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FERNANDA FONTES SANTOS
TATHIANE DIAS PINHEIRO DE FREITAS
A importância da relação professor/aluno na formaçãoprofissional de saúde.
Artigo apresentado àdisciplina de Metodologia daPesquisa II e Orientação deArtigo Científico do Cursode Pós-Graduação lato sensu emDocência do Ensino Superiorda Universidade Salvador,turma 2012.A, como requisitoparcial para aprovação dadisciplina.Orientador (a): Profª.Mestre Geisa Arlete do CarmoSantos.
2
SALVADOR2013
Sumário
Resumo
03
Abstract
04
Introdução
05
A relação professor/aluno no processo ensino aprendizagem
06
A formação do profissional de saúde
08
Professor, aluno e paciente
11
Considerações Finais
12
Referências
14
3
Resumo
Durante a formação do profissional de saúde, percebeu-se
que a influencia das relações professo/aluno e de todo
contexto vivenciado dentro e fora das universidades pode
refletir diretamente no processo de ensino e aprendizagem. Com
base no caráter humanístico e nas relações interpessoais tidas
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durante toda a vida acadêmica, o professor surgiu como elo
principal, na formação do individuo consciente de sua função
na sociedade. Ele torna-se intercessor, e seu aprendizado se
renova juntamente com o do aluno. O presente trabalho tratou
de uma revisão de literatura e teve como objetivo pesquisar a
importância da relação professor/aluno no processo da formação
profissional de saúde e como esse vínculo reflete, na ação do
ensino-aprendizagem e relações interpessoais. O professor
converteu-se em um elemento incentivador, orientador e
mediador da aprendizagem, mas esse novo ensinar se fez de
forma ativa, no qual o aluno, através das trocas de
experiências, vira elemento da ação e não fica passivo, ele
contribui tanto para aprender, quanto para ensinar. A partir
da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, o
docente da adaptou-se a uma nova forma de pensar e agir
durante a construção de suas praticas pedagógicas. A
humanização estabelece a associação coesa e saudável entre
docente e discente, baseada em equilíbrio e respeito, onde
passa a fazer parte de um cenário que até então inexistia.
Dessa forma, se fez reflexo na ligação com o paciente. Esse
modelo de relação aproximou professores, alunos e pacientes em
uma relação jamais vivenciada antes, mas a pesar de elucidar o
quão importante é as relações entre professores e alunos,
ainda se faz necessário mais estudos sobre essas associações
no âmbito das instituições de ensino superior nas áreas de
saúde.
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Palavras-chave: Humanização, Saúde, Professor/aluno, Ensino,
Aprendizagem.
Abstract
During training of health professionals, it was found that
the influence of the relationships professor / college student
and every situation experienced within and outside the
universities can directly reflect the process of teaching and
learning. Based on humanistic character and interpersonal
relationships taken throughout the academic life, the
professor emerged as the main link in the formation of the
individual aware of his role in society. He becomes an
intercessor, and their learning is renewed with the college
student. This study dealt with a literature review and aimed
to research the importance of the professor / college student
relationship in the process of training health and how this
bond reflects the action of teaching- learning and
interpersonal relationships. The professor became an element
motivator, counselor and mediator of learning, but this new
teaching is done actively, in which the college student,
through the exchange of experiences, and flips the action
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element is not passive, it contributes to both learn how to
teach. After the implementation of the Unified Health System
(SUS) in Brazil, the professor has adapted to a new way of
thinking and acting during the construction of their
pedagogical practices. Humanization establishes a cohesive and
healthy association between professor and college students,
based on balance and respect, which becomes part of a scenario
that previously did not exist. Thus, reflection is made in
every connection with the patient, since the day practice
humanistic signed up. This model came about professor ,
college students and patients in a relationship ever
experienced before, but in spite of elucidating how important
is the relationship between professor and college students ,
it is still necessary more studies on these associations in
the context of universities in health.
Keywords: Humanization, Health, Teaher/student; Teaching;
Learning.
Introdução
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Recentemente o papel do professor deixa de ser
protagonista e passa a ser parte de um todo que chamamos
ambiente de aprendizagem. O docente desempenha a função de
mediador do conhecimento, não mais de detentor do mesmo. E
nesse contexto a forma em que a relação professor/aluno se
produz refletirá em todo seu processo de formação
profissional.
É de fundamental importância o relacionamento amistoso
entre as partes. Uma relação com menos conflitos, baseada no
dialogo e respeito, faz com que se tenha um maior
aproveitamento das aulas e a troca do conhecimento se dá de
forma mutua. O aluno aprende com o professor, e o professor
aprende com o aluno.
