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ESTUD OS DE COORT E Disciplina: Epidemiologia Docente: Janaina Paula Costa da Silva Discentes: Jocione Medeiros; Larissa Pinheiro; Lucas Reinold; Luis César; Luis Henrique Dantas.

Epidemiologia: Estudos de coorte

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ESTUDOS DE COOR

TE Disciplina: EpidemiologiaDocente: Janaina Paula Costa da SilvaDiscentes: Jocione Medeiros; Larissa Pinheiro; Lucas Reinold; Luis César; Luis Henrique Dantas.

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INTRODUÇÃO

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ESTUDOS DE COORTE

1. O termo “coorte” designava originalmente a unidades de combate romanas, identificadas nos campos de batalha pelo uniforme padronizado;

2. A história dos estudos de coorte foi explorada por Liddell (1988);

3. Origem: tábuas de mortalidade (calcula as probabilidades de vida e morte de uma população, em função da idade);

4. Observações prospectivas iniciadas na metade da década de 1940 (ambas ainda em curso):

• Pesquisa sobre efeito da bomba atômica em seres humanos;

• Estudo de Framingham (sobre doenças cardiovasculares).

Demonstrou a importância de

alguns fatores de risco para o

desenvolvimento de doença cardíaca e

cérebro-vascular

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ESTUDOS DE COORTE

1. Também chamado de follow-up;

2. Abordam hipóteses etiológicas produzindo medidas de incidência e medidas diretas de risco;

3. São chamados de prospectivos, pois partem da observação de grupos comprovadamente expostos a um fator de risco suposto como causa de doença a ser detectada no futuro;

4. Essa característica propõe a antecipação das possíveis causas e a investigação de seus efeitos;

5. Os estudos de coorte têm inicio ao se colocar em foco uma variável cuja contribuição como fator de risco para determinada doença deseja-se conhecer, avaliar ou confirmar.

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ESTUDOS DE COORTE

1. Etapa inicial dessa modalidade de estudo epidemiológico:

• Seleção de um grupo de pessoas consideradas sadias quanto à doença sob investigação. O grupo deverá ser o mais homogêneo possível em relação à sua composição por vários fatores.

2. Caracterização segundo o grupo estudado:

• Coortes De População Geral;

• Coortes De Grupos Populacionais Restritos;

• Coortes De Exposição Especial;

3. São dois tipos gerais de estudos de coortes:

• Coorte Concorrente;

• Estudo não-concorrente de coorte Histórica (ou retrospectivo).

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ESTUDOS DE COORTE – CARACTERIZAÇÃO SEGUNDO O GRUPO ESTUDADO1. COORTES DE POPULAÇÃO GERAL: seguimento de uma amostra de

uma população geral, de uma área bem definida geograficamente ou administrativamente;

2. COORTES DE GRUPOS POPULACIONAIS RESTRITOS: são escolhidos grupos que oferecem facilidades para a avaliação da exposição, do seguimento e do desfecho (ex. profissionais de saúde);

3. COORTES DE EXPOSIÇÃO ESPECIAL: Seleciona-se um grupo de pessoas submetidas a níveis elevados de uma exposição não usual (exposições ocupacionais, acidentes químicos, acidentes nucleares, por exemplo)

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ESTUDOS DE COORTE – COORTE CONCORRENTE 1. A coorte é acompanhada desde o momento da exposição,

procedendo-se como etapa do próprio estudo, o monitoramento e registro dos casos de doença ou óbito na medida em que esses ocorram, até a data prevista para encerramento das observações.

2. A qualificação de “concorrente” para esse tipo de estudo prospectivo, deve-se ao fato de que o encaminhamento da pesquisa e o fenômeno (a doença) progridem em paralelo, concomitantemente.

• Objetiva determinar diferenças na velocidade com que surge a doença nos subgrupos de expostos e não expostos ao suposto fator de risco.

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ESTUDOS DE COORTE – ESTUDO NÃO-CONCORRENTE DE COORTE HISTÓRICA (OU RETROSPECTIVO)1. Envolvem usualmente grupos sociais ou profissionais

específicos, selecionados por terem sido expostos a fatores de risco em potencial e por se dispor de registros sistemáticos da exposição e do efeito.

2. Fundamento na reconstrução de coortes em algum ponto do passado (sendo justamente por isso chamado de “coorte histórica”), com seleção e classificação dos seus elementos no presente e com inicio e fim do acompanhamento no passado, antes do momento da realização da pesquisa. Sendo classificada também como coorte retrospectiva.

3. A classificação de “não-concorrente” decorre da constatação de que o desenvolvimento da pesquisa e a evolução dos fatos que a motivaram decorrem em tempos históricos diferentes.

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ESTUDOS DE COORTE - EXEMPLOSCoorte de nascidos em Pelotas

A coorte de nascimentos com seguimento regular mais longo em um país em desenvolvimento tem sido conduzida pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul. A investigação monitorou todas as crianças nascidas vivas na cidade de Pelotas, nos anos de 1982, 1993 e 2004.

Nas três fases do estudo, foram realizadas visitas no terceiro e 12º mês de idade. Eram aplicados questionários às mães, além de medidas e avaliações do desenvolvimento das crianças. Os participantes continuam sendo acompanhados até o presente, e questões como mortalidade infantil, desnutrição, crescimento, sexualidade, gravidez na adolescência e hipertensão têm sido exploradas na pesquisa.

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ESTUDOS DE COORTE - EXEMPLOS Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - ELSA Brasil

O Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - ELSA Brasil - é uma investigação multicêntrica de coorte composta por 15 mil funcionários de seis instituições públicas de ensino superior e pesquisa das regiões Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil. A pesquisa tem o propósito de investigar a incidência e os fatores de risco para doenças crônicas, em particular, as cardiovasculares e o diabetes, durante o período de 20 anos (iniciando em 2008).

Em cada centro integrante do estudo, os sujeitos da pesquisa – com idade entre 35 e 74 anos – fazem exames e entrevistas nas quais são avaliados aspectos como condições de vida, diferenças sociais, relação com o trabalho, gênero e especificidades da dieta da população brasileira.

Além de fomentar o desenvolvimento de novas investigações, o estudo é fundamental para a adequação de políticas públicas de saúde às necessidades nacionais.

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ESTUDOS DE COORTE

1. VANTAGENS:

• Produz medidas diretas de risco;

• Alto poder analítico;

• Simplicidade de desenho;

• Facilidade de análise.

2. DESVANTAGENS:

• Vulnerável a perdas (attrition bias);

• Inadequado para doenças de baixa frequência;

• Alto custo relativo.

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ARTIGO

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escore z do

indicador PI (peso

para idade)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PEREIRA, Maurício Gomes. Epidemiologia: teoria e prática. – [reimpr.] – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 596 p.

ROUQUAYROL, Maria Zélia; ALMEIDA FILHO, Naomar de; Epidemiologia & Saúde. – 6 ed. – Rio de Janeiro: MEDSI, 2003. 728 p.

Estudo de Coorte. Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - IESC/UFRJ. Disponível em http://www.iesc.ufrj.br/cursos/fono/n)%20AT15%20Est%20Coorte.pdf. Acesso em 05 de novembro de 2015.

Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - ELSA Brasil – Disponível em http://www.elsa.org.br/oelsabrasil.html. Acesso em 05 de novembro de 2014.

Coorte de Nascidos em Pelotas. – Disponível em http://www.elsa.org.br/estudos_coorte.html ou http://www.epidemio-ufpel.org.br/site/content/coorte_1993/index.php. Acesso em 05 de novembro de 2014.