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© IEC 2007 - © ABNT 2009 NORMA BRASILEIRA ABNT NBR IEC 60079-1 Segunda edição 19.05.2009 Válida a partir de 19.06.2009 Atmosferas explosivas Parte 1: Proteção de equipamento por invólucro à prova de explosão d Explosive atmospheres Part 1: Equipment protection by flameproof enclosures d Palavras-chave: Atmosfera explosiva. Equipamentos. Tipo de proteção. Invólucro à prova de explosão. Descriptors: Explosive atmosphere. Equipment. Type of protection. Flameproof enclosure. ICS 29.260.20 ISBN 978-85-07-01531-4 Número de referência ABNT NBR IEC 60079-1:2009 69 páginas

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NORMA BRASILEIRA

ABNT NBRIEC

60079-1

Segunda edição 19.05.2009

Válida a partir de 19.06.2009

Atmosferas explosivas Parte 1: Proteção de equipamento por invólucro à prova de explosão �d� Explosive atmospheres Part 1: Equipment protection by flameproof enclosures �d�

Palavras-chave: Atmosfera explosiva. Equipamentos. Tipo de proteção. Invólucro à prova de explosão. Descriptors: Explosive atmosphere. Equipment. Type of protection. Flameproof enclosure. ICS 29.260.20 ISBN 978-85-07-01531-4

Número de referência

ABNT NBR IEC 60079-1:200969 páginas

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Sumário Página

Prefácio Nacional.......................................................................................................................................................vi 1 Escopo............................................................................................................................................................1 2 Referências normativas ................................................................................................................................1 3 Termos e definições ......................................................................................................................................2 4 Grupos de equipamentos e classificação de temperatura........................................................................4 5 Juntas à prova de explosão .........................................................................................................................4 5.1 Requisitos gerais...........................................................................................................................................4 5.2 Juntas não roscadas.....................................................................................................................................5 5.2.1 Comprimento das juntas (L) .........................................................................................................................5 5.2.2 Interstício (i) ...................................................................................................................................................5 5.2.3 Juntas de encaixe..........................................................................................................................................6 5.2.4 Furos nas superfícies da junta.....................................................................................................................7 5.2.5 Juntas cônicas...............................................................................................................................................9 5.2.6 Juntas com superfícies cilíndricas parciais (não são permitidas para o grupo IIC)..............................9 5.2.7 Requisitos adicionais para juntas de equipamentos elétricos do grupo IIC ..........................................9 5.2.8 Juntas serrilhadas .......................................................................................................................................10 5.3 Juntas roscadas ..........................................................................................................................................13 5.4 Gaxetas (incluindo anéis de vedação do tipo �O-ring�)..........................................................................13 5.5 Equipamentos que utilizam capilares .......................................................................................................15 6 Juntas seladas .............................................................................................................................................15 6.1 Generalidades ..............................................................................................................................................15 6.2 Resistência mecânica .................................................................................................................................15 6.3 Comprimento de juntas seladas ................................................................................................................16 7 Eixos de operação .......................................................................................................................................16 8 Requisitos suplementares para eixos e mancais ....................................................................................16 8.1 Juntas de eixos............................................................................................................................................16 8.1.1 Juntas cilíndricas ........................................................................................................................................16 8.1.2 Juntas de labirinto.......................................................................................................................................16 8.1.3 Juntas com buchas flutuantes...................................................................................................................17 8.2 Mancais.........................................................................................................................................................19 8.2.1 Mancais de bucha........................................................................................................................................19 8.2.2 Mancais de rolamentos...............................................................................................................................19 9 Partes transmissoras de luz .......................................................................................................................19 10 Dispositivos de drenos e respiros que formam parte de um invólucro à prova de explosão ............19 10.1 Aberturas para respiros ou drenos ...........................................................................................................20 10.2 Limites de composição...............................................................................................................................20 10.3 Dimensões....................................................................................................................................................20 10.4 Elementos com caminhos mensuráveis ...................................................................................................20 10.5 Elementos com caminhos não mensuráveis............................................................................................20 10.6 Dispositivos removíveis..............................................................................................................................20 10.7 Arranjos de montagem de elementos .......................................................................................................20 10.8 Resistência mecânica .................................................................................................................................21 10.9 Dispositivos de drenagem e respiro quando utilizados como componentes Ex .................................21 10.9.1 Arranjos de montagem de elementos e componentes............................................................................21 10.9.2 Ensaios de tipo para dispositivos de dreno e respiro utilizados como componentes Ex ..................21 10.9.3 Certificados de componentes Ex...............................................................................................................24 11 Dispositivos de fixação, furos associados e bujões ...............................................................................25

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12 Materiais e resistência mecânica de invólucros � Materiais internos aos invólucros.........................27 13 Entradas para invólucros à prova de explosão........................................................................................27 13.1 Prensa-cabos ...............................................................................................................................................28 13.2 Dispositivos de selagem de eletrodutos...................................................................................................28 13.3 Plugues, tomadas e dispositivos acopláveis para cabos .......................................................................29 13.4 Buchas..........................................................................................................................................................29 14 Verificações e ensaios ................................................................................................................................29 15 Ensaios de tipo ............................................................................................................................................30 15.1 Ensaio da capacidade do invólucro suportar a pressão.........................................................................31 15.1.1 Generalidades ..............................................................................................................................................31 15.1.2 Determinação da pressão de explosão (pressão de referência) ............................................................31 15.1.3 Ensaio de sobrepressão .............................................................................................................................33 15.2 Ensaio de não propagação de uma ignição interna ................................................................................34 15.2.1 Equipamentos elétricos dos grupos I, IIA e IIB ........................................................................................35 15.2.2 Equipamentos elétricos do grupo IIC........................................................................................................36 15.3 (Reservado para utilização futura).............................................................................................................38 15.4 Ensaios de invólucros à prova de explosão com dispositivos de drenagem e respiros ....................38 15.4.1 Ensaio da capacidade do invólucro para suportar pressão ...................................................................38 15.4.2 Ensaios térmicos .........................................................................................................................................38 15.4.3 Ensaio de não propagação de uma ignição interna ................................................................................39 16 Ensaios de rotina.........................................................................................................................................39 17 Conjuntos de manobra para o Grupo I......................................................................................................41 17.1 Meios de isolação ........................................................................................................................................41 17.2 Portas ou tampas.........................................................................................................................................41 17.2.1 Portas ou tampas de atuação rápida.........................................................................................................41 17.2.2 Portas ou tampas fixadas por parafusos..................................................................................................41 17.2.3 Portas ou tampas roscadas........................................................................................................................41 18 Porta-lâmpadas e bases de lâmpada.........................................................................................................42 18.1 Dispositivo para evitar que a lâmpada afrouxe em operação.................................................................42 18.2 Suportes e protetores para lâmpadas com protetores cilíndricos ........................................................42 18.3 Suportes para lâmpadas com protetores roscados ................................................................................42 19 Invólucros não metálicos e partes não metálicas de invólucros ...........................................................42 19.1 (Reservada para utilização futura).............................................................................................................42 19.2 Requistos construtivos especiais .............................................................................................................42 19.2.1 Resistência ao trilhamento e distância de escoamento em superfícies internas das paredes do

invólucro.......................................................................................................................................................42 19.3 Requisitos suplementares para ensaios de tipo......................................................................................43 19.3.1 Ensaios para verificação das caracteristicas à prova de explosão .......................................................43 19.3.2 Inflamabilidade.............................................................................................................................................43 20 Marcação ......................................................................................................................................................44 20.1 Generalidades ..............................................................................................................................................44 20.2 Marcações de advertências........................................................................................................................44 20.3 Marcações informativas..............................................................................................................................44 Anexo A (normativo) Requisitos adicionais para elementos em chapa prensada (colméia) de dispositivos

de drenagem e respiro ................................................................................................................................45 Anexo B (normativo) Requisitos adicionais para elementos com caminhos não mensuráveis, de

dispositivos de drenagem e respiro ..........................................................................................................46 B.1 Elementos de metal sinterizado.................................................................................................................46 B.2 Elementos de telas metálicas prensadas..................................................................................................46 B.3 Elementos de metal poroso........................................................................................................................47 Anexo C (normativo) Requisitos adicionais para dispositivos de entrada à prova de explosão.....................48 C.1 Generalidades ..............................................................................................................................................48 C.2 Requisitos construtivos..............................................................................................................................48 C.2.1 Métodos de vedação ...................................................................................................................................48 C.2.2 Roscas ..........................................................................................................................................................49

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C.2.3 Requisitos construtivos para bujões Ex...................................................................................................50 C.2.4 Requisitos construtivos para adaptadores roscados Ex ........................................................................50 C.3 Ensaios de tipo ............................................................................................................................................50 C.3.1 Ensaio de vedação ......................................................................................................................................50 C.3.2 Ensaio de resistência mecânica ................................................................................................................52 C.3.3 Ensaio de tipo para bujões Ex ...................................................................................................................52 C.3.4 Ensaio de tipo para adaptadores roscados Ex ........................................................................................53 Anexo D (normativo) Invólucros vazios à prova de explosão como componentes Ex .....................................55 D.1 Generalidades ..............................................................................................................................................55 D.2 Observações preliminares..........................................................................................................................55 D.3 Requisitos para invólucro como componentes Ex..................................................................................55 D.4 Conversão de um certificado de componente Ex em um equipamento completamente certificado.57 D.4.1 Procedimento...............................................................................................................................................57 D.4.2 Aplicação da relação de limitações ...........................................................................................................57 Anexo E (normativo) Acumuladores e baterias utilizadas em invólucros à prova de explosão �d� ...............58 E.1 Observações preliminares..........................................................................................................................58 E.2 Sistemas eletroquímicos aceitáveis ..........................................................................................................58 E.3 Requisitos gerais para acumuladores (ou baterias) no interior de invólucros à prova de explosão 59 E.4 Arranjos de dispositivos de segurança ....................................................................................................60 E.4.1 Prevenção de temperaturas excessivas e danos aos acumuladores....................................................60 E.4.2 Prevenção de reversão de polaridade do acumulador ou carga reversa por outro acumulador na

mesma bateria..............................................................................................................................................60 E.4.3 Prevenção de carregamento inadvertido de uma bateria por outras fontes de tensão no invólucro

.......................................................................................................................................................................61 E.5 Recarga de acumuladores secundários no interior de invólucros à prova de explosão ....................61 E.6 Faixa de proteção de diodos e garantias dos dispositivos de proteção...............................................62 Anexo F (informativo) Propriedades mecânicas para parafusos e porcas .........................................................63 Anexo G (informativo) Introdução de um método alternativo de avaliação de risco incluindo os níveis de

proteção de equipamento (EPL) para equipamentos Ex.........................................................................64 G.0 Introdução ..........................................................................................................................................................64 G.1 Base histórica ..............................................................................................................................................64 G.2 Generalidades ..............................................................................................................................................65 G.2.1 Minas de carvão sujeitas a gás metano (Grupo I)....................................................................................65 G.2.2 Gases (Grupo II)...........................................................................................................................................65 G.2.3 Poeiras (grupo III) ........................................................................................................................................66 G.3 Proteção proporcionada contra o risco de ignição .................................................................................66 G.4 Implantação..................................................................................................................................................67 Bibliografia ................................................................................................................................................................69

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Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR IEC 60079-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de Estudo de Requisitos Gerais de Equipamentos �Ex�, Equipamentos com Invólucros à Prova de Explosão (Ex �d�), Imersão em Areia (Ex �q�), Imersão em Óleo (Ex �o�), Encapsulamento em Resina (Ex �m�), Equipamentos Elétricos com Nível de Proteção de Equipamentos (EPL) Ga e Luminárias para Capacetes para Minas Sujeitas a Grisu (CE-03:031.02). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n 03, de 10.03.2009 a 08.04.2009, com o número de Projeto ABNT NBR IEC 60079-1.

Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à IEC 60079-1:2007, que foi elaborada pelo Technical Committee Equipment for Explosive Atmospheres (IEC/TC 31), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.

Esta Norma cancela e substitui a ABNT NBR 5363:1998.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR IEC 60079-1:2007), a qual foi tecnicamente revisada.

As principais alterações técnicas introduzidas nesta edição da ABNT NBR IEC 60079-1, com relação à edição anterior são as seguintes:

a) revisão da Seção 5, relativa às marcações e condições de utilização segura quando a dimensão de uma junta à prova de explosão for diferente das mínimas e máximas aplicáveis;

b) revisão da Tabela 1, relativa ao máximo interstício para juntas flangeadas, cilíndricas ou de encaixe;

c) revisão da Tabela 4, relativa aos requisitos para juntas roscadas cônicas;

d) revisão da Seção 10, relativa às restrições ao volume e condições de ensaio associadas com dispositivos de drenos e respiros;

e) revisão da Seção 11, relativa aos requisitos de acessórios de fixação, furos associados e bujões;

f) revisão da Seção 12, relativa às restrições associadas com zinco e ligas de zinco;

g) revisão da Tabela 5, relativa às condições para a determinação das temperaturas máximas de superfície;

h) revisão da Seção 15, relativa à determinação da pressão de explosão (pressão de referência);

i) revisão da Tabela 6, relativa à redução no comprimento de uma junta roscada para ensaios de não propagação;

j) revisão da Tabela 7, relativa aos fatores de ensaios para a elevação da pressão ou interstício de ensaio (iE);

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k) revisão da Tabela 8, relativa à distância mínima de obstruções de aberturas flangeadas;

l) revisão da Seção 19, relativa aos ensaios de explosividade;

m) revisão da Seção 20, relativa à coleção tabulada de requisitos de marcação;

n) revisão do Anexo C, relativa aos requisitos adicionais para dispositivos de entrada a prova de explosão;

o) revisão do Anexo D, relativa aos invólucros à prova de explosão vazios como componentes Ex;

p) adição de um novo Anexo F, relativo às propriedades mecânicas para parafusos e porcas; e

q) adição de um novo Anexo G, relativo aos níveis de proteção para equipamentos Ex.

A aplicação desta Norma não dispensa o respeito aos regulamentos de órgãos públicos que a instalação e os equipamentos devem satisfazer. Podem ser citadas como exemplos de regulamentos as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego e as Portarias Ministeriais elaboradas pelo Inmetro contendo o Regulamento de Avaliação da Conformidade (RAC) para equipamentos elétricos para atmosferas explosivas, nas condições de gases e vapores inflamáveis e poeiras combustíveis.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope

This part of ABNT NBR IEC 60079 contains specific requirements for the construction and testing of electrical equipment with the type of protection flameproof enclosure �d�, intended for use in explosive gas atmospheres.

This Standard supplements and modifies the general requirements of ABNT NBR IEC 60079-0. Where a requirement of this standard conflicts with a requirement of ABNT NBR IEC 60079-0, the requirement of this standard will take precedence.

NOTE Equipment protection by flameproof enclosures �d� provides Equipment Protection Level (EPL) Gb. For further information, see Annex G

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Atmosferas explosivas Parte 1: Proteção de equipamento por invólucro à prova de explosão �d�

1 Escopo

Esta parte da ABNT NBR IEC 60079 contém requisitos específicos para a construção e ensaios de equipamentos elétricos com o tipo de proteção por invólucro à prova de explosão �d�, destinados para utilização em atmosferas explosivas de gás.

Esta Norma suplementa e modifica os requisitos gerais da ABNT NBR IEC 60079-0. Quando um requisito desta Norma conflitar com um requisito da ABNT NBR IEC 60079-0, os requisitos desta Norma prevalecem.

NOTA O tipo de proteção de equipamento por invólucros à prova de explosão �d� proporciona nível de proteção de equipamento (EPL) Gb. Para informações adicionais, ver Anexo G.

2 Referências normativas

Os seguintes documentos referenciados são indispensáveis para a aplicação deste documento. Para referências datadas, somente a edição citada é aplicável. Para referências sem data, a edição mais recente do documento referenciado (incluindo quaisquer emendas) é aplicável.

ABNT NBR IEC 60079-0:2006, Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas � Parte 0: Requisitos Gerais

ABNT NBR IEC 60079-7, Atmosferas Explosivas � Parte 7: Proteção de equipamentos por segurança aumentada �e�

ABNT NBR IEC 60079-11, Atmosferas explosivas � Parte 11: Proteção de equipamentos por segurança intrínseca �i�

ABNT NBR IEC 60079-14:2006, Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas � Parte 14: Instalações elétricas para áreas classificadas (exceto minas)

ABNT NBR ISO 965-1:2004, Rosca métrica ISO de uso geral � Tolerãncias - Parte 1: Princípios e dados básicos

ABNT NBR ISO 965-3:2004, Rosca métrica ISO de uso geral - Tolerâncias � Parte 3: Afastamentos para roscas de construção

IEC 60061 (all parts), Lamp caps and holders together with gauges for the control of interchangeability and safety

IEC 60079-1-1, Electrical apparatus for explosive gas atmospheres � Part 1-1: Flameproof enclosures �d� � Method of test for ascertainment of maximum experimental safe gap

IEC 60086-1:2000, Primary batteries � Part 1: General

IEC 60112, Method for the determination of the proof and the comparative tracking indices of solid insulating materials

IEC 60127 (all parts), Miniature fuses

IEC 60529:1989, Degrees of protection provided by enclausures (IP Code)

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IEC 60623:2001, Secondary cells and batteries containing alkaline or other non-acid electrolytes � Vented nickel-cadmium prismatic rechargeable single cells

IEC 60662:1980, High-pressure sodium vapour lamps

IEC 60695-11-10, Fire hazard testing � Part 11-10: Test flames � 50 W horizontal and vertical flame test methods

IEC 61951-1:2003, Secondary cells and batteries containing alkaline or other non-acid electrolytes � Portable sealed rechargeable single cells � Part 1: Nickel-cadmium

IEC 61951-2:2003, Secondary cells and batteries containing alkaline or other non-acid electrolytes � Portable sealed rechargeable single cells � Part 2: Nickel-metal hydride

ISO 185:1988, Grey cast iron � Classification

ISO 2738:1999, Sintered metal materials, excluding hard metals � Permeable sintered metal materials � Determination of density, oil content and open porosity

ISO 3864:1984, Safety colours and safety signs

ISO 4003:1977, Permeable sintered metal materials � Determination of bubble test pore size

ISO 4022:1987, Permeable sintered metal materials � Determination of fluid permeability

ANSI/ASME B1.20.1-1983 (R 2001), Pipe threads, general purpose (inch)

3 Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições, adicionalmente àqueles apresentados na ABNT NBR IEC 60079-0.

NOTA Definições adicionais aplicáveis a atmosferas explosivas podem ser encontradas na ABNT NBR NM IEC 60050-426.

3.1 invólucro à prova de explosão �d� invólucro no qual as partes que podem causar a ignição de uma atmosfera explosiva de gás são confinadas, e que é capaz de suportar a pressão desenvolvida durante uma explosão interna de uma mistura explosiva, e que impede a transmissão da explosão para a atmosfera explosiva de gás ao redor do invólucro

3.2 volume volume total interno do invólucro. Entretanto, para invólucros cujos conteúdos são essenciais em serviço, o volume a ser considerado é o volume livre remanescente

NOTA Para luminárias, o volume é determinado sem as lâmpadas montadas.

3.3 junta à prova de explosão local onde as superfícies correspondentes de duas partes de um invólucro, ou a conjunção de invólucros, se unem, e que impede a transmissão de uma explosão interna para a atmosfera explosiva ao redor do invólucro

3.4 comprimento de junta L menor caminho através de uma junta à prova de explosão do interior para o exterior de um invólucro

NOTA Esta definição não se aplica para juntas roscadas.

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3.5 distância l menor caminho através de uma junta à prova de explosão, onde o comprimento de junta L é interrompido por furos destinados a passagem de dispositivos de fixação para montagem de partes do invólucro à prova de explosão

3.6 interstício de junta à prova de explosão i distância entre as superfícies correspondentes de uma junta à prova de explosão quando o invólucro do equipamento elétrico está montado

NOTA Para superfícies cilíndricas, formando juntas cilíndricas, o interstício é a diferença entre os diâmetros do furo e o componente cilíndrico.

3.7 máximo interstício experimental seguro (para uma mistura explosiva) MESG � Maximum Experimental Safe Gap máximo interstício de uma junta de 25 mm de comprimento que impede qualquer transmissão de uma explosão durante 10 ensaios feitos sob condições especificadas na IEC 60079-1-1

3.8 eixo parte da seção transversal circular utilizado para a transmissão de movimento rotativo

3.9 eixo de operação componente utilizado para transmissão dos movimentos de controle, os quais podem ser rotativos ou lineares, ou uma combinação dos dois

3.10 pré-compressão resultados de uma ignição, em um compartimento ou subdivisão de um invólucro, de uma mistura gasosa pré-comprimida, por exemplo, devido a uma ignição primária em outro compartimento ou subdivisão

3.11 porta ou tampa de ação rápida porta ou tampa provida com um dispositivo que permita a abertura ou fechamento por uma operação simples, tal como o movimento de uma alavanca ou pela rotação de um volante. O dispositivo é montado de tal forma que a operação tenha dois estágios:

um para travar ou para destravar,

outro para abertura ou fechamento

3.12 porta ou tampa fechada por fixadores roscados porta ou tampa, cuja abertura ou fechamento requer a manipulação de um ou mais dispositivos de fixação roscados (parafusos, prisioneiros ou porcas)

3.13 porta ou tampa roscada porta ou tampa que é montada em um invólucro à prova de explosão por meio de uma junta roscada à prova de explosão

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3.14 dispositivo com respiro dispositivo que permite uma troca entre a atmosfera no interior de um invólucro e a atmosfera externa circunvizinha, e que mantém a integridade do tipo de proteção

3.15 dispositivo de dreno dispositivo que permite que líquidos fluam para o exterior de um invólucro e que mantém a integridade do tipo de proteção

3.16 bujão Ex bujão roscado ensaiado separadamente de um invólucro, mas que possui certificado e que se destina a ser montado no invólucro de um equipamento, sem considerações adicionais

NOTA 1 Isto não exclui que o bujão seja certificado como componente de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0. Exemplos de bujões como mostrado na Figura 22.

