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MEMBRO DO GRUPO EUROPEU DE PENSIONISTAS DAS CAIXAS ECONÓMICAS E BANCOS Publicação Trimestral da ANAC Ano XXIV • N.º 64 • Janeiro / Março 2015 EDITORIAL O presente é a única realidade que pau- ta a nossa vida, o passado só existe na memória e o futuro é imprevisível, sendo o presente o palco onde decorre a peça de que somos atores, na qual às vezes de- sempenhamos o papel principal, noutras um papel secundário até que um dia caia o pano. Porém, porque a vida é o presente, este é também o berço onde nasce a esperança com a qual sonhamos o futuro. Matar esse sonho, não tendo perspetivas de vida so- cial, cultural e económica, as competên- cias e a experiência adquirida ignoradas, é transformar o presente num buraco negro, diante do qual se consome o sonho, a es- perança, a possibilidade do futuro. O presente é destruído individual e cole- tivamente de diversas formas, seja sobre- carregando uns com excesso de tarefas e desocupando outros, retirando-lhes o trabalho, a capacidade de iniciativa e fun- damentalmente a esperança, sobretudo aos mais jovens. Hoje as pessoas escon- dem-se, exilam-se, esfumam-se enquanto atores sociais. A descida do nível de vida, de forma contínua, está a produzir uma individualização excessiva, para além da inerente à natureza humana. O convívio social desagrega-se, as famílias disper- sam-se, é o cada um por si. Parece não haver tempo para o convívio, perdendo-se de forma acelerada o laço so- cial. O desmantelamento do Estado Social parece estar também a destruir a Socie- dade Civil. Sem presente podemos tornar- -nos em seres cuja preocupação seja ape- nas a sobrevivência biológica, esquecendo a ausência de dimensão espiritual. A Anac procura ser a antítese desta tra- gédia que por vezes tem os seus laivos de comédia. A sua principal missão é não perder o conjunto de valores, que enquan- do colaboradores da CGD, nos irmanavam na sua estrutura informal. Para o demonstrarmos, vamos ter breve- mente eleições para os Orgãos Sociais. Não percamos a solidariedade e amizade que nos carateriza, participando ativa- mente neste processo. Continuamos a contar consigo. O Presidente do Grupo Europeu de Pensionistas das Caixas Económi- cas e Bancos deslocou-se a Bruxelas para participar na Assembleia Geral da Plataforma AGE que decorreu nos dias 02 e 03 de dezembro, no hotel HUSA Président. Foi aproveitada a deslocação para ser feita a entrega, à Direção da Plataforma AGE, do documento com as conclusões aprovadas no de- correr do XX Euroencontro, em Tossa de Mar. Estiveram presentes cerca de 100 representantes das 145 Associações que compõem a Plataforma (estas organizações representam mais de 140 milhões e europeus com mais de 50 anos). Nesta Assembleia Geral foram aprovadas as adesões de mais 12 associações nacionais pelo que o número total passou a 157. ASSEMBLEIA GERAL No primeiro dia, durante a manhã, foram aprovados os seguintes pontos: - Relatório da Assembleia Geral de 2013; - Adesão de novos membros; - Contas definitivas de 2013; - Orçamento para 2015 – necessidades de financiamento; - Alteração dos montantes de quotização para 2015; - Nomeação do auditor de contas externo; - Eleição do Presidente da Plataforma AGE – Mr. Marjan Sedmak (Eslovénia). Durante a tarde foi discutido o trabalho político e as orientações es- tratégicas 2015/2017: - Promoção dos direitos humanos das pessoas idosas; - Campanha de apoio aos ambientes amigos para todas as idades; - A cidadania ativa; - Plano de ação 2015/2017; - Projeto da declaração final da Assembleia Geral (apelando para a adoção de uma estratégia abrangente da UE sobre Alterações Demográficas e identifica uma série de prioridades políticas que criem essa estratégia.). No segundo dia foram constituídos 2 grupos de trabalho, cada um dos quais debateu e apresentou conclusões sobre dois dos temas: I – Melhoria da acessibilidade e promoção do urbanismo para todos; II – Apoio aos objetivos sociais sobre a redução da pobreza e a criação de emprego da “estratégia Europa 2020”; III – Garantia de acesso aos cuidados de saúde e tratamentos de longa duração de qualidade para todos; IV – Reforço da proteção dos consumidores mais idosos. ASSEMBLEIA GERAL DA PLATAFORMA AGE – BRUXELAS 02-03 DEZEMBRO 2014 Grupo Europeu de Pensionistas das Caixas Económicas e Bancos (Organização Sem fins lucrativos –CIF: G-53731964)

Anac boletim 64

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MEMBRO DO GRUPO EUROPEU DE PENSIONISTAS DAS CAIXAS ECONÓMICAS E BANCOS

Publicação Trimestral da ANACAno XXIV • N.º 64 • Janeiro / Março 2015

EDITORIALEDITORIALO presente é a única realidade que pau-ta a nossa vida, o passado só existe na memória e o futuro é imprevisível, sendo o presente o palco onde decorre a peça de que somos atores, na qual às vezes de-sempenhamos o papel principal, noutras um papel secundário até que um dia caia o pano.

Porém, porque a vida é o presente, este é também o berço onde nasce a esperança com a qual sonhamos o futuro. Matar esse sonho, não tendo perspetivas de vida so-cial, cultural e económica, as competên-cias e a experiência adquirida ignoradas, é transformar o presente num buraco negro, diante do qual se consome o sonho, a es-perança, a possibilidade do futuro.

O presente é destruído individual e cole-tivamente de diversas formas, seja sobre-carregando uns com excesso de tarefas e desocupando outros, retirando-lhes o trabalho, a capacidade de iniciativa e fun-damentalmente a esperança, sobretudo aos mais jovens. Hoje as pessoas escon-dem-se, exilam-se, esfumam-se enquanto atores sociais. A descida do nível de vida, de forma contínua, está a produzir uma individualização excessiva, para além da inerente à natureza humana. O convívio social desagrega-se, as famílias disper-sam-se, é o cada um por si.

Parece não haver tempo para o convívio, perdendo-se de forma acelerada o laço so-cial. O desmantelamento do Estado Social parece estar também a destruir a Socie-dade Civil. Sem presente podemos tornar--nos em seres cuja preocupação seja ape-nas a sobrevivência biológica, esquecendo a ausência de dimensão espiritual.

A Anac procura ser a antítese desta tra-gédia que por vezes tem os seus laivos de comédia. A sua principal missão é não perder o conjunto de valores, que enquan-do colaboradores da CGD, nos irmanavam na sua estrutura informal.

Para o demonstrarmos, vamos ter breve-mente eleições para os Orgãos Sociais. Não percamos a solidariedade e amizade que nos carateriza, participando ativa-mente neste processo.

Continuamos a contar consigo.

O Presidente do Grupo Europeu de Pensionistas das Caixas Económi-cas e Bancos deslocou-se a Bruxelas para participar na Assembleia Geral da Plataforma AGE que decorreu nos dias 02 e 03 de dezembro, no hotel HUSA Président.

Foi aproveitada a deslocação para ser feita a entrega, à Direção da Plataforma AGE, do documento com as conclusões aprovadas no de-correr do XX Euroencontro, em Tossa de Mar.

Estiveram presentes cerca de 100 representantes das 145 Associações que compõem a Plataforma (estas organizações representam mais de 140 milhões e europeus com mais de 50 anos). Nesta Assembleia Geral foram aprovadas as adesões de mais 12 associações nacionais pelo que o número total passou a 157.

