5ª apresentação do 5º horti serra gaúcha 23 5-2013

Preview:

Citation preview

Cultura da Pera: Tecnologias de Produção

Msc. Bruno Dalazen Machado Prof. Instituto Federal – Câmpus Urupema

Doutorando em Produção Vegetal CAV-UDESC

La Coltura Del Pero – Ferrara 2008 – Leo Rufato LR 2

Montevidéu

VI Regione

V Regione

IV Regione

VII Regione

VIII Regione

Neuquen

Rio Negro

Mendoza

Santa Catarina

Rio Grande do Sul

Paraná

São Paulo

• Produção – 20.532 t

–Área colhida – 1.750 ha (FAOSTAT 2011)

–Produtividade – 11.733 kg/ha (FAOSTAT 2011)

»Importação

Argentina 82% Portugal 7%

EUA 7% Chile 1%

Uruguay 1% Espanha 1%

• Consumo - 210.000 t

Pera no Brasil

Importância Econômica

QUANTIDADE IMPORTADA PELO BRASIL

ALICEWEB, 2011

Comparartivo das Importações Brasileiras de Frutas frescas - 2010/2009

IBRAF, 2013

Valor (%) Volume (%) Valor (US$ FOB) Volume (Kg) Valor (US$ FOB) Volume (Kg)

Peras 20,16 17,28 161.974.250 189.840.528 134.796.557 161.874.729

Maçãs 30,01 25,33 60.046.723 76.879.090 46.187.228 61.343.068

Uvas 66,26 32,84 30.074.860 24.794.695 21.697.296 18.665.476

Ameixas 13,27 -8,96 32.417.159 24.278.543 28.467.364 26.667.739

Kiwis 42 28,29 21.867.849 20.596.664 15.400.335 16.054.765

Pêssegos 33,01 12,39 13.322.481 11.074.033 10.016.368 9.853.008

Nectarinas 35,34 20 13.221.893 10.421.857 9.769.121 8.684.650

Laranjas 183,37 229,09 4.841.635 6.002.603 1.708.565 1.824.017

Cerejas 8,55 42,97 14.839.209 3.490.792 13.669.940 2.441.619

Tangerinas 138,15 146,33 2.960.118 3.438.598 1.242.960 1.395.929

Limões* 75,18 35,9 1.315.342 1.247.616 750.836 918.021

Outras Frutas** 99,81 122,99 1.722.810 831.792 862.231 373.015

Pomelos 2,02 -2,57 303.989 313.447 297.974 321.712

Damascos -31,01 -24,53 462.142 259.685 669.859 344.081

Cocos - - 274.518 231.000 0 0

Morangos 1020,24 1051,43 544.894 97.261 48.632 8.447

Airelas e Mirtilos 161,73 94,4 572.164 63.147 218.610 32.483

Marmelos -36,48 -50,03 39.064 44.271 61.501 88.592

Abacaxis 124,36 172,12 99.713 36.900 44.443 13.560

Melões 155,7 -52,46 83.716 28.200 32.740 59.320

Tâmaras -20,66 -28,03 174.562 19.816 220.025 27.535

Framboesas/Amoras 118,4 87,86 230.687 19.105 105.624 10.170

Figos - - 43.704 11.760 0 0

Bananas 43,69 44,41 23.698 4.985 16.493 3.452

Mangas 338,86 331,19 20.161 4.700 4.594 1.090

Papaias - - 6.459 2.400 0 0

Goiabas 2,09 66,67 6.160 2.000 6.034 1.200

Abacates - - 1.947 1.820 0 0

Total 28,36 20,27 367.491.907 374.037.298 286.295.330 311.007.678

20092010Frutas

Variação 2010/2009

Produção Brasileira de Pera por Estado

IBGE 2009

Adaptado: Bruno Dalazen Machado

Estado Área plantada

(ha)

Área colhida

(ha)

Quantidade produzida

(t)