NOTA 2 Bujões não roscados não são considerados equipamentos.

3.17 adaptador roscado Ex adaptador roscado ensaiado separadamente do invólucro, mas que possui certificado e que é destinado a ser montado no invólucro de um equipamento sem considerações adicionais

NOTA Isto não exclui um componente certificado para adaptadores roscados de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0. Exemplos de adaptadores roscados são mostrados na Figura C.2.

3.18 invólucro como componente Ex invólucro à prova de explosão vazio, fornecido com um certificado de componente Ex, sem que os equipamentos internos estejam definidos, de forma a permitir que o invólucro vazio esteja apto para a incorporação de componentes para um um equipamento certificado, sem a necessidade de repetição de ensaios de tipo

4 Grupos de equipamentos e classificação de temperatura

Os grupos de equipamentos e classificação de temperaturas definidas na ABNT NBR IEC 60079-0, para a utilização de equipamentos elétricos em atmosferas explosivas de gás, são aplicáveis aos invólucros à prova de explosão. As subdivisões A, B e C para equipamentos elétricos do Grupo II também são aplicáveis.

5 Juntas à prova de explosão

5.1 Requisitos gerais

Todas as juntas à prova de explosão do invólucro, se permanentemente fechadas ou projetadas para serem abertas eventualmente, devem atender, na ausência de pressão, aos requisitos aplicáveis da Seção 5.

O projeto das juntas deve ser apropriado aos esforços mecânicos nelas aplicados.

As dimensões dadas em 5.2 a 5.5 inclusive, especificam os valores mínimos ou máximos que podem ser aplicados aos parâmetros essenciais do caminho da chama. Nas distâncias onde a dimensão de uma junta à prova de explosão é diferente do máximo ou mínimo aplicável (por exemplo, para atender ao ensaio de não-transmissão de uma ignição interna), o equipamento deve ser marcado com �X�, de acordo com 29.2 item i da ABNT NBR IEC 60079-0, e as condições específicas de uso no certificado devem estar de acordo com um dos itens seguintes:

a) as dimensões das juntas à prova de explosão devem ser detalhadas; ou

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b) os desenhos de referência específicos que detalhem as dimensões da junta à prova de explosão; ou

c) orientação específica para contatar o fabricante original para informação sobre as dimensões das juntas á prova de explosão.

A superfície da junta pode ser protegida contra corrosão.

Revestimento com pintura não é permitido. Outros materiais de revestimento podem ser utilizados se o material e procedimento de aplicação tiverem mostrado não afetar adversamente as propriedades à prova de explosão da junta.

Uma graxa para inibir a corrosão pode ser aplicada nas superfícies da junta antes da montagem. A graxa, se aplicada, deve ser de um tipo que não endureça com o tempo, não contenha solvente que evapore e não cause corrosão da superfície da junta. A verificação da adequabilidade deve estar de acordo com as especificações do fabricante da graxa.

As superfícies das juntas podem ser protegidas por eletrodeposição. O metal de eletrodeposição, se aplicado, não pode ter espessura maior do que 0,008 mm.

5.2 Juntas não roscadas

5.2.1 Comprimento das juntas (L)

O comprimento das juntas não deve ser menor do que os valores mínimos especificados nas Tabelas 1 e 2. O comprimento das juntas para partes metálicas cilíndricas encaixadas sob pressão nas paredes de um invólucro metálico à prova de explosão de volume não maior do que 2 000 cm3 pode ser reduzido para 5 mm, se

o projeto não considerar apenas uma montagem por interferência para evitar que a parte se movimente durante os ensaios de tipo da Seção 15, e

a montagem atender ao requisito do ensaio de impacto especificado na ABNT NBR IEC 60079-0, levando em consideração o pior caso das tolerâncias da montagem por interferência, e

o diâmetro externo da parte montada sob pressão, onde o comprimento da junta é medido, não exceder 60 mm.

5.2.2 Interstício (i)

O interstício, se existir um, entre as superfícies de uma junta em nenhum lugar deve exceder os valores máximos dados nas Tabelas 1 e 2.

As superficies da junta devem ser tal que a rugosidade média Ra (proveniente da ISO 468) não exceda 6,3 m.

Para juntas flangeadas, não deve existir nenhum interstício intencional entre as superfícies, exceto para portas ou tampas de ação rápida.

Para equipamento elétrico do grupo I, deve ser possível verificar, direta ou indiretamente, os intertícios das juntas flangeadas das tampas e portas projetadas para serem abertas eventualmente. A Figura 1 mostra um exemplo de construção para verificação indireta de uma junta à prova de explosão.

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L

A superficie do pino-guia deve estar alinhada à superfície da tampa

Tampa

C omprimento de junta

P ino cilíndricopressionado no furo

Invólucro à prova de explosão

Figura 1 � Exemplo de construção para verificação indireta de uma junta flangeada à prova de explosão do Grupo I

5.2.3 Juntas de encaixe

Para a determinação do comprimento L de uma junta de encaixe, um dos seguintes casos deve ser considerado:

a parte cilíndrica e a parte plana (ver Figura 2a). Neste caso, o interstício não deve em nenhum lugar exceder os valores máximos dados nas Tabelas 1 e 2;

somente a parte cilíndrica (ver Figura 2b). Neste caso, a parte plana não precisa estar de acordo com os requisitos das Tabelas 1 e 2.

NOTA Para gaxetas, ver também 5.4.

1

c f

1

Figura 2a � Parte cilíndrica e parte plana Figura 2b � Somente parte cilíndrica

Legenda L = c + d (I, IIA, IIB, IIC) c 6,0 mm (IIC) 3,0 mm (I, IIA, IIB) d 0,50 L (IIC) f 1,0 mm (I, IIA, IIB, IIC) 1 interior do invólucro

Figura 2 � Juntas de encaixe

L

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5.2.4 Furos nas superfícies da junta

Onde uma junta plana ou a parte plana ou superfície parcialmente cilíndrica (ver 5.2.6) de uma junta é interrompida por furos para a passagem de fixações roscadas para montagem de partes de um invólucro à prova de explosão, a distância l para a extremidade do furo deve ser igual ou maior que

6 mm quando o comprimento de junta L for menor do que 12,5 mm,

8 mm quando o comprimento de junta L for igual ou maior do que 12,5 mm, mas menor do que 25 mm,

9 mm quando o comprimento de junta L for igual ou maior do que 25 mm.

NOTA Os requisitos para folga dos furos das fixações são especificados na ABNT NBR IEC 60079-0.

A distância I é determinada como segue.

5.2.4.1 Juntas flangeadas com furos externos ao invólucro (ver Figuras 3 e 5)

A distância l é medida entre cada furo e a parte interna do invólucro.

5.2.4.2 Juntas flangeadas com furos internos ao invólucro (ver Figura 4)

A distância l é medida entre cada furo e a parte externa do invólucro.

5.2.4.3 Juntas de encaixe onde, para as extremidades dos furos, a junta consiste em uma parte cilíndrica e uma parte plana (ver Figura 6)

A distância l é definida como segue:

a soma do comprimento a da parte cilíndrica e o comprimento b da parte plana, se f for menor ou igual a 1 mm e se o interstício da parte cilíndrica for menor ou igual a 0,2 mm para equipamentos elétricos dos grupos I e IIA, 0,15 mm para equipamentos elétricos do grupo IIB, ou 0,1 mm para equipamentos elétricos do grupo IIC (interstício reduzido); ou

somente o comprimento b da parte plana, se qualquer uma das condições acima mencionadas não for atendida.

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L

l

1

L

l

1

Figura 3 Figura 4

L

l

1

i

1

b f

Ll

i 0,20 mm (I,IIA)i 0,15 mm (IIB)i 0,10 mm (IIC)

Figura 5 Figura 6

1

l

L

l

1

L

Figura 7 Figura 8 Legenda 1 interior do invólucro

Figuras 3, 4, 5 � Furos nas superfícies das juntas flangeadas

Figuras 6, 7, 8 � Furos nas superfícies das juntas de encaixe

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5.2.4.4 Juntas de encaixe onde, para a borda dos furos, a junta consiste somente na parte plana (ver Figuras 7 e 8), desde que as juntas flangeadas sejam permitidas (ver 5.2.7)

A distância l é o comprimento da parte plana entre o interior do invólucro e um furo, onde o furo é externo ao invólucro (ver Figura 7) ou entre um furo e o exterior do invólucro onde o furo é interno ao invólucro (ver Figura 8).

5.2.5 Juntas cônicas

Onde as juntas incluem superfícies cônicas, o comprimento da junta e o interstício normal para superfícies das juntas devem atender aos valores relevantes das Tabelas 1 e 2. O interstício deve ser uniforme ao longo da parte cônica. Para equipamentos elétricos do grupo IIC, o ângulo de conicidade não deve exceder 5º.

NOTA O ângulo de conicidade é considerado entre o eixo vertical e a superfície do cone.

5.2.6 Juntas com superfícies cilíndricas parciais (não são permitidas para o grupo IIC)

Não deve existir interstício intencional entre as duas partes (ver Figura 9a).

O comprimento da junta deve atender aos requisitos da Tabela 1.

Os diâmetros das superfícies cilíndricas de duas partes que formam uma junta à prova de explosão e suas tolerâncias devem atender aos requisitos relevantes para interstício de uma junta cilíndrica, dados na Tabela 1.

Figura 9a � Exemplo de uma junta com superfície cilíndrica parcial

5.2.7 Requisitos adicionais para juntas de equipamentos elétricos do grupo IIC

Juntas flangeadas somente são permitidas para equipamentos elétricos do grupo IIC destinados ao uso em atmosferas explosivas contendo acetileno e considerando todas as condições encontradas como segue:

a) interstício i 0,04 mm;

b) comprimento L 9,5 mm; e

c) volume 500 cm3.

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5.2.8 Juntas serrilhadas

Juntas serrilhadas não precisam atender aos requisitos das Tabelas 1 e 2, mas devem ter

a) no mínimo cinco filetes completamente acoplados,

b) um passo maior ou igual a 1,25 mm, e

c) um ângulo de inclinação de 60º ( 5º).

Juntas serrilhadas não devem ser utilizadas para partes móveis.

Juntas serrilhadas devem satisfazer os ensaios requeridos em 15.2, com um interstício de ensaio, iE, entre dentes acoplados, como especificado em 15.2, com base no interstício de fabricação máximo, iC.

Se o interstício de fabricação máximo for diferente daquele apresentado nas Tabelas 1 ou 2 para uma junta flangeada de mesmo comprimento (determinado pela multiplicação do passo pelo numero de filetes), as �condições de uso� requeridas de 5.1 são aplicadas.

Ver Figura 9b.

X

X

T

Y

Y 5T

Test length = Y1,5

T 1,25 mm

= 60° (±5°)

Figura 9b � Exemplo de junta serrilhada

Y 5T

Comprimento para ensaio = 5,1Y

T 1,25 mm

a = 60° (±5°)

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Tabela 1 � Comprimentos mínimos de juntas e interstícios máximos para invólucros dos grupos I, IIA e IIB

Interstício máximo mm

Para um volume cm3

V 100

Para um volume cm3

100 < V 500

Para um volume cm3

500 < V 2 000

Para um volume cm3

V > 2 000

Tipo de junta

Compri-mento

minimo da junta L

mm I IIA IIB I IIA IIB I IIA IIB I IIA IIB

6 0,30 0,30 0,20 � � � � � � � � �

9,5 0,35 0,30 0,20 0,35 0,30 0,20 0,08 0,08 0,08 � � �

12,5 0,40 0,30 0,20 0,40 0,30 0,20 0,40 0,30 0,20 0,40 0,20 0,15 Juntas flangeadas,

cilíndricas ou de encaixe

25 0,50 0,40 0,20 0,50 0,40 0,20 0,50 0,40 0,20 0,50 0,40 0,20

6 0,30 0,30 0,20 � � � � � � � � �

9,5 0,35 0,30 0,20 0,35 0,30 0,20 � � � � � �

12,5 0,40 0,35 0,25 0,40 0,30 0,20 0,40 0,30 0,20 0,40 0,20 �

25 0,50 0,40 0,30 0,50 0,40 0,25 0,50 0,40 0,25 0,50 0,40 0,20

Mancais de bucha

40 0,60 0,50 0,40 0,60 0,50 0,30 0,60 0,50 0,30 0,60 0,50 0,25

6 0,45 0,45 0,30 � � � � � � � � �

9,5 0,50 0,45 0,35 0,50 0,40 0,25 � � � � � �

12,5 0,60 0,50 0,40 0,60 0,45 0,30 0,60 0,45 0,30 0,60 0,30 0,20

25 0,75 0,60 0,45 0,75 0,60 0,40 0,75 0,60 0,40 0,75 0,60 0,30

Juntas cilíndricas para eixos

de máquinas elétricas girantes

com: Mancais de rolamentos

40 0,80 0,75 0,60 0,80 0,75 0,45 0,80 0,75 0,45 0,80 0,75 0,40

NOTA Recomenda-se que os valores de fabricação arredondados de acordo com a ABNT NBR ISO 31-0 sejam considerados quando for determinado o interstício máximo.

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Tabela 2 � Comprimento mínimo da junta e interstício máximo para invólucros do grupo IIC

Interstício máximo mm

Tipo de junta

Compri-mento

mínimo da junta L

mm

Para um volume cm3

V 100

Para um volumecm3

100 < V 500

Para um volume cm3

500 < V 2 000

Para um volume cm3

V >2 000

6 0,10 � � �

9,5 0,10 0,10 � �

15,8 0,10 0,10 0,04 � Juntas flangeadasa

25 0,10 0,10 0,04 0,04

c 6 mm 12,5 0,15 0,15 0,15 �

d 0,5 L 25 0,18b 0,18b 0,18b 0,18b

L = c + d 40 0,20c 0,20c 0,20c 0,20c

Juntas de encaixe (Figure 2a)

f 1 mm

6 0,10 � � �

9,5 0,10 0,10 � �

12,5 0,15 0,15 0,15 �

25 0,15 0,15 0,15 0,15

Juntas cilindricas

Juntas de encaixe

(Figura 2b)

40 0,20 0,20 0,20 0,20

6 0,15 � � �

9,5 0,15 0,15 � �

12,5 0,25 0,25 0,25 �

25 0,25 0,25 0,25 0,25

Juntas cilindricas para eixos de máquinas elétricas com mancais de rolamento

40 0,30 0,30 0,30 0,30

a Juntas flangeadas são permitidas somente para misturas explosivas de acetileno e ar de acordo com 5.2.7.

b O interstício máximo da parte cilíndrica deve ser aumentado para 0,20 mm, se f < 0,5 mm.

c O interstício máximo da parte cilíndrica deve ser aumentado para 0,25 mm, se f < 0,5 mm.

NOTA Recomenda-se que os valores de fabricação arredondados de acordo com a ABNT NBR ISO 31-0 sejam considerados quando for determinado o interstício máximo.

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5.3 Juntas roscadas

As juntas roscadas devem atender aos requisitos da Tabela 3 ou 4.

Tabela 3 � Juntas cilíndricas roscadas

Passo 0,7 mma

Qualidade dos filetes e tipo de rosca Qualidade da tolerância fina ou média, conforme ABNT NBR ISO 965-1 e ABNT NBR ISO 965-3b

Filetes acoplados 5

Profundidade do acoplamento

Volume 100 cm3

Volume > 100 cm3

5 mm

8 mm

a Onde o passo exceder 2 mm, precauções especiais de fabricação podem ser necessárias (por exemplo, maior número de filetes acoplados) para assegurar que o equipamento elétrico possa atender ao ensaio de não propagação conforme 15.2.

b Juntas cilíndricas que não estejam conforme com a ABNT NBR ISO 965-3 em relação à qualidade dos filetes e tipo de rosca são permitidas, se o ensaio de não propagação conforme 15.2 tiver sido atendido quando o comprimento da junta roscada especificada pelo fabricante é reduzida pelo fator especificado na Tabela 6.

Tabela 4 � Juntas roscadasa

Filetes em cada parte 5b

a Roscas interna e externa devem ser do mesmo tamanho nominal.

b Roscas NPT devem ser conforme ANSI/ASME B1.20.1 e devem ser acopladas firmemente com ferramenta

As roscas macho com trecho não roscado devem ser projetadas com:

1) um comprimento efetivo de rosca não menor do que a dimensão �L2�; e

2) um comprimento não menor do que a dimensão �L4� entre a face sem rosca e o ultimo filete de rosca

Rosca fêmea devem ser calibradas �nivelando� de �duas voltas� utlizando um calibre L1

5.4 Gaxetas (incluindo anéis de vedação do tipo �O-ring�)

Se uma gaxeta de material compressível ou elástico for utilizada, por exemplo, para proteger contra a penetração de umidade ou poeira ou contra vazamento de um líquido, esta deve ser aplicada como um suplemento; isto quer dizer que nem o material compressível nem o material elástico devem ser considerados na determinação do comprimento de junta à prova de explosão nem interrompê-la.

A gaxeta deve ser montada de modo que:

o interstício permissível e o comprimento da junta flangeada ou parte plana de uma junta de encaixe sejam mantidos,

o comprimento mínimo de junta, de uma junta cilíndrica ou da parte cilíndrica de uma junta de encaixe seja mantido antes e depois da compressão.

Estes requisitos não se aplicam aos prensa-cabos (ver 13.1) ou às juntas que contenham uma gaxeta de selagem de metal ou de material compressível não inflamável com um revestimento metálico. Tal gaxeta de selagem contribui para a proteção de explosão, e neste caso o interstício entre cada superfície da parte plana deve ser medido após a compressão. O comprimento mínimo da parte cilíndrica deve ser mantido antes e após a compressão.

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1

2

L

1

2

L

Figura 10 Figura 11

1

3

L

1

3

L

Figura 12 Figura 13

12

L

1

L

3

Figura 14 Figura 15

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1

4

Figura 16

Legenda 1 interior do invólucro 2 Anel de vedação �O-ring�

3 gaxeta

4 gaxeta metálica ou revestida de material metálico

Figuras 10 a 16 � Ilustrações dos requisitos relativos às gaxetas

5.5 Equipamentos que utilizam capilares

Os capilares devem estar de acordo com as dimensões de interstício dadas na Tabela 1 ou Tabela 2, para juntas cilíndricas utilizando 0 como diâmetro da parte interna ou, quando os capilares não atenderem aos valores de interstícios dados nestas tabelas, o equipamento deve ser avaliado de acordo com o ensaio de não propagação de uma ignição interna conforme 15.2.

6 Juntas seladas

6.1 Generalidades

Partes de um invólucro à prova de explosão podem ser seladas diretamente na parede do invólucro, de tal forma que constitua uma montagem inseparável, ou em uma moldura metálica tal que a montagem possa ser substituída como uma unidade sem danificar a selagem.

Se uma junta selada não atender aos requisitos da Seção 5 na ausência do material de selagem, este deve ser submetido ao ensaio de resistência térmica ao calor e ao frio, conforme ABNT NBR IEC 60079-0.

6.2 Resistência mecânica

Juntas seladas somente são permitidas para garantir a vedação de invólucros à prova de explosão do qual elas fazem parte. Arranjos devem ser feitos na construção tal que a resistência mecânica do conjunto não dependa somente da adesão da selagem. Juntas seladas devem atender aos ensaios com os valores relevantes de sobrepressão dados em 15.1.3 e baseados nos critérios decritos em C.3.1.1.

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6.3 Comprimento de juntas seladas

O menor caminho através da junta selada do interior para o exterior de um invólucro à prova de explosão de volume V deve ser:

3 mm, se V 10 cm3

6 mm, se 10 cm3 < V 100 cm3

10 mm, se V > 100 cm3

7 Eixos de operação

Onde um eixo de operação passar através da parede de um invólucro à prova de explosão, os seguintes requisitos devem ser atendidos.

7.1 Se o diâmetro do eixo de operação exceder o comprimento mínimo da junta especificada nas Tabelas 1 e 2, o comprimento da junta deve ser pelo menos igual a este diâmetro, mas, entretanto, sem exceder 25 mm.

7.2 Se a folga diametral aumentar como resultado do uso em serviço normal, arranjos apropriados devem ser feitos para facilitar o retorno ao estado original, por exemplo, por meio de uma bucha substituível. Alternativamente, o aumento do interstício devido ao desgaste pode ser evitado, utilizando-se mancais de acordo com a Seção 8.

8 Requisitos suplementares para eixos e mancais

8.1 Juntas de eixos

Juntas à prova de explosão de eixos de máquinas elétricas girantes devem ser projetadas de tal maneira que não estejam sujeitas ao desgaste sob condições normais de operação.

As juntas à prova de explosão podem ser

uma junta cilíndrica (ver Figura 17), ou

uma junta de labirinto (ver Figura 18), ou

uma junta com bucha flutuante (ver Figura 19).

