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Lesões Ósseas Císticas Benignas: - Displasia Fibrosa; - Encondroma; - Granuloma Eosinofílico; - Tumor de Céls Gigantes (TGC); - Fibroma não ossificante; - Cisto ósseo aneurismático; - Cisto ósseo solitário; - Tumor marrom; - Osteomielite; - Condroblastoma; - Fibroma condromixóide
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Lesões Ósseas Císticas Benignas
Diagnóstico Diferencial Dr. Emanuel R. Dantas
Médico Radiologista – Membro Titular do CBR
Introdução • Uma lesão óssea cística vesicular benigna é uma das lesões
ósseas mais comuns encontradas por um radiologista. • O diagnóstico diferencial pode ser bastante extenso e
geralmente é estruturado na aparência da lesão para o radiologista
• FEGNOMASHIC é um auxiliar mnemônico que serve como um bom ponto de partida para discutir as possibilidades que aparecem como lesões císticas benignas dos ossos.
• Em si, ele é simplesmente uma longa lista – 14 condições – e precisa ser acoplado a outros critérios para encurtar a lista de modo que ela possa ser usada em cada caso específico.
Dr. Emanuel R. Dantas
FEGNOMASHIC • F:
o Fibrous dysplasia: • Ausência de reação periosteal
• E: o Enchondroma:
• Calcificações presentes (exceto nas falanges) • Indolor (ausência de periostite)
o Eosinophilic granuloma: • Idade < 30 anos
• G: o Giant cell tumor:
• Epífises fechadas • Faz contato com a superfície articular (nos ossos longos) • Bem definido com margem não-‐esclerótica (nos ossos longos)
Dr. Emanuel R. Dantas
FEGNOMASHIC • N:
o Nonossifying fibroma: • Idade < 30 anos • Indolor (ausência de periostite) • De base cortical
• O: o Osteoblastoma:
• Lembrado quando é mencionado o cisto ósseo aneurismático (COA) (especialmente nos elementos posteriores da coluna vertebral).
• M: o Metastatic diseases:
• Idade > 40 anos o Myeloma
• Idade > 40 anos
Dr. Emanuel R. Dantas
FEGNOMASHIC • A:
o Aneurysmal bone cyst: • Expansivo • Idade < 30 anos
• S: o Solitary bone cyst:
• Solitário • Idade < 30 anos
• H: o Hyperparathyroidism (brown tumor):
• Deve haver outras evidências de hiperparatireoidismo
Dr. Emanuel R. Dantas
FEGNOMASHIC • I:
o Infection: • Mencionar sempre
• C: o Chondroblastoma:
• Idade < 30 anos • Epifisário
o Chondromyxoid: • Ausência de calcificação da matriz.
Dr. Emanuel R. Dantas
Displasia Fibrosa • A displasia fibrosa é um processo congênito benigno que
pode ser visto em um paciente de qualquer idade e pode ter aparência radiográfica semelhante à de quase todos os processos patológicos.
• Ela vai ter uma aparência irregular, discretamente transparente, esparsa, esclerótica, expansiva, múltipla e de muitas outras descrições.
• Por essa razão, é difícil olhar para uma lesão vesicular e dizer, inequivocamente, que ela é ou não uma displasia fibrosa.
Dr. Emanuel R. Dantas
Displasia Fibrosa • Na displasia fibrosa, não se observa periostite associada
à sua ocorrência, um ponto-‐chave que permite diferenciá-‐la de outras patologias.
• Portanto, na presença de periostite, pode-‐se afastar com segurança a displasia fibrosa.
• A displasia fibrosa quase nunca apresenta degeneração maligna e não deve ser uma lesão dolorosa, a menos que haja fratura.
Dr. Emanuel R. Dantas
Displasia Fibrosa • Uma fratura oculta ocorre freqüentemente em ossos
longos com displasia fibrosa; por isso, não é raro que ela se manifeste inicialmente por dor e não se perceba uma fratura óbvia num osso longo.
