na rede, não há um “cérebro” que a controle, mas existe uma conexão de banda muito larga (altíssima velocidade) que interliga vários centros de informática e telecomunicações de várias empresas, esta “rodovia” é chamada Backbone (mais ou menos como “Coluna vertebral”). Nós, meros usuários, estamos na ponta das linhas que saem dos provedores, normalmente conectados pela linha telefônica. Mas hoje em dia existem novos sistemas, acessíveis a grande parte da população internauta do mundo, para realizar um acesso mais rápido, como ondas de rádio, sub-redes em condomínios, discagem mais veloz, etc. SERVIDORES (SISTEMAS QUE MANTÊM A REDE FUNCIONANDO) A Internet é a maior rede de computadores do mundo (por sinal, todos já sabem disso), e nos oferece vários serviços para que tiremos proveito de seu uso.

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Imagine uma loja que oferece um serviço de entrega em domicílio. Esta loja dispõe de um, ou mais, funcionário para realizar este serviço, entregando a mercadoria na casa do cliente. A loja oferece o serviço, o cliente usa o serviço e o funcionário realiza o serviço. É simples, não? E na Internet, imagine um provedor (empresa que “dá” acesso à Rede) que oferece, além do serviço de acesso (que está inerente à sua função como empresa), oferece o serviço de E-mail, atribuindo ao usuário uma caixa postal para envio e recebimento de mensagens eletrônicas. Já temos, para fins de comparação, quem oferece e quem usa, mas quem realiza o serviço? A resposta é: Um Servidor. Servidor é o nome dado a um computador que “serve” a outros computadores, que “trabalha” realizando serviços em tempo integral (normalmente), que está inteira ou parcialmente dedicado à realização de uma determinada tarefa (manter aquele dado serviço funcionando). Neste computador está sendo executada uma aplicação servidora, ou seja, um programa que tem por função “realizar” as tarefas solicitadas pelos computadores dos usuários. Na maioria das vezes, o servidor nem dispões de teclado ou monitor para acesso ao seu console, está simplesmente funcionando sem a presença de um usuário em frente a ele. Uma empresa pode ter diversos servidores: um somente para e-mail interno, outro somente para e-mail externo, outro para manter os sites acessíveis, outro servidor para manter arquivos disponíveis para cópia, outro ainda para possibilitar o “bate-papo” em tempo real. Em suma, para cada serviço que uma rede oferece, podemos ter um servidor dedicado a ele. Todos os servidores têm seu endereço próprio, assim como cada computador ligado à Rede. Esse endereço é dado por um conjunto de 4 números, e é chamado de endereço IP, convencionado a partir das regras que formam o Protocolo TCP/IP, usado na Internet (veremos adiante). CLIENTES Programas “clientes” são aqueles que solicitam algo aos servidores (leia-se aqui como os computadores que possuem as aplicações servidoras). Tomemos um exemplo: para que o serviço de Correio Eletrônico seja perfeitamente realizado, deve haver uma aplicação servidora funcionando corretamente, e os usuários devem ter uma aplicação cliente que sirva para solicitar o serviço e entender a resposta proveniente do servidor. Quando um e-mail é recebido, ele não chega diretamente ao nosso computador, ou ao nosso programa cliente. Qualquer mensagem que recebemos fica, até que as solicitemos, no servidor. Quando enviamos uma mensagem, ela fica em nossa máquina até o momento em que requisitamos seu envio (que também passa pela “autorização” do servidor). Os Servidores só se comunicam entre si e com os clientes porque conseguem identificar o endereço IP (novamente) de cada um. Resumindo, a Internet é uma grande rede Cliente-Servidor, onde a comunicação é requisitada por clientes (programas que os usuários utilizam) e mantida/realizada por aplicações servidoras, dedicadas ao objetivo de completá-la. Isso funciona para qualquer serviço, não somente para o serviço de Correio Eletrônico. TCP/IP – PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO DA INTERNET Toda rede de computadores tem sua comunicação dependente de um protocolo, ou de vários. Protocolo é o nome dado a um conjunto de regras que os computadores devem seguir para que a comunicação entre eles permaneça estável e funcional. Resumindo, computadores diferentes, numa mesma rede, só se entendem se falarem a mesma língua (o protocolo). Para a Internet, foi criado um protocolo chamado TCP/IP (Transmission Control Protocol / Internet Protocol) que tem como característica principal o fato de que cada computador ligado à Rede deve possuir um endereço, chamado endereço IP, distinto dos outros. O Endereço IP é formado por 4 números, que variam de 0 a 255, separados por pontos, como no exemplo: 203.12.3.124 ou em 2.255.255.0 ou até 17.15.1.203. Acho que já deu pra entender Dois computadores não podem ter, ao mesmo tempo, o mesmo endereço IP, isso acarretaria problemas no recebimento de qualquer tipo de informações. Para certificar-se que não haverá dois computadores com o mesmo endereço IP na Internet – que é muito vasta – foi desenvolvido um sistema de atribuição automática desse endereço. Quando um computador se conecta na Internet, através de um provedor, este recebe o endereço IP de um servidor localizado na empresa que provê seu acesso. Este servidor não vai atribuir aquele endereço IP a nenhum outro computador que se conectar enquanto este ainda permanecer on-line. Após a saída (desconexão) do computador, o endereço IP poderá ser atribuído a qualquer outro computador.

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Nas redes internas, em empresas, normalmente os endereços IP são fixos, ou seja, cada máquina já traz consigo seu endereço, cabe ao administrador da rede projeta-la para evitar conflitos com outras máquinas. O protocolo TCP/IP não é apenas um protocolo, é um conjunto deles, para que as diversas “faces” da comunicação entre computadores sejam realizadas, podemos citar alguns dos protocolos que formam esta complexa “língua”: TCP (Protocolo de Controle de Transmissão): Protocolo responsável pelo “empacotamento” dos dados na origem para possibilitar sua transmissão e pelo “desempacotamento” dos dados no local de chegada dos dados. IP (Protocolo da Internet): Responsável pelo endereçamento dos locais (estações) da rede (os números IP que cada um deles possui enquanto estão na rede). POP (Protocolo de Agência de Correio): Responsável pelo recebimento das mensagens de Correio Eletrônico. SMTP (Protocolo de Transferência de Correio Simples): Responsável pelo Envio das mensagens de Correio Eletrônico. HTTP (Protocolo de Transferência de Hiper Texto): Responsável pela transferência de Hiper Texto, que possibilita a leitura das páginas da Internet pelos nossos Browsers (programas navegadores). FTP (Protocolo de Transferência de Arquivos): Responsável pela Transferência de arquivos pelas estações da rede. NOMENCLATURAS DA REDE (URL) No nosso imenso mundo “real”, dispomos de várias informações para localização física, identificação pessoal, entre outros... E no “mundo virtual”, como achar informações sem ter que recorrer aos endereços IP, que denotariam um esforço sobre-humano para decorar alguns? Como elas estão dispostas, organizadas já que se localizam, fisicamente, gravadas em computadores pelo mundo? A internet é um conjunto imenso de informações textuais, auditivas, visuais e interativas, armazenadas em computadores, interligadas entre si. Uma informação, qualquer que seja o seu tipo (endereço de e-mail, website, servidor de FTP, newsgroups – termos que conheceremos a seguir), pode ser encontrada através de uma URL (Uniform Resource Locator). Uma (ou um) URL é um endereço que aponta para um determinado recurso, seja uma imagem, um computador, um usuário, uma página de notícias, etc. Assim como Avenida João Freire, 123 – Apt. 1201 – Recife – PE pode nos apontar a localização de alguma informação dentro de um escopo físico, a URL é suficiente para nos orientar dentro da Internet por completo. Exemplo: [email protected] é uma URL que localiza uma caixa de correio eletrônico para onde podem ser enviadas mensagens. Já http://www.macromedia.com.br é uma URL que aponta para o website da Macromedia (empresa americana especializada em programas para a Web). Todos os endereços usados para a comunicação na Internet são chamados de URL. Uma URL está diretamente associada a um endereço IP, ou seja, qualquer endereço da Internet (URL) é, na verdade, uma forma mais amigável de achar um computador xxx.xxx.xxx.xxx qualquer. O principal componente de qualquer URL é o que chamamos de domínio (domain), que identifica o tipo da empresa/pessoa a que pertence esta URL. Vamos tomar como exemplo, o domínio telelista.com.br que identifica um endereço brasileiro (.br), comercial (.com), cujo nome é telelista. Isso não significa que a empresa proprietária do domínio se chama Telelista. Baseando-se neste domínio, pode haver muita coisa, como Sites (seria, por exemplo, http://www.telelista.com.br), endereços de E-mail para os usuários da empresa, como em [email protected], [email protected], [email protected], entre outros, servidores para FTP (transferência de arquivos) como ftp.telelista.com.br, e muito mais. Por padrão, os endereços de domínios e suas URLs derivadas são escritos em minúsculas (para evitar confusões). O que não exclui a possibilidade de haver algum endereço com uma ou mais letras maiúsculas. SERVIÇOS QUE A INTERNET OFERECE A Internet é um paraíso que nos oferece facilidades e mordomias antes imaginadas somente pela cabeça dos magos da ficção científica escrita ou audiovisual. Podemos destacar alguns dos serviços, oferecidos pelas empresas especializadas em Internet, para o perfeito uso da Grande Rede. Entre eles, o “xodó”, e filho mais velho é o correio eletrônico (E-mail). WWW (WORLD WIDE WEB) Chegamos ao ponto mais rentável da Grande Rede, interesse de todos os que realizam este treinamento.