ASSEMBLEIA GERAL

No primeiro dia, durante a manhã, foram aprovados os seguintes pontos:

- Relatório da Assembleia Geral de 2013;- Adesão de novos membros;- Contas definitivas de 2013;- Orçamento para 2015 – necessidades de financiamento;- Alteração dos montantes de quotização para 2015;- Nomeação do auditor de contas externo;- Eleição do Presidente da Plataforma AGE – Mr. Marjan Sedmak

(Eslovénia).

Durante a tarde foi discutido o trabalho político e as orientações es-tratégicas 2015/2017:

- Promoção dos direitos humanos das pessoas idosas;- Campanha de apoio aos ambientes amigos para todas as idades;- A cidadania ativa;- Plano de ação 2015/2017;- Projeto da declaração final da Assembleia Geral (apelando para

a adoção de uma estratégia abrangente da UE sobre Alterações Demográficas e identifica uma série de prioridades políticas que criem essa estratégia.).

No segundo dia foram constituídos 2 grupos de trabalho, cada um dos quais debateu e apresentou conclusões sobre dois dos temas:I – Melhoria da acessibilidade e promoção do urbanismo para todos;II – Apoio aos objetivos sociais sobre a redução da pobreza e a criação de emprego da “estratégia Europa 2020”;III – Garantia de acesso aos cuidados de saúde e tratamentos de longa duração de qualidade para todos;IV – Reforço da proteção dos consumidores mais idosos.

ASSEMBLEIA GERAL DA PLATAFORMA AGE – BRUXELAS 02-03 DEZEMBRO 2014

Grupo Europeu de Pensionistas das Caixas Económicas e Bancos(Organização Sem fins lucrativos –CIF: G-53731964)

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Ficha Técnica

Propriedade da ANAC – Associação Nacional dos Aposentados da Caixa Geral de Depósitos; Sede: Rua Marechal Saldanha,nº. 5-1º. 1200-259 Lisboa, Tels. 21 324 50 90/3, Fax 21 324 50 94, E-mail: [email protected], Blogue: http://anaccgd.blogspot.com; Coordenação: Carlos Garrido; Publicação: Trimestral; Impressão: Gráfica Expansão - Artes Gráficas, Lda., Rua de S. Tomé, 23-A, 2685-373 PRIOR VELHO; Tiragem: 3.500 exemplares; Depósito Legal: nº. 55350/92; Distribuição: gratuita aos sócios; Colaboraram neste número: Cândido Vintém; Carlos Garrido; Orlando Santos; José Coimbra (Delegação da Região Norte);Cremilda Cabrito

Na tarde do dia 03 foram apresentados os resultados dos debates destes temas:

Grupo I - Melhoria da acessibilidade e promoção do urbanismo para todos

Foi definido como prioritário:

- Melhorar a qualidade da informação;- Cumprir as leis por parte dos Estados-membros;- Que as tecnologias se tornem amigas de todos, sem serem motivo de exclusão;- Definir a adaptação da habitação, maior utilização dos transportes públicos em consequência das mudanças cli-

matéricas;- Aproveitamento do turismo fora de época só possível para quem tem mais tempo livre (menos jovens).

Grupo II - Apoio aos objetivos sociais sobre a redução da pobreza e a criação de emprego da “estratégia Europa 2020”;

Foi definido como prioritário:- Revisão dos objetivos do programa “Europa 2020” por não estarem a ser cumpridos;- Coordenação das ONG e outras entidades responsáveis;- Melhorar a imagem pública dos seniores;- Facilitar o acesso à livre formação que dará melhor empregabilidade aos seniores;- Caminhar para um nível mínimo de pensões, ainda que o objetivo seja difícil de atingir;- Nivelar o valor das pensões dos setores público e privado mas mantendo ambos;- Plataforma AGE deve apoiar a divulgação de casos de sucesso de empresas que aproveitam bem a experiência dos

mais idosos;

Grupo III – Garantia de acesso aos cuidados de saúde e tratamentos de longa duração de qualidade para todos

Constatadas as situações de:- Discriminação no acesso à saúde (há seniores que têm muita dificuldade em adquirir medicamentos);- Deslocalização da assistência (países que enviam seniores para serem assistidos em países onde é mais barato – na

Europa e na Ásia);- Não existe articulação entre os Sistemas Nacionais de Saúde e os prestadores de serviços;- Há países (como a Áustria e a Alemanha) que têm programas interessantes de acesso a estes serviços;- Robótica pode ajudar os idosos no seu dia-a-dia (limpeza, higiene pessoal, medicação,…)

Grupo IV – Reforço da proteção dos consumidores mais idosos

Constatadas as situações de:- Discriminação no acesso aos serviços (bancários, seguros, rent-a-car,…);- Idosos a morrer de frio por não poderem pagar o valor mensal para aquecimento;- Dificuldade dos seniores no acesso ao crédito;- Fraude informática sobre idosos (phishing, spam,…);- Abuso financeiro dos seniores (desvio de dinheiros e pensões);- Falta de transparência nos produtos adquiridos “por adesão” a contratos pré-formatados;- “Democratização” do ciber-comércio cria problemas de acesso aos idosos (declarações IRS, e-banking,…);- Grandes diferenças de rendimentos dos reformados europeus.

Definido como prioritário:- Alargar o limite de idade para acesso a seguros;- Idem para o crédito;- Criação de “Fundos de Garantia” para cobertura dos riscos associados a seguros e crédito;- Reconhecimento da “silver-economy” (economia dos seniores);- Alargamento do turismo sénior (existe o projeto “ESCAPE” – European Senior Citizens’ Actions to Promote Exchan-

ge in Tourism);- Criação de uma base de dados europeia de casos de discriminação sobre os idosos.

No final dos trabalhos foi lida uma carta enviada pelas associações de pensionistas da Estónia, da Letónia e da Lituânia através da qual era pedido o apoio ao povo da Ucrânia em função da situação que está criada nesse país. Dado que o teor transcendia a ordem de trabalhos, o teor da carta não foi votado. No entanto, individualmente os presentes mani-festaram esse apoio.

20 de Dezembro de 2014 O Presidente - Cândido Vintém

ASSEMBLEIA GERAL DA PLATAFORMA AGE – BRUXELAS 02-03 DEZEMBRO 2014

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OS SENIORES E A SAÚDE MANTER A NECESSIDADE DE APRENDER

A aprendizagem continuada ao longo da vida, é uma componente essencial do envelhecimento ativo. A manutenção

do funcionamento cerebral, ajuda a manter ativas as capacidades intelectuais. Cada vez mais pessoas com idades

avançadas, felizmente, mantêm uma intervenção social, política e física durante muitos anos. É essencial manter a

vontade de aprender e de investir no crescimento pessoal, estabelecer objetivos e com isso garantir a qualidade de

vida, fazendo com que o sentimento de felicidade permaneça ao longo dos anos. Este estado de espírito, é essencial

para o afastamento da depressão, doença que muito contribui para a aceleração do processo degenerativo que leva

ao envelhecimento precoce e à senilidade.

A dedicação a projetos pessoais, entre os quais se destacam o voluntariado em causas de interesse social ou de en-

treajuda, aprender a trabalhar com um novo programa de computador, que pode ajudar a organizar registos biográ-

ficos, dedicação à escrita ou à poesia, acompanhar os netos nos trabalhos escolares, mesmo sendo preciso aprender

novas abordagens ou rever conhecimentos básicos. O estudo e aprendizagem de uma língua estrangeira pode ser

uma excelente oportunidade de tornar possível um desejo que não foi possível concretizar, por falta de tempo, ao

longo da atividade profissional.