• A dor num osso chato, como as costelas ou a pelve (ossos que não sustentam peso), não deve ocorrer na displasia fibrosa.
• A displasia fibrosa pode ser monostótica (mais comumente) ou poliostótica e tem predileção pela pelve, fêmur proximal, costelas e crânio.
• Quando ocorre na pelve, está invariavelmente presente no fêmur proximal ipsilateral.
• Contudo, o fêmur proximal pode ser afetado isoladamente, sem o envolvimento da pelve.
Dr. Emanuel R. Dantas
Displasia Fibrosa. Esse pct apresentava displasia fibrosa poliostótica, com envolvimento difuso da pelve e também da parte proximal dos fêmures.
Dr. Emanuel R. Dantas
Displasia Fibrosa. Esse pct tem displasia fibrosa poliostótica, com envolvimento do fêmur direito e também da parte supra-‐acetabular do ilíaco. Quando a pelve é afetada pela displasia fibrosa, o fêmur ipsilateral ao lado afetado também é acometido.
Dr. Emanuel R. Dantas
Displasia Fibrosa. Esse pct tinha uma lesão lítica bem definida, com aparência fosca indistinta, no colo do fêmur direito. A pelve não estava afetada. Não é raro que a displasia fibrosa monostótica envolva o fêmur proximal e poupe a pelve.
Dr. Emanuel R. Dantas
Displasia Fibrosa • A displasia fibrosa afeta freqüentemente as costelas. Tem
tipicamente efeito lítico expansivo nas costelas posteriores e uma aparência esclerótica nas costelas anteriores.
• Pela descrição clássica, ela apresenta uma matriz de vidro fosco ou enfumaçada.
• A displasia fibrosa é, com freqüência, puramente lítica torna-‐se indistinta ou assume uma aparência fosca quando a matriz calcifica.
Dr. Emanuel R. Dantas
Displasia Fibrosa. Quando a displasia afeta as costelas, as costelas posteriores têm freqüentemente aspecto lítico expansivo, como nesse caso. Quando são acometidas, as costelas anteriores têm, mais comumente, aspecto esclerótico. Observe também o envolvimento da coluna vertebral torácica.
Dr. Emanuel R. Dantas
Displasia Fibrosa. Displasia fibrótica poliostótica do rádio. Partes desta lesão têm aspecto de vidro fosco, enquanto outras têm aspecto mais lítico. Existe aparência fosca indistinta, muitas vezes, na displasia fibrosa, mas, em freqüência igual, a aparência pode ser puramente lítica ou mesmo esclerótica.
Dr. Emanuel R. Dantas
Displasia Fibrosa • A displasia fibrosa pode vir a se calcificar significativamente e evidencia-‐se, então, por uma lesão esclerótica.
• Adamatinoma: o Deve ser considerado em casos em que é encontrada uma lesão na tíbia
que se assemelha à displasia fibrosa. o Um adamatinoma é um tumor maligno que se assemelha, radiográfica e
histologicamente, à displasia fibrosa. o Ocorre quase exclusivamente na tíbia e no maxilar e é raro.
Dr. Emanuel R. Dantas
Adamatinoma. Esse processo misto lítico e esclerótico na epífise tibial média é característico da displasia fibrosa. Um adamantinoma têm aparência idêntica e deve ser considerado em qualquer lesão tibial que se assemelhe à displasia fibrosa.
Dr. Emanuel R. Dantas
Displasia Fibrosa • Sd de McCune-‐Albright:
o A displasia fibrosa poliostótica ocorre ocasionalmente em associação com manchas café-‐com-‐leite na pele e à puberdade precoce.
Dr. Emanuel R. Dantas
Encondroma • Os encondromas ocorrem em qualquer osso formado a
partir da cartilagem e podem ser centrais, excêntricos, expansivos ou não expansivos.
• Contém invariavelmente uma matriz condróide calcificada, exceto quando nas falanges.
• Um endocondroma é a lesão cística benigna mais comum nas falanges.