Rendimento médio (kg/ha)

Valor da produção (R$1000)

Rio Grande do Sul 882 880 8431 9.580 10.451

Paraná 254 254 3667 14.437 3.944

Santa Catarina 44 36 376 10.444 734

São Paulo 123 123 1.541 12.528 1.964

Minas Gerais 101 101 841 8.326 1.224

•Pequena escala de produção que dificulta o

escoamento comercial regular;

•Baixa qualidade da pera nacional em relação às

importadas;

Dificuldades encontradas na

cultura:

•Falta de cultivares copa e porta-enxertos adequados

para as condições de clima específicas das regiões

produtoras brasileiras;

La Coltura Del Pero – Ferrara 2008 – Leo Rufato LR 8

La Coltura Del Pero – Ferrara 2008 – Leo Rufato LR 9

Qualidade!!!!!

La Coltura Del Pero – Ferrara 2008 – Leo Rufato LR 10

Porta enxerto de pereiras

• Controlar o Vigor;

• Boa afinidade com a cultivar copa;

• Rápida entrada em produção;

• Boa produtividade;

• Facilidade de propagação;

Principais porta enxertos para pereiras

*Ananizantes Cydonia Oblonga MC

Adams

Sydo

*Médio Vigor Cydonia Oblonga MA

Ba29

Cts212

Pyus Communis Fox 11

Fox 16

OHxF40

OHxF69

*Vigoroso Pyrus Communis Franco

Pyrus calleryana

Pyrus betulaefolia

120

Principais porta enxertos para pereiras

Sansavini, 2007

Porta enxertos mais utilizados no Brasil

Marmelo Adams

Origem: Bélgica.

Vigor intermediário entre o ‘Marmelo EM A’ e o ‘Marmelo

MC’.

Induz frutificação precoce, possui sistema radicular

superficial, exige terreno fértil e bem drenado.

Adaptado a variedades

vigorosas como Decana del Comizio.

Marmelo EMA

Origem: Inglaterra, Estação Experimental East Malling.

Confere vigor médio a baixo,

semelhante ao Sydo®.

Induz alta eficiência produtiva, mas é menos precoce que o

‘Marmelo MC’. É incompatível com as

variedades Williams e Bosc.

Porta enxertos mais utilizados no Brasil

Marmelo EMC

Origem: Inglaterra, Estação Experimental East Malling.

É o clone de marmeleiro mais

ananizante, permite densidades de 3.000 a 7.000 plantas ha-1. É muito exigente no manejo da adubação e da

irrigação para manter sua eficiência produtiva.

É incompatível com as variedades Williams e Bosc.

Porta enxertos mais utilizados no Brasil

Marmelo BA 29

Origem: França, Estação Experimental de Angers

(INRA).

É o clone de marmeleiro utilizado comercialemente

que induz maior vigor.

Indicado para solos pobres e variedades precoces.

Porta enxertos mais utilizados no Brasil

Incompatibilidade de

Enxertia

Necrose

Fraco vigor (EMC): 0,10 m.

Fraco a médio vigor (EMA; Sydo): 0,20 m.

Médio vigor (BA29): 0,25 - 0,30 m.

Altura de Enxertia - Solo

FRANQUEAMENTO

PRUNASINA

Temporões

LUZ, 2012

LUZ, 2012

Prováveis Causas

EPAGRI, 2010

IRRIGAÇÃO

Cultivares

Packham’s Triumph

Origem: Austrália, 1890.

Possui epiderme de cor esverdeada e tem boas

características organolépticas.

Boa capacidade de armazenamento.

Quando combinada com porta-enxertos vigorosos apresenta inconstância

de produção.

Principais variedades de pereiras europeias

William’s

Origem: Inglaterra, 1700.

Também conhecida como William’s Bon Chrétien ou Bartlett.

Variedade mais consumida no

Brasil, com características organolépticas apreciadas no

mundo todo.