Segundo Rangel:“Quanto à finalidade do conhecimento, que se ensina eproduz no processo de formação educacional dosprofissionais da saúde, observa-se a sua proposta,essencialmente humanizante, tanto na perspectiva de suaaplicação social, no interesse da qualidade de vida,como na perspectiva dos valores humanizantes que irãoorientar a prática desses profissionais.” (2009, p. 61).
Na pedagogia geral os protagonistas do processo ensino
aprendizagem são professores e alunos. Já na pedagogia voltada
para área de saúde, estabelece um tripé de relações -
professor, aluno e paciente – para efetivar o aprendizado. O
papel desse professor ultrapassa o limite da formação
cientifica e firma-se também em sensibilizar o aluno para lhe
dar com seres humanos que padecem de um sofrimento físico e
emocional.
Freire diz:
8
“Que me seja perdoada a reiteração, mas é precisoenfatizar, mais uma vez: ensinar não é transferir ainteligência do objeto ao educando, mas instiga-lo nosentido de que, como sujeito cognoscente, se torne capazde inteligir e comunicar o inteligido. É neste sentidoque se impõe a mimescutar o educando em suas dúvidas, emseus receios, em sua incompetência provisória. E aoescutá-lo, aprendo a falar com ele.” (2007, p.119).
Cardoso e Figueredo apresentam o seguinte pensamento:“A universidade deve ser concebida como um lugar deinvestigação, pelo funcionamento de pesquisas, pelaformação do intelectual em parceria com a práxiseducacional da produção do conhecimento. Os docentes sãoos responsáveis diretos em estimular e criaroportunidades, a fim de que a produção do conhecimentono ensino superior seja mais autentica, inovadora erenovadora das práticas existentes de ensino.” (2013, p.61).
A busca pela melhoria da qualidade do ensino acadêmico é
um tema comum às universidades. E o relacionamento entre
professores e alunos é fator determinante para solução dessa
problemática. Essa analogia deve-se dar em um meio que exista
respeito mútuo, harmonia e solidariedade, por que nenhuma
aprendizagem se solidifica em atmosfera hostil.
Assim, este trabalho teve por objetivo geral conhecer a
importância da relação do professor com o aluno, futuro
profissional de saúde, no processo de ensino-aprendizagem,
através de uma revisão da literatura, onde buscou por textos
do período de 2007 a 2013 e estabeleceu como palavras-chave
para pesquisa: educação, saúde, relações interpessoais,
humanização, ensino e aprendizagem.
E como objetivos específicos, identificar nas pesquisas
realizadas pelos autores dos textos selecionados a possível
transformação da prática pedagógica pelo olhar mais humanizado
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dos docentes da área de saúde; analisar como as práticas
aplicadas, sobre a ótica das relações interpessoais,
influenciam no processo ensino aprendizagem; conhecer os
fatores que contribui para a humanização na prática pedagógica
e nas relações interpessoais.
A relação professor/aluno no processo ensino-aprendizagem
“Não há docência sem discência, as duas se explicam, e
seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se
reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende
ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.” (FREIRE, 2007,
p. 23).
Dessa forma o autor deixa explicito que o processo de
aprendizagem é recíproco, professor apesar de ser um possuidor
do conhecimento, estar sempre aprendendo com seus alunos.
Inserem-se num contexto único, onde a troca de informação e a
curiosidade são principais combustíveis para que a ação
aprender-ensinar se concretize.
Cavaca et.al. afirmam que:“Por outro lado, uma boa relação docente-discentedetermina um cenário propício para detecção dedeficiências pedagógicas, bem como o desenvolvimento deestratégias transformadoras criticas e contextualizadasdo processo ensino-aprendizagem, permitindo que oeducador assuma a posição de facilitador doconhecimento”. (2010, p.313).
Podemos considerar que os professores e alunos são
sujeitos de uma relação troca de aprendizagem, e a ação do
docente na sala de aula é de fundamental importância no
10
processo da formação do individuo como ser humano e no
desenvolvimento da concepção como profissional.
Cavaca, et.al. (2010) relatam que a ação do professor como
principal possuidor do conhecimento deve ceder espaço para a
atuação do educando no processo ensino-aprendizagem.
A interação é palavra-chave para que professor e aluno se
percebam como agentes de troca de conhecimentos. Na atualidade
o docente age como mediador do processo de ensino-aprendizagem
e o ambiente de sala de aula deixam de ser um local onde
somente se ouve, e passa a ser um espaço de obtenção de
valores e comportamentos, influenciando decisivamente no
processo de formação profissional do aluno.