Para além dos benefícios cognitivos e emocionais, voltar a estudar alarga e melhora os contactos sociais, que estu-

dos têm relacionado com sentimentos de auto-estima e de satisfação social. Tem também um efeito de melhoria na

capacidade geral, o que tem particular importância no caso da existência de doenças crónicas.

Para além do melhor conhecimento dos aspetos específicos da doença, a aquisição de conhecimentos em saúde

melhora as capacidades genéricas para conviver com a patologia, tais como a compreensão de indicações clínicas

complexas, bem como a participação na tomada de decisões.

A investigação nesta área sugere que se mantenha a

mente ativa em idades avançadas, tornando possível

um envelhecimento ativo, melhorando a capacidade

de resolução de problemas, de adaptação a situações

inesperadas e mudanças no ambiente circundante, ten-

do em vista conseguir uma maior longevidade.

O efeito da melhoria das capacidades em geral, torna-

-se extremamente importante para a gestão individual

do estado de saúde, no caso da existência de doenças

crónicas, no conhecimento das dosagens de medica-

mentos para a cura ou no controle dessas patologias.

A manutenção das capacidades de leitura facilita ainda

a comunicação com os outros, seja nas questões de

saúde, seja na integração na vida em sociedade, o que

é importante no afastamento do isolamento social, e

na perda da auto-estima, o que leva muitas vezes à de-

pressão. Promove a flexibilidade na maneira de interpretar perspetivas diferentes, e à compreensão de um mundo em

mudança acelerada, muito diferente dos tempos da juventude. Implica a insistência na aquisição de conhecimentos,

particularmente das novas tecnologias, que permitem com mais facilidade a compreensão da realidade atual acima

referida. Com efeito muitas tarefas como o multibanco, os telemóveis, os sítios das Finanças na internet, segurança

social entre outros, exigem hoje o domínio razoável das tecnologias de informação, o que permite a garantia da au-

tonomia em muitas circunstâncias da vida.

Existem hoje felizmente muitas oportunidades para aprender. Para além da internet com conteúdos com exercícios

para treinos de memória, treino de competências de motricidade e estratégia (jogos), há cursos dirigidos aos senio-

res, a vários níveis, nas célebres universidades da terceira idade.

Outra grande oportunidade de aprendizagem para os seniores é viajar, podendo desta forma optimizar os tempos

livres. A ampliação de horizontes, o relembrar e até aprofundar antigos conhecimentos de geografia, historia e cultu-

ras diferentes, pode dar a autoconfiança suficiente para promover a autonomia, uma condição importantíssima para

um envelhecimento ativo.

Se decidir viajar é fundamental organizar a viagem, escolhendo um percurso adequado à idade e esforço que pos-

sa vir a exigir. É conveniente consultar o médico para detetar eventuais precauções a tomar em relação a doenças

existentes. É de evitar a exposição ao calor, procurando hidratar-se com frequência. É fundamental avisar familiares

ou amigos, para onde vai e como vai, dando os contactos da agência de viagens ou hotéis e incluir na sua agenda

contactos para qualquer emergência. Há que aproveitar os anos de vida que, hoje em dia, as condições sociais até

agora existentes, têm permitido. l

C.G.

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REDE SOCIAL – LISBOA

CONGRESSO

ENVELHECIMENTO, DO ISOLAMENTO SOCIAL, À PARTICIPAÇÃO E COESÃOISEG LISBOA - AUDITÓRIO CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS (ANTIGA CAPELA DAS INGLESINHAS).

DIAS 29 E 30 DE JANEIRO 2015

ESPAÇO DE REFLEXÃO

Estiveram presentes representantes de algumas dezenas de instituições, entre elas a ANAC representada pelos vice-presidentes Cremilda Cabrito e Orlando Santos.

Foram muitas as questões e poucas as soluções. Das intervenções dos oradores, das mesas redondas e dos workshops, damos conta de alguns apontamentos de Orlando Santos.

O Congresso teve início com o tema ESTRATÉGIA 2020 (www.eapn.eu).

•  O PNR Plano Nacional de Reforma aprovado em 2011 por Portugal, tem como Estratégia as crianças e jovens, a mulher, os idosos, os deficientes, os sem-abrigo, os empregadores e a sociedade em geral.

•  Tem cinco objetivos principais que são: O emprego, al-terações climáticas, educação e luta contra a pobreza e exclusão social.

POLÍTICAS DE ENVELHECIMENTO

•  Quando começam as politicas?

•  Ao  nascer  (começamos  a  envelhecer  à  nascença)? Como, quando e onde?

•  A forma como vamos envelhecendo. Educação, saúde, proteção social, emprego, meio ambiente, etc.

•  Problemas  sociais  da  pessoa  idosa.  Saúde,  mobilida-de, transportes, desvalorização social, redução familiar, acessibilidades, etc.

RETRATOS DA CIDADE DE LISBOA - Censos 2011

•  20 %População com mais de 65 anos - 27% da popu-lação vive sozinha - 65 % vive com outros idosos - 19% de aumento com mais de 75 anos - pensão de reforma média cerca de 500€ - perda de população - alarga-mento da cidade (Parque das Nações e…).

ORDENAMENTO TERRITORIAL

•  Envelhecimento rápida nas cidades - Urbanismo - Or-denamento - Diversidade - Viver num lugar e trabalhar noutro - Equipamentos - Participação cívica - Mobilida-de pedestre - Transportes públicos.

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA

•  Equipas de Apoio em Lisboa:  1 assistente social - 1 psi-cólogo - 1 terapeuta ocupacional.

•  Apoio aos idosos - Apoio à família - Atendimento ge-neralista.

•  Têm 1 018 processos sociais e 1 159 novas situações.

CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

Banco de Voluntariado em Lisboa - 2 500 voluntários.

•  S O S LISBOA - Tel. 800 204 204.

•  TELEASSISTÊNCIA  -  disponibilizada  para  habitantes de Lisboa com mais de 65 anos.

Equipamentos instalados 295.

Motivos da adesão: Saúde - Solidão - Segurança.

•  VOLUNTÁRIOS - Fazem e recebem chamadas e fazem serviços municipais.

•  Projeto Saúde Porta a Porta (Estudantes de medicina). 

•  Portal - PORTUGALSENIOR.ORG

MESA REDONDA

Direito à dignidade. Dar sem consultar? 

•  Dar voz aos Seniores. Devem ser os Seniores a dizer o que precisam e não os outros a impor a sua vontade e interesses.

•  Não  devem  ser  as  pessoas  dos  lares,  os médicos,  os familiares a decidir que os idosos devem ser chamados a intervir

•  A participação dever ser em função das suas apetên-cias e competências, tendo em conta a diversidade.

•  Há os que gostam de estar sós e devem ser respeitados há os que gostam de estar em grupo e devem ser res-peitados. (os interesses de cada um devem ser apoia-dos e não os forçar a outros interesses).

•  Os Centros de Dia e Lares por vezes são cúmplices no isolamento.

•  Nos lares não perguntam se querem ou não (os idosos podem querer ou não, estar ativos).

•  Quais os fatores que condicionam a saúde dos senio-res? Condições de vida, barreiras arquitetónicas, parti-cipação e atividade.

•  Envelhecimento  ativo,  mobilidade,  participação  etc. etc., tudo isto esbarra na pobreza (pensões de mais ou menos 250,00€), isto sim precisa de ser visto.

