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EDITORIAL 03

Pedro António

DIRECTOR

Frankelim AmaralDIRECTOR DE REDACÇÃO

DirectorPedro ANTÓNIO

Director de redacçãoFrankelim AMARAL

Propriedade e EdiçãoFP Productions

Sede97 avenue Emile Zola, 75015 Paris

ContactosTel. Comercial: 06 32 85 43 62 - Tel. Informação: 06 08 91 15 50

Email: [email protected]: www.portugalmag.fr - www.facebook.com/portugalmag

Journalistes accrédités auprès de l'UNESCO

Composição gráficaFolheto Edições & Design

Praça Madre Teresa de Calcutá, Lote 115, loja 12410-363 Leiria – Portugal

Tel./Fax: 00351 244 815 198 | [email protected]

ColaboradoresSusana Patarra, Karine da Costa, Guida Amaral, Maria-Yvonne Frutuoso,

Vitor Santos, Marianne Longuève, Adélio Amaro (Portugal),Magali Terrasson, Mário Pina, Lucia Lopes, Bruno Lopes,

Célia Coimbra, Angélique David-Quinton, Manuel Moreira,Susana Alexandre, Serge Farinho, Mario Cantarinha

FotógrafosTeresina Amaral, Sophie Guardado

Portugal Magazineé uma publicação mensal gratuita

Agence de PresseLusa

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ISSN2105-7761

Tiragem15.000 exemplares

Todos os direitos reservadosOs textos assinados são da responsabilidade dos autores

e não reflectem, necessariamente, a opinião da revista

A revista bilingue da comunidade

portuguesa em França

Para a maioria dos emigrantes portugueses, já se ter-

minaram as tão queridas e merecidas férias de verão

em Portugal, marcadas uma vez mais pelos incêndios

que devastaram florestas e matos, de elogiar o empe-

nho dos bombeiros no combate contra as chamas, que

a cada intervenção correm o risco de perder a vida.

Mas passar o verão em Portugal significa para o

emigrante português matar as saudades que nunca o

abandonam e que lhe apertam o peito assim que dei-

xa a sua terra natal. Que alegria ao voltar a ver a sua

família que por lá fica, conviver com os amigos, dis-

frutar do sol e da praia, participar em casamentos,

batizados e aniversarios, dar um pé de dança na festa

da aldeia, visitar Nossa Senhora de Fátima, partici-

par na matança do porco … todos estes eventos que

ficam na memória e que despertam saudades. Neste

bem estar permanente, muitas vezes se esquece o dia

a dia por vezes difícil no país que o acolhe 11 meses

por ano.

A Portugal Magazine vai festejar no próximo mês

os seus 3 anos de existência! 3 anos a apresentar-vos

o que de melhor existe e se passa em terras francesas,

dar-vos a conhecer todos aqueles que merecem desta-

que, fazer-vos descobrir a nossa cultura e raízes. Aju-

de-nos a permanecer ativos preenchendo o nosso for-

mulário de assinaturas que se encontra nesta edição.

No mês passado fomos ao encontro de Pedro Lour-

tie, que há seis meses ocupa o cargo de Cônsul Geral

de Portugal em Paris. Descubra o seu balanço e objec-

tivos no apoio e acompanhamento à importante co-

munidade portuguesa residente em França. Também

encontramo-nos com António Manuel Ribeiro da mí-

tica banda UHF, grupo que lança um novo álbum para

festejar os seus 34 anos. Outros encontros e entrevis-

tas nesta edição.

Bom ano de trabalho aos nossos leitores e obriga-

do uma vez mais pela sua fidelidade.

Portugal Magazine nomeada no Prémio EmprendorismoInovador na Diáspora Portuguesa, entregue por Sua

Excelência o Presidente da República, numa iniciativa daCOTEC Portugal que pretende celebrar as empresas que,pela capacidade empreendedora e inovadora, se notilibi-

zam fora de Portugal nas suas actividades.

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ÍNDICE04

05Associação

Cap Magellanaposta na segurança

na estrada

Misto Quenteuma bateria

parisiense puraenergia com gostinho

brasileiro

12

Revista de fado“A Tasca da Mariqui-

nhas” fascinouo público de

Goussainville

18

16Paulo Marques

esclarece-nos sobreo encerramento da

PSA Peugeot-Citroën

Passeio decicloturismo entre

emigrantese residentes por

terras gandarezas

24Cônsul Geralde Portugal em ParisPedro Lourtie, abre asportas à Portugal Mag

23

Cultura e folcloreportuguês presentesem Aulnay-sous-Bois

26

Johnny en pleinepréparation de sondeuxième concert

28La Taverneà Pizza Célinenovo restauranteportuguês em PontaultCombault

30

Noite de eleiçãoda Miss e MisterLusoclub

34

Para o anohá mais mêsde agosto

32

Nova época,novas emoções,viva o desporto!

06Livro “A Gaveta”

de Frankelim Amaralfoi apresentado

em Portugal

14

“Ao Norte”novo trabalho dos UHF

António Ribeirofala-nos de 34 anos

de carreira

20

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Associação Cap Magellanaposta na segurança na estradaA associação Cap Magellan voltou arealizar este ano a campanha de se-gurança rodoviária "Sécur'été", destavez apadrinhada pelo conhecidoapresentador de televisão José Car-los Malato.

Esta iniciativa visa essen-cialmente reduzir os aciden-tes de viação no trajecto quegrande parte dos emigrantesportugueses faz para passaras suas férias em Portugal.

O lançamento desta cam-panha decorreu no Consula-do Geral de Portugal em Pa-

ris e este ano a Cap Magellancontou com o apoio de umrosto bem conhecido de to-dos os portugueses, o apre-sentador televisivo José Car-los Malato, que nos disse:"aceitei este convite porqueme preocupo muito com onúmero de vidas que se per-dem nas estradas portugue-sas, o que aliado ao facto deter o privilégio de trabalharem televisão, faz com queconsiga alertar as pessoaspara os comportamentos quedevem ter para prevenir osacidentes". José Carlos Malatodisse ainda que: "Ao longodo verão fiz várias perguntasde prevenção rodoviária nomeu programa e também al-gumas perguntas sobre a CapMagellan, para dar a conhe-cer um pouco mais esta as-sociação. Também realizei

uma emissão específica paraabordar esta campanha".

Além do apoio do padrin-ho José Carlos Malato, a cam-panha "Sécur'éte" contou como apoio de diversas institui-ções reconhecidas como aCaixa Geral de Depósitos,TAP, RTP, Sumol, e a disco-teca La Costa do Sol, entreoutras. A discoteca assumiuaté um papel preponderantenesta campanha porque lá serealizou uma iniciativa de sen-sibilização aos jovens para osperigos da condução noctur-na e sob o efeito de álcool.

Hermano Sanches Ruivoe Luciana Gouveia foram osprincipais responsáveis poresta iniciativa da Cap Magel-lan e estão de parabéns por-que embora seja impossívelcontabilizar o número de vi-das salvas por esta cam-panha, certamente que mui-tos emigrantes tiveram maiscuidados com a sua condu-ção ao serem sensibilizadospara os perigos da estradaatravés da campanha "Sé-cur'éte 2012".

Portugal Magazine

José Rodrigues dos Santos“LA FORMULE DE DIEU”

Portugal Magazine durante todo o mêsde Setembro irá oferecer vários exemplaresdo novo livro de José Rodrigues dos Santos“LA FORMULE DE DIEU” através da nossa páginado facebook. Esteja atento.

www.facebook.com/pages/PORTUGAL-MAGAZINE

ASSOCIACÃO 05

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Célia Cecílio Mario Pina Marta Gomes

Da esquerda para a direita: João Fresco, Carlos Ferreira,Frankelim Amaral, João Reigota, Adélio Amaro

com a presença de João Rei-gota, Presidente da CâmaraMunicipal de Mira, João Fres-co, Presidente da Casa doPovo de Mira, Carlos Ferrei-ra, Professor de filosofia emembro do conselho direc-tivo do Colégio de Mira eAdélio Amaro, Editor do li-vro e responsável pela apre-sentação desta sessão, quedeliciou o público ao contaralgumas curiosidades sobreFrankelim Amaral.

Nesta apresentação, quecontou com uma sala cheia,

existiram ainda diversosmomentos musicais que fo-ram protagonizados pelo Gru-po Coral Caetanense dirigi-do pelo mestre Francisco,

que maravilhou e emocionoupor completo toda a gentecom o talento que demons-trou ao interpretar diversostemas.

Em vários momentos des-ta apresentação foram lidospor alguns amigos do autor,diversos textos d' "A Gaveta",para que todas as pessoas co-nhecessem um pouco melhoro conteúdo deste livro e nofinal decorreu ainda uma ses-são de autógrafos ondeFrankelim Amaral pôde con-fraternizar um pouco maiscom os leitores.

Portugal Magazine

Foi recentemente apresentado em Portugal "AGaveta", o último livro de Frankelim Amaral quereúne um conjunto de textos em prosa e em versoque o autor tinha guardado desde há muito tempo,e que agora estão disponíveis a todo o públiconeste livro.

Livro “A Gaveta” de Frankelim Amaralfoi apresentado em Portugal

Depois de uma primeiraapresentação do livro noConsulado Geral de Portugalem Paris, Frankelim Amarale a Editora Folheto organiza-ram uma nova sessão naCasa do Povo de Mira, pró-ximo de Covão do Lobo, aterra natal deste poeta lusó-fono que recentemente rece-beu das mãos do Presidenteda República Portuguesa odiploma Empreendedorismona Diáspora, do Prémio CO-TEC.

Esta apresentação contou

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EMIGRACÃO08

Memórias do passado vividas no presenteNesta época do ano em que os emigrantes visi-tam a sua terra natal, a Portugal Magazine pro-curou entrevistar dois emigrantes de geraçõesdiferentes, para fazer o confronto entre as con-

António Domingues estáem França há cerca de 40anos e conta-nos parte dasua história de vida:

De onde é natural emPortugal?

Nasci numa pequena al-deia do concelho de Cami-nha. Terra de poucos recur-sos, com falta de trabalhoonde só vivia da faina docampo com os meus pais eavós e mais cinco irmãos. Avida era muito dura.

Quando emigrou e qual arazão que o levou a partir?

Eu sempre quis ter umavida melhor do que a que ti-nha, via que a família se far-tava de trabalhar e não pas-sava da "cepa torta". A minhamãe e o meu pai, que já fale-ceram, chegavam a passarfome para que eu e os meusirmãos pudéssemos ir à esco-la e mesmo assim só fizemosa quarta classe, então quan-do acabei a tropa, casei e re-solvi ir para a França.

Quando partiu tenciona-va voltar para Portugal?

Claro que sim. A nossa ter-ra é sempre a nossa terra. Naminha ideia tinha aquele de-

dições em que partiam os emigrantes mais an-tigos, e as condições em que partem os emigran-tes desta nova era que continua a procurarmelhores condições de vida no estrangeiro.

António Domingues

sejo de ganhar para a cons-trução de uma casa e já pen-sava em dar aos filhos, quan-do nascessem, um futuro me-lhor que o meu, e tambémjuntar o meu "pé-de-meia".

O que sentiu ao deixar oseu país natal?

Senti muita tristeza. Iadeixar as coisas, as pessoase os animais de quem tantogostava. Fui sozinho e não tivecoragem de me despedir detodos. Apanhei um comboioque levou muitas horas de vi-agem e tive que mudar de car-ruagem nalgumas estações.Levava comigo uma mala comroupa e um saquito comumas sandes, uma garrafita

de água e duas chouriças.Em dinheiro tinha 300$00em notas separadas que omeu pai tinha economizadopara a minha partida.

Quais os principais obs-táculos que encontrou?

Nem é bom lembrar. Nãoconhecia lá ninguém a não serum rapaz de uma terra vizi-nha que tinha ido para láquando eu andava na tropa.Foi ele que me arranjou tra-balho nas obras. No princí-pio trabalhei como um escra-vo e às vezes nem sentia asmãos com o frio que lá esta-va, não havia dias de descan-so. Mas o pior era não saberfalar francês, entendia-me pormeio de gestos e quando ia àscompras mostrava embala-gens vazias. Para poder jun-tar mais alguma coisa traba-lhava sete dias por semana eno primeiro ano não vim aPortugal, matava as saudadespor carta e só de vez em quan-do é que ligava para o postopúblico. Fui morar para umbairro de lata com condiçõespiores que as que tinha na mi-nha aldeia. Ainda hoje mevêm as lágrimas aos olhosquando penso em tudo o quepassei. Foi muito sério. Só

dois anos depois levei a mi-nha mulher que foi trabalharnas limpezas de um prédio. Omeu filho ficou com os avós esó mais tarde se juntou aosdois irmãos que depois lá nas-ceram.

Teve algum apoio quan-do chegou?

Como já disse só desserapaz amigo. Mas ele tam-bém tinha a vida dele paragovernar. Como sempre fuihomem de fé, quando podiaia à missa e gostava de ouviro padre a falar, e sempre seia conhecendo mais al-guém… mas a igreja tambémnão ficava perto, tinha quepalmilhar para lá chegar.

Conseguiu os seus obje-tivos?

Hoje, graças a todo essesofrimento, felizmente tenhouma vida boa, mas não é fá-cil voltar definitivamentepara Portugal. Tenho o cora-ção dividido porque os meusfilhos estão a trabalhar emFrança e sou muito pegadoaos meus netos. Tenho a mi-nha casa em Portugal, masestou mais tempo em França.

Quais as diferenças que

Pub.

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EMIGRACÃO 09

Miguel Silva

o senhor António vê entre osque emigram hoje, e os queemigraram no seu tempo?