8.1.1 Juntas cilíndricas

Onde uma junta cilíndrica possuir ranhuras para retenção de graxa, a região contendo as ranhuras não deve ser levada em consideração na determinação do comprimento da junta à prova de explosão nem interrompê-la (ver Figura 17).

A folga radial mínima k (ver Figura 20) dos eixos de máquinas elétricas girantes não deve ser menor do que 0,05 mm.

8.1.2 Juntas de labirinto

As juntas de labirinto que não atendem aos requisitos das Tabelas 1 e 2 podem, entretanto, ser consideradas em conformidade com os requisitos desta Norma, se os ensaios nas Seções 14 a 16 forem atendidos.

A folga radial mínima k (ver Figura 20) dos eixos de máquinas elétricas girantes não deve ser menor do que 0,05 mm.

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8.1.3 Juntas com buchas flutuantes

A determinação do máximo grau de flutuação da bucha deve levar em consideração a folga do mancal e o desgaste permitido do mancal conforme especificado pelo fabricante. A bucha pode mover-se livremente no sentido radial junto com o eixo e axialmente no eixo, mas deve permanecer concêntrica com este. Um dispositivo deve prevenir a rotação da bucha (ver Figura 19).

Buchas flutuantes não são permitidas para equipamentos elétricos do grupo IIC.

Figura 17 � Exemplo de junta cilíndrica para eixo de máquina elétrica girante

Figura 18 � Exemplo de junta com labirinto para eixo de máquina elétrica girante

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1

21

L

Legenda

1 Interstício

2 Trava para evitar a rotação da bucha

Figura 19 � Exemplo de junta com bucha flutuante para eixo de máquina elétrica girante

mdk

D

Legenda

k Folga radial mínima permissível sem fricção

m Folga radial máxima considerando k

D-d Folga diametral

Figura 20 � Junta de eixo de máquinas elétricas girantes

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8.2 Mancais

8.2.1 Mancais de bucha

Uma junta à prova de explosão de um eixo associado com um mancal de bucha deve ser fornecida adicionalmente à junta do próprio mancal de bucha, e deve ter um comprimento de junta pelo menos igual ao diâmetro do eixo, mas não excedendo 25 mm.

Se uma junta cilíndrica ou de labirinto à prova de explosão for usada em uma máquina elétrica girante com um mancal de bucha, pelo menos uma face da junta deve ser de metal não centelhante (por exemplo, latão com chumbo) sempre que o entreferro entre o estator e o rotor for maior do que a folga radial mínima k (ver Figura 20) especificada pelo fabricante. A espessura mínima do metal não centelhante deve ser maior que o entreferro.

Mancais de bucha não são permitidos para máquinas elétricas girantes do grupo IIC.

8.2.2 Mancais de rolamentos

Em eixos equipados com mancais de rolamento, a máxima folga radial m (ver Figura 20) não deve exceder dois terços do interstício máximo permitido para tais mancais, conforme Tabelas 1 e 2.

NOTA 1 É reconhecido que, montadas, todas as partes não existirão nas suas piores dimensões simultaneamente. Um tratamento estatístico das tolerâncias, tal como �RMS � Root Mean Square�, pode ser requerido para a verificação de m e k.

NOTA 2 Não é um requisito desta Norma que os cálculos de m e k pelo fabricante sejam verificados. Também não é um requisito desta Norma que m e k sejam verificados por medição.

9 Partes transmissoras de luz

Para outras partes transmissoras de luz que não vidro, aplicam-se os requisitos da Seção 19 desta Norma.

NOTA Precauções devem ser tomadas de modo que a montagem das partes transmissoras de luz de qualquer material não produza esforços mecânicos interno nestas partes.

10 Dispositivos de drenos e respiros que formam parte de um invólucro à prova de explosão

Dispositivos de drenos e respiros devem incorporar elementos permeáveis que possam suportar a pressão criada por uma explosão interna no invólucro no qual estão montados e devem evitar a propagação da explosão para uma atmosfera explosiva ao redor do invólucro.

Estes dispositivos devem também suportar os efeitos dinâmicos das explosões dentro do invólucro à prova de explosão sem danos ou deformações permanentes que prejudiquem suas propriedades extintoras de chama. Estes dispositivos não são projetados para suportar queima contínua em sua superfície.

Estes requisitos aplicam-se igualmente aos dispositivos transmissores de som, mas não abrangem dispositivos para:

alivío de pressão na ocorrência de explosão interna, ou

utilização com linhas pressurizadas que contenham gás capaz de formar uma mistura explosiva com o ar e a uma pressão maior que 1,1 vez a pressão atmosférica.

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10.1 Aberturas para respiros ou drenos

As aberturas para drenos ou respiros não devem ser obtidas pelo aumento deliberado de interstícios de juntas flangeadas.

NOTA Se, por razões técnicas, dispositivos de dreno ou respiro forem necessários, estes devem ser construídos de tal forma que eles não se tornem inoperantes em serviço (por exemplo, devido ao acúmulo de poeira ou tinta).

10.2 Limites de composição

Os limites de composição dos materiais utilizados nos acessórios devem ser especificados diretamente ou por referência a uma especificação aplicável existente.

Os dispositivos de dreno ou respiro para uso em uma atmosfera explosiva de gás contendo acetileno não devem conter mais que 60 % de cobre por unidade de massa, para limitar a formação de acetilídio.

10.3 Dimensões

As dimensões dos dispositivos de dreno e respiro e seus componentes devem ser especificadas.

10.4 Elementos com caminhos mensuráveis

Interstícios e comprimentos dos caminhos mensuráveis não necessitam estar de acordo com os valores especificados nas Tabelas 1 e 2, desde que os elementos sejam aprovados nos ensaios das Seções 14 a 16.

Requisitos adicionais para elementos com chapas prensadas (colméias) são especificados no Anexo A.

10.5 Elementos com caminhos não mensuráveis

Quando os caminhos através dos elementos não forem mensuráveis (por exemplo, elementos de metal sinterizado), o elemento deve atender aos requisitos relevantes do Anexo B.

Os elementos são classificados de acordo com suas densidades, assim como o tamanho dos poros de acordo com um método padrão para o material em particular e o metodo de fabricação (ver Anexo B).

NOTA Por razões funcionais pode também ser necessário declarar a permeabilidade a fluidos e a porosidade especificada de acordo com o método padrão para o material em particular e o metodo de fabricação (ver Anexo B).

10.6 Dispositivos removíveis

Se um dispositivo puder ser desmontado, este deve ser projetado para evitar a redução ou o aumento das aberturas durante a remontagem.

10.7 Arranjos de montagem de elementos

Os elementos de drenagem e respiro devem ser sinterizados ou fixados por outros métodos apropriados:

diretamente no invólucro para fazer parte integrante deste, ou

em um componente apropriado de montagem, o qual é roscado ou preso ao invólucro de forma a ser substituível como uma unidade.

Alternativamente, o elemento pode ser montado, por exemplo, por interferência de acordo com 5.2.1, formando uma junta à prova de explosão. Neste caso, os requisitos da Seção 5 devem ser aplicados, com exceção da rugosidade da superfície do elemento, que não necessita atender a 5.2.2 se o elemento montado for aprovado nos ensaios de tipo das Seções 14 a 16.

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Se necessário, um anel de fixação ou similar pode ser utilizado para manter a integridade do invólucro. O elemento de drenagem ou respiro pode ser montado

por dentro, e neste caso a acessibilidade dos parafusos ou anel de fixação deve ser possível somente pelo lado interno, ou

pelo lado externo do invólucro; neste caso os fechos devem atender à Seção 11.

10.8 Resistência mecânica

O dispositivo e sua proteção, se existirem, devem, quando montados normalmente, ser aprovados no ensaio de resistência ao impacto da ABNT NBR IEC 60079-0.

10.9 Dispositivos de drenagem e respiro quando utilizados como componentes Ex

Em adição às Seções 10 até 10.6, inclusive, os seguintes requisitos devem ser aplicados aos dispositivos de drenagem e respiro que são avaliados como componentes Ex.

10.9.1 Arranjos de montagem de elementos e componentes

Os elementos de drenagem e respiro devem ser sinterizados ou selados de acordo com a Seção 6, ou fixados por outros métodos em uma montagem adequada para formar a montagem do componente.

A montagem do componente é assegurada por fixadores ou por fechos ou parafusados no invólucro como uma unidade substituível de acordo com os requisitos relevantes das Seções 5 e 6 e, onde apropriado, da Seção 11.

10.9.2 Ensaios de tipo para dispositivos de dreno e respiro utilizados como componentes Ex

A união da amostra do dispositivo sob ensaio deve ser feita no final do invólucro de ensaio, montado da mesma maneira que este possa normalmente ser montado no invólucro à prova de explosão. O ensaio é realizado na mesma amostra após o ensaio de impacto de 10.8 e de acordo com 10.9.2.1 até 10.9.2.3.

NOTA O ensaio de impacto pode ser realizado na amostra, separada do ensaio do invólucro, quando esta é montada em uma placa que forma a parte final do invólucro de ensaio montado.

Para dispositivos com caminhos não mensuráveis, o tamanho máximo do poro da amostra de ensaio de bolha não deve ser menor do que 85 % do tamanho máximo especificado do poro do ensaio de bolha. Ver B.1.2.

10.9.2.1 Ensaio da capacidade do dispositivo de dreno ou respiro de suportar pressão

10.9.2.1.1 Procedimento de ensaio

As pressões de ensaio de referência para cada grupo de gás são:

Grupo I 1 200 kPa

Grupo IIA 1 350 kPa

Grupo IIB 2 500 kPa

Grupo IIC 4 000 kPa

Para fim de ensaio, uma fina membrana flexível é ajustada por cima das superfícies internas dos dispositivos de drenagem e respiro. A pressão de referência é uma das pressões relevantes dadas acima para o grupo de gás para o qual o componente é projetado.

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Um dos seguintes ensaios de sobrepressão deve ser aplicado:

1,5 vez a pressão de referência, por um período de pelo menos 10 s. Então cada componente deve ser submetido ao ensaio de rotina, ou

4 vezes a pressão de referência, por um período de pelo menos 10 s. Se o ensaio for satisfatório, não é solicitado ao fabricante aplicar o ensaio de rotina em todos os componentes a serem produzidos do tipo ensaiado.

10.9.2.1.2 Critério de aceitação

Após os ensaios de sobrepressão, o dispositivo não deve apresentar deformação permanente ou danos que afetem o tipo de proteção.

Esta amostra deve ser utilizada para todos os ensaios de tipo subseqüentes.

10.9.2.2 Ensaios térmicos

Dispositivos de drenagem e respiro como componentes Ex devem ser submetidos aos ensaios térmicos baseados no volume máximo projetado do invólucro à prova de explosão, mas não menos que o volume do ensaio conforme Figura 21.

NOTA Quando for utilizado o ensaio da Figura 21, o volume máximo pode ser calculado para ser aproximadamente 2,5 L.

Dispositivos de drenagem e respiro projetados para uso múltiplo em qualquer invólucro à prova de explosão único devem ser ensaiados adicionalmente com o invólucro.

10.9.2.2.1 Procedimento de ensaio

Para invólucros com volume menor ou igual a 2,5 L, a montagem do dispositivo de ensaio com todas as quatro seções, como mostrado na Figura 21, deve ser utilizada e o procedimento de ensaio deve ser conduzido como segue:

a posição da fonte de ignição deve estar na entrada do invólucro e a 50 mm do lado interno do final da placa de alojamento do dispositivo e os resultados observados;

as misturas de ensaio devem ser conforme 15.4.2.1, como apropriado;

a temperatura externa de superfície do dispositivo deve ser monitorada durante os ensaios;

qualquer dispositivo deve ser operado como especificado na documentação do fabricante. Após cada cinco ensaios, a mistura explosiva deve ser mantida externamente ao dispositivo por um tempo suficiente para permitir que qualquer queima contínua na face do dispositivo se torne evidente, por pelo menos 10 min, para aumentar a temperatura da superfície externa do dispositivo ou para fazer a transferência de temperatura para a face externa possível;

os ensaios devem ser realizados cinco vezes para cada mistura de gás, para o grupo de gás para o qual o dispositivo for projetado.

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Legenda

TS Posição da amostra em ensaio

I Entrada

Exh. Saída de exaustão

IG Fonte de ignição

PT Transdutor de pressão

Figura 21 � Ensaio de componentes para drenos e respiros

Para invólucros com volume maior que 2,5 L, um invólucro representativo do volume projetado deve ser utilizado e o procedimento de ensaio deve ser conduzido como segue:

as misturas de ensaio devem ser conforme 15.4.2.1, como apropriado;

a temperatura da superfície externa do dispositivo deve ser monitorada durante os ensaios;

qualquer dispositivo deve ser operado como especificado na documentação do fabricante. Após cada cinco ensaios, a mistura explosiva deve ser mantida externamente ao dispositivo por um tempo suficiente para permitir que qualquer queima contínua na face do dispositivo se torne evidente, por pelo menos 10 min, para aumentar a temperatura da superfície externa do dispositivo ou para fazer a transferência de temperatura para a face externa possível;

os ensaios devem ser realizados cinco vezes para cada mistura de gás, para o grupo de gás para o qual o dispositivo for projetado.

10.9.2.2.2 Critério de aceitação

Durante os ensaios térmicos, não deve ocorrer propagação da chama e não deve ser observada queima contínua. O dispositivo não deve apresentar evidência de dano térmico ou mecânico ou deformação que possa afetar as propriedades extintoras de chama.

A elevação da temperatura medida na superfície externa do dispositivo deve ser multiplicada por um fator de segurança de 1,2 para a determinação da classe de temperatura do equipamento elétrico.

NOTA Dispositivos de drenagem e respiro com alguma falha no ensaio de 10.9 são excluídos da avaliação como componente, porém estes podem ser utilizados como parte integrante de um invólucro à prova de explosão, desde que sejam ensaiados com o invólucro específico de acordo com 15.4.

10.9.2.3 Ensaio de não propagação de uma ignição interna

Este ensaio deve ser realizado em um dispositivo de ensaio padrão, como ilustrado na Figura 21, e realizado de acordo com 15.4.3, com os seguintes acréscimos e modificações.

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10.9.2.3.1 Procedimento de ensaio

A posição da fonte de ignição deve ser conforme mostrado na Figura 21:

na extremidade da entrada, e

a 50 mm do lado interno do final da placa do alojamento do dispositivo.

Para as finalidades do ensaio, o dispositivo deve ser montado para cada grupo de gás, de acordo com a Figura 21, e deve possuir os seguintes números de seções.

grupo I e grupo IIA: uma seção montada do dispositivo de ensaio;

grupo IIB e grupo IIC: quatro seções montadas do dispositivo de ensaio.

A mistura de gás dentro do invólucro montado para ensaio deve sofrer ignição e os ensaios devem ser realizados cinco vezes em cada ponto de ignição.

Para dispositivos de drenagem e respiro dos grupos I, IIA e IIB possuindo caminhos tanto mensuráveis como não mensuráveis, o ensaio de não propagação de 15.2.1 deve ser aplicado.

Para dispositivos de drenagem e respiro do grupo IIC com caminhos mensuráveis, o ensaio de não propagação de 15.2.2 e o de 15.4.3.2.1 ou 15.4.3.2.2 devem ser aplicados.

Para dispositivos de drenagem ou respiro do grupo IIC com caminhos não mensuráveis, o descrito em 15.4.3.2.1 (método A) ou 15.4.3.2.2 (método B) deve ser aplicado.

10.9.2.3.2 Critério de aceitação

Durante o ensaio, nenhuma ignição deve ser propagada para a câmara de ensaio circunvizinha.

10.9.3 Certificados de componentes Ex

O certificado do componente Ex deve registrar todos os detalhes necessários para especificar adequadamente o dispositivo de drenagem ou respiro para conexão ao tipo de invólucro à prova de explosão ensaiada. O certificado do componente Ex deve indicar

a) o nome do fabricante e identificar desenhos e especificações;

b) a pressão de referência limite;

NOTA A determinação do dispositivo utilizado como um componente é realizada de tal forma que a pressão de referência limite do dispositivo não seja menor que a pressão de referência do invólucro à prova de explosão (ensaiado com as entradas dos dispositivos de drenagem e respiro bujonadas) ao qual os dispositivos devam ser conectados.

c) a temperatura máxima de superfície registrada obtida durante o ensaio de tipo corrigido para 40 ºC, ou para a mais alta temperatura ambiente marcada;

d) o grupo, isto é, I, IIA, IIB ou IIC;

e) o volume máximo permitido do invólucro (baseado no ensaio térmico), se maior que 2,5 L.

Adicionalmente, o certificado do componente Ex deve requerer que cada componente Ex ou conjunto de componentes Ex seja acompanhado por uma cópia do certificado, juntamente com a declaração do fabricante atestando

conformidade com as condições do certificado;

confirmação do material, máxima dimensão de poro do ensaio de bolha e mínima densidade, quando aplicável;

instruções especiais de montagem, se houver.

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11 Dispositivos de fixação, furos associados e bujões

11.1 Os dispositivos de fixação acessíveis pela parte externa, necessários para a montagem das partes de um invólucro à prova de explosão, devem

para o grupo I, ser dispositivos de fixação especiais, atendendo aos requisitos da ABNT NBR IEC 60079-0, com as cabeças encobertas ou fornecidas com furos rebaixados ou inerentemente protegidos pela construção do equipamento,

para o grupo II, ser dispositivos de fixação especiais, atentendo aos requisitos da ABNT NBR IEC 60079-0.

NOTA Para aplicações para o grupo I, a intenção do requisito de encobrir as cabeças ou rebaixar o alojamento é fornecer alguma proteção básica contra impactos.

11.2 Não é permitida a utilização de dispositivos de fixação de materiais plásticos ou ligas leves.

11.3 Na realização dos ensaios especificados na Seção 15, as porcas e parafusos especificados pelo fabricante devem ser utilizados.

A classe do parafuso ou porca, ou limite de resistência e tipo do parafuso ou porca, utilizados durante os ensaios deve ser

a) marcada sobre o equipamento, de acordo com 20.2(a), Tabela 9, ou

b) especificada no certificado aplicável.

NOTA Ver Anexo F para detalhes informativos adicionais sobre propriedades mecânicas para parafusos e porcas.

11.4 Os parafusos prisioneiros devem estar de acordo com 11.3 e ser seguramente fixados, isto é, devem estar soldados ou rebitados ou permanentemente fixados ao invólucro por algum outro método igualmente eficaz.

11.5 Os dispositivos de fixação não devem atravessar as paredes de um invólucro à prova de explosão, a menos que estes formem uma junta à prova de explosão com a parede e não sejam destacáveis do invólucro, por exemplo, através de solda, rebite ou um método igualmente eficaz.

11.6 No caso de furos para parafusos ou parafusos prisioneiros que não atravessem as paredes dos invólucros à prova de explosão, a espessura restante da parede do invólucro à prova de explosão deve ser de pelo menos um terço do diâmetro nominal do parafuso ou prisioneiro, com um mínimo de 3 mm.

11.7 Quando os parafusos estiverem totalmente apertados nos furos cegos do invólucro, sem a montagem de arruelas, pelo menos um filete inteiro da rosca tem que permanecer livre na base do furo.

11.8 Se, para facilidade de fabricação, a parede de um invólucro à prova de explosão necessitar ter um furo passante, o furo resultante deve ser posteriormente fechado por um dispositivo de forma que as propriedades à prova de explosão do invólucro sejam mantidas. Este dispositivo deve ser fixado de forma segura de acordo com os requisitos de 11.4 para parafusos prisioneiros.

11.9 Se um invólucro à prova de explosão possuir entradas roscadas (por exemplo, para prensa-cabo ou entrada de eletroduto) e estas não forem utilizadas, estas aberturas devem ser fechadas por dispositivos de fechamento (bujões) de forma que as características à prova de explosão do invólucro sejam mantidas (ver Figura 22 para exemplos).

Os dispositivos de fechamento devem estar de acordo com o Anexo C.

O dispositivo de fechamento tem que ser construído de forma que possa ser colocado ou retirado pela parte interna ou externa da parede do invólucro à prova de explosão.

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Elementos de fechamento com trava mecânica ou por fricção devem estar de acordo com um ou mais dos requisitos de 11.9.1 a 11.9.3.

11.9.1 Se o dispositivo de fechamento for removível pela parte externa, esta remoção somente deve ser possível após a desconexão do dispositivo de retenção na parte interna do invólucro (ver Figura 22a).

11.9.2 Pode ser projetado para ser colocado ou removido somente com a utilização de uma ferramenta (ver Figura 22b).

11.9.3 Se for feito de uma construção especial na qual a inserção é realizada por um método diferente daquele utilzado para a remoção. A remoção somente deve ser realizada através de um dos métodos especificados em 11.9.1 ou 11.9.2, ou através de uma técnica especial (ver Figura 22c).

11.9.4 Um dispositivo de fechamento não deve ser utilizado com um adaptador.

11.10 Portas e tampas roscadas devem ser adicionalmente fixadas por meio de conjuntos de parafusos com cabeça sextavada, ou um método igualmente eficaz.

Figura 22a

Figura 22b

Figura 22c

Figura 22 � Exemplos de bujões para aberturas não utilizadas

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12 Materiais e resistência mecânica de invólucros � Materiais internos aos invólucros

12.1 Invólucros à prova de explosão devem suportar os ensaios descritos nas Seções 14 a 16.

12.2 Quando diversos invólucros à prova de explosão são montados em conjunto, os requisitos desta Norma aplicam-se individualmente a cada um deles e, em particular, a cada componente da interligação que os separa, incluindo todas as buchas e eixos de operação ou hastes que passam através das partes.

