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O aço é um produto siderúrgico definido como liga metálica composta principalmente de ferro e pequenas quantidades de carbono. Para aços utilizados na construção civil, o teor de carbono é da ordem de 0,18% a 0,25%. O processo siderúrgico pode ser dividido em 4 grandes partes: a) Preparo das MatériasPrimas (Coqueira e Sintetização) b) Produção de Gusa (Altoforno) c) Produção de Aço (Aciaria) d) Conformação Mecânica (Laminação) As matériasprimas necessárias para a obtenção do aço são: o minério de ferro, principalmente a hematita, e o carvão mineral. Ambos não são encontrados puros na natureza, sendo necessário então um preparo nas matérias primas de modo a reduzir o consumo de energia e aumentar a eficiência do processo. VER ESQUEMA DO PÁTIO DE MATÉRIASPRIMAS FOTO 01: Pátio de MatériasPrimas (Arquivo COSIPA) A coqueificação ocorre a uma temperatura de 1300 o C em ausência de ar durante um período de 18 horas, onde ocorre a liberação de substâncias voláteis. O produto resultante desta etapa, o coque, é um material poroso com elevada resistência mecânica, alto ponto de fusão e grande quantidade de carbono. "O coque, nas especificações físicas e químicas requeridas, é encaminhado ao altoforno e os finos de coque são enviados à sinterização e à aciaria. O coque é a matéria prima mais importante na composição do custo de um altoforno (60%)". FOTO 02: Operação de Desfornamento da Coqueira (Arquivo COSIPA) Na sinterização, a preparação do minério de ferro é feita cuidandose da granulometria, visto que os grãos mais finos são indesejáveis pois diminuem a permeabilidade do ar na combustão, comprometendo a queima. Para solucionar o problema, adicionamse materiais fundentes (calcário, areia de sílica ou o próprio sínter) aos grão mais finos.

A Obtenção Do Aço

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Etapas da fabricação do aço

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27/03/2015 A OBTENÇÃO DO AÇO

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  O  aço  é  um  produto  siderúrgico  definido  como  liga metálica  composta  principalmente  de  ferro  e  pequenasquantidades de carbono. Para aços utilizados na construção civil, o  teor de carbono é da ordem de 0,18% a0,25%.

O processo siderúrgico pode ser dividido em 4 grandes partes:

            a) Preparo das Matérias­Primas (Coqueira e Sintetização)            b) Produção de Gusa (Alto­forno)            c) Produção de Aço (Aciaria)            d) Conformação Mecânica (Laminação) 

  As  matérias­primas  necessárias  para  a  obtenção  doaço são: o minério de ferro, principalmente a hematita,e o carvão mineral. Ambos não são encontrados purosna  natureza,  sendo  necessário  então  um  preparo  nasmatérias  primas  de  modo  a  reduzir  o  consumo  deenergia e aumentar a eficiência do processo.

VER ESQUEMA DO PÁTIO DE MATÉRIAS­PRIMAS

FOTO 01: Pátio de Matérias­Primas (Arquivo COSIPA)

 

  A coqueificação ocorre a uma  temperatura de 1300oCem  ausência  de  ar  durante  um  período  de  18  horas,onde  ocorre  a  liberação  de  substâncias  voláteis.  Oproduto resultante desta etapa, o coque, é um materialporoso  com  elevada  resistência mecânica,  alto  pontode fusão e grande quantidade de carbono."O  coque,  nas  especificações  físicas  e  químicasrequeridas, é encaminhado ao alto­forno e os  finos decoque  são  enviados  à  sinterização  e  à  aciaria.  Ocoque  é  a  matéria  prima  mais  importante  nacomposição do custo de um alto­forno (60%)".

FOTO 02: Operação de Desfornamento da Coqueira (ArquivoCOSIPA)

Na  sinterização,  a  preparação  do  minério  de  ferro  éfeita cuidando­se da granulometria, visto que os grãosmais  finos  são  indesejáveis  pois  diminuem  apermeabilidade do ar na combustão, comprometendo aqueima.  Para  solucionar  o  problema,  adicionam­semateriais  fundentes  (calcário,  areia  de  sílica  ou  opróprio sínter) aos grão mais finos.

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Com  a  composição  correta,  estes  elementos  sãolevados  ao  forno  onde  a  mistura  é  fundida.  Emseguida, o material  resultante é  resfriado e britado atéatingir  a  granulometria  desejada  (diâmetro  médio  de5mm).O produto final deste processo é denominado de síntere  de acordo  com o Arquiteto  Luís Andrade de MattosDias,  "Em  decorrência  de  suas  característicascombustíveis  e  de  permeabilidade,  o  sínter  tornou­semais  importante  para  o  processo  do  que  o  própriominério de ferro".

