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Faculdade Santo Agostinho – FSACoordenação de EnfermagemDisciplina: Semiologia e SemiotécnicaProfessora: Enóia DantasTurma: 15M3A
EXAME FÍSICO DO ABDOME COM ÊNFASE NO
SISTEMA DIGESTÓRIO
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ACADÊMICAS
ALANAANA FLÁVIA FERREIRA BASTOS
ANA KARLA DE ARAÚJO RODRIGUESCÁSSIA DE SANTANA FERNANDES
DANIELA DIASJOICE DE OLIVEIRA PEREIRA
LAIANNY NASCIMENTO BEZERRAMARIA DE AQUINO VIEIRA
SÂMIA VANESSA CARVALHO LIMA
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SUMÁRIO INTRODUÇÃO
INSPEÇÃO
AUSCUTA
PERCUSSÃO
PALPAÇÃO
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
BIBLIOGRAFIA
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INTRODUÇÃO A entrevista antes da realização do exame do abdome
apresenta-se de suma importância, com o objetivo defazer a coleta de dados.
Inicialmente, deve-se realizar o planejamento doexame físico, preparando o ambiente, o material e opaciente.
O abdome é a região do tronco compreendida entre odiafragma, músculo que o separa do tórax, e a pelve.
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PLANEJAMENTO DO EXAME FÍSICO• A execução do exame do abdome deve ser precedida do
planejamento das condições ideais, de modo a garantir oconforto e a segurança do paciente
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ENTREVISTA Ela inclui questões sobre hábitos relacionados ao funcionamento
do trato digestório e sobre os sinais e sintomas a seremrelacionados, como hábito alimentar, alteração de peso,sialorreria e ptialismo, soluço, disfagia, azia, náuseas, vômitos,eructação, dor ou antecedentes pessoais e familiares.
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Para a realização do exame físico é necessário dividir o abdomepara facilitar a descrição e a localização dos órgãos e pontos dereferência relativos à dor ou presença de massa. São utilizadosdois métodos: a divisão em quatro quadrantes e a divisão em noveregiões.
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EXAMINANDO O ABDOME
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A situação dos órgãos abdominais em relação aos quadrantes:
INSPEÇÃO
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“Para um exame sistematizado do abdome utilizam-se as técnicas propedêuticas,obedecendo a sequência: inspeção, ausculta, percussão e palpação”.
Inspeção: o abdome deve-se manter-se liso e simétrico nainspiração.
Classificações quanto a forma:plano; arredondado; protuberante;
em avental;
escavado.
INSPEÇÃO
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Observação da cicatriz umbilical:
NORMAL: centralizada e invertida.
ANORMALIDADES: plana, evertida, hérnias.
Herniações: é a protrusão de um órgão ou parte dele através de umorifício natural ou adquirido. No caso das hérnias abdominais, elageralmente aparecem quando o portador tenta levantar um peso, tossir oufazer qualquer outra tarefa que aumente a pressão abdominal.
INSPEÇÃO
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Observa-se também: A presença de cicatrizes;
Abaulamentos,
Coloração;
Manchas;
Trajetos venosos dilatados;
Estrias;
Turgescências cutânea (teste da pinça);
movimentos peristálticos e pulsação da aorta (pessoas magras).
OBS: ao registrar anormalidades no abdome deve-se associá- las àregião encontrada.
Ex: herniação na região inguinal esquerda ou dor na região doquadrante superior direito.
AUSCULTA
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Avaliação dos ruídos intestinais que ocorremem consequência dos movimentosperistálticos e do deslocamento de ar elíquidos ao longo dos intestinos (ruídoshidroaéreos).
Utilizando um estetoscópio, inicia-se peloquadrante inferior direito seguindo nosentido horário.
Tipos de ruídos quanto a intensidade:•Hipoativos: distúrbios eletrolíticos, pós-operatório de cirurgias abdominal, íleo paralítico, peritonite, isquemia do colo, obstrução intestinal avançada, podendo estar inaudíveis. •Hiperativos:ruídos altos, sonoros, em gargarejos ou tinidos, que refletem hipermotilidade e acompanham quadros de diarréia.BORBORIGMO: peristaltismo prolongado e intenso (ronco audível).
PERCUSSÃO
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Auxilia na determinação do tamanho e da localização de víscerassólidas e na avaliação da presença de distribuição de gases,líquidos e massas.
Inicia-se pelo quadrante inferior direito, seguindo no sentidohorário.
Percussão direta É realizada utilizando-se as mãos ou os dedos afim de estimular
diretamente a parede abdominal por meio de tapas.
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Percussão indireta Coloca-se a mão não-dominante estendida sobre o abdome e com
o dedo médio da mão dominante flexionado e usado como sefosse um martelo, percute-se o dedo da outra mão.
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PERCUSSÃO
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TIPOS DE SONS:
Timpânicos
Hipertimpânicos
Maciços
Submaciços
Em geral predominam os sons timpânicos, definidos como sonsclaros e de timbre baixo.
O grau de timpanismo depende da quantidade de ar e da distensãodos órgãos (estômago vazio e intestinos).
Sobre órgãos sólidos, como fígado e baço ou vísceras preenchidaspor líquidos ou fezes, são percebidos sons breves, com timbre altode macicez e submacicez.