• Se uma lesão cística estiver presente sem matriz condróide calcificada em qualquer lugar, com exceção das falanges, não inclua o endocondroma no diagnóstico diferencial.
Dr. Emanuel R. Dantas
Endocondroma. Uma lesão lítica nas falanges é, mais comumente, um endocondroma. Essa é a única localização no esqueleto em que um endocondroma não contém uma matriz condróide calcificada.
Dr. Emanuel R. Dantas
Endocondroma • Muitas vezes é difícil diferenciar um endocondroma do infarto ósseo.
• Um infarto ósseo tem habitualmente uma borda serpiginosa, densamente esclerótica e bem definida, o que não ocorre no endocondroma.
Dr. Emanuel R. Dantas
Endocondroma. Essa lesão no fêmur direito distal mostra as calcificações puntiformes malhadas da matriz condróide do endocondroma.
Dr. Emanuel R. Dantas
Infarto Ósseo. Essas lesões líticas nos fêmures distais com bordas serpiginosas calcificadas são típicas de infarto ósseos.
Borda Serpiginosa = Infarto Ósseo
Dr. Emanuel R. Dantas
Endocondroma • É difícil, se não impossível diferenciar um endocondroma
de uma condrossarcoma. • Os achados clínicos (principalmente dor) são indicadores
melhores que os achados radiográficos, e, de fato, a dor num endocondroma aparente deve justificar uma investigação cirúrgica.
• Endocondromas múltiplos ocorrem ocasionalmente; essa designação foi designada de doença de Ollier.
• A presença de múltiplos endocondromas associados a hemangioma nos tecidos moles é designada de Sd de Maffuci.
Dr. Emanuel R. Dantas
Ollier Disease. Multiple enchondromas are present throughout the hand. This is a typical example of Ollier disease.
Dr. Emanuel R. Dantas
Maffucci Syndrome. Multiple enchondromas associated with phleboliths are present in the phalanges. This combination of findings invariably represents hemangiomas and enchondromas in Maffucci syndrome.
Dr. Emanuel R. Dantas
Granuloma Eosinofílico • O Granuloma Eosinofílico é uma forma de Histiocitose X,
sendo as outras formas de Letterer-‐Siwe e a dça de Hand-‐Schüller-‐Christian.
• Infelizmente, o GE tem muitas aparências. Ele pode lítico ou esclerótico, pode ser bem definido ou indistinto, pode ter ou não uma borda esclerótica e pode ou não evocar uma resposta perióstea.
• Quando presente, a periostite é tipicamente de aparência benigna (espessa, uniforme, ondulada).
Dr. Emanuel R. Dantas
Eosinophilic Granuloma (EG). A well-‐defined lytic lesion is seen involving the midfemur in this 20-‐year-‐old patient. Biopsy showed this to be EG.
Dr. Emanuel R. Dantas
Granuloma Eosinofílico • O GE é difícil de distinguir de quase todos os diagnósticos
diferenciais de lesões ósseas, sem elas benignas ou malignas.
• O GE ocorre quase que exclusivamente em pcts com menos de 30 anos, sendo, por essa razão, o melhor critério para avaliar o GE.
• O GE é mais comumente monostótico, mas pode ser poliostótico e, portanto, tem de ser incluído sempre que houver lesões presentes num pct com menos de 30 anos.
Dr. Emanuel R. Dantas
Eosinophilic Granuloma (EG). Well-‐defined lytic lesions are present throughout the pelvis in this 24-‐year-‐old patient. In addition to the lesion around the right hip, a lesion is seen at the right sacroiliac joint. Biopsy showed this to be EG.
Dr. Emanuel R. Dantas
Granuloma Eosinofílico • O GE pode ou não ter uma massa de tecido mole
associada, de modo que a presença ou ausência de uma massa de tecido mole não vai ajudar no Dx.