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Conheça um pouco das definições da WWW, a “teia mundial”: A WWW é um sistema criado no início da década de 90 que permite a estadia de um documento em um determinado local (identificado por uma URL única) para que todos possam acessá-lo. Funciona mais ou menos como a Televisão, em que basta sintonizar um canal e ter acesso imediato às informações nele contidas. No início da Web, era possível colocar documentos com conteúdo apenas de texto, com o passar do tempo, a linguagem de criação destes documentos (HTML) e os programas clientes para vê-los (os Browsers) foram se tornando mais cheios de recursos, como a possibilidade de apresentar figuras, sons, interatividades (links e formulários) e animações (que chamamos, generalizadamente, de multimídia). Os documentos existentes na WWW são chamados de “páginas”, esses documentos na verdade são arquivos construídos com uma linguagem chamada HTML (Hyper Text Markup Language, ou linguagem de marcação de hipertexto). Um conjunto destas páginas, dentro de um escopo definido, é chamado de site (ou Website). Um exemplo simples é o seguinte: http://www.cajuina.com.br é a URL que aponta para o diretório onde estão guardados os arquivos do suposto site desta hipotética empresa. Esses vários arquivos (um site não é formado apenas por um arquivo), são documentos HTML, figuras GIF ou JPG, animações em Flash, ou outro programa, etc. Para que um usuário da rede possa ver um site, ele deve possuir um programa Cliente para a Web, esse tipo de programa é chamado Browser (literalmente “folheador” ou mais conhecido como “navegador”). Os dois mais conhecidos navegadores no mercado são o Internet Explorer, da Microsoft, e o Netscape Navigator. Para acessar um endereço qualquer, basta digitá-lo na barra de endereços do Browser e pressionar ENTER. Verifique abaixo o detalhe da barra de endereço do Internet Explorer apontando para a URL do site da Coca Cola.

Os botões apresentados na parte superior da tela do Browser são muito úteis durante uma navegação um pouco mais demorada: VOLTAR: Faz com que o Browser volte à página que estava sendo visualizada antes da atual. AVANÇAR: Caso se tenha voltado demais, pode-se avançar para uma página à frente. PARAR: Se a página estiver demorando muito para ser carregada e suas informações ainda não estiverem sendo mostradas (consumindo completamente a paciência) pode-se clicar neste botão para solicitar ao Browser que não a carregue mais. ATUALIZAR: Botão que solicita ao Browser uma nova carga da página, caso a mesma tenha sido interrompida por algum motivo. PÁGINA INICIAL: Faz o Browser voltar à página que estiver configurada como página inicial em suas configurações. IMPRIMIR: Imprime a página que estiver sendo visualizada (embora seja mais interessante acionar o comando ARQUIVO / IMPRIMIR). Um recurso muito utilizado pela WWW e que foi copiado pelos programas mais novos (como WORD, EXCEL, etc.) é o HYPERLINK (área na página onde o mouse vira uma “mãozinha”). Link ou Hyperlink é uma ligação entre duas informações, quando clicamos em um link (como o da coca-cola, acima) somos imediatamente transportados para o determinado endereço e passamos a ver aquela informação pelo nosso Browser. É isso que faz da WWW uma rede interligada, cada página tem um ou mais links, que ligam a outras páginas com mais links, formando uma rede de informações que levaria “a vida toda e mais seis meses” para ser vista por completo... Na WWW encontramos vários tipos de assuntos, como Futebol, Medicina, Empresas prestadoras de serviço, e até compras On-Line (o chamado E-Commerce, ou comércio eletrônico). Podemos comprar sem sair de casa, é só entrar numa página que venda alguma coisa, clicar para escolher o que se quer comprar, digitar o número do cartão de crédito, preencher um formulário com os dados pessoais e: PRONTO, é esperar a encomenda chegar (pode-se comprar até do exterior). Se você não sabe qual o endereço que contém aquela informação que você procura, pode iniciar sua jornada

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num SITE DE BUSCA (Página que ajuda você a procurar por assuntos): www.cade.com.br www.altavista.com.br www.yahoo.com www.google.com.br FTP (TRANSFERÊNCIA DE ARQUIVOS) Estar conectado a uma rede é muito vantajoso e nos traz uma série de possibilidades, como compartilhamento de arquivos e até mesmo de dispositivos físicos (impressoras e modems) com outras máquinas. Mas para copiar arquivos de uma localidade remota para o nosso micro e vice versa, nós nos utilizamos, direta ou indiretamente, de um recurso chamado FTP (File Transfer Protocol). O FTP é um protocolo que permite a cópia de arquivos entre servidores/estações, muito popularizado em servidores UNIX (Sistema operacional mutiusuário mais comum entre os servidores da Internet). Além de copiar, podemos renomear, excluir ou alterar os atributos de um arquivo que não está em nosso computador, desde que tenhamos privilégios administrativos sobre ele (isso fica definido no servidor). Quando copiamos um arquivo de um servidor remoto para o nosso computador, estamos realizando um procedimento comumente chamado de download, mas quando executamos a operação em ssentido inverso, ou seja, copiando do nosso computador para uma máquina remota, estamos realizando um upload. SISTEMAS DE CONEXÃO FÍSICA COM A INTERNET Abaixo estão listadas as formas atuais de conexão com a Internet, bem como o equipamento necessário para a conexão e a velocidade de acesso de cada um: Telefone - Acesso “discado” (dial-up) através da linha telefônica convencional. São contados impulsos telefônicos. Utiliza modem a 56Kbps. ISDN - Linha telefônica digital, são contados impulsos telefônicos. Utiliza placa ISDN. Velocidades: 64Kbps (1 Canal), 128Kbps (2 canais) ADSL - Linha dedicada ao usuário 24h por dia, não há impulsos. Utiliza modem ADSL Entre 256Kbps e 1024Kbps. Ex: Velox Cabo - Internet acessando através do “cabo” da TV por assinatura. Utiliza modem a Cabo (Cable Modem). Velocidade: Entre 256Kbps e 1024Kbps LAN - Acessando uma LAN (rede local) em que exista um servidor conectado à Internet, é possível a todos os computadores da rede se conectarem também. Utiliza Placa de Rede. Velocidade: Depende da banda de conexão entre o SERVIDOR e o Provedor externo. Relembrando: INTERNET - Maior Rede de Computadores do mundo, é uma junção de vários computadores, oferecendo e recebendo informações constantemente. Essas informações podem ser separadas pelo tipo de serviço que se usa para acessá-las. CORREIO ELETRÔNICO (E-MAIL) - Serviço muito utilizado na Internet. Constitui-se numa série de caixas postais no formato [email protected], onde o usuario é o login do proprietário da caixa, e empresa.com é o domínio da empresa na Internet. WWW (WORLD WIDE WEB) - Parte da internet que reúne uma série de informações dispostas em páginas (Sites), essas informações – no geral – estão disponíveis para todos os usuários da rede. As Páginas apresentam muitas informações em forma de texto, sons, vídeo, links, imagens estáticas, etc. FTP - Protocolo de transferência de Arquivos. Maneira mais fácil de transportar arquivos entre computadores na internet. BROWSER - Programa utilizado para ler as páginas na INTERNET, o mais utilizado no momento é o INTERNET EXPLORER e o NETSCAPE. PROVEDOR - Empresa que está conectada permanentemente à Internet e distribui este acesso para usuários finais (normalmente com fins lucrativos). Ex. Terra, UOL, AOL, IG...

