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Panorama setorial 2012: o futuro é promissor? • Usiminas muda... • Técnica: Galvanização a fogo • Consulte Classificados do AÇO Ano I - edição 1 - 2012

Revista do Aço

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Revista do aço n° 1

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Panorama setorial 2012: o futuro é promissor?

• Usiminas muda...

• Técnica: Galvanização a fogo

• Consulte Classificados do AÇO

Circu le esta revist a nos departamen

tos

Ano I - edição 1 - 2012

Revista do Aço • 3

Revista do aço – Ano I – Número 01 – é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço.

Editor Chefe Marcelo Lopes ([email protected])

Edição Sueli dos Santos – (MTb 25.034-SP) ([email protected])

Projeto Editorial Revista do AÇO

Projeto Gráfico Elbert Stein ([email protected])

Capa Elbert Stein

Colaboradores desta edição Carlos Alberto Pacheco (MTb 14.652-SP),

Isabel Alencar (GO 01141JP), Paulo Silva Sobrinho e Willy Ank de Morais.

Imagem de capa: Foto divulgação

Publicidade e Comercial Luiz Cortez – (11) 9125-8489 ([email protected])

Marcelo Lopes – (11) 7417-5433

Impressão e Acabamento Phoenix Acabamentos Gráficos

Tiragem 10.000 exemplares

Redação, Publicidade, Administração e Correspondência:

Rua Manuel Buchalla, 180 – São Paulo

Cep: 04230-030 – SP – Brasil

Telefone: +55 (11) 2062-1231

A Revista do AÇO é uma publicação empresarial segmentada à Cadeia produtiva do AÇO, objetivando os setores Metal-mecânicos e Siderúrgicos

As matérias assinadas são de inteira de responsabilidade dos autores e não expressam necessariamente a opinião da revista. As matérias

publicadas poderão ser reproduzidas, desde que autorizadas e citadas a fonte. Os infratores ficam sujeitos às penalidades da lei.

indiceNotícias do Aço .............................................................................................................................. 04

Artigo Razões para o emprego do aço ...............................................................................08

Equipamentos Nova unidade da Ibrav ...............................................................................................14

Mercado Sinto tem novas instalações na Bahia ...................................................................16

Capa 2011 acabou: o que reserva 2012...........................................................................18

Perfil Usiminas .........................................................................................................................30

Mudança Servmelt em Indaiatuba ............................................................................................36

Técnica Sistemas de proteção .................................................................................................38

Panorama Governo de olho no setor automotivo .................................................................44

Caderno de Classificados do Aço..........................................................................48

Div

ulg

ão

4 • Revista do Aço

Impacto ambIental - A IBM foi selecionada para participar de um projeto de pesquisa global para desenvolver o primeiro sistema integrado de monitoramento ambiental do mundo, com o objetivo de ajudar as empresas de petróleo e gás a minimizar o impacto ambiental de suas operações. O sistema de monitoramento aplicará essa tecnologia, desenvolvida pela equipe de pesquisa da IBM para medir, processar e analisar com rapidez grandes quantidades de dados físicos, biológicos e químicos, gerados em tempo real por sensores e câmeras instalados em torno de uma instalação offshore, facilitando, assim, a previsão e a detecção de desvios. Utilizando as técnicas avançadas de modelagem, o sistema será capaz de prever e prevenir problemas antes que eles ocorram, ajudando as empresas a minimizar o risco ambiental associado a operações submarinas de petróleo e gás. A IBM também fornecerá a tecnologia de integração de informações que oferece visibilidade de toda a empresa, bem como monitoramento e análise em tempo real de sistemas operacionais offshore. “O monitoramento ambiental, como parte integrante de operações em tempo real, é essencial para o setor de petróleo e gás”, afirma Ulisses Mello, diretor do laboratório de pesquisas da IBM Brasil.

Informações www.ibm.com/br

boa posIção - O HSBC realizou uma análise sobre as empresas de mineração, reiterando a recomendação neutra para as ações da Gerdau (GGBR4) e da Metalúrgica Gerdau (GOAU4). De acordo com o analista do banco, Jonathan Brandt, apesar das avaliações caras da empresa, a empresa está bem posicionada para se aproveitar de um aumento da demanda de aços longos no Brasil, e menos suscetíveis ao aumento das importações, mas seguem cautelosos com a exposição da empresa ao dólar. O índice ABI (Architectural Billings Index) indica possível expansão da construção não-residencial. As venda de automóveis nos EUA e Brasil continuam sólidas, o que beneficiaria a Gerdau principalmente em sua divisão de aços especiais.

segurança em plataformas de petróleo A aplicação de materiais compósitos vai desde simples artigos utilizados no nosso dia a dia até aplicações para indústrias de ponta. E entre os compósitos mais utilizados está o FRP (polímero reforçado com fibra de vidro), um composto da aglomeração de finos filamentos de vidro altamente flexíveis. Este material começou a ser utilizado na fabricação de diversos produtos na década de 40. Já na década de 50 os tubos FRP foram introduzidos no mercado petrolífero como alternativa aos tubos de aço. De acordo com o Arnaldo Gatto, gerente de desenvolvimento de produtos da Edra, estes tubos são uma alternativa vantajosa para as plataformas de petróleo pelo fato de serem mais resistentes aos desgastes que ocorrem neste tipo de atividade. A Edra disponibiliza para o segmento petrolífero a linha de tubulação Offshore, desenvolvida para atuar em situações bastante severas, além de possuir a capacidade de dissipar cargas elétricas. O grande impacto que esta tubulação traz para o setor de extração e produção de petróleo é o baixo custo de manutenção, facilidade de instalação e longevidade da instalação, além de alta resistência química, baixo índice de transmissão térmica e baixo peso. “Em geral, eles são aplicados em linhas de baixa pressão (até 20 kgf/cm2) e servem para a drenagem de efluentes, condução de água potável, água salgada, transporte de produtos químicos, linhas de incêndios e água de lastro”, explica.

Informações: www.edra.com.br

Div

ulg

ão

Revista do Aço • 5

falta competItIvIdade na IndústrIa - A concentração da pauta exportadora brasileira em produtos básicos cotados internacionalmente (commodities) e a queda da participação dos produtos manufaturados nas vendas externas devem ser vistas como alerta para a economia do Brasil, na opinião de técnicos do Grupo de Análise e Previsões (GAP) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para Roberto Messenberg, coordenador da equipe de estudos responsável pelo boletim Conjuntura em Foco, a falta de competitividade da indústria nacional pode comprometer o crescimento econômico do País. Ele defende a elevação de taxas de investimento do setor produtivo com a participação ativa do setor público. Para o economista, o governo precisa estabelecer regras de política fiscal que criem um ambiente industrial atraente. Para Messenberg, a economia brasileira está progredindo, mas é preciso mudar algumas estratégias. “Não podemos ficar esperando que o brasileiro consuma menos para criar poupança, para que essa poupança seja convertida em investimentos. Isso só vai causar uma redução do nível da atividade econômica e nos perpetuar numa armadilha que nós mesmos nos colocamos.”

lucro da tenarIs - A Tenaris, maior produtora mundial de tubos de aço para a indústria do petróleo, teve alta de 33% no lucro líquido do quarto trimestre de 2011, o que em é devido a vendas maiores. O lucro líquido subiu para 426,3 milhões de dólares, ante 321,2 milhões de dólares no quarto trimestre de 2010. As vendas líquidas trimestrais também subiram 33 por cento em relação a um ano antes e somaram 2,75 bilhões de dólares. A Tenaris, com sede em Luxemburgo, é controlada pelo grupo argentino Techint. Suas operações estão intimamente ligadas à exploração de energia e seus ganhos refletiram os altos preços do petróleo. Em 2011 como um todo, o lucro líquido saltou 25 por cento, para 1,42 bilhão de dólares, e as vendas líquidas tiveram crescimento de 29 por cento, para 9,97 bilhões de dólares. No ano, “os investimentos somaram 863 milhões de dólares, incluindo a conclusão de nossa nova siderúrgica no México”, disse a companhia em comunicado.

produção de aço bruto cresce 3,4% em fevereIro - A produção brasileira de aço bruto em fevereiro de 2012 foi de 2,8 milhões de toneladas,um aumento de 3,4% quando comparada com o mesmo período de 2011. Em relação aos laminados, a produção de fevereiro chegou a 2,1 milhões de toneladas, apresentou crescimento de 2,3% quando

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6 • Revista do Aço

comparada com fevereiro do ano passado. Com esses resultados, a produção acumulada em 2012 totalizou 5,6 milhões de toneladas de aço bruto e 4,1 milhões de toneladas de laminados, o que significou aumento de 2,5% e de 2,8%, respectivamente,sobre o mesmo período de 2011.Quanto às vendas internas, o resultado de fevereiro de 2012 foi de 1,7 milhão de toneladas de produtos, queda de 2,8% em relação a fevereiro de 2011. As vendas acumuladas em 2012, de3,4 milhões de toneladas, mostraram um crescimento de 1,3% com relação ao mesmo períododo ano anterior.As exportações de produtos siderúrgicos em fevereiro de 2012 atingiram 987 mil toneladas no valor de 691 milhões de dólares. Com esse resultado, as exportações em 2012 totalizaram 1,8 milhão de toneladas e 1,3 bilhão de dólares, representando declínio de 5,9% em volume e de 4,8% em valor, quando comparados ao mesmo período do ano anterior.No que se refere às importações, registrou-se em fevereiro volume de 319 mil toneladas (US$ 383 milhões) totalizando, desse modo, 658 mil toneladas de produtos siderúrgicos importados no ano, 9,5% acima do mesmo período do ano anterior.O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em fevereiro foi de 2 milhões de toneladas, totalizando 4,0 milhões de toneladas em 2012. Esses valores representaram crescimento de 0,5% e de 2,3%, respectivamente, em relação a igual período do ano anterior. Informações www.acobrasil.org.br

sem excedente - O excesso na produção de veículos não é mais um problema enfrentado apenas pelas montadoras de mercados automotivos maduros, de acordo com uma recente análise da produção automotiva global feita com base no estudo Global Automotive Executive Survey 2012, publicado em janeiro deste ano pela KPMG International. Indústrias presentes em mercados de alto crescimento, como os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China, além da recentemente agregada África do Sul), precisam se preparar para gerenciar o excesso iminente de produção apesar do crescimento da demanda por veículos nos últimos anos. Dos mercados dos BRICS, o Brasil é o que está mais bem preparado para balancear uma oferta flexível e baixos custos fixos. A análise da produção global da KPMG revelou que a expectativa é que as evoluções mais positivas nesse sentido tenham origem no Brasil. Na realidade, as projeções do mercado brasileiro demonstram um cenário bem

equilibrado: além do aumento da capacidade de produção para mais de um milhão de veículos até 2016, o nível de aproveitamento dessa produção é projetado para ser superior a 90%. “As montadoras brasileiras estão acostumadas a lidar com os fortes altos e baixos da economia, enquanto as montadoras da China ou Índia conhecem somente os altos da economia”, avalia Charles Krieck, sócio-líder de Industrial Markets da KPMG no Brasil. “A experiência adquirida no Brasil ao longo das últimas décadas poderia ser muito valiosa para as montadoras em outros mercados emergentes que ainda não tenham enfrentado fortes desastres econômicos”, acrescenta executivo.

csn compra atIvos de aço do grupo es-panhol alfonso gallardo - A CSN comprou ativos de aço do grupo espanhol Alfonso Gallardo, situados na Alemanha, por 482,5 milhões de euros. A operação foi conduzida pela subsidiária espanhola CSN Steel. O negócio envolve todas as ações do grupo Gallardo na Stahlwerk Thüringen (SWT), com capacidade de produção de 1,1 milhão de toneladas por ano, e na Gallardo Sections, distribuidora dos produtos da SWT. A compra faz parte da estratégia de internacionalização da CSN e marca sua entrada no mercado de ações longos.

