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Hugo Brito de Souza ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A UTILIZAÇÃO DE CHAPAS DE COMPENSADO E MADEIRA SERRADA NA EXECUÇÃO DE FORMAS DE VIGAS E PILARES DE CONCRETO ARMADO Florianópolis 2018 Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnológico Engenharia Civil Trabalho de Conclusão de Curso

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A UTILIZAÇÃO DE CHAPAS …madeira, sendo os principais tipos utilizados as tábuas de madeira serrada e as chapas de compensado. Observa-se ser prática

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Hugo Brito de Souza

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A UTILIZAÇÃO DE CHAPAS DE

COMPENSADO E MADEIRA SERRADA NA EXECUÇÃO DE FORMAS DE VIGAS

E PILARES DE CONCRETO ARMADO

Florianópolis

2018

Universidade Federal de Santa Catarina

Centro Tecnológico

Engenharia Civil

Trabalho de Conclusão de Curso

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Hugo Brito de Souza

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A UTILIZAÇÃO DE CHAPAS DE

COMPENSADO E MADEIRA SERRADA NA EXECUÇÃO DE FORMAS DE VIGAS

E PILARES DE CONCRETO ARMADO

Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em

Engenharia Civil do Centro Tecnológico da

Universidade Federal de Santa Catarina como

requisito para a obtenção do Título de Bacharel em

Engenharia Civil.

Orientadora: Cristine do Nascimento Mutti, Ph.D

Florianópolis

2018

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Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor, através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC.

Souza, Hugo Brito de Análise comparativa entre a utilização de chapas decompensado e madeira serrada na execução de formas de vigase pilares de concreto armado / Hugo Brito de Souza ;orientadora, Cristine do Nascimento Mutti, 2018. 53 p.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) -Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico,Graduação em Engenharia Civil, Florianópolis, 2018.

Inclui referências.

1. Engenharia Civil. 2. Chapas de compensado. 3. formasde madeira. 4. plano de corte. I. Mutti, Cristine doNascimento. II. Universidade Federal de Santa Catarina.Graduação em Engenharia Civil. III. Título.

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“A competitividade de um país não começa nas indústrias ou

nos laboratórios de engenharia. Ela começa na sala de aula.”

(Lee Iacocca)

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AGRADECIMENTOS

À minha orientadora, professora Cristine do Nascimento Mutti, pelas orientações e o

tempo dedicado para auxiliar na elaboração deste trabalho.

Aos meus pais, José Carlos e Maria Aparecida que me ensinaram a importância dos

estudos, sempre muito pacientes e dedicados, nunca mediram esforços para ajudar-me nessa

jornada.

Aos meus irmãos Victor e Isadora por quem sempre tive grande admiração e com

quem sempre pude contar para superar os desafios.

À minha namorada Vandreza, que com muito carinho e entusiasmo sempre esteve ao

meu lado, acompanhando-me nos momentos de estudo e motivando-me a seguir em frente

com determinação e confiança. Obrigado pelo apoio e por todos os momentos que estivemos

juntos.

À minha avó Regina, que esteve sempre presente, realizando suas orações. Aos

demais familiares e aos queridos Vander, Salute, João Luiz, Vanderson, Vilton, André, Tuany

e Adriana pela compreensão e incentivo durante o período de realização deste trabalho.

À engenheira Mayara, pela oportunidade de estágio, pelos conhecimentos

compartilhados e por sempre ter se mostrado pronta para cooperar com o desenvolvimento

desse trabalho.

Aos colegas que me acompanharam durante a época da graduação, por todo

conhecimento e experiências compartilhadas. Em especial ao meu colega Adriano, que me

incentivou ao longo deste trabalho e sempre esteve disposto a ajudar.

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RESUMO

Na construção civil, as estruturas de concreto armado usualmente são moldadas com peças de

madeira, sendo os principais tipos utilizados as tábuas de madeira serrada e as chapas de

compensado. Observa-se ser prática comum, em algumas obras onde não há projetos de

produção, que os encarregados de carpintaria fiquem responsáveis pela solicitação de

materiais e execução dos sistemas de formas. O aumento da competição entre as empresas de

construção civil, no entanto, vem causando a diminuição das margens de lucro nesse

segmento. Desse modo, com o propósito de garantir a adoção do sistema de formas que

propicie maior economia de custos e redução no desperdício de material, tornou-se essencial

nesse processo a participação dos gestores da obra (engenheiros responsáveis pela execução).

Nesse contexto, considerando-se as questões econômicas, o presente trabalho tem como seus

principais objetivos: investigar e comparar, para um edifício da cidade de Florianópolis, a

utilização de chapas de madeira compensada plastificada e tábuas de madeira serrada na

execução de moldes de formas para vigas e pilares de concreto armado; e avaliar o potencial

de aproveitamento das chapas de compensado na execução das formas. Os comparativos

foram realizados para três possíveis cenários que poderiam ocorrer no canteiro de obras

(pessimista, mais provável e otimista). Os resultados indicaram que as chapas de compensado

apresentaram melhor desempenho em relação à madeira serrada para as três situações

determinadas. Posteriormente, planos de corte foram elaborados, por meio de um programa

computacional, com o intuito de permitir o melhor aproveitamento das chapas de

compensado. A solução proposta forneceu instruções claras para o corte das chapas e

apresentou, nesse processo, um aproveitamento de aproximadamente 91% do material.

Palavras-chave: Formas. Planos de corte. Compensado plastificado. Madeira serrada.

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ABSTRACT

Traditionally in Brazil, wood elements made of plywood or lumber are used to mold the

reinforced concrete structures. For a long time the responsibility to build formworks and

request of materials were attributed to the carpenter. In some occasions it still remains,

however the increased competition among construction companies decreased the profit

margins in the sector. As a result of this, the participation of construction managers in

decisions involving formworks became more important to guarantee the adoption of systems

that will lead to greater cost savings and reduction of material waste. In this regard, this

academic work aims to compare the use of lumber boards and the use of plywood to build

beams and columns forms for a building in the city of Florianópolis. The calculations were

performed contemplating three possible scenarios for the construction site (best case, worst

case and average case). The results indicated that plywood presented a better performance

compared to lumber for the three situations simulated. Subsequently, cutting diagrams were

elaborated using a computer program objectivizing a better use of the plywood sheets. The

proposed solution provided clear instructions for the cutting of the sheets and presented a

material exploitation of nearly 91%.

Keywords: Formwork. Cutting Diagrams. Plywood, lumber.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Partes integrantes de um sistema de formas ............................................................ 16

Figura 2 - Elementos do sistema de formas de uma viga ......................................................... 17

Figura 3 - Madeira bruta e madeira serrada .............................................................................. 18

Figura 4 - Laminação das toras de madeira .............................................................................. 19

Figura 5 – Painéis de compensado resinado ............................................................................. 20

Figura 6 - Painéis de compensado plastificado ........................................................................ 20

Figura 7 – Fluxograma das atividades desenvolvidas durante a pesquisa ................................ 27

Figura 8 - Pavimentos analisados na pesquisa.......................................................................... 28

Figura 10 - Fluxo do jogo de formas de compensado para os últimos pavimentos ................. 32

Figura 11 - Fluxo do jogo de formas de compensado para os primeiros pavimentos .............. 33

Figura 12 - Índices de produtividade na execução de formas de pilar ..................................... 34

Figura 13 - Índices de produtividade na execução de formas de vigas .................................... 38

Figura 14 - Consumo unitário de material por área de forma .................................................. 42

Figura 15 - Plano de corte gerado pelo programa computacional ............................................ 50

Figura 16 - Plano de corte com baixo aproveitamento ............................................................. 51

Figura 17 - Proposta para melhor aproveitamento das chapas ................................................. 52

Figura 18 - Plano de corte após alterações das peças ............................................................... 52

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Área de formas....................................................................................................... 28

Quadro 2 - Fatores influenciadores no índice de produtividade de formas de pilares ............. 34

Quadro 3 - Índices de produtividade na execução de formas de pilar - diferentes cenários .... 35

Quadro 4 - Tempo para execução das formas de pilar com chapas de compensado ................ 36

Quadro 5 - Tempo para execução de formas de pilar com madeira serrada ............................ 37

Quadro 6 - Fatores influenciadores no índice de produtividade das formas de viga................ 38

Quadro 7 - Índices de produtividade na execução de formas de viga: diferentes cenários ...... 39

Quadro 8 - Tempo para execução de formas de viga com chapas de compensado .................. 40

Quadro 9 - Tempo para execução de formas de viga com madeira serrada ............................. 40

Quadro 10 - Fatores que influenciam o consumo de madeira .................................................. 42

Quadro 11 - Consumo de chapas de compensado .................................................................... 43

Quadro 12 - Consumo de tábuas de madeira serrada ............................................................... 44

Quadro 13 - Custo Unitário dos materiais ................................................................................ 45

Quadro 14 - Custos para execução das formas com chapas de compensado ........................... 46

Quadro 15 - Custos para execução das formas com tábuas de madeira serrada ...................... 47

Quadro 16 – Comparativo de custos......................................................................................... 48

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 11

1.1 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 12

1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................... 12

1.3 LIMITAÇÕES E DELIMITAÇÕES .......................................................................... 13

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................................... 13

2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 14

2.1 O USO CONSCIENTE DA MADEIRA NA CONSTRUÇÃO ................................. 14

2.2 SISTEMAS DE FORMA PARA CONCRETO ARMADO ...................................... 15

2.3 MADEIRA NA EXECUÇÃO DE SISTEMAS DE FORMAS ................................. 17

2.3.1 Madeira serrada ....................................................................................................... 18

2.3.2 Compensado de madeira.......................................................................................... 18

2.4 PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ...................................................................... 21

2.5 CONSUMO UNITÁRIO DE MATERIAIS............................................................... 24

2.6 PRODUTIVIDADE ................................................................................................... 24

3 MÉTODO DE PESQUISA ...................................................................................... 27

3.1 IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO ....................................................... 28

3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PROPOSTA .............................................................. 29

4 RESULTADOS ......................................................................................................... 31

4.1 PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA PARA EXECUÇÃO DE FORMAS...... 31

4.1.1 Pilares ........................................................................................................................ 33

4.1.2 Vigas .......................................................................................................................... 37

4.2 CONSUMO DE MATERIAIS ................................................................................... 41

4.3 CUSTOS ..................................................................................................................... 45

4.4 PLANOS DE CORTE ................................................................................................ 48

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 54

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1 INTRODUÇÃO

As formas para estruturas de concreto armado são constituídas por um conjunto de

componentes que, entre suas principais funções, têm a finalidade de moldar o concreto em seu

estado fresco e garantir a sustentação desse material até o seu endurecimento (BARROS;

MELHADO, 1998). Considerando-se a forma como parte dos subsistemas que integram o

sistema construtivo, Assahi (2006) enfatiza que é ela quem inicia todo o processo de

execução, tornando-se referência para os demais sistemas e influenciando na qualidade, no

prazo e também no custo de um empreendimento.

De acordo com Maranhão (2000), em edifícios habitacionais e comerciais, os custos

das formas podem alcançar de 40% a 60% dos gastos com estrutura de concreto armado,

chegando a atingir 12% do custo total de uma edificação. Nesse contexto, Assahi (2006)

destaca que, quando mal executados, os sistemas de formas podem prejudicar a qualidade

geométrica da estrutura. Tendo em vista que, segundo Daldegan (2016), a execução de formas

de qualidade é fundamental para garantir que se mantenha a geometria das peças estruturais,

assim como seu posicionamento e alinhamento, entre outras exigências construtivas. Desse

modo, caso a execução das formas não ocorra corretamente, será necessária a realização de

reparos estruturais, provocando custos indiretos que podem atingir valores equivalentes aos

gastos com o próprio sistema de formas.

Com relação ao tempo necessário para as atividades de execução e montagem de

formas, Assahi (2006) indica que esse representa, aproximadamente, 30% do prazo total para

a construção do empreendimento. Nessa perspectiva, evidencia-se a relevância dessa

atividade no cronograma de uma obra, assim como, nos custos da mão de obra empregada

para a execução dos serviços. A otimização das formas significa “[...] otimizar a execução do

empreendimento tendo-se como objetivo maior a qualidade da estrutura, condição

fundamental para eliminação completa dos custos de desperdícios em todos os demais

subsistemas” (ASSAHI, 2006, p. 5, grifo do autor).

Na construção civil, segundo Daldegan (2016), o material utilizado com maior

frequência na execução de formas para concreto armado é a madeira. Utilizadas em diversos

tipos de construção, as formas de madeira podem ser construídas com chapas de compensado

e madeira serrada. Salientando-se que esses materiais possuem propriedades e custos

distintos, torna-se relevante a compreensão de suas particularidades, buscando-se utilizar

àquele que proporcionar um retorno mais satisfatório ao empreendedor.

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1.1 JUSTIFICATIVA

As atividades envolvidas na construção e montagem de formas para concreto armado

possuem grande influência nos custos e no tempo de execução de um edifício. Desse modo, a

escolha do tipo de material utilizado como sistema de formas representa uma decisão

importante a ser realizada pelos gestores de uma obra.

Além disso, o material empregado pode influir na quantidade de resíduos gerados na

execução de uma atividade, tópico que tem sua importância evidenciada em função do

aumento de volume de resíduos de construção e demolição gerados no setor da construção

civil ao longo dos últimos anos.

O segmento da construção tem sido apontado por gerar um elevado desperdício de

material, sendo responsável pela sobrecarga de sistemas de deposição de resíduos locais e em

alguns casos, causando danos ambientais, locais e globais. Nessa perspectiva, o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), através da resolução Nº 307 orienta que os

geradores de resíduos tenham como principais objetivos, a não geração, a redução, a

reutilização, a reciclagem e a destinação final adequada de resíduos.

Sendo assim, levando-se em consideração os aspectos econômicos e ambientais,

percebe-se a importância da escolha do material a ser utilizado e da busca por um meio de

racionalização na execução das formas para concreto armado que possa reduzir a quantidade

de material utilizado. Nesse sentido, a principal motivação para o desenvolvimento desse

trabalho, que tem seus objetivos apresentados no tópico a seguir, surgiu durante o

acompanhamento realizado à obra de uma empresa que, pela primeira vez, substituiu a

madeira serrada por chapas de compensado na execução de formas para concreto.

1.2 OBJETIVOS

O objetivo geral desta pesquisa é investigar e comparar, para um edifício da cidade

de Florianópolis, a utilização de chapas de madeira compensada plastificada e tábuas de

madeira serrada na execução de moldes de formas para vigas e pilares de concreto armado e

avaliar o potencial de aproveitamento das chapas de compensado na execução das formas.