Hoje é muito mais fácil.Os transportes e as comuni-cações não têm comparaçãoe agora estuda-se mais doque no meu tempo, as pes-soas estão mais bem prepa-radas mas de qualquer for-ma é sempre triste ter que sedeixar o país para se podergovernar a vida.

Devido à crise económi-ca que Portugal atravessa hácada vez mais jovens quedecidem deixar Portugal,tentando outras oportunida-des em países diferentes.Brasil e Angola são maisprocurados na área da qua-lificação, sobretudo as enge-nharias, no entanto muitoscontinuam a acreditar naEuropa, por isso a PortugalMagazine entrevistou MiguelSilva, um jovem que há doisanos optou por rumar atéFrança.

Miguel, qual a sua natu-ralidade?

Nasci no concelho do Fun-dão, mas vim morar para o Por-to por razões relacionadas coma profissão do meu pai. Por issocresci e estudei no Porto.

Quando emigrou e que

motivo o levou a partir?Terminei o curso superi-

or de enfermagem com a es-perança de arranjar trabalhonum hospital, centro de saú-de ou clínica, fiz várias ten-tativas desde enviar o meucurrículo para diversas enti-dades, apresentar-me pesso-almente e responder a vári-as entrevistas, essas portasnunca se abriram e tive queme decidir. Com 24 anos es-tava na altura de começar ater a minha autonomia ecom o apoio dos meus paisfui para a França.

Tenciona algum dia vol-tar a Portugal?

Eu gosto de Portugal. Te-nho aqui as minhas raízes,mas se o meu futuro estiverlá fora não volto para trás.Agora penso assim, quandofor mais velho logo se vê…

O que sentiu ao deixar oseu país natal?

Parecia-me que estavaabandonado. Habituado aviver com os meus pais, a tertudo pronto ao chegar a casa,e a seguir ver-me num estú-dio, longe de casa, apenascom um amigo da faculdadenão foi muito fácil.

Quais os principais obs-táculos que encontrou?

A primeira barreira foi alíngua pois de francês poucosabia, estava mais preparadono inglês, mas com a ajudade alguns livros e com a inte-gração na própria sociedadetenho vindo a melhorar.

Teve algum apoio quan-do chegou?

Sim. O meu amigo tinhalá alguns conhecimentos.Consegui trabalho num res-taurante e tem dado para me"virar," mas espero no futu-ro encontrar um lugar ondepossa exercer a minha pro-fissão de enfermeiro.

Quais acha que são asprincipais diferenças exis-tentes entre os portuguesesque emigram agora e os queemigraram nos anos 60?

Hoje não é fácil mas paraessa geração deve ter sido ter-

rível. Nesse tempo eram quasetodos analfabetos e não existi-am os meios de comunicaçãoque hoje disponibilizamos.Através da internet consegui-mos falar e ver a família e osamigos e existem os aviões queem poucas horas nos levam atéonde precisamos. Esses pionei-ros são para os de agora umalição de coragem e de aventu-ra. Hoje os objectivos não sãobem os mesmos, o que se ga-nha é praticamente para se teruma vida mais folgada e dig-na e não se deixar escravizarpara conseguir construir aque-la casa enorme na aldeia ondepermanece anos e anos vazia.

Os tempos são outros.

Que mensagem deixa aosportugueses que tencionamemigrar?

Que não deixem de lutarpelos seus objetivos. Que láfora não há milagres mas sesentirem que têm que partirque vivam essa experiênciapor si e nunca por imposi-ção de quem quer que seja.

A Portugal Magazine agra-dece a António Domingues eMiguel Silva a disponibilida-de e a simpatia que ambosdemonstraram, desejando-lhes as maiores felicidades.

Mário PinaPortugal Magazine

Pub.

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Batman

CINEMA

por: Célia Coimbra

Estamos mal informados sobre esta ação que pode salvar vi-das. Neste artigo desejo dar-vos todas as informações paraque vocês pensem na doação. Todos os anos pessoas mor-rem por falta de doação de orgãos. Temos de saber que pode-mos dar orgãos ou tecidos enquanto vivos (transplantação),mas também à nossa morte (enxerto). É um sujeito muitodifícil de falar, mas temos que pensar no que podemos fazerpara ajudar as pessoas que ficam...e que precisam de nós,dos nossos orgãos... No mundo inteiro há uma grande faltade doadores e isso faz com que surja grandes listas de espera.Quem pode dar? Crianças, adultos, pessoas idosas...(a idadedo doador é menos importante do que o estado do órgão a serdoado). Que podemos dar vivos? Rins, parte do fígado, partedo pulmão, pele, fragmentos de ossos, medula óssea. Quepodemos dar mortos? Rins, coração, côrnea, pulmão, fígado,pâncreas, pele, ossos, cartilagem.A quem vai a doação? A doação é rigorosamente anónima.Todos os indivíduos têm igualdade de oportunidades em re-lação à atribuição dos enxertos. Quando um órgão está dis-ponível, é atribuído de acordo com regras estritas da AgênciaBiomedicina. Como saber a minha posição em relação à doa-ção de órgãos? Se eu sou definitivamente para a doação deórgãos, eu tenho que: relatá-lo aos meus parentes para queeles possam expressar a minha vontade e ter um cartão dedoador de órgãos. Não é obrigatório, mas facilita muito a doa-ção. Ao dizer sim à doação de órgãos e tecidos, você sujeita-se a salvar a vida de muitos cidadãos.

COUP DE COEUR10

Torre de Belém

PATRIMÓNIO MUNDIAL

A Torre de Belém é um dos monumentos mais expressivosda cidade de Lisboa. Localiza-se na margem direita do rioTejo, onde existiu outrora a praia de Belém. Inicialmente cer-cada pelas águas em todo o seu perímetro, progressivamentefoi envolvida pela praia, até se incorporar hoje à terra firme.O monumento se destaca pelo nacionalismo implícito, vistoque é todo rodeado por decorações do Brasão de armas dePortugal, incluindo inscrições de cruzes da Ordem de Cristonas janelas de baluarte; tais características remetem princi-palmente à arquitetura típica de uma época em que o país erauma potência global (a do início da Idade Moderna).A Torre refleta influências islâmicas e orientais, que caracte-rizam o estilo manuelino e marca o fim da tradição medievaldas torres de menagem, ensaiando um dos primeiros baluar-tes para artilharia no país.Parte da sua beleza reside na decoração exterior, adornadacom cordas e nós esculpidas em pedra, galerias abertas, tor-res de vigia no estilo mourisco e ameias em forma de escu-dos decoradas com esferas armilares, a cruz da Ordem deCristo e elementos naturalistas, como um rinoceronte, alusi-vos às navegações. Classificada como Património Mundialpela UNESCO desde 1983, foi eleita como uma das Sete ma-ravilhas de Portugal em 7 de julho de 2007.

Cristiano Ronaldo dos SantosAveiro, ou simplesmente Cristia-

no Ronaldo (Santo António, Funchal, 5 de Fevereiro de1985), é o futebolista português que joga como médio ala eextremo no Real Madrid e na Seleção Portuguesa, na qual écapitão. Ronaldo tornou-se no jogador mais caro da históriado futebol após a sua transferência em 2009 do ManchesterUnited para o Real Madrid, num acordo no valor de 94milhões de euros. Este contrato estabeleceu a sua cláusulade rescisão em 1000 milhões de euros e estipulou uma quan-tia anual de 12 milhões de euros, o que faz dele o jogadorde futebol mais bem pago do mundo. Em Abril de 2012 foiconsiderado o jogador de futebol mais valioso do mundo,após um estudo que atribuiu ganhos de 40 milhões de eurosanuais ao jogador português.Ronaldo conta com vários prémios individuais na sua car-reira. Foi eleito futebolista do ano pela PFA en 2006 e 2007.Em 2008 : melhor jogador do mundo pela FIFA, melhorjogador do mundo pela revista World Soccer, Ballon d'Or...Por ter contribuido na luta contra a descriminação en 2010,Ronaldo recebeu o prémio Arco-iris.Nao podemos esquecer que na Liga 2010-2011, Ronaldofoi o melhor marcador com 40 golos em 36 jogos... O nos-so capitão é um orgulho para todos os portugueses.

DESPORTO

Cristiano Ronaldo

Oito anos após a morte de HarveyDent, a cidade de Gotham City estápacificada e não precisa mais doBatman. A situação faz com que

Bruce Wayne (Christian Bale) se torne um homem reclusoem sua mansão, convivendo apenas com o mordomo Al-fred (Michael Caine). Um dia, em meio a uma festa realiza-da na Mansão Wayne, uma das garçonetes contratadas rou-ba um colar de grande valor sentimental. Trata-se de SelinaKyle (Anne Hathaway), uma esperta e habilidosa ladra que,apesar de flagrada por Bruce, consegue fugir. Curioso emdescobrir quem é ela, Bruce retorna à caverna para usar oscomputadores que tanto lhe serviram quando vestia o man-to do Homem-Morcego. Aos poucos começa a perceber in-dícios do surgimento de uma nova ameaça a Gotham City,personificada no brutamontes Bane (Tom Hardy). É o sufi-ciente para que volte a ser o Batman, apesar dos problemasfísicos decorrentes de suas atividades como super-heróiao longo dos anos.Com : Christian Bale, Anne Hathaway, Tom Hardy, Ma-rion Cotillard. Realizador : Christopher Nolan. Género :Ação, Drama, Thriller. Data de estreia : 25-07-2012

SAÚDE

A Doação de Órgãos

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Lorsqu'en 2007 la Bande à Béziersdécide de transformer, pour les "férias"du mois d'août, la ville en un gigantes-que sambodrôme comme à Rio, elle pen-se à rassembler non seulement des grou-pes du sud de la France mais aussi àfaire appel à une formation parisienne.C'est tout naturellement qu'elle se tourne

vers Damien Thébault, mestre de sam-ba carioca, qui a l'idée de battre le ras-semblement des percussionnistes pro-venant des grandes batucadas d'Île deFrance. Se forme ainsi pour cette cir-constance exceptionnelle, une bateria ex-ceptionnelle qui concocte un répertoirespécialement pour l'occasion : Misto

Quente est né.Le pari est largement gagné et face

au ravissement du public et àl'incroyable énergie dégagée pendant cedéfilé, les membres de Misto Quenten'hésitent pas un seul instant : il fautcontinuer. C'est ainsi que l'associationvoit le jour, il y a 5 ans cette année.

Misto Quenteuma bateria parisiense puraenergia com gostinho brasileiroMisto Quente doit son nom au cocktail détonnant et à l'énergie pétillante qui émane de ses

membres et donne à cette bateria une couleur résolument originale.

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ASSOCIATION DU MOIS 13

Bateria formée de plus de 50 per-cussionnistes, Misto Quente vous offrele soleil de Rio en jouant les rythmesactuels du samba interprétés par lesplus grandes écoles brésiliennes. Ori-enté sur le samba carioca, le répertoires'étoffe également de nombreuses in-fluences rythmiques comme le samba-funk, l'afoxé, le samba-jungle ou le sam-ba-reggae.

Misto Quente a pour objectif de dif-fuser, de promouvoir et de faire con-naître le samba dans des lieux où cet-te musique est peu ou pas connue,mais aussi d'offrir à tous la ferveur dusamba carioca avec le souci constantd'y mêler des influences venuesd'ailleurs.

Misto Quente propose des showsaussi bien pour les particuliers quepour des événements culturels publicset s'adapte à tous les événements ettoutes les soirées : Fête de la Musi-que, carnavals, Nuit Blanche, galas degrandes écoles, comités d'entreprises,associations caritatives, animations dequartiers, etc.

Agenda 2012 :20/07 : Festival Pflasterspektakel - Linz,Autriche13/07 : Samba Festival - Cobourg, Alle-magne21/06 : Fête de la Musique - Place StGervais, Paris16/06 : Carnaval des Buttes Chaumont,Paris (19e)07/04 : Carnaval de Printemps - Vitrysur Seine31/03 : 8e Concours de Batucadas - Ca-baret Sauvage, Paris17/03 : Carnaval des Ulis - Les Ulis

Envie d'apprendre les percussionsbrésiliennes ?

Intégrez la bateria samba de MistoQuente et venez jouer avec eux !Des ateliers niveau débutant sont ani-

Contact pour plus d'infos:[email protected]

www.mistoquente.frwww.facebook.com/mistoquente

més par Damien Thébault, mestre deMisto Quente. Il met à disposition sapédagogie et son expérience de plus de15 ans dans le monde du samba parisi-en mais aussi avec les écoles brésilien-nes les plus prestigieuses (Viradouro,Salgueiro, Imperatriz, Imperio Serrano,Grande Rio, Porto da Pedra).

Répétitions : tous les mardis, 30 séan-ces de 2h minimum, y compris vacan-ces scolaires (sauf à Noël)Horaires (2 sessions) : 20h/22h ou 22h/00hStudio Bleu : 7-9 rue des Petites Ecuri-es, Paris (10e)Métro : Château d'Eau

Adhésion + participation : 200 euros /an. Instruments fournis sur place.Cours d'essai et inscription : sur place uni-quement, le mardi 25 septembre 2012 (40places maximum, pas de préinscription)

Sambanickel

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CULTURA14

Revista de fado “A Tasca da Mariquinhas”fascinou o público de Goussainville

Alguns jovens fadistasradicados em Françarealizaram uma re-presentação da revis-ta de fado "A Tasca daMariquinhas" emGoussainville. Esteespectáculo teve umagrande presença depúblico e foi conside-rado por todos umenorme sucesso.

O elenco desta revista con-ta com a presença de CláudiaCosta no papel de Amália Ro-drigues, Jenyfer Rainho nopapel de Júlia Florista, JoanaPaulino no papel de Rosinha,Ana Sofia no papel de BeatrizCosta, Diogo Rocha no papeldo Miúdo da Bica, Diogo Ar-sénio no papel de Armandin-ho, Nuno Estevéis no papel dePaquito e Philippe Leiba querepresenta Xico do Contra.