Informações www.csn.com.br

consumo de aço - A expectativa é que o consumo de aço no mundo deve voltar, até 2014, aos níveis pré-crise de 2009. A avaliação é do presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes. Ele explicou que a recuperação era esperada para 2012, mas a eclosão da crise na União Europeia prejudicou o setor. A projeção foi feita quando Marco Polo participou de um evento realizado na Confederação Nacional da Indústria (CNI). “O mundo está de cabeça para baixo”, disse ele, ao queixar-se que o deterioração nas economias da zona do euro, em 2010 e 2011, “alteraram muito o comércio mundial”. Lopes acrescentou que o consumo de aço está estreitamente ligado ao desenvolvimento econômico e ao crescimento do PIB em todo o mundo.

Mande sua nota para a seção Notícias do Aço pelo e-mail [email protected]

Revista do Aço • 7

8 • Revista do Aço

A maior parte dos recursos que a humanidade ex-

plora provém da crosta terrestre, cuja composi-

ção química aproximada está descrita no gráfico da figu-

ra 1. Os recursos disponíveis na crosta terrestre têm sido

utilizados pela humanidade de diversas formas. As épo-

cas entre o "descobrimento" e utilização dos materiais

pelo homem deu nome a diferentes ciclos da civilização

humana: idade da pedra, do ouro, da prata, do cobre, do

bronze e, finalmente, do ferro.

O ferro, originalmente descoberto em meteoritos fer-

rosos (vindos do espaço sideral, daí a origem do termo

‘siderurgia’), foi inicialmente produzido por processos

rudimentares, semi-industriais e finalmente por proces-

sos industriais no início do século 20, conforme Araújo

(Manual de Siderurgia. Vol. 1 (Produção), 1997.

Até o início do século passado o aço praticamente

não possuía nenhum rival em termos de material de

engenharia: não existiam métodos economicamente

viáveis para a produção de alumínio ou de outro mate-

rial de aplicação relevante.

artigo

Razões técnicas para o emprego do açoNão é apeNas a abuNdâNcia que faz com que um material seja largameNte utilizado. as características físicas, químicas, mecâNicas também devem ser coNsideradas

(*) Willy Ank de moraisimagens: Divulgação

Revista do Aço • 9

Com o desenvolvimento do aço

e de seus vários tipos, paralelamente

com o desenvolvimento de um pro-

cesso industrial economicamente

viável para a obtenção do alumínio,

incrementa-se rapidamente a impor-

tância dos metais para a humanida-

de. O ápice foi atingido logo após o

final da 2ª Grande Guerra Mundial

(1939-1945), quando o desenvolvi-

mento dos polímeros industriais e

cerâmicas de engenharia começa-

ram a ganhar espaço em aplicações

nas quais estes materiais são mais

eficientes do que os metais. O gráfi-

co da figura 2 ilustra resumidamen-

te a evolução no uso dos materiais ao

longo da civilização humana, sendo

obtido a partir dos dados apresenta-

dos por Ashby (Materials Selection in

Mechanical Design, 1999).

Apesar do volume relativo de uso

dos metais esteja diminuindo lenta-

mente nos dias de hoje, têm-se de-

senvolvido novos tipos de ligas me-

tálicas e novos processos produtivos

mais produtivos, baratos, eficientes

e de menor impacto ambiental. Por

isso, o nível de tecnologia existente

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artigo

figura 1. Composição química aproximada da crosta terrestre (fonte: http://chemistry.about.com).

10 • Revista do Aço

hoje nos metais em geral e especial-

mente nos aços em particular, é mui-

to mais avançado do que o praticado

meio século atrás.

o aço como materIal de engenharIaO ferro puro é um metal que

apresenta uma série de caracte-

rísticas que não atendem à maior

parte das aplicações de engenha-

ria. Porém esta situação muda

quando se trabalha com a sua

principal liga: o aço. O aço é a for-

ma mais prática e econômica de se

utilizar o ferro de maneira a se ob-

ter propriedades adequadas para

uma larga faixa de aplicações. O

termo ‘aço’ pode ser definido, ba-

sicamente, conforme descrito na

norma ABNT 6215:201:

Liga ferrosa que apresenta teor

de carbono igual ou inferior a 2%

em peso na sua forma combinada

ou dissolvida e que pode até chegar

a conter elementos de liga adiciona-

dos ou residuais.

De acordo com o conteúdo de

liga, a norma ABNT 6215:2011 classi-

fica os aços em dois grandes grupos

e seus respectivos subgrupos:

aço carbono: aço que contém

teores de silício e manganês não

superiores a 0,60 e 1,65%, respecti-

vamente e elementos de liga dentro

dos seguintes limites: 0,20% Crmáx

;

0,25% Nimáx

; 0,065 Momáx

; 0,10% Al-

máx; 0,0007%B

máx e 0,35% Cu

máx.

aço baixo carbono - Aço carbo-

no com teor nominal de C inferior

ou igual a 0,25%.

aço médio carbono - Aço car-

bono com teor nominal de C supe-

rior a 0,25% e inferior a 0,60%.

aço alto carbono - Aço carbono

com teor nominal de C superior ou

igual a 0,60%.

aço liga: aço que contém ele-

mentos de liga, adicionados com a

finalidade de conferir-lhe proprie-

dades desejadas, em teores superio-

res aos que são estabelecidos para o

aço-carbono.

aço baixa liga - Aço em que a

soma dos teores dos elementos de

liga não ultrapassa 5%.

aço média liga - Aço em que a

soma dos teores dos elementos de

liga está entre 5% e 12%.

aço alta liga - Aço em que a

soma dos teores dos elementos de

liga é no mínimo 12%.

aço baixa liga de alta resistên-

cia (BLAR ou ARBL) – Aço com teor

de carbono inferior a 0,26 %, com

teor total de elementos de liga in-

ferior a 2,0%. Também conhecidos

pela sigla em inglês: HSLA.

É comum definir aços de baixa e

alta resistência. A ABNT define estes

níveis de resistência mecânica como:

aços de baixa resistência (br):

aços carbono com limite de escoa-

mento (L.E.) mínimo especificado

menor que 280MPa. Nos casos onde

o limite de escoamento não é espe-

cificado, consideram-se os aços com

teor de manganês inferior a 1,2%.

aços de alta resistência (ar):

são aqueles que possuem limite

de escoamento (L.E.) mínimo espe-

cificado maior ou igual à 280MPa.

Nos casos onde este não é especi-

ficado, consideram-se os aços com

teor de manganês igual ou supe-

rior a 1,2%.

A NBR 11888 especifica média

resistência (MR) quando o limite de

escoamento (L.E.) mínimo especifi-

cado fica entre 280MPa a 360MPa.

O aço é um material com ampla

gama de aplicações, em diferentes

setores, tais como:

• construção civil (prédios, viadu-

tos, torres); mobilidade (automo-

artigo

Figura 2. evolução da importância relativa das diferentes classes de materiais: metais, cerâmicos, polímeros e compósitos (ashby, 1999)

Revista do Aço • 11

bilística, naval, ferroviária); linha

branca (geladeiras, fogões, lava

roupas); equipamentos elétri-

cos (motores, transformadores,

eletroimãs); máquinas e equi-

pamentos (engrenagens, eixos,

virabrequins); petroquímica (tu-

bos, válvulas, vasos de pressão);

Porém o aço só é competitivo

nestas diversas aplicações devido

às suas características únicas que o

torna essencial na engenharia. Essas

características podem ser resumidas

nos quatro seguintes itens:

disponibilidade: 5º elemento quí-

mico mais comum na crosta te restre;

facilidade de produção: é o

metal com maior histórico tecno-

lógico de produção, sendo que o

processo apresenta um alto desem-

penho e menor consumo de energia

específico em relação aos demais

materiais;

versatilidade e abrangência de

propriedades mecânicas: tratamen-

tos termo-mecânicos podem produzir

variedades de aços mais resistentes,

mais dúcteis ou mais tenazes, confor-

me as necessidades de aplicação;

grande tenacidade a fratura: é o

material de engenharia que apresen-

ta o maior valor de tenacidade à fratu-

ra entre todos os materiais existentes.

vantagens competItIvas: disponibilidadeA grande disponibilidade do fer-

ro é uma das principais razões pelas

quais é possível produzir aço com

um custo baixo e, portanto, aces-

sível. Além de abundante, existem

regiões na superfície ou no subsolo

da Terra que apresentam grandes

concentrações de ferro, na forma de

compostos químicos ou minérios.

Esses locais aonde o ferro pode ser

explorado são denominados, pelo

jargão corrente, de jazidas.

Nas principais jazidas conheci-

das de minério de ferro a extração

é feita com alta produtividade. As

minas de ferro não necessitam, por

exemplo, de túneis para realizar a

extração do minério.

O Brasil apresenta importantes

jazidas de ferro nos estados de Mi-

nas Gerais, Pará e Mato Grosso do

Sul. A mais conhecida é a do ‘Qua-

drilátero Ferrífero’, região entre os

Municípios de Congonhas, Mariana,

Santa Bárbara e Belo Horizonte em

Minas Gerais. Esta região é a princi-

pal responsável pelo abastecimen-

to das siderúrgicas nacionais. Além

dessa região, o Sudeste do Pará (ser-

ra de Carajás) apresenta enormes

quantidades de ferro, que são lar-

gamente exportadas para diversos

países, especialmente para a China.

vantagens competItIvas: facilidade de produçãoO gráfico da figura 3 ilustra a

quantidade de energia gasta na prá-

tica para a obtenção de diversos me-

tais: ferro (na forma de aço), zinco,

cobre, alumínio, magnésio e titânio.

Destes metais, o aço é o metal (no

caso liga metálica) no qual se gasta

a menor quantidade de energia.

Além disso, a eficiência total

energética para a produção do aço,

ou seja, a razão entre a energia teó-

rica necessária e a energia gasta na

prática é de 27%, conforme disponí-

vel na literatura. Apesar deste valor

(27%) parecer pequeno, pode-se sa-

lientar que o segundo melhor rendi-

mento é do alumínio, com 13%.

As duas condições, disponibilida-

de e relativa facilidade de obtenção,

fazem com que o custo do aço seja

um dos mais baixos dentre os mate-

riais empregados pela humanidade.

artigo

Figura 3. Consumo de energia na produção de vários metais. gráfico à esquerda: consumo de energia em mWh para a produção do metal primário (YosHiKi-gRavelsins et. al. Journal of materials (Jom), may, 1993.)