Os objetivos específicos são:

(1) Comparar os custos dos materiais com a utilização de chapas de madeira compensada

plastificada ou tábuas de madeira serrada, na execução de formas de vigas e pilares para

concreto armado;

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(2) Comparar o tempo e os custos com mão de obra demandados para execução de formas de

vigas e pilares para concreto armado, com a utilização de chapas de madeira compensada

plastificada ou tábuas de madeira serrada;

(3) Analisar a viabilidade de utilização de um software da indústria moveleira para gerar

planos de corte para formas de concreto armado.

(4) Apresentar e analisar uma proposta de planos de corte que permita melhorar o

aproveitamento de chapas de compensado, na execução de formas de vigas e pilares de uma

obra localizada no município de Florianópolis (SC).

1.3 LIMITAÇÕES E DELIMITAÇÕES

As comparações e análises realizadas limitaram-se aos moldes de formas de vigas e

pilares do edifício que foi acompanhado. As formas das lajes não foram incluídas nessa

pesquisa em decorrência da utilização de cubetas plásticas. O material utilizado para

cimbramento, não foi avaliado em virtude da utilização de peças metálicas para realização do

escoramento da estrutura e travamento de alguns elementos estruturais. Os índices de

produtividade e consumo de materiais para execução das formas não foram medidos para a

obra em estudo, por não fazerem parte do escopo da pesquisa. Tais índices foram retirados de

faixas de produtividade variável, da TCPO (2010) com base nas características da obra

analisada. A proposta de planos de corte foi elaborada para o pavimento térreo do edifício, no

entanto, a aplicação dos mesmos em obra não é abordada nesse trabalho.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

Na estrutura deste trabalho, a introdução expõe a justificativa e os objetivos do

trabalho, assim como, suas limitações e delimitações. O segundo capítulo apresenta o aporte

teórico necessário para a compreensão das propostas elaboradas, composto pelos conceitos

referentes aos sistemas de formas, os tipos de madeiras, as perdas existentes na construção

civil, o consumo de materiais e a produtividade na execução de serviços. No terceiro capítulo

são descritas as características da obra analisada e a contextualização da proposta. Os planos

de corte e os quadros de comparação entre a utilização de chapas de compensado ou madeira

serrada para a execução de vigas e pilares são expostos no quarto capítulo. Por fim, estão

dispostas as considerações finais referentes ao trabalho desenvolvido.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo é apresentada a revisão bibliográfica que aborda: (a) o que são

sistemas de formas, quais os elementos que os constituem e a importância dos mesmos para

execução de estruturas de concreto armado; (b) As principais características da madeira

serrada e dos painéis de compensado plastificado, que são alguns dos materiais mais

comumente utilizados para execução dos sistemas de formas; (c) o conceito de perdas, suas

classificações e a importância de entender e agir para reduzir as perdas nos canteiros de obra;

(d) o conceito de produtividade e a importância do conhecimento e controle desse quesito

para um canteiro de obras.

2.1 O USO CONSCIENTE DA MADEIRA NA CONSTRUÇÃO

No cenário brasileiro, Nagalli (2014) destaca que os Resíduos da Construção e

Demolição (RCD) aparecem como potenciais degradadores do meio ambiente, causando

problemas relacionados a logística e prejuízos financeiros.

Nessa perspectiva, Blumenschein (2007) aborda a problemática relacionada com a

destinação inadequada dos resíduos na construção, que podem resultar em uma ocupação

excessiva de aterros sanitários, causando seu esgotamento e a obstrução de sistemas de

drenagem urbana, resultando no aumento de insetos e roedores.

Um levantamento de dados realizado pela Associação Brasileira de Empresas de

Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe, 2016), estima que no ano de 2016, os

municípios brasileiros coletaram mais de 45 milhões de toneladas de RCD, o que representa

cerca de 60% de todo o resíduo sólido urbano coletado naquele ano.

Nesse contexto, Nagalli et al. (2013) destacam que o emprego de madeira na

construção civil, utilizado como material temporário para execução de formas, escoramento e

andaimes gera grande quantidade de resíduos. Sendo que, considerando-se a fase da execução

estrutural, os resíduos de madeira podem constituir aproximadamente 40% de todo o resíduo

gerado (Miranda et al., 20019).

A resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 307, de 05 de

Julho de 2002 foi criada com o objetivo de “estabelecer diretrizes, critérios e procedimentos

para a gestão de resíduos”. Buscando reduzir os impactos ambientais causados pelos Resíduos

da Construção Civil (RCC), a resolução passou a atribuir a responsabilidade pela gestão dos

resíduos aos geradores, isso é, às pessoas físicas e jurídicas que exercem atividades que gerem

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os resíduos da construção. Nessa perspectiva, o CONAMA (2002) orienta que os geradores

tenham como objetivo principal a não geração de resíduos e secundariamente, a redução, a

reutilização, a reciclagem e a destinação final.

Nesse sentido, um dos objetivos desse trabalho consiste em elaborar planos de corte,

como o intuito de evitar a geração desnecessária de resíduos e garantir uma redução na

quantidade de madeira utilizada para execução de formas de vigas e pilares, para uma obra

situada na cidade de Florianópolis (SC). Assim, é necessário entender as características dos

elementos para os quais as peças serão cortadas. Essas informações serão apresentadas no

capítulo a seguir.

2.2 SISTEMAS DE FORMA PARA CONCRETO ARMADO

A materialização de uma construção ocorre por meio de uma sucessão de

procedimentos, entre eles: sua concepção, cálculo, quantificação, obra, ocupação e

manutenção. Segundo Ribeiro, Pinto e Starling (2006), essas etapas são realizadas em função

dos materiais que constituirão o elemento a ser construído. Desse modo é imprescindível o

conhecimento das características e propriedades dos materiais de construção para que esses

sejam empregados corretamente.

No Brasil, principalmente em centros urbanos, utiliza-se constantemente o concreto

armado para a execução das estruturas de edificações. Nesse sistema o concreto em estado

fresco é moldado em formas provisórias, que possuem entre suas funções, definir a geometria

e a textura dos elementos estruturais (ASSAHI, 2006).

Nesse contexto, Bastos Filho et al. (2012) destacam que no início da utilização do

concreto armado os projetistas que buscavam economizar em seu dimensionamento,

preocupavam-se apenas com a redução da utilização de concreto e aço. O mesmo cuidado, no

entanto, não era aplicado às formas, que ficavam sob a responsabilidade dos mestres de obra

ou encarregados de carpintaria e assim, sujeitas a procedimentos que usualmente acarretavam

em um elevado consumo de material e tempo de serviço para sua execução.

A indústria da construção civil cresceu com o passar dos anos. No entanto a

competição no setor e as mudanças que ocorreram no cenário econômico acabaram

diminuindo as margens de lucro das empresas (EY, 2014). Desse modo, a busca por qualidade

e redução de custos levou os empreendedores a analisar os processos construtivos mais

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minuciosamente, possibilitando o desenvolvimento de novas técnicas e procedimentos mais

eficazes.

Assim, a representatividade do sistema de formas nos custos de construção de uma

estrutura em concreto armado passou a ganhar importância, tornando-se então fundamental o

conhecimento mais profundo dessa etapa executiva.

Os sistemas de formas, segundo Souza (1997), são conjuntos de componentes que

dão forma ao concreto e sustentam-no até o momento em que este possua resistência o

suficiente para sustentar-se por si só. A qualidade da estrutura de concreto armado é

dependente das formas, pois essas são responsáveis por evitar deformações excessivas das

peças concretadas. Além disso, garantem estanqueidade impedindo a perda de argamassa,

grãos finos e nata de cimento enquanto o concreto está em seu estado fresco e servem para

prover as características estéticas do elemento concretado. Segundo Freire e Souza (2001) o

sistema de formas é composto por três partes básicas (Figura 1): o molde, que é integrado por

painéis que entram em contato com a superfície do concreto, dando forma a peça; o

cimbramento, composto pelo conjunto de elementos que absorve ou transfere as cargas

atuantes nas formas para outro local; e os acessórios, que são o conjunto de peças que

auxiliam o desempenho das demais partes.

Figura 1 - Partes integrantes de um sistema de formas

Fonte: Adaptado de Neiva Neto (2014)

Algumas das peças que compõem o cimbramento e os moldes de um sistema de

formas para uma viga de concreto armado, são ilustradas na Figura 2. Os painéis laterais e de

fundo são peças mais largas e integram o molde das formas. As peças de menor dimensão

constituem o cimbramento e são posicionadas de modo a travar os painéis e resistir as

pressões exercidas pelo lançamento do concreto e outros esforços oriundos da concretagem do

elemento estrutural.

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Figura 2 - Elementos do sistema de formas de uma viga

Fonte: Adaptado de Milito (2009)

O sistema de formas pode ser fabricado em diferentes tipos de materiais, entre eles

estão: madeira serrada, chapas de compensado, plásticos, OSB e papelão. Os dois primeiros,

de acordo com Assahi (2006) e Daldegan (2016), são os mais comumente encontrados nas

construções e suas principais características serão abordadas neste trabalho, no tópico a

seguir.

2.3 MADEIRA NA EXECUÇÃO DE SISTEMAS DE FORMAS

A madeira é um insumo que apresenta diversas funções no setor da construção civil.

O seu emprego como material de utilização provisória (descartável) é realizado na execução

de formas, andaimes e escoramento. Os produtos de madeira disponibilizados no mercado,

segundo Zenid et al. (2009), variam desde peças com pouco ou nenhum processamento até

peças com diversos graus de beneficiamento.

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2.3.1 Madeira serrada

Segundo Zenid et al. (2009) os principais consumidores da madeira serrada,

localizados nas regiões sul e sudeste, utilizaram por décadas as madeiras provenientes de

florestas nativas, como o pinho-do-paraná e a peroba-rosa. No entanto com a exaustão dessas

florestas, parte desse material passou a ser suprido pelas madeiras de pinus e eucalipto obtidas

a partir de zonas de reflorestamento.

A madeira serrada é obtida do processamento de toras brutas, originalmente

cilíndricas, que por meio de unidades industriais são transformadas em peças quadrangulares

ou retangulares de menor dimensão (Figura 3). Essas peças usualmente são submetidas a um

tratamento contra fungos e insetos que conferem um tratamento superficial à madeira,

atingindo somente as camadas mais externas (ZENID et al.,2009).

Figura 3 - Madeira bruta e madeira serrada

Fonte: CC0 Creative Commons (2018)

As tábuas de madeira serrada encontram-se no mercado usualmente com dimensões

de 10, 15, 20 e 30 centímetros de largura, tendo a espessura padronizada em uma polegada

(aproximadamente 2,5 centímetros) e comprimento variável. As peças mais utilizadas como

molde para o sistema de formas são as tábuas de 30 centímetros de largura.

2.3.2 Compensado de madeira

O compensado de madeira foi idealizado por um engenheiro francês no início do

século XX e proporcionou grandes avanços ao permitir melhores aproveitamentos das toras,

transformando-as em grandes painéis de madeira (ZENID et al.,2009).

Os painéis de compensado, segundo Nazar (2007), são compostos por lâminas de

madeira coladas umas sobre as outras com direções perpendiculares entre si, proporcionando

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uma melhor distribuição de tensões quando solicitados, garantindo assim boa resistência

mecânica e tornando-os pouco suscetíveis a movimentações de contração e expansão.

Para fabricação desse material as toras de madeira possuem sua casca retirada, são

condicionadas a ambientes úmidos e quentes para torná-las mais maleáveis e então, como

ilustrado na Figura 4, são submetidas a um torno rotativo que produz as lâminas de madeira.

Posteriormente as lâminas passam pelo processo de aplicação de adesivos, são prensadas a

quente e submetidas aos processos de acabamento final, dando origem aos painéis de

compensado (NAZAR 2007).

Figura 4 - Laminação das toras de madeira

Fonte: WATAI (1998)

Ao final do processo as faces dos painéis são lixadas e podem receber um tratamento

superficial ou uma película plástica, definindo assim a qualidade final do produto. Os

compensados resinados (Figura 5) recebem um tratamento com resina fenólica líquida,

formando um revestimento pouco eficiente na superfície do compensado. Ao oferecer uma

proteção precária a chapa, durante o processo de concretagem e desforma a película protetora

poderá ser retirada com relativa facilidade da superfície do material. Com isso, o número de

utilizações desses painéis é limitado a quatro ou cinco concretagens (MARANHÃO, 2000).

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Figura 5 – Painéis de compensado resinado

Fonte: Estadão PME (2014)

Os compensados plastificados (Figura 6) são tratados com uma camada de resina

fenólica sob a forma de filme, modificada com desmoldante e formulada com quantidade

maior de sólidos. Essa camada possui alto poder de impermeabilização, garantindo melhor

desempenho no uso para formas de concreto, devido a facilidade de desforma e propiciando

um bom acabamento da superfície do concreto e uma melhor vida útil do compensado.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente

(ABIMCI, 2012) os compensados plastificados de boa qualidade podem ser utilizados por

mais de dez concretagens.

Figura 6 - Painéis de compensado plastificado

Fonte: Elaborada pelo autor (2018)

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Segundo Sanches (2012) algumas das vantagens dos painéis de compensado sobre a

madeira serrada são: a possibilidade de fabricação de peças com maiores dimensões e defeitos

limitados; diminuição de trincas na cravação de pregos e resistência elevada normal as fibras.

No entanto, os painéis apresentam como desvantagem custo por consumo de material mais

elevado que as tábuas de madeira serrada, sendo necessários então alguns cuidados para evitar

perdas e utilizar o material de modo mais racional.

2.4 PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

A indústria da construção civil, segundo Souza (2005), é um setor que possui

participação expressiva no cenário econômico do país, gera direta e indiretamente milhões de

empregos e demanda grandes quantidades de material quando comparada às indústrias de

outros setores. Embora o segmento da construção tenha passado por momentos conturbados,

acredita-se que atualmente ainda conserve as características apresentadas. Destaca-se que

vinculada ao avantajado consumo de materiais está a produção de resíduos e desperdício, que

segundo Mutti (2016) podem ocorrer por: falta de compatibilidade entre os diferentes tipos de

projetos e entre os projetos e a obra; falta de controle de qualidade; condições de trabalho

ruins e desorganização do canteiro de obras.

Desse modo, melhorias na eficiência de utilização dos materiais tornaram-se

necessárias. Segundo Santos et al. (2000) nas últimas décadas as empresas brasileiras

precisaram adotar novas estratégias e técnicas para garantir um melhor aproveitamento de

seus recursos. Atribuir mais qualidade e produtividade aos processos produtivos foram

características fundamentais para permanência e crescimento das empresas em meio a um

cenário com crescente aumento da competitividade.

A implantação de processos de melhoria deve ser precedida pela compreensão das

causas das perdas que ocorrem nos processos envolvidos na construção de uma obra. Santos

et al. (2000) define perda como a ineficiência na utilização de equipamentos, materiais e mão

de obra que acarretam em consumo de recursos maior do que o necessário à produção de um

edifício.