12.3 Quando um invólucro contém diversos compartimentos que se comunicam ou quando é subdividido devido à disposição dos componentes internos, pode ocorrer um aumento da pressão, ou da taxa de elevação da pressão acima do normal.

Tal fenômeno deve ser evitado, tanto quanto possível, pela construção do equipamento. Se for impossível evitar este fenômeno, o resultado da maior elevação de pressão deve ser considerado na construção do invólucro.

12.4 Quando for utilizado ferro fundido, o material não deve ser de qualidade inferior a 150 (ISO 185).

12.5 Líquidos não devem ser utilizados em invólucros à prova de explosão quando houver risco de produção de oxigênio, ou uma mistura explosiva mais perigosa que aquela para qual o invólucro foi projetado, pela decomposição desses líquidos. Eles podem, no entanto, ser utilizados se o invólucro for aprovado nos ensaios especificados nas Seções 14 a 16 para o tipo de mistura explosiva produzida; entretanto, a atmosfera explosiva circundante deve ser apropriada para o grupo para o qual o equipamento elétrico for construído.

12.6 Nos invólucros à prova de explosão do Grupo I, os materiais isolantes sujeitos a falhas de isolação elétrica, capazes de causar arcos no ar que causem uma corrente nominal superior a 16 A (em equipamentos de seccionamento, tais como disjuntores, contatores, interruptores), devem ter um índice de resistência superficial maior ou igual que o CTI 400 M, de acordo com a IEC 60112.

Entretanto, se os materiais isolantes acima mencionados não forem aprovados neste ensaio, eles podem ser utilizados se seu volume for limitado a 1 % do volume total do invólucro vazio ou ainda se um dispositivo de detecção adequado na fonte de alimentação para possibilitar a desconexão do fornecimento de energia para o invólucro, antes de uma possível decomposição do material isolante, e resultar em uma condição de perigo. A presença e a eficiência de tal dispositivo devem ser verificadas.

12.7 Invólucros à prova de explosão não devem ser feitos de zinco ou liga que contenha 80 % ou mais de zinco.

NOTA Zinco ou ligas de zinco tendem a se deteriorar rapidamente (particularmente esforços de tensão), especialmente em ar aquecido e úmido. Este metal e ligas são também considerados mais reativos do que a maioria dos outros metais. Desta forma, as restrições acima indicadas foram implantadas.

13 Entradas para invólucros à prova de explosão

As propriedades do invólucro à prova de explosão não são alteradas se todas as entradas estiverem de acordo com os requisitos aplicáveis desta seção. Adicionalmente, furos roscados métricos no invólucro devem possuir uma classe de tolerância de 6H ou melhor, de acordo com as ABNT NBR ISO 965-1 e ABNT NBR ISO 965-3 e se qualquer chanfro ou saída estiverem limitados a uma profundidade máxima de 2 mm a partir da parede externa do invólucro.

Furos roscados em invólucros para facilitar a entrada de prensa-cabos ou eletrodutos devem ter o tipo e o tamanho da rosca identificados, por exemplo, M25 ou ½ NPT. Isto pode ser atendido por

marcação do tipo específico e tamanho de rosca próximo ao furo, de acordo com 20.3(a), Tabela 10, ou

marcação do tipo específico e tamanho de rosca na placa de identificação, de acordo com 20.3(a), Tabela 10, ou

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identificação do tipo e tamanho específico da rosca como parte do documento de instruções de instalação, com uma marcação de referência na plaqueta de identificação (através de texto ou símbolo ISO B.3.1 da ISO 3864), de acordo com 20.3(b), Tabela 10.

O fabricante deve declarar as seguintes informações na documentação que define o equipamento elétrico:

a) os locais onde as entradas podem ser instaladas; e

b) o número máximo permitido destas entradas.

Cada entrada não deve possuir mais do que um adaptador roscado quando um adaptador for utilizado. Um elemento de fechamento não deve ser utilizado com um adaptador.

13.1 Prensa-cabos Os prensa-cabos do tipo integrado ou separado devem estar de acordo com os requisitos desta Norma e com os requisitos aplicáveis do Anexo C, e devem criar, no invólucro, os comprimentos das juntas e interstícios prescritos na Seção 5.

Onde prensa-cabos são parte integrantes do invólucro ou específicos para o invólucro, estes devem ser ensaiados como parte integrante do invólucro avaliado.

Quando os prensa-cabos são separados:

prensa-cabos roscados Ex podem ser avaliados como um equipamento. Tais prensa-cabos não devem ser submetidos aos ensaios de 15.1 nem aos ensaios de rotina da Seção 16;

outros prensa-cabos somente podem ser avaliados como um componente Ex.

13.2 Dispositivos de selagem de eletrodutos

Dispositivos de selagem de eletrodutos do tipo integrado ou separado devem atender aos requisitos desta Norma e aos requisitos de C.2.1.2 e C.3.1.2 com �dispositivos de selagem de eletrodutos� substituídos por �prensa-cabos� e devem criar, no invólucro, os comprimentos de juntas e interstícios prescritos na Seção 5.

NOTA Como tais construções impossibilitam a reutilização, onde o requisito de C.2.1.2, em que um dispositivo de selagem de eletroduto for capaz de ser instalado e removido sem danificar o composto de selagem após o período de cura especifico do composto, a reutilização destes dispositivos de selagem nem sempre é aplicável.

Quando dispositivos de selagem de eletrodutos são integrais com o invólucro ou específico ao invólucro, estes devem ser ensaiados como parte do invólucro ensaiado.

Quando dispositivos de selagem de eletrodutos são separados:

dispositivos de selagem Ex de eletrodutos roscados podem ser avaliados como um equipamento. Tais dispositivos de selagem de eletrodutos não devem ser submetidos aos ensaios de 15.1 nem aos ensaios de rotina da Seção 16;

outros dispositivos de selagem de eletrodutos somente podem ser avaliados como um componente Ex.

13.2.1 Entradas por eletrodutos são permitidas somente para equipamentos elétricos do grupo II.

13.2.2 Um dispositivo de selagem como uma unidade seladora com a aplicação do selante por cura deve ser instalado, tanto como parte do invólucro à prova de explosão ou imediatamente na entrada deste invólucro. Isto deve satisfazer o ensaio de tipo de selagem prescrito no Anexo C. Um dispositivo de selagem aprovado pode ser aplicado pelo instalador ou usuário do equipamento de acordo com as instruções fornecidas pelo fabricante do equipamento.

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NOTA Um dispositivo de selagem é considerado como montado imediatamente na entrada do invólucro à prova de explosão quando o dispositivo estiver fixado no invólucro diretamente ou através de um acessório necessário para acoplamento.

O(s) composto(s) de selagem e o(s) método(s) de aplicação devem ser especificados no certificado da unidade seladora ou do equipamento completo à prova de explosão. A parte da unidade seladora entre o composto de vedação e o invólucro à prova de explosão deve ser tratada como um invólucro à prova de explosão, isto é, as juntas devem estar de acordo com a Seção 5 e a montagem deve ser submetida aos ensaios de não propagação de 15.2.

A distância da face da selagem mais próxima ao invólucro (ou invólucro de utilização final pretendida) e a parede exterior do invólucro (ou invólucro de utilização final pretendida) deve ser tão pequena quanto possível, mas em nenhum caso deve ser maior que o tamanho do eletroduto ou 50 mm, o que for menor.

13.3 Plugues, tomadas e dispositivos acopláveis para cabos

13.3.1 Plugues e tomadas devem ser construídos e montados de forma que não alterem as propriedades à prova de explosão do invólucro no qual são montados, até mesmo quando as duas partes dos plugues e tomadas forem separadas.

13.3.2 Os comprimentos e os interstícios das juntas à prova de explosão (ver Seção 5) dos invólucros à prova de explosão de plugues, tomadas e conectores acopláveis de cabos devem ser determinados pelo volume que existe no momento da separação dos contatos, outros além daqueles utilizados para aterramento ou eqüipotencialização, ou aqueles que são partes de circuitos que estejam de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-11.

13.3.3 Para plugues, tomadas e conectores acopláveis de cabos, as propriedades à prova de explosão do invólucro devem ser mantidas no evento de uma explosão interna, quando plugues e tomadas ou conectores acopláveis de cabos são conectados em conjunto e no momento da separação destes contatos, além daqueles utilizados para aterramento ou equipotencialização, ou aqueles que são partes do circuito que estejam de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-11.

13.3.4 Os requisitos de 13.3.2 e 13.3.3 não se aplicam para plugues e tomadas nem para conectores acopláveis de cabos fixados um ao outro por meio de dispositivos especiais de fixação, em conformidade com 11.1 e os quais utilizam plaqueta com a advertência de acordo com 20.2(b), Tabela 9.

13.4 Buchas

Buchas do tipo integral ou separado devem atender aos requisitos desta Norma e aos requisitos aplicáveis do Anexo C, e criar, no invólucro, os comprimentos e interstícios de junta prescritos na Seção 5.

Quando as buchas são do tipo integral com os invólucros ou específica para o invólucro, elas devem ser ensaiadas como parte do invóluco envolvido.

Quando as buchas são separadas:

buchas Ex roscadas podem ser avaliadas como equipamento. Tais buchas não devem ser submetidas aos ensaios de 15.1, nem aos ensaios de rotina da Seção 16; e

outras buchas somente devem ser avaliadas como um componente Ex.

14 Verificações e ensaios

Os requisitos de ensaios e verificações da ABNT NBR IEC 60079-0 relativos à verificacao e ensaios são, para o tipo de proteção por invólucro à prova de explosão �d�, suplementados pelos seguintes requisitos:

A determinação da máxima temperatura de superfície, especificada na ABNT NBR IEC 60079-0 deve ser realizada sob as condições definidas na Tabela 5 desta Norma.

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Tabela 5 � Condições para a determinação da máxima temperatura de superfície

Tipo do equipamento elétrico Tensão de ensaio Condições de sobrecarga ou falta

Luminárias (sem reator) Un + 10 % Nenhum

Reator, tipo eletromagnético Un + 10 %

Un + 10 %

Efeito do retificador simulado por diodo a

Reator, tipo eletrônico Un + 10 % c

Motores Un ± 10 %b Nenhum

Resistores Un + 10 % Nenhum

Eletroímãs Un + 10 % Un e o pior caso de entreferro no ar

Outros equipamentos Un ± 10 % Como especificado pelas normas aplicáveis para equipamento industrial

NOTA Un é a tensão nominal do equipamento. Para equipamentos envolvendo uma faixa de tensão (em oposição a tensões nominais discretas), o ensaio de tensão deve ser no pior caso de tensão dentro da faixa. a O efeito do retificador é somente para ser simulado em casos de reatores para lâmpadas fluorescentes tubulares. b Alternativamente, a determinação da temperatura máxima de superfiície pode ser realizada a somente Un ± 5 % (de acordo

com a IEC 60034-1). Neste caso, esta faixa para utilização deve ser marcada sobre o equipamento e incluída nas instruções do fabricante.

c Ensaios adicionais para determinar a temperatura da luminária durante o �fim-de-vida da lâmpada� estão sendo considerados. Orientação adicional pode ser encontrada na ABNT NBR IEC 60079-7.

15 Ensaios de tipo

Os ensaios de tipo devem ser realizados na seguinte seqüência em uma das amostras nas quais foram submetidas aos ensaios do invólucro de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0:

a) determinação da pressão de explosão (pressão de referência) de acordo com 15.1.2;

b) ensaio de sobrepressão de acordo com 15.1.3;

c) ensaio de propagação de uma ignição interna de acordo com 15.2.

Os ensaios podem ser desviados desta seqüência, o ensaio de sobrepressão estática ou dinâmica pode ser feito após o ensaio de propagação de uma ignição interna ou uma outra amostra que tenha sido submetida a outros ensaios, afetando os esforços mecânicos já aplicados na primeira amostra. Em nenhum caso, após o ensaio de sobrepressão, as juntas do invólucro devem sofrer uma deformação permanente nem devem sofrer qualquer dano afetando o tipo de proteção.

O invólucro deve, em geral, ser ensaiado com todo o equipamento montado. Entretanto, isto pode ser substituído por modelos equivalentes.

Se o invólucro for projetado para diferentes tipos de equipamentos e componentes, com os arranjos detalhados de montagem declarados pelo fabricante, o invólucro pode ser ensaiado vazio, desde que submetido à mais severa condição de pressão de explosão aplicada e submetido a outros requisitos de segurança da ABNT NBR IEC 60079-0 que possam ser confirmados.

Se o invólucro for projetado para que possa ser utilizado na ausência de uma parte do equipamento interno, o ensaio deve ser realizado sob as condições consideradas como a mais severa. Em ambos os casos o certificado deve indicar os tipos de equipamentos internos permitidos e seu arranjo de montagem.

Juntas de partes removíveis de invólucros à prova de explosão devem ser ensaiadas nas piores condições de montagem.

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15.1 Ensaio da capacidade do invólucro suportar a pressão

15.1.1 Generalidades

O objetivo destes ensaios é verificar se o invólucro pode suportar a pressão de uma explosão interna.

O invólucro deve ser submetido aos ensaios de acordo com 15.1.2 e 15.1.3.

Os ensaios são considerados satisfatórios se o invólucro não sofrer deformação permanente ou dano que comprometa o tipo de proteção. Adicionalmente, as juntas não podem em nenhuma parte ter sido permanentemente aumentadas.

15.1.2 Determinação da pressão de explosão (pressão de referência)

A pressão de referência é o maior valor da máxima pressão regular relativa à pressão atmosférica, observada durante este ensaio. Para regularização, um filtro passa-baixa com um ponto 3 dB de 5 kHz 10 % deve ser utilizado.

Para equipamentos elétricos destinados para utilização a uma temperatura ambiente abaixo de � 20 °C, a pressão de referência deve ser determinada através de um dos seguintes métodos:

Para todos os equipamentos elétricos a pressão de referência deve ser determinada a uma temperatura não maior do que a mínima temperatura ambiente.

Para todo equipamento elétrico a pressão de referência deve ser determinada a uma temperatura ambiente normal, utilizando misturas de ensaios definidas, mas com um aumento de pressão. A pressão absoluta de uma mistura de ensaio (P), em kPa, deve ser calculada pela seguinte fórmula, utilizando Ta, min em °C:

P = [293 / (Ta, min + 273)] kPa

Para equipamentos elétricos outros que máquinas elétricas girantes (tais como motores elétricos, geradores e tacômetros) que envolvam geometria interna simples (ver Anexo D) com o volume do invólucro não excedendo 3 L, quando vazio, tal que a pré-compressão não é considerada provável, a pressão de referência deve ser determinada à temperatura ambiente normal utilizando a(s) mistura(s) de ensaio definida, mas com um aumento de pressão pelos fatores dados na tabela abaixo.

Para equipamentos elétricos outros que máquinas elétricas girantes (tais como motores elétricos, geradores e tacômetros) que envolvam geometria interna simples (ver Anexo D) com o volume do invólucro não excedendo 10 L, quando vazio, tal que a pré-compressão não seja considerada provável, a pressão de referência deve ser determinada à temperatura ambiente normal utilizando a(s) mistura(s) de ensaio definida(s), mas com um aumento de pressão pelos fatores dados na tabela abaixo. Para esta alternativa o ensaio de pressão para o ensaio de tipo de sobrepressão de acordo com 15.1.3.1 deve ser 4 vezes maior que a pressão de referência. O ensaio de rotina não é permitido para 1,5 vez.

Mínima temperatura ambiente °C

Fator de ensaio

� 20 (ver Nota) 1,0

� 30 1,37

� 40 1,45

� 50 1,53

� 60 1,62

NOTA Isto cobre equipamentos projetados para a faixa de temperatura ambiente padrão especificada na ABNT NBR IEC 60079-0.

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15.1.2.1 Cada ensaio consiste na ignição de uma mistura explosiva no interior do invólucro e medição da pressão desenvolvida pela explosão.

A mistura deve ser ignitada por uma ou mais fontes de ignição. Entretanto, quando o invólucro contiver um dispositivo que produza centelha, capaz de provocar a ignição da mistura explosiva, este dispositivo pode ser utilizado para produzir explosão. (Contudo isto não é necessário para produzir a potência máxima para a qual este dispositivo é projetado).

A pressão desenvolvida durante a explosão deve ser determinada e registrada durante cada ensaio. A localização das fontes de ignição, bem como aquelas dos dispositivos de registro de pressão, são determinadas pelo laboratório para encontrar a combinação que produza a mais alta pressão. Quando gaxetas removíveis são especificadas pelo fabricante, elas devem ser fixadas ao equipamento elétrico sob ensaio.

O número de ensaios a serem executados e a mistura explosiva a ser utilizada, na razão volumétrica com o ar e a pressão atmosférica, são os seguintes:

equipamentos elétricos do grupo I: três ensaios com (9,8 0,5) % de metano;

equipamentos elétricos do grupo IIA: três ensaios com (4,6 0,3) % de propano;

equipamentos elétricos do grupo IIB: três ensaios com (8 0,5) % de etileno;

equipamentos elétricos do grupo IIC: três ensaios com (14 1) % de acetileno e três ensaios com (31 1) % de hidrogênio.

15.1.2.2 Máquinas elétricas girantes devem ser ensaiadas em repouso e em movimento. Quando elas são ensaiadas em movimento, elas podem ser movidas pelo próprio motor ou por um motor auxiliar. A rotação mínima de ensaio deve ser de pelo menos 90 % da rotação máxima nominal da máquina.

NOTA Se o motor for destinado a ser acionado por conversor de freqüência, é necessário que o fabricante considere as especificações das rotações nominais que cubram as aplicações presentes e futuras.

Todos motores devem ser ensaiados com pelo menos dois transdutores, sendo um localizado no final de cada extremidade do eixo do motor. A ignição deve ser iniciada em cada extremidade do motor de cada vez, com o motor tanto em repouso como em movimento. Isto resulta em pelo menos quatro séries de ensaios. Se uma caixa de ligação for fornecida de modo que esteja interconectada ao motor e não seja selada, um terceiro conjunto de transdutor e uma série adicional de ensaios são necessários.

15.1.2.3 Nos casos onde pode ocorrer pré-compressão durante o ensaio de propagação dos invólucros, os ensaios devem ser executados por pelo menos cinco vezes com cada gás de 15.1.2.1 para o grupo de gás adequado. Para o grupo IIB estes devem ser posteriormente repetidos a pelo menos cinco vezes com uma mistura de (24 1) % de hidrogênio/metano (85/15).

NOTA 1 Existe a suposição de pré-compressão quando

os valores de pressão obtidos durante uma série de ensaios, com desvio de um para o outro por um fator de 1,5, ou

o tempo de elevação de pressão for menor que 5 ms.

NOTA 2 A necessidade para a condução desta repetição de ensaios é baseada nos princípios (1) quando pré-compressão não está envolvida, etileno resulta no pior caso de pressão representativa, e (2) quando pré-compressão está envolvida, não será necessária a repetição dos ensaios. Desta forma, de acordo com esta premissa, quando pré-compressão é um fator de preocupação, ensaio adicional com uma mistura de (24 1) % de hidrogênio/metano (85/15) é requerido.

15.1.2.4 Equipamentos elétricos destinados para serem utilizados em um único gás específico podem ser ensaiados com uma mistura daquele gás com o ar à pressão atmosférica que proporcione a mais alta pressão de explosão. Tais equipamentos elétricos devem então ser avaliados não para o grupo correspondente, mas somente para o gás considerado. A restrição de utilização deve ser devidamente indicada, conforme especificado em 29.2-e) da ABNT NBR IEC 60079-0.

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Quando a exclusão de um gás específico ou gases for solicitada, o equipamento deve ser marcado �X� de acordo com 29.2 item i) da ABNT NBR IEC 60079-0 e especificado no certificado. Dupla marcação pode ser aplicada para um gás específico e para o próximo grupo abaixo do grupo deste gás (por exemplo, IIB + H2), se o invólucro foi submetido não somente ao ensaio para o gás específico, mas também para aqueles necessários para o grupo abaixo.

15.1.3 Ensaio de sobrepressão

Este ensaio deve ser realizado por um dos seguintes métodos, que são considerados equivalentes.

Para equipamentos elétricos destinados para utilização em uma temperatura ambiente abaixo de � 20 ºC, o ensaio de sobrepressão deve ser conduzido em uma temperatura não maior que a mínima temperatura ambiente. Onde as propriedades de resistência à tração e flexão do material utilizado são mostradas pelas especificações do material que não diminuem de forma significativa em baixa temperatura, o ensaio de sobrepressão pode ser conduzido em ambiente normal.

15.1.3.1 Ensaio de sobrepressão � Primeiro método (estático)

A pressão relativa aplicada deve ser

1,5 vez a pressão de referência, ou

4 vezes a pressão de referência para invólucros não submetidos a ensaios de sobrepressão de rotina, ou

as seguintes pressões, quando a determinação da pressão de referência for impraticável devido ao pequeno tamanho do equipamento.

Volume cm Grupo Pressão

kPa

10 I, IIA, IIB, IIC 1 000

> 10 I 1 000

> 10 IIA, IIB 1 500

> 10 IIC 2 000

O período de aplicação da pressão deve ser de pelo menos 10 s.

O ensaio é realizado uma vez.