12 • Revista do Aço

É costumeiro o uso do preço do aço

carbono comum, que é o aço mais fa-

bricado no mundo, como referência

base para a seleção de materiais para

aplicação mecânica como descrito

por Ashby (Materials Selection in

Mechanical Design, 1999) e Callister

(Materials Science and Engineering:

An Introduction. 2009).

vantagens competItIvas: versatilidade e abrangência de propriedades mecânicasComo a grande maioria dos ma-

teriais metálicos, o ferro solidifica-se

formando uma estrutura cristalina.

Porém a forma que esta estrutura

cristalina pode apresentar-se varia

com a temperatura. Este fenôme-

no, conhecido como alotropia o

polimorfismo, associado a outros

fenômenos que ocorrem com o fer-

ro oferece aos Engenheiros Meta-

lúrgicos e de Materiais uma enorme

gama de possibilidades com o aço.

As propriedades deste material po-

dem ser reguladas pelo uso não apenas

do carbono, seu principal elemento de

liga, mas também por praticamente

todos os elementos conhecidos. Como

se não bastasse, um mesmo aço, com

uma composição química fixa, pode

apresentar vários tipos de propriedades

mecânicas, físicas e mesmo químicas,

dependendo de tratamentos térmicos

e condições de processamento mecâni-

co a ele impostas.

A figura 4 ilustra um gráfico de

seleção de materiais introduzido por

Ashby para auxiliar o processo de

seleção de materiais para aplicações

estruturais e/ou mecânicas. Neste

gráfico são apresentados grupos de

materiais, de acordo com a faixa de

valores de massa específica (ou Den-

sity, em inglês) e resistência mecâni-

ca (ou Strength, em inglês) que cada

categoria apresenta.

Neste gráfico está destacado o

grupo das ligas ferrosas e os aços.

A amplitude de resistência mecâni-

ca que o aço pode apresentar varia

entre os valores de um material poli-

mérico (plástico) até de um material

cerâmico (de 100 a 2000MPa). Ne-

nhum outro material, além do aço,

apresenta uma amplitude tão gran-

de desta propriedade.

Considerando que a resistência

mecânica é a característica básica

para qualquer projeto mecânico,

então concluiu-se que é possível

empregar o aço em várias aplica-

ções, pois suas propriedades po-

dem apresentar valores adequa-

dos a várias necessidades e usos

estruturais.

vantagens competItIvas: grande tenacidade a fraturaO gráfico da figura 5 é similar ao

da figura 4, também sendo de auto-

ria de Ashby. Entretanto, neste gráfico

a resistência mecânica (ou Strength,

em inglês) está relacionada com a

tenacidade a fratura (Fracture Tough-

ness, em inglês). A tenacidade a fratu-

ra é uma característica importantíssi-

ma para as aplicações de engenharia,

pois é a resistência que um material

possui em não se romper (fraturar)

mesmo quando está presente um

grande concentrador de tensão ou

trinca. Assim, quanto maior for a tena-

cidade a fratura de um material, maior

será a segurança no uso de um com-

ponente feito deste material, mesmo

quando o material estiver submetido

artigo

figura 4. Distribuição das propriedades mecânicas dos vários grupos de materiais disponíveis ilustrando: a grande faixa abrangência das propriedades das ligas ferrosas (ashby, 1999)

Revista do Aço • 13

a condições de degradação mecânica

(desgaste) ou química (corrosão).

Observando o gráfico é visível, por

exemplo, que o vidro (glass, em in-

glês), que é tipicamente um material

frágil, possui uma tenacidade a fratu-

ra muito baixa, menor que 1MPa·m½.

Por outro lado, os metais são os mate-

riais de maior tenacidade a fratura daí

explicando o seu uso tão difundido.

Porém dentre todos os mate-

riais, o aço é aquele que apresenta

a maior tenacidade a fratura (de 30 a

300 MPa·m½). Neste sentido, o aço é

superior a todas as outras ligas, como

as de alumínio e titânio e mesmo em

relação aos compósitos de fibra de

carbono (CFRP, no gráfico).

As características únicas dos aços

permitem uma amplitude de aplica-

ções em igual dentre os inúmeros

materiais de engenharia disponíveis.

Por causa disso, este material acaba

por ter um enorme grau de impor-

tância para a sociedade humana.

Por estas características, o aço é

o material de maior produção em

nossa sociedade, condição esta que

foi alcançada ao longo do século 20.

Mesmo atualmente, com a existên-

cia de novos e sofisticados mate-

riais, o aço ainda apresenta vanta-

gens competitivas de peso o que se

percebe pela sua enorme presença

cotidiana. Mesmo atualmente, com

a existência de novos e sofisticados

materiais, o aço ainda apresenta

vantagens competitivas de peso

o que se percebe pela sua enorme

presença cotidiana.

(*) Willy Ank de Morais é doutoran-

do, mestre, Engº Metalurgista, Téc. em

Metalurgia. Especialista em Produto da

Usiminas-Cubatão, Prof. Adjunto da Fa-

culdade de Engenharia da UNISANTA,

Consultor Técnico da Inspebras e Diretor

da divisão técnica “Aplicações de Ma-

teriais” da ABM. E-mail: willyank@uni-

santa.br; [email protected] e

[email protected].

artigo

figura 5. Distribuição das propriedades mecânicas dos vários grupos de materiais disponíveis ilustrando: a superioridade da resistência à fratura dos aços (ashby, 1999)

14 • Revista do Aço

AIBRAV, destaque no seg-

mento de recuperação de

válvulas industriais e detentora da

maior fatia do mercado, acaba de

completar 10 anos. A empresa, que

atua na recuperação de válvulas,

inclusive as soldadas na linha, enga-

xetamento, reengaxatemento, teste

online de válvulas de segurança, usi-

nagem de campo, além de ser dis-

tribuidora exclusiva dos produtos

Chersteton para o mercado brasilei-

ro, atende clientes como Petrobras,

Brasken, Vale Fertilizantes, General

Motors e BSC Papel e Celulose e pre-

vê, em 2012, a inauguração de uma

nova unidade fabril na Bahia. “Nas-

cemos em 2001 quando o mercado

ainda era embrionário. Trabalhamos

pesado para mostrar às empresas a

IBRAV tem nova unidade na Bahiaempresa é destaque No mercado de recuperação de válvulas e iNveste em Nova uNidade com 36 mil metros quadrados de área Fotos Divulgação

equipamentos

Revista do Aço • 15

importância de fazer a manutenção

dessas peças com qualidade e, cla-

ro, da preocupação pela segurança.

Ao longo dos anos fomos desenvol-

vendo novos modelos de recupe-

ração de válvula e hoje, após uma

década, somos amplamente reco-

nhecidos pelas maiores companhias

de diversos setores pela qualidade

que oferecermos, além de execu-

tarmos serviços que nenhuma con-

corrente oferece. Nossas unidades

e profissionais estão capacitados

para ir além da recuperação, trans-

formando sucata em peças novas e

duráveis”, afirma Edmilson Barboza,

sócio-fundador e diretor de opera-

ções da empresa.

Hojea empresa tem três unida-

des, uma em Minas Gerais, outra

na Bahia e a sede em São Paulo. Ao

todo, são 170 colaboradores, sendo

que 10% desde efetivo é formado

somente por profissionais focados

na manutenção da qualidade, des-

de o início da operação, envolvendo

a retirada das peças, até a entrega

ao cliente. A IBRAV, que tem o mo-

delo de gestão familiar, nunca re-

cebeu aporte externo para crescer.

Em 2011, os sócios investiram R$

300 mil para a abertura da empresa

e, já no mesmo ano, o faturamento

superou a casa de R$ 1 milhão. “Nes-

tes 10 anos, já investimos algo em

torno de US$ 7 milhões na IBRAV e

nosso faturamento mostra que as

escolhas estão sendo acertadas”, ex-

plica Barboza. A companhia faturou

em 2009 R$ 15 milhões e a previsão

para 2012 é de R$ 20 milhões.

Entre as novidades da empre-

sa para 2012 está a abertura de uma

nova unidade na Bahia, com 36 mil

metros quadrados de área. Para tan-

to, a empresa investiu cerca de R$

4 milhões. “Com essa nova fábrica

poderemos atender toda a região

Norte e Nordeste do Brasil, agre-

gando ao nosso portfólio local ser-

viços ainda não executados, como

a recuperação de válvulas de gran-

de diâmetro, a chamada usinagem

pesada, além dos serviços de cam-

po”, afirma o executivo. Nas regiões

Norte e Nordeste, a IBRAV investirá

no fortalecimento da presença em

setores como Oil & Gas, químico e

petrolífero, além de conquistar mer-

cados na indústria sucro-alcooleira

e de papel e celulose. Além disso,

pensando em todo território nacio-

nal, a empresa está buscando novas

tecnologias para atender, inclusive,

as empresas estrangeiras que estão

se instalando no Brasil.

“Nestes 10 aNos, já iNvestimos algo em torNo de us$ 7 milhões Na ibrav e Nosso faturameNto mostra que as escolhas estão seNdo acertadas”

16 • Revista do Aço

A Sinto Brasil, que pertence

ao grupo Sintokogio Ltd,

do Japão, produtor de granalhas de

aço, inaugurou no mês de fevereiro,

uma nova fábrica, em Atibaia, a 70

quilômetros de São Paulo. Foram in-

vestidos cerca de R$ 60 milhões na

nova unidade que está instalada em

uma área total de mais de 340 mil

metros quadrados, sendo aproxi-

madamente 10 mil metros quadra-

dos de área construída, que inclui a

indústria, escritórios de administra-

ção, refeitório e área de estocagem

com 1.750 metros quadrados, além

de fornos de indução com tecno-

logia de última geração, correias

transportadoras, elevadores e for-

nos de tratamento térmico.

Na nova planta, o sistema de pe-

sagem e embalagem da empresa é

robotizado e o controle ambiental

Novas instalaçõesempresa iNveste cerca de r$ 60 milhões em Nova uNidade com 10 mil metros quadrados de área coNstruída e que fica em atibaia Fotos: Divulgação

mercado

Revista do Aço • 17

conta com sete grandes coletores de material particulado e sistemas de tra-

tamento de efluentes. Dessa forma, a empresa pretende aumentar a capaci-

dade de atendimento aos clientes do mercado doméstico além de ampliar

as exportações, sempre mantendo o foco na confiabilidade e qualidade de

seus produtos.

Com uma fábrica moderna, equipamentos de alta tecnologia e grande

know-how adquirido durante décadas de pesquisa e desenvolvimento, atu-

almente a Sinto Brasil já opera com capacidade de produção mensal acima

de 4 mil toneladas e, em uma segunda fase, já em estudos, a quantidade

mensal poderá dobrar. Hoje, a Sinto Brasil exporta 20% da sua produção,

sendo a América do Sul, México e Europa, os principais destinos.