Segundo Souza (2005) as perdas precisam ser determinadas com base em uma

referência formal. Algumas das possibilidades para esses referenciais são: números médios e

números mínimos do setor, normas técnicas, metas próprias da empresa ou indicadores de

orçamento. No entanto, segundo o autor, as informações disponibilizadas sobre os números

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médios do mercado brasileiro são escassas e as prescrições de normas, indicadores de

orçamento e possíveis metas que a empresa possa estabelecer acabam sendo referenciais que

permitem muitas variações, compondo assim referências imprecisas.

A proposta sugerida por Souza (2005) é que se considere a quantidade de consumo

de material teoricamente necessária, isso é a quantidade que não apresenta perdas, como

aquelas indicadas nos projetos, memoriais e demais prescrições realizadas para o produto a

ser executado. Sendo assim, a perda deve ser definida como toda quantidade de material

consumida acima do valor teoricamente necessário. Essa definição delimita a discussão de

perdas ao âmbito da produção, cenário que constitui o foco desse trabalho.

A definição e medição das perdas são essenciais para que as mesmas possam ser

controladas, no entanto ainda é necessário conhecer sua natureza e identificar suas principais

causas. Segundo Formoso (1997) as perdas podem ser classificadas conforme seu controle,

natureza ou origem. Nesse trabalho as perdas serão abordadas em função da sua natureza, que

conceitualmente podem ser divididas em nove categorias:

- Perdas por superprodução: ocorrem quando se produz mais material do que o

necessário. Um exemplo é a produção de argamassa em quantidade superior a necessária para

um dia de trabalho;

- Perdas por substituição: ocorrem quando materiais com requisitos superiores aos

especificados são utilizados. Um exemplo é a utilização de concreto com traços de maior

resistência do que a especificada;

- Perdas por espera: são causadas em virtude da indisponibilidade de equipamentos

ou materiais, podendo prejudicar as atividades da mão de obra;

- Perdas por transporte: podem ocorrer devido à utilização de procedimentos e

equipamentos inadequados para o transporte, que resultam em possível quebra de materiais ou

pela má programação das atividades e elaboração de um layout de canteiro ineficiente,

culminando em um consumo excessivo de tempo para transporte de materiais;

- Perdas no processamento em si: são causadas pela natureza das atividades do

processo ou pela inadequada execução dos mesmos. Acontecem principalmente em razão da

falta da padronização de procedimentos, ineficiência dos métodos de trabalho, despreparo da

mão de obra ou devido a projetos mal detalhados;

- Perdas nos estoques: podem ocorrer devido ao armazenamento inadequado, que

resulta muitas vezes na deterioração do material ou pelo estoque excessivo de produtos,

oriundos de programação inadequada ou erros de orçamentação. Esses fatores resultam na

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redução do espaço disponível no canteiro e em um possível custo adicional para gestão do

material em excesso;

- Perdas no movimento: ocasionadas em virtude da movimentação desnecessária de

trabalhadores na obra, podem ser geradas em decorrência de frentes de trabalho afastadas ou

de difícil acesso, por falta de estudo do layout de canteiro e por falta de equipamentos

adequados. A perda de produtividade e demanda por esforço excessivo do trabalhador são

consequências dessas condições;

- Perdas pela elaboração de produtos defeituosos: são aquelas em que os produtos

fabricados não atendem aos requisitos exigidos. Usualmente são provenientes da falta de

integração entre projeto e execução, da deficiência do planejamento e controle do processo

produtivo ou da utilização de materiais de baixa qualidade;

- Outras perdas: aquelas que possuem natureza diferente das anteriores, como as

originadas por acidentes de trabalho, roubo ou vandalismo.

As perdas no processamento em si recebem destaque nesse trabalho. No qual se

propõe a elaboração de planos de corte, visando aumentar a eficiência da execução de formas

para concreto armado diminuindo assim as perdas geradas nessa atividade.

Alguns estudos realizados por outros autores constituíram referências importantes

sobre as perdas de materiais e abordaram a madeira utilizada para formas de concreto. A

pesquisa de Skoyles (1976) realizada em cinco canteiros na Inglaterra indicou um índice de

perda médio para a madeira de formas de 15% (em quantidade), Pinto (1989) por sua vez

estudou as perdas em uma obra na cidade de São Paulo e encontrou um índice de perda de

aproximadamente 47% (em quantidade) para o material, enquanto Mutti et al. (1997)

investigaram doze obras da região da Grande Florianópolis e verificaram um valor médio de

aproximadamente 8% (em quantidade) de perdas em formas. Segundo Mutti et al. (1997, p.8)

os fatores responsáveis pela perda de madeira na execução das formas foram “[...] corte

inadequado; exposição prolongada às intempéries; falta de cuidado na desforma; não

aplicação de desmoldante; utilização de materiais de baixa qualidade [...]”. Nesse contexto,

um estudo elaborado pela Hong Kong Polytechnic e Hong Kong Construction Association

(1993) analisou as causas das perdas de madeira na execução de formas para sete canteiros de

obra e identificou que as perdas no corte constituíram aproximadamente 25% de toda perda de

madeira.

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2.5 CONSUMO UNITÁRIO DE MATERIAIS

A definição de consumo unitário, segundo Paliari (2008), está associada à

produtividade na utilização de recursos físicos em um processo de produção, relacionando-se

com a eficiência em transformar uma determinada quantidade de material em produto. Um

exemplo é a quantidade, em metros quadrados, de painéis de compensado necessários para

produzir um metro quadrado de molde de formas para vigas de concreto armado. Assim, o

consumo unitário pode ser calculado de acordo com a expressão a seguir (Equação 1):

(1)

Onde,

CUM = Consumo unitário de material;

QMR = Quantidade de material empregado em determinado serviço ou produto;

QS = Quantidade de serviço ou produto executado.

O consumo unitário de material, segundo Souza (2005), é influenciado por requisitos

de projeto, especificações e pela maior ou menor eficiência no processo produtivo. Os valores

de consumo para diferentes materiais variam em faixas largas, com valores mínimos e

máximos relativamente bem afastados, possibilitando então intervenções nas áreas de projeto

e produção que melhorem a produtividade e o uso dos materiais.

Nesse trabalho será explorado o conceito de consumo variável com a utilização de

chapas de compensado e tábuas de madeira serrada para execução de formas de vigas e pilares

de concreto armado.

2.6 PRODUTIVIDADE

As atividades envolvidas na construção de um edifício necessitam de uso intenso de

mão de obra para serem realizadas. Desse modo, o setor da construção civil é responsável por

empregar uma grande quantidade de trabalhadores e consequentemente direciona boa parte

dos recursos financeiros destinados à obra para o pagamento de seus serviços (Mori, 2008).

Nesse contexto, Souza (2006, p.24) afirma que “[...] a produtividade da mão-de-obra,

do ponto de vista físico, poderia ser definida como a eficiência na transformação do esforço

dos trabalhadores em produtos de construção (a obra ou suas partes).”.

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A partir da definição de produtividade, constata-se que esse conceito está relacionado

ao fator tempo. Desse modo, Mattos (2010) destaca que o cronograma e as programações da

obra podem ser influenciados pela produtividade adotada na etapa de orçamentação. Percebe-

se então a importância do estudo da produtividade nos processos de gestão e planejamento das

atividades envolvidas na construção de um edifício.

A mensuração da produtividade, segundo Souza (2006), pode ser realizada por meio

da Razão Unitária de Produção (RUP) que consiste na relação entre o esforço necessário para

realização de um serviço, em Homens x hora (Hh), pela quantidade de serviço (Equação 2).

RUP = Hh/Quantidade de serviço (2)

Esse indicador de produtividade, segundo Mattos (2010), também pode receber o

nome de índice de produtividade, designação adotada nesse trabalho. A equação apresentada

indica que para uma mesma quantidade de serviço, quanto maior o índice de produtividade,

maior será a quantidade de horas ou homens necessários à sua execução, ou seja, quanto

maior o índice pior a produtividade.

Segundo Mori (2008) a eficiência da mão de obra depende de uma gama de fatores

distintos, entre eles estão os equipamentos utilizados para desenvolvimento das atividades, as

condições do meio ambiente e de transporte de materiais, a efetividade no gerenciamento e até

mesmo questões pessoais do trabalhador.

Um modelo de medição e análise dos fatores que afetam a produtividade de mão de

obra foi elaborado por Thomas e Yakoumis (1987). Os autores categorizam quatro grupos

principais: fatores do ambiente, fatores do canteiro, fatores de administração e fatores de

projeto. De acordo com o modelo proposto, existe uma condição de trabalho onde a

produtividade seria praticamente constante, no entanto a interferência no conteúdo ou no

contexto do trabalho faz com que a produtividade varie positivamente ou negativamente.

A variação da produtividade é um aspecto que deve ser levado em consideração ao

avaliar os índices de produtividade. O mesmo serviço pode ser executado mais lentamente em

uma obra do que em outra ou até mesmo pode existir variação de produtividade, de um dia

para o outro, em uma mesma obra. Sendo assim, a utilização de faixas de valores que

contemplem os índices de produtividade mínimo e máximo para um determinado serviço é

essencial para que o gerenciamento de uma obra possa ser realizado com indicadores

confiáveis (SOUZA, 2006).

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Nos cenários brasileiro e internacional usualmente os indicadores de produtividade

são apresentados por meio de composições específicas para cada serviço, que adotam valores

médios de necessidade de materiais e mão de obra. Entretanto, a competição entre as

empresas de construção e a existência de grande diversidade de materiais, equipamentos e

tecnologias no setor apontam que a utilização de valores médios pode indicar uma análise

muito simplista da produtividade (TCPO, 2010).

A 13ª Edição da TCPO (2010) compôs faixas de valores de produtividade variável,

elaboradas a partir da análise do desempenho das atividades desenvolvidas em obras de

construção. As características particulares da edificação ou dos serviços executados devem ser

consideradas no momento da escolha do indicador por meio das faixas. Desse modo,

conhecendo-se os fatores que influenciam a produtividade variável é possível ponderar

aqueles que aumentam ou diminuem a produtividade e então estimar o índice de

produtividade com mais assertividade.

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3 MÉTODO DE PESQUISA

Para o atendimento dos objetivos da pesquisa foram seguidos os encaminhamentos

apresentados nesse capítulo, ilustrados no fluxograma apresentado na Figura 7

Figura 7 – Fluxograma das atividades desenvolvidas durante a pesquisa

Fonte: Elaborada pelo autor (2018)

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3.1 IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

O objeto de estudo do presente trabalho é a obra de construção de um edifício situado

no bairro Ingleses, no município de Florianópolis (SC), que terá destinação residencial e

comercial e será composto por duas torres, designadas pelo empreendimento de Bloco A e

Bloco B.

As análises dessa pesquisa foram feitas para o Bloco B do edifício, que é composto

por seis pavimentos: subsolo, térreo, primeiro, segundo, terceiro pavimento e sótão. No

entanto, optou-se por fazer a análise comparativa apenas daqueles que ainda não haviam sido

executados até o início desta pesquisa. Desse modo, como mostra a Figura 8, o subsolo não

foi incluído no estudo realizado.

Figura 8 - Pavimentos analisados na pesquisa

Fonte: Elaborada pelo autor (2018)

As plantas de formas dos pavimentos analisados estão dispostas no Anexo A e um

corte é apresentado no Anexo B. A partir desses documentos foi possível identificar a

geometria da edificação e as características dos elementos estruturais estudados. O Quadro 1

expõe a quantidade de formas necessárias à execução das vigas e pilares do edifício.

Quadro 1 – Área de formas

Fonte: Elaborada pelo autor (2018)

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Na seção seguinte são expostas as etapas realizadas na elaboração desta pesquisa,

assim como algumas considerações referentes aos cálculos desenvolvidos.

3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PROPOSTA

Sabe-se que a construção civil é um setor que apresenta grande participação no

cenário econômico mundial, desse modo englobando ampla diversidade de segmentos,

empresas, insumos e equipamentos em sua cadeia produtiva. A competição entre os

envolvidos é responsável pelo frequente surgimento de inovações tecnológicas, que se

apresentam como alternativas aos materiais e técnicas convencionais.

Nesse contexto, destaca-se que boa parte dos novos materiais que surgem para

construção civil apresentam propostas diferenciadas em suas propriedades, podendo possuir

características mecânicas, estéticas ou funcionais atrativas. Entretanto, esses produtos podem

em alguns casos, possuir custos elevados ou exigir cuidados especiais para que se tornem

economicamente viáveis. Assim, é importante e prudente, que o construtor ao utilizar

materiais distintos dos quais está habituado, observe as transformações ocasionadas em seu

processo operacional e a diferença de custos proveniente dessas mudanças.

A construtora responsável pela obra analisada nesse trabalho é familiarizada com a

utilização de madeira serrada na execução de formas para a estrutura de concreto armado. No

entanto, particularmente para a obra em estudo, serão utilizadas chapas de madeira

compensada plastificada. Assim, uma das propostas dessa pesquisa tem como intuito realizar

uma análise comparativa entre a utilização dos dois materiais, avaliando o consumo de mão

de obra, de material e os custos dispensados para execução dos moldes para formas de vigas e

pilares de concreto armado em cada um dos casos.

A primeira etapa para elaboração dessa pesquisa refere-se à obtenção de informações

sobre a obra analisada. Alguns dados, tais como a área da edificação e as dimensões das

formas de vigas e pilares foram coletados a partir de projetos e memorais. Outros, referentes a

equipamentos, técnicas e condições de serviço envolvidos na produção de formas, foram

obtidos diretamente no canteiro de obras, a partir de observação e diálogos com o empreiteiro

responsável pelos serviços da obra.

Posteriormente foram efetuados os cálculos de produtividade e consumo de material

para execução dos moldes das formas para concreto armado com a utilização de cada um:

madeira serrada e painéis de compensado plastificado. Para tal, se utilizou as faixas de valores

de índice de produtividade e consumo apresentadas na décima terceira edição das Tabelas de

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Composições de Preços para Orçamentos (TCPO), referência publicada pela editora PINI em

2010. A partir desses dados foram atribuídos pesos para cada situação influenciadora da

produtividade variável em função das características da obra, chegando-se aos valores

apresentados no Quadro 3 e Quadro 7, que serão apresentados mais adiante.

Neste trabalho também é feita a previsão dos custos gerados pelos serviços de mão

de obra e pelo material utilizado na execução das formas do edifício, comparando qual seria o

gasto total gerado com a utilização de chapas de compensado ou de madeira serrada. Nesse

cálculo utilizaram-se os valores de custo unitário referente ao mês de março de 2018

apresentados pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil

(SINAPI).

