179
Defesa - Mestrado Proposta Para Uma Abordagem De Ambiente Remoto Para Estudo de Superposição de Cores Projeto de José Neres de Almeida Jr. Orientador: Prof. Dr. Hermes Renato Hildebrand TIDD PUC-SP Mestrado Programa de Pós-Graduação TIDD São Paulo, 2014-2016

PÓS-QUALIFICAÇÃO - NERES TIDD

Embed Size (px)

Citation preview

Defesa - Mestrado

Proposta Para Uma Abordagem De Ambiente Remoto Para Estudo de Superposição de Cores

Projeto de José Neres de Almeida Jr.

Orientador: Prof. Dr. Hermes Renato Hildebrand

TIDD – PUC-SP –

Mestrado – Programa de Pós-Graduação TIDD

São Paulo, 2014-2016

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP 2

Sumário

Resumo Geral .........................................................................................................................4 Esquema Geral do Projeto ..................................................................................................5

CAPÍTULO I – Contextualização e Fundamentação .................................................. 14 1 Tema: Laboratório Remoto e o Ensino de Física Moderna.............................. 14 2 Problema: Dificuldades práticas - das simulações no ensino de física ao

laboratório remoto.............................................................................................................. 14 3 Estado da Arte .............................................................................................................. 17

4 Justificativa ................................................................................................................... 40 5 Objetivos da Pesquisa ............................................................................................... 42

5.1 Objetivos Específicos ......................................................................................... 43

6 Hipótese: Estratégias para adequação de laboratório remoto como

instrumento de utilização complementar a aulas presenciais ............................... 43 7 Fundamentação Teórica ............................................................................................ 48

7.1 Introdução .............................................................................................................. 48

7.2 WebLab ................................................................................................................... 49

7.2.1 Arduino No WebLab ............................................................................................ 51

7.2.2 O Que o Webduino traz de novo .......................................................................... 52

7.3 Procedimentos...................................................................................................... 53

7.3.1 Introdução ........................................................................................................... 54

7.3.2 Descrição do WebLab-Deusto ............................................................................. 54

7.3.3 Coleta de Dados .................................................................................................. 61

7.3.4 Segurança ........................................................................................................... 62

CAPÍTULO II - Desenvolvimento ..................................................................................... 63

8 Metodologia................................................................................................................... 63 9 Protótipo - Procedimentos e Desenvolvimento .................................................. 74

9.1 Introdução .............................................................................................................. 74

9.2 Contexto da Espectrofotometria no Ensino de Física Moderna ............. 76

10 Experimento de Espectrofotômetro Remoto Automatizado ........................ 78

10.1 Espectrofotômetros e seu Princípio de Funcionamento ....................... 79

10.2 Procedimentos de Construção ..................................................................... 84

10.2.1 Ajuste Ótico: Montagem do Trilho Emborrachado .............................................. 85

10.2.2 Montagem dos Circuitos (Sensor Detector de Cor TCS34725, Motor de Passo).. 86

10.2.2.1. Motor de passo e controle no sentido de rotação.............................................. 86

10.2.2.2. Sensores: .....................................................................................................101

10.2.2.2.1. Módulo Sensor Detector de Cores (TCS34725) .......................................101

10.2.2.2.2. Sensor Infra-Vermelho............................................................................102

10.2.3. Procedimentos de medição do comprimento de onda: ......................................115

10.2.3.1. Espectro projetado por difração......................................................................115

10.3. Experimento Remoto ..................................................................................... 117

10.3.1. Coleta dos Dados de Intensidade Luminosa e Comprimento de Onda: .............118

10.3.1.1. Saída Serial para a Internet ...........................................................................118

10.3.1.2. Interface de Controle Remoto ........................................................................119

10.3.1.2.1. Descrição da Interface ............................................................................119

10.3.1.3. Visualização do experimento pela WebCam ...................................................120

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP 3

10.4. Ambiente Virtual de Aprendizagem ........................................................... 122

10.4.1. Conceitos, Teoria e Aplicabilidade .....................................................................122

10.4.1.1. O Moodle......................................................................................................126

10.4.2. Ambientes Virtuais e Ensino de Física ...............................................................129

11. Resultados ............................................................................................................... 132

11.1. Realização Do Experimento Remotamente ............................................. 135

11.2. Página do Experimento: montagem, visual e controle ........................ 136

11.2.1. Página “Sobre o Experimento”...........................................................................137

11.2.2. Página “Resultados” ..........................................................................................137

11.2.3. Página Tabelas ...................................................................................................138

11.2.4. Páginas “Teoria” e “Referências” ......................................................................139

11.2.5. Pagina “Simuladores” ........................................................................................140

11.2.6. Página do Blog do Experimento .........................................................................141

11.2.7. Página Faça você mesmo ...................................................................................141

11.2.8. Configurações Finais .........................................................................................142

CAPÍTULO III – Análises, Conclusões Parciais e Próximas Etapas ................... 144 12. Análises Possíveis e Testes Futuros ............................................................... 144

12.1. Usabilidade Do Ambiente Virtual De Aprendizagem ............................ 144

12.1.1. Análise do Tempo de Latência ...........................................................................144

12.1.2. Interação Aluno-Interface ...................................................................................145

13. Conclusões e Próximas Etapas ......................................................................... 150

13.1. Considerações Finais .................................................................................... 150

13.2. Considerações dos Resultados Parciais ................................................. 151

13.3. Próximas Etapas ............................................................................................. 152

Referências Bibliográficas ............................................................................................. 153 ANEXO ................................................................................................................................. 157

ANEXO 1 .......................................................................................................................... 157

Interface de Controle Remoto: Programação para a Interface de Controle Remoto ..........157

ANEXO 2 .......................................................................................................................... 166

ANEXO 3 .......................................................................................................................... 168

Programação no Arduino ..................................................................................................168

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP 4

Uma Proposta de Desenvolvimento de um Protótipo de Laboratório Remoto

aplicado ao Ensino de Física Moderna Mestrando: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 Orientador: Hermes Renato Hildebrand

Resumo Geral Este trabalho visa apresentar o projeto educacional Webduino e suas características, dentro

do contexto do uso de um Laboratório Remoto aplicado ao ensino de Física, ou seja, um

laboratório de sensoriamento remoto que se desenvolve na PUC/SP, focado, portanto, no

ensino de conteúdos de Física. Para tanto, este estudo, e a implementação do experimento,

foram realizados com uma abordagem de construção de protótipo, com base na ideia da

metodologia de desenvolvimento, ressaltada por Van den Ayken, visando uma implementação

inicial e verificação, com testes de funcionalidade e adequação a possíveis necessidades de

usuários, para utilização em projeto futuro do Laboratório Remoto e verificação de possíveis

melhorias na aprendizagem de alunos, complementando o ensino ministrado por professores,

em escolas. Além disso a metodologia por trás do ambiente em que o laboratório remoto se

encontra se caracteriza por uma metodologia baseada em investigação (Dikke et al, 2015);

(de Jong et al, 2013); (Zacharia et al, 2015), com os conteúdos do ambiente remoto se

orientando para uma ideia que guie o usuário para a compreensão do tema, via método

científico (conceitualização, teoria, hipótese, experimento, conclusão). Sendo assim,

inicialmente foram realizadas pesquisas de levantamento do estado da arte e foi realizado o

levantamento da fundamentação teórica do tema proposto, e frente as necessidades atuais,

procedeu-se à montagem do protótipo do experimento, bem como a adaptação da estrutura

de arquitetura de rede criada para a adequação do laboratório com acesso remoto, dentro de

um ambiente que seja condizente com as necessidades do experimento e metodologia

utilizada, visando uma aprendizagem significativa do usuário, com relação a tópicos de Física,

principalmente no que se refere ao estudo das cores, para este experimento, bem como à

possíveis necessidade pedagógicas dos profissionais da área, esta última ainda em

remodelação. Ainda, no ambiente elaborado, o laboratório remoto pretende desenvolver

recursos didáticos que permitam utilizar a placa Arduino aplicada ao Ensino de Ciências, em

particular no Ensino de Física, em nível Médio e Superior (seja em Licenciaturas, seja em

Educação Continuada de Professores). A plataforma de desenvolvimento selecionada para

gerenciar os experimentos é o WebLab-Deusto, por sua inteligibilidade, funcionalidade e

segurança. Devido às questões estruturais de um Laboratório Remoto, e como apontado na

literatura pesquisada (Lima et. al., 2013), (Silva, 2007), (Neto, 2012), também é necessário

que a plataforma de desenvolvimento e acionamento do experimento esteja inserida no

ambiente remoto do experimento, conforme parâmetros que possibilitem ao usuário a

aprendizagem dos conceitos físicos trabalhados e das experiências que ele venha a controlar

e coletar os dados para posterior análise. Para tanto, foi reelaborado e readaptado, além do

experimento que especifica o laboratório remoto, o ambiente para contemplar as

necessidades pedagógicas e educacionais para o ensino e a aprendizagem dos conceitos

físicos da experiência que o usuário realiza.

PALAVRAS-CHAVE: Arduino, Weblab-Deusto, Laboratório Remoto, Ensino de

Física, Ambiente Virtual de Aprendizagem, Física Moderna.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP 5

Esquema Geral do Projeto

Frente às necessidades enfrentadas pelas escolas e por alunos em serem

apresentados a conteúdos de Física, de uma forma que possibilite ser atraente ao

mesmo tempo em que seja significativa para a aprendizagem de quem a estuda, este

projeto visa o uso de experimentação remota de conteúdos de Física Moderna,

através de uma interface de controle remoto associado a um experimento físico real,

de modo que o usuário possa investigar os fenômenos decorrentes do experimento

real. Com a possibilidade de a interface do experimento estar inserida dentro de um

contexto de ambiente virtual e aprendizagem, acrescenta-se ao experimento a ênfase

de seu uso voltado ao aspecto educacional, com enfoque em simulações, textos,

imagens e outros conteúdos, mais informais, que possibilitem o enfoque da

aprendizagem destes conteúdos da Física Moderna, não somente através do

experimento remoto.

Para que isso aconteça, este projeto está dividido em Três partes, a citar: Capítulo

1: Contextualização e Fundamentação, o qual trata do contexto da questão dos

conteúdos de Física, bem como do uso de laboratórios (reais, virtuais e remotos) na

educação, além da justificativa e objetivos deste projeto. Além destes tópicos, neste

capítulo são tratadas as metodologias utilizadas para a confecção do argumento

teórico e prático da experimentação remota. No Capítulo 2: Desenvolvimento, tratam-

se os desenvolvimentos instrumentais e teóricos para a realização da montagem do

protótipo bem como resultados coletados até o momento, além da ideia de confecção

e as etapas para a realização do ambiente virtual de aprendizagem, mais voltado a

uma aprendizagem informal dos conceitos de Física Moderna, além do experimento

de espectrofotometria em si; finalmente, o Capítulo 3: Análises e Conclusões trata das

discussões teóricas e práticas, desde a idealização de um espectrômetro, passando

por questões do contexto da Física Moderna e a Educação até o que é necessário

para a montagem, culminando nas análises dos resultados e o que podem servir ao

propósito de apoiar o ensino de Física aliado a instrumentalização e visualização

remota, dentro dos quais se insere em um contexto interativo, o ambiente de

aprendizagem.

Para cada um destes capítulos foram subdivididas seções que especificam cada

um dos tópicos necessários para uma boa compreensão do contexto, dos objetivos,

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP 6

da justificativa e da metodologia, além dos procedimentos utilizados na confecção

tanto do trabalho experimental, quanto da parte teórica e conceitual envolvidas na

montagem deste protótipo de experimentação remota em Física Moderna. A seguir

um breve resumo de cada um dos itens relacionados aos respectivos capítulos:

Resumo Geral

Trata do resumo geral do projeto, as justificativas que levam o autor a realizar este projeto,

as hipóteses do mesmo, seus objetivos, descrição de algumas das metodologias,

resultados parciais e o que se conclui até o momento.

CAPÍTULO I - Contextualização e Fundamentação

1. Tema: Laboratório Remoto e o Ensino de Física Moderna

Aqui se descreve o tema do projeto, a montagem de um protótipo e das arquiteturas

necessárias para o desenvolvimento de um laboratório remoto como complementação, para

aulas presenciais, e auxílio à abordagem de tópicos de Física Moderna, seja experimental,

seja teórica. Trata-se, para tanto, das questões teóricas e do contexto do desenvolvimento

de laboratórios remotos, bem como do ambiente de aprendizagem no qual será inserido o

laboratório, e possíveis testes futuros, para validação em aplicações ligadas ao ensino de

Física.

2. Problema: As dificuldades práticas: das simulações no ensino de física ao

laboratório remoto.

Frente ao tema proposto, neste item são discutidas as problemáticas do ensino de

Física, seu contexto em ambiente nacional, os problemas relacionados a falta de significado

de determinados assuntos para a vivência do aluno, e como solução a esta questão

discorre-se das possibilidades atualmente utilizadas, começando pela

simulação/simuladores aplicados ao ensino de Física, tanto para as vantagens quanto

desvantagens, passando pelos laboratórios aplicados como possibilidade de tratamento de

assuntos mais práticos ao ensino de Física, discorrendo-se da forma como são utilizados,

incorrendo-se nos mesmos problemas de aulas tradicionais. Frente a isso, argumenta-se

da possibilidade de laboratórios remotos como complementação às aulas práticas, de modo

a torna-las mais significativas e interessantes. Levanta-se, porém, o fato de não se utilizar

estes laboratórios remotos da mesma forma como vem sendo ministradas as aulas, a fim

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP 7

de nãos e voltar ao mesmo problema. Com isso torna-se interessante a utilização de

ambientes virtuais de aprendizagem, nos quais serão inseridos os laboratórios remotos, de

modo a tornar a aprendizagem dos conteúdos de Física Moderna mais informais e

interessantes ao usuário que vier a utilizá-lo.

3. Estado da Arte

A partir das problemáticas levantadas demonstra-se neste item o estado da arte

relacionado ao uso de laboratórios remotos no ensino de Física, ou seja, o que vem sendo

feito hoje em dia e de que forma os laboratórios são utilizados.

Além disso, apontam-se que, pelos relatos de pesquisa, como o acesso remoto a

experimentos reais pode incrementar o processo de ensino e aprendizagem de Física e de

que forma isso pode ser feito. Evidencia-se que a Experimentação Remota associada ao

ensino de ciências, no Brasil e no mundo, ainda é um campo muito novo e pouco explorado,

de modo que as consequentes e eventuais limitações na utilização desta ferramenta de

ensino devem ser estudadas de forma aprofundada, ou seja, deve-se estabelecer uma

metodologia adequada, a fim de se suprir as necessidades de uma aula prática.

Assim, uma solução passível de se considerar é a de que os laboratórios online,

reais ou virtuais, necessitam de um ambiente de aprendizagem completo, que ofereça ao

aluno apoio para a realização das experiências, a fim de se atribuir uma aprendizagem

significativa ao qual o usuário consiga interagir e visualizar, coletando dados e analisando-

os, assimilando assim a teoria acerca do experimento. Para tanto, argumenta-se que o

ambiente de aprendizagem deve conter material de apoio, (hipertextos contendo

fundamentação teórica, conceitos, metodologia de relatório (exemplos), com a

experimentação remota se embasando em uma metodologia própria, devidamente

elaborada, da mesma forma que uma aula prática presencial também necessita de uma

metodologia específica baseada em teorias de ensino-aprendizagem, para que afinal, nãos

e volte aos mesmo problemas atualmente enfrentados, de modo a tornar ao usuário uma

experiência de aprendizagem que seja rica para sua vivência e com significado, de modo

que este usuário assimile os conceitos, adequando-os à sua experiência.

Neste item, finalmente, através dos relatos dos autores lidos, sugere-se que os

Laboratórios de Experimentação Remota surgem como algo novo e promissor, com

tendência de se tornarem instrumentos de experimentação muito eficientes, precisando,

porém de uma quantidade maior de pesquisas sistemáticas sobre suas reais

potencialidades, particularmente, na aprendizagem significativa em Física. Para que se

possa utilizar as experiências remotas não somente como curiosidade pelo acesso, mas

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP 8

como um instrumento, um recurso eficiente para tornar a aprendizagem de conceitos de

Física Moderna mais reais aos usuários, e não algo desinteressante e sem significado.

4. Justificativa

No item de justificativa, como complementação aos itens de contextualização

(problemática) e de estado da arte, formaliza-se o argumento das vantagens associadas ao

uso da experimentação remota dentro de um ambiente virtual e aprendizagem bem

estruturado e que vise a uma aprendizagem significativa, desassociando a visão de

disciplina sem significado e difícil. Coloca-se aqui a possibilidade de uso da experimentação

remota dentro do ambiente de aprendizagem, tanto para o usuário aluno quanto para

professores, além de futuras iniciativas associando a experimentação remota com cursos

de engenharia, como em conteúdos associados a automação e eletrônica, e não somente

no curso de Física, com a Física Moderna em si, já que nos cursos de engenharia a Física

Moderna serve de referência teórica.

5. Objetivos da Pesquisa e Objetivos Específicos

Em resumo, são descritos os objetivos do projeto que tangenciam os procedimentos

realizados, no sentido de dar uma finalidade e propósito ao argumento de se construir um

experimento que possa ser acionado remotamente.

6. Hipótese:

Aqui são apresentadas as hipóteses para se considerar o desenvolvimento deste

projeto, principalmente no que se refere às estratégias para adequação de laboratório

remoto como instrumento de utilização complementar a aulas presenciais, apresentando o

posicionamento de autores que trabalharam no assunto e os resultados que chegaram

permitindo a análise da situação atual e possibilidades do que se pode fazer, resultando na

adequação dos laboratórios remotos como recurso a aprendizagem de conteúdos de Física

Moderna sob um aspecto mais significativo e atraente ao usuário.

7. Fundamentação Teórica

Subdividido nos itens Introdução, WebLab (o qual se divide em “Arduino No

WebLab” e em “O Que o Webduino traz de novo”) e Procedimentos (dividido em

“Introdução”, “Descrição do WebLab-Deusto”, “Coleta de Dados” e em “Segurança”), este

tópico abrange a teoria que cerca a arquitetura cliente-servidor por trás da platarforma de

interação e acesso remoto, baseada na interface existente da Universidade de Deusto;

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP 9

fundamenta também o porquê de se usar a plataforma de hardware Arduino associado com

um WebLab, para uso educacional, a fim de se disponibilizar conteúdos científicos, bem

como poder acionar os experimentos que contém estes conceitos. Descreve-se aqui os

procedimentos para a montagem da arquitetura de software, a ideia de criação da

plataforma de acesso remoto junto com o Arduino, a contextualização de se usar novas

ferramentas tecnológicas em associação com os conteúdos educacionais e científicos, a

fim se possibilitar a formação e informação do usuário, para atrair que usar para a

descoberta de novos conhecimentos científicos; são detalhadas também as facilidades de

acesso e possibilidades de interação do usuário com a interface, além de se estar em um

ambiente seguro e com coleta de dados em tempo real.

CAPÍTULO II – Desenvolvimento

8. Metodologia

No item de metodologia descrevemos as etapas, desde a contextualização e

fundamentação teórica (tanto em questão do que é e para que se é utilizado um laboratório

remoto, passando por aplicações), até a questão da descrição da montagem do protótipo,

(desde a conceituação e definição de componentes e posições, até discussões de prováveis

usos futuros do projeto). São descritas neste item as fundamentações metodológicas da

pesquisa, no sentido de se utilizar de uma abordagem de pesquisa de desenvolvimento (ou

metodologia de desenvolvimento) concomitante a construção de um protótipo, para

posterior uso em aplicações educacionais, com vistas a possibilidade de implementação

em escolas de ensino médio, com os testes a serem realizados em posterior projeto.

Neste tópicos são elencadas as etapas do projeto, desde as pesquisas de

levantamento do estado da arte, levantamento da fundamentação teórica do tema proposto,

e frente às necessidades atuais, procedendo-se à montagem do protótipo do experimento,

e estruturação da arquitetura de rede necessária para a adequação do laboratório com

acesso remoto, dentro de um ambiente de aprendizagem que seja condizente com as

necessidades educacionais do usuário, com relação a tópicos de Física Moderna, bem

como à possíveis necessidade pedagógicas dos profissionais da área. No caso do ambiente

virtual, este está em etapa de conceituação e estruturação.

E a fim de se referenciar a metodologia implementada são descritos autores que

relatam sobre as vantagens de uso do laboratório remoto (Nedic, 2003), analisando-se os

usos que se tem atualmente através de revisão do estado da arte atual (Cardoso e

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

10

Takahashi, 2011), e que, com base nas conclusões coletadas pelos autores, abre-se um

campo de possibilidades e de experimentações, as quais devem ser melhor trabalhadas,

visando as potencialidades que advém de uma maior sistematização.

Frente a este quadro, em termos metodológicos, verificou-se, para esta etapa do

projeto, antes da implementação do protótipo e verificação em ambiente educacional, a

linha que melhor se enquadra é a de um modelo metodológico misto muito divulgado no

domínio da Tecnologia Educativa e que, na literatura, se designa por metodologia de

desenvolvimento (VAN DEN AKKEN, 1999), a qual, utiliza, para a coleta e análise de dados,

instrumentos e técnicas tanto das abordagens quantitativas quanto qualitativas. Ainda,

Coutinho e Chaves (2001) sintetizam que as características básicas deste modelo

metodológico deve prezar que o fim último da pesquisa não é testar a teoria mas resolver

problemas práticos dos professores, ou de usuários; remete que a busca de uma solução

para o problema passa pela concepção de uma solução “protótipo” que deve ser

fundamentada desde um ponto de vista teórico e prático (ouvidos os profissionais no

terreno) e articulada com objetivos de aprendizagem; e com base nesta solução protótipo,

deve-se testar, avaliar e refinar o processo, num processo interativo, da solução protótipo

concebida, o que implica colaboração permanente entre investigadores, professores,

tecnólogos, usuários.

Tendo a metodologia a ser empregada, com relação a elaboração, desenvolvimento

e avaliação de um protótipo, o passo seguinte foi a escolha do laboratório remoto a utilizar

como referência, base para o desenvolvimento do próprio laboratório remoto, inserido em

um ambiente virtual de aprendizagem. Diante disso, estamos desenvolvendo nosso próprio

laboratório remoto de Física, com foco no ensino de Física, ambientado na Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com base na investigação dos recursos e

vantagens do laboratório remoto da Universidade Federal de Santa Catarina – Campus

Araranguape, o RexLab (SILVA, 2006), além da interface de uso do WebLabDeusto

(UNIVERSIDADE DE DEUSTO, 2015), para a criação do ambiente virtual.

Com base nestes laboratórios, procuramos mesclar características e introduzir

outras, principalmente no que se refere ao aspecto pedagógico e conceitual de tópicos de

Física Moderna, desde a concepção teórica dos experimentos até questões de aplicações

tecnológicas relacionadas ao tema trabalhado no experimento remoto, que podem

favorecer uma melhor aprendizagem.

9. Protótipo - Procedimentos e Desenvolvimento

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

11

Aqui se descrevem os procedimentos da montagem do protótipo do experimento

real, bem como os procedimentos do experimento remoto (para acesso e controle pela

interface colocada dentro do ambiente virtual de aprendizagem, o qual tem seus

procedimentos ainda em fase de montagem). São subdivididos em três frentes: uma

introdução, considerando como início a metodologia de desenvolvimento descrita

anteriormente e com base nas etapas de desenvolvimento, é feita uma breve descrição das

etapas do nosso desenvolvimento dos procedimentos do protótipo (da estrutura física e da

virtual), a segunda parte, mais referencial teórica, para as considerações de um

experimento de espectrometria, contidos nos itens “Contexto da Espectrofotometria no

Ensino de Física Moderna”, em que se conceitua a importância da Física Moderna,

problemas enfrentados no ensino da mesma, e como proposta o uso de laboratórios com

recursos, e em particular o laboratório remoto, dentro de uma proposta de ambiente de

aprendizagem. Frente às características do laboratório remoto, e suas vantagens, segue-

se ao subitem “Experimento de Espectrofotômetro Remoto Automatizado” e

“Espectrofotômetros e seu Princípio de Funcionamento”, nos quais são desenvolvidos a

ideia de se aplicar o experimento remoto com o experimento de

espectrofotometria/espectrometria. Seguindo, a terceira frente é a parte mais prática, dentro

da qual são descritos os procedimentos, programações e metodologias de montagem tanto

do experimento real, quanto das interfaces de controle remoto e de adequação ao ambiente

virtual. Estas considerações estão separadas nos seguintes itens: (acesso remoto do

experimento) “Interfaces”, “Visualização do Experimento” e “Interface de Controle Remoto

para acionamento da lâmpada de LED”; (descrições do ambiente virtual) “Construção do

Ambiente Virtual de Aprendizagem”; (testes de funcionamento) “Teste de Funcionamento

da Programação do Arduino”, “Teste de Funcionamento da Programação de Acionamento

da Lâmpada de LED” e “Teste de Acionamento do Experimento e Coleta de Dados”.

10. Experimento de Espectrofotômetro Remoto Automatizado

Este capítulo descreve as etapas de construção tanto do experimento físico, até as

coletas dos dados (seja da composição de cores, seja dos dados de irradiância por

comprimento de onda), quanto do experimento remoto (desde as etapas conceituais do

ambiente virtual, quanto da montagem das páginas de acesso remoto – e a descrição

de como se dá o acesso remoto - e propriamente do ambiente virtual). Este capítulo é

dividido em tais partes:

10.1 Espectrofotômetros e seu Princípio de Funcionamento

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

12

10.2 Procedimentos de Construção: foram subdivididos em 10.2.1 Ajuste Ótico:

Montagem do Trilho Emborrachado, 10.2.2 Montagem dos Circuitos (Sensor Detector

de Cor TCS34725, Motor de Passo), subdividido em 10.2.2.1 Motor de passo e controle

no sentido de rotação; 10.2.2.2. Sensores (subdivididos em 10.2.2.2.1. Módulo Sensor

Detector de Cores (TCS34725), 10.2.2.2.2. Sensor Infra-Vermelho), 10.2.3

Procedimentos de medição do comprimento de onda (subdivivido em 10.2.3.1. Espectro

projetado por difração); .

10.3. Experimento Remoto, dividido em 10.3.1. Coleta dos Dados de

Intensidade Luminosa e Comprimento de Onda, (subdividido em 10.3.1.1. Saída

Serial para a Internet, 10.3.1.2. Interface de Controle Remoto, (sendo 10.3.1.2.1.

Descrição da Interface) e 10.3.1.3. Visualização do experimento pela WebCam);

10.4. Ambiente Virtual de Aprendizagem (dividido em 10.4.1. Conceitos, Teoria e

Aplicabilidade, 10.4.1.1. O Moodle e 10.4.2. Ambientes Virtuais e Ensino de Física)

11. Resultados

Como os resultados estão sendo coletos, e estamos em fase de testes da montagem

para adequação ao ambiente virtual, o qual, por sua vez, também está sendo readequado

às necessidades pedagógicas (possíveis) futuras, neste item, provisoriamente,

disponibilizamos as imagens das páginas do experimento, no que se refere ao aspecto

visual, descrição das montagens e da interface de controle para acesso ao experimento,

com visualização do mesmo. Além de comentar brevemente sobre a necessidade de cada

página, sua função no experimento e comentar também sobre a necessidade da descrição

do experimento e de objetos educacionais que venham a possibilitar uma melhoria na

aprendizagem, de forma a torna-la mais significativa e que o usuário possa por si descobrir

novos conceitos, experiências e aplicações. Esta subdividido nas seguintes partes: 11.1.

Realização do Experimento e 11.2. Página do Experimento: montagem, visual e

controle. Este item (11.2.), por sua vez, se subdivide nos itens a respeito da montagem

das páginas, ou seja, em: 11.2.1. Página “Sobre o Experimento”, 11.2.2. Página

“Resultados”, 11.2.3. Página Tabelas, 11.2.4. Páginas “Teoria” e “Referências”,

11.2.5. Pagina “Simuladores”, 11.2.6. Página do Blog do Experimento, 11.2.7. Página

Faça você mesmo, 11.2.8. Configurações Finais.

CAPÍTULO III – Conclusões Parciais e Próximas Etapas

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

13

12. Análises Possíveis e Testes futuros

Este item trata a respeito das análises possíveis a serem realizadas a partir dos

resultados que esperamos realizar. Obviamente, dependendo dos resultados a serem

encontrados podem surgir novas análises. Contudo, mesmo com resultados inesperados

este item é importante pois fundamenta a análise a ser realizada e os testes que devemos

implementar para verificação da usabilidade do sistema e de como se dá a interação do

aluno com a interface, bem como quais problemas podem eventualmente surgirem e de

que forma poderemos contornar. Este item se divide em mais um tópico, 12.1. Usabilidade

Do Ambiente Virtual De Aprendizagem, que, como o próprio título explica, trata de como se

dá a usabilidade do sistema e de que forma poderemos investiga-la e testá-la. Este tópico,

por sua vez, se subdivide em outros dois (12.1.1. Análise do Tempo de Latência e 12.1.2.

Interação Aluno-Interface) que tratam dos testes a serem realizados, com base em tarefas

a serem implementadas, com base no que foi discutido na literatura a respeito, como se

encontra em (TAKAHASHI, 2014).

13. Conclusões e Próximas Etapas

Neste item são levantadas considerações finais, parciais, do projeto até esse

momento, o que fizemos e o que pretendemos fazer, bem como no que ele pode vir a

auxiliar, tanto por sua característica quando pelo aspecto inovador e dinâmico. São

consideradas e retomadas as ideias iniciais a partir das quais são descritos os

procedimentos das etapas desenvolvidas até o momento e o que se obteve a partir delas,

pela qual são descritas as próximas etapas, resumidamente, as etapas de construção e

ambiente virtual e aprendizagem e melhoria da interface de controle e visualização do

experimento. Este item é subdividido em 13.1. Considerações Finais, 13.2 Considerações

dos Resultados Parciais e 13.3. Próximas Etapas.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

14

CAPÍTULO I – Contextualização e Fundamentação

1 Tema: Laboratório Remoto e o Ensino de Física Moderna

O tema do trabalho em questão é a montagem de um protótipo e adequação

da estrutura das arquiteturas necessárias para o desenvolvimento de um laboratório

remoto como complementação, para aulas presenciais, e auxílio à abordagem de

tópicos de Física, mais precisamente para o estudo de cores, seja experimental, seja

teórica. Para tratar a questão, é necessário se compreender primeiramente o que é

um laboratório remoto, também denominado WebLab. O objetivo de um laboratório

remoto é possibilitar a realização e controle em tempo real de experimentos, usando

como meio a internet. Esse ambiente, já readequado, tanto pratica, quanto

teoricamente, deverá ser testado em suas funções e futuramente validado em

aplicações ligadas ao ensino de Física.

2 Problema: Dificuldades práticas - das simulações no ensino de

física ao laboratório remoto.

Os resultados da aprendizagem do aluno (CLOUGH, 2002) podem ser

impactadas pelas práticas experimentais, e pela forma como ela é conduzida em sala

de aula; isto é, as práticas experimentais em sala de aula somente terá um impacto

maior, desde que não se recaia nos problemas das aulas expositivas tradicionais, com

giz e lousa, que pouco estimula a criatividade e o envolvimento dos aprendizes

(SIEVERS, 2012). Dentro desta perspectiva, os laboratórios são utilizados para

fornecer uma prova de que os princípios teóricos podem ser demonstrados na prática.

Quando usado adequadamente, eles podem entusiasmar motivar e inspirar

estudantes.

Para tanto, um laboratório de ensino requer compromissos de tempo, de

espaço e de financiamento para aquisição, instalação e manutenção de equipamentos

e, em seguida acomodações para os alunos. Por outro lado, uma das questões de uso

do laboratório de ensino é o espaço físico, o qual é determinante para realização de

cortes para limitação do número de vagas nas escolas. Sendo assim, é possível

propor uma solução ao problema através da utilização de tecnologia para aumentar

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

15

os recursos didáticos. Mas como aplicar o uso da tecnologia como forma de

investigação dos conceitos trabalhados em um laboratório de ensino, presencial?

Uma possibilidade seria o uso de simulações, já que permitem a interação com

modelos que representam o comportamento de processos e experimentos nem

sempre visíveis a olho nu, dependendo do modelo teórico utilizado, além de ser

possível a alteração de parâmetros na simulação, permitindo a comparação do

comportamento representado em relação ao comportamento do fenômeno no mundo

real. Em relação a função da simulação, para Studart (2010),

A principal função da simulação consiste em ser uma efetiva ferramenta de

aprendizagem, fortalecendo bons currículos e os esforços de bons professores. A finalidade de uso pedagógico da simulação pode ajudar a introduzir um novo tópico, construir conceitos ou competências, reforçar

ideias ou fornecer reflexão e revisão final (STUDART, 2010, p.29).

Em contrapartida, caso não se reflita na adequação da simulação ao

experimento real, pode-se induzir o aluno a pensar que a simulação represente a

realidade, o que se configura como um erro de conceito, já que a simulação, por mais

atraente que seja, é uma representação de um modelo matemático, o qual por sua

vez, descreve um modelo físico, ou seja, uma interpretação da realidade.

É preciso ter-se em mente que o ponto de partida de toda simulação é a imitação de aspectos específicos da realidade, isto significando que, por mais atraente que uma simulação possa parecer, ela estará sempre seguindo um

modelo matemático desenvolvido para descrever a natureza, e este modelo poderá ser uma boa imitação ou, por outras vezes, um autêntico absurdo. Uma simulação pode tão somente imitar determinados aspectos da realidade,

mas nunca a sua total complexidade. Uma simulação, por isso, nunca pode provar coisa alguma. O experimento real será sempre o último juiz. (MEDEIROS e MEDEIROS, 2002, p. 83).

Também por isso, por ser uma representação da realidade, muitas simulações

não incluem fatores práticos dos próprios experimentos, como as fontes de incertezas

e erros, os quais alteram o resultado real. Dependendo do tipo de experiência, os tipos

de erros se analisados poderiam contribuir a uma análise mais rica do próprio

fenômeno, além da descoberta de outras relações entre o experimento em si e outras

propriedades, submetendo o aluno a um mundo onde poderá encontrar perturbações

nos sistemas estudados ou erros de aferição dos equipamentos. Por isso, segundo

Hanson (2009) objetos de aprendizagem virtuais, que simulam situações reais através

de dados pré-gravados, tem recebido críticas dos alunos e educadores. Com isso,

algumas simulações apresentam o mesmo resultado, pois não incluem o erro

experimental, que pode ser ocasionado pela calibração dos equipamentos.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

16

Em um Congresso sobre ensino e internet (INTER-UNIVERSITY, 2008), os

desenvolvedores de simulações, concordaram sobre as dificuldades de criar um

programa de computador para simular um processo de forma realista.

Outra forma de se utilizar a tecnologia é utilizando experimentos apenas com

hardware. Nesta direção, uma abordagem alternativa é fornecer laboratórios de

acesso remoto, alternativa que vem apresentando uso cada vez mais crescente no

exterior, pela crescente disponibilidade e capacidade dos computadores pessoais,

como é o caso (apud SIEVERS JUNIOR et al, 2012 p.2):

do uso de laboratórios remotos em ciências ambientais e ecológicos

(KREHBIEL, 2003), mas são encontrados principalmente nos departamento de engenharia, por exemplo química (SELMER, 2007), elétrica (LANG, 2007) e (LOWE, 2009) e mecânica (WEIGHTMAN, 2007), além de física (HANSON,

2009).

O que atrai também ao uso do laboratório remoto é a possibilidade de acesso

via internet ao experimento real, de modo que as fontes de incerteza possam ser

investigadas; além da possibilidade de se utilizar a experiência real acessada

remotamente junto a simulações/objetos de aprendizagem, que possam descrever o

modelo utilizado, como uma ferramenta pedagógica, com possibilidade de análises

mais ricas e comparativas.

A tecnologia do laboratório com acesso remoto, também denominado WebLab,

está sendo desenvolvida em um número crescente de instituições de ensino superior

e está ramificando para outras disciplinas e para outros níveis de ensino (apud

SIEVERS JUNIOR et al, 2012, p. 2):

No Brasil podemos encontrar alguns laboratórios como (KYATERA, 2008), e um laboratório para prática remota de aulas Laboratoriais de Física (SILVA, 2007). Muitos laboratórios remotos são acessados por qualquer navegador

convencional (WEIGHTMAN, 2007), esses recursos proporcionam oportunidades à instituições de todo o mundo para acesso ao equipamento experimental.

Alguns usuários e pequenos grupos estão se formando e deram provas do

sucesso da colaboração e compartilhamento de recursos sobre limites internacionais

(GARCÍA-ZUBÍA et al, 2012, p. 230). Existe um grande potencial para colaboração e

compartilhamento de recursos em escala nacional e internacional.

Entretanto, antes dos laboratórios remotos poderem atingir o seu real potencial,

várias questões logísticas fundamentais continuam a exigir, tais como: Como as

instalações serão financiadas e mantidas? Quem terá acesso e quando? Mais debates

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

17

são necessários para resolver essas questões e chegar a um consenso sobre os

pontos fortes e fracos dos laboratórios remotos e seu lugar no currículo, além de

discussões acerca da possibilidade de se utilizar com complemento de simulações e

como complemento a aulas presenciais. Além destas discussões, há controvérsias

em cursos sobre a eficácia dos laboratórios remotos em entregar resultados de

aprendizagem, e seus efeitos globais sobre a experiência dos alunos. A maioria dos

exemplos de laboratórios remotos hoje são apenas versões remotas dos laboratórios

tradicionais e alguns pesquisadores fazem comparações diretas entre os resultados

da aprendizagem com os laboratórios tradicionais versus laboratórios remotos. Fato

este que evidencia apenas uma transferência da aula expositiva para uma aula

laboratorial a distância, o que apenas continua com o problema.

Nesse sentido, nosso objetivo, aqui, é começar a investigar de que forma pode

se propor a adequação de um laboratório remoto junto a aulas presenciais, no que se

diz respeito a conteúdos de Física, como por exemplo o estudo dos padrões de cores,

um tema que desperta interessa não apenas da Física mas também de áreas da

Biologia, Fotografia, Fisiologia, entre outras, e que pode ser utilizada dentro de uma

temática interdisciplinar que venha a despertar um interesse mais significativo aos

estudantes. Além disso, e por consequência nosso objetivo também se desmembra

para quais interfaces podem ser melhor elaboradas e utilizadas junto ao ambiente no

qual o laboratório remoto esteja inserido, visando ao usuário (seja professor ou aluno)

desfrutar dos recursos existentes, os trabalhando de forma em que se possa

aprofundar a compreensão dos assuntos tratados.

3 Estado da Arte

No capítulo de problematização, abordamos o contexto dos laboratórios e mais

adiante (no item “Justificativa”) será analisado a escolha e o porquê do uso do

laboratório remoto para os propósitos do projeto, bem como, aqui se inicia a

abordagem de como está a situação e o usos dos mesmos.

Para continuar essa abordagem, analisemos as questões principais levantadas

em Vozniuk et al (2015) e Rodríguez-Triana et al (2015), que expressam,

respectivamente, as necessidades e características do uso de aplicativos que

acessem laboratórios remotos sob uma perspectiva de aprendizagem híbrida, e uma

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

18

análise das necessidades dos ambientes remotos sob a perspectiva dos professores,

com base em uma aprendizagem baseada em investigação (IBL, do inglês, Inquiry-

Based Learning).

Além disso, foram analisados para este levantamento do estado da arte 32

artigos que remetem ao uso dos laboratórios remotos em educação (cujas citações

estão disponíveis no portal internacional de laboratórios remotos – GoLab -, em

http://www.go-lab-project.eu/publications), dos quais selecionamos 15 artigos, devido

às suas características por envolver temas de Ciências e/ou Física aplicadas a uma

discussão do ambiente em função de uma aprendizagem significativa. A tabela a

seguir mostra os artigos que foram escolhidos, e dentro destes os que foram

selecionados.

Tabela 1- Índice dos artigos separados para análise e selecionados para releitura bibliográfica

Índice Artigo (Referência) Selecionado ou não 1. Kreiter, C.; Garbi Zutin, D.: Enhancing

the Usability of the Blackbody Radiation Remote Lab. In: Proceedings of the 3rd Experiment@ International Conference, exp.at'15, p. 55. Publication Publisher: IEEE Computer Society, Ponta Delgada, São Miguel Island, Azores, Portugal, 2015. Download

Não. Apenas Resumo.

2. Salzmann, Ch.; Govaerts, S.; Halimi, W.; Gillet, D. : The Smart Device Specification for Remote Labs. In: Proceedings of the 12th International Conference on Remote Engineering and Virtual Instrumentation, REV 2015, Publication Publisher: IEEE Computer Society, Bangkok, Thailand, 2015. Download

Não (sem envolvimento com a Física. Mas a questões interessantes discutidas em análise para a parte educacional)

3. Rodriguez-Gil, L.; Orduña, P.; Bollen, L.; Govaerts, S.; Holzer, A.; Gillet, D.; López-de-Ipiña, D.; García-Zubia, J.: The AppComposer Web Application for School Teachers: A Platform for Translating and Adapting Educational Web Applications. In: Proceedings of the 6th IEEE Global Engineering Education Conference, EDUCON 2015, Publication Publisher: IEEE Computer Society, Tallin, Estonia, 2015. Download

SIM. Plataforma de aplicação web para professors.

4. Dziabenko, O.; García-Zubía, J.: Planning and Designing Remote Experiment for School Curriculum. In: Proceedings of the 6th IEEE Global

Não (não é possível baixar o documento)

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

19

Engineering Education Conference, EDUCON 2015, Publication Publisher: IEEE Computer Society, Tallin, Estonia, 2015.

5. Zervas, P.; Tsourlidaki, E.; Sotiriou, S.; Sampson, D.: Towards a Metadata Schema for Characterizing Lesson Plans Supported by Remote and Virtual Labs for School Science Education. In: Proceedings of the 12th International Conference on Cognition and Exploratory Learning in Digital Age, CELDA 2015, Publication Publisher: Springer, Dublin, Ireland, 2015. Download

SIM. Caracterização de planos de aula suportados por laboratórios remotos para educação de Ciências.

6. Zervas, P.; Authentopoulou, A.-E.; Sampson, D.: Characterizing Virtual and Remote Laboratories with Educational Metadata. In: Proceedings of the Open Discovery Space Conference, EDEN Open Classroom 2015, Publication Publisher: EDEN Open Classroom, Athens, Greece, 2015. Download

SIM

7. Zacharia, Z.C.; Manoli, C.; Xenofontos, N.; De Jong, T.; Pedaste, M.; Van Riesen, S.; Kamp, E.; Mäeots, M.; Siiman. L.; Tsourlidaki, E.: Identifying potential types of guidance for supporting student inquiry when using virtual and remote labs: A literature review. In: Educational Technology Research and Development: Vol. 63, p. 257-302. Publication Publisher: Association for Educational Communications & Technology, 2015.

Não. O artigo não está disponível eletronicamente.

8. Vozniuk, A.; Rodriguez-Triana, M. J.; Holzer, A.; Govaerts, S.; Sandoz, D.; Gillet, D.: Contextual Learning Analytics Apps to Create Awareness in Blended Inquiry Learning. In: Proceedings of the 14th International Conference on Information Technology Based Higher Education and Training, ITHET 2015, Publication Publisher: IEEE Computer Society, Lisbon, Portugal, 2015. Download

SIM.