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SITE - Conjunto de informações em forma de páginas que estão situadas em algum local da internet, normalmente em endereços do tipo www.empresa.com. LINK (HYPERLINK) - Área especial em um documento de internet que, quando acionada por um clique, nos leva diretamente a outra parte do documento, ou até mesmo a outro documento. Hyperlinks podem ser textos ou figuras. ARQUIVO COMPACTADO - A transmissão de arquivos pela Internet exige um pouco de paciência dos transmissores e receptores do mesmo, principalmente se este arquivo for muito grande (em Bytes). Para minimizar o tempo de transmissão, utilizase com freqüência um programa compactador para “prensar” o arquivo em um tamanho menor. Para podermos utilizar o arquivo novamente, devemos proceder com o processo de descompactação. Os programas mais conhecidos para compactar são o WinZIP e WinRAR. SITES DE BUSCA - Sites que servem para procurar outros sites na rede por assunto. Caso não saibamos em que endereço se encontra determinada informação, vamos a um Site de Busca e solicitamos que este procure pelo assunto desejado. URL - Endereço que localiza algum recurso (arquivo, pasta, página) na Internet. POP3 - Post Office Protocol 3 – protocolo usado para recebimento de mensagens de e-mail (o programa Outlook Express e os outros programas de e-mail utilizam o protocolo POP3 para receber mensagens) SMTP - Simple Mail Transfer protocol – protocolo de envio de mensagens, é utilizado pelos programas de e-mail para ENVIAR mensagens. HTTP - Hyper Text Transfer Protocol: Protocolo para transferência de hiper texto, é usado pelos browsers para a transferência de páginas da internet para o nosso computador com o intuito de serem lidas. COOKIE - Pequeno arquivo de texto que é criado no computador do usuário por um site visitado. Por exemplo, as “lojas virtuais” costumam escrever “cookies” nos computadores das pessoas que os visitam, para poder identificá-las posteriormente (inclusive para apresentar, na página algo como “Oi Fulano!”). Um cookie é uma espécie de “crachá” que um site coloca em seu computador. FREEWARE - Programas que são distribuídos gratuitamente na Internet e funcionam completamente. SHAREWARE - Programas que são distribuídos gratuitamente pelas empresas fabricantes e que, no geral, apresentam alguma limitação (ou estão incompletos ou funcionam por um determinado período de tempo) em relação às versões originais comercializadas.

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INTRANET O que é "Intranet"? Uma Intranet é uma plataforma de rede independente, conectando os membros de uma organização, utilizando protocolos padrões de internet. A intranet, é uma porção de uma rede de uma organização dentro de um firewall. Intranets são estabelecidas como uma "mini-internet". Uma intranet tem as mesmas capacidades de uma internet, sendo que a diferença entre elas se encontra no fato de que a intranet é usada dentro de organizações. Por isso, o "gateway" para a informação corporativa não precisa ser global. Intranets são agora consideradas a tecnologia de rede que está crescendo mais rápido. Intranets fornecem acesso rápido e fácil à dados corporativos, eliminando a necessidade de um monte de papeis, e comunicação por voz ou de modo eletronico (e-mail). Redes internas podem fornecer informações de um modo que é : · Imediato ·Custo efetivo · Fácil de usar · Rico no formato · Versátil Com certeza você já ouviu falar da Internet, também conhecida como a rodovia da informação, a qual conecta mais de 50 milhões de pessoas e empresas ao redor do mundo, através de uma rede enorme, estável, barata e acessível às pessoas através de seus microcomputadores. A Intranet fornece a mesma tecnologia comprovada, porém dentro da sua Instituição e com a segurança comercial necessária. Intranets são tão eficientes que atualmente crescem mais rápido do que a própria Internet. Os métodos tradicionais, baseados em papéis e pessoas, utilizam documentos escritos, apostilas, provas escritas, relatórios, documentos de pesquisa etc., são caros, lentos e estão sujeitos a muitos transtornos. Abordagens mais recentes incluem a utilização de correio eletrônico e produtos de comunicação entre grupos de estudo. Intranets são muito mais fáceis de instalar, configurar, expandir e requerem muito menos treinamento, viabilizando as informações em qualquer lugar - o que era praticamente impossível em arquiteturas cliente/servidor e mainframe. Intranet tem implantação rápida, é baseada em padrões de sistemas abertos, tem um amplo leque de ofertas de produtos, fornecedores e especialistas para suporte técnico. Intranet se integra eletronicamente aos dados corporativos armazenados em seus bancos de dados tais como: dados financeiros, material didático, incluindo apostilas multimídia, relatórios de desempenho de alunos, dados de recurso humanos, incluindo políticas da Instituição etc. A respeito dos tremendos esforços desprendidos para diminuir custos e melhorar a produtividade, as empresas ainda estão enfrentando os mesmos problemas há mais de 30 anos, desde os primórdios da informática comercial: como comunicar e gerenciar o vasto fluxo de dados e informações gerados diariamente. Intranet envolve o uso de tecnologias desenvolvidas para a Internet para criar "internets" privadas nas organizações. As intranets compõem um ambiente de trabalho que oferece abordagens inovadoras para a autoria, gerenciamento e publicação de informações distribuídas, possibilitando dinamizar o fluxo de informações, democratizar as redes internas e ajudar a diminuir a opressiva carga de papel gerada diariamente. O conceito de Intranet nasceu justamente em razão de as empresas terem descoberto a importância de disponibilizar as informações internas aos seus funcionários. Intranet é um poderoso sistema corporativo de colaboração e informação composto por um ou mais servidores internos que tornam-se disponíveis para os funcionários por meio da rede local fornecendo uma variedade de informações. Não se pode dizer no entanto, na essência da palavra que a Intranet seja um conceito novo. O conceito de Intranet já era utilizada há muito tempo, não com tanta ênfase como se propõe hoje, em ambientes Unix onde eram compartilhados arquivos, utilizava-se e-mail, etc baseados no protocolo TCP/IP. A Intranet pode emergir dentro da estrutura atual da rede de computadores de sua empresa, aproveitando os recursos materiais e humanos já existentes. Não é uma tecnologia revolucionária, mas evolucionária. Vamos tomar com exemplo uma estrutura de rede comum encontrada em muitas empresas hoje, conforme ilustra a figura abaixo.Neste ambiente a Intranet pode ser implantada de forma simples, consumindo pouco ou nenhum recurso material, pois neste exemplo a rede já utiliza o protocolo TCP/IP, necessário para a Intranet.