ATENÇÃO: abdome distentido- som hipertimpânico difuso-possibilidade de obstrução intestinal.
Áreas extensas de macicez- possibilidade de órgãos aumentados.
PALPAÇÃO
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Auxiliam na determinação do tamanho, da forma, da posição e dasensibilidade da maioria dos órgãos abdominais, bem comoidentificação de massas e acúmulo de fluidos.
ATENÇÃO> Palpar no sentido horário, porém reservar para o finaláreas previamente mencionadas pelo paciente como dolorosas ousensíveis.
PALPAÇÃO SUPERFICIAL: inicia-se mantendo-se os dedos de umadas mãos estendidos, fechados entre si, e com a palma da mão e oantebraço em plano horizontal; pressiona-se de forma delicada asuperfície abdominal, com movimentos suaves.
Observa-se massas ou órgãos superficiais, áreas de sensibilidadedolorosa e contratura muscular reflexa.
PALPAÇÃO
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PALPAÇÃO PROFUNDA: com o paciente respirando pela boca,com a mandíbula entre aberta, a parede abdominal é deprimida emprofundidade (aprox. 5cm) a cada expiração. Com maior pressãodos dedos, verifica-se tamanho, forma, consistência, localização,sensibilidades, mobilidade e pulsações de órgãos ou massa.
Atenção: em pacientes obesos a palpação profunda pode serfacilitada usando-se duas mãos, uma sobre a outra, exercendopressão.
ABDOME NORMAL: liso, de consistência macia, não tenso, nãodoloroso e sem órgãos aumentados ou massas.
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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AVALIAÇÃO DA DOR ABDOMINAL: Sinal dedescompressão brusca dolorosa (sugestiva de irritaçãoperitoneal, aplica-se com os dedos uma compressão lenta eprofunda, então, subitamente, suspender a mão).
Sinal de McBurney: ponto médio entre a cicatriz umbilical e acrista ilíaca direita ( apendicite aguda).
Sinal de Rosving: palpação do quadrante inferior esquerdo,provocando dor no quadrante inferior direito. (apendicite aguda).
Sinal de Murphy: quadrante superior direito (colecistite aguda).
Sinal de Jobert: percussão na linha axilar média sobre a áreahepática produz sons timpânicos, em vez de maciços. (perfuraçãode víscera oca)
Exame do fígado e do baço: localizados quase sobre as costelas,aplica-se a técnica da palpação bimanual ou mão em garra.
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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Ascite: acúmulo de fluidos na cavidade peritoneal, em geral devidoa doença hepática avançada, insuficiência cardíaca, pancreatite oucâncer, determinando um abdome proeminente, com aumento nacircunferência abdominal e submacicez à percussão dos flancos.
EXAMINANDO O RETO E O ÂNUS
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Últimos segmentos do aparelho gastrintestinal,responsáveis pela contenção e eliminação.
No homem, tem relação com a glândula prostática.
Apesar do constrangimento o exame deve serrealizado em pacientes acima de 40 anos ou quandoo paciente referir algum sinal relacionado a essessegmentos.
POSIÇÕES: É realizado a inspeção e a palpação, emdecúbito lateral esquerdo, com flexão de quadris ejoelhos.
EXAME DO RETO E ÂNUS
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INSPEÇÃO: com as mão enluvadas afastar as nádegas.
A pele perianal tende a ser mais escurecida, procura-se edemas,ulcerações, hemorróidas, abscessos, fissuras,, fístulas, prolapsos oudeformações.
PALPAÇÃO: com as mãos enluvadas e lubrificadas.
Procura-se formações tumorais e hipersensibilidade, utilizando luvas,deve- se lubrificar o dedo indicador da mão direita, e comunicando aopaciente, introduzi-lo delicadamente no canal anal, alcançando o reto epossibilitando a realização do toque.
Verifica-se a presença de áreas endurecidas, nódulos e impactaçãofecal. No homem, por meio da palpação da parede anterior, é possíveltocar a próstata, avaliando tamanho, consistência, presença denódulos e sensibilidade dolorosa.
Ao término do exame, o examinador retira o dedo delicadamente everifica a ponta da luva, avaliando resíduos fecais, pesquisandopresença de muco, sangue e pus.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Ao finalizar a realização do exame físico referente aoaparelho digestório, o enfermeiro precisa considerarque nenhum dado seja avaliado isoladamente, mas emcorrelação com outros achados do mesmo aparelho edos demais, considerando ainda os dados obtidos naentrevista e nos exames de diagnósticos laboratoriais ede imagem.
Assim, a interpretação correta poderá fornecersubsídios para um julgamento clínico apropriado, sendorealizada intervenções de enfermagemindividualizadas.
BIBLIOGRAFIA
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Exame físico do Abdome. Disponível em<http://www.enfermagemesaude.com.br/guiaenfermagem/4304/exame-fisico-do-abdome>.Acesso em: 28/ 03/ 2013.
BARROS, A. L. B. L de, Anamnese e exame físico: avaliaçãodiagnóstica de enfermagem no adulto, Porto Alegre, Ed. Artmed,2ª edição, 2010, p.235-253.
JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde, Rio de Janeiro, Ed.Elsevier, 2012.
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