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texto de escrita criativa elaborado em conjunto pelas turmas do 2º ano das escolas EB1 de Anobra, Belide Ega e Sebal do Agrupamento de escolas de Condeixa no âmbito do projeto 30 dias 30 livros da Rede de Bibliotecas de Condeixa A temática do conjunto dos 4 textos teve como mote: "água, Património que temos que cuidar"
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AUTORES
TEXTO:
Alunos do 2º ano
1ª parte - EB1 Anobra (Prof. Sara)
2ª parte - EB1 Sebal (Prof. Regina)
3ª parte - EB1 Ega (Prof. Jorge)
4ª parte - EB1 Belide (Prof. Nelson)
ILUSTRAÇÃO:
JI de S. Fipo (Educadora Paula Lopes)
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O verão estava a terminar. A Joana e os seus primos decidiram
aproveitar os últimos dias de férias para irem dar um passeio. Os dias
passados em casa dos avós, a ouvirem as suas histórias, deixaram-nos
curiosos em relação ao Vale do Rio de Mouros. Como estava um dia muito
agradável prepararam tudo para fazerem um piquenique e partiram à
descoberta do rio.
Francisco, o primo mais velho, era o único que conhecia o caminho e
levou os seus primos por um trilho muito agradável. Ouviam-se os
passaritos a cantarem e os três primos até tiveram uma surpresa porque
mesmo a sua frente viram passar uma raposa saltitona.
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Depois de uma longa caminhada a apreciarem a natureza, começaram a
ouvir o som da água a correr, o que foi o sinal de que estavam mesmo muito
perto. Saíram do trilho e seguiram aquele som.
-Que bonito! A água é tão transparente! - exclamou o Rodrigo.
-É verdade, felizmente o rio ainda não está poluído.
-Vamos molhar os pés? - perguntou a Joana.
-Podemos ir mas aviso-vos que a água costuma ser fria.
Naquele preciso momento, ouviram um barulho estranho.
-Escutem! Parece um cão a latir!
-O som vem dali, daquela árvore! - exclamou o Rodrigo um pouco
preocupado.
-Vamos até lá!
Ao aproximaram-se da árvore depararam-se com um cachorrinho
muito engraçado. EB1 Anobra (Prof. Sara)
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Verificaram que estava cheio de fome, mas com receio que eles lhe
fizessem mal e escondeu-se. Os três primos decidiram ir lanchar. Esticaram a
toalha e partilharam o lanche. Nesse momento, o cachorrinho aproximou-se
de cauda a abanar. A Joana deu-lhe um bocado do seu pão-de-leite com
fiambre. O cachorrinho saltou de imediato para o seu colo e lambeu-lhe a
cara.
Ao fim da tarde, regressaram a casa dos avós e o cachorrito seguiu-os.
Tinham encontrado um novo amigo! Pediram aos avós para o adotarem.
Deram-lhe o nome de Max.
As aulas iam começar, os três primos tinham de regressar às suas casas,
mas prometeram ir ver o Max e os avós todos os fins-de-semana.
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Os três primos faziam parte dos Escuteiros de Condeixa-a-Velha, no
grupo dos lobitos.
Saltaram de alegria quando a Chefe Margarida lhes comunicou que nas
férias da Páscoa iriam acampar às Buracas do Casmilo, na Serra de Sicó. Já
tinham ouvido falar daquele maravilhoso lugar, e quando fizeram o
piquenique no Rio dos Mouros viram uma placa que indicava esse local.
O ano letivo ia decorrendo com normalidade, os primos eram bons
alunos e todas as semanas iam visitar os avós e o seu amigo Max, com quem
faziam umas belas brincadeiras.
Finalmente, chegaram as tão esperadas férias da Páscoa. No dia 19 de março o
grupo lá partiu, rumo às Buracas do Casmilo com as suas mochilas carregadas de
mantimentos e muita vontade de explorar e praticar desporto.
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Montaram as tendas na maior caverna e partiram à descoberta…
A certa altura o Francisco exclamou:
-O que é isto chefe Margarida, parece “um carimbo de um peixe”?
Logo de seguida, outro lobito perguntou:
-E isto, Margarida, o que é isto? Mostrou ele erguendo um “caracol de
pedra” na mão.
- Isso são fósseis, vamos guardá-los e levá-los para o museu. São
formações rochosas formadas a partir de restos de animais e pelos vestígios
podemos dizer que há milhões de anos o mar chegava até aqui!
Todos ficaram de boca aberta e puseram-se a procurar outros fósseis.
Ainda encontraram mais dois ou três que pareciam conchas e búzios.