Esta revista pretendeabranger o público de todasas idades e nela são cantadosfados populares que são con-hecidos por quase toda agente, o que facilita a inte-racção com o público queacaba por cantar junto comos fadistas e partilha a his-tória representada com mui-ta intensidade.

Jenyfer Rainho é uma fa-dista bastante conhecida nacomunidade portuguesa pe-las suas qualidades e por

tudo o que já fez pelo fadoaté hoje. Nesta revista desem-penha o papel de Júlia Flo-rista e contou à Portugal Ma-gazine como decorreu estaexperiência:

Como surgiu a ideia derealizar este espectáculo?

A realização desta revistasurgiu com um convite dofadista Diogo Rocha no iní-cio de Junho e que pronta-mente aceitei, porque de factojá há muitos anos que eupensava realizar ou integrarum espectáculo diferente, li-gado ao fado e com artistasradicados em França. O Dio-go é um grande profissionale foi com muito prazer queaceitei colaborar com ele emtudo o que fizesse falta. Ten-do eu uma associação, (As-sociation de Fado Tradition-nel) juntámos os nossos par-ceiros e os nossos conheci-mentos, e criámos uma rede

de apoio, que é tão preciosae valiosa quando queremosver algo realizado.

Esta revista tem um elen-co de fadistas, mas como hátexto entre os fados, tiveramtambém de desempenhar opapel de actores. Foi difícilcumprirem esta tarefa a queestavam menos habituados?

Pessoalmente foi-me mui-to fácil e confesso que ado-rei. Os fadistas, já estão ha-bituados a ter que se adaptara cada situação. Já estávamospreparados para todas asreacções do público e já sa-bíamos quais os momentosemocionantes e a quais osmomentos em que iam rir.Tudo correu certinho, e foium espectáculo memorável.

Jenyfer Rainho desem-penha o papel de Júlia Flo-rista. Como foi fazer estapersonagem?

A Júlia Florista, é aquelavendedora bairrista, que é

amante do Miúdo da Bica narevista. Não gosta muito daAmália, por ela pensar queno bairro não há fado. AJúlia Florista é uma persona-gem muito revisitada noteatro de revista e muito po-pular na época.

Como foi a reacção dopúblico ao espectáculo?

Adoraram e houve imen-sas gargalhadas. O públicoficou surpreendido, porquena verdade esperavam umanoite de fado como tantasoutras, mas na verdade, malacabam de aplaudir um fadoa outra cena começa denovo, e isto durante quase 2horas. São momentos degrandes emoções.

Estão programadas no-vas actuações em Paris oumesmo noutros pontos deFrança?

Estamos à espera de mui-tas respostas para participa-ções em eventos importantese é óbvio que daremos a con-hecer a toda a comunidadeos próximos eventos.

Quer deixar uma ultimamensagem à comunidadeportuguesa?

Estejam atentos aos nos-sos futuros eventos, porqueagora, mais do que nunca,precisamos de apoio, paralevar o nosso fado e o nossopaís mais além.

Portugal MagazineFotos: Mario Cantarinha

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EMPREGO16

Esta situação acarreta ainda profun-das consequências para a comunidadeportuguesa em França, uma vez que cer-ca de 10% dos funcionários da fábricaque irá encerrar são portugueses ou deorigem portuguesa. O flagelo do desem-prego ataca assim os funcionários de umdos maiores fabricantes de automóveisde toda a Europa.

Para esclarecer melhor toda esta si-tuação, a Portugal Magazine entrevistouPaulo Marques, presidente da Associa-ção Cultural Portuguesa de Aulnay-sous--Bois, que nos transmitiu todos os por-menores relativos a este acontecimento:

Tem ideia de qual o número de tra-balhadores portugueses que serão afec-tados pelo encerramento da fábrica daPSA?

Pelas contas do Sindicato são mais de

EM AULNAY-SOUS-BOIS COM VÁRIOS PORTUGUESES A FICAREM SEM EMPREGO

Paulo Marques esclarece-nos sobreo encerramento da PSA Peugeot-Citroën

A PSA Peugeot-Citroën enfren-ta uma grave crise financeira,por isso anunciou que em 2014irá fechar a sua fábrica emAulnay-sous-Bois e reduzir aprodução na fábrica em Rennes.

300. Este número tinha-nos sido indica-do em Outubro de 2011, quando foi pu-blicado um documento interno da Peu-geot Citroën sobre o eventual fecho dafábrica de montagem de Aulnay-sous-Bois. Também tivemos muitas informa-ções sobre a situação pelos membros dadireção da associação, tal como de só-cios e moradores em Aulnay-sous-Bois eno distrito de Seine Saint Denis.

A Associação Cultural Portuguesade Aulnay-sous-Bois já recebeu pedi-dos de auxílio de trabalhadores por-tugueses?

Até agora não tivemos pedidos deauxílio porque as condições laborais emFrança estão muito bem enquadradas,seja com o subsídio de desemprego, osapoios de "Pôle emploie" ou as medidasde requalificação. No entanto nesta fasea associação quer estar ao lado dos Por-tugueses atingidos por uma questão desolidariedade.

Tem conhecimento se existe algumplano de auxílio preparado paraapoiar estes emigrantes por parte dogoverno português, através do Consu-lado ou da Embaixada de Portugal?

Antes de mais queria acrescentar queo actual Presidente da Câmara Munici-pal de Aulnay-sous-Bois anunciou queserá muito difícil atender a todas as so-licitações sociais. Pelo que é necessárioque vários agentes do mundo associati-vo e a população em geral se organize eantecipe as futuras dificuldades socio-económicas. No que diz respeito ao go-verno de Portugal, o Secretário de Esta-do das Comunidades, Dr. José Cesário,contactou a associação para se inteirarda situação. Estamos actualmente a tra-balhar com ele e com a missão diplomá-tica em França, pois o senhor Embaixa-dor já solicitou os serviços ASS da asso-ciação - Action Sociale et Solidaire - parao informar das situações mais críticas.O polo de Acção Social e Solidária daAssociação está a reforçar o seu trabal-ho com a Câmara Municipal de Aulnay-sous-Bois e com o governo de Portugal.

Qual pensa que será o destino des-tas centenas de trabalhadores portu-gueses? Continuarão em França nabusca de um novo emprego ou regres-sarão novamente a Portugal?

Logo no regresso das férias, muitosdos trabalhadores vão ter propostas demobilização para outras fábricas demontagem, para trabalharem noutrasempresas do grupo, mas este númeropeca por ser escasso. Os outros vão ne-gociar o plano social. A grande maioriados trabalhadores portugueses da PSA

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EMPREGO 17

d'Aulnay já nasceram emFrança e vão ter todo o apoiocomo qualquer francês nestasituação. A primeira geraçãojá está aposentada e passa oseu tempo entre a França ePortugal. Mas certamenteque a larga maioria destestrabalhadores permanece-ram em França.

Existirão outras fábri-cas onde trabalham portu-gueses que sofrerão danoscolaterais e poderão tam-bém ser gravemente afecta-das pelo fecho PSA?

É claro que vão haverdanos colaterais. Conhece-mos alguns funcionários deoutras empresas que trabal-ham directamente com aPSA Aulnay. Dos 3.300 des-pedimentos directos previs-tos, o Conselho Geral doDistrito de Seine Saint De-nis fala de perto 10.000 osdespedimentos totais. Vai seruma verdadeira calamidadeeconómica e social na cida-de de Aulnay-sous-Bois etambém em muitas outrascidades vizinhas.

A fábrica PSA era ogrande centro económico daregião de Aulnay-sous-Bois.Tem ideia como será o fu-turo desta região, quer paraos muitos portugueses queaí habitam, quer para aprópria comunidade fran-cesa?

A primeira realidade épreparar e antecipar toda anova situação económica esocial. O grande Paris prevê

a realização do Metro até aoactual sítio da PSA Aulnay.Com metro em Aulnay, hámuitas perspectivas de de-senvolvimento. No entantoé necessário saber o que pre-tende fazer PSA com os mil-hares de hectares da fábri-ca. Podemos facilmente an-tever que numa zona comfalta de alojamentos algo já

estará a ser pensado. A si-tuação da comunidade seráa mesma que qualquer "Aul-naysien" e morador do dis-trito. Será encarar desde jáa necessidade de encontrarsoluções adequadas e pro-gressistas para o desenvolvi-mento do território tal comoa dinamização do emprego eempreendedorismo. As metasestão claras e a comunidadePortuguesa de Aulnay-sous-Bois tem consciência do lu-gar que tem e das suas res-ponsabilidades para melhoraro nosso futuro em Aulnay-sous-Bois.

A Portugal Magazineagradece a disponibilidadede Paulo Marques para es-clarecer melhor toda a comu-nidade sobre esta situaçãoque tanto preocupa os por-tugueses.

Portugal Magazine

As inscrições para aV Antologia de PoetasLusófonos já se encon-tram abertas. O prazode entrega dos trabal-hos termina no dia 15de Outubro de 2012.

Depois do sucessodas Antologias de Poe-tas Lusófonos anterio-res, a Editora FolhetoEdições & Design com oapoio institucional devárias Associações, Aca-demias e Instituiçõesdos Países Lusófonos,onde se encontra a Por-tugal Magazine, enten-deu lançar o regulamen-to para a V Antologia dePoetas Lusófonos com ointuito de continuar apromover a Poesia e osPoetas dos Países Lusó-fonos, assim como pro-mover um elo de ligaçãoentre todos os Poetas daLíngua Portuguesa.

Nas Antologias Ante-riores foram vários ospoetas lusófonos que re-sidem em França que par-ticiparam. Na presenteAntologia, é objectivoaumentar o número depoetas lusófonos que vi-vem em França com oobjectivo desta Antologiaterem mais representati-vidade neste país quetantos emigrantes da Lu-sofonia recebe e recebeu.

No total das quatroAntologia editadas, sãomais de 300 poetas par-ticipantes que represen-tam mais de 20 países.

As inscrições podemser feitas através do [email protected] con-sultando a página de in-ternet www.folheto.pt .

ABERTASAS INSCRIÇÕES

V Antologiade PoetasLusófonos

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PASSEIO18

Passeio de cicloturismo entre emigrantese residentes por terras gandarezas

É de louvar iniciativas deste géneroporque foram mais de 70 pessoas quedurante o dia puderam confraternizar eavivar a memória com várias recordaçõese lembranças, porque neste passeio esti-veram pessoas que por norma só vêmuma vez por ano, o que leva à oportuni-dade de relembrarem passagens e peque-nas histórias de bons momentos. Esteencontro esteve a cargo de Pedro Cravoum dos sócios da empresa.

Pedro Cravo também disse à Portu-gal Mag que o motivo desta iniciativa tevecomo pretexto, a maioria dos seus clien-tes estarem emigrados em França, e comoestão de férias no mês de Agosto é umamaneira de nos juntarmos todos aqui na

região e podermos passar uns bons mo-mentos juntamente com seus familiaresresidentes em Portugal.

A empresa Cravo Oliveira efectuatransporte de mercadorias todo o ano,essencialmente para França, podendotambém fazer para outros países. Fazemtransporte para particulares mas tambémpara profissionais "desde pequenas coi-sas a grandes quantidades, mesmo ca-miões completos", acrescentou CarlosRamos o outro sócio da empresa. A fro-ta da empresa é composta por várias vi-aturas de caixa fechada de grandes ca-pacidades e vários camiões e a empresatambém solicita vários serviços de em-preitada caso seja muita a mercadoria ese justifique a contratação. Nestes 14 anosde existência conseguiram ganhar umnome de grande importância e serieda-de, prova disso são os vários clientesque fazem confiança na empresa. Estaprova foi uma forma de agradecer o su-cesso destes anos de trabalho, neste pas-seio entre emigrantes, empregados, fa-miliares, e amigos que neste convívio oslaços de amizade puderam ser mais re-forçados.

Durante o passeio podemos apreciaras bonitas paisagens desde a Vila de Fe-

bres no Conselho de Cantanhede até àParia de Mira, em Mira, uma das praiascom grande reputação e qualidade emPortugal sendo a única praia da Europaa ter a bandeira azul 18 anos consecuti-vos. Pedro Cravo o responsável da orga-nização teve o cuidado de traçar o per-curso para que a paisagem tivesse sido amelhor e que todos pudessem ter apro-veitado da melhor maneira este passeiopor terras gandarezas.

Para que este passeio pudesse acabarda melhor maneira e também porque erapreciso recuperar forças, a empresa Cra-vo Oliveira organizou um piquenique noparque de merendas na Lagoa de Mira.Os assados de várias carnes e peixe nãofaltaram, até mesmo o caldo verde queestava uma delícia, o bom vinho e todosos outros acompanhamentos típicos deuma boa merenda bem à portuguesa es-tiveram presentes.

Pedro Cravo e Carlos Ramos desejama todos os seus clientes e amigos muitasaúde e uma boa viagem de regresso aosseus países de trabalho, deixando o con-vite no ar para o ano.

Portugal Magazine

Desde há alguns anos quea empresa de transportese mudanças Cravo Olivei-ra, organiza um passeiode ciclotrurismo.

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Para dar a conhecer umpouco melhor este álbum, atodos os leitores da PortugalMagazine, realizámos umaentrevista com António Ma-nuel Ribeiro, uma figura mí-tica desta banda e até mes-mo do Rock português.

Com 34 anos de carreira,dezenas de trabalhos edita-dos e tanta estrada percor-rida, surge agora o álbum“Ao Norte Unplugged”. Por-quê este nome?