9. Sergis, S.; Vlachopoulos, P.; Sampson, D.: Flipped Classroom Teaching Model Templates for STEM Education. In: Proceedings of the Open Discovery Space Conference, EDEN Open Classroom 2015, Publication Publisher: EDEN Open Classroom, Athens, Greece, 2015. Download

SIM. Modelos de aulas invertidas para o modelos STEM de Ensino.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

20

10. Salzmann, Ch.; Govaerts, S.; Halimi, W.; Gillet, D.: The Smart Device Specification for Remote Labs. In: International Journal of Online Engineering (iJOE): Vol. 11, No. 4, Publication Publisher: iJOE, 2015. Download e Apresentação

SIM. Especificação de Dispositivos Inteligentes para acoplagem em arqiteturas de software de laboratórios remotos, permitindo depuração de resultados e maior troca de informações, visando facilitar o trabalho do professor na comunicação com o usuário.

11. Rodríguez-Triana, M. J.; Holzer, A.; Vozniuk, A.; Gillet, D.: Orchestrating Inquiry-Based Learning Spaces: an Analysis of Teacher Needs. In: Proceedings of the 14th International Conference on Web-based Learning, ICWL 2015, Publication Publisher: Springer, Guangzhou, China, 2015. Download

SIM

12. Pedaste, M.; Mäeots, M.; Siiman L. A.; De Jong, T.; Van Riesen, S. A. N.; Kamp, E. T.; Manoli, C. C.; Zacharia, Z. C.; Tsourlidaki, E: Phases of inquiry-based learning: definitions and the inquiry cycle. In: Educational Research Review: Vol. 14, p. 47-61. Publication Publisher: Elsevier Ltd., 2015. Download

SIM. Fases da Apendizagem baseada em investigação e desenvolvimento das discussões sobre o ciclo de investigação.

13. Manske, S.; Hecking, T.; Chounta, I.-A.; Werneburg, S.; Hoppe; H. U.: Using Differences to Make a Difference: A Study in Heterogeneity of Learning Groups. In: Proceedings of the 11th International Conference on Computer Supported Collaborative Learning, CSCL 2015, Vol 1, p. 182 – 189. Publication Publisher: ISLS, Gothenburg, Sweden, 2015. Download

SIM

14. Manske, S.; Chounta, I.-A.; Rodríguez-Triana, M. J.; Gillet, D.; Hoppe; H. U.: Exploring Deviation in Inquiry Learning: Degrees of Freedom or Source of Problems?. In: Proceedings of the 23rd International Conference on Computers in Education, ICCE 2015, Publication Publisher: Asia-Pacific Society for Computers in Education, Hangzhou, China, 2015. Download

SIM. Esse artigo explora os desvios na aprendizagem por investigação no que se refere à Liberdade dada ao aluno e consequencias dessa metodologia no que se refere ao uso dos laboratórios remotos.

15. Kreiter, C.; Garbi Zutin, D.; Auer, M. E.: An HTML Client for the Blackbody Radiation Lab. In: Proceedings of the 12th International Conference on Remote Engineering and Virtual Instrumentation, REV 2015, Publication Publisher: IEEE Computer Society, Bangkok, Thailand, 2015. Download

Não. Apenas resumo.

16. Heintz, M.; Law, E. L.; Soleimani, S.: Paper or Pixel? Comparing Paper- and

Não. Arquivo não disponível gratuitamente.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

21

Tool-based Participatory Design Approaches. In: Proceedings of the 15th IFIP TC.13 International Conference on Human-Computer Interaction, INTERACT 2015, Publication Publisher: Springer, Bamberg, Germany, 2015. Download

17. Heintz, M.; Law, E. L.; Manoli, C.; Zacharia, Z.; Van Riesen, S. A. N.: A survey on the usage of online labs in science education: Challenges and implication. In: Proceedings of the 6th IEEE Global Engineering Education Conference, EDUCON 2015, Publication Publisher: IEEE Computer Society, Tallin, Estonia, 2015.

Não. Arquivo não disponível para download.

18. Heintz, M.; Law, E. L.: Solution-based Requirements Capture with PDot in an E-Learning Context . In: Proceedings of the 15th IFIP TC.13 International Conference on Human-Computer Interaction, INTERACT 2015, Publication Publisher: Springer, Bamberg, Germany, 2015.

SIM

19. Halimi, W.; Salzmann, Ch.; Gillet, D.: The Smart Wind Turbine Lab. In: Proceedings of the 3rd Experiment@ International Conference, exp.at'15, Publication Publisher: IEEE Computer Society, Ponta Delgada, São Miguel Island, Azores, Portugal, 2015. Download

Não. Arquivo disponível eletronicamente apenas com o resumo.

20. Govaerts, S.; Cao, Y.; Faltin, N.; Cherradi, F.; Gillet, D.: Tutoring Teachers - Building an Online Tutoring Platform for the Teacher Community. In: Immersive Education, Communications in Computer and Information Science, Vol. 486, p. 39-51. Publication Publisher: Springer, Vienna, Austria, 2015. Download

SIM

21. Fernandez, G. C.; Ruiz, E. S.; Castro Gil, M.; Mur Perez, F.: From RGB led laboratory to servomotor control with websockets and IoT as educational tool. In: Proceedings of the 12th International Conference on Remote Engineering and Virtual Instrumentation, REV 2015, Publication Publisher: IEEE Computer Society, Bangkok, Thailand, 2015. Download

SIM. Menção ao uso de websockets na arquitetura de software e experimentos variados de tecnologia e de física, nesse ultimo caso, com LED RGB.

22. Fernandez, G. C.; Carrasco Borrego, R.; Plaza Merino, P.; Cañas Lopez, M. A.; San Cristóbal Ruiz, E.; Castro Gil, M.;

Não. Texto não disponível para download, mas a apresentação sim.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

22

Mur Perez, F.: Mechatronics and robotics as motivational tools in remote laboratories. In: Proceedings of the 6th IEEE Global Engineering Education Conference, EDUCON 2015, Publication Publisher: IEEE Computer Society, Tallin, Estonia, 2015. Apresentação e Download

Alguns pontos discutidos ali devem ser utilizados ao longo deste capítulo.

23. Dikke, D.; Faltin, N.: Go-Lab MOOC – An online course for teacher professional development in the field of Inquiry-Based Science Education. In: Proceedings of the 7th International Conference on Education and New Learning Technologies, Publication Publisher: IATED, Barcelona, Spain, 2015. Download

SIM. Explora o desenvolivmento professional do professor dentro de uma perspectiva de Ensino de Ciências baseado em investigação, para um curso on-line no projeto Go-Lab (portal de laboratórios remotos).

24. De Jong, T.: Simulation-based learning. In: J. Spector (Ed.): The SAGE encyclopedia of educational technology, p. 647-650. Publication Publisher: SAGE Publications, Inc., Thousand Oaks, California, United States, 2015.

Não. Artigo não disponível eletronicamente.

25. Centeno, R.; Rodriguez-Artacho, M.; Garcia, F.; Sancristobal, E.; Diaz, G.; Castro, M.: Towards learning resources rankings in MOOCs: A pairwise based reputation mechanism. In: Proceedings of the 6th IEEE Global Engineering Education Conference, EDUCON 2015, Tallin, Estonia, Publication Publisher: IEEE Computer Society, Tallin, Estonia, 2015. Download

Não. Texto disponível eletronicamente, mas não gratuitamente.

26. Cao, Y.; Kovachev, D.; Klamma, R.; Jarke, M.; Lau, R. W. H.: Tagging diversity in personal learning environments. In: Journal of Computers in Education, March 2015: Vol. 2, Issue 1, p. 93-121. Publication Publisher: Springer, 2015. Download

Não. Embora trabalhe o desenvolvimento de um protótipo de ambiente de aprendizagem pessoal e baseado na procura de tag’s, o faz em poemas clássicos chineses, ass

27. Cao, Y.; Tsourlidaki, E.; Edlin-White, R.; Dikke, D.; Faltin, N.; Sotiriou, S.; Gillet, D.: STEM Teachers’ Community Building through a Social Tutoring Platform. In: Proceedings of the14th International Conference on Web-based Learning, ICWL 2015, Publication Publisher: Springer, Guangzhou, China, 2015.

Não. Artigo disponível eletronicamente mas não gratuitamente.

28. Tsourlidaki, E.; Zervas, P.; Sotiriou, S.; Sampson, D.: An Investigation with European School Teachers on how to Characterize Virtual and Remote Labs. In: Proceedings of the IEEE 6th

Não. Arquivo disponível eletronicamente, mas não gratuitamente.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

23

International Conference on Engineering Education towards Excellence and Innovation 2015, Publication Publisher: IEEE Computer Society, Tallinn, Estonia, 2015. Download

29. Zervas, P.; Sergis, S.; Sampson, D.; Fyskilis, S.: Towards Competence-Based Learning Design Driven Remote and Virtual Labs Recommendations for Science Teachers. In: Technology, Knowledge and Learning, Publication Publisher: Springer, 2015. Download e Apresentação

Não. Arquivo disponível eletronicamente, mas não gratuitamente. Apenas resumo disponível de graça. Apresentação disponível eletronicamente. Por conter elementos sobre o processo de educação aberta nos laboratórios remotos será citada.

30. Pedaste, M.; Mäeots, M.; Siiman, L. A.; de Jong, T.; van Riesen, S. A. N.; Kamp, E. T.; Manoli, C. C.; Zachariac, Z. C.; Tsourlidaki, E.: Phases of inquiry-based learning: definitions and the inquiry cycle. In: Educational Research Review, p. 47-61. Publication Publisher: European Association for Research on Learning and Instruction (EARLI), 2015. Download

Sim, por conter uma discussão mais aprofundada sobre o processso cíclico da aprendizagem por investigação, uma bases teóricas aplicada ao desenvolvimento de laboratórios remotos, mundialmente.

31. Zacharia, Z.C.; Manoli, C.; Xenofontos, N.; de Jong, T.; Pedaste, M.; van Riesen, S.A.N, Kamp, E.T.; Mäeots, M.; Siiman, L.; Tsourlidaki, E.: Identifying potential types of guidance for supporting student inquiry when using virtual and remote labs in science: a literature review. In: Educational Technology Research & Development, Publication Publisher: Springer US, 2015. Download

SIM. Revisão bibliográfica sobre os potenciais tiposde guias para auxílio a investigação de estudantes no uso de laboratórios remotos e virtuais, nas áreas de Ciências.

Posteriormente a seleção dos artigos ainda restringimos mais a escolha no que

se refere apenas às discussões teóricas ou práticas do uso de laboratórios remotos

nas áreas científicas, tanto quanto nas alternativas de aprendizagem desenvolvidas

neles. Após esta restrição, ficamos com 11 artigos (caracterizados pelos índices 3, 5,

9, 10, 11, 12, 14, 21, 23, 30 e 31) que devem ser comentados nos próximos

parágrafos.

Nesse caso, os artigos de 3 a 10 tratam da temática dos laboratórios remotos

no desenvolvimento dos professores e usuários; nos artigos 12 e 14 tratam do

desenvolvimento de interfaces para facilitar o uso por parte dos professores e a

aprendizagem dos alunos; e nos textos de 23 a 31 tratam da questão da aprendizagem

por investigação aplicada aos laboratórios remotos, seja nas possibilidades que

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

24

apresenta ou mesmo nas consequências que se tem com a metodologia, no ensino

com ambientes remotos de investigação, na concepção das Ciências.

Cabe lembrar que esse levantamento bibliográfico toma os anos mais recentes,

e que como o uso de laboratórios remotos é uma área com recente investigação

educacional, novas possibilidades e uso de novas tecnologias podem influenciar no

próprio uso das plataformas remotas, ou mesmo com melhorias na usabilidade e

aplicabilidade dos sistemas. Por exemplo, em relação ao levantamento realizado por

Cardoso e Takahashi (2011), o qual era justamente visando o estudo e aplicabilidade

dos laboratórios remotos em Física, Engenharia e outras áreas científicas, novas

tecnologias surgiram e melhoraram a eficiência das interfaces possíveis dentro dos

laboratórios. Novos programas surgiram para melhorar o tempo de resposta entre um

comando enviado pelo cliente e recebido pelo servidor (Salzmann et al, 2015).

Isso nos remete a entender as discussões a respeito do desenvolvimento e o

uso no contexto educacional de Física dos Laboratórios Remotos, além das

discussões de usabilidade dos laboratórios remotos e emprego das teorias de ensino

e aprendizagem, da época de Cardoso e Takahashi (2011) em comparação com a

aplicação de, por exemplo, a Aprendizagem Baseada em Investigação (IBL, do inglês

Inquiry Based Learning) (Dikke, et al, 2015), (Pedaste, et al, 2015b) e (Zacharia, et al,

2015), nos tempos mais recentes. Para tanto, como apontado, são estudados os

trabalhos realizados por autores que trabalharam neste mesmo tema, dentro das

observações levantadas por Cardoso e Takahashi (2011), e consequentemente quais

as dificuldades encontradas, as discussões levantadas por eles, em comparação com

as observações e desenvolvimentos ocorridos desde então (Rodrigues-Gil, et al,

2015), (Zervas, et al, 2015), (Sergis, et al, 2015), (Salzmann, et al, 2015), (Rodríguez-

Triana, et al, 2015), (Pedaste, et al, 2015a), (Manske, et al, 2015), (Fernandez, et al,

2015), (Dikke, et al, 2015), (Pedaste, et al, 2015b) e (Zacharia, et al, 2015) a fim de

enquadrar os problemas a serem trabalhados neste projeto.

No artigo de Cardoso e Takahashi (2011), publicado na RBPEC, os autores

fazem o “[...] levantamento e análise de trabalhos sobre o assunto em revistas e

periódicos de ensino e educação, no Brasil e no exterior”, até o ano de 2011. O intuito

dos autores, assim como um dos objetivos deste projeto corrente, era investigar se (e

como) os laboratórios remotos estão sendo utilizados para o ensino, particularmente,

de Física, com o objetivo de avaliar o potencial desse recurso para o ensino-

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

25

aprendizagem da disciplina. Para tanto, os autores discorrem das necessidades de

um laboratório remoto e das potencialidades que o uso da experimentação demonstra

para o processo de ensino-aprendizagem, fundamentando-se nas avaliações tanto de

documentos oficiais como o PCN+ (BRASIL, 2002), quanto de pesquisadores. Dentro

deste âmbito, Dikke, et al (2015) e Pedaste, et al (2015b), discorrem sobre a

fundamentação dos laboratórios remotos sob a ótica da aprendizagem baseada em

investigação, tratando das fases de desenvolvimento para se chegar a um objetivo de

estudo.

Dikke, et al (2015) discorrem sobre o desenvolvimento profissional dos

professores dentro dos laboratórios remotos que tratam dentro da perspectiva da IBL,

e quais as melhorias que apresentam. Além disso os autores discorrem sobre o fato

da perspectiva dos laboratórios remotos estarem mais coesos hoje em dia, devido à

ideia de se formar um consórcio europeu para difundir as investigações com

laboratórios remotos aplicados ao estudo de ciência, no que se formulou como o

GoLab (consórcio esse que fundamenta as pesquisas selecionadas para este estudo

bibliográfico). Esse fato, por si só, já avança um dos problemas que se apresentava

na época de Cardoso e Takahashi (2011), no caso, antes de 2011.

Isso porque ao se comparar as pesquisas os autores podem avançar em seus

conhecimentos, compartilhando impressões, levantando novas possibilidades e

trocando materiais de pesquisa e mesmo com mais acessos aos weblabs, se

consegue investigações e desenvolvimentos mais aprofundados. Com o GoLab, os

professores têm a possibilidade de terem uma formação contínua e se envolverem

mais com os avanços dos laboratórios remotos de seus pares e mesmo dos usuários,

que com mais acessos se tornam mais íntimos dos laboratórios e a questão do

estranhamento com a tecnologia vão diminuindo.

A própria perspectiva da experimentação remota ganha mais propriedade

através de uma sistematização de investigação, através das fases de investigação,

definidas em Pedaste, et al, (2015b). Novas motivações e descobertas surgem através

deste viés podem ser trabalhados pelos professores, para que os próprios usuários

sejam autônomos em suas descobertas; com isso, o professor passa a orientar o

usuário remotamente em seu processo de aprendizagem. O usuário, por outro lado,

se familiariza com o processo do método científico. Assim, o estudo científico pode

ser mais atraente e possibilita novas descobertas, dentro de um ambiente remoto que

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

26

não apenas serve ao processo de se obter resultados dentro de um experimento, mas

também entender o seu significado e contexto, quando colocado dentro de uma

perspectiva que tal conhecimento pode ser construído, investigado.

Dentro desta perspectiva de experimentação, aliada ao princípio de utilização

de materiais de fácil acesso e possibilidade de viabilizar a mesma experiência com

acesso remoto, em 2011, Cardoso e Takahashi (2011, p. 188) apontavam que:

A utilização desses Laboratórios de Experimentação Remota, como são conhecidos, permitiria a realização cooperativa de experimentos reais com o

objetivo de prover uma melhor compreensão dos fenômenos científicos e estimular um interesse maior pela carreira científica.

E, indo além (CARDOSO; TAKAHASHI, 2011, p. 188):

[...] a Experimentação Remota não auxilia a aprendizagem por si só; o uso da experimentação deve ser amparado por ferramentas didáticas e metodologias devidamente fundamentadas.

De forma que concluem que a perspectiva de uso dos laboratórios remotos não

se dá somente em ambientes que se utilizem de Educação a Distância (EaD), mas

também presencialmente:

Assim, um laboratório remoto pode auxiliar na aprendizagem de conceitos físicos, sendo um importante recurso nos cursos de Educação a Distância (EaD) que exigem aulas práticas, como também aulas presenciais tornado -a

mais interativa e mais dinâmica. Pode, ainda, auxiliar o aprendiz independentemente das aulas e viabilizar a realização de experimentos mais complexos e/ou de difícil acesso. (CARDOSO; TAKAHASHI, 2011, p.188-

189)

Com base nestas prerrogativas, os autores abordam a metodologia de

aprendizagem baseada em investigação para laboratórios remotos, desde sua

adequação até a sua implementação e uso educacional. Com base nessa

metodologia, que se baseia no método científico e em suas fases, para os autores

Pedaste et al (2015), o objetivo da metodologia de aprendizagem baseada em

investigação é “envolver os alunos em um autêntico processo de descoberta

científica”. (Pedaste et al, 2015, p.48):

“Do ponto de vista pedagógico, o processo científico complexo é dividido em unidades menores, logicamente conectadas que orientam os alunos, chamando-lhes a atenção para aspectos importantes do pensamento

científico. Estas unidades individuais são chamadas fases de investigação e o seu conjunto de conexões forma um ciclo de investigação”.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

27

Nesse sentido, os autores citados mencionam o modelo do ciclo de

aprendizagem dos 5E, que tratam de cinco fases de investigação (fundamentados em

(Bybee et al, 2015): engajamento, exploração, explanação, elaboração, e avaliação

(em inglês, 5E learning cycle model – engagement, explroation, explanation,

elaboration, evaluation). Nestas fases, dependendo do pesquisador, é observado que

se pode balancear para mais ou para menos abordagens ora indutivas, ora dedutivas,

dependendo da fase de investigação. Por outro lado, para outros autores (Klahr e

Dunbar, apud Pedaste et al, 2015b), o processo de raciocínio científico é caracterizado

em duas esferas – a da experimentação e da hipótese -, e dentro destes espaços se

é trabalhada a investigação em um ambiente remoto, ora indo para a hipótese, ora

indo ao experimento. Por isso, a forma de se optar por recursos indutivos ou dedutivos

pode depender do campo em que se está trabalhando, bem como da fase em que se

está orientando ao usuário.

Assim, com base em um levantamento bibliográfico de 32 (trinta e dois) artigos,

Pedaste et al (2015b) formulam um modelo de 5 (cinco) fases de investigação

(Orientação, Cenceitualização, Investigação e Conclusão – baseado em modelo

formulado por de Jong et al, 2014 (apud Pedaste et al, 2015) , porém mais

sistematizado e com possibilidades de permutações e novos ciclos dentro de um

mesmo processo). Nesta formulação do processo é possível se utilizar como entrada

para o processo uma experimentação ou explanação, para depois se formular

hipóteses, coletar dados e se concluir, ou mesmo, após a coleta de dados, se formar

uma nova contextualização, formular uma nova hipótese, experimentar, explorar,

coletar novos dados, e se concluir. Ou seja, o processo se transforma em vários ciclos

possíveis dentro de um mesmo processo, algo mais próximo do raciocínio científico,

de forma a familiarizar o usuário/aprendiz, e facilitar uma orientação de estratégia ao

professor, que por sua vez, tem a sua escolha deixar o processo mais livre, ou

delimitar a sua estratégia de uso. Essa formulação permite se utilizar o ambiente

remoto tanto dentro de um contexto mais estruturado de ensino quanto em um

ambiente mais livre (Pedaste et al, 2015b).

No caso da formulação das 5 fases – Orientação, Conceitualização,

Investigação e Conclusão -, para os laboratórios remotos, Zacharias et al (2015),

apontam que uma derivação da IBL, a aprendizagem baseada em investigação com

suporte ao computador (do inglês Computer Suported Inquiry Learning, ou

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

28

simplesmente, CoSIL) é uma das metodologias que utiliza o computador como

ambiente para aprendizagem, em conjunto com a ideia de raciocínio científico dentro

de uma metodologia investigativa de modo que o usuário possa realizar as etapas do

método científico dentro de sua pesquisa.

Zacharia et al (2015) apontam que:

“os ambientes de aprendizagem computadorizados foram identificados por

muitos pesquisadores como sendo um dos melhores meios para se ter, de fato, uma aprendizagem, pois fornecem recursos que outros meios tradicionais (por exemplo, papel–e–lápis, atividades, laboratórios físicos) não

podem oferecer, tais como múltiplas representações, feedback pessoal instantâneo, informações estruturadas não-seqüenciais, não-lineares e em que os alunos podem procurar instantaneamente de acordo com as suas

necessidades, interesses ou objetivos [...]” (apud Zacharia et al, 2015)

Além disso os ambientes em que os laboratórios remotos se encontram, de

acordo com Zacharia et al (2015), se projetados apropriadamente, são importantes

para o reforço da aprendizagem do estudante. Pela literatura (Zacaria et al, 2015), se

percebe que a aprendizagem dentro de tais ambientes coloca desafios para a maioria

dos estudantes, principalmente por causa da complexidade cognitiva e meta-cognitiva

das experiências de aprendizagem que esses ambientes oferecem, e muito devido

(Zacharia et al, 2015) à riqueza de informação e da diversidade de relações que o

usuário consegue retirar do ambiente com o qual interage, além da transparência com

a qual o usuário consegue perceber o conteúdo.

Por outro lado, quando o usuário acessa um laboratório on-line (seja virtual ou

remoto), encontra alguns pontos a se considerar, principalmente quando volta a

acessar. Na volta (Zacharia et al, 2015), o estudante pode ver o mesmo objeto através

de múltiplas representações, incluindo representações de objetos abstratos /

conceituais (por exemplo, em uma simulação ou em um laboratório virtual, ele pode

observar simulações de raios de luz, de elétrons), que não estão disponíveis no mundo

real, e melhorar sua compreensão do fenômeno em estudo (Zacharia et al, 2015),

ainda que seja importante mencionar que não se trata do objeto real e sim um conceito

(e isso é importante ser explicado no ambiente e pelo professor).

No caso dos laboratórios remotos, por exemplo, de Jong et al (2013) analisam

as necessidades de guias na metodologia de aprendizagem baseada em

investigação, e apontam que é essencial abordar a questão, a fim de que se obtenha

melhores orientações dentro dos parâmetros utilizados em um ambiente remoto (do

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

29

laboratório remoto). Inclusive sugerem à comunidade concentrem suas pesquisas no

desenvolvimento e utilização de devidas orientações para o abordagem mais eficiente

de práticas que se utilizem da metodologia de aprendizagem baseada em

investigação (IBL) dentro dos ambientes colcoados nos laboratórios, sejam tanto

virtuais quanto remotos.

É importante observar que além da motivação dos espaços de investigação (e

que acabam por utilizar a metodologia IBL), nos projetos que são desenvolvidos pela

proposta do GoLAB, existe uma motivação do apelo científico colocado em núcleos

de grandes ideias (Big Ideas - www.golabz.eu/big-ideas ):

1ª ideia - A energia não pode ser criada nem destruída (apenas pode ser

transforma de uma forma para a outra). A transformação de energia

pode levar à mudança de estado ou de movimento;

2ª ideia - Existem quatro interações/forças fundamentais na natureza

(Gravitação, Eletromagnetismo, Força Nuclear Forte, e Força Nuclear

Fraca – todos os fenômenos naturais são devidos à presença de uma

ou mais dessas interações. As forças atuam nos objetos e podem agir à

distância através do campo físico respectivo, causando uma mudança

no movimento ou no estado da matéria);

3ª ideia - A Terra é uma parte muitíssimo pequena do Universo (o

Universo é composto por bilhões de galáxias, as quais contém bilhões

de estrelas – sóis – e outros objetos celestes. A Terra é uma parte

muitíssimo pequena de um sistema solar com um sol no seu centro, o

qual por sua vez é uma parte muito pequena do Universo);

4ª ideia - Toda a matéria no Universo é composta de partículas muito

pequenas (Elas estão em movimento constante e a ligação entre elas

são formadas por interações entre as mesmas. Partículas elementares

como as conhecemos forma átomos e átomos forma moléculas. Existe

um número finito de tipos de átomos no Universo, os quais são os

elementos da tabela periódica;

5ª ideia - Em escalas muito pequenas, nosso mundo é sujeito às leis da

mecânica quântica (toda a matéria e radiação exibem ambas

propriedades de ondas e de partículas. Nós não podemos

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

30

simultaneamente conhecer a posição e o momento de uma partícula – é

o princípio da incerteza);

6ª ideia - A evolução é a base tanto da unidade da vida quanto da

biodiversidade dos organismos (os organismos passam suas

informações genéticas de uma geração à outra);

7ª ideia - Os organismos são organizados em bases celulares (Elas

requerem uma fonte de energia e de materiais. Toda a forma de vida no

nosso planeta é baseada em um componente-chave comum);

8ª ideia - A Terra é um sistema de sistemas os quais influenciam e são

influenciados pela vida no planeta. (O processo ocorrendo dentro desse

sistema influencia a evolução de nosso planeta, dão forma ao clima e à

superfície terrestre. O sistema solar também influencia a Terra e a vida

no planeta).

Assim, esta seção “Big Ideas of Science” (ou Grandes Ideias da Ciência) são

um conjunto de conceitos-chave científicos que descrevem o mundo que nos rodeia.

Eles nos permitem conceber a conexão entre diferentes fenômenos naturais que, à

primeira vista, podem parecer irrelevantes, mas que na verdade têm suas raízes nos

mesmos princípios e leis da natureza. O GoLab introduz o "Big Ideas" como uma

espinha dorsal pela qual os alunos podem construir seu conhecimento com base

nessa prerrogativa, conforme se conectam aos assuntos da Ciência, diferente da

forma que são ensinados na escola, tanto quanto de eventos e fenômenos de suas

vidas os quais lhes são ensinados de maneira tão diferente durante sua vida escolar.

Desse modo, dentro dos espaços de investigação, e centrado nestas ideias-

chave, o usuário de um laboratório remoto pode experimentar um pouco da prática

científica e usufruir do laboratório remoto de forma diferente do que usaria apenas

como um visitante. Devido a isso, é necessário que quem dirija a experiência do

usuário nestes ambientes tenha a devida orientação e saiba colocar em prática a

necessária didática e permitir ao usuário/estudante que ele percorra os caminhos,

desde a contextualização até a conclusão. Essas discussões de como se colocar

essas orientações às fases do espaço de investigação são discorridas nos artigos de

(de Jong, et al, 2013), (Zacharia et al, 2015), (Dikke e Faltin, 2015), (Pedaste et al,

2015a), (PEdaste et al, 2015b), e principalmente em (Dikke et al, 2015), no artigo

“GOLABZ: TOWARDS A FEDERATION OF ONLINE LABS FOR INQUIRY-BASED

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

31

SCIENCE EDUCATION AT SCHOOL”, o qual faz um apanhado das motivações,

pontos importantes e originais no projeto Go-Lab e que influencia no desenvolvimento

do aprendizado de estudantes através do laboratório (virtual e remoto), com o uso de

espaços de investigação.

Até o momento observamos a situação de pesquisa dos laboratórios remotos

e metdologias associadas ao ensino com laboratórios remotos, para os casos dos

laboratórios desenvolvidos em conjunto pelos comitês europeus, dentro do projeto

GoLAB. O uso de espaços de investigação, da divisão em etapas que simulem o

método científico no âmbito da pesquisa estudantil nos laboratórios remotos é

relativamente recente. Em 2007, Roccard (Dikke et al, 2015) cita o desenvolvimento

de ambientes (espaços) que utilizem a metodologia baseada em investigação

científica, comos endo uma forma renovada de pedagogia, no caso do futuro europeu.

Desde então, e com a união dos laboratórios de 17 países europeus no Go-Lab essa

iniciativa vem tomando mais corpo e tendo novos e eficientes resultados com

estudantes utilizando os laboratórios on-line (remotos e virtuais) de forma mais

instigante e significativa.

No caso brasileiro, os autores Cardoso e Takahashi fizeram o levantamento

bibliográfico, entre os anos 2000 e 2009, entre artigos de periódico Qualis 1A, pela

lista completa da Capes e apuraram todos os periódicos das seções Educação e

Ensino de Ciências e Matemática. Isso com o fim de avaliar a abrangência do uso dos

laboratórios remotos, da experimentação remota. Além desses artigos, também

selecionaram todos os outros periódicos que continham as palavras ensino, educação

e seus correspondentes em inglês e espanhol. No total, encontraram 78 periódicos.

Como critério de seleção dos artigos, optaram por pesquisar, nos títulos, as

palavras-chave “experimentação remota”, “laboratório remoto” e seus

correspondentes em inglês e espanhol. Com este critério de seleção, Cardoso e

Takahashi (2011) encontraram 31 artigos. Como forma de comparação, no caso das

publicações do Go-Lab, por exemplo, que tratam de propostas de incentivo ao uso de

laboratórios remotos, utilizando para isso espaços de investigação que se comunicam

com ambientes do laboratório remoto (ou virtual), encontra-se a presença de um

número maior de publicações em congressos e eventos que foram sendo realizados

para tratarem desta temática, principalmente após o ano de 2013.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

32

No caso de Cardoso e Takahashi (2011), a partir dos artigos encontrados, eles

fizeram um levantamento do número de artigos publicados em cada ano e em cada

área de conhecimento, verificando em quais periódicos foram publicados e para qual

nível de ensino, de forma a elaborar uma síntese dos objetivos, metodologias e

estratégias utilizadas e as principais contribuições para o ensino. A partir disso, os

autores fizeram uma análise em relação ao enfoque, à justificativa de utilização da

Experimentação Remota, às vantagens e desvantagens do uso do laboratório remoto

e à utilização de metodologia de ensino.

A partir destas considerações, os autores começam a análise preocupando-se

em verificar como vem sendo o desenvolvimento de pesquisas sobre laboratórios

remotos nos últimos 10 anos. A partir das análises feitas, constatam que as pesquisas

relacionadas a experimentos que podem ser operados remotamente são

relativamente recentes, devido ao fato de que a tecnologia só pôde ser desenvolvida

devido aos grandes avanços tecnológicos dos últimos tempos, como por exemplo, a

engenharia de automação e controle assistida por computadores, Internet (aqui

incluso o aumento no poder de processamento dos dados transmitidos, também) e

webcams, que são elementos essenciais para esse tipo de experimentação.

É interessante notar que, até 2011, em nenhum dos periódicos nacionais Qualis

A foram encontrados artigos sobre experimentos remotos, apesar de existirem

pesquisas e laboratórios remotos no Brasil. Após 2013, contudo o número de

publicações nacionais que tratam sobre o tema começou a aumentar, principalmente

devido aos trabalhos do projeto RexLab, da UFSC (Universidade de Santa Catarina),

publicados em congressos e publicações internacionais (Silva, et al, 2013), como o

caso da VAEP-RITA, da IEEE. Isso explicava o fato de que pouco se divulgava a

criação, elaboração, adequação e implementação de laboratórios remotos, fato este

que impossibilitava um maior acesso de usuários e do público-alvo (professores e

alunos) às potencialidades do uso educacional do laboratório remoto. De 2013 para

cá, contudo muito se avançou, desde a concepção dos laboratórios, até a forma de se

utilizá-los e evidencia-se que essa forma de utilizar os laboratórios tende a se tornar

uma forma muito comum, principalmente devido a possibilidade de se utilizar

experimentos reais, mas que não poderiam ser utilizados no lugar em que se encontra

o usuário e o professor. Com novas metodologias e interfaces de ambientes remotos,

pode-se além disso se obter uma experiência mais significativa, devido ao fato de o

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

33

usuário se colocar como um cientista e trilhar as etapas a fim de se experimentar e

entender o que se observa.

No caso da Física, até 2011, poderíamos notar, conforme Cardoso e Takahashi

(2011) também apuram, que os trabalhos eram desenvolvidos para determinadas

áreas de conhecimento, a citar, as Engenharias, devido à necessidade de

experimentação, de prática, para a inserção do egresso no mercado de trabalho e que

a prática é de fundamental importância para a aprendizagem dos conceitos

relacionados com as disciplinas (CARDOSO; TAKAHASHI, 2011). Por outro lado,

estas características que são necessárias às Engenharias também são necessárias

em outras áreas de Ensino, justamente pelo caráter científico das disciplinas

correlatas (por exemplo, Física, Biologia, Química, e eventuais articulações entre

elas), as quais são bases para as Engenharias. Ainda que se apresente as mesmas

necessidades para estas áreas citas, existiam poucos trabalhos associados ao uso da

Experimentação Remota nessas áreas, conforme mostra a Figura 01.

Figura 01: Quantidade de artigos por área de conhecimento, até 2011 - reprodução de (Cardoso e Takahashi,

2011).

Pela pesquisa de levantamento realizada pelos autores, se percebia a

presença de alguns experimentos que poderiam ser utilizados no ensino da Física em

nível superior, como alguns experimentos de eletrônica, interferômetro de Michelson,

imagens ao microscópio eletrônico de varredura, vibração mecânica unidimensional e

pêndulo invertido. Inclusive, relacionando cada experimento à área da Engenharia

relacionada, a maior parte dos experimentos é voltada aos cursos de

Mecânica/Mecatrônica e Elétrica, áreas cuja base é essencialmente a Física.

Justamente com as práticas desenvolvidas pelo grupo do RexLab, da UFSC,

justamente algumas dessas experiências podem ser acessadas remotamente, dentro

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

34

da perspectiva de uma metodologia baseada em investigação, bastando ao professor

no caso criar um espaço de investigação em sua unidade escolar. A diferença para os

projetos desenvolvidos pelo GoLab, da Europa, é que este ambiente de investigação

científica já se encontra no próprio portal (http://www.golabz.eu/spaces ), e nas

unidades das Grandes Ideias, de forma que o usuário, orientado pelo professor, nas

fases do desenvolvimento do conhecimento científico do tema trabalhado, pode

experienciar essa forma de ensino de um modo que lhe seja instigante e curioso (pode

até mesmo ter a liberdade de trilhar suas próprias fases de investigação, sendo

apenas orientado e auxiliado pelo professor/tutor) (Dikke et al, 2015).

Até 2011, contudo, pela análise de Cardoso e Takahashi (2011), além das

considerações anteriores, é importante ressaltar o enfoque que se dava em cada

artigo estudado, ou seja, sob qual ponto de vista os artigos foram desenvolvidos.

Categorizando-os pelos objetivos de cada artigo e, com base no que foi apresentado,

os autores criaram cinco categorias: Aprendizagem do Aluno (representavam alguma

metodologia para ensinar com Experimentação Remota, utilizando planos

pedagógicos, estratégias de ensino, etc...), Análise entre Laboratório Virtual e

Laboratório Remoto, Análise entre Laboratório Remoto e Laboratório Presencial

(nestes dois casos anteriores, em ambas as considerações, eram relacionados artigos

que evidenciavam diferenças, vantagens e desvantagens entre os respectivos tipos

de laboratório), Infraestrutura (artigos que descreviam a implementação e seus

requisitos necessários e ambiente do laboratório remoto), e Viabilidade (artigos que

validavam a utilização da experimentação remota).

Analisando os objetivos dos artigos chegaram ao fato de que 19 dos 31 artigos

estudados se focavam na questão de infraestrutura. Embora os periódicos estejam

publicados em revistas essencialmente voltadas ao ensino e educação, dos artigos

estudados somente 12,9% abordavam esta temática, evidenciando a baixa prioridade

da literatura disponível de análises voltadas a adequação de laboratórios remotos para

a temática de aprendizagem. Pois não basta se colocar um laboratório remoto se não

houver uma preocupação em que ele esteja bem estruturado em sua questão

educacional, o que retornaria somente em uma visualização, um entretenimento, sem

um valor significativo para a aprendizagem do usuário.

Assim, com essa preocupação é que grupos começaram a se juntar e a

metodologia baseada em investigação científica começou a ser utilizada e ambientes

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

35

de investigação começaram a ser criados e colocados em prática dentro do

laboratórios remotos de forma se analisar pedagogicamente como os usuários

acessariam as experiências e de que forma eles poderiam ser orientados de forma a

terem uma aprendizagem que lhes atribuíssem significado. É justamente sobre isso

que tratam Dikke et al (2015) e Dikke e Faltin (2015) em seus respectivos artigos que

tratam da história do GoLab e o uso das etapas de investigação nas atribuições do

conhecimento dos usuários, também trabalhado por (de Jong et al, 2013); (Pedaste et

al, 2015a); (Pedaste et al, 2015b); (Zacharia et al, 2015).

Com relação aos artigos que enfocavam a aprendizagem (somente 4 – quatro

– dentre os analisados), no caso dos artigos anteriores a 2011, Cardoso e Takahashi

(2011), mostravam que é possível atingir os objetivos educacionais com o uso de

experimentos remotos e uma metodologia de ensino adequada, conforme quadro

abaixo:

Quadro 2: Descrição dos objetivos, metodologias e estratégias e as principais contribuições para o ensino dos artigos com foco principal em aprendizagem (retirado de (Cardoso e Takahashi, 2011)).

Artigo 1 A Distance PLC Programming Course Employing a Remote Laboratory

Based on a Flexible Manufacturing Cell

Objetivos Aplicar o experimento remoto com uma metodologia de ensino baseada em

projetos e avaliar a aprendizagem e o laboratório remoto.

Metodologias e

estratégias

Vinte e cinco estudantes voluntários participaram do trabalho e foram

divididos em dois grupos: o grupo presencial (14 alunos) e o grupo

remoto (11 alunos).

Os fundamentos teóricos foram disponibilizados na plataforma de

ensino Moodle.

Foi aplicado um questionário para a verificação dos conhecimentos

prévios dos alunos.

Os alunos resolveram problemas relacionados ao experimento

remoto.

A metodologia de ensino foi baseada em projetos de aprendizagem.

Os alunos elaboraram um relatório documentando o projeto.

Contribuições para

a aprendizagem

A aplicação do experimento remoto foi avaliada de forma positiva. Os dois

grupos, presencial e remoto, conseguiram atingir os objetivos relacionados à

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

36

aprendizagem. A comparação entre a aprendizagem dos dois grupos não

apresentou diferenças significativas. Os autores acreditam que as vantagens

Artigo 10 A Web-Based Remote Interactive Laboratory for Internetworking

Education

Objetivo Discutir os aspectos pedagógicos e técnicos que influenciam o design e a

implementação do ambiente de laboratório remoto.

Metodologias e

estratégias

A metodologia de ensino empregada teve por base o construtivismo, a

aprendizagem colaborativa e técnicas de resolução de problemas.

As atividades no laboratório remoto foram modeladas para

implementar as nove etapas de ensino propostas por Gagne (1987,

1992)

Os alunos aprenderam os conceitos teóricos fundamentais em

palestras nas quais eram descritas as características funcionais e

físicas do experimento remoto.

Os estudantes realizaram o experimento em grupos de 2 a 3 alunos.

Contribuições para

a aprendizagem

O laboratório remoto ajudou a alcançar os objetivos pedagógicos e

educacionais do programa. Os resultados da pesquisa também indicaram que

o laboratório remoto é mais fácil de usar e mais flexível do que o laboratório

presencial. No entanto, o laboratório online é menos acessível fisicamente e

menos interativo do que o presencial.

Artigo 11 An experience of teaching for learning by observation: Remote -controlled

experiments on electrical circuits

Objetivo Descrever uma metodologia que facilite a aprendizagem por observação com o

emprego de experimentos remotos.

Metodologias e

estratégias

23 estudantes do ensino fundamental participaram do estudo.

Os alunos foram divididos aleatoriamente em seis grupos. O professor

fez uso de um instrumento real para ilustrar o assunto-alvo. O

professor introduziu o uso do experimento remoto. Os alunos

realizaram atividades em grupo e individualmente e fizeram

discussões sobre os resultados. O trabalho foi finalizado com um

resumo do professor.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

37

Métodos quantitativos e qualitativos foram adotados para coletar

dados sobre o potencial do laboratório remoto.

Contribuições para

a aprendizagem

Os resultados do estudo revelaram um potencial para maior promoção do uso

do laboratório remoto e que o uso do laboratório remoto ajudou os alunos a

aprofundar o conhecimento sobre o assunto-alvo. O professor observou que

seus alunos estavam muito envolvidos nas atividades porque eles ficaram

fascinados com o uso do experimento de controle remoto, que é uma

ferramenta totalmente inovadora de aprendizado para eles.

Artigo 20 Remote Laboratories for Optical Circuits

Objetivo Descrever o processo de concepção e implementação do laboratório remoto

assim como os métodos de ensino e avaliação.

Metodologias e

estratégias

A metodologia foi aplicada a 16 alunos, que realizaram três

experimentos remotamente.

A fundamentação teórica foi apresentada aos alunos em sala de aula.

Os alunos participaram de seções de pré-laboratório, nas quais

assistiram simulações e vídeos de orientação em relação a cada

experimento.

Após as seções de pré-laboratório os alunos realizaram o

experimento remoto.

Para avaliar a aprendizagem, os alunos responderam um teste que

continha questões fundamentais.

Contribuições para

a aprendizagem

Os alunos foram muito bem-sucedidos e concluíram todas as seções do

experimento. As médias das notas foram muito altas. A maioria dos alunos se

sentiu confortável diante da interface com os experimentos.

Através deste quadro podia se perceber que era possível a adequação dos

laboratórios remotos com uma abordagem de ensino voltada para a investigação

científica, que se foca na aprendizagem significativa. Se feita de maneira rigorosa, no

aspecto metodológico, isso viria (como veio) a beneficiar, possibilitando o uso mais

apropriado deste recurso tecnológico, como nos espaços de investigação (Dikke et al,

2015); (Pedaste et al, 2015b); (Zacharia et al, 2015).

Ainda, para os artigos que tratavam da viabilidade dos laboratórios remotos,

estes focavam tanto o experimento quanto a aprendizagem. Com este aspecto em

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

38

mente, os resultados mostravam que os experimentos remotos são viáveis, pois, além

dos estudantes aprovarem o uso dos laboratórios remotos, eles atingiram os objetivos

educacionais propostos, como de fato se sucede no uso dos laborat´rios remotos

europeus (de Jong et al, 2013) e (Zacharia, et al, 2015).

Dos 19 (dezenove) artigos em que se evidenciavam o enfoque na infraestrutura

poder-se-ia argumentar o fato de este ser um primeiro passo e de não ser uma tarefa

simples estruturar toda a questão arquitetural para visualização e acesso do

experimento remotamente. Isso implica no fato de que a maioria se preocupava em

evidenciar a questão estrutural, dado o fato de que ainda era um recurso recente em

termos de uso e assimilação. Porém, dentre estes 19 (dezenove), 13 (treze) aplicavam

e avaliavam os experimentos. Os resultados coletados por Cardoso e Takahashi

(2011) foram de extrema importância no que se refere a evidenciar a montagem do

experimento, mas também de erros e acertos no desenvolvimento dos laboratórios

remotos. Ainda hoje essa preocupação existe e diversas publicações tratam da

questão infraestrutural, justamente porque novas tecnologias e interfaces (como o

Node.js, que assimila as aplicações em java e facilita o uso em novas plataformas),

surgiram desde então (Hech, et al, 2016), além da possibilidade dos laboratórios

remotos acessados por smartphones (Lustig et al, 2015), (Bermudez, et al, 2015),

(Simão, et al, 2016).

