Angelica - Fitoterapia

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  • 8/18/2019 Angelica - Fitoterapia

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    FITOTERAPIA

    ANGÉLICA – Angelica sinensis (Oliv.) Diels; A.archangelica L.( Archangelica officinalis Hoff.)

    Aspectos agronômicos:

    Planta da família  Apiaceaea (umbelíferas), nativa da Europa e Ásia (Japão eChina). Cultivada nos países de origem, além da Holanda, Bélgica, França e Alemanha.

    Erva perene ou bienal, aromática, com altura entre 1,40 e 2,30 m., com talo ereto,

    cilíndrico e ramificado. Folhas dentadas, verde pálido, maiores em sua base. Raiz grossa,com conteúdo leitoso amarelado. Flores branco-esverdeadas, que aparecem no verão até oinício do outono e frutos ovóides.

    Nomes comuns: Dang gui, dang quei, dong quai, tang-kuei, angélica (Port.) , angélique(França) , raiz de larga vida, yerba del espíritu, angélica de los campos (Esp.);

    Partes utilizadas: A. sinensis: Raiz e rizomas;A. archangelica: Rizomas, sementes, talos, frutos e folhas;

    História: Devido a sua procedência, a angélica somente ficou conhecida na europa nos

    meados do século XV, sendo inicialmente utilizada como verdura comestível.Conta uma lenda, que um monje teve um sonho, no qual apareceu um anjo comesta planta, a qual salvaria o povo da peste, epidemia prevalente na europa daquela época.

    Existe também a crença que sua denominação venha de São Miguel Arcanjo,devido a coincidência da celebração de sua festa com a floração da angélica;

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    Usos terapêuticos: Dismenorréia (regula as contrações uterinas), menopausa, dores emgeral, nervosismo, vasodilatador, imunomodulador, hepatoprotetor, obstipação intestinal,dispepsia, síndrome do colon irritável, anemia, inflamações de pele, psoríase e vitiligo;

    Princípios ativos: Alquil ftalídeos, terpenos (carvacrol, beta-cadineno, cis-beta-ocimeno),fenilpropanóides (ácido ferúlico, ferulato de coniferila), benzenóides, cumarinas, áidosorgânicos, princípios amargos, açúcares, taninos, resinas, etc.;

    Principal marcador: Ligustilídeo;

    Formas de uso e dosagem: Uso interno: Infusão a 2% – 20 g/litro de água, 2 a 3xícaras/dia;

    Extrato fluído: 20 a 40 gotas 3X/dia.Extrato seco (contendo 1% de ligustilídeo): 200

    mg 2x/dia = 4 mg/dia de ligustilídeo;Licor: 20 g da raiz macerada em um litro de

    vinho banco (mínimo de 8 dias) e adoçado posteriormente;

    Uso externo: Banhos, cataplasmas, linimentos, pomadas etinturas;

    Outros usos: Utilizado também na fabricação de licores digestivos;

    Interações medicamentosas: Pode interferir em terapias anticoagulantes e com outrasplantas ou drogas fotosensibilizantes;

    Tempo de uso: Evitar o uso interno contínuo e prolongado; 

    Efeitos colaterais: Fotosensibilidade, sedação em altas doses;

    Contraindicações: Gravidez e lactação, crianças, usuários de anticoagulantes, diabéticos,

    pacientes com menstruação abundante, com diarréia ou portadores de distúrbios decoagulação. 

    Lembramos que as informações aqui contidas terão apenas finalidadeinformativa, não devendo ser usadas para diagnosticar, tratar ou prevenir qualquerdoença, e muito menos substituir os cuidados médicos adequados.

    Fontes principais de consulta:

    “Tratado de fitomedicina – bases clínicas e farmacológicas” Dr. Jorge R. Alonso –editora Isis . 1998 – Buenos Aires – Argentina.

    Fitoterapia Magistral. Um guia prático para a manipulação de fitoterápicos.Publicações ANFARMAG – 2.005