Este nome está relaciona-do com o local onde foi gra-vado este álbum em formatoacústico, ou seja em Fafe. Játínhamos gravado em váriascidades como Lisboa, Portoou Almada e vimos que nosfaltava algo fora das grandescidades. Quando surgiu umconvite de Fafe, onde já tínha-mos feito um concerto queesgotou completamente, sen-timos que era lá que podía-mos estar em simbiose com osnossos fãs e sentir o apoio dafamília do Norte. Por isso,este novo trabalho acaba porser uma homenagem a todasas pessoas do Norte do paísque nos têm sempre apoiado.

Durante estas mais de 3décadas de existência do gru-po, houve certamente mo-mentos marcantes. Esses mo-mentos passaram tambémpelas comunidades portu-guesas no estrangeiro?

Claro que sim. Lembro-mede um concerto em Paris, quedemos logo na primeira edi-ção da festa da Rádio Alfa em1991 e que decorreu no DiaMundial da Música. Foi um

“AO NORTE” NOVO TRABALHO DOS UHF

António Ribeiro fala-nosde 34 anos de carreira

UHF é uma banda de rock das mais reconhecidas no panorama musical português. Neste anoem que celebram 34 anos de carreira resolveram lançar o álbum “Ao Norte Unplugged”, um

disco acústico que reúne o melhor de dois concertos realizados pelos elementos do UHF, em Fafe.

MÚSICA20

momento inesquecível. Lem-bro-me também de espetácu-los com grande intensidadeem Toronto, na Suíça ou emAngola. As comunidades são,sem dúvida, um apoio impor-tante para nós e que nos têmoferecido muito carinho e mo-mentos únicos.

Pensa que as comunida-des sentem que os UHF lheslevam um bocadinho dePortugal?

Sem dúvida que sim.Quando vamos dar espetácu-los fora de Portugal sentimosmuitas vezes que se cria umelo emocional entre nós e opúblico devido às nossas raí-

zes e ao facto de estarmos amostrar às pessoas obras por-tuguesas que lhes relembramo país que amam. Os emi-grantes são muitas vezes es-quecidos pelos governantes,que apenas os olham como in-divíduos que enviam dinhei-

ro para Portugal, mas sãomuito mais que isso, são pes-soas que um dia arriscaramo seu futuro, porque o seupaís de origem não lhes abriuas portas. Para nós é muitobom servir de ponte entre osemigrantes e Portugal.

A aproximação que fezcom o futebol, como cantore compositor de "Sou Benfi-ca" foi uma coisa boa para adivulgação do seu trabalhocomo artista?

Esta questão tem duas ver-tentes, pode ser bom e mau,pois há pessoas inteligentesque compreendem que numconceito de celebração fute-

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MÚSICA 21

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bolística, podemos cantar estacanção e há outras pessoasque não compreendem isto esentem-se agredidas no seufanatismo. Actualmente eunão canto a música "Sou Ben-fica" fora de ambientes de fes-tas benfiquistas porque nãoquero ferir susceptibilidades.Para mim, se o futebol nãoserve para unir as pessoas,então não é necessário.

Os UHF surgiram comouma forma de tentar revolu-cionar a música que se fa-zia, e numa época em quePortugal tentava também ino-var e "revolucionar-se". Achaque essa revolução foi con-seguida ou só tentámos?

Se estamos a falar concre-tamente em política, acho quenão, porque o que estamos aassistir neste momento é umavergonha. É a vergonha dequem tinha muitas esperançasno 25 de Abril e actualmentese encontra defraudado nassuas espectativas. Todos osemigrantes que andam háanos a trabalhar pelo mundo,gostariam de poder regressare sentir que têm um país debraços abertos e com saúdepara os receber, e infelizmen-te não é isso que encontra-mos. Actualmente, os nossospolíticos são mesmo muitomaus e Portugal não sai dacauda da Europa, o que merevolta bastante.

E a situação que o paísatravessa neste momento re-flete-se na música portugue-sa?

Eu vou dizer uma coisaque nunca disse em nenhu-ma entrevista, que é o meuespanto pelo facto de todosaqueles cantores de interven-

ção do 25 Abril estão tãocalados... A mim só me ape-tece escrever canções contraisto tudo. Eu sou de uma ge-ração que viveu o 25 de Abrilcomo uma época de mudan-ça e agora depois de vercomo está o nosso país, sóme pergunto onde estão os

cantores de intervenção hojeem dia?

Em compensação o Hip-Hop português está a conse-guir fazer um excelente traba-lho neste âmbito de contestaraquilo que nos estão a fazer.Só é pena não terem a divul-gação radiofónica merecida.

No futuro o que podemoscontinuar a esperar dosUHF?

Cada vez mais e melhor.É isso que procuramos e jáestamos inclusivamente a gra-var o nosso próximo disco quedeverá sair no primeiro tri-mestre de 2013. O nosso pú-blico é muito importante paranós, por isso trabalhamos di-ariamente para não os desi-ludir e para os fazer sentirque estamos aqui para eles.

Adélio AmaroPortugal Magazine

Todos os emigran-tes que andam háanos a trabalhar

pelo mundo, gosta-riam de poder

regressar e sentirque têm um paísde braços abertos

e com saúde...

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COMUNIDADE22

Cultura e folclore portuguêspresentes em Aulnay-sous-Bois

Decorreu em Aul-nay-sous-Bois a14a edição daFesta das Tradi-ções Popularesorganizada pelogrupo folclóricoRosa dos Ventos epela AssociaçãoCultural Portugue-sa de Aulnay-sous-Bois.

Segundo Paulo Marques,presidente da associação, oprincipal objectivo desta fes-ta é "preparar as pessoas pa-ras os arraiais e festas tradi-cionais em Portugal, ou seja,antes de irmos de férias paraPortugal começamos a sentir,ainda em França, um poucodos momentos bons que ire-mos passar nas nossas al-deias. Para isso aproveitamos

esta quinta com mais de 6 milmetros quadrados e que épropriedade da Câmara Mu-nicipal de Aulnay-sous-Bois."

Esta festa começou logopelas 11h da manhã e depres-sa se encheu de gente queaproveitou o facto de estarum dia solarengo para pas-

sar uma tarde em harmoniacom as tradições portugue-sas. Muitas das pessoas apro-veitaram também para al-moçar no local, pois foramservidas diversas especiali-dades portuguesas, como sar-dinha assada, frango de chur-rasco, entre outras.

Logo após o almoço come-

çaram as actuações musicaisque representaram o folcloremadeirense, com o rancho Flo-res da Madeira, o folclore ri-batejano, com o rancho Bordad'Água e o folclore minhoto,com o rancho Rosa dos Ven-tos, que era também o anfitriãode toda esta festa. Pelo meiohouve ainda uma actuação do

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grupo musical Fantasia. Oresto da tarde foi animada peloDj Bruno e Dj Albert, conhe-cido apresentador do progra-ma da Rádio Alfa "As docas".

Quem também marcoupresença na festa foi o Depu-tado Carlos Gonçalves, elei-to pelo círculo eleitoral daEuropa, o Maire de Aulnay-sous-Bois, Gérard Ségura e oVice-cônsul de Portugal emParis, Nuno Cabeleira, entreoutras personalidades.

Segundo Paulo Marques,passaram pela festa das tra-dições populares cerca de3.000 pessoas, sendo quemetade dos presentes eram

Franceses. Este facto deixouPaulo Marques extremamen-te satisfeito, porque um dos

objectivos desta tarde era"abrir espaço na comunida-de portuguesa para os natu-rais de Aulnay-sous-Bois."

A festa das tradições po-pulares teria sido impossívelde realizar sem o apoio doMunícipio de Aulnay-sous-bois, do Banco BCP, da Su-per Bock France e da RádioAlfa. Sem esquecer ainda os53 voluntários que se dispo-nibilizaram para trabalharnesta festa sem qualquer tipode remuneração.

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No final do dia, o balan-ço foi extremamente positivoe Paulo Marques quis deixaruma mensagem à comunida-de portuguesa: "Obrigado atodas as pessoas que quise-ram marcar presença nestafesta e que assim contri-buíram para o sucesso destedia, e nunca percam o orgul-ho em ser portugueses e emmanter vivas as nossas tradi-ções populares."

Portugal Magazine

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Cônsul Geral de Portugal em ParisPedro Lourtie, abre as portas doConsulado à Portugal Magazine

Depois da saída deLuís Ferraz para aBulgária, Pedro Lour-tie foi o escolhidopara ocupar o cargode Cônsul Geral dePortugal em Paris.Agora que está próxi-mo de completar meioano de missão, aPortugal Magazine foiao Consulado Geralpara uma entrevista aPedro Lourtie que nosfalou dos objectivosda sua missão e quala sua opinião sobre oactual momento dacomunidade portu-guesa em França.

É natural de onde emPortugal?

Eu sou natural de Lis-boa. A família da minha mãeé da região de Setúbal e a domeu pai de Lisboa. Tenhoainda uma ascendência bel-ga, e é daí que vem o meunome Lourtie, pois o meu bi-savô era um belga que veioviver para Portugal em 1920.

Está próximo de comple-tar meio ano de missão àfrente do Consulado Geralde Portugal em Paris. Qualo balanço que faz desta ex-periência até agora?

Ainda é um pouco cedopara fazer um balanço, masposso referir que as minhasprimeiras impressões sãomuito positivas. Trabalhopara uma comunidade mui-to alargada, num país ondese sente constantemente apresença de portugueses e delusodescendentes, que sãoextremamente dinâmicos es-

ENTREVISTA24

sencialmente na parte eco-nómica e associativa. É pos-sível encontrarmos facilmen-te várias empresas dirigidaspor portugueses e associa-ções que realizam um traba-lho extremamente meritórioem prol da cultura portugue-sa. No que toca directamen-te ao Consulado, procura-mos prestar um serviço dequalidade e apostar em for-mas inovadoras de prestaresses mesmos serviços, comoé o caso das presenças con-sulares nas áreas mais dis-tantes de Paris. Em suma te-nho um grande entusiasmonesta missão, pois a comu-nidade portuguesa é muitofértil e cheia de interacções.

O Consulado Geral dePortugal em Paris tem-se es-forçado por realizar regu-larmente presenças consu-lares em diversos locais.Estas presenças têm sidosuficientes para cobrir as

necessidades das comuni-dades portuguesas a residirfora de Paris?

As presenças consularessão um modo inovador de ser-vir as comunidades e têm lu-gar principalmente em áreasque sofreram reestruturaçãoconsular, que foi motivadapela crise económica e pelaausteridade que se vive não sóem Portugal, mas tambémnoutros países europeus. Massem dúvida que as presençasconsulares têm ajudado a col-matar as necessidades da co-munidade e a aproximar aspessoas do Consulado, porisso até agora o resultado temsido bastante positivo.

Que objectivos pretendeatingir até ao fim da suamissão?

Tenho diversos objectivosque pretendo atingir. Estesobjectivos passam por pres-tar um serviço de qualidade,facilitar o relacionamento

dos portugueses com o Con-sulado, ou seja, permitir quecertos actos consulares pos-sam ser tratados por correiofacilitando a vida àquelesportugueses que vivem maisdistantes de Paris. Manter oumelhorar os serviços presta-dos pelo Consulado, tendosempre em conta as restriçõesorçamentais a que estamossujeitos. Pretendo tambémaproximar o Consulado dosportugueses e dos lusodes-cendentes para que eles sin-tam que estamos aqui paraos apoiar em tudo o que ne-cessitem, dentro das nossaspossibilidades. Quero aindadar atenção especial à cul-tura e à divulgação dos ex-celentes trabalhos que mui-tos portugueses fazem emFrança, merecendo muitasvezes ter destaque em Portu-gal. Paralelamente a tudoisto, procuro também poten-ciar e reforçar as interacçõeseconómicas entre Portugal eFrança, o que já acontece emgrande nível, mas a minhaideia é planear algumas acti-vidades que maximizem estasinteracções. Um último ob-jectivo, mas não menos im-portante, é aumentar a par-ticipação cívica e política dacomunidade portuguesa emFrança. Em resumo são estasas grandes linhas: servir bem,valorizar a nossa comunida-de, reforçar as ligações emtermos económicos e cultu-rais e fortalecer a participa-ção cívica e política.

No seu percurso diplo-mático e político já teve di-versos cargos de relevocomo Secretário de Estadodos Assuntos Europeus,Chefe de gabinete e Adjun-to diplomático do Primeiro-

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ENTREVISTA 25

Ministro José Sócrates, es-teve na Representação Per-manente de Portugal juntoda União Europeia e foiConselheiro Político na De-legação da Comissão Euro-peia em Washington. Comovê o cargo de Cônsul face atodos estes que já ocupou?Podemos dizer que este é oseu maior desafio até hoje?

Os desafios que tive atéhoje são muito diferentes,mas devo dizer que o cargoque ocupo actualmente éseguramente um dos maioresdesafios que já tive. No tem-po que levo como CônsulGeral de Portugal em Paris,foi possível confirmar queexistem diversas áreas em queé necessário trabalhar tendosempre em vista o fortaleci-mento das relações que exis-tem entre os portugueses quevivem em França e os portu-gueses que vivem em Portu-gal. É uma tarefa muitoabrangente, que implica agestão de um Consuladogrande, onde tenho a sorte detrabalhar com uma excelen-te equipa, que exige uma for-te disponibilidade para acom-panhar a Comunidade por-tuguesa, no seu dinamismomas também nos problemasque surgem, e onde nuncadevemos perder de vista oobjetivo de valorizar os por-tugueses e Portugal. Por essesmotivos, pelos objetivos quejá referi anteriormente, e por-que é aquele a que estou in-teiramente dedicado actual-mente, posso considerar esteo meu maior desafio.

Como vê esta nova vagade emigração que quase di-ariamente chega a Françadevido à crise económicaque se vive em Portugal?