É incompatível com marmelo e seu ponto de colheita é difícil

de determinar.

Abbè Fetel (Abate Fetel)

Origem: França, 1869.

Variedade mais cultivada na Itália e possui a maior cotação no mercado.

Possui polpa amanteigada,

consistente e suculenta.

Quando adequadamente conservada pode ser mantida por 7 meses em

frigoconservação.

Rocha

Origem: Portugal, 1860.

Variedade surgiu casualmente, por semente na “Fazenda do Rocha”,

propriedade de Pedro Antonio Rocha.

Corresponde a 10% do volume de peras importadas pelo Brasil. Tem grande aceitação nos mercados de

São Paulo e Curitiba. Tem cor verde com

russeting liso na região do pedúnculo.

Santa Maria

Origem: Itália, 1951.

Surgiu do cruzamento da William’s x Coscia, obtida por

Morettini.

Tem-se mostrada muito adaptada ao clima da região

sul do Brasil.

Kieffer

Origem: EUA, 1863.

Híbrido espontâneo de Pyrus Serotina e P. communis.

Altamente produtiva (80 ton ha-1).

Fator limitante, baixa qualidade organoléptica.

CASCATENSE

Origem: Embrapa Clima Temperado.

Packham’s Triumph x Le Conte.

Altamente produtiva (60 ton ha-1).

Colheita janeiro.

PRODUTIVIDADE (Kg ha-1)

Urupema 4 x 1 m (1o ano)

Urupema 4 x 1 m (2o ano)

27.520 a

Santa Maria

Adams

6.891,8 a

Packham’s

Adams

PRODUTIVIDADE (Kg ha-1)

Urupema 4 x 0,3 m (1o ano)

Urupema 4 x 0,3 m (2o ano)

19.727,3 a

Santa Maria

Adams Packham’s

EMC

8.486 b

58.321 a 26.100 b

Santa Maria

Adams

Rocha

EMC

• 5 pétalas;

• 5 sépalas;

• 20 estames;

• 5 estigmas.

• Entomófila (insetos)

• Anemófila (vento)

Polinização

Baixas produtividades ???

EM BLOCOS:

PPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPP

PPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPP

CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC

CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC

CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC

CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC

PPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPP

PPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPP

P – Polinizadoras

C - Comercial

FORMAS DE PLANTIO DAS POLINIZADORAS:

FORMAS DE PLANTIO DAS POLINIZADORAS:

INTERCALADO:

XXAXXXXXXXXAXXXXXXXAXXXXXXXXXAXXXXXXXAXXXXX

XXXXXXBXXXXXXXXBXXXXXXXXBXXXXXXXXBXXXXXXXXB

AXXXXXXXXAXXXXXXXXAXXXXXXXXAXXXXXXXXAXXXXXXX

XXXBXXXXXXXXBXXXXXXXXBXXXXXXXXBXXXXXXXXBXXX

A = POLIZADORA A B = POLINIZADORA B

CULTIVAR POLINIZADORA = VALOR COMERCIAL ??

• Desenvolvimento do fruto sem que haja fecundação;

• Fitorreguladores

Partenocarpia

Figura 1 – Efeito dos fitorreguladores: 1 – Promalina® (3 x 0,33 ml L-1) 30 % flores abertas + plena florada + queda de pétalas; 2 - ReTain® (2 g L-1) 15 dias após plena floração (DAPF); 3 - Viviful® (1.25 g L-1) em plena florada; 4 - Viviful® (2.5 g L-1) em plena florada; 5 - Viviful® (1.25 g L-1) 15 DAPF; 6 - Promalina® (1 ml L-1) em plena florada + ReTain® (2 g L-1) 15 DAPF; 7 - Promalina® (1 ml L-1) em plena florada + ReTain® (1 g L-1) 15 DAPF; 8 - TDZ (20 mg L-1); 9 - Promalina® (1 ml L-1) + Viviful® (1.25 g L-1); 10 – Testemunha (água) ) na produtividade estimada (ton ha-1) e no percentual de frutos com calibre superior a 60 mm, na pereira Packham’s, no município de São Joaquim, 2011. * Médias seguidas pela mesma letra maiúscula não diferem para produtividade estimada e médias seguidas pela mesma letra minúscula não diferem para % frutos > 60 mm pelo Teste de Duncan (P<0,05).