Além destes levantamentos, Cardoso e Takahashi ainda analisavam outros

critérios, como o fato de se os artigos disponibilizavam materiais de apoio,

explicitavam metodologia de ensino, citavam utilização de instrutores, ou mesmo

aqueles artigos que não citavam nenhuma estratégia para desenvolvimento dos

experimentos. Dentre estes critérios, 7 artigos disponibilizavam materiais de apoio, 4

utilizavam metodologia de ensino, 8 utilizavam instrutores e 9 artigos não citavam

sequer uma estratégia.

Finalmente, em termos de eficácia em relação à aprendizagem, os laboratórios

remotos se mostravam tão eficiente quanto os laboratórios presenciais. O mesmo

pode ser notado hoje em dia (de Jong et al, 2013) e (Zacharia et al, 2015). Porém o

que era interessante notar, é que, de acordo com Cardoso e Takahashi (2011), ao

passo que alguns autores analisados em seus artigos apontavam o laboratório melhor,

outros, ao contrário, apontavam que o presencial era melhor, embora a diferença seja

pouca. De qualquer modo, conforme os autores explicitavam: “[...] a importância não

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

39

está na diferenciação entre a Experimentação Remota ou presencial e, sim, na

metodologia adotada para o desenvolvimento das aulas práticas. ” (CARDOSO;

TAKAHASHI, 2011). E de fato essa é a mesma conclusão que os pesquisadores

europeus chegaram, justamente com o uso da metodologia baseada em investigação,

quando colocada em prática, confrontando os resultados entre os laboratórios on-line

os presenciais (de Jong et al, 2013) e (Pedaste et al, 2015b).

Sendo assim, após analisar os artigos mencionados segundo todos os critérios

anteriores, os autores, durante o desenvolvimento do trabalho não encontravam

relatos de pesquisa sobre como o acesso remoto a experimentos reais pode

incrementar o processo de ensino e aprendizagem de Física e de que forma isso pode

ser feito. Evidenciando que a Experimentação Remota associada ao ensino de

ciências, no Brasil e no mundo, ainda era um campo novo e pouco explorado,

concluíam que as consequentes e eventuais limitações na utilização desta ferramenta

de ensino deveriam ser estudadas de forma aprofundada, o que significa dizer que

deveria se estabelecer uma metodologia adequada, a fim de se suprir as

necessidades de uma aula prática.

No cenário atual, observamos tanto nos trabalhos nacionais, como os

desenvolvidos pelo RexLab (Simão et al, 2016), quanto os desenvolvidos dentro do

comitê europeu, no Go-Lab (Pedaste et al, 2015a), (Pedaste, et al, 2015b), (Dikke, et

al, 2015), que o uso da metodologia de investigação adequada é essencial. Assim

como o incremento dos espaços de investigação enriquecem e contribuem para uma

melhoria no processo de ensino-aprendizagem, tanto ao usuário quanto ao professor.

Assim como o uso de novas ferramentas e interfaces veio a contribuir para que os

métodos e as fases de investigação pudessem ser melhor trabalhados pelos usuários

(Dikke et al, 2015).

Como consequência desta metodologia a ser aprofundada, Cardoso e

Takahashi (2011) apontavam que uma solução a ser considerada era a de que os

laboratórios on-line, reais ou virtuais, necessitavam de um ambiente completo, como

os espaços de investigação, que existem hoje em dia no Go-Lab, sob a ótica da

metodologia IBL, com as cinco fases de investigação, orientadas dentro de alguma

das oito grandes ideias. Esses ambientes remotos deveriam oferecer ao aluno apoio

para a realização das experiências, a fim de se atribuir uma aprendizagem significativa

ao que o usuário conseguiria interagir e visualizar, coletando dados e analisando-os,

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

40

assimilando assim a teoria acerca do experimento, assim como é hoje em dia nos

espaços de investigação do Go-Lab. E que poderiam ser adaptados em solo nacional.

Com base nestes apontamentos, nas evidências demonstradas pelas análises

dos variados artigos referentes aos usos do Laboratório Remoto, em especial, com

enfoque no ensino de Física, é que montaremos primeiramente um protótipo com

experimentação remota, veiculado a um ambiente remoto que se tenha etapas da

investigação, desde a conceitualização até a experimentação e que possibilite ao

professor elementos para que ele conduza suas aulas, com base nos materiais

apresentados, e permita ao estudante uma experiência de se colocar como cientista

e com base no método científico, possa ser autor de seu próprio conhecimento.

Com isso, pretendemos possibilitar que os conteúdos vistos na experiência

possam ser melhor trabalhados e demonstrados (como na seção de faça você mesmo,

em que apresentamos a possibilidade de se montar experimentos caseiros em que

sejam visualizados o mesmo fenômeno trabalhado no experimento remoto), de modo

a permitir uma maior interatividade do usuário, não somente com o experimento, mas

com o projeto como um todo. Assim, também pretendemos permitir que esse usuário

(seja o aluno ou o professor) possa aprender (e até ensinar, no caso do professor, que

poderá, se quiser, usar este ambiente como uma ferramenta de ensino) e assimilar os

conteúdos de uma forma mais significativa.

4 Justificativa

Justificando a escolha do critério a ser trabalhado, de acordo com (KONG;

YEUNG; WU, 2009, p. 711)

O laboratório remoto fundamentado em uma pedagogia adequada do professor e suportado por materiais de apoio a aprendizagem tem potencial

para incentivar os alunos a formular associações entre o mundo real e as teorias científicas (KONG; YEUNG; WU, 2009, p. 711)

Dentro de uma estrutura adequada e melhorias no ambiente do laboratório

remoto, para os conteúdos de superposição e estudo das cores, além de uma

readequação para a ideia das 5 fases dentro de um espaço de investigação, pode ser

uma ferramenta que complemente o estudo de tópicos de Física, auxiliando e

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

41

colaborando com a melhora da aprendizagem do tema proposto. E não somente

destinada ao uso pelos alunos, o ambiente no qual o laboratório remoto está inserido

também pode apresentar uma interface de uso exclusivo do professor, auxiliando-o

em suas tomadas de decisões durante as aulas, equipando-o com recursos em um

ambiente que estimule a criatividade e descoberta de novas interações e

possibilidades de ensino, de forma a instrumentalizá-lo com amplas e novas

ferramentas tecnológicas, o que vem a se enriquecer pela existência de um espaço

que propicie a investigação do estudo das cores, dentro de parâmetros que visem a

contextualização do tema, o levantamento de hipóteses, a elaboração de teorias (seja

pelo professor ou pelo usuários) a tomada de resultados e a conclusão comparando

o que se teorizou com o que se obteve de resultados.

Indo além, podemos argumentar sobre a própria aplicação da estrutura que

temos com um viés educacional, ou seja, justifica-se a ideia de criação de espaços na

web para divulgar recursos existentes e também para viabilizar a criação de

laboratórios de sensoriamento remoto que venham possibilitar que tanto estudantes

quanto professores, em diferentes níveis de aprofundamento, estudem conceitos

importantes, não somente de Física, mas de qualquer disciplina que venha a ser

administrada dentro da estrutura colocada, abrindo a possibilidade de aplicação do

projeto também para outras áreas de ensino que usem laboratórios, por exemplo,

disciplinas experimentais de Engenharia (por exemplo, com as áreas de automação e

distribuição de circuitos eletrônicos).

E por isso, até como forma de complementar eventuais experimentos mais

sofisticados que estão sendo tratados em aulas presenciais, possibilita se abordar

questões que não puderam ser tratadas antes, devido a questões de tempo, estrutural,

entre outras. Com isso, outra justificativa para este projeto centra-se em seu uso

complementar a aulas presenciais, de forma a poder ampliar as noções tratadas em

sala de aula, e até mesmo evidenciar outras discussões que possam ser melhor

trabalhadas com o experimento acessado remotamente.

Nesse sentido, as questões que envolvem o processo de Ensino e

Aprendizagem tornam-se relevantes, com o aspecto de se poder criar ambientes de

investigação que possibilitem o uso de laboratórios remotos complementando a

realização de experimentos concretos (os quais embora tenham maior interesse no

que se refere à aprendizagem em sala de aula, devido à questão de poder se abordar

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

42

consequências pragmáticas do experimento), da mesma forma apresentam

problemas de custos elevados para muitos experimentos, sensores de difícil

aquisição, ou mesmo questões de indisponibilidade do laboratório. Sendo assim,

disponibilizar uma plataforma remota, cujo experimento possa ser acessado e

controlado remotamente oferece possibilidades pedagógicas interessantes quando

complementares ao uso do laboratório presencial, desde que tratados com

abordagens diferentes.

E, por outro lado, abre a possibilidade concomitante de uma abordagem

veiculada a disciplinas que estejam sendo tratadas a distância, de forma on-line;

disciplinas estas cada vez mais presentes, principalmente em cursos on-line de

Engenharia (dentro de matérias como Automação, por exemplo, que trabalham

questões de eletrônica ao mesmo tempo que se trabalham aspectos da própria

máquina, de modo que o laboratório remoto seja uma solução adequada)

(LOURENÇO, 2014), em que os conceitos de Física venham a ser trabalhados e

analisados, além das disciplinas de Física, propriamente dita, que possam ser

trabalhadas on-line, como a Física Moderna, com experimentos em que sejam

estudados o comportamento das radiações eletromagnéticas, através da visualização

do experimento e da coleta de dados, fatos que são trabalhados neste projeto.

Assim, a justificativa de se poder utilizar o laboratório remoto tanto

complementar as aulas presenciais quanto em ambientes bem elaborados em

disciplinas e cursos on-line evidenciam adequação do projeto e a ampla possibilidade

de estudos e aplicabilidade.

5 Objetivos da Pesquisa

O objetivo desta pesquisa se centra no desenvolvimento de um protótipo e a

adaptar a estrutura presente, previamente montada durante o projeto de Conclusão

de Curso, na Graduação, adequando às propostas de formação de cores, seguindo o

padrão RGB, que será implementado visando abordagens em áreas correlatas de

mídias interativas além da possibilidade de estudo da superposição de cores,

evidenciando a utilização das mesmas em aspectos fisiológicos, além da formação e

cores em monitores e áreas da fotografia e biologia, com materiais a serem

disponibilizados dentro do blog do projeto e no site do experimento.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

43

5.1 Objetivos Específicos

5.1.1. Adequação do Laboratório Remoto, no que se refere à prática até a

reelaboração para os fins de estudo de superposição e cores, e incremento dos

aspectos de visualização da interface de controle do experimento e atualização dos

conteúdos teóricos, para estudo da formação de cores, explicações sobre os padres

de cores, e aplicações destes conteúdos na prática, além de experimentos do tipo

faça você mesmo, para uso em sala de aula..

5.1.2. Implementação e Testes de Funcionamento, evidenciando necessidades

e possíveis melhorais, com relação aos aspectos necessários para o bom

funcionamento e interação do Laboratório Remoto.

6 Hipótese: Estratégias para adequação de laboratório remoto

como instrumento de utilização complementar a aulas

presenciais

Em 2011, Cardoso & Takahashi (2011), após analisarem 19 artigos qualificados

com Qualis A, referente aos usos e metodologias empregadas em Laboratórios

Remotos aplicados a conteúdos de Física, bem como com as avaliações realizadas

evidenciavam que os resultados destas:

mostraram que os laboratórios remotos são equiparáveis aos laboratórios presenciais em termos de eficácia, em relação à aprendizagem. Alguns resultados mostraram que a aprendizagem no laboratório remoto foi um

pouco melhor e outros mostraram o contrário, porém, as diferenças não são significativas. (CARDOSO; TAKAHASHI, 2011, p. 202)

Associado a isso, a partir de 2013 (de Jong et al, 2013), (Dikke et al, 2015),

(Pedaste et al, 2015b), os laboratórios remotos passam a ser utilizados como espaços

de investigação e se tornam ambientes mais adaptados e estruturados para

metodologias que implementem cada vez mais aspectos metodológicos de

aprendizagem baseada em investigação, estruturado pedagogicamente em

atividades, conteúdos, hiperlinks, espaços de discussão e troca d einformações entre

usuário e professor, e mesmo simulações que possam ampliar o conhecimento do

usuário, dentro do laboratório remoto (Dikke e Faltin, 2015)

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

44

Esse fato vem ao encontro do posicionamento dos autores em tela, baseado

nas releituras bibliográficas, de que a importância não está na diferenciação entre a

Experimentação Remota ou presencial (de Jong, et al, 2013) e, sim, na metodologia

adotada para o desenvolvimento das aulas práticas. Ou seja, de que a metodologia

empregada deva evidenciar aspectos que tornem a aprendizagem mais significativa

ao aluno.

No desenvolvimento do trabalho citado (CARDOSO; TAKAHASHI, 2011), os

autores não encontravam relatos de pesquisa sobre como o acesso remoto a

experimentos reais pode incrementar o processo de ensino e aprendizagem de Física

e nem de que forma isso pode ser feito. Constatavam que a Experimentação Remota

associada ao ensino de ciências, no Brasil e no mundo, ainda era um campo muito

novo e pouco explorado e que as eventuais limitações na utilização desta ferramenta

de ensino deveriam ser estudadas de forma aprofundada e formulavam como uma

hipótese, que uma metodologia adequada deveria ser explorada para suprir as

necessidades de uma aula prática. Essa metodologia citada por Cardoso & Takahashi

(2011), seria posteriormente (de Jong et, 2013), (Rodríguez-Triana, et al, 2015),

(Govaerts, et al, 2015), (Pedaste et al, 2015b) a metodologia de aprendizagem

baseada em investigação, que seria colocada em prática e começaria a apresentar

resultados (Dikke & Faltin, 2015) ao utilizar ambientes de investigação, associados

aos laboratórios remotos, com perguntas em etapas específicas de modo a permitir

ao usuário uma exploração do ambiente e se colocar como um cientista, seguindo as

etapas do método científico, desede a contextualização do tema, passando pela

teoria, levantamento de hipóteses, elaboração de experimentos, obtenção de

resultados, análise e discussão dos mesmos e chegando a uma conclusão frente aos

objetivos iniciais do tema proposto.

Neste sentido, o trabalho dos espanhóis Fernandez et al (2015), explicita a

prática da criação de um laboratório remoto, com a criação de experimentos que

demonstram a utilização e aplicação de experiências da Física, como a decomposição

de cores através de um Led RGB e o funcionamento de servo-motores, aplicados a

classes de 10 a 18 anos. Para tanto, Fernandez et al (2015) citam que é necessária a

criação dos espaços de aprendizagem por investigação (ILS, do inglês Inquiry

Learning Spaces). Para a criação destes espaços, Fernandez et al (2015) se baseiam

nas observações apontadas por Altin et al (2011), texto esse que descreve criação de

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

45

um espaço de investigação para o estudo de robótica, em um estudo piloto, nos

ambientes de aprendizagem baseados na Web. Assim, Fernandez et al (2015)

descrevem a criação dos ILS:

Para este propósito, desenvolveu-se um ILS específico, (Altin, et al, 2011)

que focou seu conteúdo em áreas como mecatrônica, explicação mecânica de dispositivos analógicos e digitais, tais como motores e servomotores, a evolução da robótica, literatura de ficção-científica, história da robótica nas

sociedades ocidentais e orientais, dispositivos e mecanismos robóticos, importância do microprocessador na robótica atual, robótica industrial e para o consumidor e robótica e economia. Tudo isto para permitir a utilização do

ILS, com menor mudança pelo professor, para crianças de diferentes idades - de 10 a 18 anos. (FERNANDEZ et al, 2015, p. 35)

Em seu artigo, Fernandez et al (2015) mostram também as mudanças

necessárias a serem implementadas dentro do laboratório remoto a fim de que se

adeque a experiência dentro de uma arquitetura de software estruturada para que não

haja queda na comunicação nem travamentos durante a execução da experiência

(eles utilizam websockets, ou seja, tecnologias que permitem a comunicação seja para

cliente quanto para servidor, ou seja, estabelece-se uma conexão persistente entre o

cliente e o servidor e ambas as partes podem começar a enviar dados a qualquer

momento, diminuindo assim o tempo de latência na comunicação dos dados); e da

mesma forma mostram que são necessárias adequações na questão dos espaços de

investigação que mostrem a contextualização da temática e coloquem apontamentos

para que o usuário investigue os resultados da experiência do laboratório remoto.

Procedendo-se desta forma, Fernandez et al (2015) apontam que com as devidas

adequações da parte de códigos e estrutura de comunicação, bem como com a

adequação dos ILS, “os laboratórios remotos se apresentam como um a ferramenta

útil para as classes tecnológicas” (Fernandez, et al, 2015, p. 35).

Por essas e outras experiências de casos (Fernandez et al, 2015), (Heitz &

Law, 2015), (Silva, et al, 2013), (Rodríguez-Gil et al, 2015), (Salzman, et al, 2015),

(Sampson, et al, 2015), (Zervas, et al, 2015), pode-se observar que a associação de

laboratórios remotos a espaços de investigação que permitam a contextualização do

tema da experimentação remota ao cotidiano dos usuários, com hiperlinks, vídeos,

simuladores, eventualmente questionários que orientem a trajetória do usuário dentro

do laboratório, entre outros recursos, enriquecem e facilitam o entendimentos dos

estudantes bem como a aprendizagem dos mesmos, que se torna mais fluida com as

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

46

descobertas e investigações realizadas. Assim, a experimentação remota passa a

atribuir maior significância ao usuário, conforme ele evidencia que a experiência se

encontra dentro de um contexto, não apenas tecnológico, mas também histórico, e

que tal experimento tem sua importância, seu significado.

Demonstrando essa questão do significado da experiência dentro de um

contexto de investigação, em 2011 (ano do estudo piloto comandado por Altin et

(2011), que coloca estas questões na prática), Cardoso e Takahashi (2011) escreviam

que os laboratórios on-line, reais ou virtuais, necessitavam de um ambiente de

aprendizagem completo, que oferecesse ao aluno apoio para a realização das

experiências, pois (Séré, 2003, p. 39 – apud Cardoso e Takahashi, 2011):

Através dos trabalhos práticos e das atividades experimentais, o aluno deve

se dar conta de que para desvendar um fenômeno é necessária uma teoria. Além disso, para obter uma medida e também para fabricar os instrumentos de medida é preciso muita teoria. Pode-se dizer que a experimentação pode

ser descrita considerando-se três pólos: o referencial empírico; os conceitos, leis e teorias; e as diferentes linguagens e simbolismos utilizados em física. As atividades experimentais têm o papel de permitir o estabelecimento de

relações entre esses três pólos.

Com base nos casos realizados recentemente e no que já era levantado como

necessário nos anos anteriores, demonstra-se que o ambiente de aprendizagem deve

conter material de apoio, como por exemplo, hipertextos contendo fundamentação

teórica, conceitos, metodologia de relatório (exemplos). E a Experimentação Remota

deve ser embasada em uma metodologia baseada em investigação, que demonstre

ao usuário a significância da experiência dentro de um contexto tecnológico, científico

e histórico.

Outra possibilidade de metodologia, associada à metodologia de aprendizagem

baseada em investigação, é a metodologia de desenvolvimento (que será detalhada

no Capítulo 2), a qual também deve levar em consideração o contexto e o significado

dos conceitos mostrados nas páginas dos espaços de investigação. Neste caso, a

metodologia de desenvolvimento é utilizada para a adequação dos recursos

educacionais e tecnológicos dentro do ambiente de aprendizagem, além da própria

construção do experimento de forma que se adeque às necessidades que são

trabalhadas pelos recursos dos espaços de investigação. Neste sentido a metodologia

empregada aqui, além de se propor à construção de uma solução protótipo (o

experimento físico controlado remotamente pelo usuário, no laboratório remoto),

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

47

também se adequará na montagem de um ambiente de aprendizagem que além do

experimento remoto seja utilizada para a construção do conhecimento por parte do

usuário para que este tenha uma aprendizagem significativa e que ele próprio possa

ser o autor de suas descobertas, através das investigações que são realizadas dentros

dos espaços de aprendizagem por investigação (ILS’s).

Concordamos com os apontamentos que eram evidenciados por Cardoso e

Takahashi (2011), frente às questões metodológicas e de organização do ambiente

de aprendizagem, de modo que em reforço a esta evidência, como também

demonstrados nos estudos mais recentes que dão conta desta temática (Fernandez,

et al, 2015), nossa hipótese é a de que a eficácia na aprendizagem nos laboratórios

remotos será melhorada conforme se adeque a metodologia dos espaços de

aprendizagem, que sejam baseados em investigações dos próprios usuários, dentro

dos ambientes remotos. Por isso, é necessário que estes ambientes estejam

adequados a este propósito, seja nos conteúdos e recursos disponibilizados quanto

nas orientações apresentadas dentro deste ambiente. Além disso, a prática através

do laboratório remoto, se executada de forma significativa, tanto para aluno quanto

para professor, facilita processos cognitivos, relacionados a conhecimentos de Física,

e da Ciência como um todo, a partir do fato de se poder visualizar o experimento, bem

como se interagir com ele, e de se obter novos conhecimentos teóricos e práticos com

o ambiente em que ele se encontra, enriquecendo assim a própria experiência do

usuário.

Assim, para que essa prática seja realmente significativa, com vistas a eficácia

do experimento, foi necessário realizar uma adequação do ambiente de aprendizagem

no qual o laboratório remoto esteja inserido, como novos recursos, vídeos de

experiências relacionadas ao tema, explicações dos fenômenos e conceitos,

hiperlinks para materiais relacionados também ao tema, demonstrações, etc..., de

modo a tornar o espaço de investigação do laboratório (tanto quanto da interface de

controle do experimento) mais intuitivo(a) e rico(a) em análises, tanto teóricas,

conceituais, quanto dos resultados colhidos, na prática experimental a distância.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

48

7 Fundamentação Teórica

Neste tópico serão levantados e analisados o referencial que se tem a respeito

da teoria e métodos utilizados na construção, adequação e elaboração de um

Laboratório Remoto aplicado ao Ensino, e em particular como se dá a construção, a

estruturação e a adequação do WebLab da PUC-SP

7.1 Introdução

O Webduino é o nome dado ao projeto de desenvolvimento de um laboratório

de sensoriamento remoto, o qual se desenvolve atualmente na PUC-SP, e que utiliza

a plataforma de prototipagem de dados Arduino. Ele vem sendo desenvolvido pelo

GoPEF (Grupo de Pesquisa em Ensino de Física da PUC/SP), e se iniciou com o

fomento do CNPq, na área de tecnologia educacional, e em poucas palavras, é um

laboratório de controle e sensoriamento remoto baseado no uso da plataforma

Arduino.

Por sua vez, o Arduino é uma plataforma de prototipagem aberta baseada em

hardware e software flexíveis e de fácil utilização (BANZI, 2011). O ambiente Arduíno

foi desenvolvido para ser utilizado por pessoas iniciantes que não possuem

experiência com desenvolvimento de software e eletrônica (MARGOLIS, 2011).

Quando tratamos de software na plataforma Arduíno (UFES, 2012), estamos fazendo

referência tanto ao ambiente de desenvolvimento integrado (IDE) quanto ao software

desenvolvido pelo usuário para tratamento dos dados na placa utilizada. O ambiente

de desenvolvimento do Arduino utiliza um compilador GCC (para linguagens de

programação C# e C++), o qual possui interface gráfica construída em Java.

Basicamente, é um programa IDE muito simples de se usar que utiliza bibliotecas

passíveis de serem facilmente encontradas. As funções da IDE do Arduino são

basicamente duas: permitir o desenvolvimento de um software e enviá-lo para a placa

para ser executado.

Neste projeto, a placa de controle Arduino será utilizada juntamente ao

experimento de Física, o Espectrofotômetro, para envio e recebimentod e dados de

usuários, de modo a permitir o acionamento e controle das diversas variáveis a serem

implementadas no experimento. Em conjunto ao Arduino, é necessário se

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

49

compreender mais especificamente como será utilizado o laboratório remoto, no qual

o experimento está inserido.

7.2 WebLab

Nos últimos anos, o desenvolvimento tecnológico tem facilitado, de várias

maneiras, o nosso cotidiano (CAVALCANTE et. al, 2012). Sistemas computacionais

estão presentes nas residências e em todos os lugares que circulamos, no controle

do trânsito, nos supermercados, nas agências bancárias, nos aparelhos de telefonia

celular, etc. Por outro lado, ensinar a disciplina de Física no século XXI pode ser uma

tarefa extraordinária, já que toda a tecnologia que nos rodeia está intimamente ligada

aos conceitos físicos essenciais para a compreensão dos mecanismos básicos de

funcionamento de cada um destes sistemas. No entanto, muitos alunos apresentam

grande dificuldade na compreensão dos fenômenos físicos. Entre as razões do

insucesso na aprendizagem de Física são apontados os métodos de ensino

desajustados das teorias de aprendizagem mais recentes e a falta de meios

pedagógicos modernos.

O uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no ensino tem sido

objeto de estudo em todas as áreas. Nos últimos anos os avanços no uso de TICs

foram extraordinários tendo em vista que os computadores se tornaram mais velozes

em processamento de informações e com maior capacidade de armazenamento e de

representação somando-se às novas interfaces, tais como luvas e capacetes de

visualização que trouxeram a realidade virtual para a sala de aula.

Alguns pesquisadores na área de ensino de Física no Brasil têm se dedicado à

produção de diferentes recursos de fácil aquisição que possibilitam a inserção de

novas tecnologias no ensino de Física e, particularmente, na aquisição automática de

dados (AGUIAR; LAUDARES 2001), (MAGNO; MONTARROYOS, 2002), (SOUZA et

al, 1998), (MONTARROYOS; MAGNO, 2001), (DIONISIO; MAGNO, 2007), (HAAG,

2001), (CAVALCANTE; TAVOLARO, 2003), (CAVALCANTE et al, 2002),

(CAVALCANTE et al, 2008), (CAVALCANTE et al, 2009), (SOUZA et al, 2011).

Apesar destas publicações e de todo o avanço tecnológico das últimas

décadas, as salas de aula da grande maioria das escolas brasileiras ainda estão bem

distantes deste universo e o ensino de Física ainda continua desconectado deste

mundo tão fascinante que nos cercam. Os recursos computacionais em geral se

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

50

restringem ao uso de simulações, editoração de textos, planilhas de cálculo e internet

para pesquisa de trabalhos escolares. A possibilidade de utilizar o computador como

um instrumento de medida ainda é desconhecida pela grande maioria dos professores

brasileiros (CETIC, 2013).

De outro lado, há um grande incentivo dos órgãos públicos brasileiros a projetos

que tenham como meta gerar conteúdos e recursos para potencializar o uso das TICs

(UNESCO, 2008) nas salas de aula na educação do ensino fundamental e médio,

particularmente, aqueles destinados ao uso dos laptops educacionais. Inclusive, o uso

do computador e das TICs em geral, é defendido pela Lei de Diretrizes e Bases da

Educação que preconiza a necessidade “da compreensão [...] da tecnologia”, no art.

32-II, no ensino fundamental, como formação básica do cidadão (MEC – BRASIL,

1996). Mas, da mesma forma que vem sendo incentivada, sabe-se que a prática de

uso do computador por alunos e professores não se tornou concreta (REIS et al,

2012).

Algumas iniciativas bastante conhecidas como, o projeto Scracth do MIT e,

mais recentemente, a interface de programação Scratch for Arduíno (S4A) que é um

ambiente de programação visual integrado a interface Arduíno e baseado no Scratch,

muito utilizado com fins educacionais, mostram-se cada vez mais promissoras para o

desenvolvimento da capacidade criativa das crianças e adolescentes no aprendizado

de Ciências (CAVALCANTE et al, 2011).

Além dos aspectos já mencionados não podemos deixar de mencionar que a

partir de 2004 iniciou-se um grande movimento na internet conhecido como Web 2.0

(W3C, 2009). Na Web 2.0, o usuário deixa de ser um sujeito passivo e passa a fazer

parte de uma imensa rede de compartilhamento de informações e construção de

conhecimento. A consequência imediata deste processo é que o conhecimento já não

está centralizado em uma única pessoa ou em um único lugar, ele distribui-se entre

os usuários da rede. A aprendizagem deixou de ser uma construção individual do

conhecimento, para ser um processo social onde o educador já não é a fonte única

de conteúdos e o “aprendiz não aprende” de forma isolada. A interação social, o

desenvolvimento de novas formas de linguagem e a comunicação são condições

importantes e necessárias para a aprendizagem.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

51

A habilidade mais importante que determina a vida das pessoas é a de

aprender mais habilidades, de desenvolver novos conceitos, de avaliar novas

situações, de lidar com o inesperado. Isto se tornará cada vez mais evidente no futuro:

a habilidade mais competitiva é a habilidade de “aprender a aprender”. O que é certo

para os indivíduos, é, todavia mais certo para as nações (PAPERT, 2008).

Portanto, é necessário criar espaços na rede internet que viabilize, não apenas

divulgar recursos existentes, mas também, a criação de laboratórios de sensoriamento

remoto que possibilite aos estudantes e professores, em diferentes níveis de

aprofundamento, estudar conceitos importantes em Ciências e, mais especificamente,

aqueles relacionados à Ciência Moderna e Contemporânea.

7.2.1 Arduino No WebLab

Uma das justificativas para utilização da plataforma Arduíno está na existência

de um grande número de projetos disponíveis na Web em vários idiomas e em

diferentes áreas do conhecimento caracterizando esta plataforma, como uma

tecnologia essencialmente interdisciplinar (STABILE; CAVALCANTE, 2012). O

Webduino pretende desenvolver diferentes recursos didáticos que possibilitem

ensinar conceitos Físicos, permitindo a quem for acessá-lo um maior domínio da

tecnologia.

Uma forma de abordar a tecnologia como ferramenta para o desenvolvimento

de conceitos científicos é através de plataformas digitais e outras APIs que evidenciem

o aspecto científico abordado. Por isso, pretendemos utilizar plataformas, como

Xively, Partcl®, dentre outras API’s, que possibilitam a coleta remota de dados, via

porta serial, Shields Ethernet e/ou Wireless, etc, como forma de permitir a interação

do usuário com a experiência. Opções desta natureza, possibilitam incorporar o

Ensino de Ciências na já conhecida rede de sensores, agregando valores à

experimentação didática.

Por outro lado, a implantação de laboratórios de sensoriamento e controle

baseado em plataformas livres, assim como a Arduíno, torna o Weblab um projeto

muito próximo a realidade do usuário, potencializando recursos disponíveis e

compartilhados na Web.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

52

7.2.2 O Que o Webduino traz de novo

Um dos aspectos inovadores deste projeto está associado ao desenvolvimento

de um laboratório de controle e sensoriamento remoto, voltado ao ensino de Ciências,

totalmente apoiado em uma plataforma open-source em hardware e software

amplamente difundido na internet.

Tratando-se de uma plataforma Open Source o usuário terá acesso à

documentação pertinente, a cada experimento proposto, qual seja: códigos fontes,

esquemas elétricos e vídeos ilustrativos mostrando cada etapa de construção e

montagem, etc, podendo, se assim desejar, montar o seu próprio sistema, manipulá -

lo e disponibilizá-lo em redes remotas, através de servidores remotos como, por

exemplo, o Xively®.

Igualmente inovador é o desenvolvimento de recursos destinados ao ensino de

ciências em nível fundamental em que se pretende criar aplicativos que possibilite

manipular e interagir com experimentos remotos utilizando o software de programação

iconográfica Scratch for Arduíno, que é um ambiente de programação visual integrado

a interface Arduíno e baseado no Scratch, muito utilizado com fins educacionais. Estes

aplicativos deverão possibilitar que usuários do Scratch for Arduíno (S4A), de

diferentes faixas etárias, possam manipular os equipamentos adequados através de

mídias interativas inteiramente adaptadas a sua realidade o que, certamente,

contribuirá na ampliação dos recursos educacionais destinado a um público de menor

faixa etária.

Outro aspecto de grande relevância no Weblab da PUC/SP é o

desenvolvimento de uma Interface padrão de comando com reconhecimento de voz

para diferentes dispositivos e experimentos monitorados e controlados remotamente.

Por outro lado, apesar do uso crescente dos recursos tecnológicos por todos

ainda é importante questionar os aspectos correlacionados a acessibilidade destes

recursos. Considera-se acessibilidade como um processo que permite a inclusão de

todas as pessoas com deficiências ou não a participarem de atividades que incluem o

uso de produtos, serviços e informação. Assim, neste projeto, pretendemos responder

a seguinte questão: até que ponto as tecnologias desenvolvidas e disponíveis

possibilitam uma ampla e total inclusão aos serviços, produtos e informação? Quantos

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

53

laboratórios de sensoriamento remoto disponíveis na web possibilitam acesso e

interatividade aos experimentos de modo mais amplo?

É preciso abraçar estas questões e enfrentá-las de tal modo que a tecnologia

e seus avanços possibilitem uma maior integração dos usuários, oferecendo amplo

acesso aos serviços, produtos e informações incluindo neste rol os portadores de

necessidades especiais de ordem física, que são; hemiplégicos, paraplégicos,

tetraplégicos (incluindo sujeitos com membros amputados). Os resultados deste

trabalho foram apresentados (CAVALCANTE, 2013) no III WebCurriculo.

Um WebLab (CAVALCANTE, 2013), com todas estas características, bem

como com seus aprofundamentos e futuras aplicações em salas de aula, além de

inovador poderá contribuir para maior difusão e divulgação da ciência, despertando o

interesse dos jovens para uma área de conhecimento que tem sofrido uma forte queda

em todo mundo e, mais acentuadamente, no Brasil.

Devido a questão de inovação do Weblab, é necessário que a forma como é

disposto seja bem estruturado, além da forma como dispomos os dados e informações

coletadas e apresentadas, para que o usuário não tenha problemas de acesso ou

queda na comunicação com o experimento. Por isso, também, é necessário que seja

apresentada a arquitetura dentro do nosso Weblab, o Webduino.

7.3 Procedimentos

Neste item serão descritas as etapas de construção do Laboratório Remoto,

desde a concepção teórica e prática, passando pela etapa de elaboração dos itens a

serem trabalhados, controlados e visualizados (no que se refere ao experimento na

prática) dentro do laboratório remoto, até a estruturação e adequação do mesmo

dentro de um Ambiente Virtual, dada a natureza educacional a que se destina este

laboratório remoto.

Para se realizar todo o sistema de sensoriamento remoto, dentro do laboratório

é necessário reconhecer-se a necessidade de entendimento da arquitetura de

software do Weblab, a fim de que não se esbarrar em problemas estruturais, ou

mesmo, cuja implementação cause problemas de acesso, etc. Logo, é relevante

analisar, primeiramente, a arquitetura do Weblab.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

54

7.3.1 Introdução

Um sistema ou dispositivo seja ele computacional ou não, deve sempre

considerar dois aspectos: sua funcionalidade e o que irá impulsioná-lo com sapiência

e destreza. Assim, quando já possuímos uma breve ideia dos sistemas envolvidos,

avaliamos em primeira instância a sua interface de comunicação, que deve fornecer

informações condizentes e com inteligibilidade. Considerando aqui, que se trata de

uma abordagem de desenvolvimento intelectual, as referências requerem concisão,

mas nem sempre explícitas, pois queremos apenas orientar o usuário às descobertas,

que conduzem (MORIN, 2003) a um aprendizado eficaz e significativo. Com isso,

conduzimos nossa busca por um sistema que possibilita unir conceitos de usabilidade

e acessibilidade, além da disponibilização de experimentos de diferentes graus de

complexidade.

Diferentemente de alguns laboratórios de experimentação remota disponíveis

ao público, além do acesso ao experimento em si, o usuário encontra no Webduino,

diferentes recursos didáticos que possibilitam a compreensão do fenômeno físico

abordado, tais como; fundamentação teórica, simuladores, vídeos, etc. Ainda,

pretendemos criar interfaces lúdicas para tratar o experimento remoto dentro de um

ambiente de game. E, junto com essas interfaces também pretendemos criar uma

interface de controle, na qual o professor tenha acesso.

A plataforma que melhor se ajusta às nossas condições de contorno é a

WebLab-Deusto desenvolvido pela Universidade de Deusto, (Deusto, Bilbao –

Espanha) (UNIVERSIDADE DE DEUSTO, 2015).

7.3.2 Descrição do WebLab-Deusto

O WebLab-Deusto é um programa de arquitetura distribuída para laboratórios

remotos, o qual proporciona uma série de funcionalidades que facilitam o

desenvolvimento de uma aplicação remota. Pode-se manipular através de comandos

um experimento através de uma rede que pode ser tanto interna quanto externa. É

um projeto open-source desenvolvido pela Universidade de Deusto que fornece um

framework flexível reunindo toda a integridade, garantindo segurança, agilidade,

escalabilidade - recursos essenciais para este serviço.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

55

O projeto desenvolvido pela Universidade de Deusto possui estruturação de

seu código fonte baseado, prioritariamente, em linguagem de programação Python,

ocupando 67,1% de suas linhas de códigos, que, por sua vez, compartilha o sistema

com as linguagens Java, C# e PHP (UNIVERSIDADE DE DEUSTO, 2015). O

laboratório remoto da PUC-SP utiliza as plataformas Git Hub e/ou Google Code, que

possibilitam a inserção de usuários interessados no sistema, que agregarão

conhecimento e conteúdo, ou também traduções para outros vocabulários (esta

perspectiva de desenvolvimento em comunidade online e uso dos serviços de Cloud

Computing oferecem uma grande alavanca para desenvolvimento dos projetos).

A integração multiplataforma de programação que o WebDeusto oferece é a

sua principal vantagem (Figura 02). Ele pode se comunicar com qualquer servidor de

um experimento que ofereça uma comunicação XML-RPC como o Java, tecnologias

.NET, Python e LabVIEW.

Figura 02 - Esquema do funcionamento do WebLab com o WebDeusto (UNIVERSIDADE DE DEUSTO, 2015).

O projeto está dividido em servidores específicos:

Servidor principal: escrito na linguagem de programação Python, está dividido

em:

o Servidores de acesso: processa as credenciais dos usuários.

o Servidores centrais: gerencia o uso, os acessos, etc.

o Servidores de laboratório: colocado sobre os laboratórios de Física, eles

funcionam como porta de entrada para os servidores da experiência.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

56

o Servidores do experimento: possuem a programação específica para a

experiência.

Cliente: Conjunto de páginas estáticas que será acessível a partir de um

servidor web (Apache), e acessados de um browser, que fará chamadas para

os servidores do experimento (Figura 03).

Figura 03 - Esquema do Funcionamento do WebLab (UNIVERSIDADE DE DEUSTO, 2015).

Do lado do servidor-cliente, utiliza-se o GWT (Google Web Toolkit), kit de

ferramentas de desenvolvimento para a construção de aplicações AJAX, para a

construção da interface Web.

Algumas das vantagens analisadas na utilização desse framework são:

Agilidade no desenvolvimento de páginas em Javascript com uma

linguagem de programação robusta, o Java, gerando um código compilado para cada

navegador;

Acesso em qualquer aparelho com um browser que dê suporte para

HTML, CSS e Javascript;

Reaproveitamento de código – classes Java podem ser facilmente

modificadas (excelente para a etapa de desenvolvimento).

Podem ser acopladas outras tecnologias ao GWT (Google Web Toolkit), a partir

de modificações e adição de algumas classes e bibliotecas:

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

57

HTML5: Entre suas principais vantagens apresenta portabilidade para

as principais tecnologias mobile atuais; consegue executar vídeos sem ajuda de

outros aplicativos, editar imagens 2D e visualizar imagens 3D além de apresentar

recursos mais interativos que o HTML.

FLASH: Muito utilizada na Internet para executar vídeos e como

plataforma para jogos online e construção de sites, o flash apresenta uma grande

possibilidade de interação e manipulação através de ActionScript. Não é uma

plataforma a ser utilizada na construção de sistemas complexos, mas como

complemento para alguma atividade interativa.

PHP: uma linguagem de script open-source de uso geral, muito utilizada

e especialmente utilizada para o desenvolvimento de aplicações Web inseridas no

HTML; amplamente utilizada por sua facilidade de aprendizado, mas com recursos

avançados.

Algumas características importantes que nos fizeram escolher esta plataforma:

Autenticação: WebLab-Deusto oferece um sistema de autenticação

extensível que suporta nome de usuário e senha armazenados em um banco de dados

MySQL, LDAP servidores remotos, e também OpenID para verificar as credenciais

em outra Universidade, Facebook, e autenticação confiável com base no endereço IP

do cliente que requisita acesso;

Gerenciamento de fila: WebLab-Deusto gera filas diferentes de reserva

para as diferentes plataformas experimentais disponíveis, impedindo sobrecarga aos

experimentos disponíveis;

Escalabilidade: A arquitetura WebLab-Deusto é apresentada em

escala horizontal e ferramentas de teste estão disponíveis para testar diferentes

implementações;

Segurança: A arquitetura distribuída WebLab-Deusto mantém em

isolamento o hardware e software que está acoplado à experiência, de modo que

qualquer problema relacionado com um uso errado do experimento nunca não coloca

todo o laboratório remoto em risco.

Implementação: O sistema de implantação WebLab-Deusto torna fácil

e flexível a configuração do mapa da rede em que todos os servidores e experimentos

estão envolvidos.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

58

Acompanhamento do usuário: Os usos do laboratório remoto são

armazenados automaticamente. No caso dos experimentos gerenciados, mesmo os

comandos trocados entre o servidor e o cliente são armazenados, para eventuais

correções necessárias e acompanhamentos. A quantidade de eventos a serem

registrados cabe ao administrador-WebLab-Deusto.

Administração: O WebLab-Deusto oferece ferramentas de

administração tais como; monitorar usuários em tempo real, verificar acessos,

adicionar/remover permissões, grupos e usuários, etc.

Facebook: WebLab-Deusto está integrado com o Facebook, assim os

usuários podem vincular suas contas e usá-lo com ferramentas fornecidas pelo

Facebook, como o bate-papo (lista de aplicativos).

Dispositivos móveis: A interface de usuário-WebLab Deusto também

é adaptada para dispositivos móveis, e os experimentos gerenciados também podem

ser adaptados para fornecer uma versão mais amigável com o usuário, possibilitando

a aprendizagem móvel.

Extensibilidade: experiências existentes também podem ser adaptadas

para Weblab-Deusto.

A partir destas considerações concluímos que o WebDeusto se mostra como

uma ferramenta interessante para criação de laboratórios remotos e flexível para

integrar diferentes experimentos, escritos em diferentes linguagens de programação,

à administração do todo. A parte de desenvolvimento das interfaces com a web utiliza

GWT, uma ferramenta muito poderosa, e que permite a criação de interfaces que

possam apresentar as mais variadas abordagens, como por exemplo, a de game, da

mesma forma que permite a criação de interfaces diferentes para especificações

diferentes, como o caso das interfaces para professor e usuário/aluno, as quais

desejamos implementar futuramente. Outras ferramentas que possibilitam maior

aproximação com o usuário podem ser utilizadas, tal como o flash, garantindo-lhe uma

experiência mais amigável com o programa, e o HTML5, pela portabilidade oferecida.

A seguir apresentaremos algumas telas de acesso ao Weblab, da PUC/SP, o

Webduino, baseado na plataforma WebLab-Deusto (Figuras 04, 05, 06).

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

59

Figura 04 - Tela de acesso aos experimentos do Weblab da PUC-SP, baseado na plataforma WebLab-Deusto (acesso via http://weblabduino.pucsp.br/weblab/client/index.html?locale=pt)

Figura 05 - Tela que mostra a reserva para o experimento (ERA – Espectrofotômetro Remoto Automatizado).

