Surrealismo e Cubismo

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Surrealismo e Cubismo

Surrealismo

Surgiu na França, na década de 1920, profundamente ligado aos ideais de Sigmund Freud, criador da psicanálise, que pregava a libertação da lógica comportamental da sociedade e a exploração do inconsciente, dando vida aos sonhos e a imaginação através da arte.

Sigmund Freud

As obras surrealistas deixam completamente de lado a razão, permitindo a plena liberdade

de expressão do autor.

“Bodas de Ouro” – Vladimir Kush

“Paraíso” - Vladimir Kush

O marco de início do surrealismo foi a publicação do Manifesto Surrealista, de André Breton, em 1924. Nele foram declarados os principais princípios do movimento surrealista:

Ausência da lógica;

Adoção de uma realidade "maravilhosa" (superior);

Exaltação da liberdade de criação.

O período de maior expansão do surrealismo pelo mundo foi a década de

1930, quando dramaturgos, pintores, escultores e escritores de todo mundo

passaram a assimilar as ideias surrealistas.

Pintura

Na pintura o surrealismo se dividiu em duas correntes. A primeira trabalhava com a distorção e a justaposição de

imagens conhecidas.

Salvador Dalí

“Persistência da Memória”

“O Sono”

“A Tentação de Santo Antônio”

Vladimir Kush

“Metamorfose”

“Nascer do sol no Oceano”

“Maçã Borboleta”

Já na segunda corrente do surrealismo os artistas davam liberdade completa à sua criatividade, se desprendendo totalmente

da realidade.

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Joan Miró

“O Carnaval de Arlequim”

“A Cantora Melancólica’’

Surrealismo na Literatura

André Breton

Autor do Manifesto Surrealista e responsável por colocar o movimento em todos os domínios da arte: da pintura à literatura. Incentivou o surrealismo com exposições e revistas que falavam sobre o movimento, como a La Révolution Surréaliste e a Littérature.

Conde de Lautréamont

Considerado o primeiro e o mais importante dos precursores do movimento surrealista no campo da literatura, sua obra mais importante foi o poema Contos de Maldoror. Para alguns, o Conde de Lautréamont foi um gênio da literatura, mas, para outros, foi apenas um louco.

Trecho de “Os Cantos de Maldoror”

Todas as noites, mergulhando a envergadura das minhas asas na memória agonizante, evocava a lembrança de Falmer... todas as noites. Os seus cabelos loiros, o seu rosto oval, os seus traços majestosos estavam ainda gravados na minha imaginação... indestrutivelmente.., sobretudo os seus cabelos loiros. Afastai, afastai pois essa cabeça sem cabelo, polida como a carapaça da tartaruga. Ele tinha catorze anos e eu um ano mais. Essa voz lúgubre que se cale. Porque vem ela denunciar-me?

Raymond Roussel

Escritor e pintor francês, foi um dos precursores do surrealismo. Raymond Roussel ficou famoso por combinar elementos sobrenaturais e jogos linguísticos em suas obras.

Uma das maiores obras da literatura mundial, possui grande influência do surrealismo. O

clássico “Alice no País das Maravilhas” escrito por Lewis Carrol e publicado em 1865, possui

muitos elementos surreais em sua trama como o chapeleiro maluco, o gato falante além

do universo mágico do livro e filme.

Surrealismo no Brasil

As ideias do Surrealismo no Brasil começam a ser desenvolvidas  e absorvidas entre as década de 1920 e 1930, pelos participantes do Movimento 

Modernista do Brasil.

Os principais artistas que absorveram características surreais em suas obras foram Ismael Nery e a artista

Tarsila do Amaral. O artista pernambucano Cícero Dias, apresenta também muitas características do

surrealismo, sendo que todos esses incorporaram o imaginário popular brasileiro às suas obras.

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Tarsila do Amaral

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Abapuru

“A Cuca”

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“Eu vi o mundo… ele começava no Recife” Cícero Dias

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“O Impossível” - Maria Martins

Cubismo

O cubismo foi um movimento artístico surgido no início do século XX, sendo um dos mais influentes do período. O ideal de pintura real, fiel à realidade admirada pelos europeus

desde o Renascentismo foi quebrado pelo cubismo, que mostra as imagens de forma

mais abstrata, com formas geométricas como o cubo e o cilindro.

O marco de início do cubismo ocorreu em Paris, no ano de 1907, com a pintura Les Demoiselles d'Avignon, de Pablo Picasso, onde ele retrata a nudez feminina não da forma real, arredondada, mas utilizando figuras geométricas para dar forma às personagens.

Les Demoiselles d'Avignon

Além do uso das formas geométricas, outras características do cubismo são o desenho da natureza morta, com poucas cores fazendo

contraste entre o claro e o escuro, com sombras muito carregadas, além da falta da

perspectiva nas pinturas.

Fases do Cubismo

Cubismo Analítico

Essa fase se caracteriza pela desestruturação dos elementos da

pintura, ou seja, o pintor “desmontava” o objeto, “espalhando”

as suas partes pela tela, como um modo de mostrar todas as faces do

objeto ao mesmo tempo.

“Vaso Azul” – Pablo Picasso “Violino e Jarro” – Georges Braque

Cubismo Sintético

Essa segunda fase do cubismo surgiu como uma reação à excessiva fragmentação dos objetos na fase anterior, que os tornava praticamente irreconhecíveis. Os novos artistas manteram as características cubistas mas agora faziam pinturas menos fragmentadas, que

permitiam ao observador distinguir as formas do objeto.

“Janela Aberta” – Juan Gris “Os construtores” – Fernand

Leger

Principais Artistas

Pablo Picasso

“Guernica”, sua obra mais famosa, foi inspirada no intenso bombardeio sofrido pela cidade de Guernica durante a Guerra

Civil Espanhola.

“Autorretrato”

Georges Braque

“Instrumentos Musicais”

“Mulher com uma Guitarra”

O Cubismo no Brasil

O cubismo ganhou espaço no Brasil somente após a Semana da Arte Moderna de 1922, mas mesmo assim não foi um movimento muito difundido. Os principais

artistas que incorporaram características cubistas foram Tarsila do Amaral, Anita Malfati e Di Cavalcanti.

“Carnaval em Madureira” – Tarsila do Amaral

“Nú Cubista” – Anita Malfatti

“As moças de Guaratinguetá” – Di Cavalcanti

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