O ensaio de sobrepressão deve ser considerado satisfatório se o resultado estiver em conformidade com 15.1.1 e se não houver vazamentos através das paredes do invólucro.

15.1.3.2 Ensaio de sobrepressão � Segundo método (dinâmico)

Os ensaios dinâmicos devem ser realizados de tal modo que a máxima pressão na qual o invólucro é submetido seja 1,5 vez a pressão de referência.

Quando o ensaio for realizado com misturas especificadas em 15.1.2.1, estes podem ser pré-comprimidos para produzir uma pressão de explosão de 1,5 vez a pressão de referência.

O ensaio deve ser realizado somente uma vez, exceto para equipamentos elétricos do grupo IIC, no qual cada ensaio deve ser realizado três vezes com cada gás.

O ensaio de sobrepressão deve ser considerado satisfatório se o resultado do ensaio estiver em conformidade com 15.1.1.

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15.2 Ensaio de não propagação de uma ignição interna Gaxetas (ver 5.4) devem ser removidas. O invólucro é colocado em uma câmara de ensaio. A mesma mistura explosiva é introduzida no interior do invólucro e na câmara de ensaio, à pressão atmosférica.

Os comprimentos das passagens de chama (acoplamentos) das juntas roscadas do(s) corpo(s)-de-prova ensaiado(s) devem ser reduzidos de acordo com a Tabela 6.

Os comprimentos de juntas de encaixe, cilíndricas e flangeadas do(s) corpo(s)-de-prova ensaiado(s) não devem ser maiores que 115 % do mínimo comprimento declarado pelo fabricante.

Interstícios flangeados de juntas de encaixe, onde o comprimento da junta L consiste somente na parte cilíndrica (ver Figura 2b), devem ser aumentados para valores não menores que 1 mm para grupos I e IIA, não menores que 0,5 mm para grupo IIB e não menores que 0,3 mm para grupo IIC.

NOTA Requisitos de interstícios para o(s) corpo(s)-de-prova ensaiado(s) são incluídos em 15.2.1 (para grupos I, IIA e IIB) e em 15.2.2 (para grupo IIC).

Para equipamentos com passagens de chama, outras que não juntas roscadas, e destinados para utilização em uma temperatura ambiente acima de 60 ºC, os ensaios de não propagação devem ser conduzidos sob uma das seguintes condições:

em uma temperatura não menor que a máxima temperatura ambiente especificada;

em temperatura ambiente normal utilizando a mistura de ensaio definida com aumento de pressão de acordo com os fatores na Tabela 7;

em pressão atmosférica e temperatura normais, mas com interstício de ensaio iE aumentado pelos fatores declarados na Tabela 7.

Se os invólucros forem construídos de diferentes materiais com diferentes coeficientes de temperatura, e se isto tiver uma influência nas dimensões de interstícios (por exemplo, no caso de uma janela de vidro formando um interstício cilíndrico com a carcaça metálica), um dos seguintes itens deve ser aplicado para o ensaio de propagação de chama:

o interstício máximo calculado, iC,T, levando em consideração o interstício máximo construtivo em 20 ºC e o aumento do interstício na temperatura ambiente máxima especificada, Ta,máx, deve ser verificado pelo aumento do interstício de ensaio iE para pelo menos 90 % do máximo interstício calculado em Ta, máx; ou

o interstício máximo calculado, iC,T, levando em consideração o interstício máximo construtivo em 20 ºC e o aumento do interstício na temperatura ambiente máxima especificada, Ta,máx, deve ser verificado utilizando o aumento de pressão da mistura de ensaio definida de acordo com a fórmula

9,0/ ETC,v iiP

Tabela 6 � Redução no comprimento de uma junta roscada para ensaio de não propagação Redução no comprimento

Grupos I, IIA e IIB

(15.2.1)

Grupo IIC

(15.2.2) Tipo da junta roscada

15.2.1.1 15.2.1.2 15.2.2.1 15.2.2.2

Cilíndrica, de acordo com a ABNT NBR ISO 965, passo médio, ou melhor

Sem redução Sem redução Sem redução Sem redução

Cilíndrica, com tolerâncias maiores do que as permitidas acima 1/3 1/2 1/2 1/3

Cônica - NPT Sem redução Sem redução Sem redução Sem redução

NOTA Para roscas cônicas, recomenda-se que a junta seja ensaiada com o mínimo aperto manual permitido na Norma de rosca nos extremos das tolerâncias.

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Tabela 7 � Fatores de ensaio para aumento de pressão ou interstício de ensaio (iE)

Temperatura até °C

Grupo I 12,5 % CH4/H2

Grupo IIA 55 % H2

Grupo IIB 37 % H2

Grupo IIC 27,5 % H2 7,5 % C2H2

60 1,00 1,00 1,00 1,50

70 1,06 1,05 1,04 1,67

80 1,07 1,06 1,05 1,70

90 1,08 1,07 1,06 1,73

100 1,09 1,08 1,06 1,74

110 1,10 1,09 1,07 1,77

120 1,11 1,10 1,08 1,80

125 1,12 1,11 1,09 1,83

A ABNT NBR IEC 60079-14 limita a instalação de equipamentos empregando tipos de proteção �d� que incorporam juntas flangeadas (planas). Especificamente não é permitido que as juntas flangeadas do equipamento sejam instaladas mais próximas que as dimensões indicadas na Tabela 8, a objetos sólidos que não sejam parte do equipamento, a menos que o equipamento seja também ensaiado.

Se ensaiado à distância menor que na Tabela 8, este equipamento deve ter a distância mínima de obstruções especificada no certificado. Também o equipamento pode ser marcado de acordo com 20.3 (c), Tabela 10.

Tabela 8 � Distâncias mínimas de obstrução a partir de aberturas de flanges à prova de explosão �d�

Grupo do gás Distância mínima mm

IIA 10

IIB 30

IIC 40

15.2.1 Equipamentos elétricos dos grupos I, IIA e IIB

15.2.1.1 Os interstícios iE dos invólucros devem ser pelo menos iguais a 90 % do máximo interstício construtivo ic , como especificado nos desenhos do fabricante (0,9 iC iE iC).

As misturas explosivas a serem utilizadas, na razão volumétrica com o ar e à pressão atmosférica, são as seguintes:

equipamentos elétricos do grupo I: (12,5 0,5) % metano � hidrogênio [(58 1) % metano e (42 1) % hidrogênio] (MESG = 0,8 mm);

equipamentos elétricos do grupo IIA: (55 0,5) % hidrogênio (MESG = 0,65 mm);

equipamentos elétricos do grupo IIB: (37 0,5) % hidrogênio (MESG = 0,35 mm).

NOTA A mistura explosiva escolhida para este ensaio assegura que as juntas evitem a propagação de uma ignição interna, com uma margem conhecida de segurança. Esta margem de segurança, K, é a razão entre o máximo interstício experimental seguro do gás representativo do grupo em questão e o máximo interstício experimental seguro do gás escolhido para o ensaio.

equipamentos elétricos do grupo I: 42,18,0

14,1K (metano);

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equipamentos elétricos do grupo IIA: 42,165,092,0K (propano);

equipamentos elétricos do grupo IIB: 85,135,065,0K (etileno).

Alternativamente, se o interstício de um corpo-de-prova ensaiado não satisfizer as condições acima, um dos seguintes métodos pode ser utilizado para o ensaio de tipo de não propagação de uma ignição interna:

uma mistura gás/ar com um menor valor MESG:

IE / IC Mistura

Grupo I 0,75

0,6

55 % H2 ± 0,5

50 % H2 ± 0,5

Grupo IIA 0,75

0,6

50 % H2 ± 0,5

45 % H2 ± 0,5

Grupo IIB 0,75

0,6

28 % H2 ± 1

28 % H2 ± 1

a 140 kPa

� pré-compressão das misturas normais de ensaio de acordo com a seguinte fórmula:

Pk = E

C

i

i 0,9

onde Pk é o fator de pré-compressão.

15.2.1.2 Se invólucros do grupo IIA e IIB puderem ser destruídos ou danificados pelo ensaio de 15.2.1.1, é permitido que o ensaio seja realizado aumentando-se os interstícios acima dos valores máximos especificados pelo fabricante. O fator de aumento do interstício é 1,42 para os equipamentos elétricos do grupo IIA e 1,85 para os equipamentos elétricos do grupo IIB. A mistura explosiva a ser utilizada no invólucro e na câmara de ensaio, na razão volumétrica com o ar e à pressão atmosférica, é a seguinte:

para equipamentos elétricos do grupo IIA: (4,2 0,1) % propano;

para equipamentos elétricos do grupo IIB: (6,5 0,5) % etileno.

15.2.1.3 O ensaio de 15.2.1.1 ou 15.2.1.2 deve ser realizado cinco vezes. O resultado do ensaio é considerado satisfatório se a ignição não for transmitida para a câmara de ensaio.

15.2.2 Equipamentos elétricos do grupo IIC

Os seguintes métodos podem ser utilizados para este ensaio.

NOTA O primeiro e segundo métodos abaixo são equivalentes em seus fatores de segurança, 1.5, e o mínimo interstício de ensaio de 90 %. Isto é atendido tanto pelo aumento da pressão ou pelo aumento da dimensão do interstício do ensaio, em um método equivalente.

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15.2.2.1 Primeiro método Todos os interstícios de juntas diferentes de juntas roscadas devem ser aumentados para o valor

1,35 iC iE 1,5iC

com um mínimo de 0,1 mm para juntas flangeadas

onde

Ei é o interstício de ensaio;

Ci é o máximo interstício construtivo, conforme especificado nos desenhos do fabricante.

As seguintes misturas explosivas, na razão volumétrica com o ar e à pressão atmosférica, são utilizadas no invólucro e na câmara de ensaio:

� (27,5 1,5) % hidrogênio, e

� (7,5 1) % acetileno.

Cinco ensaios devem ser realizados com cada mistura. Se o equipamento for projetado para ser utilizado somente com hidrogênio ou somente com acetileno, os ensaios devem ser realizados somente com a mistura de gás correspondente.

NOTA Quando da preparação da amostra de ensaio utilizando uma junta cilíndrica de uma ponta de um eixo de uma máquina girante com mancais com rolamentos de esferas, o interstício de ensaio iE é baseado na distância diametral da Tabela 1 ou Tabela 2, e não na distância radial de 8.2.2.

15.2.2.2 Segundo método

O invólucro deve ser ensaiado com um interstício de ensaio iE de acordo com a seguinte fórmula:

0,9 iC iE iC

O invólucro e a câmara de ensaio são preenchidos com uma das misturas de gás especificadas pelo primeiro método a uma pressão igual a 1,5 vez a pressão atmosférica.

O ensaio deve ser realizado cinco vezes com cada mistura explosiva.

Alternativamente, se os interstícios de um corpo-de-prova ensaiado não preencherem as condições acima, o seguinte método pode ser utilizado.

Pré-compressão das misturas de ensaio normal de acordo com a seguinte fórmula:

1,35 E

Ck i

iP

onde Pk é o fator de pré-compressão.

NOTA Quando da preparação da amostra de ensaio utilizando uma junta cilíndrica de uma ponta de um eixo de uma máquina girante com mancais com rolamentos de esferas, o interstício de ensaio iE é baseado na distância diametral da Tabela 1 ou Tabela 2, e não na distância radial de 8.2.2.

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15.2.2.3 Equipamentos elétricos que são produção de uma única peça devem ser ensaiados cinco vezes com interstícios inalterados e com cada uma das misturas explosivas especificadas em 15.2.2.1 à pressão atmosférica e os requisitos dimensionais de 5.1 aplicáveis.

15.3 (Reservado para utilização futura)

15.4 Ensaios de invólucros à prova de explosão com dispositivos de drenagem e respiros

Os ensaios de acordo com 15.4.1 a 15.4.3 devem ser realizados na amostra na seguinte seqüência após o ensaio de impacto de 10.8.

Para dispositivos com caminhos não mensuráveis, a dimensão máxima dos poros no ensaio de borbulhamento da amostra não deve ser menor que 85 % da dimensão máxima especificada dos poros. Ver Anexo B.

15.4.1 Ensaio da capacidade do invólucro para suportar pressão

O ensaio deve ser realizado de acordo com 15.1 com as seguintes complementações e modificações.

15.4.1.1 Para determinação da pressão de explosão de acordo com 15.1.2, dispositivos de drenagem e respiros devem ser substituídos por bujões sólidos.

15.4.1.2 Para o ensaio de sobrepressão de acordo com 15.1.3, uma fina membrana flexível (por exemplo, uma fina folha plástica) deve ser montada nas superfícies internas dos dispositivos de drenagem e respiro. Após o ensaio de sobrepressão, o dispositivo não deve demonstrar deformação permanente ou danos que afetem o tipo de proteção.

15.4.2 Ensaios térmicos

15.4.2.1 Procedimentos de ensaio

O invólucro, com o(s) dispositivo(s) montado(s), deve ser ensaiado de acordo com o método descrito em 15.4.3.1, mas com a fonte de ignição somente na posição para obter os resultados térmicos mais desfavoráveis.

A temperatura da superfície externa do(s) dispositivo(s) deve ser monitorada durante o ensaio. O ensaio deve ser realizado cinco vezes. A mistura de ensaio a ser utilizada deve ser (4,2 0,1) % propano na razão volumétrica com ar e à pressão atmosférica. Adicionalmente, para dispositivos projetados para uso em acetileno, deve ser utilizado (7,5 1,0) % de acetileno na razão volumétrica com ar e à pressão atmosférica.

Em um invólucro onde exista a possibilidade de um fluxo forçado ou induzido de um gás potencialmente perigoso, o invólucro deve ser arranjado durante o ensaio para que o gás possa fluir através do(s) dispositivo(s) e do invólucro.

Qualquer sistema de ventilação ou amostragem deve ser operado conforme especificado na documentação do fabricante. Após cada um dos cinco ensaios, a mistura explosiva externa deve ser mantida por um tempo suficiente para permitir qualquer queima contínua na face do dispositivo para tornar evidente (por exemplo, por pelo menos 10 min para elevar a temperatura da superfície externa do dispositivo ou para que seja possível transferir calor para a face externa).

15.4.2.2 Critério de aceitação

Nenhuma queima contínua deve ser observada. Nenhuma propagação de chama deve ocorrer. O aumento da temperatura medida na superfície externa do dispositivo deve ser multiplicado por um fator de segurança 1,2 para a determinação da classe de temperatura do equipamento elétrico.

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15.4.3 Ensaio de não propagação de uma ignição interna

Este ensaio deve ser realizado de acordo com 15.2, com as seguintes complementações e modificações.

15.4.3.1 Procedimento de ensaio

Uma fonte de ignição deve ser primeiramente colocada próxima da superfície interna do dispositivo de respiro e drenagem e subseqüentemente em um ou mais locais prováveis de ocorrer o maior pico de pressão de explosão e uma taxa de aumento de pressão na face do dispositivo. Onde o invólucro possuir mais de um dispositivo idêntico, o dispositivo a ser ensaiado deve ser aquele que dará o resultado mais desfavorável. A mistura de ensaio dentro do invólucro deve ser acesa. O ensaio deve ser realizado cinco vezes para cada posição da fonte de ignição.

15.4.3.2 Ensaio de não propagação para dispositivos de drenagem e respiro

Para dispositivos de drenagem e respiros do Grupo I, IIA e IIB, o ensaio de não propagação de 15.2.1 deve ser aplicado.

Para dispositivos de drenagem e respiro do grupo IIC com caminhos mensuráveis, deve ser aplicado o descrito em 15.2.2 e também 15.4.3.2.1 ou 15.4.3.2.2. Para dispositivos de drenagem e respiro do grupo IIC com caminhos não mensuráveis, deve ser aplicado o descrito em 15.4.3.2.1 ou 15.4.3.2.2.

15.4.3.2.1 Método A

Para dispositivos projetados para utilização somente em hidrogênio, somente o ensaio com mistura hidrogênio/ar é requerido. Os ensaios são realizados cinco vezes com cada mistura. Os ensaios são realizados de acordo com 15.2.2.2 e 15.4.3.1.

15.4.3.2.2 Método B

A utilização deste método envolve limitações da faixa dos gases abrangidos do grupo IIC. A restrição de utilização deve ser indicada conforme especificado em 29.2 item e) da ABNT NBR IEC 60079-0.

Onde for requerida a exclusão de um gás específico ou gases, o equipamento deve ser marcado �X� de acordo com 29.2 item i) da ABNT NBR IEC 60079-0, e especificado no certificado.

O dissulfeto de carbono está excluído para invólucros com um volume maior que 100 cm3.

As misturas de ensaio a serem utilizadas consistem nas seguintes razões volumétricas e à pressão atmosférica:

a) (40 1) % hidrogênio, (20 1) % oxigênio e o restante nitrogênio;

b) (10 1) % acetileno, (24 1) % oxigênio e o restante nitrogênio.

O ensaio deve ser realizado cinco vezes com cada mistura, de acordo com 15.4.3.1.

Para dispositivos projetados para utilizar somente em hidrogênio, somente a mistura de ensaio é utilizada.

15.4.3.3 Critérios de aceitação

O resultado do ensaio é considerado satisfatório se nenhuma ignição for propagada para a câmara de ensaio.

16 Ensaios de rotina

16.1 Os seguintes ensaios de rotina objetivam assegurar que o invólucro resista à pressão e também que não contenham nenhum orifício ou fenda conectando ao exterior.

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Os ensaios de rotina incluem um ensaio de sobrepressão realizado de acordo com um dos métodos descritos pelo ensaio de tipo em 15.1.3. Para equipamentos destinados para utilização em uma temperatura ambiente abaixo de � 20 °C, um ensaio de pressão em temperatura ambiente normal é suficiente.

16.1.1 O ensaio de rotina de sobrepressão pode ser realizado pelo primeiro método mesmo quando o ensaio de tipo de sobrepressão tiver sido realizado pelo segundo método.

Quando não for possível a determinação da pressão de referência e quando um ensaio dinâmico apresentar risco ao invólucro do equipamento (enrolamentos etc.), as pressões estáticas a serem aplicadas são as seguintes:

Volume cm

Grupo Pressão kPa

10 I, IIA, IIB, IIC 1 000

> 10 I 1 000

> 10 IIA, IIB 1 500

> 10 lIC 2 000

16.1.2 Quando o segundo método for escolhido, o ensaio de rotina consiste

ou em um ensaio de explosão com a mistura explosiva apropriada especificada em 15.1.2 (para a determinação da pressão de explosão) a 1,5 vez a pressão atmosférica dentro e fora do invólucro;

ou em um ensaio dinâmico de sobrepressão como descrito em 15.1.3.2 para ensaios de tipo, seguido por um ensaio de não-propagação com misturas explosivas conforme especificado em 15.2.1.2 ou 15.2.2.1 (ensaio para não-propagação de uma ignição interna, com interstícios aumentados) dentro e fora do invólucro à pressão atmosférica;

ou em um ensaio dinâmico de sobrepressão como descrito em 15.1.3.2 para ensaios de tipo, seguido de um ensaio estático a uma pressão de pelo menos 200 kPa.

16.1.3 Para o ensaio de rotina, é suficiente ensaiar o invólucro vazio. Entretanto, se o ensaio de rotina for dinâmico e o equipamento interno influenciar no aumento de pressão durante uma explosão interna, as condições do ensaio devem considerar estas influências.

As partes individuais de um invólucro à prova de explosão (por exemplo, tampa e base) podem ser ensaiadas separadamente. As condições do ensaio devem ser tais que os esforços sejam comparáveis àqueles aos quais essas partes são expostas no invólucro completo.

16.2 Ensaios de rotina não são requeridos para invólucros com um volume menor ou igual a 10 cm3. Esta exceção também se aplica a invólucros com um volume maior que 10 cm3 quando o ensaio de tipo prescrito tiver sido realizado a uma pressão estática de quatro vezes a pressão de referência. Entretanto, invólucros construídos com solda devem, em todos os casos, ser submetidos aos ensaios de rotina.

Não estão isentos do ensaio de rotina de sobrepressão os invólucros em que a medição da pressão de referência for impraticável.

Ensaios de rotina não são requeridos para buchas não específicas para um invólucro à prova de explosão, se o procedimento de montagem for suficientemente documentado (ver C.2.1.4).

16.3 Os ensaios de rotina são considerados satisfatórios se

o invólucro resistir à pressão sem sofrer deformação permanente das juntas ou dano ao invólucro, e

quando o ensaio tiver sido realizado pelo ensaio dinâmico seguido pelo estático de 16.1.2, não existirem vazamentos através das paredes do invólucro ou, se ensaiado dinamicamente, não existir propagação de uma ignição interna.

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17 Conjuntos de manobra para o Grupo I

Invólucros à prova de explosão do grupo I que são abertos no local regularmente, por exemplo, para finalidades de ajustes ou para rearmar relés de proteção, e que contenham dispositivos de manobra operados remotamente nos quais os circuitos podem por uma influência externa ser conectados ou desconectados (por exemplo, mecânicos, elétricos, optoeletrônicos, pneumáticos, acústicos, magnéticos ou térmicos) quando esta influência não for aplicada manualmente ao próprio instrumento, que podem produzir em serviço arcos ou centelhas capazes de ignitar uma mistura explosiva, devem satisfazer os seguintes requisitos.

17.1 Meios de isolação

Todos os condutores acessíveis, exceto aqueles de circuitos intrinsecamente seguros conforme a ABNT NBR IEC 60079-11 e aqueles para continuidade ou aterramento, devem ser capazes de ser isolados da fonte de alimentação antes da abertura do invólucro à prova de explosão.