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

60

Figura 06 - Tela de acesso ao experimento.

E as figuras do nosso ambiente remoto e do blog do experimento (ERA –

Espectrofotômetro Remoto Automatizado) (Figura 07 e 08).

Figura 07 – Tela mostrando o acesso ao site do projeto (o ambiente remoto) (http://www.pucsp.br/webduino/experimentos/espectrofotometro-remoto-automatizado/index.html)

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

61

Figura 08 – Tela mostrando o blog do Projeto, com maiores informações de todas as partes do experimento,

inclusive explicando questões teóricas, espaços do tipo “faça-você-mesmo” e questões pedagógicas do projeto. (Acesso via: http://era-weblab.blogspot.com.br/)

7.3.3 Coleta de Dados

Para que um experimento seja completo necessitamos que ele, ao receber

estímulos dos alunos, responda de maneira adequada. Na maior parte das análises

experimentais e, da mesma forma que nos experimentos presenciais, extraímos

dados que serão dispostos em gráficos para que se realize as análises necessárias,

posteriormente. Para realizar tal coleta, dispomos de redes de sensores internas e

interfaces de reprodução dos gráficos e de visualização dos dados.

Com isso, para a interface dos usuários explicitaremos os dados através de

gráficos utilizando uma biblioteca Java denominada Jchart2D, que prioriza a

performance na visualização dos dados, sem deixar de lado implementações

complexas e em tempo real. Os processos nesta aproximação ocorrem somente por

tráfego interno, dos experimentos para o cliente (ou seja, o cliente não gera gráficos,

e sim o experimento para o cliente).

Como um dos objetivos iniciais do projeto é permitir a utilização da Rede de

Sensores, disponíveis na Web, utilizamos em um dos experimentos, a plataforma

Xively® para coleta e disponibilização dos dados experimentais. Esta plataforma

possibilita integração paralela dos experimentos, utilizando conexão através da

internet com seu próprio servidor, que nos transmitem os dados em forma de gráficos

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

62

e arquivos de manipulação para web ou ainda programação como os padrões: XML e

o CSV (Comma-Separeted Values, ou valores separados por vírgula).

Para este tipo de experimento monitorado via Xively®, elaboramos uma

sequência de tutoriais (WEBDUINO, 2014), de modo a permitir que os usuários

possam reproduzir outros experimentos de seu interesse para acesso remoto de

dados gratuitamente, contribuindo para uma maior divulgação e popularização desta

tecnologia.

7.3.4 Segurança

Duas das ferramentas utilizadas para buscar a estabilidade e integridade do

nosso sistema, são o controle de acesso de usuários e o gerenciamento de uso dos

experimentos, ou ainda, controle por filas FIFO (First In First Out; o primeiro da fila

que entrar saíra primeiro). Tal recurso é muito importante, tendo em vista que os

recursos físicos são limitados. Este controle é propiciado em grande parte pela

plataforma Weblab-Deusto.

Utilizamos ainda outras técnicas de segurança em redes tais como Firewalls e

controle de acesso às ferramentas que completam o sistema. Além disso, são

necessários alguns protocolos específicos para cada tipo de comunicação com o

servidor principal, o que de certa forma, evitam explorações indevidas em nossos

sistemas.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

63

CAPÍTULO II - Desenvolvimento

8 Metodologia

8.1 Metodologia do Ambiente Remoto: Laboratório Remoto e Ambiente

Este estudo será realizado com uma abordagem de construção de protótipo,

visando uma implementação inicial e verificação, com testes de funcionalidade e

adequação a possíveis necessidades de usuários, para posterior utilização do

Laboratório Remoto e verificação de possíveis melhorias na aprendizagem de alunos,

e complementando o ensino ministrado por professores, em escolas (por ora, em

contato com Goiânia e Campinas, para testes posteriores a este projeto). Sendo

assim, inicialmente foram realizadas pesquisas de levantamento do estado da arte e

foi realizado o levantamento da fundamentação teórica (relatados nos itens anteriores)

do tema proposto, e frente às necessidades atuais, proceder-se-á à montagem do

protótipo do experimento, bem como a readequação da arquitetura de rede

necessária para a adequação do laboratório com acesso remoto, dentro de um

ambiente de aprendizagem que seja condizente com as necessidades educacionais

do usuário, com espaço de investigação, com conteúdos e recursos destinados ao

tema da superposição de cores, um dos tópicos de Física, bem como com

conceituação da luz de LED, explicação sobre a difração, correlações com estudos da

biologia e formação de cores, além de colocação de temas que sejam interessantes

às necessidade pedagógicas dos profissionais da área, bem como elaboração de

possíveis roteiros pedagógicos disponibilizados nas páginas do site

(http://www.pucsp.br/webduino/) e maiores explicações no blog do projeto (www.era-

weblab.blogspot.com )

Esta etapa do projeto foi possível após as adequações do ambiente, e

futuramente (em projeto futuro) serão realizados testes de aplicabilidade do

laboratório remoto, com testes de interação do usuário com o ambiente.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

64

Temos as seguintes etapas de trabalho:

Etapa 1 Estado da Arte dos Trabalhos relacionados ao desenvolvimento e uso de

Laboratórios Remotos junto ao ensino, em particular, em disciplinas de

Física, evidenciando necessidade, adequações possíveis, melhorias,

críticas ao uso e, se possíveis, intercomparações de laboratórios remotos.

Etapa 2 Levantamento do Referencial Teórico referente às Atividades

Relacionadas a Construção, Estruturação e Adequação, Viabilidade e

Testes de Laboratórios Remotos em Ensino.

Etapa 3 Construção do Laboratório Remoto, desde sua concepção teórica,

considerando os referenciais metodológicos, e prática até a elaboração e

estruturação.

Etapa 4 Implementação e Testes de Funcionamento, evidenciando necessidades

e possíveis melhoras, com relação aos aspectos necessários para o bom

funcionamento e interação do Laboratório Remoto.

Projeto Futuro:

Etapa 5 Pré-Teste (considerando a continuação do projeto em questão) com usuário

para verificação da eficácia do ambiente de aprendizagem (espaço de

investigação) e que possíveis melhorias devam ser realizadas e futuras

adequações visando um melhor aproveitamento dos recursos existentes no

ambiente (teste de estudo de caso, para projeto futuro).

A primeira etapa da investigação em curso se deu logo pela escolha do tema,

dado que, conforme analisado através da revisão do Estado da Arte dos Laboratórios

on-line, baseados na Internet, estes podem se classificar em dois tipos: virtual e

remoto, de modo que a escolha ser pelo laboratório remoto se dá devido às seguintes

características, conforme Nedic et al. (2003):

Há interação direta com equipamentos reais;

As informações são reais;

Não há restrições nem de tempo e nem de espaço;

Possui um custo médio de montagem, utilização e manutenção;

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

65

Há feedback do resultado das experiências on-line.

Após a escolha do tema a ser estudado, dentro da etapa da Revisão do Estado

da Arte, por se tratar de um assunto relativamente novo, a quase totalidade das

referências ligadas aos laboratórios sejam virtuais ou remotos advêm de artigos

científicos, nos quais as mais recentes informações e estudos da área foram

divulgados.

A partir das informações recolhidas, a Revisão do Estado da Arte continuou

com a investigação do desenvolvimento dos laboratórios remotos em curso em

universidades e centros de pesquisas, analisando-se artigos mais recentes (entre

2011 e 2015), disponíveis em anais de congressos, revistas associadas e publicações,

com as referências disponíveis no site do Go-Lab, http://www.go-lab-project.eu/, (do

inglês, Global Online Science Labs for Inquiry Learning at School) site do comitê

internacional de laboratórios remotos e virtuais que tratam de espaços aprendizagem

pela investigação, associados às experimentações remotas dos laboratórios on-line

(virtuais e remotos).

Como complemento, utilizou-se como medida de comparação da evolução da

aplicação e uso dos laboratórios remotos através dos anos posteriores (à 2011), o

trabalho de Cardoso e Takahashi (2011), que analisa 19 artigos qualificados com

Qualis A, (à época) entre os anos de 2000 a 2009, os quais são referentes aos usos

e metodologias empregadas em Laboratórios Remotos aplicados a conteúdos de

Física, bem como às avaliações realizadas. Segundo a investigação destes

pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia, à época, o intuito era

“investigar se (e como) os laboratórios remotos estavam sendo utilizados no ensino,

particularmente, no ensino de Física” (Cardoso e Takahashi, 2011). Os autores

concluíam que:

No desenvolvimento de nosso trabalho não encontramos

relatos de pesquisa sobre acesso remoto a experimentos para a área de Física ou de como isso pode incrementar o processo de ensino e aprendizagem dessa disciplina. Desta forma, as

eventuais limitações na utilização desta ferramenta no ensino devem ser estudadas de forma aprofundada e suas potencialidades exploradas no sentido de suprir as

necessidades de uma aula prática. (CARDOSO; TAKAHASHI, 2011, p.185)

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

66

Após esta análise verificou-se que a utilização dos laboratórios remotos no

contexto de ensino de Física, embora pouco abordado à época do estudo (2011),

passou a ser melhor trabalhada, com novas tecnologias de acesso, novos recursos e

novas metodologias de aprendizagem e de uso dos espaços. Com novos artigos

relatando as experiências de uso dos laboratórios remotos tanto no Brasil (Silva et al,

2013), (Simão et al, 2016), quanto no exterior (Fernandez et al, 2015) e (Sergis &

Sampson, 2015) e, principalmente, com a organização de laboratórios remotos em

torno de uma proposta de espaço de aprendizagem por investigação (Dikke e Faltin,

2015); (Dikke et al, 2015); (Pedaste et al, 2015b); (Zacharia et al, 2015), os

laboratórios remotos, agora com uma metodologia de aprendizagem mais adequada

a uma proposta de investigação, de exploração dos conteúdos e de construção do

conhecimento, assim, apresentam-se como uma prática crescente e cuja utilização

abre um campo de possibilidades e de experimentações, as quais devem continuar a

ser trabalhadas, e melhoradas, com novas tecnologias que surgirem a fim de

permitirem melhores experiências na exploração do laboratório e do tema trabalhado,

visando as potencialidades que advém de uma maior sistematização.

Diante destes levantamentos e das questões surgidas, a procura de respostas

levou-nos a considerar que, em termos metodológicos, o desenho do estudo seria

mais focado em uma metodologia que, se não sistematizada em um espaço

propriamente colocada como o apresentado nos laboratórios remotos europeus, mas

continuando na proposta de aprendizagem baseada em investigação. Nesse sentido,

a preparação do ambiente deve permitir ao usuário sua própria investigação, com

base nas etapas de um método científico, com colocação da contextualização do

tema, a importância dos mesmo para áreas do conhecimento correlatas, um espaço

que permita também a criação de hipóteses e que o usuário verifique a teoria que rege

o fenômeno que se está experimentando remotamente. Assim, esse ambiente deve

ser multifacetado, no sentido de envolver a utilização de instrumentos e amostras, e

recursos diversificados.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

67

8.2 Metodologia para criação do Experimento Remoto (Protótipo Físico e

Acesso Remoto)

Por outro lado, para a criação do experimento remoto, no que se refere desde

a criação do experimento físico até a comunicação remota e controle do experimento,

as investigações, de um modo geral, visam à criação do conhecimento científico, e

para chegar aos resultados existem um conjunto de métodos que podem ser

empregados, dentre estes os métodos experimentais, e métodos descritivos. Com

base nestas considerações, pode-se ressaltar que o estudo da criação do experimento

remoto em questão apresenta características de um modelo metodológico misto muito

divulgado em pesquisas internacionais no domínio da Tecnologia Educativa que, na

literatura, se designa por metodologia de desenvolvimento (VAN DEN AKKEN, 1999),

nomenclatura advinda da área de Desenvolvimento de Softwares.

A metodologia de desenvolvimento é um conjunto de métodos e técnicas que

se baseiam nas ideias das etpas de desenvolvimento de softwares e que, por isso

mesmo, as etapas da investigação, nesta metodologia são, de uma forma

esquemática (COUTINHO e CHAVES, 2001), resumidas da seguinte forma:

Figura 09 – Esquema da Metodologia de Desenvolvimento, para criação e desenvolvimento do protótipo

Pelo esquema acima, percebe-se a influência do Desenvolvimento de

Software, já que a metodologia pode ser subdividida em níveis de análise (analisys

level), de desenvolvimento (design level), de avaliação/teste (evaluation design) e de

documentação (documentation design). Níveis estes que categorizam o problema,

facilitando o desenvolvimento de soluções ao problema, e verificação da mesma, por

sucessivos testes, para que se chegue a uma resposta satisfatória, a qual deve ser

Análise de

problemas

(investigador e

profissionais em

campo)

Desenvolvimento

de soluções em um

quadro de

referencial teórico

Avaliação e teste de

soluções

Documentação e

reflexão que

possam conduzir a

novas

investigações

futuras

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

68

documentada e novamente analisada frente ao problema inicial. Essa metodologia

preferimos implementá-la nesta etapa da criação do experimento pela semelhança

conceitual também com a metodologia de aprendizagem baseada em investigação,

devido à presença da elaboração e uso do método científico durante as etapas do

projeto, e ao caráter de investigação natural às etapas metodológicas.

Dito isto, é interessante se estudar o contexto histórico do desenvolvimento

desta metodologia, principalmente no que se refere ao seu uso na Educação, e em

principal, nas tecnologias educativas.

8.3 Histórico da Metodologia de Desenvolvimento

A metodologia por desenvolvimento, está intimamente ligada ao

desenvolvimento das abordagens veiculando as tecnologias de informação e

comunicação (TIC) à Educação, pois no contexto em que surgiu (COUTINHO e

CHAVES, 2001), por volta da década de 80, ainda predominava o paradigma de uma

epistemologia positivista de idealizar os resultados de uma pesquisa, dando-lhe ares

cientificistas, e não se considerando a perspectiva do cientista, do pesquisador, nem

se focando na investigação em si, o que não permitia considerar aspectos como

subjetividade do pesquisador na área de pesquisa, ou mesmo considerar os erros,

incertezas, complexidades obtidos nos resultados, acarretando na limitação da

capacidade de produzir e aumentar o conhecimento no domínio científico das

tecnologias educativas (COUTINHO e CHAVES, 2001).

Com enfoque voltado a uma perspectiva alternativa, que considerasse bases

epistemológicas construtivistas, vão sendo realizados levantamentos (SALOMON,

1991) que se voltam aos aspectos de uma investigação que levasse em conta o

processo de ensino e aprendizagem e mesmo da comunicação, e que se concentra

nas metodologias, nos contextos (ambientes de aprendizagem) e, sobretudo, nas

características e no modo como o sujeito aprende (COUTINHO e CHAVES, 2001). E

por esse caráter de investigação se assemelha à metodologia de aprendizagem

baseada em investigação, comentada no item anterior.

Por outro lado, havia ainda a questão de como a investigação deveria ser

realizada, ou seja, qual o tipo de investigação deveria ser priorizada: uma investigação

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

69

básica (que fundamenta teorias, aumentando um dado conhecimento dentro de um

domínio científico) ou aplicada (que soluciona problemas práticos de indivíduos,

grupos ou da sociedade em geral). Coutinho e Chaves (2001), abrem o prisma deste

dilema ao demonstrarem que na verdade existe um tipo de metodologia de

investigação, que complementa estes dois tipos: a metodologia de desenvolvimento.

Devido ao fato de que as tecnologias educativas, nas quais se enquadram as

pesquisas em ambientes de aprendizagem (por exemplo), apoiam-se em um leque

variado de disciplinas afins (desde a Ciência da Comunicação à Psicologia, passando

pela Informática, Sistemas de Informação, etc...), a investigação na área terá

necessariamente de ter uma especificidade própria, na qual não faz sentido a

oposição simplista “básica/aplicada”, mas sim um acordo, uma junção: é nesse

sentido que apontam as metodologias de desenvolvimento, que vieram fazer a ponte

entre os dois polos opostos (ciência básica em oposição à ciência aplicada), propondo

um referencial metodológico próprio, que seja uma mistura entre os dois polos da

investigação científica (uma relação entre o conhecer e a ação, edntre a teoria e a

prática), que seja mais adaptado à investigação das TIC em ambientes de

aprendizagem.

Este tipo de metodologia, foi exemplificada através de uma comparação entre

pesquisas científicas conhecidas, por Stokes (COUTINHO E CHAVES, 2001). Nela,

Stokes, em 1997, compara as pesquisas realizadas por Niels Bohr, Thomas Edison,

Louis Pasteur. O primeiro buscou o conhecimento puro acerca da estrutura do átomo,

logo pertence a uma pesquisa teórica (no caso, seria o tipo de investigação básica).

A investigação desenvolvida pelo inventor norte americano Thomas Edison

preocupou-se com a resolução de problemas práticos pelo desenvolvimento de

tecnologias inovadores. Por sua vez, Edison não expressava qualquer interesse por

publicar os resultados da investigação que desenvolvia, o que enquadra a

investigação no tipo aplicada.

Por último Stokes coloca a investigação do químico francês Louis Pasteur, o

qual buscava o conhecimento teórico, mas no contexto da solução de problemas

práticos. Por isso, este tipo de investigação poderia ser enquadrado como um tipo de

mescla entre os tipos citados anteriormente. Há ainda, mais um tipo de investigação,

que de tão estéril e sem contrapartida prática, não pode ser considerado nem

fundamental, nem aplicada. Infelizmente, este tipo de pesquisa prolifera em muitas

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

70

áreas do saber, se tratando do caso de quem investiga apenas com o objetivo de

progredir na carreira.

Obviamente, Stokes quando exemplificou a problemática da metodologia de

desenvolvimento, incentivou, em sua análise, que a investigação nas áreas das TIC

na educação seja a do tipo conduzida por Pasteur e a que chama "use inspired basic

research" (que se pode traduzir como investigação básica inspirada na prática).

Defendeu ainda que não faz sentido pensar que só a investigação básica ou pura

conduzirá ao desenvolvimento de novas tecnologias, e exemplifica mostrando que na

ciência contemporânea o desenvolvimento de inovações tecnológicas permitiu o

avanço de novos tipos de investigação revertendo completamente a direção do

modelo tradicional básica seguida de aplicada (COUTINHO E CHAVES, 2001).

Esta simbiose teoria/prática ajustava-se de um modo tão perfeito à investigação

realizada em ambientes de aprendizagem onde se usam tecnologias, que, nos

Estados Unidos, passou a encarar-se o instructional development (desenvolvimento

instrucional), como um dos cinco grandes setores dentro da investigação nas

tecnologias educativas americanas, tal o volume de projetos de investigação que,

desde a década de1980 se implementaram sob este novo referencial metodológico.

As versões mais atuais das metodologias de desenvolvimento podem surgir na

literatura sob designações diversas, como (COUTINHO E CHAVES, 2001) é o caso

dos chamados "design experiments" ou da "formative research", mas a filosofia de

base é sempre a mesma: "a inter-relação entre a teoria e a prática" (VAN DEN AKKER,

1999).

Para Van Den Akken (1999) as diferenças entre as metodologias de

desenvolvimento e as abordagens empíricas tradicionais estão relacionadas mais às

finalidades da investigação (nível filosófico e epistemológico) do que em relação aos

métodos propriamente ditos: “os métodos da investigação de desenvolvimento não

são necessariamente diferentes de outras abordagens de investigação educativa”

(VAN DEN AKKER, 1999). Ou seja, as metodologias de desenvolvimento utilizam,

para a coleta e análise de dados, instrumentos e técnicas tanto das abordagens

quantitativas quanto qualitativas.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

71

As diferenças situam-se na forma diferente em como abordam os problemas e

em como se concebe o projeto da investigação em si. Coutinho e Chaves (2001)

sintetizam da seguinte forma as características básicas deste modelo metodológico:

O fim último da pesquisa não é testar a teoria (embora esteja presente), mas

resolver problemas práticos dos professores;

Abordagem de problemas complexos em ambientes tecnológicos de

aprendizagem;

Integração de todo o tipo de conhecimentos teóricos (comprovados e mesmo

com levantamento de hipóteses) e tecnológicos no sentido de se encontrarem

soluções viáveis para a complexidade dos problemas em análise;

A busca da solução para o problema passa pela concepção de uma solução

“protótipo” que deve ser fundamentada desde um ponto de vista teórico e

prático (ouvidos os profissionais no terreno) e articulada com objetivos de

aprendizagem;

Condução de uma investigação rigorosa e reflexiva no sentido de testar, avaliar

e refinar no terreno, num processo interativo, a solução protótipo concebida;

Implica colaboração permanente entre investigadores, profissionais do terreno

(professores) e tecnólogos (informáticos).

Definido o tema de estudo, frente às necessidades no campo do ensino de

Física em território nacional, e selecionadas as metodologias a serem empregadas,

no caso tanto da metodologia de desenvolvimento (para criação do protótipo e acesso

remoto, com relação a elaboração, desenvolvimento e avaliação do mesmo), quanto

da metodologia baseada em investigação (para elaboração e readaptação do espaço

do ambiente remoto, no que se refere à adequação do tema, elaboração de práticas

relacionadas, teorias, levantamento de hipóteses, coleta de dados do experimento

remoto, e o uso do experimento remoto), assim, o passo seguinte foi a escolha do

laboratório remoto que utilizamos como referência para o desenvolvimento do próprio

laboratório remoto, inserido em no ambiente remoto.

A utilização das novas tecnologias, no que se refere ao uso dos laboratórios

remotos, pode trazer imensas vantagens para o ensino escolar. Tendo isso em mente,

estamos desenvolvendo nosso próprio laboratório remoto de Física, com foco no

ensino de Física, ambientado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-

SP), com base na investigação dos recursos e vantagens do laboratório remoto da

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

72

Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Araranguape, o RexLab (SILVA,

2006), além da interface de uso do WebLabDeusto (UNIVERSIDADE DE DEUSTO,

2015), para a criação do ambiente virtual.

Tendo como base estes laboratórios, procuramos mesclar algumas

características, principalmente no que se refere ao aspecto pedagógico e conceitual

de tópicos de Física, inicialmente no aspecto do estudo de cores, desde a concepção

teórica dos experimentos (como a possibilidade de abordar diversas temáticas, como

a formação das cores para a fisiologia, e mesmo para a fotografia, além de

comparação entre os padrões RGB e CMYK) até questões de aplicações tecnológicas

advindas do estudo fenômeno trabalhado no experimento remoto (como a confecção

de um experimento do tipo “faça-você-mesmo”, para publicação no espaço do

ambiente remoto, como forma de possibilitar um produto de aprendizagem, com

adequação ao tema proposto, evidenciando as mesmas questões trabalhadas dentro

do experimento remoto, com comparações dos resultados), que podem favorecer uma

maior aprendizagem.

Com as informações obtidas através da literatura, do Estado da Arte e da

criação do ambiente remoto, no qual está inserido o laboratório remoto (tanto o

experimento como o acesso remoto), resta a última fase deste projeto de pesquisa: o

desenvolvimento do protótipo, o experimento físico propriamente dito, o qual foi

aplicado em testes de verificação de reprodutibilidade dos resultados em comparação

com o experimento do tipo faça-você-mesmo. Um esquema com o plano de

investigação das etapas pode ser observado na Figura 10.

Figura 10 - Esquema do plano de investigação, adaptado de (Bottentouit, 2007).

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

73

Para implementações em campo, em projetos futuros, o laboratório remoto

deverá ser testado com relação à sua usabilidade e aplicação, visando a adequação

ao aspecto educacional, na continuação desta pesquisa.

Considerando ainda, que este protótipo inclui não somente a montagem física,

alocada dentro de uma estrutura que possibilite a coleta de dados e de imagens do

experimento real (com acesso remoto), mas também de toda a estrutura de rede,

dentro da qual está alocado o ambiente remoto, para que o aspecto educacional não

fique relegado a segundo plano, é necessário, então, que se evidencie a preocupação

com o ensino de tópicos de Física. Ou seja, no ambiente remoto está disponível

conteúdos e práticas relacionadas ao estudo das cores, padrões RGB e CMYK,

formação de cores para fisiologia e fotografia, bem como estudo do fenômeno da

difração, redes de difração, e um tópico da Física Moderna, que é o estudo do LED,

através do estudo dos semicondutores, além outras interfaces que possibilitam o

acesso e visualização do experimento.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

74

9 Protótipo - Procedimentos e Desenvolvimento

9.1 Introdução

Com base na metodologia de desenvolvimento, proposta por Van den Akeen

(1999), foi montado o protótipo, após um estudo de avaliação dos laboratórios

existentes, e das potencialidades que necessitavam ser explorados; da mesma forma,

com base na metodologia baseada em investigação, foi montado o ambiente remoto,

com etapas de investigação centrada nos diversos conteúdos relacionados aos

tópicos de Física, desde o estudo das cores até tópicos como difração e estudo de

semicondutores, focando na possibilidade de interação com o usuário, com a

presença de práticas pedagógicas, sugestões de experimentos que possam ser feitos

pelo próprio usuário, em etapas do tipo “faça-você-mesmo” (espectrofotômetro

caseiro). Da mesma forma, após a montagem do protótipo, para projetos futuros, ainda

pretendemos realizar um estudo de caso, frente ao ambiente remoto com o laboratório

remoto montado, como continuação dos desenvolvimentos das etapas correntes.

Sendo assim, nos próximos itens mostraremos os procedimentos

implementados para a construção do protótipo, além das especificidades de cada

componente, bem como os usos para os quais pode ser destinado o emprego deste

equipamento, para fins educacionais. Também mostraremos, a fim de se melhorar o

uso do protótipo, desenvolvimentos do ambiente remoto, junto a estrutura virtual já

montada da interface disponível no WebLabDeusto, no qual está inserido o laboratório

remoto. Testes de usabilidade do Laboratório Remoto com o Ambiente Remoto

pretendemos desenvolver em projetos posteriores, como foi dito, em um possível

estudo de caso.

Para fins de descrição do protótipo, dos procedimentos de montagem,

demonstraremos aqui, o 1) Contexto da Espectrofotometria e do Estudo de Cores em

relação ao Ensino de Física, seguindo de etapas e imagens do 2) Experimento de

Espectrofotômetro Remoto Automatizado, propriamente dito, partindo para a 3)

Programação no Arduino para o Espectrofotômetro Remoto Automatizado, até as 4)

Interfaces: 4.1) de Visualização do Experimento; 4.2) de Controle Remoto para

acionamento da lâmpada de LED, além das etapas de construção do 5) Ambiente

Remoto, no qual estará contido o experimento.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

75

Além das etapas iniciais de demonstração da construção do protótipo,

pretendemos demonstrar, também, 6) Teste de Funcionamento da Programação do

Arduino (vídeo disponível no blog do projeto: https://era-

weblab.blogspot.com.br/p/blog-page.html); 7) Teste de Funcionamento da

Programação de Acionamento da Lâmpada de LED (vídeo disponível no blog do

projeto: https://era-weblab.blogspot.com.br/p/blog-page.html); 8) Teste de

Acionamento do Experimento e Coleta de Dados (vídeo disponível no blog do projeto:

https://era-weblab.blogspot.com.br/p/blog-page.html); etapas estas que evidenciam

os códigos e resultados obtidos, necessários para uma análise mais aprofundada a

posteriori.

Da mesma forma, nos procedimentos e metodologias de cada uma destas etapas

realizadas para construção do protótipo serão mostrados também resultados

alcançados até o momento, ou seja, os procedimentos das programações,

descrevendo-as, bem como fotos do protótipo, descrevendo cada item e suas funções,

além de esquema, circuito elétrico, e fluxograma da programação.

De outra maneira, também, serão comentadas algumas “inovações” desta etapa

do projeto: a) as programações do php da interface de controle do acionamento das

luzes de LED, em comunicação com os dados mandados pelo sensor de

reconhecimento de cor, em que são mostradas as porcentagens de cada r, g e b em

cada uma das cores que são acionadas. Ou seja, a ideia aqui é demonstrar como

desenvolver os mecanismos na php, e repassá-los a central que está disponível pelo

WebDeusto. E b) a descrição de como foi a readequação do ambiente remoto (que foi

projetado para experimento anterior, da graduação e está sendo readequado para os

propósitos atuais), bem como a associação da interface de controle junto à interface

do WebDeusto, pela qual evidenciam-se as melhorias a serem realizadas, permitindo

uma aprendizagem mais informal dentro do ambiente lá proposto.

Com base nos procedimentos, podemos analisar o contexto que implica nestas

tomadas de decisões e passos que foram desenvolvidos, como segue-se.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

76

9.2 Contexto da Espectrofotometria no Ensino de Física Moderna

Desde 2002, e até antes, na verdade, já se discute, no meio acadêmico, em

especial, nos corredores das faculdades de Física, de que forma o ensino de Física

pode ser mais atualizado, despertando o interesse dos jovens para a formação na

área, ou em áreas tecnológicas. Ivemos em uma sociedade na qual a tecnologia está

presente nas mais diversas formas, desde ponteiro laser, passando por CDs, DVDs,

bluetooths, até sistemas de comunicação por radiofrequência, WiFi, motores híbridos,

aceleradores de partículas, além de discussões de qual será o futuro da tecnologia e

o papel do ser humano neste “novo mundo”. É interessante notar que todas estas

tecnologias citadas dependem fortemente do conhecimento dos fenômenos físicos

que as regem. Mas da mesma forma que seria bom que entendêssemos esses

conceitos para compreender melhor o funcionamento destas novas tecnologias (além

das citadas), poucos de fato compreendem este funcionamento, muito devido a pouca

assimilação dos conceitos físicos das mesmas; e consequentemente não entendendo

estas tecnologias, para que servem, como funcionam e de que modo podem vir a

serem usadas, o papel do próprio ser humano fica aquém em um futuro próximo (pelo

menos para a sociedade que desfrutará de uma potente ferramenta, mas sem saber

como ela funciona).

Se no caso de nossa sociedade a discussão de Ciência e Tecnologia fica à

deriva, nas escolas, então, que deveriam fomentar essas discussões atuais, pelo

menos no nível de entender o funcionamento destas tecnologias e os conceitos físicos

por detrás delas, a Física fica restrita a “um bojo de conhecimentos que se acabou no

final do século XIX. Quando muito, nossos estudantes aprendem a resolver problemas

da Física Newtoniana. Se a escola for mais exigente, possivelmente poderão aprender

alguns grandes princípios da Física dos séculos XVIII e XIX”.

Essa crítica aparece no editorial da Revista Brasileira de Ensino de Física, de

2002. Passados 13 anos, estamos na mesma discussão de como trazer os estudantes

do Ensino Médio para a compreensão de conceitos físicos, e muito mais ainda, de

como trazer a Física para o cotidiano deles, como se a Física fosse algo fora do

alcance de nossos alunos.

Somente para constar, neste mesmo editorial, a revista cita que em 2000, o

Comitê Nobel havia premiado “as pesquisas em Física que foram fundamentais para

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

77

a moderna Tecnologia da Informação, baseada na óptica-eletrônica, constituída de

lasers, diodos, transistores, fibras ópticas e usadas em dispositivos modernos como

celulares, CDs e satélites de comunicação, dentre outros”, ao passo que continuamos

ensinando no máximo a Física de pêndulos, balística do séc. XVII, termometria, etc.

E ressalta que a parte mais interessante da Física “como aquela contida, por exemplo,

no modelo padrão, na interação da radiação com a matéria, na cosmologia moderna,

nos novos materiais fabricados pelo homem” fica para o pesquisador, nas instituições,

e quando aparecem para o estudante, aparecem em revistas de divulgação científica,

à época, de pouca disponibilidade1.

Assim, a Física Moderna (e Contemporânea, ou FM, ou até FMC) que abarcaria

o estudo destes conceitos deveria ser mais difundida nos ambientes e Ensino Médio.

Justificativas para isso são muitas, desde os próprios PCNs+ (BRASIL, 2002) até a

própria literatura (OSTERMANN e MOREIRA, 2001, p. 24). Destes últimos autores,

podemos citar alguns pontos que justificam o estudo do tema:

“estudantes precisam ter contato com o excitante mundo da pesquisa atual em Física; os PCN's para o ensino médio apontam na direção de uma profunda reformulação do currículo de Física na escola média e a inserção

da FMC nos currículos; uma maneira de atrair jovens para a carreira científica; disseminar os conhecimentos que a ciência e a tecnologia propiciam à população; esclarecer o estudante quanto às pseudo-ciências. Os autores

também concluem que as pesquisas desenvolvidas sobre FMC estão mais concentradas na ‘apresentação de um tema de FMC [...]’"

Ou seja, o estudo da Física Moderna pode e deveria ser mais utilizado nas

escolas de Ensino Médio, como forma de propiciar aos estudantes o interesse pela

carreira científica, e um maior entendimento da tecnologia. Porém como sabemos, as

escolas, de uma forma geral, ainda estão “patinando” no uso de recursos, ferramentas

e na própria abordagem da Física Moderna, priorizando os assuntos que ainda estão

sendo discutidos em vestibulares, os quais também visam uma abordagem

contemporânea, mas que se fundamentam na mesma Física do séc. XVII e XVIII.

1 em tempo, as revistas de divulgação científica estão mais acessíveis hoje em dia, com preços mais acessíveis, também, e em maior número; mas, assim como antes, continuam pouco divulgada nas

grandes mídias – uma saída é a internet, que à época deste editorial não era tão acessível quanto hoje, em com velocidades bem menores. Mas mesmo na internet, que apresenta um repertório de acesso às informações e conceitos de Física, e das recentes descobertas, bem maior, também se apresenta o

mesmo problema de cuidado com o tratamento das informações e a mesma necessidade do estudante que se interessa pelo assunto procurar alguém, um professor, por exemplo, que dê mais critério e rigor a informação encontrada.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

78

Assim, de que forma podemos trabalhar a Física Moderna para tornar esse

discurso realidade, e diminuir a distância entre o falar e o fazer, é o que pretendemos

discutir nos próximos procedimentos. A ideia aqui, assim como Ostermann e Moreira

(2001) citam é descrever a “apresentação de um tema de FMC”, mas utilizando

recursos tecnológicos mais próximos do estudante como a internet, dentro de um

ambiente que lhe favoreça o aprendizado, podendo ser formalizado, ou mesmo dentro

de uma estrutura informal, no que se refere ao aspecto do ambiente virtual e

aprendizagem (AVA).

Dentro deste aspecto de utilizar um tópico de Física Moderna, preferimos a

utilização da área de Espectrometria (e Espectrofotometria), devido a possibilidade de

trabalhar, no que tange ao assunto deste projeto, a representação dos padrões RGB,

e das quantidades de cada padrão presente dentro de uma mesma cor, e a partir

disso, estudando a composição das cores (área, aliás pouco abordada nas escolas

médias brasileiras), mas além disso, para se decompor essa mesma cor é necessário

que ela seja difratada por uma rede de difração (ou mesmo um CD – que é uma

estrutura com muitas cavidades, às quais difratam os feixes de luz, e que portanto

podem ser utilizados como uma rede de difração), e a partir daí podemos apresentar

mais conceitos da Física Moderna, como a interferência (construtiva e destrutiva),

decomposição da luz, feixes monocromáticos e policromáticos, entre outros tópicos.

Por essa diversidade de temas dentro da Física Moderna, e por poder trabalhar

um assunto tão amplo de uma forma que pudesse ser ao mesmo tempo interessante

dentro do aspecto técnico, tanto quanto dentro do aspecto lúdico (dentro do AVA, na

estrutura a ser montada, com interface de controle do sistema físico, e apresentação

da formação das cores e visualização da decomposição da luz), possibilitando ao

professor um tratamento de temas da Física Moderna conforme seja a sua criatividade

é que cremos que o estudo da espectrometria possa ser adequado aos interesses do

Ensino Médio.

10 Experimento de Espectrofotômetro Remoto Automatizado

Para que a abordagem da espectrometria possa ser veiculada ao interesse

proposto, criamos um sistema físico, o espectrofotômetro, em que seja evidenciado a

formação do espectro, e também do espectrofotômetro, bem como a possibilidade

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

79

controle remoto do mesmo. Isso permite ao usuário do sistema tanto a visualização

quanto a interação com o sistema, à distância, de modo a verificar a formação de

diferentes cores e a porcentagem cada padrão na formação da mesma. A seguir,

descreveremos os procedimentos para a construção do espectrofotômetro, além de

seus objetivos.

10.1 Espectrofotômetros e seu Princípio de Funcionamento

Um espectrofotômetro é um equipamento capaz de discriminar comprimentos

de onda, por meio da decomposição de cores em redes de difração. A luz branca

comum tem seus vários comprimentos de ondas separados e analisados pelo

equipamento, em função da variação da intensidade luminosa. O espectrofotômetro

pode ter um custo elevado, considerando os disponíveis no mercado comercial e para

usos didáticos (Lüdke, 2010). Apesar de boa precisão (PASCO, 2008) estes

equipamentos apresentam custos ainda muito elevados para a maioria das escolas

brasileiras.

Em termos de funcionamento, pode-se ter dois tipos de espectrofotômetros

com rede de difração: aqueles que analisam o feixe de luz refletido e aqueles que

analisam o feixe de luz transmitido. Para fins de adequação ao projeto, analisaremos

apenas o do tipo de feixe transmitido.

a) Análise Espectral do Feixe Transmitido

No espectrofotômetro temos a seguinte situação: Um feixe de luz, na cor

branca, incide sobre uma rede de difração, a partir da qual, este feixe será difratado,

ou seja, o feixe original será separado em suas diferentes componentes, chamadas

raias do espectro (o conjunto destas raias é o feixe de luz transmitido). A partir do

momento que a rede de difração gira (estando colocada em um suporte montado

sobre um motor, por exemplo), as raias do espectro que foram difratadas

anteriormente, serão observadas em um anteparo, podendo ser cada uma delas

analisadas separadamente, através de um sensor colocado em posição determinada.

Para compreender melhor este funcionamento, é bom considerar o

funcionamento de um dos componentes principais desta montagem: a rede de

difração. As redes de difração por reflexão (Lopes, 2007) consistem em uma superfície

com muitas ranhuras, ou sulcos (Figura 11) com um espaçamento d entre cada

ranhura. As dimensões dessas ranhuras são muito pequenas, podendo variar de 600

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

80

a 2400 linhas por mm dependendo da rede. Quanto maior o número de ranhuras ou

sulcos, maior a capacidade de decomposição/resolução da rede.

Figura 11 – À esquerda, modelo educacional de uma rede de difração (de 1000 linhas ou ranhuras/mm). À

direita, em detalhe obtido por microscópio eletrônico, se vê as ranhuras de uma rede de difração

Aqui ocorre o fenômeno físico da interferência construtiva, devido à diferença

de caminho óptico ∆ (ou seja, o menor ângulo para que haja um desvio, em relação

ao ângulo de incidência, θ), em que a luz sofre após ser refletida em diferentes

ranhuras (Figura 12). Essa interferência é do tipo construtiva devido ao fato de cada

uma das frentes de onda que incidem nas ranhuras da rede de difração se sobrepõem

em fase, aumentando a amplitude das ondas resultantes (e consequentemente a

intensidade do feixe resultante).

Na figura a seguir, pode ser observado, em vermelho, a projeção da onda

incidente sobre as ranhuras da rede de difração. Ao chegarem na rede de difração, as

ondas incidentes, com ângulo incidente θ, são decompostas entre várias outras ondas

(que irão sofrer a interferência construtiva, mencionada anteriormente), por cada uma

das ranhuras, espaçadas entre si pela distância d.

d

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

81

Figura 12 – Decomposição do feixe incidente na rede de difração por reflexão, com separação entre ranhuras

de d.

Dado o fenômeno que ocorre na rede de difração, podemos analisar agora a

disposição dos componentes no referido espectrofotômetro. Para este tipo de

espectrofotômetro (Alfons, 2010) fixa-se a posição da fonte de luz e um fotosensor

(LDR – light dependente resistor, Conversor de frequência TSL235R, ou algum sensor

de reconhecimento de cor, como o TCS3200 – dentro do encapsulado há o mesmo

conversor de frequência anterior) como indica a Figura 13. Girando a rede de difração

observamos o ângulo de desvio observado para cada linha a partir da fenda.

Figura 13 - Esquema para um espectrofotômetro com a rede de difração girando ao redor de um eixo.

Finalmente, o valor do comprimento de onda (λ) pode então ser obtido via Eq 1:

𝑑𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑛𝜆 (n=1, 2, 3,...) (Eq. 1)

Onde n é um número inteiro, que se designamos por ordem espectral; d é a

distância de separação entre cada uma das ranhuras da rede de difração (é também

um parâmaetro para definição da resolução da rede de difração – se mede em m-1, ou

ainda em linhas/m, ou como é mais convencional linhas/mm) e θ é o ângulo de

incidência do feixe, em relação ao plano dos feixes difratado pela rede de difração.

Este ângulo pode ser calculado a partir da relação entre as distâncias do centro da

fenda até as raias decompostas (x) pela distância entre a rede de difração e a

respectiva raia do espectro (D). Essa relação é desenvolvida na (Eq. 2):

𝑠𝑒𝑛𝜃 =𝑥

𝐷=

𝑥

√𝑥2+𝑙2 (Eq. 2)

Em que l é a distância da rede de difração até o centro da projeção da fenda. Por sua

vez, x por ser a distância do centro da fenda até cada uma das raias, varia conforme

Sensor Detector de Cor – TCS34725

Rede de difração

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

82

o conjunto motor e rede de difração giram. Devido a isso, cada plano formado pelos

feixes difratados que geram cada raia do espectro muda de direção, o que torna

necessário que se faça uma correção para que as raias que cheguem ao sensor sejam

calculadas tendo o plano normal ao centro da fenda como referência.

A devida correção e os cálculos necessários para a determinação do

comprimento de onda, bem como as programações associadas a estes cálculos na

programação geral do arduino são apresentadas no Anexo 2, deste projeto.

Com vistas ao caso do projeto em tela, há ainda a possibilidade de se gerar

resultados, a partir de prévio controle pela plataforma arduino, das diferentes

proporções de cores presentes em diferentes cores de uma mesma fonte de luz. Por

exemplo, ao se usar uma lâmpada de LED RGB, há a emissão de um feixe de luz,

com a cor que se desejar (vermelho, verde azul, laranja, amarelo, ciano, roxo, lilás,

etc...), e nas quais existe a composição de cores por diferentes proporções dos

padrões R, G e B. Portanto, ao se fazer incidir este feixe colorido na rede de difração,

a mesma decomporá a luz incidida nas três cores primárias (Vermelho (R), Verde (G)

e Azul (B)).

Ao se projetar estas raias decompostas em um anteparo, podemos associar o

sensor (por exemplo, o de reconhecimento de cores – TCS34725), e coletar os dados

das diferentes proporções destes padrões, fazendo com que a rede de difração gire,

e permitindo que o sensor colete, a cada vez, os sinais de cada uma das raias do

espectro formado.

Com estes dados coletados pelo sensor, o qual se liga ao arduino, coletamos as

diferentes proporções de R, G e B, e a partir daí usamos estes dados em tabelas para

posterior visualização no ambiente virtual de aprendizagem, dentro da plataforma de

controle do experimento remoto, permitindo ao usuário que está interagindo com o

experimento observar para cada cor projetada da lâmpada de LED, quanto há de cada

um dos padrões R,G e B que compõem a cor observada (bem como observará o

espectro projetado no anteparo, através da visualização do experimento).