Apesar de não existiremnúmeros muito concretos, éverdade que se tem vindo anotar um aumento da emi-gração para França à procu-ra de oportunidades de em-prego e de melhorar a quali-dade de vida. É uma reali-dade que é sempre difícil ecomplexa, mas actualmentedeparamo-nos com umavaga de emigração mais he-

terogénea, pois temos pesso-as com diversos níveis dequalificações, com váriosníveis etários, e com expec-tativas diferentes das gera-ções das décadas de 60 e 70.O que é importante é que aspessoas que partem tenhamtoda a informação necessá-ria e se possível, contratos detrabalho já estabelecidos,mas obviamente que isto nemsempre é fácil, e por vezesexistem situações mais deli-cadas.

O Consulado tem prepa-rado algum programa deapoio a estes novos emi-grantes?

Felizmente são raros ospedidos de apoio no Consu-lado, mas já existiram situa-ções de pedidos de auxíliopara intermediar situaçõesde conflito entre empregadose entidades patronais, querporque os trabalhadores quevieram, viram por algummotivo goradas as suas ex-pectativas de trabalho, querporque se criou uma situa-ção de conflito no trabalho.A verdade é que na grandemaioria das situações, osconflitos são sanados e tudoacaba resolvido. No que tocaa situações mais complexas,tentamos encontrar uma so-lução juntamente com aSanta Casa da Misericórdiade Paris ou com associaçõeslocais.

Com as restrições consu-lares e os cortes na rede doensino do português no es-trangeiro, muitos portugue-ses sentem que o governoportuguês está a virar ascostas aos emigrantes. Con-corda com estas opiniões?

Eu espero que os portu-

gueses não sintam isso por-que todos os dias nos esfor-çamos por tentar estar o maispróximo possível das pesso-as, mesmo com os constran-gimentos orçamentais em vi-gor. No Consulado nós te-mos organizado vários deba-tes e actividades cívicas eculturais, que se conseguemrealizar com poucos recur-sos, mas que têm excelentesresultados concretos. Exis-tem vários portugueses comdinamismo que mantêm asligações a Portugal e que con-tribuem diariamente paraque estas mesmas ligaçõesnão se percam, independen-temente das restrições orça-mentais que se vivem na ac-tualidade.

O Consulado tem dadogrande importância aoseventos ligados à culturalusófona. Pensa que este éum factor importante de li-gação dos portugueses aoseu país?

Sim, porque a culturapermite alimentar a afinida-de com Portugal e o que te-nho sentido é que mesmo osportugueses de segunda e ter-ceira geração, mantêm as li-gações a Portugal. Mas esteselos precisam de ser alimen-tados, e a melhor forma deos alimentar é sem dúvida acultura e a valorização doque é feito pelos portuguesesem França, porque a cultu-ra portuguesa não tem quevir apenas dos portuguesesque vivem em Portugal.

Pensa que a cultura lu-sófona se encontra bem re-presentada em França?

Como em Portugal ou emqualquer país do mundo, háum pouco de tudo, trabalhos

bons e trabalhos menosbons, mas no geral tenhoencontrado obras de grandequalidade que representammuito bem a cultura lusófo-na e que vale a pena valori-zar, sendo que o consuladoestá aqui para contribuirpara essa valorização.

Tem sido um Cônsulmuito presente em diversoseventos e sempre muito pró-ximo da comunidade. Achaque estas presenças são im-portantes para que os emi-grantes sintam que o Con-sulado é realmente "A Casade Portugal em França"?

Acho fundamental porvárias razões. Para que aspessoas sintam que o Con-sulado está com elas e quese interessa pelas questões epelas actividades dos portu-gueses e por outro lado por-que é a única maneira deconhecer bem a realidade doterreno. Não é fechado noConsulado que conseguimoster noção das coisas que cor-rem bem e menos bem na co-munidade, mas sim estandono terreno. Por outro lado,como o Consulado é a "casados portugueses" é importan-te que as nossas portas este-jam também abertas para asiniciativas culturais e cívicasdesenvolvidas pelos portu-gueses ou franco-portuguesesem França.

Deseja deixar uma men-sagem à comunidade?

É com grande entusiasmoque estou aqui a trabalharcom o objectivo de bem ser-vir os portugueses e a comu-nidade portuguesa, com to-tal abertura do Consulado ecom o grande objectivo deaproximar as novas gerações,e foi por isso que lançámoso Consulado no facebook eno twitter, que são formasnovas de comunicação quechegam a muitas pessoas, es-pecialmente aos mais novos.Quero trabalhar para que opapel da comunidade possaser reconhecido e para quepossamos tirar partido dagrande comunidade portu-guesa aqui em França.

Portugal Magazine

“As presenças

consulares são um

modo inovador de

servir as comunida-

des e têm lugar

principalmente em

áreas que sofreram

reestruturação

consular...”

Page 26: 03portugalmag.fr/wp-content/uploads/2016/11/ptmag31-1.pdf · EDITORIAL 03 Pedro António DIRECTOR Frankelim Amaral DIRECTOR DE REDACÇÃO Director Pedro ANTÓNIO Director de redacção

Johnny, êtes-vous aujourd'hui heu-reux et réalisé ?

Je vis enfin mon rêve, après tout cetravail depuis deux ans je rentre dansune phase plus intense, plus profession-nelle et plus exigeante aussi.C'est beau-coup de pression, mais c'est aussi beau-coup de bonheur.

Impatient d'arriver au jour de vo-tre deuxième concert?

Oui, bien sur ! Toute l'équipe et moimême, nous nous préparons pour ce jour.Je veux donner le plus d'émotion possi-ble à mes fans. Ceux qui sont avec moidepuis le début et en convaincre d'autres.

Envie de donner le meilleur de vous

INTERVIEW

Johnny en pleine préparationde son deuxième concert

Portugal Magazine est allé à la rencontre de Johnny, durant ses répétitions pour le concert du

16 septembre aux Halles du Portugal. Johnny est un jeune auteur, compositeur et interprète

qui ne cesse de nous surprendre depuis le début de l'année 2012.

pour le 2ème concert du 16 septembreaux Halles du Portugal de Choisy-le--Roi?

Bien sûr, les répétitions ont commen-cé depuis une semaine et les généralesauront lieu les deux premières semainesde septembre et on va encore améliorerle concert.

Mon plus grand plaisir est de donnerle meilleur de moi à mon public, c'est aveceux que je vibre, que je me sens bien,sinon je suis plutôt solitaire. Ma joie devivre est de partager mes chansons.

J'en profite pour remercier ArmindoTeixeira, le propriétaire des Halles duPortugal, c'est un ami et aussi un parte-naire. Il croit en moi depuis le premierjour.

Il y a-t-il des surprises de prévues?Ah que Oui !!! Mais une surprise res-

te une surprise. Je continuerais à invi-ter le public dans mon salon…

Le spectacle a évolué, on a revisité lascénographie, il sera différent car doncle jour. J'ai aussi de nouveaux interve-nants que le public découvrira ce jour-là ! Et je suis très impatient et mort detrac d'arriver à ce jour.

Vous avez fait plusieurs télés pen-dant votre promotion au Portugal cemois d'août. Avez-vous senti une diffé-rence entre le public portugais au Por-tugal et celui de France ?

Oui ! J'ai effectivement participé à debelles émissions de télévision en plein

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INTERVIEW 27

air au Portugal sur des chaînes nationa-les comme TVI et RTP. L'ambiance de cesémissions est fantastique, le public esttrès participatif et heureux d'être là!

La gentillesse et le soutien apportéaux artistes est sensiblement le mêmequ'en France.

Le public aime s'amuser et rêver ettant qu'il est portugais, il reste lemême. Je remarque que, comme enFrance, tous les âges sont représentés,la musique est un fantastique langa-ge universel. Mon public, principale-ment féminin, m'a suivi de France auPortugal et j'en profite pour les remer-cier du fond du cœur, sans eux je nesuis rien.

Votre premier concert a eu lieu à lafête annuelle Pontault -Combault.Qu'avez-vous ressenti ?

J'ai d'abord ressenti un immense traccar c'était mon premier concert et de plusdevant environ 20.000 personnes, c'étaittrès impressionnant.

J'étais très heureux de pouvoir fairedécouvrir mes chansons inédites au pu-blic. Mais une fois que la première chan-son a commencé, je suis parti dans monnuage et j'ai tout oublié … et là une syn-tonie magique s'est installée entre le pu-blic et moi.

En finalité je dois avouer que malgrétoute la préparation de ce concert avecmon équipe, j'étais très stressé avant demonter sur scène.

Peur de ne pas plaire ? Que le pu-blic n'adhère pas ?

Oui ! Evidemment ! Et je pense quetout artiste à un moment où un autre apeur de cela dès qu'il monte sur scène,de plus mes chansons sont très person-nelles et j'ai toujours peur que le publicne les aime pas. Mais encore une fois,mon équipe était là pour me soutenirdans ces moments de doutes.

Et, satisfait du résultat ? Objectifsatteints ?

Oui ! Mes musiciens et toute monéquipe technique étions fous de joie ensortant de scène.

Aprés tout, ma production a fait lemaximum pour que je puisse jouer dansles meilleures conditions. Ma producti-on a su me donner un concept de spec-tacle qui me ressemble, qui me corres-pond. Une mise en scène intimiste, com-me si je jouais dans mon salon avec desamis.

Les messages que j'ai reçu après ceconcert m'on réconforté dans cette voie.

J'étais très ému aussi de voir le nom-bre de fans qui me suivent, avec des ban-deroles, qui criaient mon nom, c'est leplus beau cadeau qu'un artiste puisserecevoir.

Quels sont vos futurs projets ?

Continuer ma promotion avec "que-ro saber quem es" et "o que vai ser demim" car ces chansons sont appréciéesdu public.

Je serais plus souvent au Portugal etje commence une promotion dansd'autres pays où il y a des compatriotesportugais.

Je prépare également mon deuxièmesingle pour aboutir à la sortie de monalbum.

Mon équipe sera renforcée car monproducteur souhaite que je commence àfaire plus de spectacles, donc beaucoupde travail. Son exigence me correspond,et comme je le suis aussi, nous formonsalors une super équipe.

Apres le concert je rentre à nouveauxen studio pour travailler sur mes chan-sons.

Optimiste pour l'avenir ?Je suis de nature optimiste car les

choses n'arrivent que si on y travaille,après il faut de la chance, du talent mal-gré tous les écueils de ce métier. Je suisentouré d'une équipe solide et humai-ne. ALFAMAPROD ne cesse de grandir etm'apporte ce dont j'ai besoin.

Mes goûts et mes choix musicaux évo-luent sans cesse et j'espère que mes chan-sons continueront à toucher le public.Alors je ne peux qu'être optimiste et con-tinuer à travailler dur pour que mes rê-ves se réalisent et pour que les gens quicroient en moi ne soient pas déçus.

Un mot pour les lecteurs de Portu-gal Mag ?

Je souhaite à tous les lecteurs et lec-trices de Portugal Mag, de toujours croi-re à ses rêves, ne pas abandonner. Oeu-vrer pour qu'ils se réalisent. Et surtoutne jamais oublier de tout faire pour êtreheureux.

Sejam felizes.

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INAUGURACÃO28

LA TAVERNE À PIZZA CÉLINEnovo restaurante português

em Pontault Combault

Neste novo projecto colaboram tam-bém Céline Pedro, filha do proprietárioe MC Benoit, o popular animador defestas, natural de Fafe, que agora resol-veu encarar esta nova fase da sua vidapois "pretende começar a construir umafamília com a mulher da sua vida (Céli-ne) e assim consegue conciliar estasduas vertentes, trabalho e família". Noentanto, MC Benoit disse também à Por-tugal Magazine que pretende continuartambém com a sua actividade de ani-mador porque "quando este "bichinho"aperta tenho que pisar os palcos, e sin-to-me muito bem ao representar o nos-so país e as nossas tradições e costu-mes"

Já o senhor Rui Pedro, natural dafreguesia de Milagres em Leiria, emigroupara França com apenas 13 anos, ao sertrazido pelo seu pai, e começou por tra-balhar ligado à imprensa, até mais tar-de se iniciar na área da restauração, aoabrir a primeira churrasqueira portugue-sa na região de Paris em 1987.

A decoração deste restaurante é algoque não foi deixado ao acaso, com um

ambiente acolhedor e tradicional quenos lembra Portugal em cada canto, porisso perguntámos ao senhor Rui Pedroo porquê desta opção e a sua respostafoi clara, "quisemos reafirmar as nossastradições portuguesas e tudo o que nosfaz lembrar o nosso belo país."

As especialidades desta casa são ofrango de churrasco, entrecosto, entre-meada, leitão e as pizzas, sendo que osenhor Rui nos confidenciou que "aspizzas são o prato que estamos a tentardesenvolver mais neste momento e têmgrande aceitação entre os clientes maisjovens. Os clientes um pouco mais vel-hos já preferem os outros pratos maistípicos de Portugal".

Ao nível dos clientes este restauran-te é maioritariamente frequentado pelacomunidade portuguesa, mas tambémvão havendo clientes de outras nacio-nalidades que apreciam a gastronomiaportuguesa.

No final, o senhor Rui Pedro e MCBenoit deixaram um convite a todas as

pessoas para que fossem a "La Taverneà Pizza Céline", pois poderão comerbons pratos, serão acolhidos com sim-patia e atenção, e com preços acessíveis.

A Portugal Magazine agradece a todaa equipa de "La Taverne à Pizza Céline"e "Poulets Pedro" pela forma como nosreceberam no seu espaço, onde o am-biente familiar e o companheirismo en-tre todos é uma constante.

Portugal Magazine

Foi recentemente inaugu-rado em Pontault Com-bault (77), pelo senhor RuiPedro, o restaurante "LaTaverne à Pizza Céline".Este novo restaurantefica situado mesmo aolado do "Poulets Pedro", aconhecida churrasqueiraque é também proprieda-de do senhor Rui Pedro.