No dia seguinte, fizeram desportos radicais: slide, rappel, escalada nas
vertentes escarpadas da serra, junto às buracas.
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Foi um dia muito divertido, mas um pouco cansativo, pois ainda
tiveram de desmontar as tendas e arrumar tudo.
Já de regresso passaram por umas pedras com umas características
muito especiais que pareciam umas lápides. A Chefe Margarida explicou que
se chamavam lapiás.
A certa altura a Joana interrompeu-a exclamando:
-Chefe, que flor tão bonita!
-É uma orquídea selvagem, há muitas aqui na serra, bem como outras
plantas...
EB1 Sebal (Prof. Regina)
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-Que outras plantas existem aqui também?
-Vamos fazer o seguinte, paramos agora um pouco para fazer um belo
piquenique e depois procuramos novas plantas.
-Boa ideia! Responderam em coro.
-Olha meninos! Pode ser já aqui, debaixo deste enorme pinheiro,
aproveitamos a sua sombra e quem sabe ainda comemos alguns
pinhões.
E assim fizeram, comeram, deliciaram-se, observaram algumas
plantas e continuaram viagem.
Umas centenas de metros à frente, avistaram uma loja, daquelas que
vendem produtos típicos e coisas assim, entraram e compraram alguns
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mantimentos.
-Chefe, posso levar alguns destes bolinhos?
-Claro que sim, pede à senhora.
-Olhe desculpe, aqueles bolinhos são de quê?
-São bolinhos de azeite, são muito bons e saborosos feitos com azeite
das nossas oliveiras.
-Oliveiras?! Já passamos por algumas Chefe Margarida?
-Não, mas lá para a frente já vos mostro algumas.
Alguns meninos intrigados questionaram a Chefe sobre a utilidade
das plantas, pois aperceberam-se de que também serviam para fazer bolos.
De imediato a Chefe Margarida esclareceu que as plantas têm várias
utilidades para a vida, tais como, a purificação do ar, a alimentação, mas que
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delas também retiramos madeira, resina, cortiça e matéria-prima para
algodão, papel, medicamentos, cremes e perfumes.
Curiosos quiseram conhecer algumas plantas para esses fins…
-Mostre-nos uma que dê para medicamentos... e para perfumes... e
para cremes!
-Calma! Calma! Eu vou vos mostrar essas plantas e dizer-vos os nomes
delas.
Após alguns passos a Chefe encontrou as plantas de nome Eva
Roberta e Erva-de Santa-Maria tendo-lhes explicado os fins medicinais
daquelas plantas.
Após essa explicação a Joana exclamou:
-A fauna é importante, mas a flora também o é!
3ª parte - EB1 Ega (Prof. Jorge)
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Apontando para o céu Francisco disse:
-Chefe Margarida que pássaro é aquele, lá no alto?
A Chefe Margarida respondeu:
-Não é um pássaro! É uma águia-cobreira! São aves que migram
quando chega o final do verão para o Norte da África Tropical e voltam
quando chega a primavera para fazerem os seus ninhos. Como é uma ave
que caça necessita de um grande território para encontrar o seu alimento.
Quando localiza a presa, permanece a planar durante uns momentos. As
águias-cobreiras conseguem caçar cobras com 2 m de comprimento. O
macho pode-as levar enfiadas no papo até ao ninho e quando lá chega as
crias tiram-nas como se fosse uma corda.
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Chefe Margarida continuou com a sua explicação:
-Meninos, a fauna desta região é muito rica. Também há a águia-de-
asa-redonda, a cobra rateira, o bufo real, a geneta, a gralha, o javali e a
lagartixa do mato. A Cobra rateira – a maior das cobras do nosso país, caça
os ratos que destroem as plantas cultivadas, sendo uma importante ajuda
para os agricultores. A gralha faz gritos roucos alegrando com os seus cantos
os campos...
Joana e Francisco responderam:
-Que pena! As férias da Páscoa estão a chegar ao fim! Chefe
Margarida, obrigado por nos ter ensinado muito acerca destas Terras de
Sicó.
-Meninos, agora a vossa missão de escuteiros vai começar! - Disse
muito séria a Chefe Margarida.
-Que missão, Chefe Margarida? - Responderam as crianças.
-A missão de contribuírem para a proteção da fauna e da flora desta
bela região.
4ª parte - EB1 Belide (Prof. Nelson)
Trabalho elaborado no âmbito do projeto 30 dias 30 livros com o apoio da Rede de Bibliotecas de Condeixa
Professoras Bibliotecárias
Ana Rita Amorim Anabela Costa
Técnicas da Biblioteca Municipal
Inês Rodrigues Connie Coutinho