•  O  estigma dos  velhinhos  (lidam  connosco  como  fora de prazo).

•  Participar é difícil quando o nosso escalão etário esteve 40 anos reprimido.

•  Envolvência da Universidade. Interação dos jovens com os seniores. Portugal é o 7º país mais envelhecido.

WORKSHOP

Que respostas para combater o Isolamento Social das pessoas Idosas.

•  Isolamento (sós ou acompanhados). Formação dos vo-luntários. Isolamento/Solidão.

•  Solidariedade  intergeracional.  Relações  Pais/Filhos (conflitos). Respeito pela pessoa humana.

•  Novos isolamentos motivados pelas novas tecnologias. A família de antes e a de agora.

•  Formação/Vocação.  Rede  Social  não  duplicação  de serviços. Motivação/Respeito.

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contra o ambiente natural, resultado de um consumismo exas-perado, e tudo isto provocará sérias consequências para a eco-nomia mundial.

Sobre a situação no Médio Oriente é recordado que:

O mundo inteiro espera do G20 um acordo cada vez mais vas-to que no âmbito do ordenamento das Nações Unidas, possa levar a por definitivamente fim no Médio Oriente à agressão injusta contra diferentes grupos religiosos e étnicos, incluindo as minorias. Além disso, deveria levar a eliminar as profundas causas do terrorismo, que alcançou proporções até agora ini-magináveis; tais causas incluem a pobreza, o subdesenvolvi-mento e a exclusão. Tornou-se cada vez mais evidente que a solução para este grave problema não pode ser de natureza exclusivamente militar, mas deve concentrar-se também na-queles que, de um modo ou de outro, encorajam grupos ter-roristas com o apoio político, o comércio ilegal de petróleo ou o fornecimento de armas e de tecnologia. Além disso, são ne-cessários um esforço educativo e uma consciência mais clara de que a religião não pode ser explorada como caminho para justificar a violência. …

… A situação no Médio Oriente voltou a propor o debate so-bre a responsabilidade da comunidade internacional, de salva-guardar os indivíduos e os povos contra os ataques extremos aos direitos humanos e contra o desprezo total dos direitos humanitários. A comunidade internacional, e de modo particu-lar os Estados Membros do G20, deveriam preocupar-se tam-bém com a necessidade de proteger os cidadãos de todos os países, contra formas de agressão que são menos evidentes, mas igualmente reais e graves. Refiro-me de maneira especí-fica aos abusos no sistema financeiro, como aquelas transac-ções que levaram à crise de 2008 e, de modo mais geral, à especulação livre de vínculos políticos ou jurídicos e à men-talidade que vê na maximização do lucro o critério último de qualquer actividade económica. Uma mentalidade na qual as pessoas são em última análise descartadas nunca alcançará a paz nem a justiça. Por isso, tanto a nível nacional como no plano internacional, a responsabilidade em relação aos pobres e aos marginalizados deve ser um elemento essencial de cada decisão política.

Infelizmente, nas conclusões do Encontro, parece não terem sido levadas em grande consideração as preocupações do Papa, não tendo sido dadas respostas adequadas às questões postas em nome da dignidade da pessoa humana. l

C.G.

ESPAÇO DE REFLEXÃO

•   Relações de vizinhança. A forma como se vive e onde se vive (Interior, Urbano, Litoral).

•  Politicas Publicas de apoio ao Idoso. Combate à pobre-za. As políticas não resolvem a pobreza. A educação, o estado, política social com base no direito.

•  Criar sinergias com as instituições de solidariedade so-cial. Simplificação das políticas sociais.

•  Universidades Seniores em edifícios sem elevadores.

•  Idosos pobres não são todos os que têm pensões bai-xas (alguns têm outros recursos, outros têm problemas de saúde que os distinguem dos saudáveis tendo no entanto a mesma pensão).

•  Problema da  escolaridade  (20% dos  idosos  são  anal-fabetos).

•  Democracia  participativa.  Os  idosos  até  participam porque são aqueles que mais votam.

CONCLUSÕES DOS WORKSHOPS

Relações Interpessoais – Relações Sociais – Falta de Pro-teção Legal ao Idoso – Formação – Preparação para a Reforma – Informação (Direitos, Segurança, etc.) – Aces-sibilidades – Troca de Experiencias – Autonomia – Li-berdade – Respeito – Responsabilidade Coletiva – Fazer Prevenção/Participação – Vigilância a mais ou a menos (novas tecnologias).

A CRIAR: - Comissão Nacional de Proteção ao Idoso.

- Plano de Emergência Social.Orlando Santos

Recentemente reuniu em Brisbane, na Austrália, o grupo dos vinte países do mundo, economicamente mais poderosos.

Estas reuniões, normalmente servem para a afirmação da sua superioridade e a realização de promessas vagas, sobre os as-suntos que preocupam os cidadãos como a paz mundial, a me-lhoria das condições ambientais e o desenvolvimento económi-co. As questões verdadeiramente importantes para as pessoas são habitualmente esquecidas, como os direitos do trabalho, a compatibilidade da vida profissional e familiar, assim como o respeito pela dignidade da pessoa humana.

Porém, desta vez, o Papa Francisco escreveu ao primeiro ministro da Austrália que presidiu a este encontro dos Chefes de Estado e de Governo dos países com as vinte maiores economias, focando aspetos muito específicos das questões que atualmente provocam preocupação em alguns e atormentam muitos.

Referia a carta em alguns dos seus passos:

A agenda do G20 em Brisbane está particularmente concen-trada nos esforços para relançar um projeto de crescimento sustentável da economia mundial, afastando desta forma o espetro da recessão global. Dos trabalhos preparatórios so-bressaiu um ponto crucial, ou seja, o imperativo de criar opor-tunidades de compromisso dignas, estáveis e a favor de todos. Isto pressupõe e exige um melhoramento na qualidade da des-pesa pública e dos investimentos, a promoção de investimen-tos privados, um sistema tributário equitativo e adequado, um esforço concertado para combater a evasão fiscal e uma re-gulamentação do setor financeiro, que garanta honestidade, segurança e transparência.

E continuou:

Gostaria de pedir aos Chefes de Estado e de Governo dos G20 que não se esqueçam que por detrás destes debates políticos e técnicos estão em jogo muitas vidas, e que seria verdadeira-mente lamentável se tais debates permanecessem puramente no plano das declarações de princípio. No mundo, inclusive no âmbito dos próprios países pertencentes ao G20, existem demasiadas mulheres e homens que sofrem por causa de gra-ve subalimentação, devido ao aumento do número de desem-pregados, à percentagem extremamente elevada de jovens sem trabalho e ao crescimento da exclusão social, que pode levar a favorecer a atividade criminosa e até ao recrutamento de terroristas. Além disso, verifica-se uma agressão constante

O PAPA E O ENCONTRO DO G20

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MUDANÇAS CLIMÁTICASE POLÍTICAS DE SUSTENTABILIDADE

No documento síntese do 5º Relatório do IPCC (Pai-nel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), fo-ram mais uma vez colocadas à consideração da opi-nião pública e poderes políticos as mudanças obser-vadas e suas causas. Afirma o relatório que a influên-cia da atividade humana no sistema climático, é sem dúvida a principal causa do aumento de emissões de gases com efeito de estufa, tendo as alterações cli-máticas a elas associadas tido um impacto geral nos sistemas humanos e naturais.