6 – Promalina (1 ml L-1) + Retain (2 g L-1)

7 - Promalina (1 ml L-1) + Retain (1 g L-1)

8- TDZ (20 mg L-1)

Figura 1 – Efeito dos fitorreguladores: 1 – Promalina® (3 x 0,33 ml L-1) 30 % flores abertas + plena florada + queda de pétalas; 2 - ReTain® (2 g L-1) 15 dias após plena floração (DAPF); 3 - Viviful® (1.25 g L-1) em plena florada; 4 - Viviful® (2.5 g L-1) em plena florada; 5 - Viviful® (1.25 g L-1) 15 DAPF; 6 - Promalina® (1 ml L-1) em plena florada + ReTain® (2 g L-1) 15 DAPF; 7 - Promalina® (1 ml L-1) em plena florada + ReTain® (1 g L-1) 15 DAPF; 8 - TDZ (20 mg L-1); 9 - Promalina® (1 ml L-1) + Viviful® (1.25 g L-1); 10 – Testemunha (água) ) na produtividade estimada (ton ha-1) e no percentual de frutos com calibre superior a 60 mm, na pereira Rocha, no município de São Joaquim, 2011. * Médias seguidas pela mesma letra maiúscula não diferem para produtividade estimada e médias seguidas pela mesma letra minúscula não diferem para % frutos > 60 mm pelo Teste de Duncan (P<0,05).

3 – Viviful (1,25 g L-1)

9 - Promalina (1 ml L-1) + Viviful (1,25 g L-1)

Frutos de Santa Maria com deformação do cálice devido à aplicação de TDZ.

Luz, 2012 Dose: 30 mg L-1

Anelamento de tronco

RESULTADOS

Intensidade de corte VC

(m3)

DTC

(mm)

CAC

(m)

PMF

(kg)

PE

(t ha-1

)

Testemunha 52,00 a 132,66a 7,93 a 0,17b 36,05b

Corte duplo 1/3 do tronco 44,15 b 120,45c 5,91 b 0,20 ab 35,35 b

Corte Simples 1/2 do tronco 46,33 ab 129,45 ab 6,10 b 0,25a 37,32b

Anelamento Simples 43,70 b 128,83 ab 5,49 b 0,20 ab 46,98 b

Anelamento Duplo 43,07 b 123,50 bc 5,3 b 0,21 ab 68,96 a

C.V. (%) 19,62 7,40 32,00 39,24 27,25

1

Volume de copa (VC), diâmetro do tronco da cv. copa (DTC), crescimento anual da copa (CAC), 1

peso médio de frutos (PMF) e produtividade estimada (PE), para as diferentes intensidades de corte 2

de tronco em plantas de pereira cv. Packham’sTriumph sobre o porta enxerto Pyrus calleryanana na 3 região do planalto catarinense, durante as safras agrícolas 2010/11 e 11/12. 4

Poda verde

Grupos de pereira segundo

o hábito de frutificação

Tipo I – William

Tipo II – Decana del Comizio e Abate Fetel

Tipo III – Conference

Tipo IV – Kaiser

Tipo V – Passa Crassana

Musacchi, 2010

Musacchi, 2010

Musacchi, 2010

Musacchi, 2010

Musacchi, 2010

Musacchi, 2010

PERSPECTIVAS

bruno.dalazem@ifsc.edu.br

(49) 2101 9179

La Coltura Del Pero – Ferrara 2008 – Leo Rufato LR 59

OBRIGADO PELA

ATENÇAO!!

bruno.dalazem@ifsc.edu.br