O desfecho do trabalho propõe uma alternativa para tornar a utilização de chapas de

compensado plastificado mais eficiente, a partir da elaboração de planos de corte com o

auxílio de softwares específicos para essa função. Desse modo, foi realizado para o pavimento

térreo da obra em estudo, o planejamento para o corte das formas de vigas e de pilares. Os

resultados do plano de corte são apresentados por meio da quantidade de chapas necessárias

para execução do serviço e do aproveitamento obtido na utilização das chapas.

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4 RESULTADOS

Nesta seção são apresentados e analisados os resultados obtidos com a realização

dessa pesquisa, assim como as considerações efetuadas para alcançá-los.

4.1 PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA PARA EXECUÇÃO DE FORMAS

A produtividade para os serviços de fabricação e montagem de formas pode sofrer

variações de acordo com as condições encontradas no canteiro de obras (métodos de execução

e equipamentos utilizados), com os elementos a serem construídos (pilares, lajes ou vigas) e

com o número de vezes que as mesmas podem ser utilizadas antes do descarte.

A edificação em estudo pertence a uma construtora que há anos utiliza madeira

serrada para execução de formas para concreto. Desse modo, a experiência da empresa indica

que em suas obras se consegue utilizar as formas de madeira serrada para uma única

concretagem. Assim, considerou-se nos cálculos desse trabalho que esse material poderia ser

utilizado uma única vez como molde, antes de ficarem inutilizáveis e se tornarem rejeito.

As chapas de compensado plastificado podem ser utilizadas um elevado número de

vezes, devido aos tratamentos a que são submetidas para melhorar suas propriedades físicas e

mecânicas. No entanto, apesar das boas características do produto, por vezes o número de

utilizações é limitado pelo processo empregado pela mão de obra na execução das formas e

pelas particularidades da edificação em construção. Um fator de grande contribuição para que

se consiga a reutilização bem sucedida das chapas de compensado é o seu emprego em

edificações projetadas com repetição de pavimentos, pois assim os elementos estruturais

possuem praticamente as mesmas dimensões e disposição. Desse modo, após a concretagem,

as formas podem ser retiradas e simplesmente realocadas no pavimento superior. Motivo esse

pelo qual a TCPO (2010) separa os índices de produtividade em função do número de

utilizações.

Na obra analisada, essa repetição ocorre para os três últimos pavimentos (segundo

pavimento, terceiro pavimento e sótão). Sendo assim, conforme a Figura 9 considerou-se que

a quantidade de chapas necessárias para executar o jogo de formas de vigas e pilares do

segundo pavimento, poderia ser reutilizada mais duas vezes para os pavimentos superiores,

influindo positivamente na produtividade, consumo e gastos com chapas.

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Embora essa repetição de elementos estruturais não ocorra entre os dois primeiros

pavimentos (térreo e primeiro pavimento), isso não impossibilita a reutilização das chapas de

compensado. No entanto isso exige a necessidade de readequação das dimensões das formas

do térreo para atender o andar acima, culminando assim em um maior desperdício de material

e perda de produtividade, quando comparado com a situação anterior.

Para a obra analisada será considerado o emprego de um jogo de formas com duas

utilizações para a execução desses primeiros pavimentos (haverá reaproveitamento do

material). No entanto os cálculos do tempo necessário aos serviços de execução das formas

foram realizados utilizando índices de produtividade referentes a uma única utilização, pois as

formas do térreo não poderão simplesmente ser retiradas e realocadas no andar acima, será

necessário desmontá-las readequá-las e posicioná-las novamente.

Figura 9 - Fluxo do jogo de formas de compensado para os últimos pavimentos

Fonte: Elaborada pelo autor (2018)

As quantidades de material necessárias à execução das formas de vigas e pilares com

chapas de compensado apresentadas na Figura 9 e Figura 10 foram obtidas a partir do projeto

estrutural da edificação abordada nesse trabalho. A partir da Figura 10 percebe-se que apesar

de existir necessidade de readequação das dimensões das formas do térreo para o primeiro

pavimento, como exposto anteriormente, haverá uma grande quantidade de material que será

unicamente utilizada no pavimento térreo, em virtude de o mesmo possuir área de formas

superior ao primeiro pavimento. Desse modo, parte do material excedente do pavimento

térreo poderá cobrir a quantidade de chapas de compensado adicional necessária às

adequações das formas.

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Figura 10 - Fluxo do jogo de formas de compensado para os primeiros pavimentos

Fonte: Elaborada pelo autor (2018)

Percebe-se a partir das considerações realizadas que utilizando chapas de

compensado seriam necessários dois jogos de forma para moldar os elementos estruturais de

todo o edifício. No entanto ao utilizar madeira serrada seria necessário empregar um jogo de

formas para cada pavimento, implicando assim na necessidade de cinco jogos de forma para

executar as vigas e pilares da obra.

No próximo tópico são expostos os resultados dos cálculos realizados para definir a

quantidade de tempo necessário para execução das áreas de forma de pilares anteriormente

apresentadas. O índice de produtividade é uma variável fundamental nesse processo, em

decorrência disso, previamente a apresentação dos resultados, são expostas as considerações

efetuadas para defini-lo.

4.1.1 Pilares

Os índices de produtividade para as atividades envolvendo as formas de madeira

variam conforme o número de utilizações dado ao material e de acordo com o tipo de

elemento estrutural para qual a mesma servirá de molde. Especificamente na execução de

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formas para pilares, fatores relacionados com a geometria, o tamanho dos elementos, as

técnicas e os equipamentos utilizados tem influência na produtividade. No Quadro 2 são

apresentados alguns desses fatores, considerados pela TCPO (2010) na elaboração de suas

faixas de produtividade variável para execução de formas de pilares.

Quadro 2 - Fatores influenciadores no índice de produtividade de formas de pilares

Fonte: Adaptado de TCPO (2010)

Os itens apresentados no Quadro 2 permitiram estipular índices de produtividade

mais compatíveis com as situações encontradas na construção investigada. Esses fatores

constituem uma referência que torna possível analisar as situações reais do canteiro de obras.

Desse modo não foi necessário utilizar valores médios e genéricos de índices de

produtividade. Foram utilizadas as faixas de produtividade variável apresentadas na Figura

11, referentes à execução de formas para pilares.

Figura 11 - Índices de produtividade na execução de formas de pilar

Fonte: TCPO (2010)

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A obra em estudo possui predominância de pilares: (a) que não são de quina; (b) com

seção transversal pequena; (c) de formato retangular; (d) com quantidade reduzida de travas

por metro quadrado; (e) nivelados diretamente pelos painéis; e (f) locados com mangueira. Já

as condições para a execução dos serviços de fabricação, montagem e desmontagem dos

pilares podem variar ao longo da construção da obra.

Essas variações podem influir significativamente no momento de definir o índice de

produtividade e consequentemente no cálculo dos custos para execução do serviço. Desse

modo, ao invés de estimar um único índice mais provável para a obra em estudo, optou-se por

realizar os cálculos para um cenário pessimista e um cenário otimista, conforme é apresentado

no Quadro 3. Os valores expostos nesse quadro foram obtidos relacionando as faixas de índice

de produtividade variável da Figura 11 com as condições para execução de pilares da obra em

estudo, que foram apresentadas anteriormente.

Quadro 3 - Índices de produtividade na execução de formas de pilar - diferentes cenários

Fonte: Elaborado pelo autor (2018)

No cenário pessimista apresentado no Quadro 3 considerou-se que os serviços são

realizados com predominância de condições desfavoráveis, com ciclos longos, retrabalho, em

condições climáticas ruins e com alguma rotatividade de funcionários. Enquanto que no

cenário otimista prevalecem boas condições para execução dos serviços, com ciclos curtos,

pouco retrabalho, em condições climáticas favoráveis e sem rotatividade de funcionários. A

alternância entre condições favoráveis e desfavoráveis foi contemplada no cenário mais

provável.

A partir dos valores de: (a) área de forma para os pilares dos pavimentos analisados,

(b) número de oficiais que compõem a equipe de trabalho e (c) dos índices de produtividade

apresentados no Quadro 3, calculou-se a quantidade de horas de serviço necessárias para

execução das formas de pilares dos pavimentos em estudo. No Quadro 4 os resultados

referentes à execução do serviço com a utilização de chapas de compensado são apresentados.

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Quadro 4 - Tempo para execução das formas de pilar com chapas de compensado

Fonte: Elaborado pelo autor (2018)

A mudança do número de utilizações dado a um jogo de formas é responsável por

uma variação significativa do índice de produtividade obtido pela mão de obra e

consequentemente pela quantidade de horas empregadas na execução dos serviços. Conforme

Quadro 4 a quantidade de tempo gasto para realizar as formas dos três últimos pavimentos

(segundo pavimento, terceiro pavimento e sótão) é inferior ao tempo dispensado para a

execução dos elementos do térreo, embora esse último tenha menor área de formas. Isso

acontece justamente em virtude do número de utilizações das chapas. Enquanto no térreo

todas as formas precisam ser cortadas, pregadas e montadas, no conjunto dos três últimos

pavimentos essas atividades são necessárias somente para o segundo pavimento. Desse modo

as formas dos pavimentos seguintes já estão prontas e só precisam ser posicionadas passando

por alguns pequenos reajustes.

Entretanto, esse fenômeno não ocorre para a execução das formas com tábuas de

madeira serrada, conforme o Quadro 5. Nesse caso, considerou-se que o material não poderia

ser reutilizado em mais de uma concretagem. Assim, a produtividade permanece constante e o

tempo gasto para execução dos serviços só varia entre os cenários, de acordo com as

condições de execução das atividades.

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Quadro 5 - Tempo para execução de formas de pilar com madeira serrada

Fonte: Elaborado pelo autor (2018)

Ao comparar o Quadro 4 e o Quadro 5 nota-se que para os primeiros pavimentos

(térreo e primeiro pavimento) a utilização de chapas de compensado não apresenta ganhos,

em termos de produtividade, em relação à madeira serrada. No entanto para os últimos

pavimentos, a economia de tempo ou a possibilidade de reduzir o número de funcionários que

é proporcionada pelo emprego das chapas de compensado é bem significativa. Desse modo é

possível reforçar a importância da repetição de pavimentos com os mesmos elementos

estruturais para que ocorra a potencialização do uso de chapas de compensado.

Os resultados dos cálculos efetuados para definir a quantidade de tempo gasto na

execução das formas de vigas do edifício analisado são expostos no tópico a seguir.

4.1.2 Vigas

A eficiência na execução das formas de vigas, de modo similar aos pilares, também é

influenciada pelo número de utilizações que se dá às mesmas. Os fatores responsáveis pela

variação no índice de produtividade, apresentados no Quadro 6, são distintos e particulares

das atividades envolvidas na produção das formas de viga.

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Quadro 6 - Fatores influenciadores no índice de produtividade das formas de viga

Fonte: TCPO (2010)

A obra em estudo possui predominância de vigas com: (a) elevado comprimento (b)

pequena quantidade de tirantes laterais; (c) pequena quantidade de vigas invertidas; (d) muitos

encontros viga-viga; (e) predominância de vigas internas; (f) estrutura de geometria fácil;

(g) uso intensivo de escoras metálicas; e (h) escoras medianamente espaçadas. A execução

dos serviços de fabricação, montagem e desmontagem das vigas, podem variar ao longo da

construção da obra conforme as condições envolvidas no desenvolvimento das atividades.

Desse modo, similarmente a análise realizada para os pilares, efetuou-se os cálculos para um

cenário pessimista, um cenário mais provável e um cenário otimista.

A partir das características apresentadas para execução das formas de vigas na obra

analisada e das faixas de produtividade variáveis expostas na Figura 12, é possível estimar

com maior precisão o índice de produtividade para realização desse serviço. Posteriormente, a

partir desse índice, que representa a agilidade da mão de obra em transformar material em

produto, pode-se realizar o cálculo do tempo para execução das formas de viga do edifício

analisado.

Figura 12 - Índices de produtividade na execução de formas de vigas

Fonte: TCPO (2010)

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No Quadro 7 se expõe os índices de produtividade para as atividades de execução de

formas de vigas da obra analisada considerando os cenários pessimista, mais provável e

otimista. Nesse contexto, os índices referentes a 1 (uma) utilização foram empregados para

calcular o tempo na execução das formas de vigas com madeira serrada e o tempo para

construir e montar o jogo de formas, com chapas de compensado, que será utilizado para

execução dos primeiros pavimentos do edifício. Os índices referentes a 3 (três) utilizações são

utilizados para o cálculo do tempo na construção e montagem das formas de viga dos três

últimos pavimentos (segundo pavimento, terceiro pavimento e sótão).

Quadro 7 - Índices de produtividade na execução de formas de viga: diferentes cenários

Fonte: Elaborado pelo autor (2018)

As condições favoráveis e desfavoráveis, consideradas para as análises pessimista e

otimista, respectivamente, são as mesmas consideradas no caso dos pilares, apresentado no

subitem anterior.

No Quadro 8 são apresentados os resultados referentes a quantidade de horas

necessárias para execução das formas de vigas, para os diferentes cenários. Os índices de

produtividade apresentados no Quadro 7, a área de formas a ser executada e a quantidade de

oficiais empregados para a realização dos serviços, foram dados utilizados para determinação

desses cálculos.

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Quadro 8 - Tempo para execução de formas de viga com chapas de compensado

Fonte: Elaborado pelo autor (2018)

Ao analisar o Quadro 8 percebe-se pelo índice de produtividade para execução das

formas dos três últimos pavimentos, o impacto positivo na produtividade quando ocorre a

reutilização das formas já construídas para os pavimentos seguintes. Esse benefício fica ainda

mais evidente ao comparar-se os resultados do Quadro 8 com o Quadro 9, que indica o tempo

necessário para execução das vigas com tábuas de madeira serrada.

Quadro 9 - Tempo para execução de formas de viga com madeira serrada

Fonte: Elaborado pelo autor (2018)

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Comparando-se os quadros referentes ao tempo para execução das formas de viga

com aqueles relacionados ao tempo de execução para as formas de pilar, constata-se que para

o edifício em questão a área de formas de vigas é superior a de pilares. Os índices de

produtividade envolvidos nas atividades das formas de viga também são maiores do que

aqueles apresentados para os pilares. Desse modo, nota-se que o tempo total envolvido na

construção das formas de viga é maior do que aquele dispensado às formas de pilares. Assim

a economia de tempo e mão de obra proporcionada pela reutilização das formas de viga

também é mais significativa. Indica-se então, que para as formas desse elemento estrutural

seja realizado um esforço adicional para que sejam utilizadas chapas de compensado e se

promova a reutilização do jogo de formas, permitindo assim a obtenção de melhores

resultados em termos de produtividade.