O aquecimento do clima é inequívoco e, desde 1950, muitas das mudanças observadas não tinham pre-cedentes nas décadas anteriores. A atmosfera e os oceanos têm aquecido, a neve e gelo têm recuado com a decorrente subida do nível oceânico.

O efeito de estufa tem aumentado com as emissões desde a era pré-industrial, com origem no cresci-mento económico e da população, e é agora mais alto que nunca. Tudo isto tem elevado a concentra-ção atmosférica de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, a ser a mais elevada desde há milhares de anos. O seu efeito, conjugado com outros origina-dos pela atividade humana, foi detetado no sistema climático, e é extremamente provável que tenham sido a causa dominante do aquecimento observado desde meados do século XX.

A emissão continuada de gases com efeito de estu-fa continuará o aquecimento e mudanças por mais tempo, em todos os componentes do sistema climá-tico, aumentando a probabilidade de severos, per-sistentes e irreversíveis impactos sobre as pessoas e ecossistemas.

A limitação das alterações do clima, requer subs-tanciais e contínuas reduções de emissões de gases com efeito de estufa, os quais devidamente adap-tados, podem reduzir os riscos que atualmente nos ameaçam.

Esta acumulação de dióxido de carbono tem aumen-tado o aquecimento global da superfície ao longo do século XXI, dependendo porém das ações políticas que promovam o tipo de desenvolvi- mento econó-mico pretendido.

Este aumento de temperatura é com grande proba-bilidade a causa dos picos de precipitação, que se têm tornado mais intensos e frequentes nas mais di-versas regiões. O oceano tem continuado a aquecer, com a subida geral do nível das águas.

Muitos aspetos das mudanças climáticas e os impac-tos associados prolongar-se-ão por séculos, mes-mo depois das emissões terminarem. Os riscos do

aumento abrupto de mudanças, talvez irreversíveis, estão ligados à amplitude do acréscimo de aqueci-mento.

O caminho a seguir pode passar pela adaptação e mitigação, como estratégias complementares para a redução e gestão dos riscos das mudanças climáti-cas. Uma redução substancial das emissões nas pró-ximas décadas (mitigação), pode reduzir os riscos climáticos no século atual e seguintes, e aumentar a possibilidade de melhorias futuras por adaptação efetiva, reduzidos os custos e desafios de mitigação a longo prazo, e contribuir para a constância climáti-ca de um desenvolvimento sustentável.

Várias opções de adaptação e mitigação podem aju-dar a reduzir as mudanças climáticas, mas nenhuma é suficiente por si só. A implementação efetiva depen-de de políticas e cooperação em larga escala, e pode ser melhorada por respostas integradas que liguem adaptação e mitigação com outros objetivos sociais.

A política europeia mostrou-se sensível a esta pro-blemática, no espírito do 5º Relatório, tendo chega-do a acordo no Conselho Europeu de 24 de Outu-bro sobre as metas a que a U.E. se comprometeu em matéria de energia e clima, que obrigarão todos os Estados membros até 2030. Este objetivo estabele-ceu em 40% a redução das emissões de gases, inten-sificou em 27% a eficiência energética e o aumento também em 27% da utilização das energias renová-veis, no total da energia utilizada na U.E.

Ao trazer ao debate a energia, o clima e o meio am-biente, a Europa volta aos seus ideais fundadores, a construção da paz e a prosperidade sustentável. Começa a aparecer nas forças que têm controlado a direção política e económica da U.E. um discurso mais virado para o investimento, focando a sua aten-ção nas possibilidades que o desenvolvimento das energias sustentáveis tem, falando-se na redução de 260 mil milhões de euros em importações de com-bustíveis fósseis e em 568 mil empregos criados no setor da energia, com especial importância no com-bate ao desemprego jovem.

Para que tudo isto se torne realidade e nos aponte o caminho do desenvolvimento sustentável, é necessá-rio uma alteração drástica nos valores éticos e polí-ticos. Só o envolvimento das organizações políticas e económicas, não dispensando o contributo de to-dos, tornarão possível a esperança numa nova fase da história da civilização, apoiada numa sociedade que se preocupe com as pessoas e não apenas com o crescimento a qualquer preço, mesmo com o risco de sobrevivência da humanidade. l

C.G.

ESPAÇO DE REFLEXÃO

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ATIVIDADES

VISITA AO ESTÁDIO DA LUZ E AO MUSEU

Mais de 80 Sócios e familiares deslocaram-se ao Estádio da Luz, do Sport Lisboa e Benfica, para o conhecer melhor, fazendo uma visita também ao Museu Cosme Damião.O dia iniciou-se com o encontro à porta do restaurante “A Catedral da Cerveja”, onde foram obtidas as primeiras fotos e se reencontraram velhos amigos.No restaurante, tendo como pano de fundo as bancadas e o relvado, foi servido um excelente almoço “buffet”.Depois, o grupo foi dividido em dois e com o acompanhamen-to de simpáticas guias, tivemos oportunidade de conhecer os interiores, as bancadas, os balneários (só os possíveis...) e a zona de empresas.

Nos miradouros do Alto da Sapi-nha e de Penedo Durão, com o Dou-ro aos nossos pés, conseguimos avis-tar e observar ma-jestosos grifos que em voos rasantes procuravam sur-presas.Também visitámos o Museu do Côa sobre arte rupes-tre, património da humanidade.As refeições foram apreciadas por to-dos nós, não tendo faltado a saborosa e apreciada posta mi-randesa. Os doces regionais fizeram as delícias de todos. l

C.C.

CANTOS E CONTOS – ARRAIOLOS E ÉVORA

No passado dia 18 de Março, um grupo de 53 sócios e seus familiares, teve oportunidade de rumar ao Alentejo, para visitar Évora e Arraiolos.

No Castelo de Arraiolos, fomos envolvidos pela história da “Sempre Noiva”, muito bem declamada por uma das guias.

Também visitámos a Igreja da Misericórdia, os Paços do Con-selho e o Museu do Tapete de Arraiolos, que com séculos e séculos de história, bordados à mão por gerações de borda-deiras, fazem parte do artesanato mais conhecido de Portugal.

Como não podia deixar de ser, em Arraiolos ao almoço foram servidas umas deliciosas migas de espargos com carne do alguidar.

Já em Évora visitámos o templo de Diana, a Igreja de Santo Antão, e a Praça do Geraldo. Na Universidade de Évora, todos fizemos um “doutoramento” com certificado de bom compor-tamento. Foi um momento muito divertido.

Antes do regresso foi serviço um lanchinho no Parque das Me-rendas da cidade. l

CremildaCabrito

Descidos até ao relvado, encontrámos dois dos símbolos do fervor benfiquista, as águias “Vitória” e “Gloriosa” e foi apro-veitar para tirar fotos...No final, fomos conduzidos ao Museu Cosme Damião, para vi-sitar a história, os troféus do “Glorioso” e o espaço dedicado ao “Pantera Negra”.O Museu, muito bem documentado, faz a ligação com a histó-ria contemporânea do nosso país, da Europa e do mundo, com referência a momentos marcantes e dramáticos como as duas guerras mundiais. No final, podemos dizê-lo, todos os visitantes (mesmo os adeptos de outros clubes) deram por muito bem passado mais este dia em “família ANAC”. l

C.V.

AMENDOEIRAS EM FLOR

Um grupo de 47 sócios e seus familiares, fizeram uma ante-cipação da primavera, deslocando-se a locais de rara beleza onde nos esperavam as belíssimas amendoeiras em flor na re-gião de Trancoso.Tivemos também oportunidade de visitar Pinhel, Barca de Alva, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo.