Ventura, et.al. corroboram que:“o perfil profissional docente é cada vez mais complexo,exigindo-se que na sua práxis pedagógica reúnacompetências que evidenciem domínio tanto doconhecimento da sua disciplina como da gestão do seucurrículo e inovação na prática docente. Tal implicarefletir e investigar, integrando o conhecimentodisciplinar e pedagógico, propiciando um clima demotivação e trabalho colaborativo, potenciando umaaprendizagem de qualidade.” (2011, p.97).
“O educando deve ser considerado como um sujeito
interativo e ativo no processo de construção do conhecimento.”
(SILVA e NAVARRO, 2012, p. 96).
O professor pode ser visto como referência na vida
profissional e pessoal do aluno, isso faz com que docente
busque meios de aprimorar suas práticas pedagógicas para que
essa relação se torne cada vez mais produtiva e interessante
para ambas as partes.
Assim sendo, as relações entre docente e discente torna-se
cada vez mais fora do tecnicismo, do conhecimento engessado, e
11
se afina na interação com o meio e processos de vida de cada
personagem da sala de aula.
Ventura et. al. (2011) afirmam que atualmente os
professores se deparam com novos desafios no contexto
pedagógico, científicos e cultural. A relação com as
diversidades e distintos níveis de aprendizagens, gera uma
nova concepção de ensinar, o docente se organiza de forma que
mobilize conhecimentos e motive os estudantes para promover
aprendizagens.
Silva e Navarro (2012) consideram que o ensino é
fundamentalmente social, que o professor faz parte de um
contexto que envolve relações com outras pessoas, por tanto
ele não deve preocupar-se apenas com o conhecimento técnico, e
sim também com a formação de um individuo como cidadão. É
efetivo que o professor estimule a curiosidade no aluno,
instituía ambientes para as reflexões, emoções e confronte de
opiniões, enfim o ser humano é um misto de razão e emoção. Ser
cúmplice do educando, escutar, dialogar, transformar os
encontros em períodos de liberdade para falar, de discussão e,
entendimento com seus alunos. Para tanto, é preciso dedicação,
gostar do que se faz saber relacionar-se bem com o próximo: o
educando.
Na formação de um profissional todo legado acadêmico e de
relacionamento interpessoal que existiu entre professores e
alunos, vão fazer parte do desenvolvimento de um novo ser
social, que é um elemento de uma coletividade e por tanto
deverá refletir essas analogias na construção da cidadania.
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“A qualidade da relação professor-aluno é um aspecto
essencial para um processo ensino-aprendizagem bem-sucedido e
permite o desenvolvimento de estratégias transformadoras e
críticas do ensino.” (CAVACA, et.al., 2010, p.316).
A sociedade espera que o professor tenha zelo pela sua
profissão, pelos seus alunos e pelas relações que são
construídas em sala de aula, e que exista um compromisso
ético, uma vez que seus ensinamentos irão fazer parte da
formação humana e profissional dos seus estudantes. (CARDOSO e
FIGUEIREDO, 2013).
Sobre as relações existentes no âmbito universitário, é
possível observar que o professor continua sendo um exemplo,
uma referência, um personagem fundamental na formação do aluno
como um ser social e atuante na sua profissão.
A formação do profissional de saúde
Os princípios e valores do processo da educação atual que
tende a um contexto humanístico, reflexivo, onde o
relacionamento em sala de aula reflete as ações e pensamentos
dos alunos, sugere que o processo de formação do profissional
de saúde deva oferecer condições efetivas, para que esta
situação se estabeleça.
De acordo com Pedroso e Cunha: “Ao longo de sua história, a universidade desempenhou asfunções de depositária da cultura, agente social demanutenção da ordem, meio de adaptação às mudançassociais e, ainda, de elaboração do conhecimento e
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construção do modelo cultural da sociedade. As atuaispolíticas nacionais de saúde e educação apontam para anecessidade de mudanças nos processos de formaçãoprofissional e têm estimulado e apoiado iniciativas nosentido da ampliação da responsabilidade social dos seusegressos.” (2008, p.142).
Surge um modelo de profissional de saúde, com a
preocupação real pelo seu próximo e agora paciente. Assim faz-
se necessário uma reorientação pedagógica na formação desse
profissional. Essas mudanças buscam a construção de um novo
perfil acadêmico e profissional, com aptidões, dedicações e
conteúdos contemporâneos, harmônicos com as cobranças do
mercado de trabalho e as necessidades sociais.