• O GE apresenta ocasionalmente um seqüestro ósseo. • Quando se identifica seqüestro ósseo, deve-‐se considerar:
o GE o Osteomielite o Linfoma o Fibrossarcoma
Dr. Emanuel R. Dantas
Eosinophilic Granuloma (EG). This well-‐defined lytic lesion contains a bony sequestrum (arrow), which is typical for osteomyelitis or EG. Biopsy revealed this to be EG.
Dr. Emanuel R. Dantas
Tumor de Céls Gigantes • O Tumor de Céls Gigantes (TCG) é uma lesão rara e impossível de se dizer que trata-‐se de uma lesão benigna ou maligna.
• Cerca de 15% dos TCG são consideradas como malignas.
• Há critérios radiográficos clássicos para o diagnóstico dos tumores de céls gigantes, sendo necessório o preenchimento de todos para o diagnóstico.
Dr. Emanuel R. Dantas
Tumor de Céls Gigantes • Critérios Diagnósticos:
o Ocorre unicamente em pcts com EPÍFISES FECHADAS. o A lesão deve ser epifisária e FAZER CONTATO COM A
SUPERFÍCIE ARTICULAR. A metáfise também apresenta parte do tumor dentro de si, porque as lesões geralmente são muito grandes. • OBS.: Essa regra não se aplica aos ossos chatos, como na pelve ou nas
apófises, que não contém superfícies articulares o Os tumores de céls gigantes são apontados como estando
EXCÊNTRICAMENTE LOCALIZADOS no osso em oposição a estarem centralmente situados na cavidade medular.
o A lesão deve ter uma ZONA DE TRANSIÇÃO (borda) NITIDAMENTE DEFINIDA que não seja esclerótica. • OBS.:Os únicos locais em que isso não se aplica é nos ossos chatos,
como a pelve e no calcâneo
Dr. Emanuel R. Dantas
Giant Cell Tumor. A well-‐defined lytic lesion without a sclerotic margin is seen abutting the articular surface of the distal femur in a patient who has closed epiphyses. These are all characteristics of a giant cell tumor.
Dr. Emanuel R. Dantas
Giant Cell Tumor. This well-‐defined lytic lesion that does not have a sclerotic margin completely involves the greater trochanter. The apophyses have the same differential diagnosis as lesions in the epiphyses, which makes giant cell tumor a strong possibility in this example. Biopsy showed this to be a giant cell tumor. Dr. Emanuel R. Dantas
Giant Cell Tumor. A large, well-‐defined lytic lesion in the iliac wing is seen, which does contain a sclerotic margin and does not appear to abut any articular surface. The pelvis is a good location for giant cell tumor, which this proved to be at biopsy. The usual rules for giant cell tumors such as presence of a nonsclerotic margin do not apply in flat bones.
Dr. Emanuel R. Dantas
Tumor de Céls Gigantes • Discriminadores:
o As epífises devem estar fechadas o Deve haver contato com a superfície articular o A lesão deve ser bem definida e ter uma das margens não-‐esclerótica
o Ela deve ser excêntrica
Dr. Emanuel R. Dantas
Fibroma Não-‐‑Ossificante • O fibroma não-‐ossificante (FNO) é a lesão óssea mais comumente encontrada pelos radiologistas: o Ocorre em até 20% das crianças e, em geral, regride espontaneamente, de
modo que só raramente é visto a uma idade acima de 30 anos.
• “Defeito fibroso cortical” é um sinônimo comum, mas separado por algumas pessoas pelo tamanho: o < 2 cm à Defeito fibroso cortical o > 2 cm à FNO
Dr. Emanuel R. Dantas
Fibrous Cortical Defect. A well-‐defined lytic lesion is seen in the medial metaphysis of this tibia (arrows), which is typical for a fibrous cortical defect.
Dr. Emanuel R. Dantas
Nonossifying Fibroma. A large, well-‐defined lytic lesion, which is slightly expansile with scalloped sclerotic margins, is seen in the distal tibia in this young patient. This is a characteristic appearance of a nonossifying fibroma. The examination was obtained for a sprained ankle and not for this asymptomatic lesion.