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A PRAÇA D. PEDRO IV mais conhecida por ROSSIO, pertence à freguesia de Santa Maria Maior. Localizada na Baixa de Lisboa, tem sido um dos centros nevrálgicos da cidade.No período Romano existiu aqui um hipódromo, e no século XII esta zona era navegável devido a um afluente do Rio Tejo, sendo mais tar-de este afluente coberto, dando lugar a uma praça irregularmente esguelhada mas de espaço amplo onde se realizavam feiras e mer-cados. Mais tarde ainda na idade média começou a ser rodeada de edifícios diversos. No século XV implantou-se aqui o Hospital de to-dos os Santos, ficando perto o Convento de S. Domingos de Lisboa o qual foi muito arruinado pelos terramotos de 1531 e 1755, salvando-se acapela-mor. Apos o terramoto de 1755 a praça foi reconstituída renascendo uma praça retangular de 166 m comprimento por 52 m de largura. Nos inícios do século XIX no antigo Palácio dos Estaus ficaram instalados o Paço da Regência, mais tarde a Camara dos Pares, a Academia Real de Fortificação, a Secretaria da Intendência da Policia e o Tesouro Publico tendo sofrido um incendio, nesse lugar foi construído o Teatro Nacional D. Maria II.No centro da praça ergue-se a estátua de D. Pedro IV em uniforme de General coberto com manto da realeza e a cabeça coroada de louros, ostentando na mão a Carta Constitucional que ele outorgara.Criou-se uma lenda de que a referida estátua na verdade teria sido ori-ginalmente concebida para o Imperador Maximiliano do México. Como o imperador foi fuzilado pouco tempo antes do término da estátua, esta teria sido reaproveitada para o Rossio, o que explica as supostas semelhanças do Rei com o Imperador. Esta teoria cai por terra uma vez que a peça apresenta os escudos nos botões, o colar da Torre Espada e a Carta Constitucional, tendo ainda descobertas mais recen-tes durante obras de restauro confirmado tratar-se do Rei D. Pedro

lisboa cidade de encantos retirado da internet por Orlando Santos

Neste número de “A Nossa Voz” continuamos a divulgação dos premiados no XIV Encontro Nacional. Hoje temos os segundos prémios de fotografia (Quirina Silva Dias), de prosa (António Espadinha do Monte) e poesia (Mª Conceição Matos).Nos próximos números serão divulgados os restantes trabalhos premiados.

ESPAÇO CULTURAL

OS NOSSOS TALENTOS

IV. As fontes monumentais de grande beleza arquitetónica, uma de cada lado da estátua, foram acrescentadas em 1889 e são o resultado de dois poços encontrados os quais foram sobrepostos pelas duas fontes. O pavimento da praça foi coberto com a tradicional calçada portuguesa, com motivos ondulantes pretos e brancos, em meados do séc. XIX.Esta praça assistiu a touradas, feiras, paradas militares, e até autos de fé durante a inquisição, assistiu a revoluções populares como a que se seguiu à morte de D. Fernando. Aqui foi queimado vivo Garcia Valdez autor de uma conspiração contra o Mestre de Avis, aqui foi também decapitado o Duque de Caminha o Marquês de Vila Real e o Conde de Armamar, também aqui as lutas liberais e miguelistas provocaram centenas de mortes. Aqui Camões brigou com um oficial do reino tendo sido levado para a prisão e mais tarde para a India. Ainda hoje aqui se assiste a comícios políticos e muitas outras manifestações diversas. Uma paragem quer no Café Nicola quer na Pastelaria Suíça continua a ser típico do lisboeta e da maioria dos visitantes de Lisboa. l

expressões populares:

“Meter o Rossio na Betesga”É uma expressão popular que significa uma tarefa impossível de concretizar. É como querer passar um camelo pelo buraco de uma agulha.

A Praça do Rossio é uma das maiores praças de Lisboa e a Rua da Betesga que liga o Rossio à Praça da Figueira é a mais pequena. Tem apenas alguns metros.

!!!!!!!

O RELVINHAS

Fez a escola a pé descalço, como muitos meninos pobres, nascidos na década de quarenta. Desse tempo ficaram-lhe as gratas recordações dos jogos de bola entre companheiros e amigos, aguerridamente disputados com uma velha meia cheia de trapos.Também o regato que corria rua abaixo, nos dias de chuva, constitui ainda para ele uma saudosa lembrança. Sem poder aspirar a quaisquer brinquedos dignos desse nome, era nele que brincava com pequenos barcos, toscamente fabricados com desperdícios de madeiras ou de cartão. Com eles sonhava navegar até à ribeira, sempre contrariado pelos gritos da mãe que, a todo o momento, lhe mandava retirar os pés da água fria.Quase cinquenta anos depois, o Relvinhas ainda volta à aldeia, onde poucas razões teria para regressar. A ligação afectiva à terra onde nasceu, e às suas gentes trazem-no, todavia, de volta, apesar do sofrimento e da miséria que, em menino, aqui viveu.Vem agora acompanhado de filhos e netos para lhes mostrar os lugares, onde lhe decorreu uma infância pouco feliz. Como tudo está diferente! O próprio local onde se situava a velha casa, quase irreconhecível! Ali, na rua do forno, viveu com a mãe e irmãos numa antiga oficina de ferreiro, quase em ruínas, cujo telhado permitia a entrada do vento, da chuva e do frio. Ainda recorda as paredes enegrecidas pelo pó de carvão da forja e as traves podres ameaçando quebrar-se a qualquer momento.Sem pai que lhe assumisse a paternidade, o Relvinhas, mal acabou a escola, necessitou de trabalhar para contribuir para o sustento da família. Era o tempo das mondas quando a mãe lhe entregou o sacho e o mandou acompanhar um rancho de mulheres que, alegremente, o levaram pelas courelas para colher as ervas daninhas dos trigais. Como lhe foi difícil esse trabalho! Dobrado sobre os regos da seara, os pés descalços, em contacto com a aspereza da terra, o Relvinhas contorcia-se de dor e de cansaço. O seu lugar no rancho de mondadeiras situava-se entre Júlia e Mariana Amélia, já então raparigas de vinte anos, que o

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OS NOSSOS TALENTOS

TENHO FOME DO MEU PAÍS...

Na manhã pintada de arco-íriso céu chora lágrimas, atiradas pelo ventoque me leva o chapéu-de-chuva.Pérolas d’agua salpicam-me o rosto.Olho, absorta, as gentes que entramapressadas e tomam o café da manhã.Ninguém me vê! Estou só no temporal.De caneta em punho escrevo o que sinto.Tenho as entranhas ocas e dormentes,misturo lágrimas e chuva.

Tenho fome do meu País, que me diz,p’ra me fazer à vida fora dele!faço-me à estrada da emigração.Escrevo o percurso com pau de gizvou levar minh’alma na bagagem,migalhas dadas por amigos, iguais a mim,que talvez me sigam os passosno vórtice da coragem.à procura do oásis de marfim.

A mala? Não é de cartão... isso... era d’antes!Agora tem rodas, é da cor de sangue!Na mão vai o computador... a ferramentaem que escrevo... choro já a saudadepujante do que sinto no peito,me deixa na tormenta... exangue,no augúrio da tristeza... da iniquidade.

No meu coração de criançaLevo, do meu País, a lembrançado nascer do sol na minha janela,pintada na memória a aguarela.