Masetto (2006), citado por Cavaca et. al. descreve que:“Entretanto, essas mudanças trazem consigo a necessidadede reorientação da prática docente, o que, na maioriadas vezes, provoca ansiedade acrescida de insegurança edesconforto, gerando conflitos entre os atoresenvolvidos nesse processo de transformação. Entende-seque uma relação professor-aluno conflituosa restringe odesenvolvimento de proposições de mudanças. Já umtrabalho em conjunto entre eles facilita um processoensino aprendizagem em consonância com as propostas docurso e ressignifica a relação de hierarquia e poderpara um relacionamento de parceria e corresponsabilidadepelo processo de aprendizagem”. (2010, p. 312).
“O grande desafio é formar profissionais de saúde nas IES
– Instituições de Ensino Superior - dotados de habilidades e
competências para atuação no mercado de trabalho em seus
diversos setores.” (CAVACA et. al., 2010, p. 306).
O professor deixa de atuar com o estudante de saúde de
forma objetiva e racional e passa a interceder de maneira mais
subjetiva e emocional. Essa nova prática de mediação se
destaca pela magnitude de alcance, indo integrar o
profissional docente e discente com a sociedade em que ele
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vive. A relação professor aluno da área de saúde ultrapassa os
muros das universidades e passa ser um complexo de inter-
relação biopsicosocial.
Para Cavaca et. al.“A temática sobre a formação profissional em saúde vemassumindo um papel de extrema importância desde aimplantação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Onovo perfil profissional exigido incita a discussão domodelo formador atual, o qual busca se adequar àsdemandas da sociedade. Nesse contexto, as instituiçõesde ensino superior (IES) reavaliam seus modelos deformação e promovem iniciativas de mudançascurriculares.” (2010. p.306).
O artigo 196 da Constituição Federal (1988) citado por
Teixeira (2011) caracteriza o SUS a partir da seguinte
afirmação: “A saúde é direito de todos e dever do Estado,
garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação”.
Conforme Teixeira, “O SUS pode ser entendido, em primeiro
lugar, como uma “Política de Estado”, materialização de uma
decisão adotada pelo Congresso Nacional, em 1988, na chamada
Constituição cidadã, de considerar a Saúde como um “Direito de
Cidadania e um dever do Estado”. (2011, p. 01).
No ensino superior, principalmente no campo da saúde, as
universidades tiveram que se adaptar a esse novo sistema
(SUS), uma vez que grande parte dos estudantes formados iriam
participar desse contexto. A proposta do atendimento
humanizado começou a fazer parte da realidade da saúde no
Brasil. A humanização é mais que apenas um conteúdo de ensino,
pois também envolve aspectos complicados como as políticas
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sociais, mudanças na filosofia da formação, reformulações
curriculares, transformações nas ações profissionais no âmbito
da saúde e educação. Por tanto, incluir o ensino da
humanização como um tema a ser tratado nas universidades da
área de saúde, é uma situação desafiadora de difícil
implantação.
Para Rangel,“[...] a educação é comprometida com a saúde e que essecompromisso é humano e humanizante, porque trata decondições de qualidade de vida, é político, porque trata deconscientização sobre a saúde como direito legítimo enecessário a essa qualidade, e é didático, porque trata doato educativo de ensinar e aprender, que se estabelecena relação entre professores e alunos dos cursos deformação e entre profissionais da saúde e usuários,privilegiando-se, também, nessa relação, o sentidohumano e político do conhecimento sobre condições efatores de vida saudável, vida com bem-estar, vida com qualidade”.(2009, p.63).
No processo de formação profissional é importante perceber
os indivíduos como universos de culturas, estimasse
sentimentos e diferentes interagir com esses universos
distintos, exige educadores capazes de guiar de forma
respeitosa, democrática e acima de tudo, responsável
Professor, aluno e paciente
Os relacionamentos interpessoais acontecem em diversos
campos e indiscutivelmente tem caráter dos mais inesperados.
Sejam entre amigo, amores ou profissionais, qualquer
16
relacionamento abrange perspectivas, responsabilidades,
desilusões e conveniências. Afinal, somente pelo fato de
envolver duas ou mais pessoas já faz da situação algo
extraordinário.
Trindade e Vieira (2012) observou em seus estudos que uns
dos fatores determinantes e limitantes para uma relação
verdadeira e saudável entre aluno-paciente seriam os
relacionamentos pessoais e interpessoais.“Questões como: relações difíceis entre professor-aluno,devidas a atitudes inadequadas do docente, falta deorientação por parte do professor para lidar com aprática assistencial ao paciente, inexperiência doaluno, interferência de familiares do paciente, entreoutras, foram apontadas como fatores que mobilizaramsituações embaraçosas e constrangedoras.” (TRINDADE eVIERA, 2012, p.171).