La Taverne à Pizza Céline5 bis, route de Paris

77340 Pontault CombaultTel.: 01 64 40 38 93

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Perante uma casa bem composta aanimação começou com o som de DJCed nas platinas enquanto eram procu-radas as mais belas mulheres e os maisbelos homens presentes no Luso Clubpara que subissem ao palco e mostras-sem os seus dotes. Depois de escolhi-dos os concorrentes, chegou o momen-to mais esperado da noite, quando as10 concorrentes femininas e os 10 con-correntes masculinos subiram ao palcopara mostrarem toda a sua sensualida-de ao dançarem várias musicas com rit-mos latinos, tudo isto com a apresenta-ção de DJ Ced e Sandy.

De cada um dos grupos de 10 foramescolhidos os 3 finalistas que depoisdisputaram entre si o título de missmister Luso Club, numa votação renhi-

Noite de eleição da Misse MisterO Luso Club organizou em parceira com a PortugalMagazine e com a loja online PTKDO uma noite me-morável em que o tema central foi a eleição da miss edo mister Luso Club.

Luso Club84 Route Nationale 6

91800 Brunoy

da em que o público teve a decisão fi-nal. No final os vencedores levarampara casa uma garrafa de champanhe,uma assinatura anual de Portugal Ma-gazine e vale de desconto para usar naloja online PTKDO, onde podem adqui-rir t-shirts, stickers ou outros acessóri-os que permitem mostrar o orgulho emser português.

O Luso Club teve assim mais umagrande noite de animação em que todaspessoas se divertiram e passaram bonsmomentos de folia.

A Portugal Magazine não pode dei-xar de agradecer a David e a todo o staffdo Luso Club pela forma como nos aco-lheram e pela simpatia que demonstra-ram durante toda esta festa.

Portugal Magazine

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DESPORTO32

Na liga portuguesa, o FCPorto vai tentar guardar ocampeonato conquistado noano passado e sagrar-se tri-campeão. O SL Benfica e oSporting que foram os doisclubes mais ativos durante omercado, também estão pres-tes para disputir esse título.Esse combate entre os 3 gran-des sendo mais interessanteporque as 3 equipas guarda-ram a base da época passadacom os mesmos técnicos aocomande da equipa. Masessa hegemonia talvez aindapossa ser alterada pelo Bragaque impõe-se como um ad-versário de qualidade desdealguns anos.

Nova época, novasemoções, viva o desporto!

As férias infelizmente já acabaram e esta-mos de volta para começar esse novo ano

2012-2013 de futebol. Para vocês terem umpequeno aspeto do que vai acontecer na

esfera portuguesa, vamos tentar fazeruma pequena análise.

Bruno

Lopes

Mas este ano, o SLB pa-rece-me ser a equipa maiscompleta e deverá acabar no1° lugar.

Os clubes portuguesestambém terão a oportunida-de de confirmar a boa épocaeuropeia passada com umclube nos quartos da Cham-pions, o SLB, e outro nasmeias da Liga Europa, o Spor-ting. O Porto e o Benfica têmde aceder aos oitavos de fi-nal e com uma tiragem fa-vorável ou o facto de vencerum grande clube, poderãojogar nos quartos ou nasmeias-finais. O Braga, se con-seguir passar na fase de gru-pos da liga dos Campeões,terá dificuldades em ficar nosdois primeiros lugares comono ano passado. A liga Euro-pa parece ser um melhor ob-jetivo (ao acabar terceiro). OSporting também tem queconfirmar o resultado do anopassado e talvez conseguiralgo melhor. Os outros clu-

bes portugueses na competi-ção (Marítimo e Académica)terão outras prioridades nocampeonato.

A nível europeu, algunsportugueses estam em desta-que este ano em clubes es-trangeiros como CristianoRonaldo no Real Madrid.Depois de ter conquistado ocampeonato espanhol ao Bar-celona, o objetivo é de gan-har a "décima" liga dos cam-peões do clube. Ele vai po-der contar com os compan-heiros da seleção Pepe e Fa-bio Coentrão e obviamente dotreinador José Mourinho.Num nível mais pessoal, tal-vez o "CR7" possa ser eleitomelhor jogador do mundo2012 no novo trofeu da bolade ouro e impedir outra vi-tória de Messi.

Na Ingleterra, depois de tersido despedido do Chelsea,André Villas Boas foi nomea-do treinador do Tottenhampara substituir Harry Redk-

napp. Este é um novo desafiopara o jovem treinador que pre-cisa de confirmar-se ao maiornível e afirmar o clube comoum clube do "Big 4" inglês.

A seleção também vai tertrabalho. Depois dum gran-de Euro, perdido nos penal-tis frente a Espanha, futurovencedor, o objetivo é carim-bar o bilthete para a Taça doMundo que vai decorrer noBrasil em 2014 e confirmar aboa disposição da equipa noEuro. O grupo será acessíveltendo como adversário maisforte a Russia do novo sele-cionador italiano Capello.Israel também será um adver-sário a ter em conta. Osoutros adversários (Irlandado Norte, Azerbaidjão eLuxemburgo) são normal-mente menos competitivos.

Esta nova época anuncia-se como outra grande para ofutebol português, e todosnós estaremos aqui paraapoiar o nosso país.

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CRÓNICA34

Para o ano há maismês de agosto

Nos primeiros dias sentem ainda ocheiro dos costumes e tradições de cadaregião: os enchidos, a sardinha assada,o pão, o churrasco, o caldo verde e outrasiguarias tipicamente portuguesas.

Na mente ainda persiste o som daBanda Filarmónica, o ritmo dançado nosbailaricos dos dias festivos e até mes-mo o ruído dos passos na procissão emhonra do padroeiro da terra, enfim, tan-tos acontecimentos agradáveis que sechega a perguntar a si mesmo como foipossível viver tanto em tão pouco tem-po. São os dias descontraídos aprovei-tados ao minuto, para saborear o sol eo mar, o rio e a montanha sem a cobran-ça ingrata que durante o ano o horárioimpõe.

No coração sentem o baque da sau-dade. A família, aquele serão mais"quente" passado com os amigos, recor-dando e revivendo histórias do passa-do ou o convívio com os primos queficaram junto dos avós, a ida silenciosaao cemitério recordando os que parti-ram, os casamentos, os batizados, aque-

la festa de aniversário… durante umashoras viajam juntamente as paisagens,os lugares mais diversos que em qual-quer altura da vida os fizeram sonhar.

Os crentes não deixaram de dedicaralgumas horas à meditação e oração edesta forma revigorarem a sua energia,alimentando a sua alma ganhando as-sim um espírito mais forte, sentindo-semais preparados para continuar a per-correr outra etapa.

Ei-los que partem a caminho do seumundo. Agora é hora de acordar, mãosà obra…

O regresso ao trabalho é inevitável,há que encará-lo como algo positivo, essaé a realidade que permite ter a garantiado pão e de uma vida com a dignidadeque o ser humano precisa e merece, ostempos são outros e hoje existe uma ge-ração de emigrantes com uma mentali-dade completamente diferente da queemigrou nos anos 60. Não é racional tra-balhar para um ou mais patrões e ter odinheirinho só para "engordar" a contabancária, mas apostar também no bem-estar e na realização pessoal pois só destaforma se contribui para o seu próprioconforto e dos que os rodeiam. Há coi-sas que não têm preço. Com um peda-cinho de boa vontade e organização con-segue arranjar-se tempo para fazer algode que se gosta: ler, escrever, ver um bomfilme, visitar um museu, ir almoçar foracom a família, um sem número de pe-quenos gestos que se acontecerem umavez por mês farão toda a diferença nobem-estar de qualquer pessoa e assim o

Mário

Prata Pina

[email protected]

Depois de algumas semanas de férias eis que chega o regresso ao trabalho.De "baterias carregadas" com o calor do ambiente tipicamente português os emigrantes radicados em

qualquer parte do mundo, sentem-se de certeza com mais vontade e força para continuarem a dedicar oseu tempo às diferentes tarefas que cada um exerce a fim obter o sustento para si e para os seus.

ano de trabalho que se inicia tornar-se-ámais leve.

Um bom ano de trabalho sem esque-cerem que acima de tudo está a vida eonde quer que estejam mantenham avossa dignidade de portugueses contri-buindo para um mundo melhor ondenão haja escravos e senhores, mas eapenas seres humanos com os mesmosdireitos e deveres.

Para o ano há mais mês de Agosto.

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DIREITOS DO LEITOR36

A usucapião é uma forma de

aquisição de propriedade prevista

na legislação portuguesa.

Significa que aquele que for

possuidor de um bem (móvel ou

imóvel) durante um certo período

de tempo, mediante a

observância de certos requisitos,

passa a ser seu proprietário.

Aquisição de propriedadepor usucapião

Naturalmente, que esta figura nãoexiste como meio de facilitar a aquisi-ção de propriedade alheia, pelo contra-rio, o legislador protege os reais pro-prietários, exigindo um acervo aperta-do de requisitos para que o possuidoradquira a propriedade.

Para a aquisição da propriedade deimóvel, caso o possuidor estiver de boafé e não existir registo do título nem daposse, deve decorrer o período de 15anos, existindo o titulo da posse ape-nas são exigidos 10 anos, ou 20 anoscaso o possuidor, nas mesmas condi-ções, estiver de má fé. Os bens móveisnão sujeitos a registo, adquirem-se noperíodo de 3 ou 6 anos, conforme hou-ver boa ou má fé. Os sujeitos a registoadquirem-se em 10 anos quando nãoexistir título e independentemente daboa fé. Existindo título de aquisição eseu registo, o prazo é de 2 anos. Se opossuidor estiver de má fé o prazo pas-sa para 4 anos.

O requisito essencial que apontamosé que a posse tem que ser pública, istoé, tem de ser conhecida por todos osinteressados, não podendo ocorrer pormeio de violência. A aquisição de pro-priedade através da usucapião ocorrepela prática reiterada de um comporta-mento que manifeste o exercício do di-reito de propriedade sobre um bem.

Uma vez reconhecido o direito depropriedade adquirido por via da usu-capião, os efeitos retroagem à data doinício da posse.

Em Portugal a usucapião é facilita-da, resultado da falta de registo de váriosimóveis no registo predial a favor dosreais proprietários. Muitos prédios es-tão apenas inscritos nas finanças emnome de pessoas que já faleceram. OEstado português também adquire apropriedade de bens através da usuca-pião. Com as alterações da última déca-da ao Código de imposto municipalsobre imóveis e ao imposto de selo, osprédios cujo titular não estiver identi-

ficado serão inscritos a favor do Esta-do. O Estado também é beneficiado como usucapião pois é tributado 10% dovalor do bem e o imposto do imóvel apagar passará a ser sobre o valor realdo prédio.

Reunidos os requisitos para a aqui-sição de propriedade através da usuca-pião, deve ser feita uma inscrição damatriz nas finanças, com o nome donovo possuidor e fazer uma escriturade usucapião no notário.

Se tem alguma propriedade em Por-tugal nas circunstâncias acima descri-tas, procure um advogado de modo apoder regularizar a situação.

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FORMA & SAÚDE42

Regresso de Férias,como recuperar a forma?Lucia

Lopes

As férias são o momento mais esperado do ano, onde se pode descansar e relaxarintensamente e sair totalmente da rotina. Mas esquecer os bons hábitos alimenta-

res e actividade física podem representar uns quilos a mais! E tornar esse momentoem estresse.

Para que as férias não setornem desagradáveis, lista-mos algumas dicas para re-cuperar a forma (sem gran-des esforços):

Aumente o consumo dealimentos diuréticos, que vãoajudar a não reter líquidosdurante o processo de perdade peso, como por exemplo:erva doce, hortelã, abacaxi,melancia, maracujá, limão,morango, agrião, aspargo,salsão, coentro, salsa, berin-jela, abóbora, entre outros.

Coma de 5 a 6 vezes aodia refeições de pequeno vo-lume. Comer dessa forma aju-da a controlar a fome e, poroutro lado, ajuda o corpo a

queimar a gordura. Além defazer um bom café da manhã(com pão ou cereal, leite ouderivado e fruta), almoce bem(saladas, carnes magras, ar-roz integral) e faça um jantarbem leve (sopa de legumes ousalada com torradas e frango,por exemplo). Não se esque-ça de comer algo entre as re-feições, faça os lanches comfrutas, biscoitos integrais,sucos, sanduíches leves, io-gurte, etc.

Evite alimentos ricos emsódio que, ao contrário dosalimentos diuréticos, ajudamna retenção de líquidos noorganismo e ainda aumentama pressão arterial. Este nutri-ente está presente em tempe-

ros prontos, salgadinhos eprincipalmente no sal.

Evite alimentos com altoteor calórico como os gordu-rosos, já que o excesso nãoutilizado como fonte de ener-gia acumula-se como reservaem certas regiões do corpo,podendo aumentar a gordu-ra localizada. O excesso deaçúcar e carboidratos tambémse transforma em energia dereserva que aumenta aindamais a gordura localizada.

Se o intestino "travou"durante as férias, aumente oconsumo de frutas e verdu-ras. Esses alimentos são ri-cos em vitaminas, mineraise, principalmente, fibras, es-

tas irão regularizar o funcio-namento intestinal, se asso-ciadas a uma ingestão de lí-quidos adequada. As fibrastambém estão presentes emalimentos integrais como fa-relo de trigo, aveia, cereaisintegrais, etc.

Beba bastante água, alémde ajudar a diminuir a reten-ção de líquidos, ajuda nofuncionamento intestinal. Porisso, é essencial que se tomepelo menos 2 litros por dia.