31 de Agosto de 2014Maria Hugo Lisboa

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ajudavam no trabalho, colhendo as ervas das margens que lhe pertenciam, para que não se atrasasse.Mal alimentado, e sem compleição física para a rudeza do trabalho, o Relvinhas adoeceu, umas semanas depois, e ficou retido no pobre catre que lhe servia de leito. Sem recurso para médico e remédios, a mãe esperava que a Natureza fizesse o milagre de lhe restabelecer o filho. Pouco mais podia fazer.Era Júlia, a companheira de trabalho, e vizinha, que, compadecida de tanta miséria, retirava de casa, às escondidas da sua própria mãe, algum alimento que levava ao Relvinhas doente.Muito enfraquecido e febril, ficava sozinho, enquanto a mãe executava pequenos serviços domésticos. A sua mente de criança debatia-se então com o quadro de pobreza da casa e perguntava-se porque a sua vida tinha de depender das esmolas da vizinhança. Depois, ouvia lá fora o gorjeio dos pássaros sobre o telhado e espiava as nesgas de sol que entravam pelas frestas das telhas. Quando iria sentir outra vez a energia que  lje permitisse  levantar-se e voltar à rua?Algum tempo se passou e o Relvinhas, lentamente, restabeleceu-se. Outros trabalhos duros para a sua idade o esperavam, como a apanha do grão-de-bico e a colheita da azeitona.Houve então uma surpresa na sua vida. Impressionado com a insalubridade e a degradação da casa, um senhor rico da aldeia resolveu oferecer à família uma nova habitação. Construída em taipa, a humilde moradia situava-se na margem da ribeira, entre verdes canaviais, sítio aprazível para, nas poucas horas de descanso, o Relvinhas caçar pássaros e rãs. Mais tarde, ofereceram-lhe uma bicicleta. Foi quando se deu conta de como era agravadável percorrer as ruas em corridas desenfreadas, contornando e desafiando obstáculos.Entretanto, alguns habitantes, não podendo suportar mais a miséria que se vivia na aldeia, partiam, uma a um, para Lisboa, em busca de nova vida. Foi isso que aconteceu com os seus irmãos mais velhos e, finalmente, já com treze anos, também ele, acompanhado pela mãe, se despediu da terra, Com melhores possibilidade de ganhar a vida nos arredores da capital do país, conseguiu promover o seu grau de ins-trução e, assim, o Relvinhas obteve alguns conhecimentos a que, na aldeia das suas saudades, jamais poderia aspirar.Habituado a trabalhar, cedo se propôs ajudar a família e, rapidamente, passou de empregado de hotel a feirante de sucesso.Passou a juventude nas feiras, constituiu família e, anos depois, emigrou, como tantos portugueses fizeram. Já na Suiça, onde se radicou, nunca esqueceu a infância passada na aldeia natal. Chega na época de férias. A caminho das praias do sul do país, é vê-lo rodeado da família a percorreros lugares da sua memória. Depois, cumprimenta efusiva-mente todos os parentes e conhecidos. Há também umavisita que não deixa de fazer. Procura sempre Júlia, sua companheira de labuta, para lhe testemunhar a profunda gratidão que ainda sente por tão bondosamente o ter ajudado. Intimamente deseja a todos os políticos que governam o seu país que nunca mais permitam que haja crianças sem lar, sem pão e a quem destruam a infância, sujeitando-as ao sacrifício de trabalho indignos e injustos.

Pedro Abacate

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Delegação Norte da Anac / Março 2015

DELEGAÇÃO NORTE DA ANAC

Por N

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Resposta à Rubrica “Quem é o Autor ?”

A resposta à rubrica “Quem é o Autor?” publicada no último boletim da Delegação Norte da Anac, é a seguinte: Zeca Afonso. Os Colegas José Guerra da Silva e António Barata responderam corretamente. A eles enviamos os nossos parabéns e agradeci-mentos pela participação. O Coordenador desta rubrica agradece também ao Colega António Barata as suas palavras elogio-sas e encorajadores. A resposta à rubrica deste número, deverá ser dirigida à Delegação Norte da Anac e será divulgada no próximo número deste jornal.

Quem é o Autor ? Caldo de Letras

Pobreza e desproteção

A Comissão Europeia comporta-se com Portugal como um médico que após ter recei-tado a um paciente grandes doses de medicamentos para emagrecer e de ter assegu-rado que ele os tomou, ao observá-lo proclama candidamente: estou muito preocupa-do com a sua magreza. Chega de hipocrisia e irracionalidade! Basta de declarações de governantes (e não só), afirmando que estamos no bom caminho e melhor do que há quatro anos. A União Europeia não está afetada pelas fragilidades de um ou outro país, mas sim por uma epidemia de brutais políticas de austeridade impostas pelo neoliberalismo fundamentalista reinante, que procura a todo o custo impedir qualquer alternativa e que nos pode conduzir a um grave retrocesso social, cultural e civilizacio-nal. Dezoito dos 28 países da União estão colocados nos quatro patamares de observa-ção face aos seus "desequilíbrios", mas mesmo outros estão "doentes": a Alemanha, que até vai aos mercados buscar dinheiro com juros negativos, está bloqueada no seu processo de desenvolvimento. As políticas seguidas empobrecem o nosso país, contu-do aí está de novo a Comissão Europeia a clamar contra o salário mínimo nacional, contra a quase moribunda contratação coletiva e a solicitar novos programas de "reformas estruturais ambiciosas". No presente, como bem mostra a situação que a Grécia atravessa, as vias para a saída do atoleiro são estreitas, mas existem e devem ser prosseguidas: correr com os gover-nos serventuários e colaboracionistas, travar e inverter a austeridade, rebentar com as grilhetas da dívida e dos seus custos - as dívidas terão de ser reestruturadas e é indis-pensável fazer séria discussão sobre como permanecer ou como sair do euro -, afirmar como prioritário o combate à pobreza e pela proteção das pessoas, travar as batalhas possíveis para que o dinheiro não fique nos circuitos bolsistas e especulativos, ou seja, chegue às pessoas e às empresas que criam emprego e produzem bens e serviços úteis. A sociedade portuguesa está muito mais pobre e desprotegida, não apenas porque houve cortes brutais na proteção social, mas também porque a economia foi destruída e/ou reestruturada para ser entregue aos interesses associados aos nossos credores, porque quase 1/7 da população ativa, e nela uma grande parte da nossa melhor gera-ção, teve de emigrar, porque se destruiu emprego, porque se impôs uma brutal trans-ferência de rendimentos do trabalho para o capital, sem qualquer ganho direto ou indireto na criação de emprego. Oficialmente temos 389 mil desempregados sem subsídio de desemprego e dezenas de milhares de "desencorajados". Tudo tem de ser feito para se criar emprego, pois só essa via poderá resolver o problema. Os subsídios de desemprego e outras prestações são direitos fundamentais e a sua reposição significa milhares de milhões de euros por ano. Cerca de 27% da população está em situação de pobreza. É uma vergonha e um drama. As afirmações à Robin dos Bosques de Passos Coelho quanto aos sacrifícios feitos pelos portugueses são desmentidas pela Comissão Europeia, quando esta decla-ra que o corte nos apoios sociais "afetou desproporcionalmente os mais pobres" e que as famílias com crianças foram "particularmente afetadas pela pobreza e exclusão social". O país precisa de uma política que articule o combate à pobreza, com fortes medidas de criação de emprego digno e sustentado, com uma muito mais justa distribuição da riqueza. As políticas e práticas de solidariedade que respondem a carências gritantes são necessárias, mas o país não pode ter um sistema de proteção social assente estra-tegicamente no assistencialismo de emergência e até no fazer da pobreza um negócio. Como se demonstra num estudo do Observatório sobre Crises e Alternativas 1 , o Esta-do social está a ser perigosamente reconfigurado em nome de uma pretensa conten-ção da despesa pública. O Governo está sub-repticiamente a criar um outro sistema de proteção social que estigmatiza os desempregados e todos os que necessitam de mais proteção, transporta mais encargos para as famílias, retira os direitos às pessoas, que coloca na dependência da estratégia e da ação de organizações não-governamentais a prestação de direitos fundamentais que cabe ao Estado garantir. É preciso encetar um profundo debate para que a pobreza e a desproteção não conti-nuem a aprofundar-se.