Os meios de isolação destes invólucros à prova de explosão devem estar de acordo com 17.1.1, 17.1.2 ou 17.1.3.

17.1.1 Os meios de isolação devem ser montados dentro do invólucro à prova de explosão, nos casos em que partes que permaneceram energizadas após a abertura dos meios de isolação devem também

ser protegidas por um dos tipos de proteção normalizados listados na ABNT NBR IEC 60079-0, ou

possuir distâncias de isolamento e escoamento entre fases e terra conforme os requisitos da ABNT NBR IEC 60079-7, e devem ser protegidos por um invólucro que tenha no mínimo um grau de proteção IP20 de acordo com a IEC 60529, arranjado de forma que uma ferramenta não possa entrar em contato com as partes energizadas através de qualquer abertura. Isto não se aplica às partes de circuitos intrinsecamente seguros que atendam a ABNT NBR IEC 60079-11 e que permaneçam energizadas.

Em qualquer caso, uma marcação por exemplo 20.2(c), Tabela 9, deve ser fixada na tampa protetora das partes que permanecem energizadas.

17.1.2 Os meios de isolação devem ser instalados dentro de algum outro invólucro que atenda a algum tipo de proteção listado na ABNT NBR IEC 60079-0.

17.1.3 Os meios de isolação devem consistir em uma tomada e plugue ou um acoplador de cabo que atenda aos requisitos de 13.3.

17.2 Portas ou tampas

17.2.1 Portas ou tampas de atuação rápida

Estas portas devem ser intertravadas mecanicamente com um isolador, de forma que

17.2.1.1 o invólucro mantenha as suas características de invólucro à prova de explosão, tipo de proteção "d", enquanto o isolador estiver fechado e

17.2.1.2 o isolador possa somente ser fechado quando estas portas ou tampas assegurarem as características do invólucro à prova de explosão, tipo de proteção �d�.

17.2.2 Portas ou tampas fixadas por parafusos

Estas portas ou tampas devem exibir uma marcação, por exemplo, 20.2 (c ), Tabela 9.

17.2.3 Portas ou tampas roscadas

Estas portas ou tampas devem exibir uma marcação, por exemplo, 20.2 (c ), Tabela 9.

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18 Porta-lâmpadas e bases de lâmpada

Os seguintes requisitos são aplicados para porta-lâmpada e bases de lâmpada que em conjunto têm que formar um invólucro à prova de explosão, tipo de proteção �d�, e que podem ser utilizados em luminárias de segurança aumentada, tipo de proteção �e�.

18.1 Dispositivo para evitar que a lâmpada afrouxe em operação

O dispositivo que evita que as lâmpadas se afrouxem em operação, requerido na ABNT NBR IEC 60079-7, segurança aumentada �e�, pode ser omitido para porta-lâmpada roscados providos com uma chave de ação rápida em um invólucro à prova de explosão, tipo de proteção �d�, a qual interrompe todos os pólos do circuito da lâmpada antes da separação do contato.

18.2 Suportes e protetores para lâmpadas com protetores cilíndricos

18.2.1 Suportes e protetores para lâmpadas florescentes tubulares devem atender aos requisitos dimensionais da folha de dados Fa6 da IEC 60061.

18.2.2 Para outros suportes, os requisitos da Seção 5 devem ser aplicados, mas o comprimento da junta à prova de explosão entre o suporte e o protetor deve ser de pelo menos 10 mm no momento da separação do contato.

18.3 Suportes para lâmpadas com protetores roscados

18.3.1 A parte roscada do protetor deve ser de um material resistente à corrosão sob as condições de serviço previstas.

18.3.2 No momento da separação do contato, quando a lâmpada é removida, pelo menos dois filetes completos de rosca devem estar acoplados.

18.3.3 Para porta-lâmpada roscados E26/E27 e E39/E40, o contato elétrico deve ser estabelecido por elementos de contato carregados por molas. Adicionalmente, para equipamentos elétricos do grupo IIB ou IIC, a abertura e o fechamento dos contatos durante a inserção e/ou remoção da lâmpada deve ocorrer no interior de um invólucro à prova de explosão, tipo de proteção �d�, do grupo IIB ou IIC, respectivamente.

NOTA Para porta-lâmpada roscados E10 e E14, os requisitos de 18.3.3 não são necessários.

19 Invólucros não metálicos e partes não metálicas de invólucros

Os seguintes requisitos aplicam-se aos invólucros não metálicos e às partes não metálicas de invólucros, exceto para

anéis de vedação de prensa-cabos ou unidades seladoras de eletrodutos; e

partes não metálicas das quais o tipo de proteção não depende.

19.1 (Reservada para utilização futura)

19.2 Requistos construtivos especiais

19.2.1 Resistência ao trilhamento e distância de escoamento em superfícies internas das paredes do invólucro

Quando um invólucro ou uma parte de um invólucro de material não metálico é utilizado para suportar as partes vivas de um condutor, a resistência ao trilhamento e as distância de escoamento entre as superfícies internas das paredes do invólucro devem estar em conformidade com os requisitos da ABNT NBR IEC 60079-7.

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Entretanto, para invólucros de equipamentos elétricos do grupo I, os quais podem estar sujeitos a fadigas elétricas que sejam capazes de produzir arcos no ar e que resultem de correntes nominais superiores a 16 A, os requisitos estabelecidos em 12.6 devem ser observados.

19.3 Requisitos suplementares para ensaios de tipo

Os ensaios de tipo especificados na ABNT NBR IEC 60079-0 devem ser complementados com os ensaios indicados em 19.3.1 e 19.3.2.

19.3.1 Ensaios para verificação das caracteristicas à prova de explosão

19.3.1.1 Procedimento de ensaio

Os ensaios para verificação das características à prova de explosão devem ser realizados, na seguinte ordem, como descrito em 19.3.1.2 até 19.3.1.4.

19.3.1.2 Ensaio da capacidade do invólucro para suportar sobrepressão

A determinação da pressão de referência como descrito em 15.1.2 pode ser realizada em uma amostra que não tenha sido submetida aos ensaios de invólucros de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0

Os ensaios de sobrepressão como descritos em 15.1.3 devem ser realizados em todas as amostras previamente submetidas aos ensaios de invólucros da ABNT NBR IEC 60079-0

19.3.1.3 Ensaio de erosão por chama Este ensaio somente se aplica a invólucros de volumes superiores a 50 cm3 e no qual as juntas à prova de explosão tenham pelo menos uma face de material plástico.

Este ensaio pode ser realizado em uma amostra que não tenha sido objeto de ensaios de invólucros da ABNT NBR IEC 60079-0. Esta amostra deve ser preparada como descrito em 15.2, exceto que os interstícios de juntas flangeadas e partes planas de juntas de encaixe devem ser ajustadas para um valor entre 0,1 mm e 0,15 mm.

Para buchas comuns a dois invólucros à prova de explosão adjacentes, o ensaio deve ser realizado naquele que apresentar as condições mais desfavoráveis.

O ensaio consiste em 50 ignições da mistura explosiva especificada em 15.1.2.1 para o grupo correspondente. No caso de equipamentos elétricos do grupo IIC, 25 ignições devem ser realizadas com cada uma das duas misturas explosivas especificadas em 15.1.2.1.

O ensaio é considerado satisfatório se o seguinte ensaio de não-propagação for satisfatório.

19.3.1.4 Ensaio de não-propagação de uma ignição interna

Este ensaio deve ser realizado conforme descrito em 15.2 e pode ser realizado em amostras que não sejam objeto de ensaios de invólucros da ABNT NBR IEC 60079-0.

19.3.2 Inflamabilidade

Este ensaio deve ser realizado somente para invólucros ou partes de invólucros fabricados de materiais plásticos. O ensaio deve estar em conformidade com a IEC 60695-11-10 (Método V2)

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20 Marcação

20.1 Generalidades

Os invólucros à prova de explosão �d� devem ser marcados em conformidade com ABNT NBR IEC 60079-0 e com a seguinte marcação adicional para o tipo de proteção �d�.

20.2 Marcações de advertências

Onde for requerida qualquer uma das seguintes marcações, o texto, tal como descrito na Tabela 9, seguido da palavra "CUIDADO� ou "ADVERTÊNCIA", pode ser substituído por texto ou símbolo tecnicamente equivalente. Múltiplas advertências podem ser combinadas em uma marcação de advertência equivalente.

Tabela 9 Textos de marcações de advertências

Referência Marcações de advertências

20.2(a) 11.3, 11.4 �ATENÇÃO � UTILIZE DISPOSITIVOS DE FIXAÇÃO COM RESISTÊNCIA À TRAÇÃO (VALOR)�, quando o (valor) for determinado pelo ensaio aplicável.

20.2(b) 13.3.4 �ATENÇÃO � NÃO DESCONECTE QUANDO ENERGIZADO�

20.2(c) 17.1.1, 17.2.2, 17.2.3

�ATENÇÃO � NÃO ABRA QUANDO ENERGIZADO�

20.2(d) E.3.2 �ATENÇÃO � NÃO ABRA QUANDO UMA ATMOSFERA EXPLOSIVA DE GÁS ESTIVER PRESENTE�

20.3 Marcações informativas

Quando qualquer uma das seguintes marcações for requerida, o texto, tal como descrito na Tabela 10, pode ser substituído por texto ou símbolo tecnicamente equivalente. Múltiplas advertências podem ser combinadas em uma marcação de advertência equivalente.

Tabela 10 Texto de marcações informativas

Referência Marcação informativa

20.3(a) 13 Identificação do tamanho e tipo de rosca, por exemplo, �½ NPT�, �M25�

20.3(b) 13 �VER DOCUMENTOS DE INSTRUÇÕES DE INSTALAÇÃO�

20.3(c) 15.2 �ESTE EQUIPAMENTO DEVE SER INSTALADO DE FORMA QUE A(S) JUNTA(S) FLANGEADA(S) NÃO ESTEJA(M) A (VALOR) DE UM OBJETO SÓLIDO QUE NÃO SEJA PARTE DESTE EQUIPAMENTO�, quando o (valor) é determinado pela proximidade do objeto sólido durante o ensaio de propagação de chama, com os valores ensaiados menores do que aqueles indicados na Tabela 8.

20.3(d) D.3.8 �INVÓLUCRO VAZIO COM CERTIFICADO DE COMPONENTE Ex�

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Anexo A (normativo)

Requisitos adicionais para elementos em chapa prensada (colméia) de

dispositivos de drenagem e respiro

A.1 Elementos de chapa prensada (colméia) devem ser fabricados em cobre-níquel, aço inoxidável ou outro metal adequado para a aplicação. Alumínio, titânio, magnésio e suas ligas não devem ser utilizados.

NOTA Ver 10.2 para limites de conteúdo de cobre.

A.2 Onde as trilhas através do dispositivo podem ser especificadas em desenhos e medidas no dispositivo acabado, os limites de tolerância superior e inferior para as dimensões da trilha devem ser especificados e monitorados na produção.

A.3 Onde a Seção A.2 não for aplicável, os requisitos aplicáveis do Anexo B devem ser aplicados.

A.4 Os ensaios de tipo de 15.4.3 devem ser realizados com amostras fabricadas com não menos do que 90 % da maior dimensão permitida do interstício.

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Anexo B (normativo)

Requisitos adicionais para elementos com caminhos não mensuráveis, de

dispositivos de drenagem e respiro

B.1 Elementos de metal sinterizado

B.1.1 Elementos de metal sinterizados devem ser construídos a partir de um dos seguintes materiais:

aço inoxidavel;

90/10 cobre-estanho bronze;

um metal ou liga específica considerados adequados para a aplicação. Alumínio, titânio, magnésio e suas ligas não devem ser utilizados.

NOTA Ver 10.2 para os limites de conteúdo de cobre.

B.1.2 O ensaio de borbulhamento equivalente ao tamanho do poro tem que ser determinado pelo método especificado na ISO 4003.

B.1.3 A densidade do elemento de metal sinterizado deve ser determinada de acordo com a ISO 2738.

B.1.4 Onde for requerida a determinação da porosidade e/ou permeabilidade a fluidos, dos elementos em conexão com dispositivos funcionais, as medições têm que ser realizadas de acordo com as ISO 2738 e ISO 4022.

B.1.5 Os elementos de metal sinterizados devem ser claramente identificados na documentação informando

se o material está de acordo com 10.2 e B.1.1,

o máximo tamanho dos poros em microns determinados pelo ensaio de borbulhamento de acordo com B.1.2,

a mínima densidade de acordo com B.1.3,

a mínima espessura,

quando apropriado, a permeabilidade a fluidos e a porosidade aberta de acordo com B.1.4.

B.2 Elementos de telas metálicas prensadas

B.2.1 Elementos de telas metálicas prensadas devem ser construídos a partir de fios de aço inoxidável ou de outro metal específico considerado adequado para a aplicação.

NOTA Ver 10.2 para os limites de conteúdo de cobre.

Alumínio, titânio, magnésio e suas ligas não são permitidos. O fabricante deve iniciar de um fio trançado que é prensado em um molde para formar uma matriz homogênea.

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B.2.2 A fim de avaliar a densidade, o diâmetro do fio deve ser especificado. Deve ser informada também a massa, comprimento do fio trançado, espessura do elemento e dimensão da malha. A relação entre a massa do elemento e a massa de um volume idêntico do mesmo metal sólido deve ser entre 0,4 e 0,6.

B.2.3 O tamanho máximo dos poros no ensaio de borbulhamento deve ser determinado pelo método especificado na ISO 4003.

B.2.4 A densidade do elemento deve ser determinada de acordo com a ISO 2738.

B.2.5 Onde a determinação da porosidade aberta e/ou a permeabilidade a fluidos dos elementos for requerida devido aos aspectos funcionais dos dispositivos, as medições devem ser efetuadas de acordo com as ISO 2738 e ISO 4022.

B.2.6 Elementos de fios metálicos devem ser claramente identificados nos documentos, informando

o material, de acordo com 10.2 e B.2.1,

o máximo tamanho dos poros em microns determinados pelo ensaio de borbulhamento de acordo com B.2.3,

a mínima densidade de acordo com B.2.4,

as dimensões, incluindo as tolerâncias,

o diâmetro original do fio,

onde apropriado, a permeabilidade a fluidos e a porosidade aberta de acordo com B.2.5.

B.3 Elementos de metal poroso

B.3.1 Elementos de metal poroso devem ser produzidos pelo revestimento de uma espuma de poliuretano reticulado com níquel, removendo o poliuretano por decomposição térmica, convertendo o níquel em uma liga de níquel-cromo, por exemplo, por difusão gasosa e comprimindo o material como necessário.

B.3.2 Elementos de metal poroso devem conter pelo menos 15 % de cromo em massa.

B.3.3 A máxima dimensão dos poros no ensaio de borbulhamento deve ser determinada pelo método especificado na ISO 4003.

B.3.4 A densidade do elemento deve ser determinada de acordo com a ISO 2738.

B.3.5 Onde a determinação da porosidade aberta e/ou a permeabilidade a fluidos dos elementos for requerida devido aos aspectos funcionais dos dispositivos, as medições devem ser efetuadas de acordo com as ISO 2738 e ISO 4022.

B.3.6 Elementos de metal poroso devem ser claramente definidos na documentação, informando

o material, de acordo com 10.2, B.3.1 e B.3.2,

o máximo tamanho dos poros em microns determinado pelo ensaio de borbulhamento de acordo com B.3.3,

a mínima espessura,

a mínima densidade,

onde apropriado, a permeabilidade a fluidos e a porosidade aberta de acordo com B.3.5.

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Anexo C (normativo)

Requisitos adicionais para dispositivos de entrada à prova de explosão

C.1 Generalidades

Este anexo contém os requisitos específicos aplicáveis, em adição aos encontrados na ABNT NBR IEC 60079-0, para a construção e ensaios de dispositivos de entrada à prova de explosão. Dispositivos de entrada incluem prensa-cabos, unidade seladoras, tampões, bujões e adaptadores de rosca Ex.

C.2 Requisitos construtivos

C.2.1 Métodos de vedação

C.2.1.1 Prensa-cabos e dispositivos de vedação de eletroduto com anéis de vedação elastomérico

C.2.1.1.1 Se o prensa-cabo ou dispositivo de vedação de eletroduto puder aceitar diversos anéis de vedação com o mesmo diâmetro externo, mas com dimensões internas diferentes, o anel deve ter uma altura mínima axial sem compressão entre o corpo do prensa-cabo (isto é, comprimento de contato) e o anel e entre o anel de vedação do cabo de

- 20 mm, para cabos circulares de diâmetro menor ou igual a 20 mm, e para cabos não circulares com perímetro menor ou igual a 60 mm;

- 25 mm, para cabos circulares com diâmetro maior que 20 mm, e para cabos não circulares com perímetro maior que 60 mm.

C.2.1.1.2 Se um prensa-cabo ou dispositivo de vedação puder aceitar um único anel de vedação elastomérico, este anel deve ter uma altura mínima axial, sem compressão, de 5 mm entre o corpo do prensa-cabo e o anel de vedação entre o cabo e o anel de vedação.

C.2.1.2 Prensa-cabos selado com composto selante

O comprimento mínimo do composto selante deve ser de 20 mm quando montado.

O fabricante deve especificar:

o diâmetro máximo dos núcleos de cabos que o prensa-cabo permite;

o número máximo de núcleos que podem passar através do composto selante.

Os valores especificados devem assegurar que, através dos 20 mm de comprimento do composto selante, pelo menos 20 % da área da seção transversal está preenchida com o composto selante.

O prensa-cabo deve ser capaz de ser conectado e removido dos equipamentos elétricos sem dano no composto selante após o período de tempo de cura especificado.

O composto selante e as instruções apropriadas de montagem devem ser fornecidos com o prensa-cabo.

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C.2.1.3 Unidades seladoras com composto selante

O comprimento mínimo do composto selante deve ser de 20 mm quando montado.

O fabricante deve especificar o número máximo de condutores que podem passar através do composto selante.

Estes valores especificados devem assegurar que, ao longo de todo o comprimento do composto de 20 mm exigidos, pelo menos 20 % da área de seção transversal é preenchida com o composto selante.

O composto selante e as instruções apropriadas de montagem devem ser fornecidos com o dispositivo de selagem de eletrodutos.

C.2.1.4 Buchas

As buchas podem conter um ou mais condutores. Quando são corretamente montadas e instaladas nas paredes do invólucro, todos os comprimentos de juntas, interstícios ou juntas seladas devem estar em conformidade com requisitos relevantes das Seções 5, 6 e C.2.2.

Quando a bucha é constituída por isolação moldada nas partes metálicas, os requisitos de 5.2, 5.3 e 5.4 não se aplicam, mas a Seção 6 é aplicável. O próprio material de isolação pode contribuir na resistência mecânica do invólucro.

Quando a bucha contém partes montadas com adesivos, esta é considerada selante e cumpre os requisitos da Seção 6. Se este não for o caso, os requisitos de 5.2.1, 5.3 e 5.4 são aplicáveis.

As partes externas das buchas dos invólucros à prova de explosão devem ser protegidas de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0

As buchas específicas para invólucros à prova de explosão devem atender aos ensaios de tipo e rotina para o invólucro.

As buchas não específicas para um invólucro à prova de explosão serão submetidas aos ensaios de tipo e resistência à pressão realizada por meio de um ensaio de pressão estática como especificado em 15.1.3.1 com os seguintes valores:

2 000 kPa para equipamento elétrico do grupo I;

3 000 kPa para equipamento elétrico do grupo II.

Estas buchas devem ser submetidas ao ensaio de pressão de rotina como especificado em 16.1, exceto quando o procedimento de montagem utilizado, conforme descrito na documentação do fabricante, assegure a consistência nos produtos fabricados.

C.2.2 Roscas

As roscas formando uma junta à prova de explosão devem estar conforme os requisitos de 5.3.

Para roscas macho métricas destinadas para instalação em uma entrada roscada de um equipamento à prova de explosão, a parte roscada deve ter pelo menos 8 mm de comprimento e devem ser acoplados pelo menos oito fios de rosca completos. Se a rosca for executada com um canal (saida de ferramenta), então uma arruela lisa imperdível ou outro dispositivo equivalente deve ser montado para assegurar o comprimento requerido de roscas acopladas.

NOTA O requisito de pelo menos oito fios de rosca é para assegurar que pelo menos cinco fios de rosca completos são encaixados quando o prensa-cabo estiver instalado no invólucro à prova de explosão � levando em consideração a presença de algum chanfro ou canal (ver Seção 13)

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C.2.3 Requisitos construtivos para bujões Ex

C.2.3.1 Bujões Ex com rosca macho métrica devem atender a um ou mais dos requisitos de 11.9. Bujões Ex tendo roscas macho NPT devem ser do tipo 22b (Figura 22) e com a superfície externa posicionada em L1 (- 0 + 1/4).

NOTA Este requisito deve garantir que na entrada do invólucro a superfície externa do bujão fique o mais próximo possível à superfície externa do invólucro.

C.2.3.2 Todas as roscas paralelas devem atender aos requisitos de C.2.2.

C.2.4 Requisitos construtivos para adaptadores roscados Ex

C.2.4.1 Todas as roscas devem atender aos requisitos de C.2.2.

C.2.4.2 As roscas dos adaptadores roscados Ex devem ser coaxiais.