Para o segmento de rochas ornamentais, a empresa fornece uma ampla

variedade de granalhas de aço, denominadas de Granicorte Premium, tais

como: GR-03P, G-45GP, G-50GP, G-60GP, G-70GP, sendo as três últimas, as

mais finas e os carros-chefes de vendas.

mercado

18 • Revista do Aço

2011 foI dIfícIl, mAs ... o futuRo é pRomIssoR

Revista do Aço • 19

eveNtos esportivos e iNvestimeNtos do pré-sal podem impulsioNar o setor que aiNda eNfreNta dificuldades para alcaNçar melhores resultados Isabel alencarFotos: Divulgação

copa das Confederações

em 2013, Copa do Mun-

do em 2014 e Olimpíadas no Rio de

Janeiro em 2016... eventos esporti-

vos que podem alavancar a cadeia

produtiva do aço nos próximos

anos, sem contar as obras de infra-

estrutura que serão necessárias para

atender os milhares de turistas que

devem passar pelo País para acom-

panhar esses eventos. Esse cenário

era para ajudar a alavancar o ano de

2011, mas não foi bem assim que

aconteceu. O agravamento de pro-

blemas fiscais em países europeus e

a consequente incerteza na recupe-

ração da economia mundial acendeu

a luz amarela, afinal o medo de que

uma crise localizada pudesse desen-

cadear um processo de efeito domi-

nó e contaminar outros países. O

ano acabou. Alguns ficaram feridos,

mas no geral todos sobreviveram.

2011 foI dIfícIl, mAs ... o futuRo é pRomIssoR

20 • Revista do Aço

capa

No Brasil, o governo tomou me-

didas para blindar a economia. O

já tradicional aumento na taxa de

juros para conter a inflação foi uma

das medidas adotadas. No último

trimestre do ano, com o cenário

mais tranquilo, o governo passou a

reduzir os juros e adotar medidas

para estimular o consumo interno e

preparar o cenário para 2012.

Para o presidente da Associação

Brasileira da Construção Metálica

(ABCEM), Luiz Carlos Caggiano San-

tos, as perspectivas para 2012 são

ótimas com o fechamento de mui-

tos contratos nas áreas de minera-

ção, setor automotivo, siderurgia,

infraestrutura, estádios, óleo e gás.

“O setor esperava o início das obras

de infraestrutura para o primeiro

semestre de 2011. No entanto, as

obras começaram no segundo se-

mestre, o que também ajudou na

recuperação das fábricas que, em

2011, voltaram a operar com mais

de 90% da capacidade instalada.”,

explica. Essa atividade no segun-

do semestre deu fôlego ou ajudou

muitas empresas a fechar as de

2011 com um bom desempenho.

Apesar das melhores perspecti-

vas para este ano, Santos enfatiza as

dificuldades enfrentadas pelo setor:

a concorrência do produto chinês e

o custo Brasil. Quando 2011 come-

çou, a expectativa era de se ter uma

produção recorde de aço: 35,3 mi-

lhões de toneladas, mas não foi bem

assim que aconteceu. O ano de 2011

foi considerado um ano difícil para

a indústria do aço brasileira. Em de-

zembro, o Instituto Aço Brasil reviu

para baixo suas previsões. Assim

como outros países da América La-

tina, o Brasil vive o aprofundamento

da desindustrialização provocada

pelo aumento das importações di-

luiz Carlos Caggiano santos

aB

Cem

aB

ino

X

Revista do Aço • 21

retas e indiretas do aço, dizem os

empresários do setor. (vide repor-

tagem da Abimaq na página 27 que

fala sobre o assunto) “Diante desse

cenário, tivemos que revisar nossas

previsões para baixo em 3% na pro-

dução de aço bruto para 2011”, disse

o presidente do conselho diretor do

Instituto Aço Brasil, André B. Gerdau

Johannpeter.

Segundo dados do Instituto Aço

Brasil, as importações estão estima-

das em 3,7 milhões de toneladas em

2011, valor 98% inferior ao mesmo

período de 2010. Este montante ain-

da é considerado alto se comparado

aos níveis históricos e reforça as fa-

cilidades, na visão de empresários

do setor, para a compra do produto

externo.

O presidente da ABCEM ressalta

a mobilização do setor por uma

política antidumping para prote-

ção e fortalecimento da indústria

nacional. “As estruturas dos está-

dios de Manaus, Fortaleza, Salva-

dor e do clube do Grêmio, no Rio

Grande do Sul foram importadas,

além das estruturas para o estalei-

ro da OSX. Não temos condições

de competir em razão do custo

Brasil, impostos em cascata e a va-

lorização do Real. Se as facilidades

para a entrada da matéria-prima

china persistirem, não só teremos

resultados prejudicados como co-

locaremos em risco milhares de

empregos que o setor pode gerar”,

alerta Caggiano Santos. Segundo

dados preliminares do estudo con-

tratado pelo Aço Brasil à Fundação

Getúlio Vargas (FGV) para avaliar a

importância do aço na economia

brasileira, para cada emprego cria-

do na indústria do aço são gerados

23 outros na cadeia.

Representante de um dos elos

da cadeia, o Sindicato Nacional

das Empresas Distribuidoras de

Produtos Siderúrgicos (Sindisider)

reconhece que uma postura mais

agressiva contribuiu para a queda

da entrada de material siderúr-

gico estrangeiro no Brasil. Carlos

Loureiro, presidente do Sindisi-

der, explica a decisão das usinas

brasileiras em manter margens de

lucro mais apertadas: o produto

nacional reduziu seu preço, o que

estimulou as compras do estoque

no mercado interno. Segundo le-

vantamento do Aço Brasil, as ven-

das internas em 2011 devem ter

crescimento de 3,8% em relação a

2010, chegando a 21,5 milhões de

toneladas.

Apesar da queda nas impor-

tações, estimada em 47,5% com

relação a 2010 pelo Instituto Aço

Brasil, o aço indireto preocupa os

associados do sindicato. Loureiro

lembra que os setores de máqui-

nas e equipamentos e automotivo

(autopeças/automobilístico) são

os que mais utilizam este produ-

to e este uso é, em sua opinião,

o principal entrave para o cresci-

mento do setor.

Johannpeter, do instituto aço Brasil

Carlos loureiro, presidente do sindisider

“estudo da fuNdação

getúlio vargas (fgv) mostra que para cada emprego criado

Na iNdústria do aço, são gerados

23 outros Na cadeia.”

capa

aB

Cem

22 • Revista do Aço

O presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil e

diretor-presidente (CEO) da Gerdau, André B. Gerdau Jo-

hannpeter, traçou um perfil da atual situação da cadeia

metal mecânica: excedente de capacidade de produção

de aço em relação à demanda no mundo permanece

alto (cerca de 500 milhões de toneladas) e também no

Brasil (20,2 milhões de toneladas). O fenômeno da de-

sindustrialização provocada pelo aumento das impor-

tações diretas e indiretas de aço afeta profundamente

o setor produtivo. A participação da indústria manufa-

tureira no valor agregado caiu de 18,1%, em 2005, para

15,8%, em 2010. Além disso, mais de 60% das expor-

tações da China para o Brasil são de produtos metal-

-mecânicos. “Diante desse cenário, tivemos que revisar

nossas previsões para baixo em 3% na produção de aço

bruto para 2011”, afirma.

A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) também

divulgou o resultado da produção total de alumínio

primário em 2011. Foram produzidas 1.440,4 mil tone-

ladas de alumínio, volume 6,w2% inferior ao de 2010.

No mês de dezembro, a produção de alumínio primá-

rio foi de 124,4 mil toneladas, queda de 2,1% em rela-

ção ao volume produzido no mesmo período do ano

anterior (vide tabela).

alocação de InvestImentos para 2012

por categoria %

Crescimento orgânico 71,5%

Projetos 60,5%

P&D 11,0%

Sustentação das operações 28,5%

total 100,0%

por área de negócio %

Bulk materials 55,6%

Minerais ferrosos 46,7%

Carvão 8,9%

Metais base 21,6%

Fertilizantes 9,6%

Logística para carga geral 2,4%

Energia 3,6%

Siderurgia 2,9%

Outros 4,3%

total 100,0%

por geografia %

Brasil 63,7%

América do Sul (excluindo Brasil) 6,0%

Canadá 11,7%

África 9,1%

Ásia 5,7%

Australásia 3,3%

Outros 0,5%

total 100,0%

Fonte: Vale

produção esperada para 2012

mil toneladas métricas por mineral 2012

Minério de ferro 312.000

Pelotas 50.000

Carvão 16.600

Níquel 300

Cobre 340

Potássio 650

Rocha fosfática 8.000

total 100,0%

Fonte: Vale

capa

Revista do Aço • 23

capa

produção brasileira de alumínio primário

unidade: 1000 t

empresas2010 2011 variação 2011/2010 (%)

dezembro Jan-dez dezembro Jan-dez dezembro Jan-dez

Albras (PA) 38,7- 451,1- 38,9- 458,1- 0,5- 1,6-

AlcoaPoços de Caldas (MG)São Luís (MA)

29,7-7,6-

22,1-

350,2-88,2-

262,0-

29,1-7,5-

21,6-

350,5-87,9-

262,6-

-2,0--1,3--2,3-

0,1--0,3-0,2-

BHP Billiton (MA) 14,7- 173,3- 14,4- 175,7- -2,0- 1,4-

NovelisOuro Preto (MG)Aratu (BA)

5,3-4,2-1,1-

89,5-48,6-40,9-

3,9-3,9-

--

47,1-47,1-

--

-26,4--7,1-

--

-47,4--3,1-

--

Votorantim Metais – CBA (SP) 38,7- 472,0- 38,1- 409,0- -1,6- -13,3-

total 127,1- 1.536,1- 124,4- 1.440,4- -2,1- -6,2-

Fonte: ABAL — Associação Brasileira de Alumínio

24 • Revista do Aço

recorde Mesmo diante da ameaça chine-

sa ao mercado, os principais grupos

empresariais divulgaram números

extremamente positivos de 2011,

alguns até com recordes de ven-

das. O balanço do Grupo Gerdau

aponta que as vendas físicas fica-

ram consolidadas em 19,2 milhões

de toneladas, receita líquida de R$

35,4 bilhões e a produção de aço

chegou a 19,6 milhões de tonela-

das. O volume de vendas represen-

tou um crescimento de 10% com

relação aos resultados do ano ante-

rior. “Fechamos o ano de 2011 com

um bom desempenho operacional

e financeiro, em que se destacam

o recorde histórico de vendas físi-

cas, a adequada gestão de despe-

sas e os patamares confortáveis de

endividamento, mesmo frente às

adversidades decorrentes da desa-

celeração da economia global e da

crise europeia. Nosso desafio para

2012 é a contínua melhoria dos

resultados financeiros e, para isso,

seguiremos investindo cada vez

mais para manter a preferência de

nossos clientes, além de buscar a

redução dos custos especialmente

das matérias-primas em nossos ne-

gócios”, afirma o diretor-presidente

da Gerdau, André B. Gerdau Jo-

hannpeter.

A Vale S.A (Vale) também come-

mora o ano de 2011 como de ótimo

desempenho. Em 2011, o volume

vendido de minério de ferro e pe-

lotas atingiu 299,148 milhões de to-

neladas métricas (Mt), valor superior

aos alcançados em 2007 (296,375

Mt) e em 2010 (294,414 Mt). Já os

embarques de minério de ferro su-

biram de 254,902 Mt, em 2010, para

257,287 Mt em 2011.Um recorde

que merece ser mencionado foi o

total dos embarques de pelotas -

41,861 Mt - valor 5,9% acima do re-

sultado de 2010 (39,512 Mt).

Quanto à receita operacional de

vendas de minerais ferrosos – mi-

nério de ferro, pelotas, manganês e

ferro ligas – o valor também é con-

siderado pela empresa como recor-

de - US$ 43,890 bilhões em 2011,

30,2% acima do recorde anterior

de US$ 33,708 bilhões em 2010. No

quarto trimestre de 2011, a receita

operacional de minerais ferrosos foi

de US$ 10,620 bilhões, 14,9% menor

que no terceiro trimestre.