FARPAS DE BOCAS

Se um cravo na escopeta Dá novo rumo a um povo, Comprar votos, muita peta, Podem criar Homem Novo?

Já se vê algo de novo Neste velhinho país. Se o juiz não crê no Povo O Povo julga o juiz.

Três de rabos, dez de bola, De crimes, publicidade: Haverá melhor escola Do que um jornal da cidade?!. DESTINO: DESERÇÃO?

“O melhor do mundo são as crianças” - Fernando Pessoa

Filho partilhadoEntre mãe e pai, Telhado em telhado Hora de ir, não vai.

Espinhela caída Na ida p´rá escola, Partilha impingida No vão da sacola.

Dedo apontado Para a Assembleia A um pau mandado Da sua alcateia.

Fugindo do frio, Rondando bordéis, Futuro sombrio: Rancho nos quartéis?

P´ra defender Gaza, Síria do Islão, A quem não tem casa Lembra a deserção.

Criança vadia, Dormindo no chão, Barriga vazia, Granada na mão. ………………………….

SOBEJAM AS ARMAS ONDE NÃO HÁ PÃO.

Costa Neves

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Delegação Norte da Anac / Março 2015

DELEGAÇÃO NORTE DA ANAC

Almoço de Natal 2014 No dia 20 de Dezembro a Delegação Norte da Anac realizou o seu conví-vio de Natal de 2014. O convívio /almoço decorreu na Casa de São Se-bastião, em São Pedro de Arcos, Ponte de Lima, e teve a participação de cerca de 150 Colegas e Familiares que de uma forma animada confra-ternizaram num espírito de amizade. O passeio teve também a visita

guiada à Vila de Ponte de Lima, orientada por técnicos da respetiva Câmara Municipal e uma receção nos paços do concelho patrocinada pelo Sr. Vereador da Cultura da Câmara de Ponte de Lima. Nessa receção foi entregue ao Sr. Vereador uma placa alusiva à visita da Anac à lindíssima Vila de Ponte de Lima. Neste convívio tivemos participação de Sócios de várias localidades do norte do país, demonstrando que a Anac é uma fonte agregadora que fomenta a união dos Cole-gas de todas as regiões. A festa de Natal acabou com muita animação e bailarico que se prolongou até à partida de regresso a nossas ca-sas. Um abraço a todos os participantes!

Passeio a Torre de Moncorvo

No dia 28 de Fevereiro de 2015, visitamos Torre de Moncorvo, no nordeste transmontano. A visita incluiu tam-bém um vislumbre das amendoeiras em flor e uma passagem por Vila Nova de Foz Côa. Este passeio, que teve a participação de cerca de 70 Colegas e Familiares, começou com a receção no Centro Mul-timédia de Torre de Moncorvo onde o vice-presidente da respetiva Câmara nos presenteou com um “Porto de Honra” e nos dirigiu algumas palavras elogiosas pela nossa excelente escolha de Torre de Moncorvo para uma visita cultural e gastronómica. Na ocasião a Delegação Norte da Anac ofereceu ao Sr. Vice-Presidente uma placa alusiva à visita da Anac àquela localidade. Em Torre de Moncorvo tivemos oportunidade de visitar o Museu do Ferro, a Igre-ja Matriz, o Museu da Fotografia e o Centro Histórico, sendo sempre acompanhados por técnicas do Turismo de Torre de Moncorvo. O almoço, tipicamente transmonta-no, teve também a participação de convidados, nomeadamente o Sr. Vice-Presidente da Câmara. Passeio a Avanca, Bairrada e Aveiro

No dia 21 de Março a Delegação Norte realizou um passeio a Avanca, Mealhada e Aveiro. Foi um passeio com uma acentuada vertente cultu-ral e gastronómica. Da parte da manhã visitamos a Casa Museu Egas Moniz, em Avanca, que nos per-mitiu conhecer melhor esse insigne neurologista, escritor e político, que foi o primeiro português a receber um prémio Nobel. Após o almoço, que de-correu na Mealhada e constou essencialmente de “Leitão assado à Bairrada”, fomos visitar o Museu e Convento de Santa Joana-Princesa, em Aveiro. Mu-seu grandioso com um enorme espólio de arte sa-cra. O passeio terminou com uma breve incursão nos “ovos moles” na cidade de Aveiro.

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PLANO DE ATIVIDADES EM 2015

PROGRAMA (PROV.) DE PASSEIOS DA DELEGAÇÃO NORTE DA ANAC

março – dia 25 ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA

abril – dia 13 ELEIÇÕES PARA OS ÓRGÃOS SOCIAIS DA ANAC

– dias 17 a 24 XXI EUROENCONTRO

junho – dias 21 a 1/07 ESTEPONA PLAYA HOTEL

– dias 19 a 29 CRUZEIRO NAS ILHAS GREGAS COM ATENAS E ISTAMBUL

julho – dias 06 a 13 CIRCUITO DOS AÇORES

agosto – dias 21 a 23 FESTAS DO POVO DE CAMPO MAIOR

setembro – dias 06 a 16 SUL DE ESPANHA - FUENGIROLA

- dias 29 a 04/10 CIRCUITO DE 10 DIAS NA GEÓRGIA E ARMÉNIA

outubro – dia 10 ALMOÇO NACIONAL E XXX ANIVERSÁRIO DA ANAC

novembro – dia 10 a 12 SÃO MARTINHO

dezembro – dia 12 ALMOÇO-CONVÍVIO DE NATAL DA REGIÃO DE LISBOA

março – dia 27 VISITA A OVAR

abril – dia 18 VISITA A COIMBRA

maio – dia 09 VISITA A TORRE DE MONCORVO

– 9 dias VIAGEM A MARROCOS

junho – 8 dias VIAGEM A ESPANHA

– dia 27 ENTREGA DOS TROFÉUS – TORNEIO DOS APOSENTADOS

julho – 9 dias VIAGEM A ITÁLIA – GRANDE CIRCUITO ITALIANO

– 1 dia VISITA A ALCOBAÇA

agosto – 7 dias VIAGEM À POLÓNIA - VARSÓVIA E CRACÓVIA

setembro – dia 5 VIAGEM FERROVIÁRIA – LINHA DO DOURO

– 11 dias PROGRAMA DE FÉRIAS EM ESPANHA

outubro – dia 10 AROUCA

CRUZEIRO NO MEDITERRÂNEO

novembro S. MARTINHO

dezembro ALMOÇO E CONFRATERNIZAÇÃO NATALÍCIA

DÊ ASAS À SUA CRIATIVIDADE E COLABORE COM “A NOSSA VOZ”

Lançamos daqui um desafio aos nossos Sócios para que nos enviem colaborações para publicação

no nosso boletim. Poderão assumir a forma de texto, desenho ou fotografia.

PARTICIPE!