C.2.4.3 O comprimento e o volume interno dos adaptadores roscados Ex devem ser o menor possível e somente o necessário para uma boa construção.

C.3 Ensaios de tipo

C.3.1 Ensaio de vedação

Os requisitos para a resistência térmica ao calor e a resistêcia térmica ao frio prescritos na ABNT NBR IEC 60079-0 devem ser aplicados nas amostras montadas de acordo com as instruções do fabricante, com um mandril ou um cabo como requerido.

C.3.1.1 Prensa-cabos e dispositivos de selagem de eletrodutos com anel de vedação

Estes ensaios devem ser realizados utilizando, para cada tipo de prensa-cabo ou dispositivos de selagem de eletroduto, um anel de vedação de cada uma das diferentes dimensões permitidas. No caso dos anéis de vedações elastoméricos, cada anel é montado num mandril cilíndrico de aço suave polido, limpo e seco, com diâmetro igual ao menor diâmetro de cabo permitido no anel, conforme especificado pelo fabricante do prensa-cabo ou do dispositivo de selagem do eletroduto.

No caso de anéis de vedação metálicos ou compostos, cada anel é montado na armação de metal de uma amostra limpa e seca do cabo com diâmetro igual ao menor diâmetro permitido no anel, conforme especificado pelo fabricante do prensa-cabo ou do dispositivo de selagem do eletroduto.

No caso de anéis de vedação para cabos não circulares, cada anel é montado numa amostra limpa e seca do cabo com perímetro igual ao menor valor permitido no anel, conforme especificações do fabricante do prensa-cabo ou do dispositivo de selagem do eletroduto.

A montagem é então conectada à entrada e é aplicado um torque aos parafusos (no caso de um dispositivo de compressão flangeado) ou à porca (no caso de um dispositivo de compressão roscado) para obter uma vedação sob pressão hidráulica de 2 000 kPa para o Grupo I e 3 000 kPa para o Grupo II.

NOTA 1 Os valores de torque mencionados no parágrafo anterior podem ser determinados experimentalmente antes dos ensaios, ou estes podem ser fornecidos pelo fabricante do prensa-cabo ou do dispositivo de selagem do eletroduto.

O conjunto é então montado dentro de um dispositivo de ensaio hidráulico utilizando água colorida ou óleo hidráulico, como ilustrado na Figura C.1. O circuito hidráulico é então purgado. A pressão hidráulica é então aumentada gradativamente.

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A vedação é considerada satisfatória se o papel mata-borrão estiver livre de qualquer vestígio de vazamento, quando a pressão for mantida a 2 000 kPa para o grupo I ou 3 000 kPa para o grupo II, por pelo menos 10 s.

NOTA 2 Pode ser necessário vedar todas as juntas do prensa-cabo ou dispositivo de selagem de eletrodutos montado no equipamento de ensaio, exceto aquelas associadas com o anel de vedação sob ensaio. Quando for utilizada uma amostra de cabo armado, pode ser necessário evitar a aplicação de pressão aos terminais dos condutores ou ao interior do cabo.

1 2 3 5

6 7

89

4

Componente

1 bomba hidráulica 6 anel de vedação 2 manômetro 7 mandril/cabo armado 3 mangueira 8 componente de compressão 4 papel mata-borrão 9 braçadeira de retenção 5 adaptador

Figura C.1 � Dispositivo para ensaio de vedação de prensa-cabos

C.3.1.2 Prensa-cabo selado com composto selante

O ensaio deve ser realizado utilizando, para cada dimensão de prensa-cabo, mandris de metal, sendo estes em número e diâmetros tais que reproduzam o maior diâmetro de núcleos com a maior quantidade de núcleos especificado pelo fabricante de acordo com os requisitos de C.2.1.2.

O composto selante é preparado de acordo com as instruções do fabricante e então introduzido no volume apropriado. Deve ser permitido um tempo apropriado para endurecimento.

O conjunto é então montado dentro do equipamento de ensaio hidráulico definido em C.3.1.1, e o mesmo procedimento é aplicado. Os critérios de aceitação também são os mesmos.

C.3.1.3 Dispositivos de selagem de eletrodutos com composto selante

O ensaio deve ser realizado utilizando, para cada dimensão de dispositivo de selagem de eletrodutos, mandris de metal, sendo estes em número e diâmetros tais que reproduzam o número máximo de núcleos especificado pelo fabricante de acordo com os requisitos de C.2.1.3.

O composto selante deve ser preparado seguindo as instruções do fabricante e então introduzido em volume apropriado. Deve ser permitido um tempo apropriado para endurecimento.

O conjunto é então montado em um dispositivo de ensaio hidráulico, definido em C.3.1.1, e o mesmo procedimento de ensaio é aplicado. O critério de aceitação também é o mesmo.

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C.3.2 Ensaio de resistência mecânica

C.3.2.1 Prensa-cabos com elemento de compressão roscada

Um torque duas vezes maior que o requerido no ensaio de vedação deve ser aplicado no elemento de compressão; contudo, o valor deste torque, expresso em Nm, deve sempre ser pelo menos três vezes o valor em milímetros do diâmetro máximo permitido do cabo, quando o prensa-cabo é projetado para cabos circulares; ou igual ao valor em milímetros do perímetro máximo permitido do cabo, quando o prensa-cabo é projetado para cabos não circulares.

O prensa-cabo é então desmontado e suas partes são examinadas.

C.3.2.2 Prensa-cabo com o elemento de compressão fixado por parafusos

Um torque duas vezes maior que o requerido no ensaio de vedação deve ser aplicado nos parafusos do elemento de compressão; entretanto, o valor deste torque deve ser sempre no mínimo igual aos seguintes valores:

M6: 10 Nm M12: 60 Nm

M8: 20 Nm M14: 100 Nm M10: 40 Nm M16: 150 Nm

O prensa-cabo é então desmontado e suas partes são examinadas.

C.3.2.3 Prensa-cabos selados com composto selante

No caso de entradas roscadas, um torque em Nm igual ao valor mínimo especificado em C.3.2.1 deve ser aplicado ao prensa-cabo quando roscado em um bloco de ensaio de aço com orifício roscado apropriado.

O prensa-cabo é então desmontado e suas partes são examinadas.

C.3.2.4 Critério de aceitação

Para que sejam considerados satisfatórios os ensaios descritos em C.3.2.1 a C.3.2.3, nenhum dano deve ser encontrado em qualquer das partes do prensa-cabo.

NOTA Qualquer dano ao anel de vedação deve ser desconsiderado, pois o ensaio é para mostrar que a resistência mecânica do prensa-cabo é suficiente para suportar as condições de utilização.

C.3.3 Ensaio de tipo para bujões Ex

C.3.3.1 Ensaio de torque

Uma amostra de um bujão de cada tamanho deve ser roscada em um bloco de ensaio de aço com orifício roscado apropriado. A amostra é apertada com um torque equivalente a no mínimo o valor mostrado na coluna 2 da Tabela C.1, utilizando uma ferramenta adequada. O ensaio deve ser considerado satisfatório se for atingido o número correto de fios de rosca acoplado e se, quando desmontado, nenhum dano for encontrado, exceto se ocorrer a ruptura do pescoço do tipo 22c. O bujão tipo 22b deve ser capaz de ser removido somente com o uso de uma ferramenta apropriada.

Os bujões do tipo 22b devem ser submetidos a um ensaio adicional no torque pelo menos equivalente ao fornecido na coluna 3 da Tabela C.1, e deve ser considerado satisfatório se a borda da rosca não tiver sido remontada.

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C.3.3.2 Ensaio de sobrepressão

O bujão deve ser submetido ao ensaio de tipo para resistência à pressão por meio do ensaio de pressão estática especificado em 15.1.3.1, com os seguintes valores:

2 000 kPa para equipamento elétrico do grupo I;

3 000 kPa para equipamento elétrico do grupo II.

C.3.4 Ensaio de tipo para adaptadores roscados Ex

C.3.4.1 Ensaio de torque

Uma amostra do adaptador roscado Ex de cada tamanho deve ser roscada em um bloco de ensaio, contendo uma entrada roscada de tamanho e forma apropriada para o dispositivo sob ensaio. Um bujão de aço ou latão de tamanho e forma apropriada deve ser roscado na entrada do adaptador.

O bujão deve ser apertado com um torque no mínimo equivalente ao torque fornecido na coluna 2 da Tabela C.1, apropriado para a rosca de maior bitola das duas roscas do adaptador. O ensaio deve ser considerado satisfatório se não existir deformação no adaptador quando for desmontado.

C.3.4.2 Ensaio de Impacto

Uma amostra do adaptador roscado Ex de cada tamanho deve ser roscada em um bloco de ensaio, contendo uma entrada roscada de tamanho e forma apropriada para o dispositivo sob ensaio. Uma barra de aço ou latão sólido de tamanho apropriado, roscada a outra saída do adaptador de rosca, de forma a se projetar um diâmetro para além do adaptador, com um mínimo de 50 mm, deve então ser roscada no adaptador com um torque equivalente a pelo menos o especificado na coluna 2 da Tabela C.1. A montagem deve então ser submetida ao ensaio de resistência ao impacto, seguindo os requisitos apropriados da ABNT NBR IEC 60079-0. O impacto deve ser aplicado no ângulo reto ao eixo da barra e tão próximo quanto possível do final da barra como praticável.

C.3.4.3 Ensaio de sobrepressão

O adaptador de rosca deve ser submetido ao ensaio de tipo para resistência à pressão por meio do ensaio de pressão estática descrito em 15.1.3.1, com os seguintes valores:

2 000 kPa para equipamento elétrico do grupo I;

3 000 kPa para equipamento elétrico do grupo II.

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Tabela C.1 � Valores de torque de aperto

Tamanho da rosca

mm

Torque de aperto para os ensaios de torque e

impacto

Nm

Torque de aperto para bujões tipo 22b

Nm

16 40 65

20 40 65

25 55 95

32 65 110

40 80 130

50 100 165

63 115 195

75 140 230

>75 2d a 3,5 d a

a A variável d é o maior diâmetro da rosca, em milímetros.

Figura C.2 � Exemplos de adaptadores roscados Ex

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Anexo D (normativo)

Invólucros vazios à prova de explosão como componentes Ex

D.1 Generalidades

A proposta de uma certificação de invólucro vazio como componente Ex é para permitir ao fabricante do invólucro à prova de explosão obter um certificado sem que os equipamentos internos sejam definidos, para que o invólucro vazio seja disponibilizado para as terceiras partes para incorporação em um equipamento totalmente certificado sem a necessidade de repetição de todos os ensaios de tipo. Quando um certificado para um equipamento completo for requerido, o certificado para o invólucro vazio como componente Ex não é necessário.

D.2 Observações preliminares

Os requisitos para a certificação de um invólucro vazio como um componente Ex estão contidos neste anexo. Isto não elimina a necessidade de uma certificação subseqüente do equipamento, mas objetiva facilitar esta certificação.

O fabricante do invólucro como componente Ex deve ser responsável por assegurar que todas as unidades fornecidas

a) sejam idênticas na construção com o projeto original, como detalhado nos documentos mencionados na certificação do invólucro como componente Ex,

b) tenham sido submetidas aos ensaios de rotina de sobrepressão como é requerido, e

c) atendam aos requisitos de qualquer condição especial mencionada das limitações impostas pelo certificado do invólucro como componente Ex.

D.3 Requisitos para invólucro como componentes Ex

D.3.1 Os invólucros como componente Ex devem estar em conformidade com os requisitos, onde aplicáveis, da ABNT NBR IEC 60079-0 e desta Norma.

D.3.2 Os invólucros como componente Ex devem consistir basicamente em uma geometria simples de uma única seção transversal quadrada, retangular ou cilíndrica, com conicidade que não exceda 10 %.

NOTA Quando a maior dimensão exceder qualquer outra dimensão por 4:1 para o grupo I, IIA e IIB, ou exceder qualquer outra dimensão por 2:1 para o grupo IIC, considerações adicionais podem ser necessárias.

D.3.3 Invólucros de máquinas rotativas não devem ser avaliados como invólucros com componente Ex.

NOTA �Máquinas� aqui significa motores elétricos que substancialmente preenchem o invólucro.

D.3.4 Os invólucros como componente Ex devem ser fornecidos com meios adequados para a disposição e montagem de componentes internos.

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D.3.5 Nenhum furo, tanto para finalidades elétricas ou mecânicas, e tanto fechado ou aberto, deve ser usinado no invólucro como componente Ex, exceto aqueles permitidos no certificado do invólucro como componente Ex.

D.3.6 Para invólucros como componente Ex para o Grupo I, IIA e IIB, a pressão de referência é determinada de acordo com 15.1.2, com a modificação das amostras de ensaio como segue:

Quando a maior dimensão não exceder qualquer outra dimensão por mais do que 2:1, nenhuma modificação é necessária;

Para todas as outras construções permitidas, uma obstrução sólida (anteparo) de aproximadamente 80 % da área da seção transversal dever ser centralizada no menor eixo, e aproximadamente localizada dois terços ao longo do maior eixo axial. A obstrução sólida deve reproduzir novamente a seção transversal do invólucro.

Para invólucros como componente Ex para o grupo IIC, a pressão de referência é determinada de acordo com 15.1.2, com uma obstrução sólida (anteparo) de aproximadamente 60 % da área da seção transversal localizada no centro do menor eixo, e aproximadamente localizada dois terços ao longo do maior eixo axial. A obstrução sólida deve reproduzir novamente a seção transversal do invólucro.

Quando uma amostra é requerida para ser modificada por inclusão da obstrução sólida, fontes de ignição e dispositivo de registro de pressão devem ser posicionados em lados opostos da obstrução sólida para ser medida simultaneamente a pressão resultante.

D.3.7 Invólucros como componente Ex devem ser capazes de suportar um ensaio de tipo de sobrepressão com máximo número de entradas do máximo tamanho, a uma pressão que deve ser igual a 1,5 vez a pressão máxima de explosão (pressão de referência) determinada conforme 15.1.2 com o invólucro vazio, e com as entradas fechadas por meios adequados.

Ensaios de rotina não são requeridos para invólucros como componente Ex quando no ensaio de tipo o ensaio de sobrepressão estática foi realizado com quatro vezes o valor da pressão de referência. Entretanto, invólucros como componente Ex de construção soldada devem, em todos os casos, ser submetidos aos ensaios de rotina.

O ensaio de rotina deve consistir tanto em um ensaio dinâmico com a mistura explosiva apropriada especificada em 15.1.2 (para a determinação da pressão de referência) na pressão de 1,5 vez a pressão atmosférica dentro e fora do invólucro como componente Ex; ou um ensaio estático na pressão de pelo menos 350 kPa e não menor do que 1,5 vez a pressão de referência.

D.3.8 O invólucro como componente Ex deve ter uma marcação interna permanente de acordo com os requisitos aplicáveis. A marcação deve ser conforme 20.3(d), Tabela 10.

A marcação deve também incluir os requisitos para marcação de componentes Ex dados na ABNT NBR IEC 60079-0.

Esta marcação pode ser omitida se o fabricante do invólucro como componente Ex for também o dono do equipamento certificado.

D.3.9 Externamente ao invólucro, devem ser previstos a forma e o local para marcação da certificação do equipamento completo de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0.

D.3.10 As informações a seguir devem ser fornecidas no certificado de invólucro como componente Ex como parte das limitações, como segue:

o número máximo de entradas, seus tamanhos máximos e suas posições devem ser localizadas através de informação direta ou referência a um número de desenho;

máquinas girantes ou outros dispositivos que possam criar turbulência não devem ser incorporados;

disjuntores e contatores imersos em óleo não devem ser utilizados;

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se outra faixa de temperatura ambiente que � 20 °C a + 40 °C;

invólucros como componente Ex para o grupo I, IIA e IIB, os componentes internos ao invólucro podem ser dispostos em qualquer arranjo, de forma que pelo menos 20 % de sua área de seção transversal pemaneçam livres para permitir um fluxo de gás sem obstáculos durante o desenvolvimento de uma explosão. Áreas de passagem do fluxo de gás podem ser agregadas de modo que cada área tenha dimensão mínima em qualquer direção de 12,5 mm;

invólucros como componente Ex para o grupo IIC, os componentes internos ao invólucro podem ser dispostos em qualquer arranjo, de forma que pelo menos 40 % de sua área de seção transversal pemaneçam livres para permitir um fluxo de gás sem obstáculos durante o desenvolvimento de uma explosão. Áreas de passagem do fluxo de gás podem ser agregadas de modo que cada área tenha dimensão mínima em qualquer direção de 12,5 mm; e

qualquer limitação adicional requerida para a construção particular, por exemplo, temperatura máxima de operação da janela.

D.4 Conversão de um certificado de componente Ex em um equipamento completamente certificado

D.4.1 Procedimento

O invólucro que tenha obtido o certificado de invólucro como componente Ex é passível de ser certificado como equipamento completo em conformidade com a ABNT NBR IEC 60079-0 e esta Norma, normalmente sem a repetição dos ensaios já realizados, desde que atendam aos requisitos descritos em D.3.10.

Os documentos devem ser preparados para um equipamento certificado descrevendo quaisquer substituições ou omissões permitidas, juntamente com as condições de montagem de um invólucro como componente Ex, para que a conformidade possa ser verificada com a relação de limitações do certificado do invólucro como componente Ex.

Qualquer entrada permitida de acordo com o certificado do invólucro como componente Ex pode ser fornecida tanto pelo fabricante do invólucro como componente Ex ou através de um acordo entre o fabricante do equipamento e o fabricante do invólucro como componente Ex.

D.4.2 Aplicação da relação de limitações

Em adição à relação de limitações, todas as edições da aplicação devem ser consideradas e determinadas para atender aos requisitos aplicáveis da ABNT NBR IEC 60079-0 e desta Norma.

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Anexo E (normativo)

Acumuladores e baterias utilizadas em invólucros à prova de explosão �d�

E.1 Observações preliminares

Este anexo contém os requisitos para equipamentos elétricos com tipo de proteção �d� para invólucros à prova de explosão que contêm um ou mais acumuladores utilizados como baterias para prover energia aos circuitos.

Sem considerar o tipo de acumulador eletroquímico utilizado, o objetivo principal é prevenir uma mistura inflamável de gases eletrolíticos (normalmente hidrogênio e oxigênio) que possa ocorrer no interior do invólucro à prova de explosão. Como já é conhecido, acumuladores e baterias que têm grande probabilidade de liberação de gás eletrolítico em uso normal (por ventilação natural ou por uma válvula de alívio de pressão) não devem ser utilizados dentro de invólucros à prova de explosão.

NOTA Não é pretendido que estes requisitos sejam aplicados a acumuladores eletroquímicos utilizados como dispositivos de medição (tal como acumuladores zinco/oxigênio, de acordo com a IEC 60086-1 Tipo A, utilizado para medição de concentração de oxigênio).

E.2 Sistemas eletroquímicos aceitáveis

Somente os acumuladores listados nas Tabelas E.1 e E.2 abaixo normalizadas pela IEC devem ser utilizados.

Tabela E.1 � Acumuladores primários aceitáveis

Tipos IEC 60086-1 Eletrodo positivo Eletrólito Eletrodo

negativo Tensão nominal

V

Máxima tensão de circuito aberto

V

- Dióxido de manganês Cloreto de amônia, cloreto de zinco Zinco 1,5 1,73

A Oxigênio Cloreto de amônia, cloreto de zinco Zinco 1,4 1,55

C Dióxido de manganês Eletrólito orgânico Lítio 3,0 3,7

E Cloreto de tionila (SOCl2) Inorgânico não-aquoso Lítio 3,6 3,9

L Dióxido de manganês Hidróxido alcalino metálico Zinco 1,5 1,65

S Óxido de prata (Ag2O) Hidróxido alcalino metálico Zinco 1,55 1,63

T Óxido de prata (AgO, Ag2O) Hidróxido alcalino metálico Zinco 1,55 1,87 a Dióxido de enxofre Sal orgânico não-aquoso Lítio 3,0 3,0 a Mercúrio Hidróxido alcalino metálico Zinco (aguardando

dados) (aguardando

dados)

NOTA Acumuladores de dióxido de zinco/manganês são relacionados na IEC 60086-1, mas não são classificados por um tipo de letra.

a Apenas pode ser utilizado se existir uma norma IEC para acumuladores.

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Tabela E.2 � Acumuladores secundários aceitáveis

Tipo normalizado e Norma IEC aplicável Tipo Eletrólito Tensão nominal Máxima tensão de

circuito aberto

V V

Tipo K

IEC 61951-1

IEC 60623

IEC 60662

Níquel-cádmio Hidróxido de potássio

(SG l.3) 1,2 1,55

Lítio Sal orgânico não aquoso (aguardando dados) (aguardando dados)

IEC 61951-2 Hidreto de níquel metálico Hidróxido de potássio 1,2 1,5

a Apenas pode ser utilizado se existir uma Norma IEC para acumuladores.

E.3 Requisitos gerais para acumuladores (ou baterias) no interior de invólucros à prova de explosão

E.3.1 As restrições de uso seguintes devem ser aplicadas para certos tipos de acumuladores:

acumuladores secundários para formar uma bateria, com respiros ou abertos, não podem ser utilizados no interior de invólucros à prova de explosão;

acumuladores selados com válvula regulável podem ser utilizados dentro de invólucros à prova de explosão, mas somente para propósitos de descarga;

acumuladores selados secundários podem ser recarregados no interior do invólucro à prova de explosão, sob os requisitos da Seção E.5.