Apesar de a produtividade ser um tópico relevante, também é fundamental analisar o

consumo e o custo dos materiais necessários à execução das formas. Em determinadas

ocasiões a empresa responsável pela obra contrata a mão de obra por empreitada, desse modo

os custos atrelados a produtividades acabam sendo prioridade para o empreiteiro, enquanto

que os custos com materiais recebem maior interesse por parte da construtora. Sendo assim, o

próximo capítulo fará a análise do consumo de materiais para execução das formas de vigas e

pilares.

4.2 CONSUMO DE MATERIAIS

Foram consideradas duas situações para o cálculo do consumo de materiais: com a

utilização de dois jogos de forma de chapas de compensado, um deles destinado a moldar os

elementos estruturais do térreo e primeiro pavimento e o outro para segundo pavimento,

terceiro pavimento e sótão; e com a utilização de cinco jogos de forma de madeira serrada,

sendo utilizado um em cada pavimento.

Os cálculos foram realizados para os materiais necessários ao molde das formas, ou

seja, as faces de madeira que efetivamente ficam em contato com o concreto. O material de

travamento e cimbramento dos elementos estruturais não estão inclusos nessa abordagem

devido à utilização, pela obra analisada, de elementos metálicos para suprir essas funções. No

entanto em um orçamento completo esses insumos viriam a ser contabilizados em suas

composições unitárias.

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Os valores de consumo unitário da 13º edição da TCPO (2010) publicado pela

editora PINI foram utilizados para estimar a quantidade de material necessário para a

execução das formas de vigas e pilares do edifício analisado. De modo semelhante à

produtividade, o consumo de material pode variar em função de alguns fatores. O Quadro 10

apresenta alguns desses itens e indica o efeito dos mesmos sobre o consumo.

Quadro 10 - Fatores que influenciam o consumo de madeira

Fonte: TCPO (2010)

Verificando-se o Quadro 10 é possível constatar que a maioria dos fatores listados

que influenciam o consumo de material estão vinculados aos processos operacionais

envolvidos na execução do serviço, ou seja, dependem principalmente dos procedimentos

adotados pela equipe de mão de obra na construção e montagem das formas. Portanto, o

consumo de material pode ter uma ampla variação, como ilustrado na Figura 13, em função

do controle exercido pelos responsáveis pelo gerenciamento da obra.

Figura 13 - Consumo unitário de material por área de forma

Fonte: TCPO (2010)

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A empresa responsável pela obra analisada nesse trabalho realiza verificações para

certificar-se que as etapas construtivas do edifício estão sendo realizadas corretamente. No

entanto, em virtude da grande rotatividade de mão de obra, não existe uma padronização que

garanta o cumprimento na totalidade dos processos operacionais que promovem a redução no

consumo de materiais. Desse modo, o exercício dessas práticas fica condicionado à eficiência

na orientação dos trabalhadores e à fiscalização promovida pelo construtor.

Portanto optou-se por realizar os cálculos de consumo de material para um cenário

pessimista, um cenário mais provável e um cenário otimista. Desse modo foram consideradas

as variações na eficiência do controle das atividades envolvidas na execução das formas.

O Quadro 11 apresenta o consumo de chapas de compensado necessário à execução

das formas de vigas e pilares de todo o edifício estudado.

Quadro 11 - Consumo de chapas de compensado

Fonte: Elaborado pelo autor (2018)

Ao verificar o Quadro 11 nota-se a existência de variação no consumo de chapas de

compensado em função dos fatores expostos no Quadro 10. No entanto, é importante destacar

que embora a diferença entre o caso otimista e pessimista não pareça tão acentuada, a análise

partiu do princípio de que será possível fazer duas utilizações para o jogo de formas referente

aos primeiros pavimentos e três utilizações àquele destinado aos últimos pavimentos. Isso só

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ocorrerá efetivamente se houver um controle adequado que garanta a aplicação prática dos

fatores, expostos no Quadro 10, que influem positivamente a redução no consumo de

material.

O Quadro 12 apresenta o consumo de tábuas de madeira serrada para execução das

formas de vigas e pilares do edifício em estudo. Inicialmente o consumo foi calculado em

metros cúbicos de madeira, em razão do consumo unitário da TCPO (2010) ser fornecido em

função dessa unidade. Posteriormente realizou-se a conversão do consumo para metros

quadrados de tábua, a fim de facilitar e permitir a comparação com a quantidade de chapas de

compensado consumida. A conversão foi realizada assumindo-se que as tábuas de madeira

utilizadas possuem dimensões de 30 centímetros de largura, 2,5 centímetros de espessura e 3

metros de comprimento.

Quadro 12 - Consumo de tábuas de madeira serrada

Fonte: Elaborado pelo autor (2018)

Ao analisar o Quadro 12 nota-se a grande diferença entre o cenário pessimista e o

cenário otimista em relação ao consumo de tábuas. Essa variação ocorre em decorrência da

grande discrepância entre o valor mínimo e o valor máximo de consumo apresentados na

faixa de consumo variável da TCPO (2010) para madeira serrada (Figura 12). Percebe-se

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ainda que os valores máximo e mínimo de consumo para as chapas de compensado não

possuem tanta diferença. Conclui-se a partir disso que: (a) ou existe uma grande discrepância

do consumo de madeira serrada entre as empresas do setor da construção civil; (b) ou a faixa

de consumo variável para execução de formas com a utilização de madeira serrada da TCPO

(2010) incluiu um valor de consumo máximo que é atípico no setor, sendo que o mesmo não

ocorreu para as chapas de compensado.

Sendo assim comparando-se o Quadro 11 e o Quadro 12 verifica-se que as chapas de

compensado plastificado proporcionam uma grande redução da quantidade de material

utilizada. Isso ocorre devido as características desse material que permitem que o mesmo jogo

de formas possa ser utilizado por várias vezes. Logo, quanto à economia de recursos

materiais, as chapas de compensado constituem uma opção mais interessante para a obra em

estudo.

Contudo, apesar de apresentar menor consumo, as chapas de compensado possuem

custo unitário mais elevado do que as tábuas de madeira serrada. Desse modo, em busca de

verificar a melhor opção quanto à economia de recursos financeiros, efetuou-se o comparativo

entre a utilização de madeira serrada e chapas de compensado na seção seguinte, levando-se

em consideração o custo dos materiais e o tempo de mão de obra empregado para a execução

dos serviços de formas.

4.3 CUSTOS

O custo unitário das peças de madeira foi obtido por meio do relatório de insumos e

composições divulgado em março de 2018 pelo SINAPI e são expostos no Quadro 13. Na

análise realizada se considerou a utilização de tábuas de madeira serrada de segunda

qualidade com dimensões de 3 metros de comprimento, 30 centímetros de largura e 2,5

centímetros de espessura. Quanto às chapas de compensado plastificado foram consideradas

as dimensões de 2,20 metros de comprimento, 1,10 metros de largura e 2,0 centímetros de

espessura.

Quadro 13 - Custo Unitário dos materiais

Fonte: Adaptado de SINAPI (2018)

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O custo dos serviços foi obtido por meio do relatório de custos de composições

divulgado em março de 2018 pelo SINAPI. Nos cálculos foi utilizado o custo horário não

desonerado de 20,37 reais, referente ao trabalho dos carpinteiros de formas. Os encargos

sociais, equivalentes a 114,22% (hora) do valor pago ao trabalhador, já estão inclusos nesse

valor.

O Quadro 14 expõe os custos envolvidos para execução das formas de vigas e pilares

de todos os pavimentos do edifício estudado com a utilização de chapas de compensado.

Quadro 14 - Custos para execução das formas com chapas de compensado

Fonte: Elaborado pelo autor (2018)

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Analisando-se o Quadro 14 constata-se que a variação entre os custos envolvidos

para a situação pessimista e otimista não é muito acentuada, diferente do que acontece no

Quadro 15, referente aos custos envolvidos para execução das formas com a utilização de

tábuas de madeira serrada.

Quadro 15 - Custos para execução das formas com tábuas de madeira serrada

Fonte: Elaborado pelo autor (2018)

A elevada diferença entre os custos no cenário pessimista e otimista do Quadro 15

era esperada, em virtude do consumo de material que, calculado no capítulo anterior, já havia

se mostrado discrepante.

A comparação entre os custos dos dois tipos de madeira foram expostas no Quadro

16, que ao ser analisado permite concluir que para todos os cenários desenvolvidos a

utilização de chapas de compensado no lugar de tábuas de madeira serrada é financeiramente

vantajosa.

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Quadro 16 – Comparativo de custos

Fonte: Elaborado pelo autor (2018)

No entanto, destaca-se que a análise partiu do princípio de que o número de

utilizações almejado para os jogos de forma de chapas de compensado poderia ser alcançado.

Atingir esse feito, na realidade, pode representar um desafio às empresas que ainda não estão

habituadas a trabalhar com esse material. Desse modo, indica-se que os fatores expostos no

Quadro 10 sejam criteriosamente analisados e que as devidas atitudes sejam tomadas para

assegurar as boas práticas que permitem a utilização adequada do material.

Nesse trabalho, em busca de contribuir para o melhor aproveitamento das chapas de

compensado, elaborou-se planos de corte por meio de programas computacionais para as

formas dos elementos estruturais do pavimento térreo do edifício estudado. O tópico seguinte

apresenta os procedimentos realizados, as dificuldades identificadas e os resultados

encontrados na elaboração dos planos de corte.

4.4 PLANOS DE CORTE

Em busca de realizar planos de corte para as chapas de compensado de modo mais

eficiente, atual e tecnológico investigou-se softwares específicos para essa função. Durante a

pesquisa, encontraram-se programas de computador com ferramentas interessantes para a

execução dos planos de corte. No entanto os mesmos não são direcionados para a construção

civil. Em geral, os softwares de planejamento de corte, são mais utilizados pela indústria

moveleira, possuindo então funções voltadas especificamente para esse setor. Desse modo,

embora seja uma ferramenta útil, ainda precisa de alguns ajustes para atender a construção

civil mais satisfatoriamente.

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49

A análise e investigação de alguns softwares especializados em obter melhor

aproveitamento de materiais submetidos a processos de corte mecânico foram realizadas e

optou-se por utilizar dois deles para realizar o planejamento de corte das peças das formas de

vigas e pilares do pavimento térreo do edifício estudado. Ambos os programas escolhidos

mostraram-se semelhantes quanto aos processos de operações para inserção dos dados e nos

resultados apresentados. Assim, optou-se por utilizar aquele que apresentou os resultados de

modo mais visual, permitindo entender mais facilmente os planos de corte propostos.

As etapas desenvolvidas nessa pesquisa para a elaboração dos planos de corte com o

uso de software foram as seguintes: (a) escolha do material a ser cortado, no caso as chapas de

compensado resinado plastificado, possuindo medida padrão de 2,20 metros de comprimento

por 1,10 metros de largura e 2,00 cm de espessura; (b) inserção no software das dimensões e

quantidades das peças a serem cortadas nas chapas, que variavam conforme as medidas das

formas das vigas e pilares; (c) identificação das peças, onde optou-se por atribuir a mesma

nomenclatura do projeto de formas, acrescentando à que face cada peça se referia (face lateral

ou fundo); (d) introdução de informações complementares, como a espessura da serra

utilizada e a presença de bordas e furos e (f) a execução dos comandos para que o programa

efetuasse os cálculos, apresentando ilustrações com os cortes a serem realizados nas chapas.

Na operação do software algumas dificuldades foram encontradas, sendo uma das

principais delas a impossibilidade de se inserir peças com dimensões maiores do que as da

chapa de compensado. Nessa situação o programa apresentava erros, sendo incapaz de

realizar os cálculos necessários. Percebeu-se então a inexistência de um procedimento

automático para seccionar peças em diferentes chapas. Desse modo foi necessário efetuar a

divisão manual dos elementos, tornando assim o processo mais lento e propício a erros.

Alguns outros desafios foram evidenciados na elaboração do plano de corte com a

utilização do software, como por exemplo, a necessidade de conhecer com determinada

precisão, os métodos adotados pela equipe de mão de obra para a execução das formas em

regiões de encontro entre diferentes elementos estruturais, como vigas e pilares. Para isso, a

colaboração dos empreiteiros responsáveis pela equipe que executa os serviços foi de

fundamental importância, pois os mesmos forneceram informações relevantes relativas aos

processos construtivos das formas de madeira para concreto armado.

Superadas as dificuldades, os primeiros resultados referentes aos planos de corte

foram obtidos. A Figura 14 ilustra um dos planos de corte gerado, que contempla o corte de

um painel de fundo de viga e dois painéis laterais de pilares. Os demais planos de corte

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gerados seguem o mesmo padrão e para todos eles o programa disponibiliza as informações

sobre: (a) o desperdício gerado pela distribuição das peças na chapa de compensado, (b) a

quantidade de peças posicionadas, (c) o comprimento linear de cortes a serem executados e

(d) o número de vezes que o mesmo plano de corte deve ser repetido.

O programa indicou que ao total haverá necessidade de 870 chapas de compensado

plastificado para execução das formas de vigas e pilares do pavimento térreo do edifício

estudado. Foram gerados 204 planos de corte diferentes, que apresentaram um desperdício de

19,34% da quantidade total de material.

Figura 14 - Plano de corte gerado pelo programa computacional

Fonte: Elaborado pelo autor (2018)

Analisando a Figura 14 constata-se por meio do quadro a esquerda, com os detalhes

da distribuição, que o plano de corte ilustrado apresenta um valor relativamente baixo de

desperdício na distribuição. No entanto, o desperdício total dos planos de corte gerados,

apresentado no quadro a direita, é de 19,34%, valor que representa uma perda equivalente a

aproximadamente 168 chapas de compensado.

A quantidade de resíduos gerada pelos planos de corte propostos instigou o autor a

analisá-los com maior atenção, no intuito de encontrar as principais causas da excessiva perda

de material. Após realizar a verificação, identificou-se o plano de corte apresentado na Figura

15, que possui um baixo aproveitamento de material.

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O problema com o plano de corte ocorreu em virtude de painéis de viga que

apresentaram largura de 60 centímetros, impossibilitando o posicionamento de duas peças

com essa dimensão em uma única chapa de compensado, que possui largura de 1,10 metros.

Esse plano de corte foi indicado para 161 chapas de compensado, desse modo, se ele fosse

executado da maneira como foi apresentado pelo programa, muitos retalhos seriam gerados.

Esse material poderia ser utilizado, mas não haveria uma função previamente definida para os

mesmos.

Figura 15 - Plano de corte com baixo aproveitamento

Fonte: Elaborado pelo autor (2018)

Assim, em busca de obter um melhor aproveitamento para as chapas de compensado,

optou-se por dividir os elementos responsáveis pelo alto desperdício de material. Desse modo,

conforme a Figura 16 os mesmos foram separados em duas peças de largura menor, para que

posteriormente fossem emendadas no processo de execução das formas.