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Qual a função da Intranet? Principais vantagens na utilização de redes internas (Intranet): · Evitar o retrabalho · Otimizar recursos , diminuindo a quantidade de hardware necessário (menos impressoras, fax, CD-rom, HDs, modens)uma vez que há a possibilidade de serem compartilhados recursos. · Otimizar recursos humanos- Os setores de suporte, assistência técnica, especificação, compras, transporte, inspeção, armazenamento, acompanhamento de fabricação, acompanhamento de projetos ou obras, gerência de contratos, jurídico, pessoal, normas , comunicação social , auditoria, financeiro, contas a pagar, contas a receber, tesouraria, vendas, gerência e diretoria são os principais beneficiados pela rapidez e facilidade de consulta e resposta ao cliente.Todos os setores da empresa se beneficiam com estas novas ferramentas e devem saber utilizá-las. · Redução do tempo de busca de uma informação- A utilização de sites internos de cada setor da empresa, na Intranet, possibilita a resposta instantânea às perguntas efetuadas pelos gerentes, diretores e clientes. · A atualização das mesmas "par e passo" passam a ser fundamental para a correta utilização desta ferramenta. · As FAQ (Perguntas mais freqüentes) fazem com que o conhecimento da empresa cresça e com ele o nível de atendimento.Uma dúvida esclarecida passa a ser de conhecimento de todos e com isto ganha-se tempo. · As ferramentas que possibilitam ao administrador saber onde o documento está e qual ação esta sendo executada neste instante transforma a cobrança de soluções. Passa-se a saber com muito maior precisão o tempo que cada setor ou funcionário executa a tarefa que lhe foi designada. · A possibilidade de comunicação remota a rede interna, alem de descentralizar o trabalho faz com que algumas tarefas sejam extremamente agilizadas. Neste caso estão os seguros e vistorias de veículos, as reportagens, a transmissão de pedidos, os relatórios de visita e viagem, as inspeções. A Intranet coloca à disposição da empresa tecnologias para a divulgação de informações, troca de mensagens pessoais, grupos de discussão e suporte para a criação de aplicações transacionais. A integração da tecnologia Intranet com os pacotes de gestão empresarial são mais uma forma de aumentar a produtividade das empresas. Disponibilizar toda e qualquer informação corporativa de forma rápida e de acesso fácil.

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E quanto a segurança?

A confidencialidade dos dados é de vital relevância num projeto de Intranet, o qual deve estar em conformidade com a política de segurança da Instituição. Quando uma Instituição se conecta à Internet, todos os seus funcionários, professores e alunos podem, confortavelmente e ao mesmo tempo, acessarem a Internet. Da mesma forma, qualquer pessoa ou empresa conectada a Internet pode também acessar os dados da Instituição em questão, o que torna obrigatório o controle ao acesso à rede de dados definindo-se o que é público e o que é restrito. Num projeto Intranet, a proteção ou restrição ao acesso aos dados é vital é feita através de um mecanismo ou ferramenta conhecido como porta corta fogo (firewall). O "firewall" é uma combinação de programas e equipamentos com características tais como filtros de endereçamento, isolação de redes local x remota, criptografia, autenticação, entre outras. Podem ser implementados parcialmente em roteadores, ou em sua totalidade em microcomputadores e até mesmo equipamentos dedicados e com certeza, garantem segurança. Pequeno Glossário INTERNET: significa a "rede das redes", genericamente uma coleção de redes locais ou de longa distância, interligada por roteadores, pontes e gateways. INTRANET: São redes corporativas que se utilizam da tecnologia e infra-estrutura de comunicação de dados da Internet. São utilizadas na comunicação interna da própria empresa e/ou comunicação com outras empresas. SITE: Uma instituição, onde computadores são instalados e operados; No mundo virtual, é um endereço cuja porta de entrada é sempre sua home page. BROWSER: Programa de aplicação cliente que permite acessar, por meio de uma interface gráfica (Windows), de maneira aleatória ou sistemática, informações diversas, contendo textos, imagens e gráficos, sons, etc. O acesso ao servidor remoto, que pode ou não estar ligado à Internet, pode ser feito via rede local ou modem. LINKS: Conexão, ou seja, elementos físicos e lógicos que interligam os computadores da rede. São ponteiros ou palavras chaves destacadas em um texto, que quando "clicadas" nos levam para o assunto desejado, mesmo que esteja em outro arquivo ou servidor. FIREWALL: Dispositivo que controla o tráfego entre a Internet e um computador ligado a ela. Impede que usuários não autorizados entrem neste computador, via Internet, ou que dados de um sistema caiam na Intenet, sem prévia autorização. WEB: Rede de computadores interligados.

APLICATIVOS – PROGRAMAS ÚTEIS Não existiria nenhuma função no computador se este não possuísse programas que pudéssemos usar na vida profissional, estes programas que têm funções definidas para nosso uso são chamados de APLICATIVOS. Os aplicativos estão divididos (acho que de forma didática) em várias categorias, como: Processadores de texto, Planilhas, Bancos de Dados, Linguagens de Programação, Jogos, Ilustradores gráficos, Animadores, Programas de Comunicação e assim vai... Abaixo estão listados alguns dos mais comuns programas: Processadores de Texto: Microsoft Word, OpenOffice, Word Perfect, Carta, etc... Planilha de Cálculos: Microsoft Excel, Quattro Pro, Lotus 123, etc... Bancos de Dados: Microsoft Access, Paradox, SQL, Oracle, dBase, etc... Programação: Microsoft Visual Basic, Delphi, Clipper, C++, Java, etc... Jogos: Uma infinidade... Gráficos: Corel Draw, Adobe Illustrator, Macromedia Freehand, etc... Animação: Macromedia Flash, Macromedia Director, etc... Sonoro: Windows Media Player, Movie Maker, Power DVD, etc… Imagem: Fotoshop, etc…

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PRINCIPIAIS NAVEGADORES PARA INTERNET

Desde que a Microsoft embutiu o Internet Explorer ao Windows, se não me engano na versão 98, o IE monopolizou o mercado de navegadores web. O Netscape, que até então dava dor de cabeça à Microsoft, perdeu praticamente todo o público que havia conquistado. Monopólio é ruim, isso todos sabem. E é por causa dele que muitas pessoas são privadas de usar maravilhas como o Opera, ou o Mozilla Suite. Neste artigo, serão mostrados os principais navegadores que existem atualmente, excelentes alternativas ao famigerado IE.

Netscape

O Netscape já teve seus dias de glória, sendo usado por mais de 80% dos internautas. Esses tempos felizes acabaram com a jogada suja da Microsoft. Após passar por maus bocados, e agora sob a marca AOL, o Netscape volta à ativa. E volta melhorado! Isso se deve à liberação de seu código-fonte; programadores que “adotaram” o projeto criaram, a partir dele, o Mozilla Suite, que serve de base para a sétima versão do Netscape. Justamente por isso há tantas semelhanças entre Mozilla e Netscape. Mesmo assim, o programa não conseguiu emplacar novamente, e ainda anda mal das pernas…

Mozilla Suite

Navegador open source (código aberto) que está sendo muito bem aceito pelo público em geral, não só pelo fato de ser open source, mas principalmente pela sua rapidez e versatilidade. É totalmente configurável: dá pra personalizar tudo nele! Seus destaques são a ótima velocidade de abertura de páginas, navegação em abas e bloqueador de popups.

Opera

Rápido, leve, e cheio de recursos, a diferença dele para o IE é brutal. Tem um sistema de abas, onde pode-se abrir várias páginas numa só janela, deixando a barra de tarefas descongestionada, além de um gerenciador de downloads que continua downloads interrompidos. Sua compatibilidade com sites mal feitos, ou otimizados para IE, melhorou bastante em relação à sexta versão.

Firefox

Navegador derivado do Mozilla Suite, a diferença é que o Firefox é apenas navegador web, sem aplicações extras (cliente de e-mail, IRC e o Composer), presentes no “irmão mais velho”. Atualmente é o maior concorrente do IE, e anda tirando o sono da Microsoft.