A qualidade de um atendimento assistencial está
inteiramente integrada as particularidades das relações entre
professor, aluno e paciente. Para que o estudante da área de
saúde desempenhe a sua profissão futura com segurança e
dedicação, durante o contato com os pacientes, é de suma
importância que haja diálogo e respeito, e que o mesmo tenha a
oportunidade de uma troca aberta de opiniões, com seus colegas
e professores.
Diante dessas considerações é importante notar que essas
mudanças de comportamentos, de relacionamentos interpessoais,
refletem na forma em que o processo ensino-aprendizagem é
desenvolvido e vice-versa. O tripé – professores, alunos e
pacientes – harmonizam-se no meio em que exista o compromisso
de ambas as partes, e para que isso ocorra, todo um legado de
17
práticas pedagógicas inovadoras e humanísticas deve ser
aplicado.“As faculdades têm introduzido conteúdos humanísticos emseu currículo, para se adaptarem às recentesnecessidades, corrigir a negligência do passado emrelação ao domínio afetivo da educação e cultivar apreocupação ética, o comprometimento, a humildade esimplicidade de atitudes”. (CAVACA et. al. 2010, p.315).
Para Teixeira:“Ainda quando chega aos serviços, grande parte dapopulação não dispõe de condições educacionais eculturais que facilitem o diálogo com os profissionais etrabalhadores de saúde, o que se reflete, muitas vezes,na dificuldade de entendimento e de aprendizado acercado comportamento que deve adotar para se tornarcoadjuvante do processo de prevenção de riscos e derecuperação da sua saúde”. (2011, p.4).
Barreiras poderão existir entre o aluno e seu paciente, e
do ponto de vista sociocultural, a obstáculo da comunicação,
poderá ser um bloqueio para que haja harmonia no atendimento.
Por tanto, esse processo de humanização do ensino, na área de
saúde, irá propiciar um melhor relacionamento entre eles.
Levando em consideração que grande parte desses estudantes,
quando tornarem-se profissionais, compartilha do atendimento
pelo SUS, é importante que o mesmo tenha a consciência dessa
barreira e ponha em prática os princípios humanísticos
vivenciado durante o processo da sua formação profissional.
Como retrata o pensamento de Rangel:“Assim, formar profissionais e pesquisadores com esseentendimento mais amplo da saúde, recorrente ao conceitode bem-estar, seus fatores e circunstâncias, constituium dos aspectos relevantes do plano político, de suavisão e ação, assim como da ênfase, nesse plano, dasquestões dos direitos públicos fundamentais (entre elesa saúde), associados aos deveres do Estado em garanti-los, assegurando as condições que lhes são necessárias.E o profissional formado com a convicção das implicações
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do plano político de sua ação estará assumindo a suaprática, tanto na perspectiva de excelência, comcompetência e qualidade, como na perspectiva dereivindicar, como profissional, o seu direito àscondições e recursos necessários a essa qualidade.”(2009, p.62).
Logo, a didática e a prática pedagógica do docente
influenciará no aprendizado do aluno, onde este aplicará esse
conhecimento em suas relações com os pacientes e vivencias
pessoais.
Considerações Finais
Através das exposições realizadas neste artigo de revisão
de literatura, notou-se que sobre o processo de ensino-
aprendizagem permeiam ações que atuam direta e indiretamente
na qualidade da compreensão dos contextos didáticos. O
professor passa a fazer parte do conjunto como um mediador e
se apresenta num cenário em que o conhecimento surge de
maneira bilateral. Ou seja, o aluno e o professor vivem uma
relação de mutualismo de aprendizagem, e essa afinidade se
mostra como a principal referência da assimilação dos
conteúdos, assim como o aperfeiçoamento das relações
interpessoais. No âmbito da área de saúde, quando existe a
harmonia desse elo, proporciona a afinidade entre o professor,
aluno e paciente. Essa tríade passa a associar-se de maneira
mais humanizada.
Diante do contexto é indiscutível que o bom relacionamento
entre professo/aluno bem como, o diálogo e a humanização nas
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praticas pedagógicas voltada para a formação do profissional
de saúde, é determinante de modo positivo no processo de
construção do conhecimento e da idealização de um individuo
atuante dentro da sociedade. Entretanto, se faz necessário,
mais pesquisas que relatem as eficácias dessas considerações e
evidenciem as atuações educacionais dos docentes nos cursos de
saúde das instituições de ensino superiores.
20
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