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Figura 16 - Proposta para melhor aproveitamento das chapas

Fonte: Elaborado pelo autor (2018)

Após a inserção das novas dimensões no software, foram gerados novos planos de

corte que indicaram um consumo de 769 chapas de compensado, com apenas 8,90% de

desperdício de material. A Figura 17 ilustra um exemplo dos planos de corte realizados.

Figura 17 - Plano de corte após alterações das peças

Fonte: Elaborado pelo autor (2018)

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Os resultados obtidos a partir dos planos de corte mostram que é possível a obtenção

de um aproveitamento superior a 90% do material utilizado na execução das formas de vigas e

pilares.

Considerando-se a pesquisa realizada é possível concluir que a utilização de chapas

de compensado, na execução de formas, consiste em uma alternativa viável para a obra

analisada. Esse material, desde que utilizado em acordo com as boas práticas da construção

civil, ajuda a promover a redução no tempo de execução dos serviços e possibilita a economia

de recursos materiais e financeiros.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A diversidade de técnicas construtivas e produtos, na construção civil oferece aos

gestores e empreendedores múltiplas alternativas para construção de uma obra. No entanto,

para que as tomadas de decisão envolvendo a escolha desses itens seja assertiva, além de

conhecer as peculiaridades das técnicas e produtos disponíveis, é necessário levar em conta as

particularidades de cada obra.

Neste trabalho, foi realizada a comparação entre a utilização de tábuas de madeira

serrada e chapas de compensado na execução de vigas e pilares de um edifício. A partir da

geometria da obra analisada, das características dos elementos estruturais e das técnicas

envolvidas na execução das formas, foram realizados comparativos. Os mesmos indicaram

que para a obra analisada, nos três cenários propostos as chapas de compensado apresentaram

maiores benefícios quando comparadas as tábuas de madeira serrada, tanto em relação aos

custos com materiais quanto com relação ao tempo dedicado à execução dos serviços de

construção e montagem das formas. A principal razão desses ganhos é a possibilidade de

reutilização das chapas de compensado.

Em busca de potencializar as vantagens da utilização de chapas de compensado,

foram realizados planejamentos de corte para esse material, com o emprego de um software

utilizado, principalmente, pelas indústrias moveleiras. A proposta apresentada pelo programa

gerou especificações de corte bem organizadas e de fácil compreensão que forneceram

informações importantes quanto ao aproveitamento das chapas e quanto à dificuldade para

execução dos serviços. No entanto, a falta de determinados comandos e funções específicas

para a construção civil criou algumas dificuldades que tornou moroso o processo de inserção

de dados no programa e implicou na necessidade de serem realizadas intervenções manuais

para garantir o melhor aproveitamento das chapas.

Sugere-se como possibilidades de trabalhos futuros: (a) o estudo do impacto na

geração de resíduos provocado pela utilização de planos de cortes; (b) a análise, em uma obra,

do número de utilizações efetivamente alcançadas com chapas de compensado e a variação

que pode ocorrer em função da qualidade de controle das atividades envolvidas no processo

de construção, montagem e desmontagem das formas; (c) a realização de um comparativo de

custos, consumo de material e tempo de mão-de-obra entre formas pré-fabricadas e formas

construídas e montadas em obra.

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Page 59: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A UTILIZAÇÃO DE CHAPAS …madeira, sendo os principais tipos utilizados as tábuas de madeira serrada e as chapas de compensado. Observa-se ser prática

58

ANEXO A

(Plantas de formas)

Page 60: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A UTILIZAÇÃO DE CHAPAS …madeira, sendo os principais tipos utilizados as tábuas de madeira serrada e as chapas de compensado. Observa-se ser prática

A

A

BB

C

C

D D

4 68.6 378.2 69 502.3 432.1 69.2 429.6 69.2 307.1 18

3.3

18.4

18 377.5 68.9 385.7 628.2 66.9 134.3 66.9 236.8 67 4.8 523.9 1 23.3

23 60.4 23.3

2347.2 2603.3

107.2

18.50.7

0.7

23.20.7

16.9 70 298.5 70 432.1 70 429.9 70 429.9 70 457.3 40 223.1 80 353.3 120 208.7 80 441 80 411.7 80 174.4 30

76.8 297.9

19.1

23.8

374.7

40

31

.6

54

92

2.2

74

0.9

25

2.7

22

.2

42

3.5

22

.2

45

8.4

19

.6

20

.2

71

.7

20

.3

1.4

71

.6

25

10

.7

11

3.7

18

30

1.5

18

22

6.7

70

45

7.4

70

22

5.9

70

14

2.2

3.9

23

.3

10

6.3

16

61

71

.8

66

24

1.7

66

2.9

37

6.8

31

9.5

24

06

20 354.2 414.9 256.7 20 383.1

20 360.5 417.1 100 399.9 100 190.1 70 154.8 457.918

5.912 256.8 20 383.1 558.4 20 141.2 100 379.3 70 186.8 20

20 375.1 358.6 153.318 165.4 18 172.8 20 382.6

20 379.7 422.8 20 382.5

20 388.3 70 417.1 100 399.9 100 175.1 100 139.8 70 307.1

18

3.118 262.6 18 124.6 20 382.3 120 208.7 80 229.8 100 101.2 100 379.3 70 186.8 20

20 392.3 307.118

3.118 262.5 124.7 20 382.2

20 406.5 70 417.1 100 399.9 100 414.9 70 307.1

18

3.618 405.1 20 382.2 120 518.1 100 101.2 100 379.3 70 489.3 21.2

20 413.2 405.3 20 382.5 120 548.3 40 160.7 40 892.9 21.2

69 229.3 34.3

18

52

7.3

30

48

0.7

30

47

5.2

30

40

0.6

60

38

9.4

20

.4

31

52

0.2

18

28

67

05

17

.9

80

12

3.3

80

51

51

00

20

1.5

60

24

0.2

20

.2

17

6.6

20

.2

18

28

67

05

17

.9

80

12

3.3

80

51

51

00

20

1.5

60

13

82

0.2

35

6.7

20

.3

18

28

67

03

58

.4

156

.11

81

65

.3

18

16

0.4

18

18

6.3

18

35

7.8

18

43

1.5

18

.3

16

51

81

60

.7

45

0.4

18

.3

18

48

7.4

18

30

1.6

16

5.3

18

16

0.4

18

19

8.3

18

34

5.8

47

4.3

18

.3

59

3.4

10

02

35

12

01

05

.4

70

52

0.1

10

02

10

.8

30

19

8.7

20

.3

18

28

1.8

20

.9

10

5.4

37

62

0.9

59

3.4

21

0.8

30

45

8.6

20

.9

28

2.9

10

02

35

12

02

5.3

70

10

.17

05

20

.1

10

01

15

.9

70

57

5.1

20

.9

60

1.6

20

.9

28

8.9

70

39

5.3

60

0.2

49

4.2

24

.6

21

.2

10

37

5.2

14

0.6

70

31

3.5

24

.6

21

.2

53

.5

70

.8

15

6.8

86

.5

60

.3

15 15

3.5

30 10 401.7

18

41 26

3126

41 41 59.5

26 31

31

26 41 41 26 41 59.5

26

41 41 26

239.7 490.3

19.9

31

41

26 41 41

15

15 15

237.3

59.4

194.6

24.9

15

15

15 15

25

15

15

15

15

25

15

25 15

2526 26

10

22.4 30

1.4

453.6 201.8

1 1 1

26

20

20

30

27

0.8

30

20

2.5

21

2.5

5

20

20

15

5.9

20

20

40

10

7.6

20

48

.1

31

8.2

31

8.4

20

20

20

5 5

4

15

7 7

11

.4

63

.6

63

.6

5 5

10

4.1

10

2.2

10

2.2

88

.3

15

3.5

17

1.8

10

10

31

.4

3.9

3.9

5 5

14

.3

25

25

25

15

21

.1

3

41

.8

22

5

22

5

5 5

17

6.3

7.8

2.2

2.2

98

.3

15

15

15

9

1 1

30

95

92

.9

21

3.3

60

5

91

1.9

20

3.2

60

5.1

34

56

5.3

5.9

89

.2

L1

Det-1

L2

Det-2

L4

Det-2

L7

Det-2

L15

Det-2

L16

Det-2

L17

Det-2

L18

Det-2

L19

Det-2

L30

Det-2

L29

Det-2

L28

Det-2

L27

Det-2

L26

Det-2

L25

Det-2

L39

Det-2

L40

Det-2

L41

Det-2

L43

Det-2

L44

Det-2

L54

Det-2

L53

Det-2

L52

Det-2

L51

Det-2

L61

Det-2

L9

Det-2

L56

Det-2

L45

Det-2

L10

Det-2

L8

Det-2

L14

Det-2

L13

Det-2

L6

Det-2

L5

Det-2

L12

Det-2

L3

Det-2

L11

Det-2

L32

Det-2

L42

Det-2

L62

Det-2

L64

Det-2

L46

Det-2

L65

Det-2

L47

Det-2

L66

Det-2

L48

Det-2

L49

Det-2

L67

Det-2

L50

Det-1

L36

Det-2L35

Det-2

L34

Det-2

L20

Det-2

L21

Det-2

L22

Det-2

L63

Det-2

L23

Det-2

L24

Det-2

L38

Det-2

L37

Det-2

L60

Det-2

L55

Det-2

L31

Det-2

L33

Det-2

L57

Det-2

L58

Det-1

L59

Det-2

SO

BE

LE

1

SO

BE

LE

1

DE

SC

E

LE

3

V4

71

5x5

0

V23 15x50

V5

11

8x5

0

V32 18x60 V32 V32 V32 V32

V6

47

0x6

0V

65

V6

5V

65

70

x6

0

V6

7V

67

20

x6

0V

67

V3 V3 70x60

V

7

9

2

0

x

6

0

V

7

7

V

7

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2

0

x

6

0

V

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0

x

6

0

V

7

3

2

0

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6

0

V

7

3

V

7

3

V

7

4

2

0

x6

0

V5

62

0x6

0V

56

V5

6V

56

V5

6V

56

V5

6V

56

V6 100x60 V6 V6 V6 V6 V6

V4 70x60

V6

67

0x6

0V

66

V

78

70x60

V6

82

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0

V16 V16 70x60

V16

V20 V20 V20

V20 V20 120x60

V13 70x60 V13 V13 V13 V13

V5

88

0x6

0V

58

V5

8V

58

V2118x40

V4

81

8x4

0

V17 18x40

V5

41

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0

V22 18x40

V18 18x40

V14 18x40 V14

V5

5V

55

18

x4

0

V7 18x40

V4

5V

45

18

x4

0

V2 V2 30x60 V2

V29 18x60V29

V

7

6

1

8

x

6

0

V4

61

8x6

0

V8 18x60

V27 18x60

V3

8V

38

V3

81

00

x6

5V

38

V3

5V

35

V3

5V

35

10

0x6

5V

35

V3

5V

35

V3

4V

34

V3

4V

34

70

x6

0V

34

V3

4V

34

V33

20x60

V33

V33

V33

V33

V

7

0

2

0

x

6

0

V

71

20x60

V

72

20x60

V

72

V

7

5

2

0

x6

0

V30 V30 V30 V30 V30 18x60

V28 70x60 V28 V28 V28 V28

V3

77

0x6

0

V4

3V

43

18

x6

0

V19 80x60 V19 V19 V19 V19

V12 80x60 V12 V12 V12 V12

V5 100x60 V5 V5 V5 V5

V3

6V

36

V3

6V

36

10

0x6

0V

36

V3

6

V9 30x60

V1 V1 V1 V160x60

V4

41

8x6

0V

42

18

x6

0

V15 30x60

V26 30x60

V25 70x60

V24 V24 V24 V24 V24 100x60

V5

31

8x4

0

V5

01

8x6

0V

49

18

x6

0

V3118x60

V5

21

8x6

0

V3

97

0x6

0V

39

V3

9V

39

V4

17

0x6

0V

41

V4

07

0x6

0V

40

V10 18x40

V1118x60

V63

40x60

V6

2V

62

V6

2V

62

10

0x6

0V

62

V6

2

V61

40x60

V6

0V

60

10

0x6

0V

60

V6

0

V5

71

20

x6

5V

57

V5

7V

57

V5

7V

57

V57

V5

92

0x6

0

20x70

PB1(MORRE)

20x70

PB2(MORRE)

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PB4(MORRE)

20x70

PB5(MORRE)

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20x70

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20x70

PB11(MORRE)20x70

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20x70

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20x70

PB14(MORRE)

18x40

PB16(MORRE)

18x40

PB17(MORRE)

20x70

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PB21(MORRE)

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PB40(MORRE)

20x70

PB41(MORRE)

20x70

PB42(MORRE)

20x70

PB43(MORRE)

20x70

PB44(MORRE)

18x55

PB45

20x70

PB46(MORRE)

20x70

PB47

18x40

PB48

18x40

PB49

18x40

PB50

20x70

PB51(MORRE)

18x40

PB52

18x40

PB53

18x40

PB54

18x40

PB55

20x70

PB56(MORRE)

20x70

PB57(MORRE)

20x70

PB58(MORRE)

20x70

PB59(MORRE)

20x70

PB61(MORRE)

20x70

PB62(MORRE)

20x70

PB63(MORRE)

20x70

PB64(MORRE)

20x70

PB65(MORRE)

18x55

PB66

18x40

PB67

18x40

PB68

18x40

PB69

18x40

PB70

18x40

PB71

18x40

PB72

18x40

PB73

18x40

PB74

20x70

PB75(MORRE)

18x70

PB76

20x70

PB77(MORRE)

20x70

PB78(MORRE)

20x70

PB79(MORRE)

20x70

PB81(MORRE)

20x70

PB82(MORRE)

20x70

PB83(MORRE)

20x70

PB84(MORRE)

20x70

PB85(MORRE)

20x70

PB86(MORRE)

18x40

PB87

18x40

PB88

20x70

PB89(MORRE)

18x40

PB90(MORRE)

18x40

PB91

18x40

PB93

18x80

PB94

18x80

PB95

18x80

PB96(MORRE)

20x70

PB97(MORRE)

20x70

PB99(MORRE)

20x70

PB100(MORRE)

20x70

PB101(MORRE)

20x70

PB102(MORRE)

40x40

PB108(MORRE)

18x80

PB109

18x80

PB110

18x80

PB111

18x80

PB112

18x40

PB113(NASCE)

18x50

PB114(NASCE)

18x50

PB115(NASCE)

18x50

PB116(NASCE)

18x40

PB117(NASCE)

18x40

PB118(NASCE)

18x40

PB119(NASCE)

18x40

PB120(NASCE)

18x50

PB121(NASCE)

18x40

PB122(NASCE)

18x50

PB123(NASCE)

18x40

PB124(NASCE)

