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Centro de Filosofia e Ciências Humanas Departamento de História
A EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS
NO SUDOESTE AFRICANO (1889-1914)
Autora: Graduanda Ana Carolina Schveitzer - UFSC (carol_schveitzer@hotmail.com)
Orientador: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa – UFSC (silvio.correa@cnpq.pq.br)
O presente trabalho faz parte do projeto de pesquisa intitulado “O
mundo atlântico e a colonização alemã (1884-1919) ” , sob
coordenação do historiador Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC).
Entre 1889 e 1914 o sudoeste africano, atual Namíbia, foi uma das
colônias alemãs na África. Na costa do sudoeste africano, a
exploração dos recursos naturais foi a principal atividade econômica.
Destacavam-se a extração de minérios como cobre, diamante,
fósforo e mármore. No litoral e na parte insular da colônia alemã do
sudoeste africano, além da extração do guano, praticava-se a pesca e
a caça a baleias e leões marinhos.
Entre as fontes da pesquisa, destacam-se aquelas hemerográficas,
como os jornais Windhoeker Anzeiger, Swakopmunder Zeitung e
Lüderitzbuchter Zeitung, do banco de dados African Newspapers,
adquirido pela Biblioteca da UFSC em 2010.
A partir de 1908, a
exploração do diamante no
deserto do litoral do
sudoeste africano provocou
uma “febre” na colônia.
Assim como nas atividades
de pesca, caça e coleta, a
mão de obra na mineração
era africana em sua maior
parte, inclusive de outras
colônias alemãs e também
da Cidade do Cabo.
Da fauna marinha, havia grande interesse econômico pelas peles de
leões marinhos, principalmente dos filhotes. O guano também foi
explorado economicamente durante o colonialismo alemão. Formado
em sua maior parte pelos excrementos da avifauna do litoral
marítimo, o guano era utilizado como fertilizante. No entanto, a caça
aos leões marinhos afugentava as aves, o que causava conflito entre
os exploradores dos recursos naturais naquelas ilhas onde leões
marinhos, pinguins e outros animais conviviam.
A relação entre as atividades de coleta, pesca e
caça provocaram alguma discussão na imprensa
colonial, pois alguns desses recursos marítimos
eram disputados por empresas ingleses e suecas.
Durante o colonialismo alemão, sociedades de
capital privado foram criadas na Alemanha para
explorar os recursos naturais do sudoeste
africano como mármore, diamante, guano, etc.
Alguns também eram utilizados na própria
colônia, como o guano que foi muito usado nas
fazendas dos alemães e bôeres.
© National Archives of Namibia
Koloniales Bildarchiv Universitätsbibliothek Frankfurt
National Archives of Namibia
Fontes hemerográficas
Windhoeker Anzeiger (1898-1901)
Swakopmunder Zeitung (1901-1914)
Deutsch-Südwestafrikanische Zeitung (1901-1907)
Lüderitzbuchter Zeitung (1909-1920)
CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico
© National Archives of Namibia
Em 1912, havia duas companhias baleeiras em atividade no
sudoeste africano. Uma delas possuía capital inglês e tinha
sede na Cidade do Cabo. A outra companhia possuía capital
alemão e sua sede era em Hamburgo. No jornal Deutsch-
Südwestafrikanische Zeitung, uma matéria publicada em 9 de
maio de 1911, destacou o benefício econômico da indústria
baleeira para a Alemanha e para o desenvolvimento da colônia.
Mas a maior parte da exploração econômica da colônia alemã
do sudoeste africano se fazia com recursos não renováveis.
Em Karibib, na parte setentrional da colônia alemã do sudoeste
africano, havia uma importante jazida de mármore. Toneladas de
blocos eram exportados anualmente do porto de Swakopmund para o
de Hamburgo.
© Koloniales Bildarchiv Universitätsbibliothek Frankfurt
© Koloniales Bildarchiv Universitätsbibliothek Frankfurt
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