FOTO 03: Sinterização (Arquivo USIMINAS) 

  Esta parte do processo de fabricação do aço consistena  redução  do  minério  de  ferro,  utilizando  o  coquemetalúrgico e outros fundentes, que misturados com ominério de ferro são transformados em ferro gusa.A  reação  ocorre  no  equipamento  denominado  AltoForno, e constitui uma reação exotérmica.O  resíduo  formado  pela  reação,  a  escória,  é  vendidapara a indústria de cimento.Após  a  reação,  o  ferro  gusa  na  forma  líquida  étransportado  nos  carros­torpedos  (vagões  revestidoscom  elemento  refratário)  para  uma  estação  dedessulfuração,  onde  são  reduzidos  os  teores  deenxofre  a  níveis  aceitáveis.  Também  são  feitasanálises  da  composição  química  da  liga  (carbono,silício, manganês,  fósforo, enxofre) e a seguir o carrotorpedo  transporta  o  ferro  gusa  para  a  aciaria,  ondeserá transformado em aço.

VER CARROS­TORPEDOS

                 FOTO 04: Alto Forno  (Arquivo COSIPA)

 

  Na aciaria, o ferro gusa é transformado em aço atravésda  injeção de oxigênio puro sob pressão no banho degusa  líquido,  dentro  de  um  conversor.  A  reação,constitui  na  redução  da  gusa  através  da  combinaçãodos  elementos  de  liga  existentes  (silício,  manganês)com  o  oxigênio  soprado,  o  que  provoca  uma  grandeelevação  na  temperatura,  atingindo  aproximadamente1700oC.Os gases resultantes do processo são queimados logona  saída  do  equipamento  e  a  os  demais  resíduosindesejáveis  são  eliminados  pela  escória,  que  fica  asuperfície do metal.Após outros ajustes finos na composição do aço, esteé  transferido  para  a  próxima  etapa  que  constitui  olingotamento contínuo.

FOTO 05: Aciaria  (Arquivo USIMINAS) 

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  No processo de  lingotamento contínuo o aço  líquido étransferido  para  moldes  onde  se  solidificará.  O  veiometálico  é  continuamente  extraído  por  rolos  e  apósresfriado,  é  transformado  em  placas  rústicas  atravésdo corte com maçarico.

FOTO 06: Lingotamento Contínuo  (Arquivo USIMINAS)   

  

FOTO 07: Laminação a Quente  (Arquivo USIMINAS)

Posteriormente,  os  lingotes  devem  passar  peloprocesso  de  laminação,  podendo  ser  a  quente  ou  afrio,  onde  se  transformarão  em  chapas  através  dadiminuição  da  área  da  seção  transversal.  Nalaminação a quente, a peça com aproximados 250 mmé aquecida e submetida à deformação por cilindros quea  pressionarão  até  atingir  a  espessura  desejada.  Osprodutos laminados a quente podem ser:

Chapas Grossas   espessura: 6 a 200 mm   largura: 1000 a 3800 mm   comprimento: 5000 a 18000 mmTiras   espessura: 1,2 a 12,50 mm   largura: 800 a 1800 mm   comprimento­padrão: 2000, 3000 e 6000 mm

Tensões Residuais

Devido  ao  resfriamento  desigual  das  peças,  chapas  e  perfis  laminados  a  quente  apresentam  tensões  quepermanecem  após  o  completo  resfriamento.  Em  chapas,  por  exemplo,  as  bordas  se  solidificam  maisrapidamente que o centro, servindo como um quadro que impedirá a retração da peça como um todo, fazendocom que o centro da peça permaneça tracionado. A norma NBR 8800 fixa essa tensão em 115 MPa.   

  Ao contrário do processo de laminação a quente as peças laminadas a frio são normalmente mais finas, commelhor acabamento e sem a presença de tensões residuais.

Dimensões:   espessura: 0,3 a 3,00 mm   largura: 800 a 1600 mm   comprimentos­padrão: 2000, 2500 e 3000 mm 

  

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FOTO 09: Chapas  (Arquivo USIMINAS)      

FOTO 10: Chapas Grossas  (Arquivo USIMINAS)       

FOTO 11 Bobinas  (Arquivo USIMINAS)

 

INFORMAÇÕES ADICIONAIS A) Esquema do Pátio de Matérias­PrimasB) Carros­Torpedos