CORREIO ELETRÔNICO

O correio eletrônico ou e-mail, como é mais comumente conhecido, tornou-se popular devido às vantagens oferecidas em termos de permitir comunicação além das barreiras do tempo e do espaço. Hoje em dia, desde que o usuário possua um microcomputador e linha telefônica, este usuário pode, fazendo uso de um provedor de Internet pago ou gratuito, enviar e receber mensagens 24 horas por dia, 7 dias da semana para qualquer parte do mundo. É tão rápido e fácil mandar um e-mail para qualquer parte do mundo quanto para o seu colega da sala ao lado. Você pode enviar um e-mail sempre que tiver vontade e ele estará ao alcance do destinatário sempre que ele quiser lê-lo. Será que acabaram-se os dias do telefone? Certamente, não. O correio eletrônico

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é apenas mais uma facilidade em nosso cotidiano.

O E-Mail ou Correio Eletrônico é um serviço disponível na Internet que possibilita o envio e o recebimento de mensagens. Essas mensagens podem conter texto ou imagens, muitas vezes em arquivos a ela anexados. Quando o destinatário ler a mensagem, poderá copiar para o seu computador os arquivos que lhe foram enviados. Há dois tipos de endereços de mail: pop3 e webmail. Email tipo Pop3 : É lido por um mailer, ou seja, é necessário ter um programa de correio eletrônico - mailer - instalado no computador (Mozilla Thunderbird, Messenger da suite Mozilla, Eudora, Outlook, Pegasus, etc). É essencial que a configuração esteja correta, o que implica em informar os endereços de smtp e de pop3 do servidor. Note-se que só é necessário estar conectado à internet para receber e enviar os e-mails. A leitura e a resposta podem ser feitas com a conexão desligada. Email tipo Web mail: São lidos pelo navegador (Firefox, Mozilla suite, Netscape, Internet Explorer, Planet, Opera, etc), usando um endereço http. O e-mail não precisa de que se configure um computador para usá-lo, bastando que o pc tenha um navegador instalado. Ou seja, é um mail que não mais necessita de um programa de correio (mailer) instalado. Os mails serão lidos em uma página com um endereço do tipo http. Portanto, a partir de qualquer lugar do mundo se consegue acesso ao email, bastando usar um computador conectado à Internet. Uma senha é estabelecida, de modo que o mail será de uso particular. (Os provedores se comprometem a nao dar acesso para outras pessoas àquela área). Note-se que é necessário estar conectado à internet para receber, ler, responder e enviar os e-mails.

E-mail grátis

Atualmente há muitos endereços em que se pode ter um endereço eletrônico grátis, tanto pop3 como web.

Ex: Yahoo, gmail, etc...

Aprendendo mais:

E-mail , correio-e , ou correio eletrônico , ou ainda email é um método que permite compor, enviar e receber mensagens através de sistemas eletrônicos de comunicação. O termo e-mail é aplicado tanto aos sistemas que utilizam a Internet e são baseados no protocolo SMTP, como aqueles sistemas conhecidos como intranets, que permitem a troca de mensagens dentro de uma empresa ou organização e são, normalmente, baseados em protocolos proprietários.

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Sistema de e-mail

O envio e recebimento de uma mensagem de e-mail é realizada através de um sistema de correio eletrônico. Um sistema de correio eletrônico é composto de programas de computador que suportam a funcionalidade de cliente de e-mail e de um ou mais servidores de e-mail que, através de um endereço de correio eletrônico, conseguem transferir uma mensagem de um usuário para outro. Estes sistemas utilizam protocolos de Internet que permitem o tráfego de mensagens de um remetente para um ou mais destinatários que possuem computadores conectados à Internet.

Formato de e-mail na Internet

O formato na Internet para mensagens de e-mail é definido na RFC 2822 e uma série de outras RFCs (RFC 2045 até a RFC 2049) que são conhecidas como MIME.

Mensagens de e-mail consistem basicamente de duas seções principais:

• cabeçalho (header) — é estruturado em campos que contém o remetente, destinatário e outras informações sobre a mensagem.

• corpo (body) — contém o texto da mensagem.

O corpo é separado do cabeçalho por uma linha em branco.

Funcionalidades

Hoje os grandes sítios da Internet criaram uma série de facilidades para o usuário. Note que essa variação é só uma facilidade e não um novo tipo de e-mail. Entre estas podemos citar:

E-mail restrito

Alguns sítios restringem alguns tipos de e-mail. Esse tipo de restrição normalmente é usado a fim de evitar a atuação de um spammer ou divulgador não autorizado de mensagens em massa. Normalmente esse tipo de mensagem eletrônica é mais usado em empresas.

E-mail com privacidade segura

Normalmente usado por autoridades e seu uso é controlado. Por medida de segurança alguns organismos e entidades internacionais ou mesmo ligados a Governos, categorizam o e-mail como:

• Privativo ou de uso exclusivo da autoridade: Esse e-mail, apesar de ter acesso a rede é tão restrito que a própria autoridade deve configurá-lo de quem recebe as mensagens;

• Semi-privativo: O mesmo que privativo, porém menos restrito.

Os norte-americanos chegam ao cúmulo de dar níveis e subníveis a esse tipo de mensagem;

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Entretanto, vêm crescendo o uso da criação de chaves criptográficas pessoais (facilidade provida por aplicativos especializados), assegurando a privacidade das informações "de qualquer importância" de cada indivíduo. Tais chaves possuem uma grande flexibilidade, escalabilidade e confiabilidade.

Aqui vão algumas dicas de segurança: Nunca abrir ou responder e-mails desconhecidos; nunca abrir arquivos (ficheiros) de e-mails desconhecidos, pois podem conter vírus; e ter sempre um anti-spyware (contra os programas-espiões) e antivírus instalados no seu computador.

E-mail categorizado ou especial

Especial ou categorizado em níveis, que são de uso exclusivo dos provedores de Internet. Servem para testes e verificar se funciona ou não o seu sistema anti-spam (contra as mensagens eletrônicas em massa).

E-mails gratuitos

Com a popularização da Internet através dos provedores gratuitos (cujos usuários ganhavam também uma caixa de correio eletrônico grátis), muitos sítios começaram a oferecer endereços de e-mail gratuitos desvinculados de qualquer outro serviço. Essas mensagens de e-mail podem ser lidas com o uso do próprio navegador, sem a necessidade de um programa específico, sendo por isso também chamados webmail.

Popularidade

O correio eletrônico se tornou tão popular devido a sua grande facilidade em quebrar barreiras geográficas. Pessoas que estão em diferentes continentes podem se comunicar, desde que possuam computadores conectados a Internet, eles podem enviar e receber mensagens a qualquer hora do dia e para qualquer parte do mundo.

Observa-se que o correio eletrônico deixa de ser apenas um meio de troca de mensagens entre pessoas para se tornar um grande fator na produtividade das empresas. Grandes empresas estão cada vez mais utilizando o correio eletrônico para desempenhar papéis decisivos em suas negociações. A Intranet pode ser utilizada para tornar a comunicação de funcionários com outros grupos tornando assim mais fácil o trabalho e eliminando mensagens em massa e outras mensagens indesejadas.

Áreas de Aplicações

As aplicações de correio eletrônico normalmente oferecem ao usuário uma série de facilidades. A maior parte delas fornece um editor de textos embutido e a possibilidade do envio de arquivos anexados a correspondência. Além disso, a maioria das aplicações permite o envio de correspondências para um único destinatário ou o envio para mais de uma pessoa ou para um grupo de pessoas.

Embora não tenha sido desenvolvida como uma ferramenta de trabalho cooperativo, os serviços de correio eletrônico adaptaram-se muito bem ao ambiente de grupos de trabalho onde se tornaram indispenáveis nas organizações, agilizando processos, democratizando o acesso as informações e diminuindo os custos. Esta é uma das formas mais utilizadas para o estabelecimento de comunicações através do computador.

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Muitas organizações também utilizam o correio eletrônico como forma de troca de mensagens, mas se quiserem utilizar recursos de groupware poderão incluí-los de forma simples e com baixo custo, com uma boa segurança.