Volte à rotina das activi-dades físicas, e caso não ti-vesse esse hábito antes dasférias, adquira-o. Isso deixaa pessoa mais tranquila e fa-vorece a perda de gordura.

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Avec le soutien de

Guida

Amaral

[email protected]

Dossier composto por sete

artigos (3/7)

HISTÓRIA40

Neste dossier apre-sentamos todos os reisde Portugal desde a in-dependência do conda-do portucalense em re-lação ao reino de Leãoem 1139, até à implan-tação da República Por-tuguesa, em 5 de outu-bro de 1910.

Segunda Dinastia - Avis(continuação)

D. Duarte I"O Eloquente"

Nasceu a 31 Outubro de1391 em Viseu e faleceu 9

Cronologia e históriados Reis de Portugal

Setembro de 1438 na Ba-talha.

Casou com Leonor deAragão.

Descendentes legítimos:João, Filipa, Afonso, Maria,Fernando, Leonor, Duarte,Catarina, Joana.

Começou a governar em1433 e terminou em 1438.

Já antes da morte de seupai começou a ocupar-se dostrabalhos da governação. D.João I chamou-o para esta ta-refa quando D. Duarte com-pletou 21 anos de idade.

Era um homem inteligen-te, culto, possuidor de umavaliosa biblioteca. O amor àleitura fez com que ele setornasse escritor. Deixoudois livros muito interes-santes: o "Leal Consel-heiro", em que reflecte so-bre a vida e o destino daspessoas, e a "Arte de BemCavalgar Toda a Sela", umlivro que ensina a melhormaneira de caçar e de mon-tar a cavalo.

Durante o seu reinado asdescobertas marítimas con-tinuaram: Gil Eanes dobrouo cabo Bojador e Baldaiachegou à Ponta da Galé.

Em 1437 foi organizadauma expedição a Tângerque foi desastrosa para Por-tugal. O Infante D. Fernan-do foi feito cativo. Para quefosse libertado, era neces-sário que os portuguesesabandonassem Ceuta. D.Duarte defendia a entregada cidade, mas D. Henriqueachava que essa não erauma boa solução. Estesacontecimentos entristece-ram muito D. Duarte queacabou por perder o gostopela vida. Morreu no anoseguinte.

D. Afonso V"O Africano"

Nasceu a 15 Janeiro de

1432 em Sintra e faleceu a28 Agosto 1481 na Batalha.Filho de D. Duarte e de D.Leonor de Aragão, nasceuem Sintra em 1432. Reinoude 1438 a 1481.

Tinha apenas seis anosquando seu pai faleceu. Noseu testamento nomeava D.Duarte tutor do pequenorei, e regente do reino a suaviúva. Esta, porém, não eramuito simpática ao povo,que não queria ser governa-do por uma estrangeira. Se-guiram-se tumultos e inci-dentes, que terminarampor as Cortes tirarem a re-gência a D. Leonor, confian-do-a a seu cunhado, o in-fante D. Pedro, duque deCoimbra. D. Afonso chegouà sua maioridade em 1446,assumindo o governo doreino. Depois da tragédia deAlfarrobeira, como avida-mente desejasse conquistarglória pelas armas, fezvárias expedições a África,nas quais se mostrou maiscorajoso do que prudente.

Casou com D. Isabel deLancastre.

A fortuna, porém, nãocessou de lhe sorrir, e Al-cácer-Ceguer, Arzila e Tân-ger, que tanto sangue haviajá custado aos Portugueses,caíram em seu poder. Am-bicionou então juntar a co-roa de Portugal à de Caste-la e nesse intuito desposou

sua sobrinha, D. Joana, filhade Henrique IV, de Caste-la, herdeira do trono; masos Castelhanos preferirampara rainha a infanta Isabel,esposa de Fernando, rei deAragão.

Afonso invadiu a Es-panha, encontrando-se como exército de D. Isabel emToro (1476). A batalha nãofoi feliz para os Portugue-ses e D. Afonso V viu-seabandonado por muitosdos seus partidários. Deli-berou então seguir paraFrança e pedir auxílio ao reiLuís XI, mas este soberano,diplomata astuto, iludiu-ocom falsas promessas. Per-didas todas as esperançasde realizar seu sonho am-bicioso, formou D. AfonsoV o desígnio de abdicar acoroa em seu filho, o infan-te D. João, e de partir comoperegrino para Jerusalém,mas também desistiu desteprojecto e regressou a Por-tugal.

D. Afonso V tinha gra-ves defeitos, era leviano,ambicioso e perdulário,mas possuia também qua-lidades sedutoras e uma in-teligência cultivada.

D. João II"O Príncipe Perfeito"Nasceu a 3 Maio de1455

em Lisboa e faleceu a 25Outubro 1495 na Batalha.

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HISTÓRIA 41

Casou com D. Leonorde Viseu.

Filho de D. Afonso V ede D. Isabel de Coimbra, D.João II foi casado com D.Leonor de Viseu.

No início do seu reina-do numa linha marcada-mente centralizadora, ata-cou fortemente as grandescasas senhoriais (em parti-cular a de Bragança). O du-que de Bragança é executa-do em Évora e no ano se-guinte, o duque de Viseu,D. Diogo, seu primo e cun-hado, é chamado ao palá-cio e esfaqueado pelo pró-prio rei por suspeitas deconspirar contra ele. Mui-tas outras pessoas foramexecutadas, assassinadasou exiladas para Castela.Depois destes acontecimen-tos, mais ninguém em Por-tugal ousou desafiar o rei,que não hesitava em fazerjustiça pelas suas própriasmãos.

D. João II foi um grandedefensor e impulsionadorda política de exploraçãomarítima. Os descobrimen-tos portugueses foram umaprioridade governamental,assim como a busca do ca-minho marítimo para a Ín-dia.

Cristóvão Colombo pe-diu apoio a D. João II paraa sua viagem à India maseste recusou, provavelmen-te porque sabia que Colom-bo partia de uma suposi-ção que o rei sabia estarerrada (D. João II estavadecidido a chegar à Índiapelo ocidente, contornan-do África).

De facto, Cristóvão Co-lombo chegou ao conti-nente americano em 1492,pensando ter chegado àIndia. Até à sua morte, es-teve convencido dessefacto.

D. João II não deixoudescendência pois quaseno final do seu reinado oseu único filho legítimo fa-leceu em consequência deuma queda de cavalo.

Em testamento redigido

por si, em Alcácer do Sal,designou como seu suces-sor o seu primo e cunha-do, D. Manuel.

D. Manuel I"O Venturoso"

Nasceu a 31 Maio de1469 em Alcochete e fale-ceu a13 Dezembro de 1521em Belém.

Casou com D. Isabel deCastela, D. Maria de Caste-la e com D. Leonor

Filho de Dom Fernando,Duque de Viseu e de DonaBeatriz, que nasceu em Al-cochete a 31 de Maio de1469 e morreu em Lisboa a13 de Dezembro de 1521 eestá sepultado em Lisboa,no Mosteiro dos Jerônimoe casou com Dona Isabel deAragão e teve como descen-dentes legítimos: Dom Mi-guel, Dona Isabel, Dona Bea-triz, Dom Luís, Dom Fer-nando, Dom Afonso, DomHenrique, Dona Maria,Dom Duarte, Dom António,Dom Carlos. Começou a go-vernar em 1495 e terminouem 1521. Em circunstân-cias normais, Dom Manuelnão seria nunca rei de Por-tugal. Mas a sorte bafejou-o. O seu antecessor, DomJoão II, não deixou descen-dentes direto, pois o seuúnico filho legítimo, DomAfonso, morrera aos dezes-seis anos, devido a umaqueda de cavalo. O parentemais próximo eram preci-samente Dom Manuel, netopaterno do rei Dom Duartee primo e cunhado de DomJoão II. Mas não foi apenas

por herdar o trono que DomManuel foi cognominadode "O Venturoso". É que, àexceção dos casamentos(enviuvou duas vezes),tudo lhe correu bem navida. Assim, durante o seureinado, Vasco da Gamadescobriu o caminho marí-timo para a Índia; Pedro Ál-vares Cabral anunciou adescoberta oficial do Brasil;Afonso de Albuquerquedominou a Índia e assegu-rou para Portugal o mono-pólio do comércio das es-peciarias.

D. João III"O Piedoso"

Nasceu a 6 Junho de1502 em Lisboa e faleceu a11 Junho 1557 em Belém.

Filho de Dom Manuel I,rei de Portugal e de DonaMaria de Castela, casoucom Dona Catarina de Áus-tria, e teve como descen-dentes legítimos: Afonso,Beatriz, Maria, Isabel, Ma-nuel, Filipe, Dinis, João,António.

Começou a governar em1521 e terminou em 1557.Durante o reinado de DomJoão III houve um conside-rável avanço na empresados descobrimentos, houveuma ação diplomática im-portante com particular re-levo para os contactos fei-tos com a Santa Sé,acentuou-se a política abso-lutista e incentivou-se o de-senvolvimento da culturaportuguesa.

Dom João III herdou deseu pai um país no apogeu

da sua expansão ultramari-na. O rei procurou conso-lidar as posições portugue-sas na Índia, assegurou omonopólio das especiariase estabeleceu contactos coma China e o Japão. Preferiuabandonar as praças marro-quinas de Safim, Azamor,Alcácer Ceguer e Arzila,para que Portugal pudesseelevar ao máximo o comér-cio da Índia e iniciar oaproveitamento das poten-cialidades do Brasil.

Expandiu o comércioportuguês, alargando oscontatos direto com o lesteda Europa. Confiou à nas-cente Companhia de Jesus,a evangelização do Oriente,do Brasil e da África, ten-do-lhe também entregue oColégio das Artes de Coim-bra. A proteção que dispen-sou à cultura foi uma dascoroas de glória deste rei.

Foram apoiados por sinomes como Resende, Da-mião de Góis, Sá de Miran-da, Bernardim Ribeiro, GilVicente, André de Resende,João de Barros, Pedro Nu-nes, António de Holanda eLuís de Camões. Será difí-cil encontrar na História dePortugal uma época com aimportância cultural queesta teve…

Também a ele se ficou adever a instituição do Tri-bunal do Santo Ofício,mais conhecido por Tribu-nal da Inquisição que tãomás recordações deixou naHistória de Portugal. Ape-sar do grande número defilhos que lhe deu o seucasamento com Dona Cata-rina, o fato é que forammorrendo, chegando mes-mo a colocar-se um proble-ma de sucessão. Coube aseu neto,Dom Sebastião, fil-ho de Dom João, a respon-sabilidade de subir ao tro-no após a sua morte, em-bora sob a Regência deDona Catarina sua avó.

Continua na próximaedição.

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AGENDA42

A G E N D ADu 19/06 au 30/09Joana Vasconcelos à VersaillesLa plasticienne portugaise JoanaVasconcelos, qui fabrique de grandesoeuvres avec de toutes petites choses, exposeau château de Versailles jusqu’au 30septembre. Parmi les créations présentées,certaines ont été spécialement conçues pourle lieu qui les accueille, notamment unesérie intitulée lesValkyries qui revisitent etréinterprètent le style et l’exubérance royale.Les pièces, dont l’intégration dans les jardins ou l’intérieur dupalais est particulièrement réussie, ont demandé un énormetravail de montage selon l’artiste, qui est particulièrementfière de la grande tapisserie Vitrail (2012), de 13 mètrescarrés, qui a été exécutée par la Manufacture de Tapisseriesde Portalegre, l’un des derniers centres de production detapisseries murales au monde.Château de VersaillesPlace d’armes - 78000 Versailles

Le 13/09 à 20h30Madame La Gafière - Choro de GafieiraMadame La Gafière réunit dans unemême ferveur 6 instrumentistes et unechanteuse qui vous entraîneront dans unvoyage musical et dansant. Teinté des couleurs du Chôro et de laSamba, le répertoire traditionnel brésilienest mis au goût du jour pour surprendreles inconditionnels des musiquesbrésiliennes et emballer les amants de la danse de salon.Studio de L’Ermitage 8 rue de l’Ermitage - 75020 Paris

Le 21/09 à 20h30Orquestra do FubáL’Orquestra do Fubá en concert à l’occasionde la sortie de son dernier albumFábricade Sonhos. Cet orchestre de forró a été créé par cinqjeunes musiciens influencés par la samba,la bossa nova et le funk.L’Orquestra do Fubá réussit à créer uneambiance festive et chaleureuse où toutesles générations se rencontrent dans ungrand bal dansant !Studio de L’Ermitage8 rue de l’Ermitage - 75020 Paris

Le 28 et 29/09 à 20h30, le 30/09 à 16h30Hommage à Cesária ÉvoraDans le cadre du Festival d’Île deFrance, hommage à Cesária Évora, disparuele 17 décembre 2011. Avec la participationde Bonga, Camané, Angelique Kidjo, IsmaelLo, Mayra Andrade et Teofilo Chantre.Révélée au public avec l’album Sodade,Cesária a enchaîné les albums et les succès. Pendant plusde 20 ans, elle a promené à travers les continents sa voixsuave et mélancolique. Une voix qui raconte la souffranceet l’amour, l’exil et l’attachement à ses racines. Une sorte detémoignage de l’Histoire et de sa propre trajectoire. Née audébut des années quarante, Cesária Évora commence àchanter à l’âge de 16 ans dans les soirées privées, dans lesbars de Mindelo, sa ville natale, et dans les autres îles duCap-Vert. Elle enregistre quelques titres à la radio, jusqu’àcet album paru en 1988, La Diva aux pieds nus(Lusafrica).D’autres suivront très vite, notamment Miss perfumado,en 1993. Cirque d’Hiver Bouglione110 rue Amelot - 75011 Paris

Le 29/09 à 19h00 repas dansantLe 30/09 à 14h30 festival de folkloreRepas dançant et festival de folkloreL’association Aldeias do Minho o rganiseun repas dansant animé par Tony doPorto et Daniel Marques, le 29 septembre,et un festival folklorique avec denombreux groupes, le 30 septembre.