E.3.2 Invólucros à prova de explosão contendo uma bateria devem ser marcados de acordo com 20.2 (d), Tabela 9.

Isto não é aplicável quando a bateria e seus circuitos associados estão conectados de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-11 e a bateria não é recarregada em serviço.

E.3.3 Baterias e seus dispositivos de segurança devem ser firmemente montados (por exemplo, fixados em um ponto por abraçadeiras ou fixadores projetados para este propósito).

E.3.4 Não deve haver nenhum movimento relativo entre a bateria e o dispositivo de segurança associado ou dispositivos que garantam a conformidade com o respectivo tipo de proteção.

NOTA A conformidade com E.3.3 e E.3.4 deve ser verificada antes e depois dos ensaios dos invólucros requeridos pela ABNT NBR IEC 60079-0.

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E.4 Arranjos de dispositivos de segurança

E.4.1 Prevenção de temperaturas excessivas e danos aos acumuladores

E.4.1.1 Sob condições de descarga por curto-circuito, as baterias devem atender as condições abaixo, ou ser providas de um dispositivo de segurança, como descrito em E.4.1.2:

a temperatura de superfície externa do acumulador ou bateria não deve exceder a temperatura de operação contínua especificada pelo fabricante do acumulador ou bateria, considerando a temperatura ambiente dentro do invólucro, e

a máxima corrente de descarga não deve exceder a especificada pelo fabricante do acumulador ou bateria. E.4.1.2 Quando as duas condições de E.4.1.1 não forem atendidas, um dispositivo de segurança é necessário para atender aos requisitos para componentes infalíveis como definido na ABNT NBR IEC 60079-11, e deve estar localizado perto do terminal do acumulador ou bateria, como é razoavelmente praticável, e ser

um resistor ou dispositivo limitador de corrente que limita a corrente à máxima corrente contínua especificada pelo fabricante da bateria, ou

um fusível em conformidade com a IEC 60127, selecionado de maneira que as características de fusão evitem que a corrente máxima retirada e duração especificada permitida pelo fabricante da bateria tenham sido excedida. Onde o fusível for do tipo substituível, deve ser provida uma etiqueta ao lado do suporte do fusível, especificando o tipo adequado a ser utilizado.

E.4.2 Prevenção de reversão de polaridade do acumulador ou carga reversa por outro acumulador na mesma bateria

E.4.2.1 Onde forem utilizadas baterias com

uma capacidade de 1,5 Ah ou menos (a uma taxa de descarga 1 h), e

um volume menor que 1 % do volume livre do invólucro,

nenhuma medida adicional de proteção é necessária para evitar a liberação de gás de eletrólito através de reversão de polaridade, ou carregamento reverso de um acumulador através de outros acumuladores na mesma bateria.

NOTA Convém que estas alternativas não sejam interpretadas como permissão à liberação de gás do eletrólito de tais acumuladores

E.4.2.2 Onde as baterias utilizam um volume e/ou capacidade que excede os valores determinados acima, devem ser incorporados arranjos para prevenir a reversão de polaridade do acumulador ou carregamento reverso de um acumulador através de outros dentro da bateria.

Dois exemplos de como isto pode ser alcançado são descritos abaixo:

monitorando a tensão em um acumulador (ou alguns acumuladores) e interrompendo a alimentação se a tensão decrescer a um valor abaixo da mínima tensão especificada pelo fabricante do acumulador;

NOTA 1 Tal proteção é freqüentemente utilizada para evitar que os acumuladores entrem em um estado de "descarga profunda". Se uma tentativa for feita para monitorar vários acumuladores conectados em série, a proteção pode não funcionar seguramente devido às tolerâncias na tensão individual do acumulador e do circuito de proteção. Geralmente, recomenda-se que não mais que seis acumuladores (em série) sejam monitorados por uma unidade de proteção.

utilizando diodos limitadores conectados para limitar a tensão de polaridade reversa para cada acumulador. Por exemplo, o arranjo protetor para uma bateria de três acumuladores conectados em série é como mostrado na Figura E.1.

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+Ve �Ve

Figura E.1 � Arranjo de montagem de diodos para três acumuladores em série

Para este arranjo de proteção ser eficaz, a queda de tensão em cada diodo utilizado para evitar a carga reversa de um acumulador não deve exceder a tensão de carga reversa de segurança deste acumulador.

NOTA 2 Diodos de silício são considerados adequados para este requisito.

E.4.3 Prevenção de carregamento inadvertido de uma bateria por outras fontes de tensão no invólucro

Onde existir outra fonte de tensão no mesmo invólucro (incluindo outras baterias), a bateria e seus circuitos associados devem ser protegidos contra descarga por outros circuitos específicos designados para fazer isso. Por exemplo:

separando a bateria e seus circuitos associados de toda(s) a(s) outra(s) fonte(s) de tensão dentro do invólucro, utilizando as distâncias de escoamento e isolação especificadas na Tabela 1 da ABNT NBR IEC 60079-7 para a tensão máxima admissível capaz de causar a contaminação, ou

separando a bateria e seus circuitos associados de toda(s) a(s) outra(s) fonte(s) de tensão dentro do invólucro, por um aterramento metálico barreira/anteparo capaz carregar a corrente máxima de falha da fonte durante o tempo provável que exista (considerando qualquer tipo de circuito de proteção fornecido, por exemplo, fusíveis, proteção de falha de aterramento), ou

somente separando a bateria, da(s) outra(s) fonte(s) de tensão utilizando as distâncias de escoamento e isolação especificadas na ABNT NBR IEC 60079-7, mas com diodos de bloqueio montados como mostrado na Figura E.2, arranjados de forma a reduzir o risco de uma única falha causar curto-circuito de ambos os diodos.

+Ve �Ve

Figura E.2 � Arranjo de diodos de bloqueio para atender a E.4.3 (terceiro exemplo)

Os requisitos dos exemplos de E.4.3 não são aplicados a circuitos conectados a uma bateria com a finalidade de criar um ponto de referência de tensão ou a uma fonte de alimentação com o objetivo de recarregar uma bateria secundária de acordo com E.5.

E.5 Recarga de acumuladores secundários no interior de invólucros à prova de explosão

E.5.1 Somente acumuladores do tipo "K", selados de níquel-cádmio, conforme indicado na Tabela E.2, devem ser recarregados dentro do invólucro à prova de explosão. Acumuladores de hidreto de níquel metálico podem ser recarregados somente quando existir uma Norma de acumuladores da IEC.

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E.5.2 Onde acumuladores ou baterias devem ser recarregadas ainda dentro do invólucro à prova de explosão, as condições de carga devem ser especificadas completamente nos documentos do fabricante e dispositivos de segurança devem ser providenciados para assegurar que estas condições não são excedidas.

E.5.3 Os arranjos de carga devem ser de tal forma que previnem carga reversa.

E.5.4 Onde forem utilizadas baterias tendo

uma capacidade de 1,5 Ah ou menos, e

um volume menor que 1 % do volume livre do invólucro.

Nenhum dispositivo adicional de segurança precisa ser provido à bateria para prevenir a liberação de gás de eletrólito de recarga.

NOTA 1 Convém que estas alternativas não sejam interpretadas como permitindo a liberação de gás de eletrólito de tais acumuladores.

NOTA 2 A efetividade dos limites acima para utilização de acumuladores (ou baterias) não montados com um dispositivo de segurança, para aqueles tipos geralmente conhecidos como acumuladores tipo �botão" utilizadas, por exemplo, dentro de invólucros à prova de explosão para reter memória em circuitos eletrônicos programáveis.

E.5.5 Quando baterias são utilizadas tendo uma capacidade e/ou volume excedendo os valores acima, recarga é apenas permitida dentro do invólucro à prova de explosão se a bateria for montada com um dispositivo de segurança arranjado para interromper a corrente de carregamento e evitar a produção e possível liberação de gás eletrolítico, se a tensão de qualquer acumulador dentro da bateria exceder a tensão máxima especificada pelo fabricante do acumulador para este propósito.

E.6 Faixa de proteção de diodos e garantias dos dispositivos de proteção

E.6.1 A tensão nominal de um diodo de proteção montado para atender a E.4.2 não deve ser menor do que a tensão máxima de circuito aberto da bateria.

E.6.2 A tensão nominal dos diodos em série de bloqueio montados para atender a E.4.3 (terceiro exemplo) não deve ser menor do que a tensão máxima de pico dentro do invólucro à prova de explosão.

E.6.3 A corrente nominal dos diodos de proteção não deve ser menor do que a corrente máxima de descarga como limitado pelo arranjo em E.4.1.

E.6.4 Os dispositivos de segurança requeridos por esta Norma formam partes relacionadas de segurança de um sistema de controle. É de responsabilidade do fabricante avaliar se a integridade de segurança do sistema de controle está consistente com o nível de segurança requerido por esta Norma.

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Anexo F (informativo)

Propriedades mecânicas para parafusos e porcas

Quando da aplicação dos requisitos de 11.3, as seguintes informações podem ser úteis.

Tabela F.1 � Propriedades mecânicas de parafusos e porcas

Material do Dispositivo de

fixação Classe

Tensão de resistência

nominal

Tensão de resistência

mínima

Tensão de escoamento

nominal

Tensão de escoamento

mínima

MPa MPa MPa MPa

Aço-carbono 3.6 300 330 180 190

Aço-carbono 4.6 400 400 240 240

Aço-carbono 4.8 400 420 320 340

Aço-carbono 5.6 500 500 300 300

Aço-carbono 5.8 500 520 400 420

Aço-carbono 6.8 600 600 480 480

Aço-carbono 8.8 M16 800 800 640 640

Aço-carbono 8.8 > M16 800 830 640 660

Aço-carbono 9.8 900 900 720 720

Aço-carbono 10.9 1 000 1 040 900 940

Aço-carbono 12.9 1 200 1 220 1 080 1 100

Aço inoxidável (austenítico) A*-50 500 210

Aço inoxidável (austenítico) A*-70 700 450

Aço inoxidável (austenítico) A*-80 800 600

Aço inoxidável (martensítico) C*-50 500 250

Aço inoxidável (martensítico) C*-70 700 410

Aço inoxidável (martensítico) C*-80 800 640

Aço inoxidável (martensítico) C*-110 1100 820

Aço inoxidável (ferrítico) F1-45 450 250

Aço inoxidável (ferrítico) F1-60 600 410

NOTA Para aço inoxidável com propriedade da classe A e C acima, o �*� mostrado é substituído por um grau de propriedade numérico.

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Anexo G (informativo)

Introdução de um método alternativo de avaliação de risco incluindo os

níveis de proteção de equipamento (EPL) para equipamentos Ex

G.0 Introdução

Este Anexo fornece uma explanação do conceito do método de avaliação de risco incluindo os níveis de proteção de equipamento (EPL � Equipment Protection Level). Estes EPL são introduzidos para permitir uma abordagem alternativa dos correntes métodos de seleção de equipamentos Ex.

G.1 Base histórica

Historicamente, tem sido reconhecido que nem todos os tipos de proteção fornecem o mesmo nível de proteção contra a possibilidade da ocorrência de uma condição de ignição. A Norma de instalações em áreas classificadas ABNT NBR IEC 60079-14 estabelece tipos específicos de proteção para Zonas específicas sobre bases estatísticas que quanto mais provável ou freqüente a ocorrência de uma atmosfera explosiva, maior o nível de segurança requerida contra a possibilidade de uma fonte de ignição estar ativa.

As áreas classificadas (com a exceção normal de minas de carvão) são divididas em zonas, de acordo com o grau de risco. O grau de risco é definido de acordo com a probabilidade de ocorrência de atmosferas explosivas. Geralmente não são levadas em consideração as conseqüências potenciais de uma explosão, nem outros fatores, tais como a toxidade dos materiais. Uma real avaliação de risco deve considerar todos estes fatores.

A aceitação de equipamentos em cada tipo de zona é historicamente baseada nos tipos de proteção. Em alguns casos, o tipo de proteção pode ser dividido em diferentes níveis de proteção que, novamente historicamente, são correlacionados a zonas. Por exemplo, segurança intrínseca é dividida em níveis de proteção �ia� e �ib�. A Norma de encapsulamento �m� inclui dois níveis de proteção �ma� e �mb�.

Até então, a norma de seleção de equipamentos tem apresentado uma sólida ligação entre o tipo de proteção do equipamento e a zona na qual o equipamento pode ser utilizado. Como mencionado acima, em nenhuma parte do sistema da ABNT NBR IEC de proteção contra explosão são levadas em consideração as conseqüências potenciais de uma explosão, caso esta ocorra.

Entretanto, operadores de plantas de processo freqüentemente tomam decisões intuitivas na extensão (ou restrição) de suas zonas, de forma a compensar esta omissão. Um exemplo típico é a instalação de um equipamento de navegação do �tipo zona 1� em áreas do tipo zona 2, em plataformas de produção �offshore�, de forma que o equipamento de navegação possa permanecer funcional mesmo na presença de uma liberação de gás prolongada, totalmente imprevista. Por outro lado, é razoável para o proprietário de uma estação de bombeamento remota, pequena e bem segura, acionar a bomba com um motor do �tipo zona 2�, mesmo em zona 1, se a quantidade total de gás disponível para a explosão for pequena e os riscos para a vida e para a propriedade decorrente de tal explosão puderem ser desconsiderados.

A situação tornou-se mais complexa com a publicação da primeira edição da ABNT NBR IEC 60079-26, a qual introduziu requisitos adicionais a serem aplicados a equipamentos destinados para serem utilizados em zona 0. Antes disto, Ex ia era considerada como sendo a única técnica aceitável em zona 0.

Tem sido reconhecido que são benéficas a identificação e a marcação de todos os produtos de acordo com seu risco inerente de ignição. Esta abordagem pode tornar a seleção de equipamentos mais simplificada e possibilitar a habilidade para uma melhor aplicação da abordagem de avaliação de risco, quando apropriado.

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G.2 Generalidades

A abordagem de avaliação do risco para a aceitação de equipamentos Ex tem sido introduzida como um método alternativo para a atual abordagem prescritiva e relativamente inflexível relacionando equipamentos a zonas. Para facilitar isto, um sistema de níveis de proteção de equipamentos tem sido introduzido para claramente indicar o risco de ignição inerente do equipamento, independente do tipo de proteção que for utilizado.

O sistema de designação destes níveis de proteção de equipamentos é o seguinte:

G.2.1 Minas de carvão sujeitas a gás metano (Grupo I)

G.2.1.1 EPL Ma

Equipamentos para a instalação em uma mina de carvão sujeita a grisu, possuindo um nível de proteção �muito alto�, que possuam segurança suficiente, de forma que seja improvável tornarem-se uma fonte de ignição em operação normal, durante falhas esperadas ou durante falhas raras, mesmo quando deixados energizados na presença de um vazamento de gás.

NOTA Tipicamente, circuitos de comunicação e equipamentos de detecção de gás são construídos para atender aos requisitos Ma, como, por exemplo, circuitos de telefonia Ex ia.

G.2.1.2 EPL Mb

Equipamentos para a instalação em uma mina de carvão sujeitas a grisu, possuindo um nível de proteção �alto�, que possuam segurança suficiente de forma que seja improvável tornarem-se uma fonte de ignição em operação normal ou durante falhas esperadas no período de tempo entre haver um vazamento de gás e o equipamento ser desenergizado.

NOTA Tipicamente, os equipamentos para o Grupo I são construídos para atender aos requisitos Mb - por exemplo, motores e conjuntos de manobra Ex d.

G.2.2 Gases (Grupo II)

G.2.2.1 EPL Ga

Equipamentos para atmosferas explosivas de gás, possuindo um nível de proteção �muito alto�, os quais não sejam uma fonte de ignição em condição normal de operação, durante falhas esperadas ou durante falhas raras.

G.2.2.2 EPL Gb

Equipamentos para atmosferas explosivas de gás, possuindo um nível de proteção �alto�, que não sejam uma fonte de ignição em operação normal ou durante falhas esperadas.

NOTA A maioria dos conceitos de proteção normalizados traz os equipamentos para este nível de proteção de equipamento.

G.2.2.3 EPL Gc

Equipamentos para atmosferas explosivas de gás, possuindo um nível de proteção �elevado�, que não sejam uma fonte de ignição em operação normal e que possuam alguma proteção adicional para assegurar que estes permaneçam inativos como uma fonte de ignição, no caso de ocorrências regulares esperadas (por exemplo, falha de uma lâmpada).

NOTA Tipicamente, estes equipamentos são do tipo Ex n.

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G.2.3 Poeiras (grupo III)

G.2.3.1 EPL Da

Equipamentos para atmosferas de poeiras combustíveis, possuindo um nível de proteção �muito alto�, que não sejam uma fonte de ignição em operação normal, durante falhas esperadas ou durante falhas raras.

G.2.3.2 EPL Db

Equipamentos para atmosferas de poeiras combustíveis, possuindo um nível de proteção �alto�, que não sejam uma fonte de ignição em operação normal ou durante falhas esperadas.

G.2.3.3 EPL Dc Equipamentos para atmosferas de poeiras combustíveis, possuindo um nível de proteção �elevado�, que não sejam uma fonte de ignição em operação normal e que possuam alguma proteção adicional para assegurar que estes permaneçam inativos como uma fonte de ignição no caso de ocorrências regulares esperadas.

Para a maioria das situações, com conseqüências potenciais típicas, a partir de uma explosão resultante, é previsto que a seguinte tabela seja aplicada para utilização de equipamentos em zonas (isto não é diretamente aplicável para minas de carvão sujeitas a grisu, uma vez que o conceito de zonas não é geralmente aplicado). Ver Tabela G.1.

Tabela G.1 � Relação tradicional de EPL e zonas (sem avaliação adicional de risco)

Nível de proteção de equipamento (EPL)

Zona

Ga 0

Gb 1

Gc 2

Da 20

Db 21

Dc 22

G.3 Proteção proporcionada contra o risco de ignição

Os vários níveis de proteção de equipamentos devem ser capazes de funcionar em conformidade com os parâmetros operacionais estabelecidos pelo fabricante para aquele nível de proteção.

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Tabela G.2 � Descrição da proteção proporcionada contra o risco de ignição

Nível de proteção do equipamento Proteção

proporcionada Grupo

Desempenho da proteção Condições de operação

Ma Muito alta

Grupo I

Dois meios de proteção ou segurança independentes, mesmo quando duas falhas ocorrem, independentemente uma da outra

Equipamento permanece funcionando quando a atmosfera explosiva está presente

Ga Muito alta

Grupo II

Dois meios de proteção ou segurança independentes, mesmo quando da ocorrência de duas falhas, independentemente uma da outra

Equipamento permanece funcionando em Zonas 0, 1 e 2

Da Muito alta

Grupo III

Dois meios de proteção ou segurança independentes, mesmo quando da ocorrência de duas falhas, independentemente uma da outra

Equipamento permanece funcionando em Zonas 20, 21 e 22

Mb Alta

Grupo I

Adequado para operação normal e condições operacionais severas

Equipamento desenergizado quando atmosfera explosiva estiver presente

Gb Alta

Grupo II

Adequado para operação normal e com distúrbios de ocorrência freqüente ou equipamento onde falhas são normalmente levadas em consideração

Equipamento permanece funcionando em Zonas 1 e 2

Db Alta

Grupo III

Adequado para operação normal e com distúrbios de ocorrência freqüente ou equipamento onde falhas são normalmente levadas em consideração

Equipamento permanece funcionando em Zonas 21 e 22

Gc Elevada

Grupo II Adequado para operação normal Equipamento permanece

funcionando em Zona 2

Dc Elevada

Grupo III Adequado para operação normal Equipamento permanece

funcionando em Zona 22

G.4 Implantação

A edição 2009 da ABNT NBR IEC 60079-14 (incluindo os requisitos anteriores da IEC 61241-14) introduziu o conceito dos EPL de forma a permitir um sistema de �avaliação de risco� como um método alternativo para a seleção de equipamentos. Referências também serão incluídas nas Normas de classificação de áreas ABNT NBR IEC 60079-10 e ABNT NBR IEC 61241-10.

A marcação adicional e a correlação dos tipos de proteção existentes estão sendo introduzidas nas revisões das seguintes Normas IEC e ABNT NBR IEC:

ABNT NBR IEC 60079-0 (incluindo os requisitos anteriores da ABNT NBR IEC 61241-0)

ABNT NBR IEC 60079-1

ABNT NBR IEC 60079-2 (incluindo os requisitos anteriores da IEC 61241-4)

ABNT NBR IEC 60079-5

IEC 60079-6

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ABNT NBR IEC 60079-7

ABNT NBR IEC 60079-11 (incluindo os requisitos anteriores da IEC 61241-11)

ABNT NBR IEC 60079-15

ABNT NBR IEC 60079-18 (incluindo os requisitos anteriores da IEC 61241-18)

ABNT NBR IEC 60079-26

IEC 60079-28

Para os tipos de proteção para atmosferas explosivas de gás, os EPL requerem uma marcação adicional. Para atmosferas explosivas de poeiras, o sistema atual de marcação das zonas sobre os equipamentos está sendo substituído pela marcação dos EPL.

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Bibliografia

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ABNT NBR IEC 60079-18, Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas � Parte 18: Construção, ensaios e marcação do tipo de proteção para equipamentos elétricos encapsulados �m�

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ABNT NBR IEC 61241-10, Equipamentos elétricos para uso na presença de poeiras combustíveis � Parte 10: Classificação de áreas onde poeiras combustíveis estão ou podem estar presentes

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