Sendo assim, segue a imagem da montagem do experimento físico, em que esta

descrita cada um dos componentes do sistema:

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

83

Figura 14 – Vista Geral da Disposição Experimento. A. Emissor Infra-Vermelho para transmissão do sinal vindo da saída serial. B. Lâmpada de LED, com prolongador (para evitar dispersão da luz para outros

lugares) C. Suporte com Mecanismo de fenda simples (de 0,2mm da 3B Scientific), usado para colimar o

feixe. D. Módulo Ponte H, com CI L298N, para controle do giro do motor. E. Arduino. F. Trilho em que estão colocados: G. Espelho refletor do feixe, H. Lente Convergente de distância focal (f) = 50mm e I. Motor de

Passo (Mitsumi, modelo M42SP, 3,5º), e no motor está colocada a rede de difração (J, de 1000 linhas/mm). O

motor está colocado acima de dissipadores para evitar superaquecimento. K. Anteparo, para projeção do espectro difratado. L. Sensor detector de cores (TCS 34725, Adafruit®) fixado no anteparo. M, câmera

webcam de IP Fixo (D-Link), para visualização remota do experimento. A Fonte de alimentação (regulável)

para alimentação do motor (12V, 600mA) está atrás da estrutura metálica que serve de suporte ao experimento, e por isso não é observada na imagem.

Finalmente, a seguir, é mostrado o detalhe do espectro obtido com a rede de

difração de 1000 linhas/mm e fenda colimadora (em frente à lâmpada) de 0,2mm, para

uma lente convergente de distância focal de 50mm. O anteparo se encontra a uma

distância de 11,2cm, posição a qual a fenda fica focalizada no anteparo.

Figura 15 –Na imagem de cima, detalhe do experimento físico montado, em que o espectro é mostrado no anteparo com papel sulfite, no qual está colocado o sensor detector de cores, que enviará os dados de

irradiância à saída serial do Arduino.

Sensor de cor

TCS34725

Verde Azul Fenda

projetada

Anteparo

K

I

M

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

84

Sendo assim, podemos partir para o detalhamento dos procedimentos de

construção do experimento. Com respeito a programação completa no Arduino para

o Espectrômetro, se encontra anexo a este projeto (Anexo 3).

10.2 Procedimentos de Construção

O feixe de luz colimado proveniente de uma lâmpada de LED foi projetado em

um anteparo. A decomposição espectral é realizada através de uma rede de difração

disposto a uma distância D do anteparo. (Cavalcante, Tavolaro, & Haag, 2005).

O feixe sofre difração, de modo a decompor os vários componentes de

comprimentos de onda no anteparo, onde está localizado um fotosensor (CF-

TCS34725) que faz a coleta de cada raia do espectro projetado. O TCS34725 recebe

as diferentes raias do espectro, devido ao giro da rede de difração, montada em cima

do eixo de um motor de passo (Mitsumi).

Todo o monitoramento e controle do experimento são realizados através do

microcontrolador Arduino. A distância entre os sulcos da rede de difração é

determinada pelo fabricante (1000 linhas/mm), e tal parâmetro é utilizado no cálculo

do comprimento de onda.

A seguir faremos a descrição da montagem do trilho óptico no qual se dispõem

os componentes para obtenção do espectro difratado. Depois, são descritos sensores

e programações associadas a eles, dentro de cada etapa do experimento. Estas

etapas compreendem: montagem do circuito associado ao motor de passo (fonte de

alimentação e ponte H para geração de corrente para o motor), esquema eletrônico

associado aos sensores: detector de cores TCS34725; emissor Infra Vermelho (IV), o

qual aciona a lâmpada de LED. Estes sensores e demais componentes junto à

programação tornam possível a obtenção do espectro da lâmpada de LED.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

85

10.2.1 Ajuste Ótico: Montagem do Trilho Emborrachado

Para possibilitar melhor ajuste ótico do sistema acrescentamos um trilho2 para

alocação das peças componentes do espectrofotômetro (lente convergente, rede de

difração alocada sobre o motor de passo, e espelho refletor – para direcionamento do

feixe proveniente da lâmpada de LED). Neste trilho introduzimos os componentes a

cerca de 10 cm de distância entre cada um, de forma a permitir que com o

direcionamento do feixe de luz (pelo espelho refletor), vindo da lâmpada de LED, este

seja convergido pela lente convergente, chegando a rede de difração, na qual este

feixe é separado nas diferentes raias do espectro. Esta rede de difração ao girar junto

ao eixo do motor de passo, permite que cada raia do espectro possa ser detectada

pelo sensor de conversor de frequência, ou pelo sensor de cores, os quais estão

colocados no anteparo para observação do espectro formado. A 16 mostra um perfil

desta montagem:

(a) (b)

Figura 16 – (a) Vista de cima do espectrofotômetro. (b) Detalhes das distâncias observadas junto a escala que fica ao lado do trilho.

2 um perfil de trilho emborrachado, do tipo usado em montagens de equipamentos fotográficos , o qual dispõe de uma régua com escala, para verificação das distâncias entre os componentes, além de encaixes nas pontas e ao meio, para melhor fixação dos componentes .

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

86

10.2.2 Montagem dos Circuitos (Sensor Detector de Cor TCS34725, Motor de

Passo)

Para a construção do espectrofotômetro com Arduino, foi necessária a

montagem de circuitos com aplicações distintas; um, principal, associado ao controle

do motor de passo, e outro para captura da variação da intensidade luminosa, ou

irradiância: lida através do próprio Sensor Detector de Cores TCS34725, o qual possui

um sensor de irradiância (em W/m²). A partir deste sensor, poderemos obter os

gráficos do espectro de radiação luminosa (irradiância, em W/m2, versus comprimento

de onda, em nm), bem como obter as proporções de cada cor para as cores da luz de

LED.

10.2.2.1. Motor de passo e controle no sentido de rotação

O motor de passo utilizado, da marca Mitsumi Electronics, modelo M35SP-7

(Mitsumi Co., 2011), e tem seu controle realizado através das saídas digitais do

Arduino, que fornecem corrente elétrica no máximo igual a 20 mA, insuficientes para

acionar as bobinas do motor (Figura 1a).

Para amplificar a corrente elétrica de saída do Arduino utilizamos um módulo

ponte H (L298N) Figura 1b. Neste esquema, foi associado uma fonte de tensão

regulável (LTS Company, de 10V a 24V), para sua alimentação de tal modo a

possibilitar a corrente mínima necessária para o giro do motor de passo. Os pinos que

permitem o controle das bobinas do motor de passo são os pinos digitais 8,9,10 e 11

do Arduino e a

Para se proceder a ligação do motor ao módulo, utilizamos um motor bipolar de

4 fios, como se pode observar no esquema abaixo:

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

87

Figura 17 – Esquema mostrando as ligações entre arduino MEGA, Motor de Passo (Mitsumi), a ponte H Dupla (CI L298N) e a fonte de tensão (até 24V, 4A)

Neste esquema, os pinos de comando são ligados ao Arduino, exatamente

como seria feito com um motor CC. Liga-se então as bobinas como se fossem os

motores CC, cada bobina a um dos conectores para os motores CC. No caso, as

bobinas A e C se conectam a um dos lados do módulo (no esquema, OUT 1 e OUT

2), com as respectivas saídas indo para as portas digitais D2 e D3. Respectivamente,

as bobinas B e D se comunicam ao outro lado do módulo (OUT 3 e OUT4, no

esquema), o qual tem suas saídas conectadas as portas D4 e D5. No caso do motor

utilizado (4 fios), a entrada da fase positiva de alimentação vem direto da bateria, que

se liga a entrada de 12V (representada no esquema pelo pino VS do módulo ponte H

dupla – L298N). A bateria representa a fonte de alimentação do motor, que não será

o Arduino, devido a sua baixa corrente para alimentação do motor. Observa-se a

necessidade de conectar os GNDs (terra) dos dois sistemas. Também existe na placa

uma saída 5V, que pode ser usada para alimentar o Arduino, mas que para os fins

deste projeto não utilizaremos. Assim, se segue a tabela de ligações do sistema.

Tabela 2 mostra a relação das cores dos fios provenientes do motor M35SP-7 e

as conexões com o módulo ponte H (L298N) e Arduino.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

88

Para se proceder a ligação do motor ao módulo, utilizamos um motor bipolar de

4 fios, como se pode observar no esquema abaixo:

Figura 17 – Esquema mostrando as ligações entre arduino MEGA, Motor de Passo (Mitsumi), a ponte H Dupla (CI L298N) e a fonte de tensão (até 24V, 4A)

Neste esquema, os pinos de comando são ligados ao Arduino, exatamente

como seria feito com um motor CC. Liga-se então as bobinas como se fossem os

motores CC, cada bobina a um dos conectores para os motores CC. No caso, as

bobinas A e C se conectam a um dos lados do módulo (no esquema, OUT 1 e OUT

2), com as respectivas saídas indo para as portas digitais D2 e D3. Respectivamente,

as bobinas B e D se comunicam ao outro lado do módulo (OUT 3 e OUT4, no

esquema), o qual tem suas saídas conectadas as portas D4 e D5. No caso do motor

utilizado (4 fios), a entrada da fase positiva de alimentação vem direto da bateria, que

se liga a entrada de 12V (representada no esquema pelo pino VS do módulo ponte H

dupla – L298N). A bateria representa a fonte de alimentação do motor, que não será

o Arduino, devido a sua baixa corrente para alimentação do motor. Observa-se a

necessidade de conectar os GNDs (terra) dos dois sistemas. Também existe na placa

uma saída 5V, que pode ser usada para alimentar o Arduino, mas que para os fins

deste projeto não utilizaremos. Assim, se segue a tabela de ligações do sistema.

Tabela 2: Ligações entre motor de passo e módulo L298N, e do módulo com o Arduino.

Arduino

Mega

Motor de Passo

Ponte H Dupla

L298N

Fonte até

24V/4A

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

89

Cor do fio Motor de Passo – Módulo Módulo – Arduino

Laranja Bobina A – Entrada 1Dir. D2 Amarelo Bobina C – Entrada 2Dir, D3 Preto Bobina B – Entrada 1Esq. D4 Marrom Bobina D – Entrada 2Esq. D5 Vermelho Saída 12V módulo ---

Na Figura 18(a) pode-se ver a montagem esquemática, bem como a disposição

do módulo com CI e do motor na montagem final.

Figura 18 – (a) Circuito de acionamento do motor de passo, montado no programa fritzing®, como descrito no

texto, e como montado na versão final.

Para um experimento controlado remotamente não temos a possibilidade de

ajuste manual da fenda e sim o acionamento do sistema pelo usuário, desde que

remotamente. Todo o sistema pode ser acionado automaticamente, ou controlado

pelo usuário, por exemplo, ao se dar um comando pelo teclado, para início da coleta

de dados. Ou seja, a leitura deve se iniciar na fenda e deve terminar ao final espectro

visível. Para isso, como o sensor permanece fixo e a rede pode girar em torno do eixo

do motor de passo, fazemos com que a rede de difração gire em determinados

ângulos, a fim de que o espectro incidente possa ser difratado e as respectivas raias

que foram separadas possam incidir no sensor.

Desse modo, o sensor recebe a cada giro da rede de difração uma raia diferente

do espectro de modo a poder se contabilizar a irradiância respectiva de cada raia.

Durante o processo de coleta o usuário deve visualizar na tela o gráfico de intensidade

(irradiância) versus comprimento de onda. Estes dados podem ser salvos pelo usuário

e a rede de difração deve retornar a posição inicial à espera de um novo usuário,

lembrando que o sensor permanece fixo recebendo as diferentes raias do espectro,

com as respectivas irradiâncias.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

90

Quadro 1- Programação envolvendo comando do teclado, via Ethernet. Esta programação somente é

acionada para ajuste do giro da rede de difração, montada sobre o eixo do motor de passo. 1. #include <Stepper.h>

2. #include "Wire.h" 3. #include "Adafruit_TCS34725.h"

4. #include <IRremote.h>

5.

6. IRsend irsend; //commando para iniciar envoi dos dados pelo sensor IR.

7. 8. //variaveis de passos para giro do motor//

9. const int stepsPerRevolution = 48;

10. Stepper myStepper(stepsPerRevolution, 22, 23, 24, 25);

11. int passos; // numero de passos necessarios para mover o motor para a próxima posicao

12. int posicaoAtual; 13. int posicaoFutura;

14.

15. //para calculos de comprimento de onda//

16. float lambdaVermelha; // comprimento de onda da raia Vermelha

17. float lambdaVerde; // comprimento de onda da raia Verde 18. float lambdaAzul; // comprimento de onda da raia Azul

19. float d = pow(10,-6);// parametro de rede

20. float l = 0.112; // dist da rede ao anteparo

21.

22. boolean ReceberColetaDados; //definição para variavel booleana do tipo verdadeira ou falsa. 23. //sensor de cor//

24. Adafruit_TCS34725 tcs = Adafruit_TCS34725(TCS34725_INTEGRATIONTIME_101MS,

TCS34725_GAIN_60X);

25.

26. 27. void setup()

28. Serial.begin(9600);

29. Serial.println("Mestrado TIDD - Analise Seus espectro");

30. myStepper.setSpeed(40); 31. delay(100);

32. DetectaCores();

33.

34.

35. 36. void loop()

37. ligar_motor();

38. delay(200);

39. int client = Serial.available();

40. if (client) 41. Serial.println("novo cliente");

42. char c = Serial.read();

43. if (c == 'i') // Testamos se os bytes que vieram do Client conectado sao para uma nova coleta

44. IniciarColeta();

45. 46.

47. if (ReceberColetaDados == true)

48. ColetaDados();

49. ColetaCores();

50. 51.

Nesta programação preferimos o acionamento da coleta de dados, via teclado

(o qual comanda a seleção das cores da lâmpada de LED – tais comandos do teclado

são posteiriormente utilizados na interface em php para acionamento do experimento

remotamente), com o ajuste de posição da raia em direção ao sensor de cores,

previamente fixado. Com o sensor permanecendo fixo, o cliente pode clicar em uma

letra do teclado, e o sistema de giro do motor de passo roda a rede de difração em

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

91

determinados números de passos, até que o sensor receba cada raia do espectro, até

o fim do mesmo, a partir de onde, volta-se até a posição da fenda, permitindo que um

novo usuário recomece a coleta de novos dados, no caso do espectro de novas cores.

Os procedimentos de ajuste e coleta de dados são descritos a seguir.

Para acionamento do motor e início da coleta de dados, futuramente,

pretendemos implementar um sensor infravermelho para detecção de distância, a ser

modificado via código para determinação de ângulo. Até o momento, procedemos ao

posicionamento do motor de modo que se assegure que a rede de difração esteja de

frente para a projeção da fenda luminosa. Garantimos esse posicionamento, por ora,

fazendo com que o motor, assim que acionado, dê o determinado número de passos

para que gire a rede de difração na distância entre a raia atual e a próxima raia.

Também, no arranjo geométrico fizemos com que a situação inicial seja sempre com

a raia vermelha do espectro na posição do sensor, a fim de facilitar os cálculos.

No caso, inicialmente, fizemos um teste com uma programação da biblioteca

“Stepper.h”, do Arduino, e calculamos para o motor rodando passo a passo, quantos

passos seriam necessários para que a projeção no anteparo variasse 1 cm.

Encontramos que são necessários 3 passos para o motor variar a distância da

projeção em 1cm. Assim, calculando a distância, com régua, entre cada uma das

raias, conseguimos encontrar quantos passos são necessários para que o motor gire

e mude a posição de cada uma das fendas até a posição do sensor (que se encontra

a 9cm da projeção da fenda luminosa, no anteparo).

Portanto, encontramos que a distância entre a raia vermelha e a verde se situa

em 2,1cm, o que representa uma variação de 7 passos do motor de passo. Com esse

número de passos fazemos com que a raia verde chegue à posição do sensor.

Continuando, a distância entre as raias vermelha e azul é de 3,3 cm, o que representa

uma variação de 11 passos do motor; com esse número de passos fazemos com que

o motor gire o suficiente para que a raia azul chegue a posição do sensor, a partir da

ria vermelha. Finalmente, o número de passos para que o motor gire o suficiente e

permita que a raia azul chegue ao sensor, saindo da raia verde, é de 11 – 7 = 4 passos.

Desse modo, dentro da programação para cada uma das cores da lâmpada de

LED acionadas pelo teclado, fazemos com que o motor rode o determinado número

de passos, para permitir que a raia seguinte do espectro difratado da respectiva cor

chegue ao sensor. Assim, por exemplo, na cor branca, a situação inicial se dá com a

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

92

raia vermelha na posição do sensor. Espera-se alguns segundos, e roda-se o motor

de passo em 7 passos, no sentido anti-horário, para a raia verde chegar ao sensor.

Assim, a próxima etapa é fazer com que o motor rode mais 4 passos, nos entido anti-

horário para que a raia azul chegue ao sensor. Ao fim da coleta desses dados, roda-

se o motor em sentido horário, 7 + 4 = 11 passos para que motor volte a posição

original.

Ao fazer esse procedimento para cada uma das cores, sendo que ao final o

motor volte em sentido horário a soma dos passos dados, garantimos que a coleta de

dados seja sempre a partir de uma mesma referência.

E com o motor retornando à posição original, de frente para a fenda, encerra-

se a conexão do cliente anterior e pode-se acionar a conexão com o próximo cliente,

para observação da formação do espectro para as demais cores do LED RGB. Vemos

estas considerações no quadro a seguir (Quadro 2):

Quadro 2 - Programação da Segunda parte da programação do Experimento Off-Line: Ajuste de

posicionamento das raias do espectro, com cálculo dos comprimentos de onda e detecção de cores. 1. void IniciarColeta() 2. ReceberColetaDados = true;

3. Serial.println("Coleta de Dados do Experimento");

4. motor.step(-(stepsPerRevolution));

5. delay(100); 6.

7.

8. void ColetaDados()

9. ReceberColetaDados = true;

10. delay(10); 11. myStepper.step(-(stepsPerRevolution));

12. delay(100);

13. myStepper.step(0);

14. int geralPassos = 0;

15. delay(1000); 16. Serial.println("Pronto Para comecar!");

17.

18.

19. void(*resetFunc)(void)=0;

20. 21. void PararCliente()

22. delay(200);

23. Serial.println("resetando...");

24. resetFunc();

25. delay(100); 26. Serial.println("OK. Pronto para novo Cliente");

27.

28.

29. void posiciona_motor_vermelho()

30. delay(50); 31. myStepper.step(0);

32. lambda_raiaVermelha();

33. Serial.print("Comprimento de Onda = ");

34. Serial.print(" ");

35. Serial.println(lambdaVermelha,DEC); 36. delay(500);//para leitura da raia vermelha

37. ColetaCores();

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

93

38. delay(50);

39. myStepper.step((0)); // volta à posição original

40. PararCliente(); 41. delay(10);

42. Serial.println("Proximo Cliente...");

43.

44. void posiciona_motor_verde()

45. delay(50); 46. myStepper.step(7); // para leitura da raia verde (a partir da cond inicial).

47. lambda_raiaVerde();

48. Serial.print("Comprimento de Onda = ");

49. Serial.print(" ");

50. Serial.println(lambdaVerde,DEC); 51. delay(500);

52. ColetaCores();

53. delay(50);

54. myStepper.step(-(7)); // volta à posição original

55. PararCliente(); 56. delay(10);

57. Serial.println("Proximo Cliente...");

58.

59. void posiciona_motor_azul()

60. delay(50); 61. myStepper.step(11); // para leitura da raia azul (a partir da con inicial)

62. lambda_raiaAzul();

63. Serial.print("Comprimento de Onda = ");

64. Serial.print(" ");

65. Serial.println(lambdaAzul,DEC); 66. delay(500);

67. ColetaCores();

68. delay(50);

69. myStepper.step(-(11)); // volta à posição original

70. PararCliente(); 71. delay(10);

72. Serial.println("Proximo Cliente...");

73.

74. void posiciona_motor_branco()

75. //vermelho 76. delay(50);

77. myStepper.step(0);

78. lambda_raiaVermelha();

79. Serial.print("Comprimento de Onda = ");

80. Serial.print(" "); 81. Serial.println(lambdaVermelha,DEC);

82. delay(500);//para leitura da raia vermelha

83. ColetaCores();

84. delay(500);

85. //verde 86. delay(50);

87. myStepper.step(7); // para leitura da raia verde - considerando a partir da raia vermelha.

88. lambda_raiaVerde();

89. Serial.print("Comprimento de Onda = ");

90. Serial.print(" "); 91. Serial.println(lambdaVerde,DEC);

92. ColetaCores();

93. delay(500);

94. //azul

95. delay(50); 96. myStepper.step(4); // para leitura da raia azul - considerando a partir da raia verde.

97. lambda_raiaAzul();

98. Serial.print("Comprimento de Onda = ");

99. Serial.print(" ");

100. Serial.println(lambdaAzul,DEC); 101. ColetaCores();

102. delay(500);

103. myStepper.step(-(11)); // volta à posição original

104. PararCliente();

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

94

105. delay(10);

106. Serial.println("Proximo Cliente...");

107. 108. void posiciona_motor_comb1() //comb1 = vermelho + verde

109. //vermelha

110. delay(50);

111. myStepper.step(0);

112. lambda_raiaVermelha(); 113. Serial.print("Comprimento de Onda = ");

114. Serial.print(" ");

115. Serial.println(lambdaVermelha,DEC);

116. ColetaCores();

117. delay(500);//para leitura da raia vermelha 118. //verde

119. delay(50);

120. myStepper.step(7); // para leitura da raia verde - considerando a partir da raia vermelha.

121. lambda_raiaVerde();

122. Serial.print("Comprimento de Onda = "); 123. Serial.print(" ");

124. Serial.println(lambdaVerde,DEC);

125. ColetaCores();

126. delay(500);

127. myStepper.step(-(7)); // volta ao inicio. 128. PararCliente();

129. delay(10);

130. Serial.println("Proximo Cliente...");

131.

132. void posiciona_motor_comb2() // comb2 = verde + azul 133. // verde

134. delay(50);

135. myStepper.step(7);// para leitura da raia verde - considerando a partir da raia vermelha.

136. lambda_raiaVerde();

137. Serial.print("Comprimento de Onda = "); 138. Serial.print(" ");

139. Serial.println(lambdaVerde,DEC);

140. ColetaCores();

141. delay(500);//para leitura da raia verde

142. //azul 143. delay(50);

144. myStepper.step(4); // para leitura da raia azul - considerando a partir da raia verde.

145. lambda_raiaAzul();

146. Serial.print("Comprimento de Onda = ");

147. Serial.print(" "); 148. Serial.println(lambdaAzul,DEC);

149. ColetaCores();

150. delay(500);

151. myStepper.step(-(11)); // volta ao inicio.

152. PararCliente(); 153. delay(10);

154. Serial.println("Proximo Cliente...");

155.

156. void posiciona_motor_comb3() // comb3 = vermelho + azul

157. //vermelho 158. delay(50);

159. myStepper.step(0);

160. lambda_raiaVermelha();

161. Serial.print("Comprimento de Onda = ");

162. Serial.print(" "); 163. Serial.println(lambdaVermelha,DEC);

164. ColetaCores();

165. delay(500);

166. //verde

167. delay(50);//para leitura da raia verde 168. myStepper.step(11); // para leitura da raia verde - considerando a partir da raia vermelha.

169. lambda_raiaAzul();

170. Serial.print("Comprimento de Onda = ");

171. Serial.print(" ");

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

95

172. Serial.println(lambdaAzul,DEC);

173. ColetaCores();

174. delay(500); 175. myStepper.step(-(11)); // volta ao inicio.

176. PararCliente();

177. delay(10);

178. Serial.println("Proximo Cliente...");

179.

Na programação demonstrada no quadro 2 podemos observar algumas funções de

cálculo de comprimento de onda (lambda_raiaVermelha(), lambda_raiaVerde() e

lambda_raiaAzul()), as quais dependem do arranjo geométrico (vide Anexo 2) –

posteriormente dependerão do sinal vindo de um sensor infravermelho, para cálculo

de distância, o que deverá alterar estas linhas de programação – e além disso, a

função para detecção (DetectaCores()) do sensor detector de cores (TCS 34725) e

finalmente a função para leitura e detecção das cores (ColetaCores()) e dos valores

de irradiância do mesmo sensor. A programação destas funções são apresentadas e

descritas a segui, no Quadro 3.

Quadro 2 - Programação da Terceira parte da programação do Experimento Off-Line: Aqui são calculados os valores de irradiância (através de programação do sensor TCS 34725) por

comprimento de onda (através de cálculo considerando o arranjo geométrico – ver Anexo 2). 1. ////Descrições das funções de cãlculos de comprimento de onda///////

2. void lambda_raiaVermelha()

3. lambdaVermelha = ((d*0.093)/sqrt(pow(l,2)+pow(0.093,2)))*pow(10,9);

4. delay(100);

5. 6. void lambda_raiaVerde()

7. lambdaVerde = (((d*0.117)/sqrt(pow(l,2)+pow(0.117,2)))-sin((((d*0.117)/sqrt(pow(l,2)+pow(0.117,2)))-

((d*0.069)/sqrt(pow(l,2)+pow(0.069,2))))))*pow(10,9);

8. delay(100);

9. 10. void lambda_raiaAzul()

11. lambdaAzul = (((d*0.129)/sqrt(pow(l,2)+pow(0.129,2)))-sin((((d*0.129)/sqrt(pow(l,2)+pow(0.129,2)))-

((d*0.057)/sqrt(pow(l,2)+pow(0.057,2))))))*pow(10,9);

12. delay(100);

13. 14.

15. ////////descrições das funções de detecção do sensor de cores e da leitura do mesmo///////////////////

16. void DetectaCores()

17. /*programação de inicialização do sensor detector de cores TCS34725

18. Mais detalhes em https://learn.adafruit.com/adafruit-color-sensors/program-it */ 19. Serial.println("Detectando cores");

20. if (tcs.begin())

21. Serial.println("Sensor encontrado:");

22. else

23. Serial.println("Sem TCS34725! Check conections!"); 24. while (1);

25.

26.

27. void ColetaCores()

28. ReceberColetaDados = true; 29. uint16_t clearcol, red, green, blue;

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

96

30. float average, r, g, b;

31. delay(100);

32. tcs.getRawData(&red, &green, &blue, &clearcol);

33. average = (red + green + blue) / 3;

34. r = red / average;

35. g = green / average;

36. b = blue / average; 37. Serial.print("\t NADA:"); Serial.print(clearcol);

38. Serial.print("\t VERMELHO:"); Serial.print(r);

39. Serial.print("\t VERDE:"); Serial.print(g);

40. Serial.print("\t AZUL:"); Serial.print(b);

41. 42. if ((r > 1.7) && (g < 1.0) && (b < 1.0))

43. Serial.print("\t VERMELHO");

44.

45. else if ((r < 0.5) && (g > 1.50) && (b < 1.00))

46. Serial.print("\t VERDE"); 47.

48. else if ((r < 0.5) && (g < 1.5) && (b > 1.45))

49. Serial.print("\t AZUL");

50.

51. else 52. Serial.print("\t NENHUMA COR ENCONTRADA");

53.

54.

55. Serial.println(" ");

56. delay(100); 57.

Com estas programações definidas, temos a seguinte situação: ao se

posicionar o motor de frente a fenda luminos, inicia-se a coleta de dados

(IniciarColeta()), a qual ativa a função ColetaDados(), responsável pela inicialização

do recebimento dos dados, e define a posição do motor (posição_motor_vermelho(),

entre outras raias). Essa função é a responsável por fazer o motor rodar o determinado

número de passos e fazer as raias do espectro chegarem até o sensor. A partir dessa

função, por exemplo, para a cor branca, o espectro formado terá as três raias para

serem discriminadas.

A função de posicionamento faz com o sistema de detecção de cores possa

coletar os dados de cores da raia vermelha, inicialmente; espera-se determinados

segundos, e roda-se tantos outros números de passos, em sentido anti-horário, para

se chegar à raia verde, repetindo o mesmo procedimento, até que se vá, em sentido

anti-horário, também, para a raia azul.

Ao fim da coleta dos dados de cores da raia azul, o sistema volta, em sentido

horário, o número do somatório de passos dados até aquele momento, o que significa

dizer que o sistema volta à posição inicial a cada término de coleta de dados, isso

para cada combinação de cores da lâmpada de LED (seja para a raia vermelha, para

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

97

a raia verde, para a raia azul, para a cor branca – que envolve as três raias, seja para

qualquer combinação das três cores – comb1 = vermelho mais verde, comb2 = verde

mais azul, comb3 = vermelho mais azul). E ao fim de cada coleta e volta a posição

inicial, com a fenda na direção da rede de difração, encerra-se a conexão com o cliente

(função PararCliente(), a qual depende da função e reset()), esperando por outra

conexão.

Finalmente, para que se complete esta programação, é necessário que seja

observada a programação para ligar o motor (liga_motor()), a qual está no loop como

a função principal. Esta função aciona via comando do teclado (e que posteriormente

é comandado via interface em php, pelo usuário remoto) a mudança das cores da

lâmpada de LED, através do envio dos sinais decodificados do controle remoto da

lâmpada de LED.

Assim, o teclado comanda o envio de sinais ao emissor IR, e este, por sua vez,

envie os sinais ao receptor IR que está dentro da lâmpada (a programação e o

processo de decodificação dos sinais do controle remoto da lâmpada são melhor

apresentados no item 10.2.2.2.2.3.1). Ao receber estes sinais, a lâmpada muda de

cor. Ao se mudar as cores, a programação aciona as funções descritas anteriormente

relacionadas ao posicionamento do motor (posiciona_motor-vermelho(),

posiciona_motor_verde(), etc...), para as respectivas cores que representam as

diferentes combinações das cores da raia do espectro.

Consequentemente, com estas funções sendo acionadas, o motor também é

acionado e roda os determinados números de passos, fazendo com que as raias

cheguem ao detector de cores. O qual coleta os dados de cores e de irradiância, bem

como se calcula também os comprimentos de onda. E ao fim de cada procedimento,

o motor roda de volta aposição original, esperando pelo próximo cliente. Nesta parte

da programação, o comando de ligar (letra “L” do teclado) aciona a função

IniciarColeta(), e o comando de desligar (letra “D” do teclado) aciona o comando

PararCliente(), a fim de se encerrar a conexão e parar o motor.

Essa parte da programação é apresentada no quadro 4, a seguir

Quadro 4 - Programação comando via teclado para acionamento das cores da lâmpada de LED. Nesta parte da programação, associa-se as programações apresentadas anteriormente, através da

função posiciona_motor().

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

98

1. void ligar_motor()

2. if (Serial.available() > 0)

3. char tecla = Serial.read(); 4.

5. if (tecla == '1')

6. for (int i = 0; i < 1; i++)

7. irsend.sendNEC(0xFFA05F, 32); // Sony TV power code

8. delay(200); 9.

10. delay(200);

11. Serial.println ("Aumenta Brilho");

12.

13. if (tecla == '0') 14. for (int i = 0; i < 1; i++)

15. irsend.sendNEC(0xFF20DF, 32); // Sony TV power code

16. delay(200);

17.

18. delay(200); 19. Serial.println ("Diminui Brilho");

20.

21. if (tecla == 'D')

22. for (int i = 0; i < 1; i++)

23. irsend.sendNEC(0xFF609F, 32); // Sony TV power code 24. delay(400);

25. Serial.println ("DESLIGA");

26.

27. myStepper.step((stepsPerRevolution));

28. delay(200); 29. PararCliente();

30. Serial.println ("Ate a proxima!");

31.

32. if (tecla == 'L')

33. for (int i = 0; i < 1; i++) 34. irsend.sendNEC(0xFFE01F, 32); // Sony TV power code

35. Serial.println ("LIGA");

36. delay(400);

37.

38. IniciarColeta(); 39. Serial.println ("Dispositivo pronto para coletar dados!");

40.

41. if (tecla == 'R')

42. for (int i = 0; i < 1; i++)

43. irsend.sendNEC(0xFF906F, 32); // Sony TV power code 44. delay(400);

45.

46. Serial.println ("Vermelho");

47. posiciona_motor_vermelho();

48. delay(30); 49.

50. if (tecla == 'G')

51. for (int i = 0; i < 1; i++)

52. irsend.sendNEC(0xFF10EF, 32); // Sony TV power code

53. delay(400); 54. Serial.println ("Verde");

55.

56. posiciona_motor_verde();

57. delay(30);

58. 59. if (tecla == 'B')

60. for (int i = 0; i < 1; i++)

61. irsend.sendNEC(0xFF50AF, 32); // Sony TV power code

62. delay(400);

63. Serial.println ("Azul"); 64.

65. posiciona_motor_azul();

66. delay(30);

67.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

99

68. if (tecla == 'W')

69. for (int i = 0; i < 1; i++)

70. irsend.sendNEC(0xFFD02F, 32); // Sony TV power code 71. delay(400);

72. Serial.println ("Branco");

73.

74. posiciona_motor_branco();

75. delay(30); 76.

77. if (tecla == 'o')

78. for (int i = 0; i < 1; i++)

79. irsend.sendNEC(0xFFB04F, 32); // Sony TV power code

80. delay(400); 81. Serial.println ("Laranja");

82.

83. posiciona_motor_comb1();

84. delay(30);

85. 86. if (tecla == 'g')

87. for (int i = 0; i < 1; i++)

88. irsend.sendNEC(0xFF30CF, 32); // Sony TV power code

89. delay(400);

90. Serial.println ("Verde Claro"); 91.

92. posiciona_motor_comb2();

93. delay(30);

94.

95. if (tecla == 'b') 96. for (int i = 0; i < 1; i++)

97. irsend.sendNEC(0xFF708F, 32); // Sony TV power code

98. delay(400);

99. Serial.println ("Azul Esmeralda");

100. 101. posiciona_motor_comb3();

102. delay(30);

103.

104. if (tecla == 'F')

105. for (int i = 0; i < 1; i++) 106. irsend.sendNEC(0xFFF00F, 32); // Sony TV power code

107. delay(400);

108.

109. Serial.println ("Flash");

110. 111. if (tecla == 'O')

112. for (int i = 0; i < 1; i++)

113. irsend.sendNEC(0xFFA857, 32); // Sony TV power code

114. delay(400);

115. Serial.println ("Laranja Escuro"); 116.

117. posiciona_motor_comb1();

118. delay(30);

119.

120. if (tecla == 'z') 121. for (int i = 0; i < 1; i++)

122. irsend.sendNEC(0xFF28D7, 32); // Sony TV power code

123. delay(400);

124. Serial.println ("Azul Anil");

125. 126. posiciona_motor_comb2();

127. delay(30);

128.

129. if (tecla == 'x')

130. for (int i = 0; i < 1; i++) 131. irsend.sendNEC(0xFF6897, 32); // Sony TV power code

132. delay(400);

133. Serial.println ("Roxo");

134.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

100

135. posiciona_motor_comb3();

136. delay(30);

137. 138. 139. if (tecla == 'S')

140. for (int i = 0; i < 1; i++)

141. irsend.sendNEC(0xFFE817, 32); // Sony TV power code

142. delay(400); 143.

144. Serial.println ("Estrobo");

145.

146. if (tecla == 'y')

147. for (int i = 0; i < 1; i++) 148. irsend.sendNEC(0xFF9867, 32); // Sony TV power code

149. delay(400);

150. Serial.println ("Amarelo Claro");

151.

152. posiciona_motor_comb1(); 153. delay(30);

154.

155. if (tecla == 'c')

156. for (int i = 0; i < 1; i++)

157. irsend.sendNEC(0xFF18E7, 32); // Sony TV power code 158. delay(400);

159. Serial.println ("Azul Turquesa");

160.

161. posiciona_motor_comb2();

162. delay(30); 163.

164. if (tecla == 'P')

165. for (int i = 0; i < 1; i++)

166. irsend.sendNEC(0xFF58A7, 32); // Sony TV power code

167. delay(400); 168. Serial.println ("Pink");

169.

170. posiciona_motor_comb3();

171. delay(30);

172. 173. if (tecla == '<')

174. for (int i = 0; i < 1; i++)

175. irsend.sendNEC(0xFFD827, 32); // Sony TV power code

176. delay(400);

177. 178. Serial.println ("Fade");

179.

180. if (tecla == 'Y')

181. for (int i = 0; i < 1; i++)

182. irsend.sendNEC(0xFF8877, 32); // Sony TV power code 183. delay(400);

184. Serial.println ("Amarelo");

185.

186. posiciona_motor_comb1();

187. delay(30); 188.

189. if (tecla == 'C')

190. for (int i = 0; i < 1; i++)

191. irsend.sendNEC(0xFF08F7, 32); // Sony TV power code

192. delay(400); 193. Serial.println ("Verde-Agua");

194.

195. posiciona_motor_comb2();

196. delay(30);

197. 198. if (tecla == 'V')

199. for (int i = 0; i < 1; i++)

200. irsend.sendNEC(0xFF48B7, 32); // Sony TV power code

201. delay(400);

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

101

202. Serial.println ("Violeta");

203.

204. posiciona_motor_comb3(); 205. delay(30);

206.

207. if (tecla == '-')

208. for (int i = 0; i < 1; i++)

209. irsend.sendNEC(0xFFC837, 32); // Sony TV power code 210. delay(400);

211.

212. Serial.println ("Smooth");

213.

214. Serial.println("\n"); 215.

216.

Para fins de completude, embora apresentada anteriormente convém lembrar

que a função que encerra a conexão com o cliente e para o motor quando volta a

posição inicial é novamente apresentada a seguir:

Quadro 5 - Programação de encerramento de conexão com o cliente e parada do motor na posição

inicial. void(*resetFunc)(void)=0; // comando que diz ao Arduino que as próximas instruções devem ser executadas,até // se chegar a função resetFunc, a qual esta dentro da função PararCliente()

void PararCliente() // função que faz a ordem de parar a medição e fecha conexão com o cliente até se

//estabelecer outra.

delay(200);

Serial.println("resetando..."); resetFunc(); // função que reseta a leitura de dados, fechando a conexão com o cliente.

delay(100);

Serial.println("OK. Pronto para novo Cliente");

Os dados coletados serão disponibilizados na saída serial em ambiente virtual,

de modo que o usuário possa não somente controlar o experimento, como também

visualizar o gráfico gerado. Tais gráficos estão em php, junto com as tabelas,

atualizadas pela programação do Processing, conforme novos dados sejam coletados

na serial, com o apertar do botão (em php) na tela da interface de controle, criada para

acionamento da lâmpada de LED. Estes dados são lidos pelo Processing, que os

comunica via arquivo txt, com uma página php (a interface de controle), e desta se

repassa à página html (o ambiente virtual no qual esta inserida a interface de controle.

Além disso, o usuário poderá observar o experimento funcionando, com

visualização do experimento por WebCam. Nos próximos itens serão estudadas as

particularidades de cada sensor utilizado, além do funcionamento do experimento

remoto.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

102

10.2.2.2. Sensores:

10.2.2.2.1. Módulo Sensor Detector de Cores (TCS34725)

Figura 19 – Imagem esquemática dos pinos (à esquerda) e do sensor, em si (à direita), com a barra de pinos.

O sensor de cor RGB TCS34725 (Figura 19) vem com Filtro IV (infravermelho),

possibilitando reconhecimento cores de forma rápida e eficaz, e sem ruídos vindo de

detecções afetadas pelo IV. Possui também um sensor para detecção de intensidade

luminosa, em lux ou para irradiância (em W/m²). A programação do mesmo foi descrita

anteriormente no item 10.2.1., no Quadro 3.

Baseado no chip TCS34725, o dispositivo possui sensores de luz RGB que em

conjunto com o filtro IV minimizam a influência do espectro IV, como outras luzes,

deixando assim uma medição mais precisa, em relação aos sensores detectores de

cor, que não possuem o filtro IV. A placa possui um regulador de tensão 3.3V, a qual

possibilita alimentar o módulo com 3-5VDC, além de um LED neutro a fim de iluminar

melhor o objeto a ser lido. Este fator possibilita também maior precisão nas detecções

de cores, principalmente entre cores muito próximas no espectro. Este LED pode ser

ligado e desligado através de um sinal digital e permite conexão com

microcontroladores (Arduino, PIC, entre outros)

Especificações:

Chip: TCS34725 (datasheet em anexo.)

Tensão de operação: 3-5V

Comunicação: I²C

Dimensões: 21 x 21mm

Características

O dispositivo TCS3472 oferece um retorno digital do vermelho, verde, azul

(RGB), e os valores de luz de sensoriamento de forma clara. Um filtro de bloqueio de

IR, integrada no chip e localizada para os fotodiodos sensores de cor, minimiza o

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

103

componente espectral de IV da luz de entrada e permite medições de cor feitas com

precisão. A alta sensibilidade, ampla faixa dinâmica e filtro de bloqueio de IV tornam

o TCS3472 um sensor de cor ideal para o uso sob diferentes condições de luz e

através de materiais atenuantes.

O sensor de cor TCS3472 tem uma vasta gama de aplicações, incluindo o

controle de LED RGB retroiluminado, iluminação de estado sólido, produtos de saúde,

controles de processos industriais e equipamentos de diagnóstico médico. Além disso,

o bloqueio do filtro de IV permite que o TCS3472 realize a detecção de luz ambiente

(ALS, em inglês, Ambient Lght Sensing). O ALS é amplamente utilizado em produtos

com displays, como telefones celulares, notebooks e TVs para sentir a iluminação

ambiente e permitir o brilho automático da tela, para visualização e economia de

energia ideais.

10.2.2.2.2. Sensor Infra-Vermelho

Figura 20 – À esquerda: Imagem da lâmpada de LED utilizada como fonte emissora, a qual apresenta o receptor infravermelho. À direita, controle remoto que vem com a lâmpada e que permite o acionamento e

mudanças de cores da lâmpada, e que é reproduzido no experimento remoto através da interface remota, dentro do ambiente virtual de aprendizagem.

Figura 21 – À esquerda: Imagem do emissor LED infravermelho utilizado, para enviar os comandos que controlam as mudanças de estados (ligado, desligado e mudança de cores, de brilho, etc...), do LED RGB. À

direita: o LED IV-emissor vai acoplado na estrutura da lâmpada de LED para melhor comunicação com o receptor, que fica acoplado dentro da estrutura dos chips SMD do LED RGB.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

104

Especificações

Comprimento de onda: 940 nm

Ângulo do feixe: +/- 17º

Intensidade de radiante: 60 mW/sr

Corrente em avanço máxima:100 mA

Temperatura operacional máxima: + 100 C

Temperatura operacional mínima: - 55 C

Tempo de queda: 800 ns

Corrente em avanço: 100 mA

Voltagem em curso:1.35 V

Formato da lente: Circular

Classificação energética: 210 mW

Tempo de ascensão: 800 ns

10.2.2.2.2.1. Características

Um diodo emissor de luz infravermelha (LED-IV) (Figura 21) é um tipo de

dispositivo eletrônico que emite luz infravermelha, não visível a olho nu. Um LED

infravermelho funciona como um diodo emissor de luz normal, mas pode utilizar

diferentes materiais para produzir a luz infravermelha. No caso, o emissor infra-

vermelho emite uma luz cuja radiação está no comprimento de onda do infra-vermelho

acima de 800nm até 1mm frequência de 300GHz a 400 THz. Dividida em três

categorias: radiação infravermelha curta (0,8-1,5 µm), média (1,5-5,6 µm) e longa (5,6-

1.000 µm). Esta radiação infravermelha pode ser utilizada em um controle remoto, na

transferência de dados entre os dispositivos, como é o caso do uso do LED IV neste

experimento (usamos o emissor LED-IV para enviar os comandos de acionamento

das funções da lâmpada de LED, a qual possui um receptor de LED IV dentro dela).

Um LED infravermelho é, como todos os LEDs, um tipo de diodo, ou um

semicondutor simples. Os diodos são projetados de modo que a corrente elétrica só

pode fluir em uma direção. Por sua vez, o comprimento da onda e a cor da luz emitida

dependem do material utilizado no diodo. LEDs infravermelhos utilizam o material que

produz luz na parte infravermelha do espectro.