Em divulgação dos resultados

financeiros, a empresa enfatiza que

o mercado global de minério de

ferro deve permanecer pressionado

em 2012, já que a demanda chinesa

continua crescente e a expansão da

oferta limitada. Reconhece a desa-

celeração da procura por aço inoxi-

dável no quarto trimestre de 2011 e

acredita em melhora para este ano

com encomendas crescentes nas

Américas e na Europa.

Investimentos

Para os próximos cinco anos

(2012-2016), o Grupo Gerdau pro-

gramou investimentos de R$ 10,3

bilhões, sendo que aproximada-

mente 70% serão destinados para

as operações no Brasil e 30% para

as unidades nos demais países. Já o

Conselho de Administração da Vale

pretende investir em 2012 US$ 12,9

bilhões em execução de projetos,

US$ 2,4 bilhões com pesquisa e de-

senvolvimento (P&D) e US$ 6,1 bi-

lhões dedicados à sustentação das

operações existentes.

Revista do Aço • 25

A indústria nacional está otimista para 2012 e as projeções apontam para um crescimento na demanda in-terna. Segundo dados da Associação Brasileira de Aço Inoxidável (Abinox), no ano passado o consumo brasileiro do produto registrou um volume de 345 mil toneladas. E, até dezembro, a expectativa é de um crescimento de 5% no consumo, caso as projeções de melhor desempenho da indústria,

de fato, se confirmem.

Com o objetivo de promover

ações para incentivar a procura

pelo aço, a Abinox atua nas áreas

de educação, assessoria técnica

e divulgação. “Procuramos disse-

minar o conhecimento das vanta-

gens, propriedades e aplicações do

material junto aos especificadores,

processadores e consumidores em

geral”, afirmou o diretor executivo

da Abinox, Arturo Chao Maceiras.

Em termos de divulgação, a en-

tidade lembra que em seu site há

grande volume de informações,

além de artigos e vídeos. Além

disso, o interessado pode acessar

o Guia Brasileiro do Aço Inoxidá-

vel, um catálogo de fornecedores

de produtos e serviços com mais

de 1700 empresas cadastradas,

que facilita o contato entre con-

sumidores e fornecedores da ca-

deia do aço.

A associação investe também

em educação. Arturo Maceiras

destaca um convênio mantido

com o Senai de São Paulo, por

meio do qual os alunos ganham

conhecimento das técnicas de

processamento e conformação do

aço inoxidável. “Anualmente, nas

14 escolas cobertas pelo convê-

Entidade busca incentivar o consumo internoCarlos alberto Pacheco

Fotos Divulgação

capa

“aNualmeNte, Nas 14 escolas cobertas pelo coNvêNio, cerca de 2 mil aluNos participam dos cursos de formação em aço iNox”

produção brasileira de aço Inoxidável (unid: t/mil)

consumo aparente de aço Inoxidável - brasil (kg/ha/ano)

consumo per capitaprodução brasileira

aBinoX aBinoX

26 • Revista do Aço

nio, cerca de 2 mil alunos partici-

pam dos cursos de formação em

aço inox”, ressalta o diretor. Espe-

cialistas da associação costumam

ministrar palestras e minicursos

diversas universidades.

Em matéria de assessoria técni-

ca, os serviços oferecidos pela ins-

tituição aos associados, empresas e

interessados em geral abrangem a

correta especificação do aço inoxi-

dável. Esse trabalho é desenvolvido

in loco ou por meio de treinamen-

tos, tendo como parceiros entida-

des como o Senai.

copa do mundoO diretor da associação está

otimista quanto às oportunidades

de negócios advindas com a Copa

de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

“Esses eventos poderão se cons-

tituir numa oportunidade para o

crescimento do consumo de aço

inoxidável no País, por meio dos

investimentos programados nas

áreas de infraestrutura, mobili-

dade urbana, hotelaria e equipa-

mentos esportivos”, afirma. E, sem

dúvida, o aço é a matéria-prima

indispensável para as obras que as

cidades-sedes vão ter de empre-

ender, sobretudo na reconstrução

dos estádios.

arturo maceiras – eventos esportivos: oportunidades de negócio para o aço inoxidável

créd

ito A

BIN

OX

“dados da abiNox mostram que o coNsumo brasileiro de aço em 2011 registrou um volume de

345 mil toNeladas.”

capa

Revista do Aço • 27

capa

De acordo com o departamen-

to de competitividade, economia

e estatística da Abimaq, a indústria

brasileira de bens de capital mecâ-

nicos finalizou o ano de 2011 com

o faturamento bruto real de R$ 81,2

bilhões, o que representa um cres-

cimento de 9,2% sobre o resultado

auferido em 2010. A entidade sina-

liza que embora seja um número

bem significativo, esse crescimento

acontece sobre uma base de com-

paração baixa e não sustenta um

otimismo estável: o resultado sina-

liza apenas uma breve recuperação

do desempenho do setor – o qual

foi profundamente afetado pela cri-

se financeira de 2008. Apesar desse

crescimento, o faturamento de 2011

ainda ficou 3,8% abaixo dos valores

de 2008.

A associação também anunciou

que os primeiros números de 2012

não são bons. Em janeiro, o défi-

cit da balança comercial foi de US$

1,5 bilhões. Praticamente o mes-

déficit bate recorde e fecha 2011 em us$ 17,9 bilhõesmáquiNas agrícolas e beNs sob eNcomeNda foram os setores que mais eNgordaram o faturameNto

luiz aubert neto, da abimaq

ABI

MA

q

28 • Revista do Aço

mo obtido no ano de 2005 inteiro.

Na avaliação do presidente da Abi-

maq, Luiz Aubert Neto, esse cená-

rio desfavorável está associado às

relações comerciais do Brasil com a

China. “Ao invés da indústria brasi-

leira fabricar e vender máquinas, o

governo está comprando máquinas

da China e vendendo aqui dentro, e

nós estamos aceitando esse vanda-

lismo econômico. Nós deixamos de

produzir e passamos a vender o pro-

duto vindo de fora”, afirmou.

Os setores que mais influen-

ciaram o crescimento da indústria

de bens de capital mecânicos em

2011 foram: máquinas agrícolas e

bens sob encomenda, os quais têm

uma importante participação no

capa

faturamento bruto real

Desempenho setorial - Jan-Dez 2011/Jan/Dez 2010Setores com suas participações no faturamento da Indústria de Bens de Capital

Font

e e

elab

oraç

ão: D

CEE

/Abi

maq

abimaq

Outras máquinas (57,5%)

Bens sob encomenda (16,6%)

Máguinas Agrícolas (12,4%)

Bombas e Motobombas (5,9%)

Hidráulica e Pneumática (2,0%)

Máquinas-Ferramenta (1,9%)

Válvulas (1,4%)

Máquinas para Plástico (1,2%)

Máquinas para Madeira (1,0%)

Máquinas Têxteis (0,2%) -45,5

-14.3

-18.1

14.7

1.7

30.1

9.2

8.1

6.2

6.0

48.2

faturamento do setor e cresceram

30,1% e 6,2%, respectivamente, na

comparação com 2010. Já os seto-

res de máquinas têxteis, máquinas

para plásticos e válvulas – os quais

já apresentam uma reduzida parti-

cipação na indústria de bens de ca-

pital – continuam enfrentando uma

situação preocupante, e concluíram

o ano de 2011 com um faturamen-

to inferior ao valor obtido em 2010.

(veja tabela)

Seguindo o comportamento sa-

zonal, em janeiro de 2012 o fatura-

mento bruto real do setor foi 24,4%

inferior ao resultado de dezembro

de 2011, o que ocorre devido ao de-

saquecimento das vendas no início

de ano. Entretanto o faturamento

real de R$ 5,4 bilhões em janeiro

de 2012 foi ligeiramente superior

(+1,4%) ao verificado no mesmo

mês do ano anterior.

novo recordeA balança comercial de má-

quinas e equipamentos fechou o

ano com um déficit de US$ 17,9

bilhões. Resultado 13,6% superior

ao resultado de 2010, e teve como

principal fator o elevado volume

das importações de bens de capi-

tal, as quais somaram o total de

US$ 29,8 bilhões. As exportações

alcançaram o total de US$ 11,9 bi-

lhões, e seu crescimento significa-

tivo em 2011 contribuiu para que

o déficit de bens de capital não

fosse ainda maior, entretanto é im-

portante observar que esse cresci-

mento esteve centrado, principal-

mente, nos setores de logística e

“em 2011, cerca de 48% das exportações de beNs de capital tiveram como destiNo a américa latiNa, o que reforça a importâNcia das relações do brasil como esses países.”

Revista do Aço • 29

capa

balança comercIal de bens de capItal (us$ milhões fob)

Fonte e Elaboração: DCEE/Abimaq.

construção civil e infraestrutura e

indústria de base, os quais reali-

zam um grande volume de transa-

ções intercompany.

Em 2011, cerca de 48% das ex-

portações de bens de capital tive-

ram como destino a América Latina,

o que reforça a importância das re-

lações do Brasil como esses países.

Quanto às principais origens das

importações, em termos de valo-

res, cabe destacar os Estados Uni-

dos, Alemanha e China, entretanto

quando fazemos a análise por kg

importado, a China passa a ocupar

isoladamente o primeiro lugar.

30 • Revista do Aço

Líder do mercado nacional de

aços planos, a Usiminas é um

dos maiores complexos siderúrgicos

da América Latina, com capacidade

de 9,5 milhões de toneladas de aço

por ano. Com 49 anos de operação,

a empresa atua em toda a cadeia

produtiva do aço, da mina ao alto-

-forno, do minério ao aço, das usinas

às indústrias. A empresa que está

passando por uma troca de coman-

do (veja no box) tem um amplo por-

tfólio de produtos que vão de pla-

cas a aços revestidos. As empresas

Usiminas atendem aos segmentos

estratégicos para o desenvolvimen-

to econômico, como automotivo,

naval, óleo e gás, construção civil,

máquinas e equipamentos, linha

branca, distribuição, entre outros.

usiminas investe em competitividade e modernização tecnológica empresa passa por mudaNças admiNistrativas e quer coNtiNuar a ser destaque No mercado Fotos: Divulgação

perfil

Revista do Aço • 31

As empresas do grupo extra-

em o minério, transformam-no

em aço, beneficiam o produto, de

acordo com as especificações dos

clientes tanto no Brasil como no

exterior, oferecem uma logística

eficiente e entregam bens acaba-

dos. A Usiminas possui duas plan-

tas siderúrgicas: a Usina Intenden-

te Câmara, em Ipatinga (MG) e a

Usina José Bonifácio de Andrada e

Silva, em Cubatão (SP).

tecnologiaPara atingir o posto que ocupa, a

inovação técnica sempre esteve no

foco da administração da empresa.

Dessa forma, foi é que foi possível

reafirmar o papel de referência em

tecnologia siderúrgica. Nesse sen-

tido, o Centro de Tecnologia Usimi-

nas é um diferencial competitivo

e comprova a preocupação com a

inovação. Criado para a melhoria

dos processos, aprimoramento e

desenvolvimento de novos produ-

tos, o Centro Tecnológico está entre

os maiores do segmento na América

Latina. Possui profissionais capacita-

dos nas diversas especializações re-

lacionadas aos processos produtivos

e comercializa serviços de ensaios e

análise, além de assistência técnica.