18x40

PB125(NASCE)

18x40

PB126(NASCE)

18x40

PB127(NASCE)

18x40

PB128(NASCE)

18x40

PB129(NASCE)

18x40

PB130(NASCE)

18x40

PB131(NASCE)

18x40

PB132(NASCE)

18x50

PB133(NASCE)

18x40

PB134(NASCE)

18x40

PB135(NASCE)

18x40

PB136(NASCE)

18x40

PB137(NASCE)

18x50

PB138(NASCE)

18x40

PB139(NASCE)

18x50

PB140(NASCE)

18x40

PB141(NASCE)

18x60

PB142(NASCE)

18x50

PB143(NASCE)

18x55

PB144(NASCE)

Forma do pavimento TERREO

escala 1:50

Legenda dos pilares

Pilar que morre

Pilar que passa

Pilar que nasce

Pilar com mudança de seção

Legenda das vigas e paredes

Viga

C.F. 2.50

C.F

. 2

.5

0

C.F. 2.50

C.F. 2.50

C.F. 2.50

C.F. 2.50

C.F. 2.50

C.F. 2.50 C.F. 2.50C.F. 2.50 C.F. 2.50 C.F. 2.50

C.F

. 2

.5

0

C.F. 2.50

C.F. 2.50 C.F. 2.50

C.F. 2.50 C.F. 2.50

C.F

. 2

.5

0C

.F

. 2

.5

0

C.F

. 2

.5

0C

.F

. 2

.5

0C

.F

. 2

.5

0C

.F

. 2

.5

0

Indicadas

CONDOMÍNIO

Projeto

FORMAS

F02

PLANTA

LOCAL:

PROPRIETÁRIO: Data : Escala:

Revisão:

BLOCO B

/F11

PROJETO ESTRUTURAL

Execução:

18x40

PB92

TÉRREO

L68

h:15

L69

h:15

Page 61: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A UTILIZAÇÃO DE CHAPAS …madeira, sendo os principais tipos utilizados as tábuas de madeira serrada e as chapas de compensado. Observa-se ser prática

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

599 kgf/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

59

9 kg

f/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

599 kgf/m

599 kgf/m

599 kgf/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

599 kgf/m

599 kgf/m

5

9

9

k

g

f

/

m

599 kgf/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

599 kgf/m

599 kgf/m

599 kgf/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

599 kgf/m

599 kgf/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

599 kgf/m

599 kgf/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m599 kgf/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 k

gf/m

59

9 kg

f/m

AA

BB

C C

D D

44.1 18

542.9 60 72.5 367.4 60 177.8 650.6 1.5

4.6

280.5 673.2 288.3 18 281.2 18 265.4 18 170.4 18 82.4 13.1

89.918

44.2

62.1

1932.8 2126.3

152.2

18

44.2 35.7

70 276 125.3

35.9

60 205.7 165.3 68.8 60 554 125.3 301.5 2.9 283.5 18 125.3 664.4 18 165.8 301.5 125.3 301.5

69.3

10.944.2

18

4258.5

14

3.3

35

6.2

31

1.6

29

7.9

36

8.3

60

17

9.8

76

.9

71

.9

17

17

.2

14

3.3

18

33

8.2

31

1.6

29

7.9

16

1.3

42

8.9

18

18

8.4

19

05

.5

1817.7 437.1 439.9 424.9 90 164.4 18 265.5

18

3 18 264.5 20 124.3 18 358.2 18 270.3 18 265.5 18 18 345.7 18

162.5 18 608.2

18

61.9 126 18 204.6 153.218 165.4 18 222.6 18 125.1 790.1 18 192.4 18

344 50 45.9 298.6 15 280.6 18 943.4

79.9 18

79.9 439.9 184.9 18 95.7 18 262.5 115.2 18 191.5 18 600.6 564.5 338.8 18 79.2

212.6 18 712.8 100.2 18 255.5

18 354.1 281.1 18 265.4

1817.870 437.1 72.3 18 349.6 424.9 90 298.6 154.7 18 354.1 18 283.1 18 270.3 265.8 18

18

58

.1

60

52

38

01

33

.2

60

.3

94

01

15

23

.4

80

13

2.8

60

54

56

01

61

.8

18

52

3.6

80

13

2.5

52

3.8

80

13

2.4

23

1.4

18

.2

18

8.2

52

3.9

80

13

2.2

21

4.2

18

.2

52

4.2

80

13

21

86

.9

18

.2

18

58

.1

60

52

4.4

80

13

1.8

60

54

56

01

67

.5

18

.2

52

4.7

80

13

1.5

75

.4

18

14

3.7

80

13

17

5.6

18

36

3.4

18

14

3.9

80

13

0.8

60

14

4.3

18

38

2.8

60

75

.8

18

18

58

.1

60

36

3.4

18

31

81

65

.3

18

16

0.4

18

85

.1

11

3.2

18

34

5.8

18

80

.2

50

2.6

18

16

0.4

19

8.3

48

1.5

18

6.3

18

16

0.4

18

26

8.6

18

10

9.8

18

18

6.3

18

16

0.5

18

17

6.3

18

17

6.6

18

32

41

8

18

29

71

83

70

.8

18

16

0.5

18

30

4.6

84

.3

19

1.3

18

47

6.4

18

16

0.5

58

7.1

18

18

7.5

18

.2

43

6.5

20

23

6.5

20

54

72

11

.2

18

.2

18

14

1.3

24

7.6

18

67

6.2

23

2.7

18

.2

25

7.8

18

.2

45

6.9

63

.2

18

.2

69

.5

18

25

3.5

18

10

0.2

18

30

0.2

42

6.2

91

18

.2

18

12

5.3

33

8.3

18

27

5.6

18

18

11

0.3

18

44

3.9

17

0.4

18

36

26

36

21 36

78.8

26 21 36

15

26

21 21

10

111.3

111.3

10 17.8

15

160

15

15

18.9 6.7

5

18.9 17.1

17.1

15

160

1.5

1.5

1.5

1

16

133.2 21 50.7 21

1511

133.2 21

1011

10

10

17

1.9

27

2.5

10

10

9.9

71

.2

5

9.2

18

.6

38

10

10

85

.8

22

21

66

.7

67

.1

17

.2

17

.2

10

10

10

10

10

10

10

53

.3

52

.7

18

.8

19

.2

9 9

6.9

9.1

9

7

17

.2

64

.9

10

15

3.3

10

10

64

.9

L19

Det-1

L20

Det-1

L18

Det-1

L37

Det-1

L38

Det-1

L40

Det-1

L41

Det-1

L7

Det-1

L13

Det-1

L9

Det-1

L43

h=12

L24

h=12

L17

h=12

L8

h=12

L49

h=12

L54

Det-1

L21

Det-1

L32

Det-1

L50

Det-2

L51

Det-2

L52

Det-3

L57

Det-3

L71

h=15

L73

h=15

L76

h=15

L75

h=15

L77

h=15

L78

h=15

L46

Det-4

L66

Det-4

L67

Det-4

L60

Det-4

L61

Det-4

L65

Det-4

L62

Det-4

L59

Det-4

L69

Det-4

L44

Det-4

L45

Det-4

L29

Det-4

L23

Det-2

L36

Det-4

L22

Det-2

L35

Det-4

L25

Det-4

L14

Det-4

L15

Det-4

L26

Det-4

L27

Det-4

L12

Det-4

L2

Det-4

L11

Det-4

L3

Det-4

L6

Det-4

L5

Det-4

L55

Det-4

L16

h=8

L1

h=8

L30

h=8

L70

h=8

L79

h=8

L74

h=8

L72

h=8

L28

h=8

L68

h=8

L39

h=8

L42

h=13

L31

h=13

L10

Det-1

L4

Det-1

L63

Det-4

L58

Det-4

L64

Det-3

L48

Det-3

L34

h=15

L33

h=15

L47

h=15

L80

Det-3

L81

h=13

SO

BE

LE

1

SO

BE

LE

1

DE

SC

E

LE

3

V7

81

5x5

0

V22 V22 V22 V22 60x60 V22 V22

V28 80x60V28

V28V28 V28

V6

6

50

x5

0

V7

6V

76

V7

61

5x5

0

V15

18x50

V5

71

8x5

0V

57

V9

18x50

V4 V4 18x50

V6

41

8x5

0

V6

91

8x5

0

V

114

18x50

V

114

V31

18x50

V5

51

8x5

0

V24

18x50

V27 50x50

V2 18x50

V7

51

8x5

0

V19 18x50

V7

31

8x5

0

V18 18x40

V6 V6 V6 V6 V6 V6 60x60

V6

0V

60

V6

07

0x8

0V

60

V6

36

0x6

0V

63

V6

3V

63

V6

3

V8

11

8x5

0

V5

97

0x8

0

V42 60x60 V42 V42 V42 V42 V42 V42 V42

V7

41

8x5

0

V50 18x50

V8

01

8x5

0

V6

8V

68

V6

86

0x6

0V

68

V7

21

8x5

0

V49 18x50

V6

7

18

x5

0

V6

5

18

x5

0

V6

2

18

x5

0

V48 18x50

V6

1

18

x5

0

V47 18x50

V5

87

0x8

0

V117 40x40 (incl.)

V7

19

0x5

0V

71

V7

1V

71

V7

1V

71

V7

05

0x5

0

V32 V32 18x50

V7

71

8x5

0

V23 V23 V23 V23 V23 18x50

V9

31

8x5

0

V8

61

8x5

0

V8

41

8x5

0V

84

V8

4V

84

V8 18x50

V1

11

18

x5

0

V1

05

18

x5

0V

10

5

V34 18x50 V34

V1

13

18

x5

0

V1

03

18

x5

0V

10

3

V1

00

18

x5

0

V1

04

V1

04

V1

04

18

x6

0V

10

4V

10

4

V16 V16 18x50

V7 V7 18x50

V1

06

18

x5

0

V12 18x50

V1

16

18

x5

5

V1

09

18

x5

0

V13 18x50 V13

V1

01

18

x5

0

V1

07

18

x6

0

V118x50

V9

81

8x5

0

V8

51

8x5

0

V9

41

8x5

0

V

115

V

115

18x50

V

115

V1

02

18

x6

0

V9

9V

99

V9

9V

99

V9

91

8x6

0V

99

V1118x50

V9

61

8x5

0

V9

01

8x5

0

V10 18x50

V20 18x50 V20

V14 18x50

V1

08

18

x5

0

V1

12

18

x5

0

V54 18x50

V1

10

18

x5

0

V44 18x50

V53 18x50

V4118x55

V37 18x50

V35 V35 18x50 V35

V46 18x50

V9

71

8x5

0

V38 18x50

V9

11

8x5

0

V52 18x50 V52

V43 18x50

V5118x50

V8

2V

82

18

x5

0

V30 18x50

V8

31

8x5

0

V7

91

8x5

0

V26 V26 V26 V26 18x50

V8

91

8x5

0

V9

2V

92

18

x5

0

V33 18x50 V33

V39 18x50 V39

V29 20x50

V21 20x50

V25 18x50 V25

V17 V17 18x60

V3 18x50 V3

V36 18x50

V5 18x50 V5

V45 18x40

V5

61

8x4

0

V40

18x40

V9

5

18

x5

0

V8

82

0x5

5V

88

V8

71

8x5

5

18x40

PB28

18x40

PB30

18x40

PB34

18x40

PB35

18x40

PB47

18x40

PB48

18x40

PB49

18x40

PB50

18x40

PB52

18x40

PB53

18x40

PB54

18x40

PB67

18x40

PB68

18x40

PB69

18x40

PB70

18x40

PB71

18x40

PB72

18x40

PB73

18x40

PB74

20x70

PB76

18x40

PB87

18x40

PB88

18x40

PB91(MORRE)

18x40

PB93

18x40

PB113

18x50

PB114(MORRE)

18x50

PB115

18x40

PB117(MORRE)

18x40

PB118(MORRE)

18x40

PB120

18x50

PB121

18x40

PB124(MORRE)

18x40

PB125(MORRE)

18x40

PB126(MORRE)

18x40

PB127(MORRE)

18x40

PB129

18x40

PB130

18x40

PB131

18x40

PB132(MORRE)

18x50

PB133(MORRE)

18x40

PB134(MORRE)

18x40

PB135(MORRE)

18x40

PB138

18x40

PB139

18x50

PB142(MORRE)

18x40

PB143(MORRE)

18x40

PB144(MORRE)

18x40

PB145

18x40

PB146

18x40

PB147

18x40

PB148

18x40

PB149

18x40

PB150

18x57

PB151

18x40

PB152

18x40

PB153

18x57

PB154

18x40

PB15518x50

PB156

18x52

PB157

18x55

PB158

18x40

PB159

18x40

PB160

18x40

PB161

18x40

PB162

18x40

PB163

18x40

PB164

18x40

PB165

18x40

PB166(NASCE)

18x40

PB167(NASCE)

18x40

PB168(NASCE)

18x40

PB169(NASCE)

18x40

PB170(NASCE)

18x40

PB171(NASCE)

18x40

PB172(NASCE)

18x40

PB173(NASCE)

18x40

PB174(NASCE)

18x40

PB175(NASCE)

18x40

PB176(NASCE)

18x40

PB177(NASCE)

18x40

PB178(NASCE)

18x40

PB179(NASCE)

18x40

PB180(NASCE)

18x40

PB181(NASCE)

18x40

PB182(NASCE)

18x40

PB183(NASCE)

18x40

PB184(NASCE)

18x40

PB185(NASCE)

18x40

PB186(NASCE)

18x40

PB187(NASCE)

18x40

PB188(NASCE)

18x40

PB189(NASCE)

Forma do 1º PAVIMENTO

escala 1:50

Legenda dos pilares

Pilar que morre

Pilar que passa

Pilar que nasce

Pilar com mudança de seção

Legenda das vigas e paredes

Viga

Viga inclinada

Indicadas

CONDOMÍNIO

Projeto

FORMAS

F03

PLANTA

LOCAL:

PROPRIETÁRIO: Data : Escala:

Revisão:

BLOCO B

/F11

PROJETO ESTRUTURAL

Execução:

1º PAVIMENTO

Page 62: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A UTILIZAÇÃO DE CHAPAS …madeira, sendo os principais tipos utilizados as tábuas de madeira serrada e as chapas de compensado. Observa-se ser prática

599 kgf/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

599 kgf/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

599 kgf/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

599 kgf/m

59

9 kg

f/m

AA

BB

C C

D D

44.1

50.8 40 584.6 18 280.6 18 270.7 18 652.1

3.1

280.5 673.1 594.9 275.8 18 170.4 8.39.7 82.4 13.1

108 44.1

1932.8 2126.3

152.2

44.2 80.2 301.5 125.3 301.6 165.4 18 664.8 125.3 301.6 2.9 301.6 125.2 682.8 165.4 301.6 125.3 301.5