Menu : entrée ; carne alentejana ; fromage et dessert ; vin et café.Salle des Fêtes Léo Lagrange29 rue de Paris - 95260 Beaumont-sur-Oise

Le 30/09 à 20h30Roda do CavacoPagode, en portugais du Brésil désigne unerencontre de musiciens qui se retrouventautour d’une table pour faire la fête enmusique. C’est dans cette ambiance conviviale que Roda doCavaco donne à entendre et à voir un pagode puissant, soutenupar une section rythmique jubilatoire. Aux compositionsoriginales se mêlent des reprises des grands sambistes commeZeca Pagodinho, Grupo Fundo de Quintal, Paulinho da Viola.São Paulo, Rio et Paris, Roda do Cavaco tire un trait d’unionentre ces trois villes pour le plus grand plaisir d’un publictoujours plus nombreux.Studio de l’Ermitage8 rue de l’Ermitage - 75020 Paris

Le 23/10 à 20h30Mariana Ramos en concertNée à Dakar, au Sénégal, Mariana Ramosa grandi sur l’Ile de São Vicente, l’île deCesária Évora. Mais si Mariana estreconnaissante à son aînée d’avoir été unetelle ambassadrice de la musiquecapverdienne, elle ne suit pas pour autantla voie tracée par la Diva de l’Ile, commel’aurait laissé entendre ses deux premiersdisques. Plus métissée, Mariana abordeun répertoire plus large, celui de toutes les musiques et lesgenres qui traversent le Cap-Vert depuis toujours.L’Européen5 rue Biot - 75017 Paris Le 10/11 à 20h45Carla PiresCarla Pires, jeune chanteuse portugaise,est reconnue pour sa voix magnifique etune présence scénique très forte. Dans son premier album solo, Ilha do meufado, elle apporte une certaine modernitéau fado traditionnel en introduisant des arrangementsnovateurs. Elle est accompagnée par un trio classique demusiciens de fado : Luís Guerreiro (guitare portugaise),António Neto (guitare classique) et Vasco Sousa (contrebasse).Espace Prévert4 place du Miroir d’EauQuartier de Plessis-le-Roi - 77176 Savigny le Temple

Le 09/02 à 20h30Le TascaBeat d’ÓqueStradaLe TascaBeat d’ÓqueStrada est le résultatd’une saga de 7 années bien vécues sur desscènes diverses, la rue, des festivals derenom, kiosques à musique et bals d’été.Cette aventure acoustique et bistrotière (Tasca signifie Bistrot)a donné lieu à une musique à la portugaise où le concert et lespectacle se rencontrent dans une certaine folie afro-brésilienneet un mélange inédit d’instruments : guitare portugaise,accordéon, bassine bricolée en contrebasse ou étonnante«chaise à percussion».Espace Marcel PagnolRue Gounod - 95400 Villiers-le-Bel

Le 08/03 à 20h30, le 09/03 à 20h30 et le 10/03 à 15h00Tony Carreira - 25 ans de carrièreTony Carreira - le pape de la variété portugaise- fête ses 25 ans de chanson en présentant unerétrospective de sa longue carrière.Très populaire au Portugal et au sein de la diaspora, Tony Carreira,de son vrai nom António Manuel Mateus Antunes, est né dans larégion de Coimbra en 1963. A 10 ans il connaîtra l’émigrationavec ses parents, qui s’installent dans l’Essonne. Sa passion pourla chanson commence à s’exprimer en 1988, il retourne alors auPortugal où ses premiers disques passent inaperçus. Ce n’estqu’en 1995 que sa carrière commence avec Ai Destino.L’Olympia28 bd des Capucines - 75009 Paris

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LAZER44

Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica. Apesar de serbastante simples, é divertido e viciante. Basta completarcada linha, coluna e quadrado 3x3 com números de 1 a 9.Não há nenhum tipo de matemática envolvida.

Sudoku PROVÉRBIOSNão se falar ao mestre do que ele ensina mal.

Não se fazem omeletes sem partir ovos.Não se foge ao destino.

Não se pescam trutas a bragas enxutas.

www.aeiou.pt/humor

Uma família de Açoreanos:Diz o miúdo:

- Ó mãe....o que um insete?- nã sei...pergunta à tua irmã.- Ó mana....o q é um insete?- nã sei...pergunta ao pai.- Ó pai....o q é um insete?

- Ó meu ganda burr...1 e 7 são 8.

O Bill Gates estava na sua noite de núpcias. Começa atirar a roupa e fica todo nú, a mulher que estava emfrente na cama, arregala os olhos e apontando para opénis do informático, exclama:- Hum...agora já sei porque é que a tua empresa sechama Microsoft!

P: Que nome se dá a uma loira numa instituiçãocientífica ?R: Visitante.

O João e a Maria estavam entusiasmados por lhes ternascido um rapaz, após terem já sete raparigas. O Joãotelefonou a quantos amigos se lembrou, até que umdeles lhe disse : - "Fabuloso homem, Parabéns! E comquem se parece o rapaz …???… contigo ou com aMaria? " Sei lá…", respondeu o pai baboso, "… aindanão lhe olhámos para a cara."

P: Que nome se dá a uma loira com meio cérebro ?R: Sobre-dotada.

Um rapaz encontra o seu amigo a pescar e pergunta-lhe:-O que é que estás a pescar?-Pichirocos!-Pichirocos!? Que peixe é esse?-Sei lá! Ainda não pesquei nenhum!

P: Porque razão a loira tem o umbigo inchado?R: O namorado também é loiro.

ADIVINHAQual é coisa, qual é ela,

que é redonda como o Sol,tem mais raios do que uma trovoada

e anda sempre aos pares?

SOLUÇÃOEDIÇÃO 31 • Andar descalço na praia

Ao andar descalço na praia cuidado com a areia quente e também comas doenças provocadas por larvas ou fungos que se escondem na areia.De preferência use um chinelo leve e confortável.

A RODA DA BICICLETA

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AS RECEITAS DA SUSANA

CULINÁRIA 45

recomendaos seguintesrestaurantes

SUGESTÃO: Recorte as receitas e arquive

Tempo de preparação:25 minutos

Ingredientes: 4 pessoas

1 kg de amêijoas brancasdemolhadas em água friatemperada com sal duran-te 2 horas80 ml de azeite1 cebola pequena picada2 dentes de alho picados2 tomates maduros sempele, cortados em cubinhos3 malaguetas2 colheres de sopa de pol-pa de tomate125 ml de vinho brancoSalsa picadaSal

AMÊIJOA BRANCA COM MOLHO DE TOMATE

Preparação:Num tacho, leve ao lume oazeite, a cebola, os alhos e asmalaguetas.Mexa e deixe refogar.Ao refogado, adicione o to-mate.Mexa e deixe refogar mais umpouco.Quando o tomate estiver empapa, adicione a polpa detomate e o vinho branco.

TARTE DE LIMÃO Preparação:Num tachinho, leve ao lumea manteiga e deixe derreter.Quando estiver derretida,apague o lume e junte a bo-lacha.Mexa muito bem até que tudofique bem misturado.Coloque a bolacha numa tar-teira de fundo amovível, un-tada com manteiga e forradacom papel vegetal.Espalhe muito bem a bolachae acalque para que fique umabase compacta.Leve a base ao frigorífico atéque fique bem rijinha.Numa tigela, coloque o leitecondensado e aos poucos,misture o sumo de limãocom uma colher.Junte as gemas e mexa muito

Ingredientes para 12 pes-soas300g de bolacha maria pi-cada175g de manteiga1 lata de leite condensadocom 397g2 gemas de ovoSumo de 2 limões2 claras de ovo2 colheres de sopa de açú-car

Se quiser enviar as suas sugestões: [email protected]

Quinta da Vinha1913

ChurrascariaBar – Hotel

79 Avenue de Choisy94190

Villeneuve-St- GeorgesTél.: 01 43 82 67 08

Fonté NovaCafé – Restaurant

Baptêmes,Anniversaires…

37 rue Louis gaillet94 250 Gentilly

Tél.: 01 45 46 63 78

Le ScorpionBar Restaurant

Spécialités FrancoPortugaises

52-54 Rue de Paris77200 Torcy

Tél.: 01 60 06 51 89

Pub.

bem.Coloque o creme sobre a basee espalhe bem.Leve a tarte ao forno pré-aquecido nos 200º e deixecozer durante 10 minutos,sem deixar alourar o creme.Entretanto, bata as claras emcastelo e junte as 2 colheresde açúcar.Bata até que fique um meren-gue.Passado os 10 minutos, reti-re a tarte do forno.Espalhe muito bem o meren-gue por cima da tarte.Leve novamente ao forno namesma temperatura, durante5 minutos.Depois de loirinha, retire-a.Desenforme, retire o papelvegetal e deixe arrefecer.

Mexa e deixe refogar maisum pouco até que o álcoolevapore e o molho fiqueapurado.Junte as amêijoas bem lava-das e escorridas.Tempere com umas pedri-nhas de sal e junte um pou-co de salsa picada.Misture tudo muito bem.Tape e deixe cozinhar emlume forte até que as con-chas abram.Mexa de vez em quandopara que o tempero fiquebem espalhado.Quando as amêijoas estive-rem abertas, apague o lumee polvilhe com um poucomais de salsa.

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Bélier

( 21/03 - 20/04 )

Vous aurez un em-

ploi du temps rela-

tivement chargé.

Vous aurez des rendez-vous

que vous aurez du mal à res-

pecter. Ces nombreuses sor-

ties pourraient bien vous

mettre sur les genoux. Pre-

nez le temps de bien vous

reposer avant d'organiser en-

core de nouvelles rencon-

tres.

Taureau

( 21/04 - 21/05 )

Des bonnes nou-

velles vous par-

viennent dans une

affaire profitable. Profitez de

cette opportunité pour vous

situer face à une concurren-

ce qui s'avère ne pas tou-

jours être très loyale. Vous

sentirez intuitivement quel-

le attitude prendre pour par-

venir à vos fins.

Gémeaux

( 22/05 - 21/06 )

On cherchera à

vous donner des

conseils que vous

n'aurez pas très envie de sui-

vre. Vous chercherez à sau-

vegarder votre indépendan-

ce. Certaines informations in-

signifiantes provenant de dif-

férentes sources peuvent

vous contrarier, ce qui vous

fait avancer vers la vérité.

Cancer

( 22/06 - 22/07 )

Vous allez pouvoir

passer un agréable

moment en bonne compa-

gnie. Le rapprochement de

quelqu'un que vous avez con-

nu autrefois pourrait se fai-

re par l'entremise d'un étran-

ger. Votre entourage sera tou-

ché par vos bonnes dispo-

sitions d'esprit, on vous re-

mercie.

Lion

( 23/07 - 23/08 )

Les choses sem-

blent très bien

s'arranger car il

n'y a plus de raison de vous

inquiéter plus qu'il ne faut,

Vous sentirez revenir une

forme absolue, Ne vous

laissez pas abattre à la pre-

mière occasion, Retrouvez

certaines certitudes, cela

vous ferait le plus grand

bien.

Vierge

( 24/08 - 23/09 )

Vous aimeriez

transformer les

sentiments de vos

proches parce que vous

avez l'impression que l'on

vous fuit. Votre bon cœur

vous permet souvent de ren-

dre les autres plus heureux

mais faites attention à ne pas

vous laisser envahir et à y

laisser quelques plumes.

Balance

( 24/09 - 23/10 )

Vous vous sentez

étrangement lucide

dans une situation que vous

avez l'impression d'avoir

déjà connue. Et pourtant

vous ne la connaissez pas.

Vous réagirez avec beaucoup

de doigté face à cette con-

frontation surprise. Vous

vous sentirez avide de nou-

velles sensations.

Scorpion

( 24/10 - 22/11 )

Vos relations inti-

mes avec une per-

sonne à laquelle

vous êtes sensible

n'évoluent pas comme vous

aimeriez. Faites preuve d'op-

timisme et de patience si

vous souhaitez vraiment que

vos rapports ne se trouvent

pas complètement bloqués.

Sachez concilier l'utile et

l'agréable.

Sagittaire

( 23/11 - 21/12 )

Les réactions im-

prévues de quel-

qu'un que vous es-

timez vont vous contrarier

quelque peu. Vous ne vous

formalisez pas de cette atti-

tude présomptueuse. Une

chance réelle se présentera et

vous pourrez éviter les fâ-

cheuses conséquences d'un

acte qui se révèle être anodin.

HOROSCOPE SEPTEMBRE46

Capricorne

( 22/12 - 20/01 )

Une relation très

importante pour-

rait se rapprocher

insensiblement de vous.

Vos sentiments amicaux à

son égard évolueront ce qui

vous apportera beaucoup

de réconfort. Vous verrez

ainsi comment c'est agréa-

ble de sentir la chaleur de

sentiments sincères et dé-

voués.

Verseau

( 21/01 - 19/02 )

Vos sentiments

amicaux à l'égard

d'une personne

lointaine évolueront favora-

blement ce qui vous appor-

tera beaucoup de réconfort

malgré l'éloignement. Une re-

lation très intense pourrait se

nouer assez rapidement. Vos

espoirs financiers ne seront

pas pour autant déçus.

Poisson

( 20/02 - 20/03 )

Le doute pourrait

s'immiscer entre

vous et une per-

sonne qui vous est proche.

Votre anxiété vous rend im-

patient mais vous aurez la

chance d'avoir pour vous la

clémence de ceux qui vous

entourent. Ne déchargez pas

votre mauvaise humeur sur

ceux que vous aimez.

Pub.

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