Problemas

A desvantagem está na falta de conhecimento da grande maioria dos internautas e, ainda, os spammers ou geradores de spam, grandes remetentes de vírus. Como podemos ver em seguida:

• Spam - mensagens de e-mail não desejadas e enviadas em massa para múltiplas pessoas por um spammer, agente difundidor dessas mensagens, que normalmente possui códigos maliciosos e vírus diversos;

• Vírus - As mensagens de e-mail são um excelente veículo de propagação de vírus, sobretudo através dos ficheiros (arquivos) anexos. Por isso recomenda-se nunca baixar um ficheiro (arquivo) tipo .exe ( executáveis) ou outros suspeitos;

É aconselhável nunca abrir e-mail desconhecido, exceto se for de um sítio confiável, não sem antes observar os procedimentos de segurança.

Fraudes

Com o grande aumento do uso da Internet e do correio eletrônico na vida das pessoas, tornou-se grande o número de pessoas maliciosas que tentam utilizar esses meios para realizar fraudes. O grande foco desses fraudadores são pessoas que utilizam sítios de instituições financeiras na Internet. Os fraudadores eletrônicos utilizam a grande facilidade com que uma caixa de correio pode ser forjada e falsificada. Eles utilizam listas e programas para envio de spam em grande escala juntamente com arquivos executáveis e serviços de hospedagem gratuitos e que não necessitem de identificação legítima.

Esses fraudadores enviam mensagens de email se passando por bancos e outras instituições financeiras, solicitando dados pessoais, número de conta corrente, cartão bancário e, às vezes, até mesmo o número de senhas de clientes. Esses clientes desavisados enviam esses dados pensando se tratar realmente de um pedido dessas instituições, sem saberem que estão a se tornar vítimas de fraudadores. Cada vez mais cresce o número de pessoas que tem suas contas fraudadas, compras através de seus cartões e outros tipos de fraudes. A falta de legislação e meios de segurança que controlem esse tipo de ação tem se tornado um fator positivo para que esses fraudadores continuem a atuar. Além disso não há nenhum mecanismo que permita rastrear, identificar e coibir a ação desses fraudadores tornando assim cada vez mais difícil a atuação das autoridades nesses casos. Mensagens de e-mail indesejadas de instituições que queiram solicitar dados pessoais devem ser ignoradas, pois essas não enviam tais mensagens para seus clientes.

A melhor maneira de se prevenir contra fraudes ao utilizar o correio eletrônico é mesmo procurar o máximo de informações sobre sua origem e desconfiar de qualquer indício que possa levantar alguma suspeita. Mensagens de e-mail que foram enviadas por pessoas ou empresas desconhecidas encabeçam essa lista. Deve-se ter uma atenção especial com estes tipos de mensagem, pois podem instalar programas-espiões maliciosos, que podem capturar dados que estejam ou foram digitados no computador em que tais programas sejam executados, tornando assim fácil a obtenção de dados de seus usuários.

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PROCEDIMENTOS PARA CÓPIA DE SEGURANÇA

Que cuidados devo ter com as cópias de segurança?

Os cuidados com cópias de segurança dependem das necessidades do usuário. O usuário deve procurar responder algumas perguntas antes de adotar um ou mais cuidados com suas cópias de segurança:

� Que informações realmente importantes precisam estar armazenadas em minhas cópias de segurança? � Quais seriam as conseqüências/prejuízos, caso minhas cópias de segurança fossem destruídas ou danificadas? � O que aconteceria se minhas cópias de segurança fossem furtadas?

Baseado nas respostas para as perguntas anteriores, um usuário deve atribuir maior ou menor importância a cada um dos cuidados discutidos abaixo:

Escolha dos dados : cópias de segurança devem conter apenas arquivos confiáveis do usuário, ou seja, que não contenham vírus ou sejam cavalos de tróia. Arquivos do sistema operacional e que façam parte da instalação dos softwares de um computador não devem fazer parte das cópias de segurança. Eles pode ter sido modificados ou substituídos por versões maliciosas, que quando restauradas podem trazer uma série de problemas de segurança para um computador. O sistema operacional e os softwares de um computador podem ser reinstalados de mídias confiáveis, fornecidas por fabricantes confiáveis.

Mídia utilizada: a escolha da mídia para a realização da cópia de segurança é extremamente importante e depende da importância e da vida útil que a cópia deve ter. A utilização de alguns disquetes para armazenar um pequeno volume de dados que estão sendo modificados constantemente é perfeitamente viável. Mas um grande volume de dados, de maior importância, que deve perdurar por longos períodos, deve ser armazenado em mídias mais confiáveis, como por exemplo os CDs;

Local de armazenamento: cópias de segurança devem ser guardadas em um local condicionado (longe de muito frio ou muito calor) e restrito, de modo que apenas pessoas autorizadas tenham acesso a este local (segurança física);

Cópia em outro local: cópias de segurança podem ser guardadas em locais diferentes. Um exemplo seria manter uma cópia em casa e outra no escritório. Também existem empresas especializadas em manter áreas de armazenamento com cópias de segurança de seus clientes. Nestes casos é muito importante considerar a segurança física de suas cópias, como discutido no item anterior;

Criptografia dos dados: os dados armazenados em uma cópia de segurança podem conter informações sigilosas. Neste caso, os dados que contenham informações sigilosas devem ser armazenados em algum formato criptografado;

Faça uma cópia de segurança para proteger seus dado s O utilitário de Backup (cópia de segurança) no Windows® XP Professional é útil para proteger dados contra a

perda acidental, se seu sistema, hardware ou mídia de armazenagem apresentar falha. Por exemplo, você

pode usar Backup para copiar os dados em seu disco rígido e arquivá-los em outro disco, fita,

compartilhamento por rede ou outro sistema. Se seu disco rígido for apagado ou danificado, você poderá

recuperar os dados facilmente, da cópia arquivada.

Para fazer backup de arquivos para um arquivo ou fi ta, usando a interface do Windows XP.

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1. Abrir Backup. (Clique em Iniciar , aponte para Todos os Programas , aponte para Acessórios , aponte

para Ferramentas do Sistema , e então clique em Backup .)

2. O Wizard de Backup ou Recuperar inicia como padrão, a menos que esteja desabilitado. Se o Wizard de

Backup ou Restaurar não iniciar por padrão, você ainda pode usá-lo para fazer backup de arquivos,

clicando no menu de Ferramentas e depois clicando em Backup Wizard

3. Clique no botão de Modo Avançado no Wizard de Backup ou Restauração.

4. Clique na guia Backup e depois no menu Tarefa , clique Nova .

5. Especifique os arquivos e pastas dos quais deseja fazer backup, selecionando a caixa de seleção à

esquerda de um arquivo ou pasta em Clique na caixa de seleção de unidades, pastas e ar quivos para

marcá-los para backup .

6. Em Destino do backup , faça um dos seguintes:

• Clique em Arquivo se você quer fazer backup de arquivos e pastas para um arquivo. Esta é a seleção

padrão.

• Selecione um dispositivo de fita, se você deseja fazer backup dos arquivos e pastas para fita.

7. Em Mídia de backup ou nome do arquivo , faça um dos seguintes:

• Se você está fazendo backup de arquivos e pastas para um arquivo, digite um nome de caminho e

arquivo para o arquivo de backup (.bkf), ou clique no botão Procurar para encontrar um arquivo.

• Se você está fazendo backup de arquivos e pastas para uma fita, selecione a fita que deseja usar.

8. Especifique as opções de backup que deseja, como o tipo de backup e o tipo de arquivo de log, clicando

o menu Ferramentas e, depois, clicando em Opções . Quando tiver terminado de especificar opções de

backup, clique em OK.

9. Clique em Iniciar Backup e então faça quaisquer mudanças para na caixa de diálogo Informações

Sobre o Trabalho de Backup .

10. Se desejar configurar opções avançadas de backup, como verificação de dados ou compactação por

hardware, clique Avançado . Quando tiver terminado de especificar opções de backup avançado, clique

em OK.

11. Clique Iniciar Backup para iniciar a operação de backup.

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Realização de Cópias de Segurança ( Backups )

Qual é a importância de fazer cópias de segurança?