69.3

10.944.2

4258.5

14

3.3

35

6.2

31

1.6

29

7.9

60

8.1

76

.9

71

.9

17

17

.2

14

3.3

18

33

8.2

31

1.6

29

7.9

20

14

1.3

42

8.9

18

18

8.4

19

05

.5

18 345.7 18 18 265.5 18 270.8 18 358 18 18 265.6

18

3 18 264.6 20 124.3 18 358 18 270.8 18 18 265.5 18 18 345.7 18

608.6 18 163.5 162.5 18 608.6

18 192.4 18 789.7 125.1 18 201.6

18

3.218 165.4 18 222.6 18 125.1 789.7 18 192.4 18

922.8 280.6 943.8

79.1 18 338.8 191.3 18 94.5 3.118 125.3 137.3 115.5 18 191.3 338.8 18 79.1

564.2 601 18 94.2 18 191.6 18 212.6 18 94.2 18 601 564.2 100.2 18 255.5 18

18 255.5 18 100.2 18 265.7 18 280.6 18 270.7 18 186.1 97 18 123.5 227.6 3.218 262.5 18 230.6 123.5 18 97 204.1 270.7 18 280.6 18 265.7 18 265.7 18

373.8 283.1 333.1 280.5 18 354.1 283.1 18

18

12

5.3

18

33

8.2

18

27

5.6

18

29

81

81

25

.3

18

12

5.3

18

28

5.6

18

69

.5

18

25

3.5

18

10

0.2

18

30

0.2

42

6.2

18

44

3.9

18

45

6.9

26

3.4

18

.2

18

14

1.3

24

7.7

18

67

6.3

24

6.2

18

.2

43

7.6

18

23

8.5

18

54

82

18

.9

18

.2

19

1.3

18

47

6.4

58

71

81

99

.5

18

.2

18

29

71

83

70

.7

18

16

0.6

18

37

0.8

18

26

8.6

18

10

9.8

18

18

6.3

18

16

0.4

17

6.3

18

11

0.3

18

39

0.3

18

18

6.2

18

16

0.5

17

6.6

18

32

4

18

48

1.5

18

31

81

65

.4

18

16

0.4

18

85

.1

11

3.2

18

34

5.8

18

80

.2

50

2.6

18

16

5.3

19

8.3

48

1.5

18

6.2

18

16

0.6

18

26

8.6

18

10

9.8

18

18

6.3

18

16

0.4

17

6.3

18

17

6.6

18

32

41

8

29

71

83

70

.7

30

4.5

84

.3

18

68

.1

18

10

5.2

18

47

6.4

18

16

0.6

18

58

71

81

87

.5

18

.2

43

6.6

20

23

6.5

20

54

72

11

.2

18

.2

18

14

1.3

24

7.6

18

67

6.3

23

2.7

18

.2

25

7.9

18

.2

45

6.9

63

.2

18

.2

69

.5

18

25

3.5

18

10

0.2

18

30

0.2

42

6.2

44

3.9

18

91

18

.2

18

12

5.3

18

33

8.2

18

27

5.6

18

29

81

81

10

.3

18

44

3.9

17

0.4

18

78.9

32.7

82.5

111.7

111.7

27.8 27.8

32.8

32.8

2.2

111.7

2.2 143.2

7.5

1

85

.8

17

1.8

71

.2

85

.8

21

17

.2

17

.2

17

1.8

71

.2

17

.2

17

.2

65

7

5.2

18

3

68

.1

11

4.9

L50

Det-1

L45

Det-1

L9

Det-1

L26

Det-1

L24

Det-1

L21

Det-1

L31

Det-1

L12

Det-1

L13

Det-1

L22

Det-1

L28

Det-1

L35

Det-1

L40

Det-1

L8

Det-1

L37

Det-1

L4

Det-1

L18

Det-2

L6

Det-1

L17

Det-3

L52

Det-1

L46

Det-1

L75

Det-1

L10

Det-1

L27

Det-1

L29

Det-1

L36

Det-1

L5

Det-1

L19

Det-2

L7

Det-1

L20

Det-2

L42

Det-1

L59

Det-1

L3

Det-1

L2

Det-1

L11

Det-1

L15

Det-1

L38

Det-1

L39

h=13

L70

h=12

L30

h=12

L1

h=12

L16

h=12

L47

Det-1

L68

Det-1

L57

Det-1

L56

Det-1

L44

Det-1

L55

Det-1

L66

Det-1

L67

Det-3

L60

Det-1

L61

Det-1

L51

Det-1

L48

Det-1

L62

Det-1

L63

Det-1

L69

Det-1

L58

Det-1

L14

Det-1

L23

Det-1

L74

h=12

L34

h=12

L65

Det-1

L54

Det-1

L41

Det-1

L49

Det-1

L71

Det-1

L64

Det-1

L43

Det-1

L32

Det-1

L25

Det-1

L33

h=12

L53

Det-1

L72

Det-1

L73

h=12L76

h=12

SO

BE

LE

1

SO

BE

LE

1

DE

SC

E

LE

3

V52 V52 18x40

V6 18x40 V6

V1

00

18

x4

0

V39 18x40

V66 18x40

V9

1V

91

18

x4

0

V9

51

8x4

0

V38 V38 18x40

V46 18x40

V9

31

8x4

0

V65 V65 18x40

V8

41

8x4

0

V8

8

18

x4

0

V50 18x40

V8

51

8x4

0

V57 18x40

V1

02

18

x4

0

V32 18x40 V32 V32

V144 18x40

V27 18x40 V27

V4 V4 18x40

V1118x40

V9

41

8x4

0

V9

71

8x4

0

V9

01

8x4

0V

90

V24 18x40

V10 18x40

V8

71

8x4

0

V18 18x40

V8

91

8x4

0

V7

3V

73

V7

31

8x4

0

V7

7V

77

18

x4

0

V16 V16 18x40

V8

11

8x6

0V

81

V14 18x40

V2 18x40 V2

V

140

18x40

V

140

V8

3V

83

V8

3V

83

V8

31

8x6

0V

83

V8

61

8x6

0

V7

9V

79

V7

91

8x4

0V

79

V7

41

8x4

0

V37 18x40

V7

11

8x4

0

V29 V29 V29 18x40

V7

61

8x4

0

V143 18x40

V9

8V

98

V9

8V

98

18

x4

0

V8

21

8x4

0

V43 18x40 V43

V8

01

8x4

0V

80

V64 18x40

V6118x40

V48 18x40

V63 18x40

V54 18x40

V7

51

8x4

0

V7

21

8x4

0

V9 18x40

V20 18x40 V20

V42 18x40

V7 V7 18x40

V1

04

18

x4

0

V67 18x40

V1

15

V1

15

18

x4

0

V34 V34 V34 18x40

V1

11

18

x4

0

V40 18x40 V40

V47 18x40

V1

14

18

x4

0

V68 18x40 V68

V1

20

18

x4

0V

12

01

8x5

0

V1

18

18

x4

0

V5118x50

V58 18x40

V1

03

V1

03

18

x4

0

V35 20x50

V5 18x40 V5

V1

12

18

x4

0

V1

08

18

x4

0

V1

16

18

x4

0V

11

6

V25 18x40

V13 18x40

V1

19

18

x4

0

V19 18x40

V1

17

18

x4

0

V17 18x40 V17

V1

24

18

x4

0V

12

4

V15 18x40

V

142

V

142

18x40

V1

22

V1

22

V1

22

V1

22

V1

22

18

x4

0V

12

2

V1

21

18

x4

0

V1

36

18

x4

0

V1

39

18

x4

0

V1

33

18

x4

0

V26 20x50

V1

23

18

x4

0

V44 V44 18x40

V69 18x40

V62 18x40

V49 18x40

V60 18x40

V70 18x40

V1

35

18

x4

0

V1

37

18

x4

0

V45 18x40

V1

38

18

x4

0

V1

31

18

x4

0

V3 18x60 V3

V1

34

18

x5

0

V1

32

18

x6

0

V118x50

V

141

18x50

V33 18x50

V1

01

18

x5

0

V36 18x50 V36

18x40

V28 18x50 V28 V28 18x40 V28 V28

V1

07

18

x4

0V

10

51

8x4

0V

10

5V

10

61

8x5

0V

10

6

V12 18x40

V8 18x50

V9

91

8x5

0

V53 18x60 V53

V4118x40 V41

V1

25

18

x4

0V

12

61

8x4

0V

12

6

V59 18x40

V1

13

18

x4

0

V1

09

18

x4

0V

11

02

0x6

0V

11

0

V56 18x40

V9

21

8x4

0

V9

61

8x4

0V

96

V7

81

8x4

0V

78

V23 V23 18x60

V1

30

18

x4

0V

13

0

V21 V2118x40

V22

22x60

V30 18x40 V30 V31

18x40

V55 18x60

V1

29

18

x6

0V

12

9V

12

9V

12

81

8x4

0V

12

71

8x6

0

18x40

PB28

18x40

PB30

18x40

PB34

18x40

PB35

18x40

PB47

18x40

PB48

18x40

PB49

18x40

PB50

18x40

PB52

18x40

PB53

18x40

PB54

18x40

PB67

18x40

PB68

18x40

PB69

18x40

PB70

18x40

PB71

18x40

PB72

18x40

PB73

18x40

PB74

18x40

PB76

18x40

PB87

18x40

PB88

18x40

PB93

18x40

PB113

18x40

PB115

18x40

PB120

18x40

PB121

18x40

PB129

18x40

PB130

18x40

PB131

18x40

PB138

18x40

PB139

18x40

PB145

18x40

PB146

18x40

PB147

18x40

PB148

18x40

PB149

18x40

PB150

18x57

PB151

18x40

PB152

18x40

PB153

18x57

PB154

18x40

PB155 18x40

PB156

18x52

PB157

18x55

PB158

18x40

PB159

18x40

PB160

18x40

PB161

18x40

PB162

18x40

PB163

18x40

PB164

18x40

PB165

18x40

PB166

18x40

PB167

18x40

PB168

18x40

PB169

18x40

PB170

18x40

PB171

18x40

PB172

18x40

PB173

18x40

PB174

18x40

PB175

18x40

PB176

18x40

PB177

18x40

PB178

18x40

PB179

18x40

PB180

18x40

PB181

18x40

PB182

18x40

PB183

18x40

PB184

18x40

PB185

18x40

PB186

18x40

PB187

18x40

PB188

18x40

PB189

Forma do Pavimento Tipo (Segundo pavimento, Terceiro pavimento e Sótão)

escala 1:50

Legenda dos pilares

Pilar que passa

Legenda das vigas e paredes

Viga

Indicadas

CONDOMÍNIO

Projeto

FORMAS

F04

PLANTA

LOCAL:

PROPRIETÁRIO: Data : Escala:

Revisão:

BLOCO B

/F11

PROJETO ESTRUTURAL

Execução:

Pavimento Tipo

Page 63: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A UTILIZAÇÃO DE CHAPAS …madeira, sendo os principais tipos utilizados as tábuas de madeira serrada e as chapas de compensado. Observa-se ser prática

59

ANEXO B

(Corte da edificação)

Page 64: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A UTILIZAÇÃO DE CHAPAS …madeira, sendo os principais tipos utilizados as tábuas de madeira serrada e as chapas de compensado. Observa-se ser prática

PB1PB2PB5PB7 PB9 PB10

V1

PB11

PB12

PB13PB14

V76

PB17

V33

V37V36

V57

V107

V4V4

PB113

V3V3

PB113

V3V3

PB113

PB113

PB113

V4

V3

V3

PB28

PB28

PB28

PB28

PB28 PB27

V8

V6

V6

V9V9V8

PB120PB148PB147PB146PB30PB167 PB168 PB169 PB170

V7V7V6

PB120PB148PB147PB146PB30PB167 PB168 PB169 PB170

V7V7V6

PB120PB148PB147PB146PB30

PB167 PB168 PB169 PB170

V7V7

PB120

PB148PB147PB146

PB118PB117 PB30

PB119 PB120PB118

PB114

PB117

PB30

V46

V6V6V6 V6V6V6V6V6V6

V8

PB32

V1

V1

V8

V1

V87

V10

V185

V8

V8

V145

V8

V118

V8

V7

V9 V9

V138

V5 V6V6V5V5V5V5 V6V6V6V6 V6

PB35PB34

PB35PB34

PB35PB34

PB34 PB35

PB34 PB35

PB34 PB35

PB34 PB35

V80

PB34 PB35

V3V3

PB196PB195PB194PB193PB192PB191PB190

V3V3 V4V4V4

PB33

PB171

PB171

PB171

V9

PB36 PB37

V10V10

V33

V36 V11 V11V11

PB42 PB43PB40 PB41

V12V12V12V12

V9

PB44

V151V103

V115

V80

V121

V86

V98

V16 V17V14

V12 V13V10

V12 V13V10

V10 V11

V15

V11

V11

V134

V56

V12V12

V18

V14

V14

V19V19

V15V15

V15V15

V101

V158

V93

V118

V75

V129

V124

V81

PB149

PB149

PB149

PB149

V13 V13

V22V21

V17V16

V17V16

V22V21V21

V17V16V16

V17V16V16

V148V105

V113V81

V119V87

V96

V23

V18

V18

V24V23

V19V18

V19V18

V14

V24V24V23

V19V19V18

V19V19V18

V14

PB150PB121

PB150PB121

PB150PB121

PB150

PB121

PB122PB121

PB45

V12 V13

V5 V7

V5 V7

V10 V11

V77V70V69

V63 V86

V121 V131 V172

V168 V177

V154

V163V144V139

V119

V89

V98

V86V80 V109 V114

V93 V100 V127

V124 V131V116 V121V110V106V92V73

V77

V71V67 V84 V88

V128

V99 V106

V131 V138V122V116V112V98V79

V83

V77V73 V90 V94

V90

V99

V116

V106

V104

V84V77V71

V68V63

V60

V57 V76

V57

V60 V62V40V36 V43V33 V34

V35 V38

V45 V55

V58 V68V66V56

V36 V39 V41 V44 V50 V63 V78 V80V74V71V68V65

V47

V33

V36V36 V40

V76V33

V36 V7

V4

V36

V33

V91

V79V79

Fun

-166

16

2

TERREO

14

4

1PAV

14

41

62

2PAV

14

41

62

3PAV

14

41

62

SOTÃO

14

41

62

COBERTURA

12

61

68

11

2

FUNDO RESER

25

3

TAMPA RESER

14

5

Indicadas

CONDOMÍNIO

Projeto

FORMAS

F11

PLANTA

LOCAL:

PROPRIETÁRIO: Data : Escala:

Revisão:

BLOCO B

/F11

PROJETO ESTRUTURAL

Execução:

CORTE CC

14

4