Um lugar muito comum de encontrar a tecnologia de LED infravermelho está

em um controle remoto de um televisor ou outro dispositivo. Um ou mais LEDs dentro

do controle remoto transmitem pulsos rápidos de luz infravermelha para um receptor

na televisão. O receptor decodifica e interpreta esses impulsos como um comando e

realiza a operação desejada. Ou seja, assim como a lâmpada de LED possui um

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

105

controle remoto para alterar as funções e selecionar as variadas cores, e outras

funções, aplicaremos este princípio para efetuar a mudança das funções via comando

pelo arduino. Estes comandos são enviados ao emissor, o qual os recebe, e reenvia

ao receptor o qual os decodifica, realizando a função requisitada pelo comando do

arduino.

Por outro lado, embora invisíveis aos olhos humanos, muitos tipos de câmeras

e outros sensores podem detectar a luz infravermelha. Isso faz com que emissores de

LED possam ser testados (no caso de teste da ligação se está correta) por meio das

câmeras digitais.

10.2.2.2.2.2. Funcionamento

A radiação IV emitida, quando refletida por um objeto, alcança o receptor

infravermelho, que gera uma tensão proporcional a quantidade de radiação recebida

(normalmente o receptor é um foto-transistor, e a radiação IV incidente polariza sua

base, deixando passar corrente do coletor para o emissor, conforme a intensidade de

polarização recebida).

Figura 22 - Reflexão do infravermelho. No caso do nosso experimento, o receptor se encontra dentro da lâmpada, e o emissor sobre o suporte que a reveste. O emissor se conecta ao Arduino recebendo os devidos

comandos. Adaptado de http://arduinobymyself.blogspot.com.br/2013/01/sensor -ir-projetos.html .

Figura 23 - Par emissor TIL32 e receptor TIL78. TIL78 é um foto-transistor. Imagem retirada de

http://arduinobymyself.blogspot.com.br/2013/01/sensor-ir-projetos.html .

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

106

A tensão de saída pode ser medida de forma analógica, ou se necessário, com

componentes externos tais como amplificadores operacionais e schmitt-trigger que

podem ser usados para transformar em sinal digital. Ou mesmo microcontroladores,

como o caso do Arduino utilizado neste projeto.

Para os componentes TIL32 (emissor) e TIL78 (receptor) (Figura 23), existem

diversos tipos de cores no encapsulamento (Figura 25) e muito parecidos, podendo

haver confusão; para testar, deve-se polarizar o emissor com um resistor de 330Ω e

verificar com uma câmera fotográfica, se ele está "acendendo". Utilizamos este

método para confirmação da polaridade do emissor.

Figura 24 - Símbolo do fototransistor. Imagem retirada de

http://arduinobymyself.blogspot.com.br/2013/01/sensor-ir-projetos.html .

Figura 25 - Invólucro e substrato, à esquerda; Pinagens e dimensões do receptor infravermelho, à direita. Este receptor é o mesmo que está inserido no sistema de acionamento interno da lâmpada. Imagem da esquerda, retirada de http://arduinobymyself.blogspot.com.br/2013/01/sensor -ir-projetos.html ; da direita,

retirada de http://labdegaragem.com/profiles/blogs/tutorial -emissor-e-receptor-infra-vermelho-com-arduino .

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

107

10.2.2.2.2.3. Procedimentos para decodificação do controle remoto – Emissor e

receptor infravermelho

Para fins deste projeto utilizamos o emissor apenas para enviar as mesmas

funções que o controle remoto próprio do sistema da lâmpada de LED envia ao

receptor IV, interno à lâmpada. Para os procedimentos desta decodificação

empregamos o circuito mostrado na figura a seguir (Figura 26) e descrito no próximo

parágrafo.

Figura 26 - Imagem do circuito de teste para procedimentos de decodificação do controle remoto, para usar o

emissor junto ao receptor da lâmpada de LED RGB, posteriormente.

Os componentes que foram utilizados nesta etapa foram 1 receptor IV (interno

à lâmpada de LED – na figura utilizamos um receptor IR para teste e reconhecimento

dos padrões do controle remoto), 1 led emissor infravermelho (IV), cabos de conexão

e 1 controle remoto (como mostrado na figura acima), que veio com a lâmpada de

LED.

Primeiramente é importante utilizar o receptor IV (ou IR, do inglês infrared) para

receber os comandos do controle remoto, a fim de se decodificar cada uma das teclas.

Posteriormente, com estes padrões de decodificação utiliza-os nos comandos de if

dentro da rotina do emissor infravermelho, a fim de que possa se comandar a lâmpada

de LED remotamente, por meio do arduino (o emissor envia os códigos ao receptor

infravermelho, por meio do arduino; com isso o receptor decodifica os sinais e permite

a mudança de cada uma das cores da lâmpada, além de outras funções).

Controle remoto Arduino MEGA

Receptor Emissor

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

108

10.2.2.2.2.3.1. Programação para o receptor infravermelho – decodificação

Para a programação do receptor, montamos um circuito de teste com receptor

que consistiu basicamente do receptor conectado a um resistor de 220ohms (apenas

por questão e segurança, mas a inclusão do resistor é opcional) no terminal que se

conecta aos 5V do arduino. O primeiro terminal do receptor conecta-se a uma porta

digital (para o teste utilizamos a porta 2) e o último ao GND do Arduino. Com isso,

temos o seguinte circuito (Figura 27):

Figura 27 - Circuito montado para decodificção do controle remoto. No caso do nosso projeto, não

precisamos utilizar o LED vermelho (opcional) pois o propósito foi apenas a decodificação do controle remoto. Na montagem, colocamos um resistor de 220ohms como segurança, mas não é necessário, para fins de

teste.

Assim, basta rodar a programação e quando compilada, apertar os botões do

controle remoto e anotar cada código gerado na saída do monitor serial. Finalizado o

processo, volta-se a programação do receptor e se insere cada um dos códigos em

várias condições if, de modo a verificar se correspondem a função e cada uma das

teclas. Caso esteja certo, pode-se utilizar estas condições na programação para o

emissor, criando assim um controle remoto para a lâmpada de LED (que possui um

receptor dentro dela), acionado pelo arduino. Assim, vamos às programações:

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

109

10.2.2.2.2.3.1.1. Programação do Receptor

Antes de mais nada, deve-se baixar uma bilbioteca para controlar o

infravermelho, a biblioteca IRemote. Após isso, se extrai a bilbioteca na pasta

"libraries" da IDE do Arduino. Para a versão 1.0, e posteriores, da IDE do Arduino,

abra o arquivo "IRRemoteInt.h" com um editor de texto e no editor troca-se a linha

"#include <WProgram.h>" para "#include <Arduino.h>".

Esta programação permite reconhecer os códigos do controle remoto ao aperto

de um botão. Ou seja, decodifica-se assim cada uma de suas funções. Primeiramente

devemos utilizar esta programação (quadro 6):

Quadro 6: Programação inicial do receptor para decodificação do controle remoto da lâmpada de LED. #include <IRremote.h>

#define FNV_PRIME_32 16777619

#define FNV_BASIS_32 2166136261

int ledPin1 = 13; //Onde será ligado o led 1 int RECV_PIN = 2; //Onde será ligado o Receptor IR

IRrecv irrecv(RECV_PIN);

decode_results results;

void setup()

pinMode(ledPin1, OUTPUT); //Configurando o pino como saida

irrecv.enableIRIn(); //Iniciando a recepção do sinal

Serial.begin(9600);

int compare(unsigned int oldval, unsigned int newval)

if (newval < oldval * .8)

return 0;

else if (oldval < newval * .8) return 2;

else

return 1;

unsigned long decodeHash(decode_results *results)

unsigned long hash = FNV_BASIS_32;

for (int i = 1; i+2 < results->rawlen; i++)

int value = compare(results->rawbuf[i], results->rawbuf[i+2]); hash = (hash * FNV_PRIME_32) ^ value;

return hash;

void loop() if (irrecv.decode(&results))

Serial.print("'real' decode: "); //Mostra o valor recebido

Serial.print(results.value, HEX); //!!!!!!!PARA IDENTIFICAR AS TEClAS

Serial.print(", hash decode: ");

unsigned long hash = decodeHash(&results); Serial.println (hash); //Mostra o valor já decodificado!

irrecv.resume(); // Obrigatório a reinicialização da recepção!

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

110

Compilando esta programação, permitimos ao sistema decodificar os sinais de

cada uma das funções do controle remoto. Ao apertar cada um dos botões, na saída

serial são mostrados os respectivos códigos. Os códigos de cada um dos botões do

controle remoto são mostrados a seguir:

Quadro 7: Códigos obtidos para cada um dos botões do controle remoto no processo de decodificação

anterior. AUMENTA BRILHO - 1 - 'real' decode: FFA05F --- hash decode: 2878444831

DIMINUI BRILHO - 0 - 'real' decode: FF20DF --- hash decode: 1373912347

OFF ------------ D - 'real' decode: FF609F --- hash decode: 4287727287

ON ------------- L - 'real' decode: FFE01F --- hash decode: 4034314555

RED ------------ R - 'real' decode: FF906F --- hash decode: 3855596927

GREEN ---------- G - 'real' decode: FF10EF --- hash decode: 2351064443

BLUE ----------- B - 'real' decode: FF50AF --- hash decode: 713627999

WHITE ---------- W - 'real' decode: FFD02F --- hash decode: 3577243675

ORANGE --------- o - 'real' decode: FFB04F --- hash decode: 4039382595

LITE GREEN ----- g - 'real' decode: FF30CF --- hash decode: 2534850111

MEDIUM BLUE ---- b - 'real' decode: FF708F --- hash decode: 1153697755

FLASH ---------- F - 'real' decode: FFF00F --- hash decode: 900285023

DARK ORANGE ---- O - 'real' decode: FFA857 --- hash decode: 2747854299

LITE BLUE ------ z - 'real' decode: FF28D7 --- hash decode: 324312031

PURPLE --------- x - 'real' decode: FF6897 --- hash decode: 3238126971

STROBE --------- S - 'real' decode: FFE817 --- hash decode: 1541889663

DARK YELLOW ---- y - 'real' decode: FF9867 --- hash decode: 2538093563

BLUE GRREN ----- c - 'real' decode: FF18E7 --- hash decode: 1033561079

VIOLET --------- V - 'real' decode: FF58A7 --- hash decode: 3691091931

FADE ----------- < - 'real' decode: FFD827 --- hash decode: 2259740311

YELLOW --------- Y - 'real' decode: FF8877 --- hash decode: 2666828831

DARK BL. GREEN - C - 'real' decode: FF08F7 --- hash decode: 1162296347

LITE VIOLET ---- P - 'real' decode: FF48B7 --- hash decode: 4084712887

SMOOTH --------- - - 'real' decode: FFC837 --- hash decode: 2388475579

Assim, com os códigos obtidos para cada botão, voltamos a programação do

receptor e testamos o mesmo controle para fins de verificação, associando cada

código decodificado a uma respectiva tecla (conforme quadro anterior):

Quadro 8: Programação do Receptor infravermelho, atualizada para cada botão do controle remoto, decodificado.

#include <IRremote.h>

#define FNV_PRIME_32 16777619

#define FNV_BASIS_32 2166136261

int ledPin1 = 13; //Onde será ligado o led 1

int RECV_PIN = 8; //Onde será ligado o Receptor IR

IRrecv irrecv(RECV_PIN);

decode_results results;

void setup()

pinMode(ledPin1, OUTPUT); //Configurando o pino como saida irrecv.enableIRIn(); //Iniciando a recepção do sinal

Serial.begin(9600);

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

111

int compare(unsigned int oldval, unsigned int newval)

if (newval < oldval * .8) return 0;

else if (oldval < newval * .8)

return 2;

else

return 1;

unsigned long decodeHash(decode_results *results) unsigned long hash = FNV_BASIS_32;

for (int i = 1; i+2 < results->rawlen; i++)

int value = compare(results->rawbuf[i], results->rawbuf[i+2]);

hash = (hash * FNV_PRIME_32) ^ value;

return hash;

void loop()

char tecla;

tecla = Serial.read();

if (irrecv.decode(&results))

unsigned long hash = decodeHash(&results);

irrecv.resume(); // Obrigatório a reinicialização da recepção!

if (tecla == '1')

hash = 2878444831;

Serial.println (" Aumenta o Brilho!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100); digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == '0')

hash = 1373912347;

Serial.println (" Diminui o Brilho!"); digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'D') hash = 4287727287;

Serial.println (" Desliga!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'L')

hash = 4034314555;

Serial.println (" Liga!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH); delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'R')

hash = 3855596927; Serial.println (" VERMELHO!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'G')

hash = 2351064443;

Serial.println (" VERDE!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH);

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

112

delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'B')

hash = 713627999;

Serial.println (" AZUL!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100); digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'W')

hash = 3577243675;

Serial.println (" BRANCO!"); digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'o') hash = 4039382595;

Serial.println (" LARANJA!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'g')

hash = 2534850111;

Serial.println (" VERDE CLARO!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH); delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'b')

hash = 1153697755; Serial.println (" AZUL MEDIO!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'F')

hash = 900285023;

Serial.println (" FLASH!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100); digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'O')

hash = 2747854299;

Serial.println (" LARANJA ESCURO!"); digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'z') hash = 324312031;

Serial.println (" AZUL CLARO!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'x')

hash = 3238126971;

Serial.println (" ROXO!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH); delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'S')

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

113

hash = 1541889663;

Serial.println (" ESTROBO!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH); delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'y')

hash = 2538093563; Serial.println (" AMARELO ESCURO!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'c')

hash = 1033561079;

Serial.println (" VERDE ÁGUA!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100); digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'V')

hash = 3691091931;

Serial.println (" VIOLETA!"); digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == '<') hash = 2259740311;

Serial.println (" ESMAECER");

digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'Y')

hash = 2666828831;

Serial.println (" AMARELO!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH); delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'C')

hash = 1162296347; Serial.println (" COBALTO!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == 'P')

hash = 4084712887;

Serial.println (" VIOLETA CLARO!");

digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100); digitalWrite(ledPin1, LOW);

if (tecla == '-')

hash = 2388475579;

Serial.println (" SMOOTH!"); digitalWrite(ledPin1, HIGH);

delay(100);

digitalWrite(ledPin1, LOW);

Serial.println (“\n");

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

114

Compilada e verificada, notamos que as funções estavam corretas, conforme

acionamos as respectivas teclas do teclado do PC, responsáveis pelo acionamento

das respectivas funções (como mostrado no quadro 6). Sendo assim, utilizamos esta

mesma lógica na programação do emissor infravermelho. No caso do emissor a

montagem que utilizamos é mostrada na figura abaixo, ou seja, um emissor

infravermelho conectado a um resistor de 220ohms, em seu terminal positivo (ânodo),

conectando-se a porta digital D3, com o outro terminal conectando-se ao GND do

Arduino.

10.2.2.2.2.3.1.2. Programação do Emissor:

Figura 28 - Esquema da montagem de teste utilizada para o emissor infravermelho, consistindo de um LED

emissor infravermelho e um resistor de 220 ohms conectado ao terminal positivo do LED, o qual conecta-se a

porta D3.

Desse modo verificamos a programação do emissor para acionamento da

lâmpada de LED RGB utilizada no projeto. Como os códigos do controle remoto da

lâmpada foram decodificados anteriormente, basta utilizar a parte das condições de if

junto a programação normal do emissor, a qual foi apresentada no Quadro 4.

Para o teste final com a lâmpada de LED RGB, associamos o emissor a um

arduino MEGA (o que utilizamos no projeto), de modo que é necessário que saibamos

o pino que fará a comunicação com o emissor (no Arduino MEGA os pinos de

comunicação para o emissor são diferentes do UNO). No arquivo da biblioteca

IRemote, no arquivo IRemoteInt.h é possível se notar quais os pinos que são utilizados

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

115

para comunicação com o emissor. Escolhemos o pino 9. Sendo assim, testamos o

emissor junto à lâmpada para cada uma das funções sendo acionadas via teclado do

computador, que acionava o arduino, o qual por sua vez envia o comando ao emissor

que repassa ao receptor da lâmpada de LED, fazendo com que a lâmpada tenha a

mudança de cor, ou de outra função, realizada. Abaixo, imagem da lâmpada em

funcionamento sendo acionada via teclado.

Figura 29 - Imagem mostrando acionamento pelo teclado, apagando (à direita) e acendendo (à direita) a

lâmpada

Assim, com fins de ajuste a programação do experimento, a programação inicial

de cada sensor é adaptada dentro das condições de cada etapa do experimento,

conforme pôde ser notado nos Quadros 1 a Quadro 4.

Sendo assim, temos as seguintes sequências de uso dos sensores:

1. O motor gira tantos graus quanto se determinar dentro da programação, via

controle dos passos, a fim de fazer com que as raias do espectro cheguem a

posição do sensor detector de cores.

2. Os respectivos comandos do teclado fazem o motor girar os determinados

graus, de modo a fazer a varredura de cada uma das raias, dentro das

respectivas combinações de cada cor.

a. Quando se aciona uma das teclas do teclado, portanto, o motor é

acionado para girar determinados graus, para a raia vermelha, verde ou

azul, de modo que ao final volte a posição inicial.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

116

3. Por sua vez, o comando do teclado é compartilhado remotamente a um botão

em uma página em php,

a. Este botão ao ser acionado remotamente, transmite o comando como

se fosse uma das teclas do teclado.

b. Esse comando é recebido pelo emissor IV, no experimento real, o qual

retransmite ao receptor IV (dentro da lâmpada de LED).

c. Ao receber esse comando, como se fosse de um teclado do experimento

real, a lâmpada de LED muda sua cor, de acordo com o respectivo

comando recebido.

4. Por sua vez, este comando recebido, na programação do arduino, permite que

seja encaminhado ao motor os determinados ângulos, de modo que, pela

programação, o motor rode os números determinados de passos.

5. Portanto, ao mesmo tempo em que o usuário remoto aciona a mudança de cor

na lâmpada ele controla o giro do motor.

a. Os ângulos de giro são alterados sequencialmente, via programação

prévia colocada no arduino, para que cada raia seja detectada pelo

sensor detector de cor (TCS34725, Adafruit®)

6. Posteriormente, recebe-se os dados de iluminância ou irradiância por

comprimento de onda,

a. O comprimento de onda que é obtido através de cálculo colocado dentro

da programação, o qual considera o arranjo geométrico do experimento

7. Esse cálculo, por sua vez, depende da distância (D, a distância da raia do

espectro até a rede de difração) calculada via sensor infravermelho (sensor de

proximidade, sensor IR – SHARP® GP2Y0A21YK0F), o qual possui um

alcance de 10 a 80cm, e que por ser pequeno se torna um sensor possível de

ser anexado junto ao suporte da rede de difração.

10.2.3. Procedimentos de medição do comprimento de onda:

10.2.3.1. Espectro projetado por difração

Com os dados do parâmetro da rede d, da rede de difração, podemos calcular

o comprimento de onda, a partir da difração do feixe da luz para um dado valor de

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

117

distância D fixada entre a rede de difração e a tela, substituindo-se nas linhas de

programação os valores destas grandezas.

Encontrada a posição da fenda projetada (n = 0), o processo de coleta das

medidas se inicia quando a tecla “L”, o botão na página php que aciona o ligamento

da lâmpada, e acionamento do relé, para depois se pressionar algum botão na página

php que acione alguma das cores da lâmpada de LED. Assim os valores dos desvios

X da Eq. 2 são obtidos diretamente, e um simples cálculo conduz ao valor do

comprimento de onda, à medida que a rede de difração gira, de modo que cada raia

do espectro possa ser detectada pelo sensor (detector de cores, TCS34725 –

Adafruit®), até a última raia, no caso, a azul, em relação a posição original do conjunto

rede e motor de passo. Por isso é necessário que se faça algumas correções na

fórmula que é utilizada dentro da programação (conforme indicado no Anexo 2),

considerando para tanto as distâncias do conjunto rede e motor até o sensor detector

de cor. Essa distância é determinada pelo sensor infravermelho (IV) de distância. A

partir deste ponto, a programação faz o conjunto rede e motor voltarem a posição

original, da fenda projetada. Finalmente, pela saída do monitor serial, podemos

registrar:

Os dados coletados de comprimento de onda, determinados a partir da

distância entre o sensor detector de cores TCS34725 (que será

determinada via sensor de proximidade) e a rede de difração;

Os dados de irradiância, no mesmo sensor (TCS34725);

Com estes dados é possível tanto usar a tabela dos dados quanto montar o

gráfico ou tabela do espectro eletromagnético de Irradiância (W/m2) ou Iluminância

(lux) vs Comprimento de Onda (nm), seja em um editor de texto, seja em um programa

que rode paralelo à programação do Arduino, como é o caso do Processing, no qual

podemos coletar a tabela mencionada, ao mesmo tempo em que o sistema coleta a

série de dados.

Por outro lado, outra possibilidade é, com os dados de porcentagem de cor

lidos pelo detector de cores (sensor TCS34725, utilizando os dados coletados de

iluminância e a detecção das cores para as diferentes raias do espectro) e evidenciar

a composição de cores para cada cor selecionada na lâmpada de LED.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

118

No caso do espectro coletado, com a programação do Processing necessária

para coletar os dados da saída serial, pode-se gerar um arquivo texto, o qual por sua

vez, alimenta uma página em php, a qual é inserida (como uma iframe - um código

html que faz com que uma página seja aberta dentro de outra), dentro do ambiente

virtual e aprendizagem. Com isso, poderemos associar em ambiente remoto, a tabela

coletada bem como a visualização do experimento, via Web Cam. Além de associar

em outra página php, a formação de cores obtidas a partir da difração do feixe de luz

incidente na rede, proveniente da lâmpada de LED

Para o gráfico de irradiância por comprimento de onda, o processo é

semelhante, entretanto, pelo fato de o arquivo texto ser usado para gerar valores em

eixos de um programa chamado pChart (http://pchart.sourceforge.net/), que cria gráficos

em php.

A partir do gráfico criado, também cria-se um iframe dentro do ambiente virtual,

de modo a se observar o gráfico sendo coletado, desde que junto a ele (e também a

tabela), rode-se um aplicativo extensível, em Java, para que se atualizem os dados

do arquivo texto (são gerados arquivos, que podem ser salvos pelo usuário, a cada

coleta de dados).

10.3. Experimento Remoto

O experimento remoto consiste na transmissão dos dados utilizando a ethernet,

ou a própria saída serial para ambiente remoto (internet). No caso da saída serial,

essa transmissão é possível, desde que em associação ao Processing o qual roda um

arquivo extensível das informações da saída serial, extensão essa que pode ser

acessada pelo usuário remoto, de forma a poder rodar a programação e coleta de

dados. Nessa transmissão é possível também a visualização dos gráficos (Irradiância

por comprimento de onda), com a possibilidade de visualização da composição de

cores e consequente observação do experimento real, via webcam. Todas estas

etapas estão disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem, dentro de um iframe

(uma página em html, dentro do espaço reservado no ambiente), disponível na

internet. Por sua vez, no AVA, o qual esta em etapa de reformulação, também é

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

119

possível acessar conteúdos teóricos para melhor entendimento do funcionamento e

conceitos do experimento.

A seguir mostraremos as etapas de programação envolvidas para a

visualização do experimento via webcam, visualizações gráficas (das interfaces de

controle do experimento e também de gráficos gerados e da interface de combinação

de cores) e os passos para comunicação via ethernet do arduino para a comunicação,

via telnet, repassando os dados para que haja o acesso remoto.

10.3.1. Coleta dos Dados de Intensidade Luminosa e Comprimento de Onda:

10.3.1.1. Saída Serial para a Internet

A coleta de dados deve fornecer, ao usuário, uma tabela de intensidade

luminosa (irradiância) e de comprimento de onda, a qual será obtida direto da

programação do arduino, já que desta programação os dados são enviados ao

servidor pelo arquivo extensível criada em Processing, o qual coleta as informações

colocadas na saída serial. Dentro da programação os comandos são dados em

determinadas linhas a fim de se estabelecer a conexão dos dados do servidor (quem

manda os dados vindos da programação, que se comunicará com o servidor de

experimentos) com o cliente (o elemento que recebe os dados – neste caso quem

acessar o experimento, obterá os dados que estão no servidor, pelo arquivo extensível

do Processing, a partir do acionamento do experimento).

Com a tabela gerada no servidor de experimentos, vinda dos dados disponíveis

no arquivo extensível (a partir do acionamento do experimento), estes dados são

posteriormente transferidos para a página do experimento. Ou seja, o cliente/usuário

acessa o experimento, e ao clicar no botão para rodar o experimento, visualiza, pela

webcam o próprio acontecendo, com a coleta dos dados de irradiância por

comprimento de onda; ao fim do processo, o Arduino envia os dados, pelo arquivo

extensível, ao servidor de experimentos; este disponibiliza, enfim, os dados em forma

de tabela na página que o cliente/usuário estiver acessando, podendo ser

armazenados pelo cliente para posterior analise.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

120

10.3.1.2. Interface de Controle Remoto

Tendo a comunicação entre a saída serial e o servidor sido estabelecido (pelo

arquivo .exe criado no Processing), é interessante que comentemos e mostremos a

interface de controle remoto, a qual será inserido dentro do ambiente virtual de

aprendizagem, e que através do apertar dos botões será acionada determinada

lâmpada de LED, e rodando o experimento. Nesta interface também será disponível

a visualização da composição de cores que forma a determinada cor da lâmpada.

10.3.1.2.1. Descrição da Interface

Esta é a imagem (Figura 30) da interface de controle remoto, em primeira

versão, de como deve aparecer na tela ao usuário remoto. Pretendemos inseri-la com

possíveis adequações a interface de controle do experimento.

Fig. 30 – Interface de Controle Remoto (Aciona as cores da Lâmpada de LED)

Esta interface ao apertar um dos botões, dispara o comando para acionamento

de uma das respectivas cores da lâmpada de LED, via emissor infra-vermelho (cujo

funcionamento foi previamente descrito no item 10.2.2.2.2). O sinal vindo do emissor

IV, é recebido pelo receptor dentro da lâmpada de LED, a qual muda de cor (ou liga,

caso esteja desligada – depende do comando dado, na programação o arduino).

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

121

O feixe de luz que saiu da lâmpada de LED incide no espelho refletor, sendo

direcionado na lente convergente, até convergir na posição da rede de difração, que

está montada sobre o eixo do motor de passo. Assim, com o feixe chegando a rede

de difração, pela programação do Arduino, a rede de difração recebe o comando para

girar de modo que as raias do espectro incidam sobre o sensor detecto de cor

(TCS34725). Assim, se obtém tanto o espectro de irradiância por comprimento de

onda quanto uma composição de cores, esta que posteriormente poderá ser

observada como resultado dentro da interface de controle. Para maiores informações

a respeito do código-fonte desta interface vide Anexo 1.

10.3.1.3. Visualização do experimento pela WebCam

Associamos também a visualização pela WebCam. Para tanto utilizamos a

câmera da D-Link, cujo driver é devidamente instalado no servidor. Criamos uma conta

no computador como administrador, e com a visualização na internet, retiramos do

código fonte da página as linhas referentes a visualização propriamente dita, ou seja,

o aplicativo que gera a sequência de imagens ou o vídeo, relacionados ao IP fixo, com

informações referentes a D-Link.

Nestas linhas, o “applet” gerador do vídeo se comunica com o IP da câmera3,

a partir do qual, determina vários parâmetros para a visualização do vídeo, sendo

necessário o pacote Java, por ser um tipo de API (vide item Error! Reference source

not found.). Ainda, para maior conveniência, é necessário que o arquivo “aplug.jar”

seja baixado para a mesma pasta de onde se estão as páginas em html.

Esta mesma câmera está posicionada ao lado da lente convergente de modo a

captar o giro do sistema motor de passo com a rede de difração, mostrando ao cliente

o funcionamento do experimento, conforme Figura e Figura .

3 Nota-se com isso a necessidade de uma câmera de IP fixo, também para posterior uso em rede que não seja somente a interna.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

122

Figura 31 - Angulo de visão da câmera para visualização do experimento.

Figura 32 - Imagem do experimento captada pela câmera

Ainda, como a câmera é conectada independentemente do servidor web (servidor

das páginas de internet), a transmissão de imagem não depende do processamento

pelo servidor web. A renderização/processamento da página e a imagem da câmera

se dão na máquina cliente (web browser).

Com o código da visualização através da WebCam, geração dos gráficos e

arquivos TXT em tabela sendo atualizada em ambiente virtual (via php), pode-se

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

123

montar a página html geral, com todas as funções apresentadas, e readequadas aos

dados do experimento real (dados de irradiância e de comprimento de onda). Esta

será a base do experimento remoto o qual estará inserido dentro do ambiente virtual

de aprendizagem.

10.4. Ambiente Virtual de Aprendizagem

10.4.1. Conceitos, Teoria e Aplicabilidade

Atualmente, estamos vivenciando um tempo de grandes informações

tecnológicas que estão ao alcance de qualquer pessoa (MOZZER, 2010, p.38). Desde

que a Internet se popularizou e devido ao grande avanço da EaD, faz-se necessário

implementar ferramentas pedagógicas que possibilitem uma maior interação entre

aluno e professor, tornando a ligação entre ambos mais estreita.

Com o avanço da EaD, formaram-se as comunidades virtuais de

aprendizagem. Para atingir seus objetivos educacionais, essas comunidades

necessitam de princípios de comportamento que favoreçam a aprendizagem, como a

construção coletiva e a existência de interesse mútuo, assim como de regras de

resolução de conflitos, permitindo que as simples agregações eletrônicas de pessoas

tornem-se uma comunidade virtual de aprendizagem.

Para facilitar a criação das comunidades, surgiram diversos softwares de

agregação pessoal. Muitos desses softwares trazem consigo discussões pedagógicas

para o desenvolvimento de metodologias educacionais utilizando canais de interação,

possibilitando fácil manuseio e controle de aulas, discussões, apresentações e outras

atividades de forma virtual.

Para a criação de comunidades de aprendizagem surge o conceito de

ambientes virtuais de aprendizagem. Sabe-se que os ambientes de aprendizagem on

line se caracterizam como cooperativos, automatizados e interativos, pressupondo a

presença de diversos autores como professor/aluno; professor/equipe;

professor/grupo de alunos. Neste sentido, a aprendizagem, e o próprio conhecimento

não ficam limitado a apenas um elemento, o professor, ele é compartilhado, e o

entendimento, a aprendizagem, compartilhada.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

124

Sabemos que a EaD está inserida dentro deste contexto de ambientes virtuais.

Portanto, é um processo que enfatiza a construção e a socialização do conhecimento,

assim como a operacionalização dos princípios educacionais. Logo, os ambientes

virtuais de aprendizagem são facilitadores para a educação à distância.

Assim, esses ambientes permitem uma interação assíncrona e síncrona entre

alunos e professores tutores, através de ferramentas que variam de acordo com cada

ambiente. Com os ambientes virtuais surgem as comunidades virtuais de

aprendizagem e, consequentemente, a aprendizagem colaborativa. Desta forma, é

necessário entender como esses ambientes funcionam, que características o

representam, e de que forma pode ser utilizado para que se tenha uma aprendizagem

mais significativa.

Nos últimos anos, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) estão sendo

cada vez mais utilizados no âmbito acadêmico e corporativo como uma opção

tecnológica para entender a demanda educacional (MESSA, 2010, p.7). A partir disso,

verifica-se a importância de um entendimento mais crítico sobre o conceito que orienta

o desenvolvimento destes ambientes, assim como, o tipo de estrutura humana e

tecnológica que oferece suporte ao processo ensino-aprendizagem

Em termos conceituais, pode-se dizer que os AVAs consistem em mídias que

utilizam o ciberespaço para veicular conteúdos e permitir interação entre os atores do

processo (PEREIRA, 2007, p.4 apud MESSA, 2010, p.8). Em consonância com essa

evolução e realidade educacional, e na tentativa de alinhar as produções de materiais

didáticos que servissem como referenciais para as mais variadas ofertas de cursos na

modalidade de educação a distância, o Ministério da Educação (2007), conceitua os

AVAs como:

Programas que permitem o armazenamento, a administração e a disponibilização de conteúdos no formato Web. Dentre esses, destacam-se: auals virtuais, objetos de aprendizagem, simuladores, fóruns, salas de bate-

papo, conexões e materiais externos, atividades interativas, tarefas virtuais (webquest), modeladores, animações, textos colaborativos (wiki).

Pode-se dizer que o AVA é uma excelente opção de mídia que esta sendo

utilizada para mediar o processo ensino-aprendizagem a distância (MESSA, 2010).

Sendo assim, para que esse processo flua de forma significativa para as interações

aluno-professor, pode-se dizer que o design do material consistem em um dos

aspectos essenciais. Fatores como tecnologia, interação, cooperação e colaboração

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

125

entre os aprendizes e professores contribuem para a efetividade do ensino, e

consequentemente da aprendizagem.

Os AVAs provém recursos para dispor grande parte dos materiais didáticos nos

mais diferentes formatos, podendo ser elaborado de forma escrita, hipertextual, oral

ou áudio-visual (MESSA, 2010). É interessante portanto, observar algumas

recomendações sugeridas por (PEREIRA, 2007, p. 14 apud MESSA, 2010, p. 9), para

o desenvolvimento do material didático a ser disponibilizado no ambiente virtual, entre

elas:

Utilizar hipertextos;

Utilizar textos impressos em forma de apostilas, com recursos gráficos e

imagens;

Disponibilizar previamente, um resumo auditivo do material para ajudar na

recomendação de maneira a conduzir a formação de conceito

Não subestimar o uso de Cd e DVD por serem tecnologias de mão única, pois

esses possibilitam o controle total do aprendiz, al~em de serem de baixo

custo

Fazer o uso da voz humana quando possível, pois essa é uma excelente

ferramenta pedagógica

Oferecer a opção de áudio junto com o material textual, a fim de ativar mais

um canal sensorial no processo ensino-aprendizagem, contemplando assim,

diferentes perfis de aprendizes

Disponibilizar vídeo-conferências para possibilitar a interação de pessoas e

grupos dispersos geograficamente em tempo real

Utilizar simulações e animações de forma a facilitar o ensino de conceitos

abstratos e pouco conhecidos, além daqueles que necessitam de muito

tempo de ensino, oferecem perigo e são inacessíveis devido aos altos custos

e à distância

(PEREIRA, 2007, p.14 apud MESSA, 2010, p.9)

Para auxiliar no processo do aprendizado significativo, é necessário que os

AVAs sejam dotados de várias mídias, como vídeos, gráficos, áudios textos, dos quais

apresentam inúmeras vantagens: promover od esenvolvimento de habilidades e

formação de conceitos, possibilitar inúmeras modalidades de aprendizagem,

aumentar a interatividade, facultar a individualidade, podendo o aluno administrar o

seu tempo, permitir aos alunos maior compreensão dos conteúdos, já que utiliza várias

mídias e não apenas textos, facilitar a aprendizagem por meio de palavras utilizadas

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

126

simultaneamente e ajudar no aprendizado, pois utiliza animações e narrações

audíveis, que é mais consistente do que a animação e o texto em tela.

Muitas são as ferramentas disponíveis para permitir a aprendizagem

significativa em AVAs, das quais podemos citar: blogs, wikis, e-portfólios, social

networking, social bookmarking, photo sharing, second life, online forums, video

messaging, YouTube®, audiographics, entre outras. Em AVAs (MESSA, 2010),

pretende-se fomentar nos alunos, habilidades de aprendizagem autônoma, embora

preferencialmente coletiva, desenvolver habilidades de construção do conhecimento,

motivar a aprendizagem sem fim. Enfim, nos AVAs se é possível, através dos vários

recursos e das várias mídias que se intercomunicam, favorecer uma aprendizagem

que venha a serr mais significativa ao aluno, transformando-o em autor de seu próprio

conhecimento, e incentivando-o a pesquisar e refletir o que ele está elaborando.

Além das ferramentas, é importante ressaltar que para gerenciá-las todas

temos de escolher o Sitema de Gerenciamento de Aprendizagem (ou LMS – da sigla

em inglês para Learning Management System). Este sistema é importante, pois pode

ser um fator decisivo na implantação e sustentação do projeto que envolverá

gerenciamento administrativo, custos financeiros e recursos humanos (FERNANDES

et al, 2010, p.7) . A definição de LMS surgiu para dar nome a um conjunto de

ferramentas que integram um sistema que é responsável pela gestão de cursos e

treinamentos à distância, com o objetivo de simplificar a administração em uma

organização. Esses sistemas poderão integrar-se a outros de gestão já existentes.

O sistema deve ser capaz de personalizar perfis de administração, para facilitar

o acesso dos instrucionais, tutores, suporte técnico e alunos. Algumas questões

devem ser levadas em consideração antes de adotar uma solução, seja ela,

proprietária ou software livre. A empresa ou instituição pode optar pelo

desenvolvimento próprio do LMS, para uma maior autonomia de customizações de

regras de negócio que se adaptem à sua realidade. O número de usuários envolvidos

e a previsão de crescimento envolverão a escala desejada, desde a infra-estrutura de

servidores como o desempenho do LMS em questão. Os sistemas de código aberto

levam grande vantagem, já que são disponibilizados de graça para download e

adaptação. O Moodle, ambiente mais adotado, oferece no seu website oficial, vários

plugins (funcionalidades separadas) e temas (interfaces) para download.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

127

Os servidores são divididos em comerciais e os de código aberto. Os

comerciais são: Angel Learning, Blackboard, Desire2Learn, e College, Ensinarnet,

FirstClass, IntraLearn, LearningServer .NET, MPLS2, Portal Educação, SumTotal,

WebAula. E os de código aberto são: AulaNet, .LRN, Moodle, Sakai Project, TelEduc.

Devido ao fato de querermos disponibilizar nosso projeto em um sistema de

código aberto e que permita um maior numero de funcionalidades e que tenha uma

plataforma amigável e flexível em sua manutenção, casos eja necessário, preferimos

optar pelo Moodle. Trataremos este sistema de gerenciamento com mais

profundidade, dado que será a plataforma escolhida para as definições do nosso

ambiente virtual de aprendizagem.

10.4.1.1. O Moodle

O Moodle se trata de uma sistema de gerenciamento de aprendizagem, ou

simplesmente o próprio ambiente virtual de aprendizagem, de código aberto, livre e

gratuito (FERNANDES et al, 2010, p.8), com os usuários podendo baixá-lo, usá-lo,

modificá-lo e distribuí-lo seguindo apenas os termos estabelecidos pela licença GNU

GPL.

Ele pode ser executado, sem nenhum tipo de alteração, em sistemas

operacionais Unix, Linux, Windows, Mac OS X, Netware e outros sistemas que

suportem a linguagem PHP. Os dados são armazenados em bancos de dados MySQL

e PostgreSQL, mas também permite a utilização de outros programas.

O Moodle mantém-se em desenvolvimento por uma comunidade que abrange

participantes de todas as partes do mundo. Essa comunidade, formada por

professores, pesquisadores, administradores de sistema, designers instrucionais e,

principalmente, programadores, mantém um portal (http://www.moodle.org ) na Web

que funciona como uma central de informações, discussões e colaborações. Além das

discussões e colaborações disponíveis em inglês e outros idiomas o portal conta com

relatório de perguntas freqüentes, suporte gratuito, orientações para realização do

download e instalação do software, documentação completa e a descrição do

planejamento de atualizações futuras do ambiente.

O sistema Moodle começou a ser idealizado, no início da década de 90, quando

Martin Dougiamas era o Webmaster na Curtin University of Technology na Austrália e

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

128

responsável pela administração do LMS, usado pela Universidade naquela época.

Martin conhecia muitas pessoas, em escolas e instituições, pequenas e grandes, que

gostariam de fazer melhor uso da Internet, mas não sabiam como iniciar devido à

grande quantidade de ferramentas tecnológicas e pedagógicas existentes na época.

Ele gostaria de proporcionar a essas pessoas uma alternativa gratuita e livre, que

pudesse introduzi-los ao universo on-line.

As crenças de Martin nas inúmeras possibilidades da Educação baseada na

Internet o levaram a fazer mestrado e doutorado na área de Educação, combinando

sua experiência em ciência da computação com teorias sobre construção do

conhecimento e natureza da aprendizagem e da colaboração. Várias versões do

software foram produzidas e descartadas até a versão 1.0 ser aceita e bastante

utilizada em 2002. Com o crescimento da comunidade de usuários, novas versões do

software foram desenvolvidas. A essas novas versões foram adicionadas

funcionalidades, desenhadas por pessoas em diferentes situações do ensino.

O Moodle não é usado apenas por Universidades, mas em escolas de ensino

médio, escolas primárias, organizações, companhias privadas e por professores

independentes. O desenvolvimento do ambiente Moodle foi norteado por uma filosofia

de aprendizagem – a teoria sócio construtivista (Social Construtivismo). Pela teoria

sócio construtivista, que tem o principal expoete em Vygotsky, defende a construção

de idéias e conhecimentos em grupos sociais de forma colaborativa, uns para com os

outros, criando assim uma cultura de compartilhamento de significados. Os

participantes ou usuários do sistema são o Administrador – responsável pela

administração, configurações do sistema, inserção de participantes e criação de

cursos; o Tutor – responsável pela edição e viabilização do curso, e que será o

mediador na construção deste conhecimento compartilhado e o Estudante/Aluno.

Os usuários do Moodle são globais no servidor. Isso significa que eles têm

apenas um login para todos os cursos. A função permite, por exemplo, que um usuário

seja aluno em um curso e professor/tutor em outro curso. O Moodle permite criar três

formatos de cursos: Social, Semanal e Modular. O curso Social é baseado nos

recursos de interação entre os participantes e não em um conteúdo estruturado. Os

dois últimos cursos são estruturados e podem ser semanais e modulares. Esses

cursos são centrados na disponibilidade de conteúdos e na definição de atividades.

Na estrutura semanal informa-se o período em que o curso será ministrado e o sistema

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

129

divide o período informado, automaticamente, em semanas. Na estrutura modular

informa-se a quantidade de módulos.

O Moodle conta com as principais funcionalidades de um ambiente virtual de

aprendizagem. Possui ferramentas de comunicação, de avaliação e de administração

e organização. Elas são acessadas pelo tutor de forma separada em dois tipos de

entradas na página do curso. De um lado adiciona-se o Material e do outro as

Atividades. Em atividades podem ser adicionadas ferramentas de comunicação,

avaliação e outras ferramentas complementares ao conteúdo como glossários, diários

de bordo – para comunicação mais informal com outros tutores, ou mesmo com

alunos, em casos particulares -, ferramenta para importação e compartilhamento de

conteúdos.

As ferramentas de comunicação do ambiente Moodle são o fórum de

discussões e o Chat (os dois voltados para comunicação mais próxima ao estudante,

dado que a ferramenta fórum permite ao participante enviar e receber mensagens via

e-mail externo padrão). Elas apresentam um diferencial interessante com relação a

outros ambientes, pois não há ferramenta de e-mail interna ao sistema. Ele utiliza o e-

mail externo (padrão) do participante. Por isso, o participante tem a facilidade de

cooperar com uma discussão a partir do seu próprio gerenciador de e-mails.

As ferramentas de avaliação disponíveis no Moodle são avaliação de curso,

pesquisa de opinião, questionário, tarefas e trabalhos com revisão. As ferramentas

permitem, respectivamente, a criação de avaliações gerais de um curso; pesquisas de

opinião rápidas, ou enquetes, envolvendo uma questão central; questionários

formados por uma ou mais questões (10 tipos diferentes de questões) inseridas em

um banco de questões previamente definido; disponibilização de tarefas para os

alunos onde podem ser atribuídas datas de entrega e notas e por fim trabalhos com

revisão onde os participantes podem avaliar os projetos de outros participantes e

exemplos de projeto em diversos modos.