A Usiminas procura focar no desen-

volvimento de novos produtos, com

maior valor agregado para os clien-

tes, e na produção de aços de alta

durabilidade. Com capacidade de

produção inicial de 2,3 milhões de

toneladas/ano e investimento de R$

2,5 bilhões, um novo laminador de

tiras a quente permitirá à empresa

expandir, a partir de 2012, seu por-

tfólio de produtos mais nobres para

o segmento industrial.

A empresa também iniciou a

comercialização de chapas grossas

que utilizam a tecnologia de resfria-

mento acelerado, conhecida como

CLC, adquirida da Nippon Steel. Im-

plantado em novembro de 2010, o

processo recebeu investimentos de

R$ 539 milhões, permitindo à em-

presa fabricar chapas especiais, com

“com capacidade de produção atual de 7 milhões de toNeladas/aNo de miNério de ferro, a previsão é que esse volume atiNja 29 milhões de toNeladas Nos próximos quatros aNos. “

perfil

32 • Revista do Aço

alta resistência mecânica para uso

em grandes profundidades maríti-

mas, visando mercados como o de

gasodutos/oleodutos e naval.

A capacidade produtiva de

aços galvanizados por imersão a

quente está sendo incrementa-

da em 550 milhões de toneladas,

atingindo o total de mais de 1

milhão de toneladas/ano. Com

investimentos de R$ 914 milhões,

a nova linha foi inaugurada em

maio de 2011. No foco, a amplia-

ção da oferta de galvanizados de

ultrarresistência, mas com espes-

sura reduzida, para o setor auto-

motivo, de linha branca, constru-

ção civil e distribuição.

Os sistemas de gestão da quali-

dade, de todas as unidades opera-

cionais da Usiminas, são certificados

pela norma ISO 9001.

minério e energia A Usiminas também está avan-

çando em uma estratégia de ver-

ticalização da cadeia produtiva. A

empresa detém jazidas de minério

de ferro na região de Serra Azul, em

Minas Gerais. A criação da Minera-

ção Usiminas em 2010 - joint ven-

ture entre a siderúrgica e a japo-

nesa Sumitomo Corporation - visa

alcançar a autossuficiência em mi-

nério de ferro até 2015.

Com capacidade de produção

atual de 7 milhões de toneladas/

ano de minério de ferro, a previsão

é que esse volume atinja 29 mi-

lhões de toneladas nos próximos

quatros anos. Para alcançar essa

meta, estão previstos investimen-

tos de mais de R$ 4 bilhões em

projetos de instalações industriais,

equipamentos, barragens e ter-

minais de embarque. A empresa

contempla uma participação no

capital da ferrovia MRS, participa-

ções societárias em terminais de

embarque de minério e um ter-

reno na Baía de Sepetiba, em Ita-

guaí, no Rio de Janeiro, que permi-

tirá futuras instalações portuárias.

Além de verticalizar sua cadeia

produtiva, com o incremento da

produção de minério de ferro, a Usi-

minas também vai otimizar o consu-

mo atual de energia elétrica, objeti-

vando tornar-se autossuficiente no

insumo até 2015.

serviçosA Usiminas oferece um portfólio

de serviços aos seus clientes. Como

exemplo, é possível pensar na So-

luções Usiminas, uma empresa full

service, apta a processar mais de 2

milhões de toneladas de aço por ano.

São três unidades de negócio: servi-

ços, tubos e distribuição. É capaz de

apresentar uma variada gama de

produtos ao setor de transformação

e distribuição de aços planos.

No segmento de bens de ca-

pital, atua por meio da Usiminas

Mecânica, que conta com experi-

ência de 40 anos em projetos de

portes variados. A empresa dispõe

de produtos de alto valor agrega-

do para os mercados de estrutura

e pontes metálicas, equipamentos

e montagens industriais, fundição,

vagões ferroviários, siderurgia e

óleo e gás. A Automotiva Usimi-

nas é a única companhia nacional

a produzir conjuntos completos,

e cabines para automóveis, cami-

nhões e comerciais leves pintadas

nas cores finais.

perfil

Revista do Aço • 33

perfil

sustentabilidade Para a Usiminas, a sustentabi-

lidade se concretiza por meio da

geração de resultados econômicos,

respeitando o meio ambiente, pre-

servando a biodiversidade e usando

de forma responsável os recursos

naturais, ao mesmo tempo que pro-

move o desenvolvimento das co-

munidades e dos diversos parceiros

com os quais interage.

A companhia é certificada pela

norma de gestão ambiental ISO

14001. A empresa adota uma abor-

dagem preventiva em relação à ge-

ração de resíduos sólidos, às emis-

sões atmosféricas e aos ruídos, além

de investir no uso racional da água,

da energia e de insumos, focando na

melhoria da qualidade dos efluen-

tes hídricos. O cumprimento das

exigências ambientais ROHS e ELV,

“selos verdes” que verificam iniciati-

vas de proteção do solo, da água e

do ar contra a poluição, também faz

parte da política.

A companhia administra um Cen-

tro de Biodiversidade para estudo e

conservação da fauna e flora, e tam-

bém prioriza ações de educação am-

biental, a partir de projetos próprios

realizados na comunidade.

Considerada uma das maiores

incentivadoras culturais do País, a

Usiminas tem sua política de pa-

trocínio cultural planejada e exe-

cutada pelo Instituto Cultural Usi-

minas, sustentado por três valores

principais: a inclusão, a formação e

o desenvolvimento do cidadão. A

empresa já apoiou cerca de dois

mil projetos, em 70 municípios

brasileiros.

A Usiminas criou o Centro Cultu-

ral Usiminas (teatro, galeria de arte,

biblioteca e jardim japonês) e o Te-

atro Zélia Olguin, ambos em Ipatin-

ga (MG). Os espaços mantêm uma

programação artística intensa, que

inclui desde espetáculos nacionais

até a valorização da produção local.

34 • Revista do Aço

nova gestãoEm janeiro, os acionistas da Usiminas fizeram um acordo para alterar o controle acionário da empresa. Com ele, o

bloco de controle passa a ser formado pelo Grupo Nippon, com 29,44% do total de ações ordinárias da empresa, pelas

empresas Tenaris e Ternium do Grupo Techint, com 27,66% e pela Caixa dos Empregados da Usiminas, com 6,75%. O

acordo é válido até 2031.

Para a Usiminas, o fortalecimento de sua estrutura de governança potencializa oportunidades de desenvolvimento

e aumento de competitividade. A empresa passa a ter entre seus acionistas grupos focados no “negócio aço”. Esse

diferencial, somado ao conhecimento já acumulado por sua própria equipe, abre caminhos para a consolidação de

sua liderança do mercado brasileiro de laminados planos.

Para aumentar sua participação de 27.76% para 29,44% do total de ações ordinárias da Usiminas, o grupo Nippon

adquiriu 1,69% das ações ordinárias da Caixa dos Empregados. Já a participação de 27,66% da Ternium - junto

com sua subsidiária argentina Siderar e com a Confab Industrial S.A, subsidiária da Tenaris no Brasil - é composta

também por uma participação da Caixa dos Empregados e pela participação total anteriormente detida pelo grupo

Camargo Corrêa/Votorantim que, com isso, não mais integra oficialmente a composição acionária da Usiminas.

novo diretor-presidenteOs acionistas do bloco de controle também indicaram o executivo Julián Eguren como o novo diretor-

presidente da Usiminas, no lugar de Wilson Brumer. Segundo Eguren, ter acionistas com visão do negócio

é um diferencial competitivo para a Usiminas. “É um enorme orgulho ser nomeado presidente da Usiminas.

Iremos trabalhar em equipe na melhoria da eficiência operacional, oportunidades de mercado e melhoria de

competitividade”, afirma.

Hoje, o novo presidente da Usiminas, o argentino Julián Alberto Eguren, nomeado ontem pelo conselho

de administração, começa uma maratona de visitas ao parque fabril

da siderúrgica. A primeira visita será à usina de Ipatinga, em Minas, a

principal da companhia, acompanhado de Wilson Brumer, que fará o

processo de transição de cargo e que deixa a empresa depois de dois anos

na presidência-executiva. Antes, por três anos, foi conselheiro e presidiu

o conselho.

Em entrevista recente ao jornal “Valor Econômico”, Brumer disse que

um dos desafios da Usiminas futuramente é melhorar a produtividade

e a competitividade, com redução de custos. Para Brumer, são vários

investimentos feitos que dão à Usiminas novo patamar tecnológico, mas que,

infelizmente, ainda não começaram a se refletir no resultado operacional.

“Infelizmente, 2011 não foi um ano de resultados fantásticos. Mas as sementes

estão plantadas”, afirmou, apontando que o nível de endividamento líquido,

na relação com o Ebitda, é confortável.

perfil

Julián eguren

Revista do Aço • 35

Para Wilson Brumer, sua gestão à

frente da Usiminas cumpriu o papel

de preparar a empresa para um novo

ciclo de crescimento, após um dos pe-

ríodos mais complexos de sua história.

“Demos passos importantes, mesmo

diante de uma conjuntura de mercado

adversa. Preservamos o nosso caixa

e dívida em patamares consistentes,

mas sem perder nossa capacidade

empreendedora. Realizamos investi-

mentos importantes de agregação de

valor ao nosso aço, aceleramos o pro-

cesso de desenvolvimento da minera-

ção e de autossuficiência energética,

que serão fatores fundamentais neste

novo momento que vive a siderurgia

mundial, que exige das empresas uma

competitividade global”, afirma. Para

Brumer, a Usiminas está mais prepa-

rada para assumir os desafios da side-

rurgia mundial. “As oportunidades de

incremento de competitividade cria-

das por esta estrutura acionária são

singulares”, conclui.

Resumo - estRutuRa acionáRia:cuRRículo

Julián Eguren possui uma vasta experiência na siderurgia latinoamericana. Há 25 anos vem desem-penhando diversas funções na Organização Techint no México, na Venezuela e na Argentina. Formado em Administração de empresas, com mestrado em Direção de Empresas pelo Massachussets Institute of Tecnology – MIT, nos EUA, Eguren começou sua carrei-ra em 1987 como Jovem Profissional (trainee) da Te-narisSiderca, na Argentina, e em 1993 deu início a sua carreira internacional. Ocupou diversas posições na TenarisTamsa no México e, em 1998, mudou-se para Venezuela para assumir a Presidência da Sidor, maior siderúrgica latinoamericana, período no qual teve a oportunidade de trabalhar com a Usiminas. Em 2008, assumiu a presidência da Ternium, no México – pro-dutor com processos integrados para a fabricação do aço e derivados desde minas próprias até centros de serviços para o setor industrial – e na América Central, incluindo operações na Colômbia e na Guatemala. Atuou ainda como Diretor do ILAFA( atual Alacero) e Presidente da Junta Diretiva Tenigal, empresa que surgiu da parceria entre a Ternium e a Nippon Steel. Casado, pai de quatro filhos, Eguren acredita e apoia o esporte como parte do seu dia a dia participando de maratonas internacionais e triatlons.

perfil

36 • Revista do Aço

A ServMelt, unidade presta-

dora de serviços do grupo

Inductotherm, situada em Diadema

desde 1988, trasferiu suas ativida-

des para Indaiatuba, no interior do

estado de São Paulo. A nova fábrica,

com investimentos de US$ 2,5 mi,

foi construída ao lado da matriz, em

terreno situado no Distrito Indus-

trial. A previsão é de que sejam ge-

rados 50 empregos diretos. “Precisá-

vamos de um espaço muito maior

para atender á demanda, que cres-

ceu 50% nos últimos anos. Resolve-

mos então dobrar nosso espaço em

Indaiatuba, passando de 10.000 me-

tros quadrados para 20.000 metros

quadrados, e trazer nossa unidade

de serviços para cá”, informou Edi-

son da Cunha Almeida, presidente

da Inductotherm Group Brasil.

