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Delfina Silva 10-03-2009 Técnico de Cozinha e Pastelaria Núcleo Gerador: PRA Viagem aos Açores O Avião; A sensação ao levantar voo; Informações a bordo; Como correu a viajem; A aterragem no aeroporto da Horta; Visita ao “Peter’s”; A travessia de barco até à Madalena; A ilha, os habitantes, a casa, como fui recebida; Tudo o que visitei; Do que serviu. A minha primeira viagem de avião foi no dia 11de Agosto de 2002, aos Açores, quando o meu marido trabalhava na construção das novas casas, após o tremor de terra que ocorreu em 9 de Junho de 1998, às 5h:19min da madrugada. Um sismo de magnitude 5,6 na escala de Richter na ilha do Pico, nos Açores. Fui com a minha filha mais nova lá passar férias, e como o meu marido tinha lá casa, ficou bastante económico. Seguidamente vou contar como foi esta viagem, que para mim foi também a realização de um sonho.

Viagem Aos Açores

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Delfina Silva 10-03-2009

Técnico de Cozinha e Pastelaria

Núcleo Gerador: PRA

Viagem aos Açores

� O Avião;

� A sensação ao levantar voo;

� Informações a bordo;

� Como correu a viajem;

� A aterragem no aeroporto da Horta;

� Visita ao “Peter’s”;

� A travessia de barco até à Madalena;

� A ilha, os habitantes, a casa, como fui recebida;

� Tudo o que visitei;

� Do que serviu.

A minha primeira viagem de avião foi no dia 11de Agosto de 2002, aos Açores,

quando o meu marido trabalhava na

construção das novas casas, após o tremor de

terra que ocorreu em 9 de Junho de 1998, às

5h:19min da madrugada. Um sismo de

magnitude 5,6 na escala de Richter na ilha do

Pico, nos Açores.

Fui com a minha filha mais nova lá passar férias, e como o meu marido tinha lá

casa, ficou bastante económico. Seguidamente vou contar como foi esta viagem, que

para mim foi também a realização de um sonho.

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Começou no Aeroporto SÁ CARNEIRO, no PORTO. Cheguei uma hora mais cedo

para fazer o check in. Entrei na porta de embarque nº6, no voo T. p. 1557, às 7.35h da

manhã. O avião era um Boeing 637, da TAP.

Quando entrei fui informada, pelas hospedeiras, onde ficava o lugar nº33, que

era o meu. Todos os passageiros foram aconselhados a desligar o telemóvel, a colocar

os cintos de segurança, explicaram como se deve colocar o colete salva vidas e como o

abrir em caso de emergência, quais eram e onde ficavam as saídas de emergência.

A sensação que senti foi assim uma mistura de prazer e medo. Já no decorrer

da viagem fomos informados da altitude a que viajávamos, e do tempo que

demoraríamos a chegar a Lisboa, porque o avião fazia lá escala e tínhamos que mudar

para outro avião.

Já no Aeroporto da Portela, entrei na porta de embarque 8, no vooT.P.1843 às

10h:45min, o lugar era o 14 F, o avião aerobus com destino ao aeroporto da Horta.

Fui novamente aconselhada a colocar o cinto de segurança, a colocar o colete

salva vidas, como o abrir em caso de emergência e, onde eram as saídas de

emergência, a altitude a que voávamos e o tempo que demoraríamos a chegar ao

destino, que foi mais ou menos duas horas. A Viagem decorreu normalmente.

As vistas da janela do avião eram lindas. Viajar por cima das nuvens era uma

coisa inexplicável. Lembro-me de, já perto do destino, olhar para baixo e ver tudo

arrumadinho, parecia que todas as coisas estavam no lugar certo.

A descida no aeroporto da Horta foi um pouco atribulada porque, estava muito

vento e o aeroporto é muito pequeno, mas aterramos com segurança. Já em terra

confesso que me senti aliviada.

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Depois de sair do avião, e já com a bagagem, viajei de carro até ao Faial, ao ver

a paisagem achei que não se parecia nada com o que tinha visto, em terra afinal estava

tudo desarrumado.

Enquanto esperava que chegasse a hora

de partida do barco, visitei o famoso café “O

Peter’s”, que é um local de visita obrigatória,

mas desactualizado e sem condições para

conservar bebidas frescas, entre outras coisas.

Às 15h:45min iniciei a viagem de barco,

que se chamava o Cruzeiro do Canal e que me levou até á vila da Madalena. À medida

que me afastava da ilha do Faial ia admirando as lindas paisagens que ficavam para

trás, como a ilha do Faial e os ilhéus que ficam muito perto da vila da Madalena.

O concelho da vila da Madalena, tem uma total de área 147km2, 6,184

habitantes e 6 freguesias que são: Bandeiras, Candelária, Criação Velha, Madalena, São

Caetano e São Mateus.

A viagem de barco terminou na ilha do Pico, que fica no Oceano Atlântico e,

que se formou após erupção vulcânica juntamente com algumas das lindas lagoas.

A ilha tem uma superfície de 447 km2 e 42 km2 de comprimento por 20 km2

de largura e, de altitude 2351metros no cimo

do pico que, dá o nome à ilha onde a natureza

se conserva quase intacta, tem uma população

de 14.806 habitantes (2001), que são muito

hospitaleiros, sabem receber muito bem

principalmente quem chega do continente,

como eles dizem, mas que ainda vivem com muitas dificuldades e falta de condições

de higiene. Dedicam-se à agricultura, à criação de gado que é muito importante para o

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fabrico de queijo, manteiga, à produção de leite e outros derivados. A pesca é a

principal fonte de alimentação e antigamente era o seu único meio de sobrevivência. A

pesca da baleia e do cachalote, como um dos principais meios de sobrevivência fez

com que se criassem aqui muitos postos de trabalho.

Chegada à ilha, continuei de carro até à freguesia da Criação Velha, local onde

ficava a casa em que vivia o meu marido. Nessa

freguesia viviam as pessoas para quem

estavam a construir novas casas, e que se

tornaram grandes amigos. Convidaram-nos

várias vezes para almoçar e jantar em casa

deles. Ficamos amigos e já nos vieram visitar

uma vez ao continente.

Fiquei aí 15 dias, visitei o museu dos baleeiros, que fica na vila das Lajes, onde

estão expostos utensílios que antigamente eram usados na pesca do cachalote, entre

outros. Neste museu é proibido tirar fotografias.

Visitei aldeias, assisti a ensaios das

bandas filarmónicas, que existem em quase todas

elas e que fazem parte da cultura local. Visitei

também igrejas, capelas, percorri toda a ilha que

conserva pastagens e paisagens lindas.

Fiquei a saber que os maroiços são

construções de pedra vulcânica, onde se planta o

famoso vinho verdelho, que os habitantes

chamam de vinho dos Czares e que são

“PATRIMONIO MUNDIAL DA HUMANIDADE”. No

meio desses maroiços existem também adegas,

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onde à sexta-feira à noite os homens se reúnem para beberem e falarem das suas

conquistas. Há aldeias onde já é permitido às mulheres entrar nas adegas mas são

muito poucas, “adega é assunto de homens”.

Visitei também monumentos, casas de artesanato onde é usado o osso de

baleia para fazerem todo o tipo de objectos.

Para além de descansar e de passar alguns dias com o meu marido e a minha

filha mais nova, longe dos problemas do dia-a-dia e do stress. Fiz alguns amigos,

aprendi sobre a cultura e tradições locais.