As ferramentas de administração, apresentadas ao tutor do curso na lateral

esquerda da tela de curso, permitem controle de participantes - alunos e tutores como

inscrições e upload de lista de aluno; backups e restore de cursos; acesso aos

arquivos de logs; logs da ultima hora; gerenciamento dos arquivos dos cursos;

disponibilização de notas, etc.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

130

Assim, a ideia de uso do ambiente virtual de aprendizagem em tela será a

montagem e estruturação dos conteúdos a serem relatados nos próximos itens dentro

da estrutura disponível no Moodle, adaptado para as características do projeto. A

seguir, listamos as páginas já criadas, que devem ser inseridas dentro do ambiente

Moodle, com eventuais adaptações, e com o devido link para o experimento remoto.

10.4.2. Ambientes Virtuais e Ensino de Física

O uso dos ambientes virtuais também pode ser incrementado com simulações,

imagens e experimentos remotos que possibilitem alunos a distância acessarem os

conteúdos de disciplinas estudadas em seus celulares, ou no computador, sendo

possível assim uma aprendizagem fora de um ambiente escolar, ou mesmo dentro de

um laboratório sob a orientação de um professor que poderá lhe mostrar mais

assuntos relacionados, dando-lhe subsídios para que este usuário seja autor de seu

conhecimento.

Fato esse que evidencia um caráter construtivista da própria questão da

experimentação, já que o usuário acessa o experimento e ele próprio o controla, sob

determinadas variáveis, e dentro do ambiente no qual o experimento se encontra, ele

pode descobrir mais assuntos que sejam interessantes, fazendo assim uma

aprendizagem por descoberta, o que pode ser bem vindo dentro de uma aula que se

baseie em projetos com o professor formando grupos de alunos com interesse comum

ao acessar experimentos remotos tirarem outras possibilidades associadas ao estudo

do que motivou aquele experimento, enriquecendo assim o conhecimento de todos

(alunos e professores).

Essas possibilidades foram discutidas e evidenciadas por Lima et al (2013), em

artigo publicado nos anais da ICBL (International Conference on Interative Computer

on Blended Learning, de 2013), e nele os autores discutem as características da

Experimentação Remota como um Sistema (quando considerado junto ao usuário) e

que portanto este sistema, dentro de uma perspectiva de Teoria Geral de Sistemas,

acaba por se tornar maior que o todo, ou seja as associações e interações

estabelecidas dentro de um AVA, na experimentação, permite ao usuário descobrir

mais inferências e associações do que se tivesse em uma aprendizagem tradicional.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

131

De acordo com os autores (LIMA et al, 2013), através da experimentação, o

próprio conteúdo das aulas, para os alunos:

deixa de ser aquele quadro de conceitos hierárquico linearmente organizado e passa a ser o conhecimento que os próprios alunos construíram. Como tal, o conteúdo é impregnado das suas concepções alternativas que devem ser

tratadas desde suas origens para permitir mudanças conceituais que aproximem-se conhecimento do saber científico atual e provisório.

(LIMA, et al, 2013, p. 257)

E pela experimentação, por outro lado, os alunos também passam a ser sujeitos

mais participantes na construção de seus conhecimentos. Isto exige um maior esforço

intelectual para exercitar a utilização de conceitos, metodologias e práticas,

aproximando as atitudes da metodologia cientifica atual. A experimentação possibilita

ao aluno conhecer o trabalho científico e vivenciá-lo na prática, e em suas possíveis

variáveis.

Sendo assim, para Lima et al (2013), a experimentação remota se utiliza de

elementos do ensino eletrônico (e-learning) no ensino presencial para disponibilizar

experimentos físicos a distância dentro de uma aula que os alunos não usufruem

destes recursos ou são impossibilitados de frequentar espaços laboratoriais.

Os experimentos remotos são elementos físicos que interagem por comandos

ativados remotamente através da Web em experimentos ligados à microservidores

Web ou placas Arduino com porta ethernet (SILVA, 2007), ou mesmo pela saída serial,

dentro de uma arquitetura de software apropriada. Desta forma, as interações são

diretas com equipamentos reais controlando relés, circuitos ou sensores, e se obtém

o feedback em tempo real dos resultados das experiências online, que também são

observados através de streaming de vídeo de uma câmera IP direcionada.

Neste processo podem ser observados efeitos dinâmicos muitas vezes

complexos de serem explicados, mas compreensíveis em abordagens realistas para

resolver problemas, e que muitas vezes, por uma questão de impossibilidade técnica

não podem ser considerados dentro de um modelo utilizado em uma simulação, por

exemplo, ou mesmo em uma explicação em uma aula presencial mais tradicional.

Outro aspecto importante é a resposta rápida, Neto et al (2012), observam que

nestes laboratórios “os elementos são reais, seu acesso é virtual e as suas

experiências reais”. Diferente da simulação e dos laboratórios virtuais, os laboratórios

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

132

remotos utilizam experimentos reais, o que aproxima os resultados dos obtidos pelos

laboratórios presenciais (hands-on).

Uma gama de outras tecnologias ainda pode tornar a experimentação mais

atrativa e fácil de interagir, o desenvolvimento de novas tecnologias, dispositivos

móveis, mundos virtuais e sensores inovam na interação com o usuário. A mediação

do professor, à distância, pode ser ampliada pela imersão proporcionada pelos

dispositivos móveis e suas possibilidades de interação, como a possibilidade de

associar imersão por realidade virtual aumentada em determinado experimentos.

Diversas vantagens apoiam a utilização de experimentos, a experimentação

remota proporciona um barateamento dos recursos tecnológicos, já que o mesmo

experimento pode ser acessado por diversas escolas, em diversas localidades. Além

disso, as configurações de equipamento necessárias para o acesso aos experimentos

são mínimas, sendo o mais importante o acesso à internet.

E mais, exemplo práticos do uso dos ambientes virtuais com a experimentação

remota que pode ser citado é quando o professor está explicando determinado

conteúdo em aula, no qual o aluno imaginará tal ensinamento com a sua própria visão

de mundo, que é única e de acordo com sua própria história de vida. Mesmo que a

informação passada seja a mesma, cada estudante vai observar e construir

mentalmente o objeto a sua própria maneira, de acordo com sua própria habilidade

cognitiva. Alunos, professores, são sistemas únicos, organizações. Por isso é

extremamente complicada a questão da avaliação de aprendizagem em sala de aula,

pois as pessoas ali envolvidas, cada uma delas, é um sistema próprio, único, o que

os torna diferentes uns dos outros, justamente pelas diferentes visões que possuem

dessa mesma realidade.

Portanto, as mudanças nas visões de mundo desdobram-se em novas formas

de ação nos meios em que se vive e atua. “O mundo é, para cada um, do tamanho do

conhecimento que cada um tem dele”, sendo essencial levar em conta o papel central

da escola: o de ampliar o conhecimento dos estudantes, tarefa dos educadores nas

instituições.

A capacidade de observação do homem permite a construção de sistemas

integrados por uma estrutura sensorial do seu entorno. Logo, a observação torna-se

fundamental para a estruturação clara de uma visão sistêmica. Segundo Alves (2012),

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

133

a “visão de mundo é individual, ou seja, pertence à pessoa que a construiu na mente

consciente; e é portanto, única e dinâmica, posto que atualizada constantemente.

Também convenciona que a visão sistêmica, é por meio da Teoria Geral de Sistemas

a ciência da inteireza, totalidade. Estuda o sistema, seu ambiente, suas respectivas

estruturas, a fronteira que o separa do ambiente e, finalmente o acoplamento

estrutural sistema-ambiente, independentemente da área de conhecimento envolvida.

Uma visão de mundo pode ter seu estado alterado e a experimentação

proporciona esta mudança. Esta mudança passa por quatro domínios, segundo

Maturana e Varela (2001), como:

1. Domínio das mudanças de estado: isto é, as mudanças estruturais que

uma unidade pode sofrer sem que mude sua organização, ou seja,

mantendo a sua identidade de classe;

2. Domínio das mudanças destrutivas: todas as modificações estruturais

que resultam na perda da organização da unidade e, portanto, em seu

desaparecimento como unidade de uma certa classe;

3. Domínio das perturbações: ou seja, todas as interações que

desencadeiam mudanças de estado;

4. Domínio de interações destrutivas: todas as perturbações que resultam

numa modificação destrutiva.

Segundo Alves (2012), “o estado de um sistema em um instante de tempo é

tão somente uma fotografia desse sistema naquele instante de tempo” E o

aprendizado pela experimentação proporciona exatamente isso: uma mudança na

maneira de se enxergar a aprendizagem dos conteúdos, por meio da experimentação,

já que o mesmo experimento pode ser acessado por diversas escolas, em diversas

localidades.

11. Resultados

Os resultados estão sendo coletos, e estamos em fase de testes da montagem

para adequação ao ambiente virtual, o qual, por sua vez, também está sendo

readequado às necessidades pedagógicas (possíveis) futuras.

O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) que está sendo montado contém

os materiais instrucionais relacionados ao fenômeno da difração de feixe de luz,

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

134

difração de elétrons, interferência construtiva e formação de espectro por meio da

difração, além de itens relacionados aos aspectos históricos, simuladores para se

investigar de maneira mais aprofundada e itens que demonstram como se pode

montar o experimento, caso se deseja investigar o assunto. Além disso, o AVA permite

o acesso ao experimento remoto através de uma interface gráfica, que controla tanto

o acionamento da lâmpada de LED quanto o giro do motor, e possibilita a visualização

do experimento. O AVA encontra-se no endereço eletrônico e pode ser acessado a

partir de um computador pessoal (PC) ou um dispositivo móvel.

Na montagem do weblab, montamos um ambiente dividido em sete páginas:

“Sobre o Experimento”, “Resultados”, “Teoria”, “Simuladores”, “Blog do Experimento”,

“Faça Você Mesmo” e “Referências.

A página de Teoria apresenta cronologias de contribuições técnicas e

científicas a respeito do comportamento ondulatório e corpuscular da luz, que

culminaram na realização de experimentos a respeito da difração da luz, e também

em outros tantos a respeito da difração de elétrons, por exemplo.

Mais detalhes a respeito se encontram na página Blog do Experimento, a qual

remete ao Blog criado a fim de mostrar mais detalhes históricos a respeito do assunto,

bem como detalhes técnicos e operacionais a respeito de cada componente utilizado

(mortores de passo, rede de difração, lente convergente, obtenção de espectro visível,

comportamento dual da luz, difração, interferência construtiva, etc...).

Nestas duas páginas e na página Simuladores disponibilizamos hipertextos

descrevendo brevemente essas contribuições. Os esquemas elétricos das conexões

elétricas do aparato experimental utilizado também estão disponíveis no blog.

Enquanto isso, o link Utilizar O Experimento direciona o usuário ao ambiente

de realização remota do experimento.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

135

Fig. 33 – Versão do experimento remoto como simulador, disponível em http://www.weblab.pucsp.br/era/simulador

Na página Simuladores (Figura 33) é mostrado um simulador da montagem

experimental, em linguagem Flash, e que permite que o usuário altere a fonte de

emissão de luz (fonte de Mercúrio (Hg), fonte de Sódio (Na)), altere a tensão inical

(que faz com que o espectro seja mais intenso ou menos intenso), altere a distância

da rede de difração à fonte, entre outros fatores. Embora um pouco diferente do

experimento real (no que se refere à semelhança física, não ao conceito de obtenção

do espectro), por essa simulação o usuário pode comparar o experimento de

simulação virtual ao equipamento experimental apresentado no AVA.

Isto permite que o estudante faça a correlação entre a teoria (esquemas

elétricos, obtenção de espectro visível) e a prática (montagem do experimento, função

de cada um dos componentes, e diferenças entre os equipamentos). Além disso,

disponibilizamos esse simulador com um exemplo de tarefa que pode ser aplicada em

sala de aula, com referências e um pequeno relatório auxiliar descrevendo

procedimentos pedagógicos que podem ser implementados para o uso do simulador.

Com isso, o professor que quiser trabalhar conceitos em sala de aula, pode usar estas

tarefas como forma de otimizar o conteúdo trabalhado, possibilitando o ensino mais

atrativo, visando uma aprendizagem que possa ser mais significativa.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

136

Fig. 34 – Versão do experimento remoto como simulador, com uma breve descrição de sugestão de tarefa

possível de ser trabalhada em sala presencial (ou mesmo a distância), com roteiro proposto para uso do simulador - disponível em http://www.weblab.pucsp.br/era/simulador

11.1. Realização Do Experimento Remotamente

Deverá ser realizada uma simulação da obtenção do espectro da luz visível,

para cada uma das cores da lâmpada de LED, além de se coletar os espectros de

irradiância por comprimento de onda, para cada uma das cores. Se possível,

pretendemos disponibilizar na interface de controle uma possibilidade para

visualização da composição e cores, ao mesmo tempo em que se observa o espectro

pela webcam. Em testes futuros, pretendemos disponibilizar o sistema pronto para

estudantes do ensino superior, a fim de utilizarem o experimento remoto desenvolvido.

Os detalhes acerca da fundamentação teórica associada ao procedimento

experimental foram apresentados no capítulo 10.1.

Desta forma, por meio do ambiente virtual de aprendizagem, o usuário deverá

manipular o acionamento da lâmpada ao apertar o botão de acionamento da mesma,

além de poder controlar o giro do motor, permitindo que o mesmo gire em ângulos

específicos, fazendo com que as raias do espectro atinjam o sensor detector de cores

e o conversor de frequência, coletando assim os dados para geração do espectro.

Este procedimento poderá ser realizado para todas as cores disponíveis da lâmpada

de LED.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

137

Pretendemos realizar, futuramente, um estudo de caso do uso deste

experimento remoto em situação real de ensino para uma turma de estudantes do

ensino médio. Além disso ainda pretendemos realizar alguns testes de uso do AVA,

assim que estiver terminado, com estudantes de ensino superior (TAKAHASHI et al,

2014).

A seguir, mostramos as páginas do weblab.

11.2. Página do Experimento: montagem, visual e controle

A partir dos códigos de comunicação entre o experimento real e o servidor, a

página final (para acomodação do experimento remoto, além dos outros conteúdos

associados para melhor compreensão do experimento), foi construída seguindo o

template disponível no site http://www.dotemplate.com/, a partir do qual seleciona-se

o template desejado, insere-se imagens e altera-se o design do mesmo.

Posteriormente a essa configuração inicial, as páginas criadas foram readequadas à

identidade visual e design adaptado pelo DTI-NMD, da PUC-SP.

Voltando ao template da página, a partir de concluídas as mudanças, no próprio

site, é possível se baixar o código fonte do referido template e alterá-lo conforme as

necessidades. No nosso caso, além do index, ainda acrescentamos, como comentado

no item anterior, outras páginas (sempre seguindo o modelo da primeira página) para

que representassem os links da aba inicial, a citar: “Sobre o Experimento”,

“Resultados”, “Teoria”, “Simuladores”, “Blog do Experimento”, “Faça Você Mesmo” e

“Referências”. É necessário que se salve todas as páginas dentro da mesma pasta

com os arquivos de visualização da Câmera, e dos arquivos em php,

GerarGraficoResultados.php e leituraResultados.php, que comandam a geração do

gráfico e da tabela dos dados de irradiância e comprimento de onda (que irão para a

página dos resultados, na html).

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

138

11.2.1. Página “Sobre o Experimento”

No caso da página de “Sobre o Experimento”, mostramos a visualização da

câmera remota do espectrofotômetro e um breve texto explicando o que esta

acontecendo, e dando boas-vindas. Segue exemplo da página na Figura .

Figura 35 - Página html criada com base em template de dotemplate.com: página do experimento (index), cujo design foi adaptado pelo DTI-NMD, da PUC-SP.

11.2.2. Página “Resultados”

Na página de resultados, enquanto o mesmo vídeo roda, é possível se ler um

resumo dos objetivos do projeto e justificativas, acompanhadas dos gráficos em tempo

real, obtidos via streaming dos comportamentos de irradiância por tempo e de

comprimento de onda por tempo. Para tanto, insere-se os códigos fontes respectivos

nas linhas destinadas pelo próprio template (tanto vídeo quanto gráficos). Segue

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

139

visualização da página na

Figura .

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

140

Figura 36 - Página html criada com base em template de dotemplate.com: página dos resultados , cujo design

foi adaptado pelo DTI-NMD, da PUC-SP.

11.2.3. Página Tabelas

Na página de tabelas é possível se observar a tabelas dos dados atualizados,

conforme a cabeça de leitura se movimenta para frente a partir da posição da fenda,

resultados que são enviados pela saída serial ao Processing que os coletando, cria

um arquivo texto, e o envia ao php. Este arquivo pode ser baixado, via link

correspondente na html; e da mesma forma, o acionamento é realizado pelo botão

criado em php, usando um servlet em Java, o qual também é utilizado para atualização

da tabela de dados. Segue visualização dos dados coletados bem como da php que

aciona a coleta de dados (Figura )

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

141

(a) (b)

Figura 37 – Páginas mostradas (a) ao se apertar o botão, mostrando, em php, que a coleta de dados se inciou, e ao fim da coleta, (b) o arquivo dos dados gerados, que podem ser baixados

11.2.4. Páginas “Teoria” e “Referências”

Na página de teoria e referências são apresentados os conceitos e como

funciona o experimento, bem como as referências teóricas utilizadas. Segue

visualizações na Figura (a) e (b):

(a) (b)

Figura 38 - Página html criada com base em template de dotemplate.com: página da teoria (a) e das referências (b), cujos designs foram adaptados pelo DTI-NMD, da PUC-SP

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

142

11.2.5. Pagina “Simuladores”

Figura 39 - Página html criada com base em template de dotemplate.com: página dos simuladores (cujo design foi adaptado pelo DTI-NMD, da PUC-SP), empregados como uma ferramenta para entender os

conceitos experimentais, com abordagem diferente.

Nesta página (Figura ) alguns simuladores correlacionados com o tema são

disponibilizados para o usuário, bem como links para roteiros de atividades que podem

ser desenvolvidas através destes simuladores. Consideramos esta página muito útil

para a compreensão do experimento e suas aplicações, além da motivação

pedagógica para inserção de hiperlynks e simulações, animações que favoreçam um

aprendizado mais significativo ao tema trabalhado. Esta página deverá ser atualizada

com futuras propostas pedagógicas que auxiliem o professor no uso da

experimentação remota, além de poder ser uma área a ser mais explorada para

descoberta dos conceitos que estão no experimento trabalhado.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

143

11.2.6. Página do Blog do Experimento

Figura 40 - Página html criada com base em template de dotemplate.com: página de referencia ao blog do

experimento. Design foi adaptado pelo DTI-NMD, da PUC-SP

Nesta página (Figura ) o usuário encontra um link ao blog dos experimentos,

em que estão disponíveis informações de todas as etapas de confecção do

experimento, bem como informações úteis a respeito de cada um dos componentes

utilizados, além dos simuladores e parte teórica, além de itens a respeito da parte

pedagógica que da base ao experimento e sua implementação em sala de aula, além

de links para os códigos-fontes utilizados.

11.2.7. Página Faça você mesmo

Nesta página (Figura ) apresentamos alguns links para vídeos e demonstrações

disponíveis sobre este e outros experimentos de baixo custo correlacionados ao tema

dos laboratórios remotos.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

144

Figura 41 - Página html criada com base em template de dotemplate.com: “faça você mesmo” (cujo design foi adaptado pelo DTI-NMD, da PUC-SP), criada com intuito de incentivar que o experimento e outras propostas

seja reproduzidas pelo usuário, como uma forma do próprio tirar suas conclusões e aprendizagem.

Esta página está inserida como uma forma de motivar o usuário a montar seus

experimentos e mostrar ideias, seja a professores que queiram trabalhar estes

experimentos em sala de aula, seja a alunos que queiram investigar mais

detalhadamente a Física Moderna, de como pode-se trabalhar conceitos de Física

Moderna Experimental com itens de amplo acesso e que custem pouco.

11.2.8. Configurações Finais

Sendo assim, com toda a infraestrutura de arquitetura de rede e de

acionamento remoto montada podemos descrever sobre como se dará o acionamento

remoto e coleta de dados do experimento.

Implementada a função de status (o arquivo txt com mensagem de comando

executado, que foi gerado a partir da confirmação do arquivo executável, ao término

da rotina) no php associado ao botão, dentro da página do experimento remoto – este

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

145

montado na WebLabDeusto -, o arquivo gerado automatiza o experimento se

comunicando com o servidor via arquivo executável, pela saída serial, e no qual está

disponível os dados em tabela de irradiância por comprimento de onda, vindos do

experimento, que foi acionado com o clicar do botão. Todo o procedimento é rodado

na máquina do servidor, recebendo sempre as informações da saída da Serial, por

onde também se envia a programação do Arduino.

Resumindo, ao se apertar botão com função de status, implementado em php,

o arquivo gerado automatiza o experimento, recebendo dele os dados de coleta de

sinais e de status do programa, pela saída Serial, junto à programação do Arduino,

que está rodando em paralelo (o botão aciona também a programação no Arduino).

Assim, atualizam-se os arquivos de resultados automaticamente, com o gráfico e a

tabela de dados também sendo atualizados, pois os arquivos que lhes geram também

são atualizados. E este mesmo arquivo pode ser baixado pelo usuário através de um

link, de modo que ele possa montar o gráfico em sua máquina.

Ainda é inserida mais uma função para reconhecer as funções “iniciar

experimento”, dentro da programação do Arduino, como comentada no quadro 1, que

é acionada no momento em que o cliente/usuário estabelece comunicação com o

servidor pela serial, o qual aciona a programação do Arduino; também foi adicionada

a função de parar o experimento (função “PararCliente()” - comentada no quadro 5).

Ao final da coleta de dados o experimento cessa e o motor gira de volta a

posição original. Na programação que roda no Arduino, é implementada mais uma

função que reseta os dados conforme o cliente já rodou o experimento. Assim, se gera

um novo arquivo, a cada tomada de dados realizada, após determinado tempo, o qual

pode ser delimitado na programação.

Devido a fase de readequações do Ambiente Virtual de Aprendizagem, ainda

não há resultados de visualizações ou de acessos. Logo, as análise ainda devem ser

melhor elaboradas para futuros relatórios. Os resultados das programações

finalizadas encontram-se disponíveis nos anexos deste projeto (Anexo 1 –

Programação da Interface de controle, do acionamento da lâmpada; Anexo 3 –

Programação do Arduino, para controle do sistema e obtenção dos resultados).

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

146

CAPÍTULO III – Análises, Conclusões Parciais e Próximas Etapas

12. Análises Possíveis e Testes Futuros

12.1. Usabilidade Do Ambiente Virtual De Aprendizagem

12.1.1. Análise do Tempo de Latência

De acordo com (TAKAHASHI et al, 2014), o qual aplicou esta série de testes,

que devem ser aplicado ao projeto em tela, “Um fator importante na experimentação

remota para que o estudante tenha a sensação de estar manipulando presencialmente

o experimento é o tempo de resposta entre um dado comando e a visualização da

resposta a este comando”. Ou seja, quanto menor o atraso no tempo de resposta,

melhor a sensação de realidade e menor a sensação de frustação ao experimento.

Principalmente nos dias atuais, com estudantes procurando respostas imediatas às

suas dúvidas.

De acordo com (TAKAHASHI et al, 2014), em seus testes, para acessos ao

experimento realizado a partir de um notebook em localidades próximas ao laboratório

de experimentação remota, o tempo de latência é desprezível e a sensação de

realidade é máxima. Isto significa que a utilização do experimento remoto por escolas

da região é altamente viável. Considerando a região central de São Paulo, na quais e

localiza o experimento, esta viabilidade dado o bom número de escolas no entorno,

essa viabilidade se faz em uma questão de escolha (e de disponibilidade, claro, da

escola em poder realizar os testes e verificação dos acessos).

Obviamente, o acesso remoto do experimento a grandes distâncias é bastante

dependente das condições de tráfego da rede internet. Takahashi et al (2014)

realizaram testes de distância e neles, acessos feitos de Praga (República Tcheca),

Dublin (Irlanda) e Londres (Inglaterra), em diversos horários do dia e com o mesmo

notebook, mostraram a instabilidade do sistema de transmissão, com a degradação

no tempo de latência entre o envio de um comando e a observação do efeito deste

comando na tela, diminuindo a sensação de realidade ao se manipular o experimento.

Como exemplo, o mesmo grupo (TAKAHASHI et al, 2014) realizou medidas do tempo

que decorria desde o instante em que o usuário enviava um comando para ligar (ou

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

147

desligar) o aparato experimental e o instante em que esse comando era percebido na

tela.

Medidas nos tempos de latência feitas ao se acessar o experimento

(TAKAHASHI et al, 2014), a partir de Londres, ao redor das 7:00 h locais (3:00 h no

Brasil) e realizar as mencionadas ações, mostram que o tempo de latência mínimo

médio ocorria ao se desligar o aparelho e correspondeu a 2,40s, enquanto o tempo

de latência máximo médio foi de 3,27s, ao se ligar o aparato experimental.

A assimetria nos tempos de latência verificada ao se ligar e desligar o

experimento, relata Takahashi et al (2014), pode ser explicada pelo fato de que, ao se

ligar o experimento, o processo de energizar todos os elementos necessários para

fazer funcionar todo o aparato experimental demanda maior tempo do que o corte da

energia a todos estes elementos, ao se desligar o mesmo.

A partir desses dados, fica evidenciado que o uso do experimento remoto a

distâncias muito grandes passa a ser dependente das condições de tráfego da rede

internet, com degradação da qualidade em função do número de usuários utilizando

a rede. Ou seja, quanto mais usuários usam a mesma rede, o tráfego fica

sobrecarregado e uma chamada realizada para acionamento do experimento acaba

se sobrepondo a outras de modo que o sistema tende a ficar mais lento para suprir a

demanda intensa.

Uma possibilidade de se dirimir estes aspectos de lentidão é criar uma fila de

chamadas, de modo que um usuário por vez venha a usar o experimento, além de se

colocar um tempo de espera entre usuários distintos, o que possibilita ao sistema de

se esfriar, além de permitir que o tráfego fique mais rápido. Estas possibilidades de

melhoria de qualidade envolvem trabalhos cooperativos entre diferentes instituições

de pesquisa nacionais e internacionais que estão a se dedicar ao uso educacional da

experimentação remota.

12.1.2. Interação Aluno-Interface

A análise da interação aluno-interface deverá ser feita com base nos seguintes

componentes de usabilidade propostos por Nielsen (2007): facilidade de

aprendizagem, erros e satisfação.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

148

Para Nielsen, a usabilidade é um atributo de qualidade que permite avaliar a

facilidade de utilização de interfaces pelo usuário. Para este autor, o componente

“facilidade de aprendizagem” relaciona-se à facilidade do usuário em realizar tarefas

básicas no sistema desde o seu primeiro uso; o componente erros relaciona-se à

gravidade dos erros cometidos pelos usuários na manipulação do sistema e à

facilidade em retornar e dar continuidade às atividades que executava antes do erro

cometido; a componente satisfação está associada ao fato do usuário considerar

agradável utilizar o sistema.

Por isso, realizaremos uma análise qualitativa da usabilidade do AVA, cujo

teste, da mesma forma que foi realizada por Takahashi (2014), deverá ser feito com

cinco ex-alunos de curso de Licenciatura em Física da PUC-SP, que não acessaram

ao AVA. De acordo com (NIELSEN, 1997; apud TAKAHASHI, 2014), a identificação

de 100% dos problemas de usabilidade pode ser obtida com quinze usuários, mas o

teste pode ser considerado suficientemente confiável com cinco deles (detecção de

mais de 85% dos problemas).

Para tanto, deverão ser distribuídas tarefas para serem realizadas com o uso

do AVA, de forma que o estudante navegue por todos os menus principais sem o

auxílio do avaliador. Para a coleta de dados, devem ser utilizadas a captura de tela do

computador e a técnica do protocolo verbal (think aloud protocol) (BALDO, 2011) com

gravação sonora, a exemplo da técnica empregada em Takahashi (2014), o qual se

baseia no processo de modelagem cognitiva de think aloud protocol (SOMEREN,

1994).

As telas devem ser capturadas pelo uso do software livre AutoScreenRecorder,

ou por software semelhante (WISDOM SOFTWARE INC., 2013), enquanto a gravação

das falas dos estudantes ao manipular o AVA deverá ser feita com uso do gravador

de som do próprio sistema operacional do computador.

A técnica think aloud protocol, de acordo com (TAKAHASHI et al, 2014),

consiste em solicitar que o usuário pense em voz alta enquanto realiza as ações e

suas falas são gravadas para posterior análise em conjunto com a captura da tela do

computador. Esta técnica é considerada mais confiável do que solicitar respostas a

questionários, onde é mais fácil ao usuário falsear uma resposta (NIELSEN, 1997). E

apresenta a vantagem de se ter uma comparação visual com o registro da tela.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

149

De acordo com Takahashi et al (2014), as tarefas apresentaram algumas

características:

Tarefa 1: é cumprida por todos os estudantes, mas o requisito de utilizar proxy

nas conexões à internet feitas no interior da faculdade exige intervenção de

avaliador para resolver eventuais problemas de acesso à rede. Os problemas de

segurança e acesso a rede variam de entre instituições, mas os protocolos de

segurança em geral são mais restritos dentro de uma universidade, por isso é

sempre interessante a presença de avaliadores nesta etapa para dirimir

eventuais bloqueios que aconteçam.

Tarefa 2: no desenvolvimento desta tarefa, Takahashi indica que alguns

estudantes reclamaram da falta de plugin Flash (instalado ou atualizado), em

detrerminados browsers e, por esta razão, não era possível a visualização da

imagem panorâmica do laboratório contendo os experimentos montado e

desmontado e de um vídeo disponibilizado nas primeiras páginas do AVA.

Alguns deles, diante dessa descoberta, instalaram, por decisão própria, o plugin

necessário e retomaram a navegação pelo ambiente virtual sem problemas. Por

outro lado, o autor comenta que outros estudantes, indecisos, questionaram

colegas próximos sobre o procedimento a ser tomado, obtendo recomendações

para instalar o plugin. Posteriormente, também retomaram a navegação sem

encontrar outros problemas nesta tarefa.

Em tempo, nas mais recentes atualizações dos sistemas desses browsers (a

citar, Google Chrome e Mozilla Firefox), a presença do plugin Flash foi descontinuada,

e na verdade ela vem sendo uma recomendação dos sistemas de navegação, devido

a questões de vulnerabilidade e segurança, além de problemas de acessibilidade e

usabilidade. Para tanto, recomenda-se que estas imagens sejam disponibilizadas em

formato HTML5, fato que deve ser considerado na montagem do AVA referente ao

projeto em tela.

Tarefa 2: Como o erro é considerado como uma ação que não atinge a

expectativa do usuário, o problema da inexistência do plugin em alguns

browsers, alerta Takahashi (2014), enquadra-se nesta descrição e a

componente erros manifestou-se nesta atividade.

Tarefa 3: Takahasi (2014) aponta outro aspecto relacionado a componente erros

na realização desta tarefa, quer seja, no momento em que o estudante deve

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

150

acessar o Fórum para discutir sobre uma questão ali postada. Isto é, como a

página do Fórum não havia sido desenvolvida pelo grupo e utilizou-se de uma

programação já existente, era necessário realizar um novo cadastramento para

poder acessá-lo. Isso originou dúvidas sobre como e porque realizar novamente

um cadastramento. A solução encontrada pelo grupo da UFU (TAKAHASHI et

al, 2014) foi realizar a programação de um ambiente próprio para o Fórum, sem

a necessidade de novo cadastramento.

Para o AVA do projeto em tela, pretendemos atualizar a página do weblab, já

existente, incrementando-a com funções que permitam uma interação maior, no que

se destina a resolução de dúvidas dos usuários, como a criação de fóruns, dentro do

WebLab (se necessário, pretendemos atualizar o weblab dentro da estrutura do

moodle), espaços para discussões, entre outras funções que estamos analisando.

Tarefas 4, 5 e 7: realizadas sem qualquer registro que merecesse uma atenção

especial e não apresentaram destaques negativos durante o desenvolvimento

(Takahashi et al, 2014).

Tarefa 6: uso de um simulador com imagens reais dos equipamentos

experimentais, de acordo com um esquema elétrico apresentado. Por ter um

caráter semelhante a um jogo, com um alto grau de interatividade, demonstrou

ser uma das partes mais atrativas do AVA para os estudantes.

Dentro das especificidades do sistema proposto no projeto do grupo de

Takahashi (2014) (ou seja, o usuário deveria realizar corretamente conexões elétricas,

de acordo com um esquema elétrico apresentado), foi observado, entretanto, que a

prática da montagem do experimento por tentativa e erro predominou. É interessante

notar essa característica dentro de um AVA, no que se refere ao uso de simuladores.

Isso porque a simulação molda uma situação, a fim de que determinados conceitos

possam ser melhor trabalhados. Com isso, se esse trabalho não apresentar reflexão

por parte do usuário, perde-se a função da própria simulação. E por isso é importante

colocar elementos que bloqueiem os “atalhos”, para que o usuário perceba o que

realmente esteja fazendo.

Aqui, Takahashi et al (2014) apontam que uma possibilidade é a inserção de

mensagens a cada vez que o aluno faça uma tentativa errada, sugerindo que ele

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

151

consulte o esquema elétrico e tente novamente; outra possibilidade, de acordo com o

mesmo autor, é limitar a quantidade de vezes que ele pode tentar acertar uma

conexão de forma aleatória.

Na tarefa 6, é importante colocar que (TAKAHASHI et al, 2014, p. 152)

reconhecem que,

ainda que os estudantes tenham demonstrado facilidade em utilizar o

simulador, os registros de capturas de tela dos PCs apontam que as componentes erro e satisfação manifestaram-se claramente nesta atividade, ficando evidente também nas verbalizações.

Aqui se tem uma demonstração de que a satisfação veio acompanhada pelo

erro dado que o usuário pôde fazer as conexões livremente, sem não

necessariamente refletir sobre o que fazia (o que aumentou o grau de satisfação, mas

permitiu uma maior incidência de ligações erradas). Aqui é importante mencionar que

dentro de um AVA é interessante que o usuário possa ter elementos em que se sinta

satisfeito, mais livre para agir, ao mesmo tempo em que se tenha elementos cujos

erros possam ser refletidos e analisados, por ele próprio, também, o que facilitaria a

noção de aprendizagem por descoberta, e também aumentando o grau crítico da

análise do usuário. Por isso é importante que se tenham simuladores adequados para

as duas finalidade dentro de um AVA, mesmo dentro de um laboratório de

experimentação remota, justamente por poder treinar a análise crítica do usuário e

poder permitir mais descobertas, que facilitem seu trabalho no experimento remoto.

Outra funcionalidade que pretendemos incrementar para um futuro próximo, é

a criação de um sistema de gerenciamento de manipulação do experimento, a

exemplo do que foi realizado por TAKAHASHI (2014). A ideia aqui é poder permitir

que professores/tutores tenham permissões diferenciadas, até para um eventual

estudo de uso de caso futuro, a fim de se avaliar o trabalho de tutores e de alunos,

ambos enquanto usuários com permissões e funções distintas. Este sistema será

criado para acesso por apenas um usuário (por vez), enquanto os demais

(tutores/professores, ou mesmo outros usuários que possam ser avaliadores

eventuais, dentro de uma estratégia de avaliação) observam em suas telas. Para tanto

deve ser criado um novo ambiente (ambiente de experimentação, na nomenclatura de

Takahashi et al (2014)), que exige outro login.

No artigo apresentado por (TAKAHASHI et al, 2014), na Tarefa 7, após acessar

o ambiente de experimentação, o professor pode alterar a permissão de controle do

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

152

experimento entre os alunos que estão navegando naquele ambiente, de forma

independente a quem estiver navegando nos demais ambientes do site.

No AVA que estamos implementando pretendemos montar essa

funcionalidade, com as devidas permissões também, além da execução das tarefas

para verificação das questões de usabilidade e acessibilidade do sistema, além da

implementação das tarefas pedagógicas, com respeito a verificação de utilidade das

mesmas.

13. Conclusões e Próximas Etapas

13.1. Considerações Finais

Dentre as diversas pesquisas desenvolvidas na área da Educação, que

apontam potenciais recursos para o processo de ensino e aprendizagem, os

Laboratórios de Experimentação Remota surgem como algo novo e promissor

(NIELSEN, 1997) (MENDES e FIALHO, 2005), com tendência de se tornarem

instrumentos de experimentação muito eficientes , mas que ainda precisam de uma

quantidade maior de pesquisas sistemáticas sobre suas reais potencialidades,

particularmente, na aprendizagem significativa em Física, pois “as aplicações das

TICs em contextos educativos sugerem que os laboratórios realizados através do uso

da Internet podem fornecer mais oportunidades para experiências de laboratório e

melhorar o método de ensino” (OMID et al, 2008).

Neste trabalho, descrevemos a construção de um sistema para acesso e

controle remoto de um experimento didático real e o desenvolvimento de um Ambiente

Virtual de Aprendizagem no qual o experimento remoto está inserido. São necessárias

melhorias e ajustes no AVA, além de testes de usabilidade do mesmo, o que permite

dizer que melhorias relacionadas à usabilidade também devem ser realizadas.

Espera-se que estes aspectos de usabilidade (como plugin Flash) não venham a ser

aspectos que comprometem a sua utilização em um contexto de ensino formal

(TAKAHASHI et al, 2014), podendo contribuir para a realização de práticas

experimentais inovadoras. Estes ambientes de aprendizagem são dinâmicos, razão

pela qual necessitam submeter-se, também, a avaliações periódicas, no sentido de

terem suas fragilidades devidamente identificadas e superadas.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

153

O desenvolvimento do AVA para a observação e estudo do espectro difratado

por uma lâmpada de LED RGB, além de resultar em um produto educacional que seja

acessível às escolas da educação básica, contribui, ainda, para o estabelecimento de

trabalhos de pesquisa cooperativos entre estudantes de diferentes níveis da educação

formal e pesquisadores com diferentes formações profissionais, no caso das tarefas

que ainda serão realizadas. Além de poder permitir um aprofundamento maior em

tópicos de Física Moderna, como funcionamento de semicondutores (LED), espectro

eletromagnético, espectro visível, fenômeno da difração, entre outros.

13.2. Considerações dos Resultados Parciais

Retomando, até o momento, montamos a estrutura do experimento físico, bem

como a programação no Arduino para controle de giro do motor, que aciona o giro da

rede de difração a fim de fazer passar as raias do espectro pelo sensor de cor. Este

por sua vez, coleta os dados de irradiância e de comprimento de onda, os quais são

repassados via saída serial a interface de controle, a qual é acionada pelo usuário

remoto, o qual poderá observar os dados em um gráfico de Irradiância (W/m²) por

Comprimento de onda (nm), ou em uma tabela com as respectivas colunas.

Também está em fase de adequação às características de Ambiente Virtual de

Aprendizagem, a interface de controle do experimento (como pode ser observada pela

figura 30), a fim de possibilitar um maior suporte a uma aprendizagem mais

significativa.

Também está pronta a interface de controle de acionamento das cores da

lâmpada de LED RGB, em php, a qual será inserida dentro da interface de controle

do experimento. A programação e a imagem da interface (ANEXO 1), bem como a

programação no arduino (em C++) – ANEXO 2 - que controla o envio de dados a

interface de controle pela saída serial, além da imagem do experimento físico,

propriamente dito (ANEXO 3), com a disposição dos componentes para geração do

espectro, estão na sessão de anexo.

Assim, recordando, nesta fase do projeto, realizamos:

1. A montagem do experimento físico,

a. fixando cada um dos componentes,

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

154

b. melhorando a resolução do espectro,

c. melhorando o envio dos dados através da inserção do sensor de cores

(sensor de cores RGB TCS3200), no lugar do conversor de frequência

2. A adequação da Programação no Arduino para enviar a coleta de dados e

receber os comandos da interface de controle

3. Inserção com adequações da Interface de Controle Remoto (que aciona a

mudança de cores da lâmpada de LED, conforme o usuário queira), na

Interface de Controle do Experimento.

Nesta mesma interface é possível o usuário visualizar as porcentagens de cada

componente Vermelha (R), Verde (G) e Azul (B), no momento em que aciona a

respectiva cor visualizada pela interface, ao mesmo tempo em que visualiza a

formação do respectivo espectro difratado.

13.3. Próximas Etapas

Ainda pretendemos realizar:

1. Adequação da Interface de Controle para torná-la mais apropriada para fins

de um Ambiente Virtual de Aprendizagem:

a. Incrementando o AVA de modo a permitir a colocação de chats,

fóruns entre outros componentes dentro da interface que permita a

troca de informações, dentro de uma perspectiva semelhante ao

ambiente disponível no Moodle, ou pelo menos colocar a interface

em uma página que contenha esses elementos.

b. Colocando itens dentro do AVA que permita uma interação maior

com o usuário remoto, como por exemplo, hiperlinks que possam

leva-lo a vídeos de demonstração de outros experimentos

relacionados, simuladores dos conceitos advindo com o

experimento demonstrado entre outras possibilidades.

c. Melhorar o design da Interface de controle do Experimento Remoto.

Com essas atualizações a serem realizadas ou aperfeiçoadas pretendemos

que este experimento fique já disponível para controle e verificação dos espectros

pelo usuário remoto, além de poder ser usado efetivamente como um recurso para a

aprendizagem do mesmo, e que seja significativa e interessante.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

155

Referências Bibliográficas

AGUIAR, C.E.; LAUDARES, F. “Aquisição de Dados usando Logo e a Porta de Jogos do PC”. Revista Brasileira de Ensino de Física, 23, 4, 371-379, 2001.

ALVES, J.B.M. “Teoria Geral de Sistemas - Em busca da Interdisciplinaridade”, vol. 1, Instituto

Stela, 2012.

BALDO, A., “Protocolos verbais como recurso metodológico: evidências de pesquisa”. Horizontes de Linguística Aplicada, ano 10, n.1, pp. 152, 2011.

BANZI, M. “Primeiros Passos Com o Arduino”, São Paulo: Novatec, p1, 2011.

BOTENTOUIT JUNIOR, J. B. “Laboratórios Baseados Na Internet: Desenvolvimento De Um Laboratório Virtual De Química Na Plataforma MOODLE”, Dissertação de Mestrado em Educação Multimídia.

Orientadora: Dra. Clara Maria Pereira Coutinho. Universidade do Porto, Portugal, 2007.

BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96; art. 32-II. Brasília, 1996.

BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC, SEMTEC, 2002.

CARDOSO, D.C.C. e TAKAHASHI, E.K. “Experimentação remota em atividades de ensino formal: um estudo a partir de periódicos Qualis A”, in RBPEC - Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Vol. 11, No 3, 2011. Acesso em 27 abr. 2015.

CAVALCANTE, M.A. “O projeto Webduino”. Acesso em 16 de Julho de 2014, disponível em

http://webduino.blogspot.com.br/

CAVALCANTE, M.A.; BONIZZIA, A.; GOMES, L.C.P. “Aquisição de dados em laboratórios de Física; um método simples, fácil e de baixo custo”, Revista Brasileira de Ensino de Física, 30,2, 2501-2506,

2008.

CAVALCANTE, M.A.; BONIZZIA, A.; GOMES, L.C.P. “O ensino e aprendizagem de física no Século XXI: sistemas de aquisição de dados nas escolas brasileiras, uma possibilidade real”, Revista Brasileira

de Ensino de Física 31,4, 4501-4506, 2009.

CAVALCANTE, M.A.; STABILE, B. S.; FONTES, M. M.; ALMEIDA JUNIOR, J. N.; REBOUÇAS, H. C. “Webduino: um laboratório de Sensoriamento Remoto para o ensino e Aprendizagem de Ciências”, em

fase de revisão, 2012

CAVALCANTE, M.A.; SILVA, E.; PRADO, R.; HAAG, R. “O Estudo de Colisões através do Som”, Revista Brasileira de Ensino de Física 24, 2, 150-157, 2002.

CAVALCANTE, M.A, TAVOLARO, C.R.C, HAAG, R. “Experiências em Física Moderna” . Física na Escola, 6,(1), p. 75, 2005.

CAVALCANTE, M.A.; TAVOLARO, C.R.C. “Medindo a Velocidade do Som”, Física na Escola, 4, 1, 29

– 30, 2003.