Com a transferência, a empresa

investe em melhorias no atendi-

mento, produtividade e redução

de custos operacionais o que deve

resultar em maior qualidade e preci-

são. “A ServMelt ficará mais próxima

de fornecedores e a ao lado da prin-

cipal empresa do grupo, a Induc-

totherm Brasil. Com isso, teremos

um melhor atendimento e nossos

custos com logística diminuirão, o

servmelt transfere fábrica para Indaiatubafoco é melhorar ateNdimeNto, a produtividade além de reduzir custos

Fotos: Divulgação

Revista do Aço • 37

que, consequentemente, irá refletir

no valor final de nossos produtos”,

prevê o presidente da empresa.

Fundada em 1988, tendo como fina-

lidade a reforma, recuperação e atu-

alização dos fornos e conversores de

potência para fusão e aquecimento

indutivo, assistência técnica espe-

cializada, fornecimento de partes,

peças e componentes, revisões ge-

rais nos sistemas, assessoria técnica

e comercial na compra e venda de

equipamentos usados e cursos de

manutenção e de operação em for-

nos de fusão por indução.

Para 2012, a ServMelt projeta

crescimento em torno de 10% na

demanda. “Esperamos este aumen-

to devido à elevação da produção

de automóveis, equipamentos agrí-

colas e ainda a aceleração das obras

do PAC, com vista para a copa de

2014”, completa o presidente Edison

da Cunha Almeida.

edison da Cunha almeida

Entre os processos de prote-

ção de peças de aço e de fer-

ro fundido contra as ações do meio

ambiente, a Galvanização por Imer-

são a Quente Geral (por bateladas) é

o mais eficiente, pois, diferentemen-

te de outros processos cujo revesti-

mento somente adere à superfície,

confere proteção de duas formas:

por barreira e catódica.

Na proteção por barreira o re-

vestimento de zinco isola todas as

superfícies internas e externas de

contato com os agentes oxidantes

presentes no meio ambiente. Isto

ocorre pela penetração do zinco

na rede cristalina do metal base,

técnica

38 • Revista do Aço

sistemas de proteçãogalvaNização por imersão a queNte é a alterNativa eficieNte para preservação do aço

(*) Paulo silva sobrinho

imagens: Divulgação

Revista do Aço • 39

resultando em uma difusão intermetálica, ou seja, na

formação de ligas de Fe-Zn na superfície de contato.

Este processo torna o revestimento integrado desde

o metal base até a superfície, onde a camada forma-

da é de Zinco puro. Veja detalhes na figura acima à

esquerda.

Esta característica única do produto galvanizado

confere alta resistência à abrasão do revestimento,

permitindo o manuseio para armazenagem, transpor-

te e montagem mecânica, sem danos à superfície. A

camada de Fe-Zn mais próxima da alma da peça (ca-

mada Gama) chega a ter uma dureza até superior a

da própria peça, característica da liga formada (vide

figura acima à direita) (fonte: “Vergalhão Galvanizado

– Durabilidade e segurança para sua obra” – ICZ).

proteção catódicaAlém da proteção mecânica (barreira) o principal

motivo de se utilizar o zinco neste processo é a prote-

ção catódica que ele ocasiona sobre a peça. O zinco é

mais eletronegativo, mais anódico, que o ferro contido

no aço, isto é, a propriedade de atrair mais elétrons em

uma ligação química. Por isto o zinco sofre corrosão pre-

ferencialmente ao aço, sacrificando-se para proteger o

ferro. Este processo aumenta a proteção em casos de o

revestimento sofrer danos que provoquem cavidades

Eta (Zn)100%

Zeta (FeZn13

)93,7 – 94,3% Zn

Delta (FeZn7)

89 – 93% ZnGama (Fe

3Zn

10)

73 – 80% Zn

Substrato de aço

Camadas

técnica

40 • Revista do Aço

(riscos) na camada de zinco. Os sais de zinco, formados

na corrosão do zinco, por serem aderentes e insolúveis,

se depositam sobre a superfície exposta do aço, iso-

lando-o novamente do meio ambiente. Este processo

assemelha-se a uma “cicatrização”, popularmente men-

cionada pelos galvanizadores. Veja a figura abaixo:

A camada de zinco depositada apresenta uma espes-

sura usual de 75 a 125 microns em peças. Com jateamento

abrasivo antes da galvanização, pode-se atingir uma cama-

da com até 250 microns ou micra (1 micron = 0,001 mm) de

espessura de camada uniforme.

Neste processo a peça é totalmente imersa no

banho de zinco líquido (zinco fundido entre 450º e

490°C) e, toda a superfície da peça que permitir acesso,

será protegida. A molhabilidade da superfície da peça

se permite com facilidade em função da boa fluidez do

zinco fundido e função também de uma das etapas de

preparação da superfície para ser galvanizada, deno-

minada “fluxagem”.

Atualmente é um processo bastante utilizado e

difundido na Europa e América do Norte, porém, no

Brasil, não podemos dizer o mesmo por uma simples

questão de cultura e principalmente pela falta de co-

nhecimento e divulgação nos meios acadêmicos. Nes-

tes países a galvanização é realizada em vergalhões

para fabricação das armaduras metálicas de constru-

ções com concreto, perfis estruturais e de telhados

(steel framing), perfis de aço em substituição aos dor-

mentes de madeira para ferrovias, estruturas de torres

de eletrificação e comunicação, postes, pórticos de

rodovias, salvaguardas (guard rail), estruturas de aero-

portos (terminais de passageiros, de cargas, hangares

de manutenção), estruturas de máquinas e suportes,

guarda-corpos, tubulações, eletrocalhas, fixadores

(parafusos, porcas, arruelas, estojos), cordoalhas (in-

clusive para pontes estaiadas) etc.

normalizadas (aBnt):

■■ Agroindústria (sistemas de irrigação)

■■ Eletrificações (torres)

■■ Eletrodutos e Eletrocalhas (passagens de fiações)

■■ Estais (cordoalhas de fios de aço galvanizado – pontes estaiadas)

■■ Iluminação (postes)

■■ Rodovias (defensas metálicas, placas de sinalização, pórti-cos, postes)

■■ Telecomunicações (torres)

■■ Tubulações (Oil & Gas)

Demais aplicações:

■■ Armazenagem e Ferragens

■■ Construção civil (ferragens, vergalhões)

■■ Estruturas Metálicas (galpões)

■■ Metrôs e Trens (expansões – tubulações)

■■ Pontes e Viadutos (projeto do governo federal PROART)

■■ Portos

■■ Serralheria (grades, portões)

ÂnodoCátodoFormação de sais de Zn que

vedam as cavidades

Revesstimento Anôdico

técnica

Revista do Aço • 41

técnica

42 • Revista do Aço

técnica

vergalhão galvanizado:Uma maneira econômica e eficaz de minimizar o

risco de corrosão na armadura é garantir uma espessu-

ra de cobertura adequada e que o concreto em si seja

denso e impermeável. Apesar desse conhecimento, a

corrosão das armaduras é uma patologia crônica ob-

servada nas estruturas em concreto armado, como, por

exemplo, pontes e viadutos (vide figuras do “case” Ponte

Route 66, Kittanning – PA, abaixo).

Conclusão: após 30 anos de exposição a altas con-

centrações de cloreto não há evidência de corrosão

apesar do teor de cloreto encontrado na superfície ser

5x o limite de corrosão para o vergalhão nu.

O esquema abaixo mostra a ação da corrosão no aço

sem proteção sobre o concreto:

aderência do vergalhão galvanizado ao concreto:Uma boa aderência entre a armadura e o concreto é

essencial para o desempenho confiável do concreto ar-

mado. O vergalhão galvanizado conforme norma ASTM

A 767 possui uma aderência similar à do concreto do

vergalhão sem revestimento. Ensaios realizados mos-

tram que a média do coeficiente de conformação super-

ficial das faces do vergalhão galvanizado n= 1,8 atende

aos requisitos da norma ABNT NBR 7480 – Aço destina-

do a armaduras de concreto armado (min. n = 1,5).

O revestimento do aço, através da galvanização por

imersão a quente, tem sido amplamente utilizado, pois

oferece várias vantagens:

■■ O aço fica protegido contra corrosão antes de ser imerso no concreto;

■■ Proporciona maior tolerância à natureza variável do concreto;

■■ Retarda o início da corrosão do aço, reduzindo os riscos de fissuras, manchas de ferrugem e desagregação do concreto;

■■ Reduz a frequência e a magnitude dos reparos do concreto;

■■ Aumenta a vida útil da estrutura;

■■ Proporciona segurança e sustentabilidade a obra.

A ABNT NBR 6118 – Projeto de estruturas de concre-

to – Procedimento – prevê, no item 7.7, a galvanização

como uma das medidas especiais de proteção e conser-

vação do vergalhão.

Case - Ponte Route 66, Kittanning Paa reforma desta ponte, construída em 1973, proporcionou uma oportunidade única para avaliar o desempenho dos vergalhões galvanizados em serviço há mais de 30 anos

Teor de cloreto na superfície do vergalhão 3.0 Kg/m3 — 5x o limite do vergalhão nu.

Espessura média da camada de zinco: 247-270 microns

Revista do Aço • 43

Ainda hoje, às vésperas da Copa

de 2014 e da Olimpíada de 2016, é

muito comum e nada difícil encon-

trar profissionais da área de cons-

trução civil e arquitetos que desco-

nheçam o processo de galvanização,

assim como, suas diversas e possíveis

aplicações em suas obras. Constitui-

-se no processo de melhor custo be-

nefício em relação a outros processos

de proteção para preservação do aço

como óleo, tintas, vernizes, resinas

e outros. Além do mais, conforme a

agressividade do meio ou região em

que se encontram as peças, existe ain-

da a possibilidade e a necessidade de

garantir uma proteção extra do gal-

vanizado com a pintura sobre a sua

superfície, processo conhecido como

Duplex. Este processo pode prolon-

gar a vida útil de uma peça em até 2,5

vezes em relação à peça simplesmen-

te protegida apenas com pintura.

Em função de ser um processo sim-

ples, rápido e acompanhar o desen-

volvimento sustentável, as empresas

de galvanização conseguem atender

o mercado de forma rápida, eficaz e

estão disponíveis em todo o país com

instalações de diversas capacidades e

equipamentos de processo.