Cópias de segurança dos dados armazenados em um computador são importantes, não só para se recuperar de eventuais falhas, mas também das conseqüências de uma possível infecção por vírus, ou de uma invasão.

Quais são as formas de realizar cópias de segurança ?

Cópias de segurança podem ser simples como o armazenamento de arquivos em CDs ou DVDs, ou mais complexas como o espelhamento de um disco rígido inteiro em um outro disco de um computador.

Atualmente, uma unidade gravadora de CDs/DVDs e um software que possibilite copiar dados para um CD/DVD são suficientes para que a maior parte dos usuários de computadores realizem suas cópias de segurança.

Também existem equipamentos e softwares mais sofisticados e específicos que, dentre outras atividades, automatizam todo o processo de realização de cópias de segurança, praticamente sem intervenção do usuário. A utilização de tais equipamentos e softwares envolve custos mais elevados e depende de necessidades particulares de cada usuário.

Com que freqüência devo fazer cópias de segurança?

A freqüência com que é realizada uma cópia de segurança e a quantidade de dados armazenados neste processo depende da periodicidade com que o usuário cria ou modifica arquivos. Cada usuário deve criar sua própria política para a realização de cópias de segurança.

Que cuidados devo ter com as cópias de segurança?

Os cuidados com cópias de segurança dependem das necessidades do usuário. O usuário deve procurar responder algumas perguntas antes de adotar um ou mais cuidados com suas cópias de segurança:

• Que informações realmente importantes precisam estar armazenadas em minhas cópias de segurança?

• Quais seriam as conseqüências/prejuízos, caso minhas cópias de segurança fossem destruídas ou danificadas?

• O que aconteceria se minhas cópias de segurança fossem furtadas?

Baseado nas respostas para as perguntas anteriores, um usuário deve atribuir maior ou menor importância a cada um dos cuidados discutidos abaixo.

Escolha dos dados. Cópias de segurança devem conter apenas arquivos confiáveis do usuário, ou seja, que não contenham vírus e nem sejam algum outro tipo de malware. Arquivos do sistema operacional e que façam parte da instalação dos softwares de um computador não devem fazer parte das cópias de segurança. Eles podem ter sido modificados ou substituídos por versões maliciosas, que quando restauradas podem trazer uma série de problemas de segurança para um computador. O sistema operacional e os softwares de um computador podem ser reinstalados de mídias confiáveis, fornecidas por fabricantes confiáveis.

Mídia utilizada. A escolha da mídia para a realização da cópia de segurança é extremamente importante e depende da importância e da vida útil que a cópia deve ter. A utilização de alguns disquetes para armazenar um pequeno volume de dados que estão sendo modificados constantemente é perfeitamente viável. Mas um grande volume de dados, de maior importância, que deve perdurar por longos períodos, deve ser armazenado em mídias mais confiáveis, como por exemplo os CDs ou DVDs.

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Local de armazenamento. Cópias de segurança devem ser guardadas em um local condicionado (longe de muito frio ou muito calor) e restrito, de modo que apenas pessoas autorizadas tenham acesso a este local (segurança física).

Cópia em outro local. Cópias de segurança podem ser guardadas em locais diferentes. Um exemplo seria manter uma cópia em casa e outra no escritório. Também existem empresas especializadas em manter áreas de armazenamento com cópias de segurança de seus clientes. Nestes casos é muito importante considerar a segurança física de suas cópias, como discutido no item anterior.

Criptografia dos dados. Os dados armazenados em uma cópia de segurança podem conter informações sigilosas. Neste caso, os dados que contenham informações sigilosas devem ser armazenados em algum formato criptografado.

Que cuidados devo ter ao enviar um computador para a manutenção?

É muito importante fazer cópias de segurança dos dados de um computador antes que ele apresente algum problema e seja necessário enviá-lo para manutenção ou assistência técnica.

Em muitos casos, o computador pode apresentar algum problema que impossibilite a realização de uma cópia de segurança dos dados antes de enviá-lo para a manutenção. Portanto, é muito importante que o usuário tenha disponível cópias de segurança recentes de seus dados. Não se pode descartar a possibilidade de, ao receber seu computador, ter a infeliz surpresa que todos os seus dados foram apagados durante o processo de manutenção.

Tenha sempre em mente que procurar uma assistência técnica de confiança é fundamental, principalmente se existirem dados sensíveis armazenados em seu computador, como declaração de Imposto de Renda, documentos e outras informações sigilosas, certificados digitais, entre outros.

CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS E MÉTODOS DE A CESSO

INTRODUÇÃO Os arquivos são gerenciados pelo sistema operacional e é mediante a implementação de arquivos que o sistema operacional estrutura e organiza as informações. A parte do sistema responsável pela gerência é denominada sistema de arquivo que é a parte mais visível do sistema operacional pois é uma atividade freqüentemente realizada pelos usuários. Deve ocorrer de maneira uniforme independente dos diferentes dispositivos de armazenamento. Arquivos Conjunto de registros definidos pelo sistema de arquivos e podem ser armazenados em diferentes dispositivos físicos. Constituído de informações logicamente relacionadas, podendo representar programas ou dados. Identificado por meio de um nome, formado por uma seqüência de caracteres. Em alguns sistemas operacionais, a identificação de um arquivo é composta por duas partes separadas por um ponto, a parte após o ponto é chamada extensão do arquivo e serve para identificar o conteúdo.

Organização de Arquivos Consiste no modo como seus dados estão internamente armazenados. Quando o arquivo é criado pode-se definir que organização será adotada que pode ser uma estrutura suportada pelo sistema operacional ou definida pela própria aplicação.

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A forma mais simples de organização de arquivos é através de uma seqüência não-estruturada de bytes, onde o sistema de arquivos não impõe nenhuma estrutura lógica para os dados, a aplicação deve definir toda a organização. A grande vantagem deste modelo é a flexibilidade para criar estruturas de dados, porém todo o controle de dados é de responsabilidade da aplicação. Alguns sistemas operacionais estabelecem diferentes organizações de arquivos e cada um deve seguir um modelo suportado pelo sistema de arquivos. As organizações mais conhecidas e implementadas são a seqüencial, relativa e indexada.

Métodos de Acesso Em função de como o arquivo esta organizado o sistema de arquivos pode recuperar registros de diferentes maneiras: – Acesso seqüencial: arquivos armazenados em fitas magnéticas, o acesso era restrito à leitura na ordem em que eram gravados, sendo a gravação de arquivos possível apenas no final do arquivo. Pode-se combinar o acesso seqüencial com o direto e com isso acessar diretamente um arquivo e os demais m forma seqüencial. Acesso Direto

Operações de Entrada / Saída O sistema de arquivos oferece um conjunto de system calls que permite às aplicações realizar operações de E/S, como tradução de nomes em endereços, leitura e gravação de dados e criação/eliminação de arquivos. As system calls de E/S tem como função oferecer uma interface simples e uniforme entre a aplicação e os diversos dispositivos.