CAVALCANTE, M.A., TAVOLARO, C.R.C.; MOLISANI, E. “Física com Arduino para Iniciantes”, Revista Brasileira de Ensino de Física, 33,4,4053- 4053-8, 2011.

CETIC.BR, Pesquisa TIC Educação 2012 - Pesquisa sobre o uso das TIC nas escolas brasileiras, São Paulo, 2013.

CLOUGH, M.P. “Using the Laboratory to Enhance Student Learning, Learning Science and the Science

of Learning”, R.W. By-Bee, ed., pp. 85-97, Nat’l Science Teachers Assoc., 2002.

COUTINHO, C. P.; CHAVES, J. H. “O estudo de caso na investigação em Tecnologia Educativa em Portugal”. Revista Portuguesa de Educação, Vol 15, nº 1, 221-244, 2002.

DIONÍSIO, G. e MAGNO, C.W.; “Photogate de baixo custo com a porta de jogos do PC”, Revista Brasileira de Ensino de Física, 29,2, 287-293, 2007.

ELTON,L. “Student Motivation and Achievement” Studies in Higher Education, vol. 13, no. 2, pp. 215-

221, 1988

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

156

EVANS, G.R “Teaching.” Academics and the Real World, pp. 38-58, Soc. for Research into Higher

Education & Open Univ. Press, 2002.

FERNANDES, R.R.; FERNANDES; A.P.L.M.; SILVA, A.C.M.; ARAÚJO, M.O.; CAVALCANTE, M.C.T., Moodle: uma ferramenta on-line para potencializar um ambiente de apoio à aprendizagem no curso

Java Fundamentos (JSE). In VII SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2010. Disponível em http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos10/22_SegetMoodle_TI.pdf. Acesso em 07 dez. 2015.

GARCÍA-ZUBÍA, J.; ANGULO, I.; ORDUNA, P.; LÓPEZ-DE-IPINA, D.; HERNÁNDEZ, U.; RODRÍGUE Z, L.; DZIABENKO, O.; CANIVEL, V. “Weblab-Deusto-CPLD: A Practical Experience”, in “iJOE - International Journal of Online Engineering”, V.8, Special Issue 1: “exp.at’11”; Fevereiro, 2012.

Disponível eletronicamente em http://formamente.guideassociation.org/wp-content/uploads/2012_1_2_Garcia-Zubia.pdf. Acesso em 05 mar. 2016.

HAAG, R. “Utilizando a Placa de Som do Micro PC no Laboratório Didático de Física”, Revista Brasileira

de Ensino de Física, 23, 2, 176-183, 2001.

HANSON, B.; CULMER, P.; GALLAGHER, J.; PAGE, K.; READ, E.; WEIGHTMAN, A.; LEVESLEY, M. “ReLOAD: Real Laboratories Operated at a Distance”, IEEE Transactions on Learning Technologies ,

vol. 2, no. 4, October-December 2009

INTER-UNIVERSITY. “Teaching and Its Funding in the UK”, Univ. of Cambridge, United Kingdom, Mar., 2008

LIMA, J.P.C.; ROCHADEL, W. e SILVA, J.B. “Utilização da Experimentação Remota Móvel em Disciplina de Física do Ensino Médio”. Artigo apresentado nos anais da ICBL2013 (International Conference on Interactive Computer aided Blended Learning), 2013. Disponível em http://www.icbl-

conference.org/proceedings/2013/papers/Contribution85_a.pdf, acessado em 07 de dezembro de 2015.

LOPES, D. “Espectroscopia Óptica: histórico, conceitos físicos e aplicações”. Monografia apresentada

como parte integrante do Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, Instituto de Física, Física (Licenciatura), 2007.

LOURENÇO, R. S. “Laboratórios Remotos – Um Estudo para a PUC-Rio”, Relatório de Pesquisa,

Departamento de Engenharia Elétrica (DEE) – PUC-Rio, 31 de Julho de 2014.

LÜDKE, E. “Um espectrofotômetro de baixo custo para laboratórios de ensino: aplicações no ensino da absorção eletrônica e emissão de fluorescência”. Rev. Bras. Ens. Fís., 32, n. 1, p. 1506, 2010.

LUKAS, J. F.; SANTIAGO, K. “Evaluación Educativa”. Madrid: Alianza Editorial, 2004.

MAGNO, C. W.; MONTARROYOS, E. “Decodificando o Controle Remoto com a Placa de Som do PC”. Revista Brasileira de Ensino de Física, 24, 4, 497- 499, 2002.

MARGOLIS, M. “Arduíno Cookbook”. Sebastopol, CA, USA: O'Rilley Media, p1, 2011.

MATURANA, H. e VARELA, F. J.; “A Árvore do Conhecimento: as bases biológicas da compreensão humana”, Pala Athenas, 2001.

MEDEIROS, A.; MEDEIROS, C. F. “Possibilidades e Limitações das Simulações Computacionais no Ensino da Física”, Rev. Bras. Ensino Fís., v.24, n.2, p.77-86, junho 2002. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbef/v24n2/a02v24n2. Acesso em: 15 de maio de 2014.

MENDES, M. A.; FIALHO, F. A. P. Experimentação Tecnológica Prática a Distância. In: Congresso Internacional de Educação a Distância, 12., 2005. Florianópolis. Atas do XII Congresso Internacional de Educação a Distância. Florianópolis: ABED, 2005. Disponível em:

http://www.abed.org.br/congresso2005/por/pdf/132tcc2.pdf . Acesso em: 14 jan. 2014.

MESSA, W.C. Utilização de Ambientes Virtuais de Aprendizagem – AVAs: A Busca por uma Aprendizagem Significativa, in RBAAD, ABED, vol. 9 - Sao Paulo, 2010.

MONTARROYOS, E.; MAGNO, C.W. “Aquisição de Dados com a Placa de Som do Computador”, Revista Brasileira de Ensino de Física, 23, 1, 57 – 62, 2001.

MOREIRA, M.A. “Teorias de Aprendizagem.”, 2. ed., São Paulo: EPU, 2011.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

157

MORIN, E. “A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento.”, 8ª ed. Rio de

Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

MOZZER, L.D., “Ambientes Virtuais De Aprendizagem: Conceitos E Estratégias De Comunicação”, in Biblioteca Virtual do NEAD-UFJF, 2010. Disponível em http://www.cead.ufjf.br/wp-

content/uploads/2015/05/media_biblioteca_ambientes_virtuais_conceitos.pdf. Acesso em 07 dez. 2015

NEDIC, Z.; MACHOTKA, J.; NAFALSKI, A. “Remote Laboratories Versus Virtual and Real Laboratories”, 33rd ASEE/IEEE Frontiers in Education Conference. Boulder, CO – USA, Novembro, 2003.

NERSESSIAN, N.J. “Conceptual Changes in Science and Science Education,”, History, Philosophy and Science Teaching, pp. 133-148, OISE Press, 1992.

NETO, J. M., PALADINI, S., PEREIRA, C. E. e MARCELINO, R.; "Remote educational experiment

applied to electrical engineering" in 9th International Conference on Remote Engineering and Virtual Instrumentation (REV), 2012, pp. 1-5.

NIELSEN, J. “Usabilidade na web: projetando websites com qualidade ”. Rio de Janeiro: Elsevier,

2007.

NIELSEN, J.. “The use and misuse of focus groups” (2007). Disponível eletronicamente em http://www.nngroup.com/articles/focus-groups/ , acessado em 10 de dezembro de 2015

OMID M., SAJJADIYE, S.M. e ALIMARDANI, R. “Remote Monitoring and Control of Horticultural Cool Storage Over the Internet”. Computer Applications in Engineering Education, 2008.

OSTERMANN, F.; MOREIRA, M. A. Uma revisão bibliográfica sobre a área de pesquisa "física moderna

e contemporânea no ensino médio". Investigações em Ensino de Ciências, v. 5, n. 1, p. 23-48, mar. 2001. Disponível em http://www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID57/v5_n1_a2000.pdf. Acesso em 07 mai. 2015.

PASCO. Acesso em 12 de Dezembro de 2011, disponível em Educational Spectrophotometer System Manual: http://www.pasco.com/file_downloads/product_manuals/Educational-Spectrophotomete r-System-Manual-OS-8539.pdf , 2008.

PAPERT, S. “A Máquina das Crianças: repensando a escola na era da informática. ” Editora Artmed – edição revisada, 2008.

RBEF Editorial. “Física Moderna e Contemporânea no Ensino Médio: Chamada de Artigos”. Rev. Bras.

Ensino Fís. [online]. 2002, vol.24, n.4, pp. 375-376. ISSN 1806-9126.

REIS, S.R.; SANTOS, F.A.S.; TAVARES, J.A.V. “O Uso Das TICs em Sala de Aula: Uma Reflexão sobre o seu Uso no Colégio Vinícius de Moraes/São Cristóvão”, p. 216, em Anais do 3º Simpósio

Educação e Comunicação, 2012.

SÉRÉ, M. G.; COELHO, S. M.; NUNES, A. N. “O Papel Da Experimentação No Ensino Da Física”. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 20, n. 1, p. 31-43, 2003.

SIEVERS JUNIOR, F.; GERMANO, J. S. E.; OLIVEIRA, J. M. P. “WebLab - Um ambiente de laboratórios de acesso remoto educacional”, em Anais do 23º Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE 2012), Rio de Janeiro, novembro 2012

SILVA, J. B. “A Utilização Da Experimentação Remota Como Suporte Para Ambientes Colaborativos De Aprendizagem”. Tese de Doutorado, Orientador: Prof. João Bosco da Mota Alves, Dr., UFSC, Florianópolis, 2007.

SOMEREN, W.M., BARNARD, F.Y. e SANDBERG, A.C.J. “The Think Aloud Method. A practical guide to modeling cognitive process”. London: Harcourt, Brace & Company, 1994. Disponível eletronicamente em http://echo.iat.sfu.ca/library/vanSomeren_94_think_aloud_method.pdf. Acesso em

10 dez. 2015.

SOUZA, A.R.; PAIXÃO, A.C.; UZÊDA, D.D; DIAS, M.A.; DUARTE, S. e AMORIM, H.S. “A placa Arduíno: uma opção de baixo custo para experiências de Física assistidas pelo PC”, Revista Brasileira de E nsino

de Física, v.33, n.1, p.1702-1705, 2011.

SOUZA, D. F.; SARTORI, J.; BELL, M.J.; NUNES, L.A. “Aquisição de dados e Aplicações Simples Usando a Porta Paralela do Micro PC.”, Revista Brasileira de Ensino de Física, v.20, n.4, p.413-422,

1998.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

158

STABILE, B.S.; CAVALCANTE, M.A. “Desenvolvimento de interface padrão de comando com

reconhecimento de voz para diferentes dispositivos e experimentos didáticos monitorados e controlados remotamente”, III Webcurriculo, PUC/SP, Brasil, novembro de 2012. (acesso disponível em: http://zip.net/bbljlT ).

STUDART, N.; RIPOSATI, A.; MIRANDA, M. “Objetos de aprendizagem no ensino de física: usando simulações do PhET”, Revista Física na Escola, v.11, n.1, p.27-31, março 2010. Disponível em: http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol11/Num1/a08.pdf. Acessado em: 15 abr. de 2015.

TAKAHASHI, E.K.; CARDOSO, D.C.C.; NERI, H.G.F.; MOURA, R.N.; Rubens GEDRAITE, DANTAS, A.C.; PACHECO, M.J.P. e BORGES, P.H. “Ambiente Virtual de Aprendizagem para o Estudo da Descoberta do Elétron”, VAEP-RITA – IEEE-RITA Vol. 2, Núm. 3, Setembro de 2014. Disponível em

meio eletrônico em http://nutec.ufu.br/experimentos/artigos/201409-uploads-VAEP-RITA.2014.V2.N3.A7.pdf. Acesso em 05 dez. 2015.

UFES, Minicurso ARDUÍNO – ERUS Equipe de Robótica UFES. Disponível em

http://www.inf.ufes.br/~erus/arquivos/ERUS_minicurso%20Arduíno.pdf., 2012.

UNESCO. Padrões De Competência Em TIC para Professores – Diretrizes de Implementação v1.0, PARIS, UNESCO, 2008.

UNIVERSIDADE DE DEUSTO. WebLab-Deusto Research Group. Informações retiradas do site, utilizando Git Hub. Acesso em 20 de Maio de 2015, disponível em https://www.weblab.deusto.es/web/

VAN DEN AKKER, J.; NIEVEEN, N.; BRANCH, R. M.; GUSTAFSON, K.; PLOMP, T. (Eds). “Design

Methodology and Developmental Research in Education and Training”. Netherlands: Kluwer Academic, 1999.

WEBDUINO. Google Code. Acesso em 22 de Outubro de 2014, disponível em Project Hosting:

http://code.google.com/p/weblabduino

WISDOM SOFTWARE INC.. AutoScreenRecorder. Disponível em http://www.wisdomsoft.com/products/autoscreenrecorder_free.htm

WORLD WIDE WEB CONSORCIUM (W3C – Escritório Brasil), Uso de Padrões Web (Palestra), Maio/2009.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

159

ANEXO

ANEXO 1

Interface de Controle Remoto: Programação para a Interface de Controle Remoto

Esta é a programação utilizada pela interface de controle remoto, a qual faz o acionamento

das Cores na lâmpada de LED.

<?php $tecla = $_REQUEST['tecla']; if ($tecla != "") switch ($tecla) case "aumentarbrilho" : $acao = "1"; break; case "diminuirbrilho" : $acao = "0"; break; case "desligar" : $acao = "D"; break; case "ligar" : $acao = "L"; break; case "vermelho" : $acao = "R"; break; case "verde" : $acao = "G"; break; case "azul" : $acao = "B"; break; case "branco" : $acao = "W"; break; case "laranja" : $acao = "o"; break; case "verdeclaro" : $acao = "g"; break; case "azulmedio" : $acao = "b"; break; case "flash" : $acao = "F"; break; case "laranjaescuro" : $acao = "O"; break; case "azulclaro" : $acao = "z"; break; case "roxo" : $acao = "x"; break; case "estrobo" : $acao = "S"; break; case "amareloescuro" : $acao = "y"; break; case "azulesverdeado" : $acao = "c"; break; case "violeta" : $acao = "V"; break; case "fadein" : $acao = "<"; break; case "amarelo" : $acao = "Y"; break; case "azulesverdeadoescuro" : $acao = "C"; break; case "violetaclaro" : $acao = "P"; break; case "smooth" : $acao = "-"; break; $portAdress = fopen("COM6","w+"); sleep(1); fwrite($portAdress, $acao); sleep(1); //echo fgets($portAdress); fclose($portAdress); ?> <style type="text/css"> .utf8sans font-family:"Lucida Grande","Arial Unicode MS", sans -serif; h1 alignment-adjust:after-edge; animation:ease-in-out; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:30px; display: run-in; padding: 10px 20px; text-decoration: blink;

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

160

border-color:transparent; border: 10px; background-image: linear-gradient(to top, #FFC, rgba(0,0,0,.07)); background: ; color: #111; h2 alignment-adjust:after-edge; animation:ease-in-out; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:22px; display: run-in; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; border-color:transparent; border: 8px; background: #FF9; color: #900; body alignment-adjust:after-edge; animation:ease-in-out; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:18px; display: run-in; padding: 10px 10px; text-decoration: blink; border: double; border-color:transparent; background:#FFF; background-attachment:scroll; background-image: linear-gradient(transparent, #FFC, rgba(0,1,0,.20)); color: #000; .botao1 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background: #FFC; color: #000; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(2,0,0,.15)); cursor: pointer; .botao2 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans-serif; font-size:14px; background:#EEE; color: #000; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,0,.45)); cursor: pointer;

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

161

.botao3 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", cursive; font-size:14px; background:#E00; color: #FFF; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,0,.45)); cursor: pointer; .botao4 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background:#0E0; color: #FFF; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,0,.35)); cursor: pointer; .botao5 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans-serif; font-size:14px; background:#F00; color: #FFF; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,0,.45)); cursor: pointer; .botao6 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background:#0D0; color: #FFF; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,0,.45));

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

162

cursor: pointer; .botao7 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background:#03F; color: #FFF; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(2,0,0,.45)); cursor: pointer; .botao8 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans-serif; font-size:14px; background: #FFF; color: #000; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(2,0,0,.15)); cursor: pointer; .botao9 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background:#F90; color: #FFE; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,0,.45)); cursor: pointer; .botao10 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background:#6F3; color: #FFF; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999;

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

163

background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,0,.45)); cursor: pointer; .botao11 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background:#06C; color: #FFF; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,0,.45)); cursor: pointer; .botao12 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background: #AAA; color: #111; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,2,.35)); cursor: pointer; .botao13 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background:#F80; color: #FFF; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,0,.45)); cursor: pointer; .botao14 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background:#3CC; color: #FFF; border: 8px;

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

164

border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(2,0,0,.45)); cursor: pointer; .botao15 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background:#639; color: #FFF; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,2,.45)); cursor: pointer; .botao16 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background: #AAA; color: #000; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(2,0,0,.35)); cursor: pointer; .botao17 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background:#FC0; color: #000; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,0,.45)); cursor: pointer; .botao18 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background:#09F; color: #FFF;

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

165

border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,0,.45)); cursor: pointer; .botao19 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background:#63C; color: #FFF; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,2,.45)); cursor: pointer; .botao20 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background:#AAA; color: #000; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,2,.45)); cursor: pointer; .botao21 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans-serif; font-size:14px; color: #000; background:#FF0; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,0,.45)); cursor: pointer; .botao22 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background:#09C;

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

166

color: #FFF; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,0,.45)); cursor: pointer; .botao23 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans -serif; font-size:14px; background:#C6F; color: #FFF; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,0,.45)); cursor: pointer; .botao24 display: run-in; width: 200px; height: 80px; padding: 10px 20px; text-decoration: blink; box-sizing: border-box; font-family: "Lucida Sans Unicode", "Lucida Grande", sans-serif; font-size:14px; background:#AAA; color: #000; border: 8px; border-radius: 10px; box-shadow: 2px 4px 6px #999; background-image: linear-gradient(to bottom, transparent, rgba(0,0,0,.45)); cursor: pointer; </style> <html> <head> <title> Controle Remoto de LED </title> </head> <body> <h1><center> Controle seu LED RGB </center></h1> <div><p><center>Aperte um dos botões abaixo e veja o LED acender!</center></p></div> <center><form action="ControleLED1.php" method="get"> <input type="submit" name="tecla" class="botao1" id="aumentarbrilho" value="aumentar brilho"/> <input type="submit" name="tecla" class="botao2" id="diminuirbrilho" value="diminuir brilho"/> <input type="submit" name="tecla" class="botao3" id="desligar" value="desligar"/> <input type="submit" name="tecla" class="botao4" id="ligar" value="ligar"/> <br/><br/> <input type="submit" name="tecla" class="botao5" id="vermelho" value="vermelho"/> <input type="submit" name="tecla" class="botao6" id="verde" value="verde"/> <input type="submit" name="tecla" class="botao7" id="azul" value="azul"/> <input type="submit" name="tecla" class="botao8" id="branco" value="branco"/> <br/><br/> <input type="submit" name="tecla" class="botao9" id="laranja" value="laranja "/> <input type="submit" name="tecla" class="botao10" id="verdeclaro" value="verde claro"/> <input type="submit" name="tecla" class="botao11" id="azulmedio" value="azul medio"/> <input type="submit" name="tecla" class="botao12" id="flash" value="flash"/> <br/><br/> <input type="submit" name="tecla" class="botao13" id="laranjaescuro" value="laranja escuro"/> <input type="submit" name="tecla" class="botao14" id="azulclaro" value="azul cla ro"/>

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

167

<input type="submit" name="tecla" class="botao15" id="roxo" value="roxo"/> <input type="submit" name="tecla" class="botao16" id="estrobo" value="estrobo"/> <br/><br/> <input type="submit" name="tecla" class="botao17" id="amareloescuro" value="amarelo escuro"/> <input type="submit" name="tecla" class="botao18" id="azulesverdeado" value="azul esverdeado"/> <input type="submit" name="tecla" class="botao19" id="violeta" value="violeta "/> <input type="submit" name="tecla" class="botao20" id="fadein" value="fade in"/> <br/><br/> <input type="submit" name="tecla" class="botao21" id="amarelo" value="amarelo"/> <input type="submit" name="tecla" class="botao22" id="azulesverdeadoescuro" value="azul esverdeado escuro"/> <input type="submit" name="tecla" class="botao23" id="violetaclaro" value="violeta claro"/> <input type="submit" name="tecla" class="botao24" id="smooth" value="smooth"/> </form></center> </body> </html>

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

168

ANEXO 2

A2.1-) Cálculo do Comprimento de Onda

Para o cálculo do comprimento de onda, temos como Fórmula Geral:

𝜆(𝑛𝑚) = 𝑑 sin(𝜃) = 𝑑𝑥

𝐷= (𝑑

𝑥

√𝑙2 +𝑥2) × 109, (eq. A2 – 1),

em que θ é o ângulo entre o feixe transmitido (no mesmo eixo do feixe incidente) e o

feixe difratado.

Porém para a situação em que ocorre o giro do motor e consequentemente, os

planos de feixe que são difratados também se deslocam temos uma situação que

devemos proceder a uma correção, de forma a calcular os comprimentos de onda

para a situação de referência inicial, em que o feixe estava na direção da projeção da

fenda no anteparo. Esta Fórmula com Correções é dada pela eq. A2 – 2:

𝜆(𝑛𝑚) = ((𝑑𝑥

√(𝑙2+𝑥2 ))) × 109 (eq. A2 – 2).

Nesta fórmula, temos:

d parâmetro de difração da rede, medido em linhas/m (o fornecedor da rede de

difração indica 1000linhas/mm = 1.000.000) linhas/m.

D0 = √𝒍𝟐 + 𝒙𝟎𝟐 distância entre a raia respectiva e o centro da rede de difração, na

situação original

D = √𝒍𝟐 + 𝒙𝟐 distância entre a raia respectiva e o centro da rede de difração, na

situação do giro do motor

l distância entre o centro da rede de difração e o centro da projeção da fenda, no

anteparo, muda conforme o giro do motor. Esse parâmetro é lido pelos ensor de

proximidade SHARP.

x distância entre a fenda e o centro da projeção da fenda (considerando já o giro

do motor). Essa distância é alterada conforme o giro do motor. É tomada em relação

ao plano que seja normal à difração. Por isso deve-se calcular em relação à situação

original. Por exemplo, para a raia vermelha, em que não há giro do motor essa

distância permanece de 9cm, para a verde, será de 9 – 2,1 = 6,9cm (isso porquê 2,1cm

é a diferença entre a raia vermelha e a raia verde na situação original; logo, em relação

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

169

a situação original, a raia verde, após o giro do motor, estaria a 6,9cm).

Consequentemente para a raia azul, dada a diferença de 3,2cm entre a raia vermelha

e a azul no original, temos uma distância após o giro do motor de 9-3,2 = 5,8cm.

x0 distância entre a respectiva raia e o centro da projeção da fenda no anteparo, na

condição inicial (espectro da luz branca), sem que haja ainda a movimentação do

motor.

Assim, conforme ocorre o giro do motor as raias se movimentam em direção a

posição a qual se encontra o sensor de cores. Como essa movimentação

consequentemente faz com que os feixes que se difratram não fiquem mais

perpendiculares ao plano original (o da projeção da fenda), é necessária que se faça

essa correção, a fim de se tomar o comprimento de onda para a condição inicial.

Com as fórmulas agora sabidas, procedemos a montagem do cálculo junto a

programação do arduino. Por isso, seguem-se as fórmulas para cálculo dos

comprimentos de onda para cada uma das raias em cada uma das cores:

Raia vermelha lambdaVermelho = (𝑑 ∗0.09

𝑠𝑞𝑟𝑡 (𝑝𝑜𝑤 (𝑙,2) +𝑝𝑜𝑤(0.091,2))) ∗ pow(10,9)

Raia verde lambdaVerde = ((𝑑∗0.062

𝑠𝑞𝑟𝑡 (𝑝𝑜𝑤 (0.062,2)+𝑝𝑜𝑤(𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑆𝑒𝑛𝑠𝑜𝑟 ,2) ))) ∗ pow(10,9)

Raia azul lambdaAzul = ((𝑑∗0.058

𝑠𝑞𝑟𝑡 (𝑝𝑜𝑤(0.058,2)+𝑝𝑜𝑤(𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑆𝑒𝑛𝑠𝑜𝑟 ,2)))) ∗ pow(10,9)

E dessa forma se pode calcular os comprimentos de onda das raias do espectro

mais adequadamente, junto à programação do Arduino.

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

170

ANEXO 3

Programação no Arduino

Esta programação é responsável pelo envio dos dados de irradiância e de comprimento de

onda a interface de controle do experimento (alocada na Internet), bem como é responsável

pelo acionamento do motor e controle de giro do mesmo e da rede de difração.

1. #include <Stepper.h> 2. #include "Wire.h"

3. #include "Adafruit_TCS34725.h" 4. 5. #include <IRremote.h>

6. #include <IRremoteInt.h> 7. IRsend irsend; 8.

9. //variaveis de passos para giro do motor// 10. const int stepsPerRevolution = 48; 11. Stepper myStepper(stepsPerRevolution, 22, 23, 24, 25);

12. int passos; // numero de passos necessarios para mover o motor para a proxima posicao 13. int posicaoAtual; 14. int posicaoFutura;

15. 16. //para calculos de comprimento de onda// 17. float lambdaVermelha; // comprimento de onda da raia Vermelha

18. float lambdaVerde; // comprimento de onda da raia Verde 19. float lambdaAzul; // comprimento de onda da raia Azul 20. float d = pow(10, -6); // parametro de rede

21. float l = 0.112; // dist da rede ao anteparo 22. 23. //Definições Sensor de Proximidade Sharp////

24. int valSens; 25. float sharp; 26. int redPinSharp=0;

27. 28. //definições para função de coleta de dados/// 29. boolean ReceberColetaDados;

30. 31. //sensor de cores// 32. Adafruit_TCS34725 tcs = Adafruit_TCS34725(TCS34725_INTEGRATIONTIME_101MS,

TCS34725_GAIN_60X); 33. 34. //para acionar ethernet//

35. //byte ip[] = 192, 168, 1, 51 ; //setup manual apenas 36. //// Caso seja necessário mudar o valor do endereço MAC (muito raro)// 37. //byte mac[] = 0xAB, 0xAD, 0xBE, 0xEF, 0xFE, 0xED ;

38. //EthernetServer server(80); //porta '80' 39. //EthernetClient client = server.available(); 40. ////obs: Pinos 10,11,12 & 13 sáo usados pela ethernet shield

41. 42. 43.

44. void setup() 45. Serial.begin(9600); 46. Serial.println("Mestrado TIDD - Analise Seus espectro");

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

171

47. myStepper.setSpeed(40);

48. pinMode(redPinSharp,OUTPUT); 49. delay(100); 50. DetectaCores();

51. 52. 53. // ///////ETHERNET//////////////

54. // Ethernet.begin(mac); //Ethernet.begin(mac, ip, gateway, subnet); //for manual setup 55. // server.begin(); 56. // delay(10);

57. // Serial.println(Ethernet.localIP()); 58. // Serial.println("conectando"); 59.

60. 61. 62. void loop()

63. ligar_motor(); 64. delay(200); 65. int client = Serial.available();

66. if (client) 67. Serial.println("novo cliente"); 68. char c = Serial.read();

69. if (c == 'i') // Testamos se os bytes que vieram do Client conectado sao para uma nova coleta

70. IniciarColeta();

71. 72. 73. if (ReceberColetaDados == true)

74. ColetaDados(); 75. ColetaCores(); 76.

77. 78. 79.

80. void IniciarColeta() 81. ReceberColetaDados = true; 82. Serial.println("Coleta de Dados do Experimento");

83. //myStepper.step(-(stepsPerRevolution)); 84. delay(100); 85.

86. 87. void ColetaDados() 88. ReceberColetaDados = true;

89. delay(10); 90. //myStepper.step(-(stepsPerRevolution)); 91. delay(100);

92. myStepper.step(0); 93. int geralPassos = 0; 94. delay(1000);

95. Serial.println("Pronto Para comecar!"); 96. 97.

98. void DetectaCores() 99. //programação de inicialização do sensor detector de cores TCS34725

https://learn.adafruit.com/adafruit-color-sensors/program-it

100. Serial.println("Detectando cores"); 101. if (tcs.begin()) 102. Serial.println("Sensor encontrado:");

103. else 104. Serial.println("Sem TCS34725! Check conections!");

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

172

105. while (1);

106. 107. 108.

109. void ColetaCores() 110. ReceberColetaDados = true; 111. uint16_t clearcol, red, green, blue;

112. float average, r, g, b; 113. delay(100); 114. tcs.getRawData(&red, &green, &blue, &clearcol);

115. 116. average = (red + green + blue) / 3; 117. r = red / average;

118. g = green / average; 119. b = blue / average; 120. Serial.print("\t NADA:"); Serial.print(clearcol);

121. Serial.print("\t VERMELHO:"); Serial.print(r); 122. Serial.print("\t VERDE:"); Serial.print(g); 123. Serial.print("\t AZUL:"); Serial.print(b);

124. 125. if ((r > 1.7) && (g < 1.0) && (b < 1.0)) 126. Serial.print("\t VERMELHO");

127. 128. else if ((r < 0.7) && (g > 1.50) && (b < 1.20)) 129. Serial.print("\t VERDE");

130. 131. else if ((r < 0.5) && (g < 1.5) && (b > 1.45)) 132. Serial.print("\t AZUL");

133. 134. else 135. Serial.print("\t NENHUMA COR ENCONTRADA");

136. 137. 138. Serial.println(" ");

139. delay(100); 140. 141.

142. 143. void(*resetFunc)(void) = 0; 144. void PararCliente()

145. delay(200); 146. Serial.println("resetando..."); 147. resetFunc();

148. delay(100); 149. Serial.println("OK. Pronto para novo Cliente"); 150.

151. 152. 153. void lambda_raiaVermelha()

154. float moveVermelho = 0.09; //é a diferença entre a posição original e o que o motor fez a raia se mover, nesse caso, 9-0 = 9cm

155. lambdaVermelha = ((d * (moveVermelho)) / sqrt(pow(sharp, 2) +

pow((moveVermelho), 2))) * pow(10, 9); 156. delay(100); 157.

158. void lambda_raiaVerde() 159. float moveVerde = 0.069; //é a diferença entre a posição original e o que o motor fez

a raia se mover, nesse caso, 9-2,1 = 6,9cm

160. lambdaVerde = ((d * (moveVerde)) / sqrt(pow(sharp, 2) + pow((moveVerde), 2))) * pow(10, 9);

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

173

161. delay(100);

162. 163. void lambda_raiaAzul() 164. float moveAzul = 0.058; //é a diferença entre a posição original e o que o motor fez a

raia se mover, nesse caso, 9-3,2 = 5,8cm 165. lambdaAzul = ((d * (moveAzul)) / sqrt(pow(sharp, 2) + pow((moveAzul), 2))) * pow(10,

9);

166. delay(100); 167. /*OBS: na passagem entre as raias verde e azul a referência passa a ser a raia verde. 168. Contudo, frente a distancia ser 6,9, a distância a ser considerada na moveAzul

169. será de 6,9-(3,2-2,1) = 5,8cm, igual.*/ 170. 171.

172. void posiciona_motor_vermelho() 173. delay(500); 174. myStepper.step(0);

175. lambda_raiaVermelha(); 176. Serial.print("Comprimento de Onda = "); 177. Serial.print(" ");

178. Serial.println(lambdaVermelha, DEC); 179. delay(2000);//para leitura da raia vermelha 180. ColetaCores();

181. delay(500); 182. myStepper.step(0); //volta à posição original 183. PararCliente();

184. delay(2000); 185. Serial.println("Proximo Cliente..."); 186.

187. void posiciona_motor_verde() 188. delay(500); 189. myStepper.step(-(3)); // para leitura da raia verde (a partir da cond inicial).

190. lambda_raiaVerde(); 191. Serial.print("Comprimento de Onda = "); 192. Serial.print(" ");

193. Serial.println(lambdaVerde, DEC); 194. delay(2000); 195. ColetaCores();

196. delay(500); 197. myStepper.step((3)); // volta à posição original 198. PararCliente();

199. delay(2000); 200. Serial.println("Proximo Cliente..."); 201.

202. void posiciona_motor_azul() 203. delay(500); 204. myStepper.step(-(5)); // para leitura da raia azul (a partir da con inicial)

205. lambda_raiaAzul(); 206. Serial.print("Comprimento de Onda = "); 207. Serial.print(" ");

208. Serial.println(lambdaAzul, DEC); 209. delay(2000); 210. ColetaCores();

211. delay(500); 212. myStepper.step((5)); // volta à posição original 213. PararCliente();

214. delay(2000); 215. Serial.println("Proximo Cliente..."); 216.

217. void posiciona_motor_branco() 218. //vermelho

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

174

219. delay(500);

220. myStepper.step(0); 221. lambda_raiaVermelha(); 222. Serial.print("Comprimento de Onda = ");

223. Serial.print(" "); 224. Serial.println(lambdaVermelha, DEC); 225. delay(2000);//para leitura da raia vermelha

226. ColetaCores(); 227. delay(500); 228. //verde

229. delay(500); 230. myStepper.step(-(3)); // para leitura da raia verde - considerando a partir da raia

vermelha.

231. lambda_raiaVerde(); 232. Serial.print("Comprimento de Onda = "); 233. Serial.print(" ");

234. Serial.println(lambdaVerde, DEC); 235. ColetaCores(); 236. delay(2000);

237. //azul 238. delay(500); 239. myStepper.step(-(2)); // para leitura da raia azul - considerando a partir da raia verde.

240. lambda_raiaAzul(); 241. Serial.print("Comprimento de Onda = "); 242. Serial.print(" ");

243. Serial.println(lambdaAzul, DEC); 244. ColetaCores(); 245. delay(2000);

246. myStepper.step((5)); // volta à posição original 247. PararCliente(); 248. delay(2000);

249. Serial.println("Proximo Cliente..."); 250. 251.

252. void posiciona_motor_comb1() //comb1 = vermelho + verde 253. //vermelha 254. delay(500);

255. myStepper.step(0); 256. lambda_raiaVermelha(); 257. Serial.print("Comprimento de Onda = ");

258. Serial.print(" "); 259. Serial.println(lambdaVermelha, DEC); 260. ColetaCores();

261. delay(2000);//para leitura da raia vermelha 262. //verde 263. delay(500);

264. myStepper.step(-(3)); // para leitura da raia verde - considerando a partir da raia vermelha.

265. lambda_raiaVerde();

266. Serial.print("Comprimento de Onda = "); 267. Serial.print(" "); 268. Serial.println(lambdaVerde, DEC);

269. ColetaCores(); 270. delay(2000); 271. myStepper.step((3)); // volta ao inicio.

272. PararCliente(); 273. delay(500); 274. Serial.println("Proximo Cliente...");

275. 276. void posiciona_motor_comb2() // comb2 = verde + azul

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

175

277. // verde

278. delay(500); 279. myStepper.step(-(3));// para leitura da raia verde - considerando a partir da raia

vermelha.

280. lambda_raiaVerde(); 281. Serial.print("Comprimento de Onda = "); 282. Serial.print(" ");

283. Serial.println(lambdaVerde, DEC); 284. ColetaCores(); 285. delay(500);//para leitura da raia verde

286. //azul 287. delay(500); 288. myStepper.step(-(2)); // para leitura da raia azul - considerando a partir da raia verde.

289. lambda_raiaAzul(); 290. Serial.print("Comprimento de Onda = "); 291. Serial.print(" ");

292. Serial.println(lambdaAzul, DEC); 293. ColetaCores(); 294. delay(2000);

295. myStepper.step((5)); // volta ao inicio. 296. PararCliente(); 297. delay(2000);

298. Serial.println("Proximo Cliente..."); 299. 300. void posiciona_motor_comb3() // comb3 = vermelho + azul

301. //vermelho 302. delay(500); 303. myStepper.step(0);

304. lambda_raiaVermelha(); 305. Serial.print("Comprimento de Onda = "); 306. Serial.print(" ");

307. Serial.println(lambdaVermelha, DEC); 308. ColetaCores(); 309. delay(2000);

310. //AZUL 311. delay(500);//para leitura da raia vermelha 312. myStepper.step(-(5)); // para leitura da raia verde - considerando a partir da raia

vermelha. 313. lambda_raiaAzul(); 314. Serial.print("Comprimento de Onda = ");

315. Serial.print(" "); 316. Serial.println(lambdaAzul, DEC); 317. ColetaCores();

318. delay(2000); 319. myStepper.step((5)); // volta ao inicio. 320. PararCliente();

321. delay(2000); 322. Serial.println("Proximo Cliente..."); 323.

324. 325. void ligar_motor() 326. if (Serial.available() > 0)

327. char tecla = Serial.read(); 328. if (tecla == '1') 329. for (int i = 0; i < 1; i++)

330. irsend.sendNEC(0xFFA05F, 32); // Sony TV power code 331. delay(200); 332.

333. delay(200); 334. Serial.println ("Aumenta Brilho");

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

176

335.

336. if (tecla == '0') 337. for (int i = 0; i < 1; i++) 338. irsend.sendNEC(0xFF20DF, 32); // Sony TV power code

339. delay(200); 340. 341. delay(200);

342. Serial.println ("Diminui Brilho"); 343. 344. if (tecla == 'D')

345. for (int i = 0; i < 1; i++) 346. irsend.sendNEC(0xFF609F, 32); // Sony TV power code 347. delay(400);

348. Serial.println ("DESLIGA"); 349. 350. myStepper.step(-2*(stepsPerRevolution));

351. delay(200); 352. PararCliente(); 353. Serial.println ("Ate a proxima!");

354. 355. if (tecla == 'L') 356. for (int i = 0; i < 1; i++)

357. irsend.sendNEC(0xFFE01F, 32); // Sony TV power code 358. Serial.println ("LIGA"); 359. delay(400);

360. 361. //IniciarColeta(); 362. ColetaDados();

363. Serial.println ("Dispositivo pronto para coletar dados!"); 364. 365. if (tecla == 'R')

366. for (int i = 0; i < 1; i++) 367. irsend.sendNEC(0xFF906F, 32); // Sony TV power code 368. delay(400);

369. 370. Serial.println ("Vermelho"); 371. posiciona_motor_vermelho();

372. delay(30); 373. 374. if (tecla == 'G')

375. for (int i = 0; i < 1; i++) 376. irsend.sendNEC(0xFF10EF, 32); // Sony TV power code 377. delay(400);

378. Serial.println ("Verde"); 379. 380. posiciona_motor_verde();

381. delay(30); 382. 383. if (tecla == 'B')

384. for (int i = 0; i < 1; i++) 385. irsend.sendNEC(0xFF50AF, 32); // Sony TV power code 386. delay(400);

387. Serial.println ("Azul"); 388. 389. posiciona_motor_azul();

390. delay(30); 391. 392. if (tecla == 'W')

393. for (int i = 0; i < 1; i++) 394. irsend.sendNEC(0xFFD02F, 32); // Sony TV power code

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

177

395. delay(400);

396. Serial.println ("Branco"); 397. 398. posiciona_motor_branco();

399. delay(30); 400. 401. if (tecla == 'o')

402. for (int i = 0; i < 1; i++) 403. irsend.sendNEC(0xFFB04F, 32); // Sony TV power code 404. delay(400);

405. Serial.println ("Laranja"); 406. 407. posiciona_motor_comb1();

408. delay(30); 409. 410. if (tecla == 'g')

411. for (int i = 0; i < 1; i++) 412. irsend.sendNEC(0xFF30CF, 32); // Sony TV power code 413. delay(400);

414. Serial.println ("Verde Claro"); 415. 416. posiciona_motor_comb2();

417. delay(30); 418. 419. if (tecla == 'b')

420. for (int i = 0; i < 1; i++) 421. irsend.sendNEC(0xFF708F, 32); // Sony TV power code 422. delay(400);

423. Serial.println ("Azul Esmeralda"); 424. 425. posiciona_motor_comb3();

426. delay(30); 427. 428. if (tecla == 'F')

429. for (int i = 0; i < 1; i++) 430. irsend.sendNEC(0xFFF00F, 32); // Sony TV power code 431. delay(400);

432. 433. Serial.println ("Flash"); 434.

435. if (tecla == 'O') 436. for (int i = 0; i < 1; i++) 437. irsend.sendNEC(0xFFA857, 32); // Sony TV power code

438. delay(400); 439. Serial.println ("Laranja Escuro"); 440.

441. posiciona_motor_comb1(); 442. delay(30); 443.

444. if (tecla == 'z') 445. for (int i = 0; i < 1; i++) 446. irsend.sendNEC(0xFF28D7, 32); // Sony TV power code

447. delay(400); 448. Serial.println ("Azul Anil"); 449.

450. posiciona_motor_comb2(); 451. delay(30); 452.

453. if (tecla == 'x') 454. for (int i = 0; i < 1; i++)

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

178

455. irsend.sendNEC(0xFF6897, 32); // Sony TV power code

456. delay(400); 457. Serial.println ("Roxo"); 458.

459. posiciona_motor_comb3(); 460. delay(30); 461.

462. if (tecla == 'S') 463. for (int i = 0; i < 1; i++) 464. irsend.sendNEC(0xFFE817, 32); // Sony TV power code

465. delay(400); 466. 467. Serial.println ("Estrobo");

468. 469. if (tecla == 'y') 470. for (int i = 0; i < 1; i++)

471. irsend.sendNEC(0xFF9867, 32); // Sony TV power code 472. delay(400); 473. Serial.println ("Amarelo Claro");

474. 475. posiciona_motor_comb1(); 476. delay(30);

477. 478. if (tecla == 'c') 479. for (int i = 0; i < 1; i++)

480. irsend.sendNEC(0xFF18E7, 32); // Sony TV power code 481. delay(400); 482. Serial.println ("Azul Turquesa");

483. 484. posiciona_motor_comb2(); 485. delay(30);

486. 487. if (tecla == 'P') 488. for (int i = 0; i < 1; i++)

489. irsend.sendNEC(0xFF58A7, 32); // Sony TV power code 490. delay(400); 491. Serial.println ("Pink");

492. 493. posiciona_motor_comb3(); 494. delay(30);

495. 496. if (tecla == '<') 497. for (int i = 0; i < 1; i++)

498. irsend.sendNEC(0xFFD827, 32); // Sony TV power code 499. delay(400); 500.

501. Serial.println ("Fade"); 502. 503. if (tecla == 'Y')

504. for (int i = 0; i < 1; i++) 505. irsend.sendNEC(0xFF8877, 32); // Sony TV power code 506. delay(400);

507. Serial.println ("Amarelo"); 508. 509. posiciona_motor_comb1();

510. delay(30); 511. 512. if (tecla == 'C')

513. for (int i = 0; i < 1; i++) 514. irsend.sendNEC(0xFF08F7, 32); // Sony TV power code

Nome: José Neres de Almeida Junior – RA00005091 - Qualificação – Mestrado TIDD – PUC-SP

179

515. delay(400);

516. Serial.println ("Verde-Agua"); 517. 518. posiciona_motor_comb2();

519. delay(30); 520. 521. if (tecla == 'V')

522. for (int i = 0; i < 1; i++) 523. irsend.sendNEC(0xFF48B7, 32); // Sony TV power code 524. delay(400);

525. Serial.println ("Violeta"); 526. 527. posiciona_motor_comb3();

528. delay(30); 529. 530. if (tecla == '-')

531. for (int i = 0; i < 1; i++) 532. irsend.sendNEC(0xFFC837, 32); // Sony TV power code 533. delay(400);

534. 535. Serial.println ("Smooth"); 536.

537. Serial.println("\n"); 538. 539.