Atualmente existe uma tendên-

cia do uso da galvanização em cons-

truções metálicas e nos aços em ca-

sas. Estas edificações são erguidas ra-

pidamente, sem maiores transtornos

à vizinhança, que, se comparando às

construções de concreto, têm-se uma

redução significativa de consumo de

água, redução sensível no tráfego de

caminhões, visto que, as estruturas

são produtos semiacabados, redução

de entulhos gerados por escavações

já que as dimensões e a resistência

mecânica do aço permitem menores

fundações e assim por diante.

Precisamos nos conscientizar de

que necessitamos de construções

sustentáveis, ou seja, com vida útil

longa, com componentes de alta du-

rabilidade, minimizando desta forma

o uso dos recursos naturais, reduzin-

do-se geração de entulhos devido

às menores fundações utilizadas em

construções metálicas e desta forma

reduzindo a logística e disposição em

aterros destes resíduos. O aço e o zin-

co são 100% recicláveis, sem perder

suas propriedades.

(*) Paulo Silva Sobrinho é coorde-

nador técnico do Instituto de Metais

não Ferrosos (ICZ)

“uma maNeira ecoNômica e eficaz de miNimizar o risco de corrosão Na armadura é garaNtir uma espessura

de cobertura adequada e que o coNcreto em si seja deNso e impermeável.”

técnica

44 • Revista do Aço

O ministro do Desenvolvi-

mento, Indústria e Co-

mércio Exterior (MDIC), Fernando

Pimentel, afirmou na segunda quin-

zena de março que o governo iria,

em breve, anunciar um novo regime

automotivo. Mesmo sem detalhar

as novas medidas para produção

de carros em território nacional,

que “ainda estão em fase de discus-

são interna no governo”, o ministro

adiantou que a política industrial

para o setor automotivo deve exigir

maior investimento em pesquisa e

aumentar a exigência de conteúdo

nacional.

Desde 1995, o regime automo-

tivo é o principal instrumento de

política pública industrial do setor

Governo de olho no setor automotivoqueda Na produção derruba íNdice de produção iNdustrial

Redação

imagens: Divulgação

panorama

Revista do Aço • 45

automotivo. É um programa de in-

vestimentos e de exportações com

regime especial de importação. O

setor automotivo brasileiro regis-

tra algumas quedas na produção.

O que tem acarretado redução no

índice total de produção indus-

trial. Entre dezembro de 2011 e

janeiro de 2012, a produção indus-

trial brasileira caiu 2,1%, a maior

redução mensal desde dezembro

de 2008 - no auge da crise finan-

ceira global.

Segundo dados divulgados pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE) no início de março

mostram que em comparação com

janeiro de 2011, a produção no pri-

meiro mês de 2012 diminuiu 3,4%,

a menor taxa anualizada desde

setembro de 2009. O dado de de-

zembro de 2011 ante novembro foi

revisado para baixo, de alta de 0,9%

para aumento de 0,5%. A compa-

ração entre dezembro do ano pas-

sado e dezembro de 2010 também

sofreu revisão negativa, passando

a apresentar queda de 1,3%, ante

o 1,2% informado anteriormente.

Essa queda da produção industrial

foi liderada pelos setores automoti-

vo e de extração mineral. A produ-

ção de veículos automotores sofreu

redução de 30,7%, o pior resultado

desde dezembro de 2008, quando

diminuiu em 38,8%. “Esse foi o prin-

cipal setor responsável pela queda

da indústria em janeiro e tem a ver

com a paralisação quase completa

das montadoras de caminhão para

se adaptar à nova tecnologia de mo-

tores Euro 5”, disse o economista do

IBGE, André Macedo.

Além de paralisações em setores

que abastecem a produção de cami-

nhões e carros, também houve para-

das em algumas montadoras “porque

os níveis de estoques ainda estão ele-

vados”, segundo Macedo. Na compa-

ração entre janeiro de 2012 e janeiro

de 2011, a produção de veículos caiu

26,7 por cento. O setor automotivo

tem peso de aproximadamente 12 por

cento na pesquisa do IBGE.

panorama

ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel

asC

om

/min

isté

Rio

Do

Des

env

olv

imen

to

andré macedo, economista iBge

46 • Revista do Aço

enquanto isso...Reportagem recente publicada

no jornal americano The Wall Street

Journal, disse que a montadora ame-

ricana General Motors (GM) e a fran-

cesa PSA Peugeot Citroën querem

começar a desenvolver em conjunto

ao menos dois modelos de carros de

passeio a partir deste ano. Ao des-

crever a aliança, o diretor-presidente

da GM, Dan Akerson, disse ao jornal

desejar que a parceira vá muito além

de uma sociedade para compartilha-

mento de peças automotivas e com-

pras. Com esse objetivo, executivos

da companhia americana já teriam

sido deslocados para a Europa, com

o intuito de trabalhar na expansão

da aliança.

Também circulou a notícia de que

executivos da General Motors (GM)

mantiveram conversa com a monta-

dora italiana Fiat sobre uma fusão de

seus negócios na Europa. A Fiat teria

tentado convencer a GM de que era

uma parceira melhor que a Peugeot.

No fim de fevereiro, a GM e a Peugeot

anunciaram uma aliança global que

mira o corte de custos de pelo me-

nos US$ 2 bilhões sem fechamento

de fábricas ou cortes de empregos

na Europa.

No Brasil, a GM anunciou que irá

investir R$ 710 milhões para construir

fábrica de transmissões de veículos

em Joinville (SC). A assinatura do pro-

tocolo de intenções foi realizada em

cerimônia no palácio do governo de

Santa Catarina que reuniu o governa-

dor do Estado, Raimundo Colombo, o

prefeito de Joinville, Carlito Merrs, o

vice-presidente da GM do

Brasil, Marcos Munhoz, o dire-

tor de Assuntos Institucionais, Luiz

Moan, autoridades e empresários.

A nova fábrica, que será construída

no complexo onde hoje estão sendo

finalizadas as obras civis da fábrica

de motores, iniciará operações em

2014 e terá capacidade de produção

de 150 mil transmissões por ano, em

sua primeira fase de instalação. Me-

tade da produção terá como destino

o mercado local, substituindo impor-

tações, e a outra metade será expor-

tada para a Europa. A implantação da

nova fábrica vai gerar 350 empregos

na primeira fase. Terá área construída

de 50 mil metros quadrados e pre-

visão de faturamento de R$ 200 mi-

lhões por ano.

motores na bahiaA Ford Brasil anunciou a constru-

ção da primeira fábrica de motores

do Nordeste, em Camaçari, no esta-

do da Bahia, m investimento de R$

400 milhões. O governador da Bahia,

Jaques Wagner, participou do lan-

çamento da pedra fundamental no

Complexo Industrial Ford Nordeste,

junto com Marcos de Oliveira, pre-

sidente da Ford Brasil e Mercosul, e

Rogelio Golfarb, diretor de assuntos

corporativos da América do Sul. Mar-

cos de Oliveira destacou o pioneiris-

mo da Ford na região e a qualidade

da nova unidade, que produzirá uma

família totalmente nova de motores

no estado da arte da tecnologia. “A

Ford foi a primeira a produzir auto-

móveis na Bahia e, novamente, é a

primeira a instalar uma unidade de

motores na região, reforçando o nos-

so compromisso com o desenvolvi-

mento do Nordeste”, afirmou. A nova

fábrica vai ocupar um prédio de 24

mil metros quadrados e terá capa-

cidade de produzir 210 mil motores

por ano; a companhia informa que se governador de sC e representantes da gm assinam protocolo para construção de fábrica

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panorama

Revista do Aço • 47

trata da família inédita de propulso-

res, caracterizada por alta eficiência

e desempenho. “A Ford tem uma lon-

ga experiência no desenvolvimento

de motores. A nova linha honra essa

tradição e agrega uma série de van-

tagens competitivas aos futuros pro-

dutos globais que iremos produzir

localmente”, completou o presidente

da companhia, Marcos de Oliveira.

Com investimentos de US$ 5 bi-

lhões em 2011, as montadoras de

veículos e máquinas agrícolas ele-

vam a US$ 47,3 bilhões o estoque

de investimentos realizados no País

no período 1980 a 2011, de acordo

com levantamento da Associação

Nacional dos Fabricantes de Veículos

Automotores (Anfavea). Somando-

-se os investimentos realizados pelas

autopeças no período estimados em

US$ 28,8 bilhões – a cadeia industrial

automotiva acumula aportes da or-

dem de US$ 76 bilhões em fábricas,

capacidade de produção, produtos e

processos industriais, inovação e en-

genharia. O novo ciclo de investimen-

tos programado pelas montadoras

até 2015, de US$ 22 bilhões, gerará

outros investimentos multiplicadores

na cadeia supridora de autopeças e

serviços correlatos necessários à ca-

deia montadora, devendo chegar a

US$ 100 bilhões de investimentos

acumulados. O pico dos investimen-

tos no complexo automotivo brasilei-

ro deu-se entre 1994 e 2000, período

de vigência do então regime automo-

tivo, que estimulou novos projetos de

fábricas e marcas no País, e também

nos últimos anos, entre 2005 e 2011,

em razão da expansão do mercado

brasileiro. O País conta atualmente

com 19 montadoras de veículos e

sete de máquinas agrícolas, operando

53 fábricas de motores, componentes

e produtos finais em pólos industriais

automotivos localizados em nove es-

tados brasileiros. São também cerca

de 500 empresas fornecedoras de au-

topeças sediadas no País.

acordo com méxico é revisto

No mês de março, o governo brasileiro fez a revisão do acordo automotivo com o México. Desde o início do ano o

governo mexicano passou a impor algumas restrições pedindo a revisão do acordo. O ministro brasileiro disse que o

acordo foi positivo para os dois países. O acordo anterior vigorava há dez anos. “Esse acordo é antigo, de 2002. De lá

para cá, nunca tinha sido revisado. Houve muitas mudanças no cenário econômico mundial que dava necessidade de

ajuste. O México preserva capacidade de exportação para o Brasil e nós limitamos [a entrada de carros mexicanos no

Brasil] para que essa entrada de veículos não constitua um prejuízo muito grande à nossa indústria automobilística”,

explicou o ministro.

Pelo novo acordo firmado entre Brasil e México, será permitida a importação de veículos, peças e partes de automóveis

do México com redução da alíquota de impostos. Além disso, fica instituído um percentual mínimo de nacionalização

dos veículos vindos do país. A parceria isenta os automóveis da taxa de importação até 35%, cobrada sobre carros de

fora do México e do Mercosul.

Os países concordaram em limitar a taxação às exportações de veículos dos dois países. A medida vale desde o dia 19

de março. Para o primeiro ano, as vendas de automóveis mexicanos para o Brasil não poderão superar a cota de US$

1,45 bilhão. No segundo ano, a cota sobe para US$ 1,56 bilhão e, no terceiro, para US$ 1,64 bilhão.

Outro ponto do acordo foi a definição do percentual de componentes regionais dos veículos, de 30% para 35%, até

o dia 19 de março de 2013. Em março de 2016, esse percentual será elevado para 40%. Os dois países farão estudos

sobre a possibilidade de uma nova elevação, para 45%, entre 2015 e 2016.

O acordo não limita a quantidade de exportações. No entanto, o que ultrapassar a cota estabelecida não entra nos

benefícios da alíquota reduzida. “Não quer dizer que o México tenha que exportar só isso, pode exportar mais. O

que exceder paga tributos integralmente. Os tributos de importação e IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados]

cheio”, afirmou o ministro.

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