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Atributos São informações de controle que dependendo do sistema de arquivos variam, porém alguns como tamanho, criador, proteção e data estão presentes em quase todos. Alguns atributos especificados na criação do arquivo não podem ser mudados e outros são modificados pelo próprio sistema operacional. E ainda existe alguns que podem ser alterados pelo usuário tais como proteção, tamanho e senha. Atributos de Arquivos

Diretórios Modo como o sistema organiza os diferentes arquivos contidos num disco. É a estrutura de dados que contém entradas associadas aos arquivos onde estão informações como localização física, nome, organização e demais atributos. Quando um arquivo é aberto, o sistema operacional procura a sua entrada na estrutura de diretórios, armazenando as informações do arquivo em uma tabela mantida na memória principal. Esta tabela contém todos os arquivo abertos, sendo fundamental para aumentar o desempenho das operações com arquivos. Nível Único (single-level directory): é a implementação mais simples, existe apenas um único diretório contendo todos os arquivos do disco. É bastante limitado já que não permite que usuários criem arquivos com o mesmo nome o que ocasionaria um conflito no acesso aos arquivos. Estrutura de diretórios de nível único

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User File Directory (UFD): para cada usuário existe um diretório particular e assim poderia criar arquivos com qualquer nome. Deve haver um nível de diretório adicional para controle chamado de Master File Directory (MFD) que é indexado pelo nome do usuário e cada entrada aponta para o diretório pessoal. É análoga a uma estrutura de dados em árvore onde o MFD é a raiz, os galhos são a UFD e os arquivos são as folhas. Quando se referencia a um arquivo é necessário especificar seu nome e seu diretório isto é chamado de path (caminho). Estrutura de diretórios com dois níveis

Estrutura de diretórios em Árvore (Tree Structured Directory): é adotado pela maioria dos sistemas operacionais e é logicamente melhor organizado. É possível criar quantos diretórios quiser, podendo um diretório conter arquivos e outros diretórios (chamados subdiretórios). Cada arquivo possui um path único que descreve todos os diretórios da raiz (MFD) até o diretório onde o arquivo esta ligado e na maioria dos sistemas os diretórios são tratados como arquivos tendo atributos e identificação. Estrutura de diretórios em árvore

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Alocação de Espaço em Disco A criação de arquivos exige que o S.O. tenha controle de quais áreas ou blocos no disco estão livres e este controle é realizado através de uma estrutura (geralmente lista ou tabela) de dados que armazenam informações e possibilitam ao sistema de arquivos gerenciar o espaço livre. A forma mais simples de implementar uma estrutura de espaços livres é através de uma tabela chamada mapa de bits (bip map) onde cada entrada da tabela é associada a um bloco e representado por um bit, que pode assumir valor igual a 0 (bloco livre) ou 1 (bloco alocado). Esta estrutura gera um gasto excessivo de memória já que para cada bloco deve existir uma entrada na tabela. Outra forma é realizar o controle por meio da ligação encadeada de todos os blocos livres e cada bloco deve possuir uma área reservada para armazenamento do endereço do próximo. A partir do primeiro bloco pode-se ter acesso seqüencial aos demais de forma encadeada. Apresenta restrições se considerarmos que o algoritmo de busca de espaço livre sempre deve realizar uma pesquisa seqüencial na lista. Outra solução leva em conta que blocos contíguos são geralmente alocados ou liberados simultaneamente, com base neste conceito é possível manter uma tabela com o endereço do primeiro bloco de cada segmento e o número de blocos livres contíguos que se seguem.

Alocação Contígua Consiste em armazenar um arquivo em blocos seqüencialmente dispostos. Neste tipo, o sistema localiza um arquivo através do endereço do primeiro bloco e da sua extensão em blocos. O acesso é bastante simples tanto para a forma seqüencial tanto para a direta, seu principal problema é a alocação de novos arquivos nos espaços livres, pois para colocar n blocos é necessário que se tenha uma cadeia com n blocos dispostos seqüencialmente no disco.

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Existe alguns problemas como determinar o espaço necessário a um arquivo quando é criado e depois pode existir a necessidade de extensão e esta é uma operação complexa, sendo assim a pré-alocação seria uma solução mas pode ocasionar que parte do espaço alocado permaneça ocioso por um logo período de tempo. Quando o sistema operacional deseja alocar espaço para um novo arquivo, pode existir mais de um segmento livre disponível com o tamanho exigido e é necessário alguma estratégia de alocação seja adotada para selecionar qual segmento deve ser escolhido. Analisaremos as três principais estratégias: – First-fit: o primeiro segmento livre com tamanho suficiente para alocar o arquivo é selecionado. A busca na lista é seqüencial, sendo interrompida tão logo se encontre um segmento adequado. – Best-fit: seleciona o menor segmento livre disponível com tamanho suficiente para armazenar o arquivo. A busca em toda a lista se faz necessária para a seleção do segmento, a não ser que a lista esteja ordenada por tamanho. – Worst-fit: o maior segmento é alocado e a busca por toda a lista se faz necessária, a menos que exista uma ordenação por tamanho.

Alocação Encadeada O arquivo é organizado como um conjunto de blocos ligados no disco, independente de sua localização física e cada um deve possuir um ponteiro para o bloco seguinte. O que ocorre neste método é a fragmentação de arquivos (quebra do arquivo em diversos pedaços denominados extents) o que aumenta o tempo de acesso ao arquivo, pois o disco deve deslocar-se diversas vezes para acessar todas as extents. É necessário que o disco seja desfragmentado periodicamente, esta alocação só permite acesso seqüencial e desperdiça espaço nos blocos com armazenamento de ponteiros.

Alocação Indexada O princípio desta técnica é manter os ponteiros de todos os blocos de arquivos em uma única estrutura denominada bloco de índice.

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Além de permitir o acesso direto aos blocos do arquivo, não utiliza informações de controle nos blocos de dados como existe na alocação encadeada.

Proteção de Acesso Considerando que os meios de armazenamento são compartilhados é necessário ter mecanismos de proteção par garantir a proteção de arquivos e diretórios. Qualquer sistema de arquivos deve possuir mecanismos próprios para proteger o acesso as informações gravadas e o tipo de acesso é mediante concessão ou não de acessos que podem ser realizados como a leitura (read), gravação (write), execução (execute) e eliminação (delete). Há diferenças entre o controle de acesso a diretórios e arquivos.O controle da criação/eliminação de arquivos nos diretórios, visualização do seu conteúdo e eliminação do próprio diretório são operações que também devem ser protegidas. Existem diferentes mecanismos e níveis de proteção e para cada tipo de sistema um modelo é mais adequado do que o outro. Senha de Acesso É bastante simples e se resume ao usuário ter conhecimento da senha e a liberação do acesso ao arquivo concedida pelo sistema. Cada arquivo possui apenas uma senha, o acesso é liberado ou não na sua totalidade. Não é possível determinar quais tipos de operações podem ou não ser concedidas e outra desvantagem é a dificuldade de compartilhamento já que todos os demais usuários deveriam ter conhecimento da senha. Grupos de Usuários Tem como princípio a associação de cada usuário do sistema a um grupo. Os usuários são organizados com o objetivo de compartilhar arquivos entre si. Implementa três tipos de proteção: owner (dono), group (grupo) a all (todos) e na criação do arquivo é especificado quem e o tipo de acesso aos três níveis de proteção. Em geral, somente o dono ou usuários privilegiados é que podem modificar a proteção dos arquivos.

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Lista de Controle de Acesso Ou Access Control List – ACL consiste em uma lista associada a cada arquivo onde são especificados quais os usuários e os tipos de acesso permitidos. O tamanho desta estrutura pode ser bastante extenso se um arquivo tiver seu acesso compartilhado por diversos usuários. Existe um overhead adicional devido a pesquisa seqüencial que o sistema deverá realizar na lista sempre que solicitado. É possível encontrar tanto a proteção por grupos de usuários quanto pela lista de acesso oferecendo uma maior flexibilidade ao mecanismo de proteção.

Implementação de Cachês Como existe limite para o tamanho do cache o sistema adota políticas de substituição como o FIFO (First in First out) ou a LRU (Least Recently Used). No caso de dados permanecerem por um longo tempo na memória a ocorrência com problemas de energia pode resultar na perda de tarefas já executadas e consideradas salvas em disco. Existem duas maneiras de tratar deste problema: o sistema pode possuir uma rotina que executa, em intervalos de tempo, atualizações em disco de todos os blocos modificados no cache. Uma segunda alternativa é que toda vez que um bloco do cache for modificado, realizar uma atualização no disco (write-through caches). Podemos concluir que a primeira técnica implica em menor quantidade de operações de E/S porém o risco de perda de dados é maior, pois pode ocorrer que dados atualizados de um arquivo ainda no cache sejam perdidos na falta de energia. Isso já não acontece nos caches tipo write-through em função de seu funcionamento porém existe um aumento considerável nas operações de E/S o que o torna menos eficiente. A maioria dos sistemas utiliza a primeira técnica.