Dr. Emanuel R. Dantas
Fibroma Não-‐‑Ossificante • Os FNO são lesões assintomáticas benignas, que ocorrem tipicamente na metáfise de um osso longo, provenientes do córtex.
• Elas têm classicamente uma borda esclerótica fina, que tem uma forma de concha e ligeiramente expansiva.
Dr. Emanuel R. Dantas
Nonossifying Fibroma. A well-‐defined, expansile lytic lesion in the distal fibula is noted in this asymptomatic patient, which is characteristic for a nonossifying fibroma.
Dr. Emanuel R. Dantas
Fibroma Não-‐‑Ossificante • Quando se obtém uma TC ou RM de uma FNO muitas vezes vai parecer uma interrupção do córtex, que pode ser erroneamente interpretada como destruição do córtex.
• Isso constitui simplesmente a substituição cortical por tecido fibroso benigno.
Dr. Emanuel R. Dantas
Nonossifying Fibroma. A. A well-‐defined, lytic lesion that is minimally expansile is seen in the distal tibia in this child who was examined for a sprained ankle. B. A CT examination showed apparent cortical destruction (arrow), which was believed to be suggestive of an aggressive lesion. Biopsy showed this to be a nonossifying fibroma. Both CT and MR will often show apparent cortical destruction, which is merely cortical replacement by benign fibrous tissue.
Dr. Emanuel R. Dantas
Fibroma Não-‐‑Ossificante • Se o pct tiver mais de 30 anos, o FNO não deve ser incluído no diagnóstico diferencial.
• Os FNO devem ser assintomáticos e não devem apresentar nenhuma periostite.
• Eles “se consolidam” rotineiramente por esclerose e acabam por desaparecer geralmente por volta dos 20 a 30 anos.
Dr. Emanuel R. Dantas
Healing Nonossifying Fibroma. A predominantly sclerotic lesion, which is minimally expansile and well defined, is seen in the proximal humerus in this child who is asymptomatic. This is a typical appearance of a disappearing or healing nonossifying fibroma. With time, this lesion will melt into the normal bone and essentially disappear.
Dr. Emanuel R. Dantas
Fibroma Não-‐‑Ossificante • Essas lesões podem ocasionalmente atingir um tamanho bastante grande; por essa razão, o crescimento ou a mudança de tamanho não devem alterar o diagnóstico.
• Dicriminadores: o Idade < 30 anos o Ausência de periostite ou dor o Lesões de base cortical
Dr. Emanuel R. Dantas
Nonossifying Fibroma. This large, well-‐defined lytic lesion with faint sclerotic margins is seen in the distal femur. It has a very typical appearance for a giant cell tumor; however, it has sclerotic margins and does not abut the articular surface. The lesion underwent biopsy and was found to be a nonossifying fibroma.
Dr. Emanuel R. Dantas
Osteoblastoma • Os osteoblastomas são lesões raras que poderiam
justificadamente ser excluídas desse diagnóstico diferencial sem o temor de deixar passar despercebido o diagnóstico mais de uma vez na vida inteira
• Os osteoblastomas têm 2 aparências: o Eles se assemelham a gdes osteomas osteóides e são
freqüentemente designados como osteomas osteóides gigantes. • OBS.: Como os osteomas osteóides são lesões escleróticas e não se assemelham a lesão líticas vesiculares, esse não é o tipo de osteoblastoma em que estamos interessados nesse diagnóstico diferencial
o Eles simulam cistos ósseos aneurismáticos (COA). Eles são expansivos, tendo freqüentemente uma aparência de “bolha de sabão”.
Dr. Emanuel R. Dantas
Osteoblastoma • Os osteoblastomas ocorre comumente nos elementos posteriores dos corpos vertebrais e cerca de 50% dos casos apresentam calcificações malhadas.
• Discriminador: o Lembrado ao se mencionar um COA (especialmente nos
elementos posteriores da coluna vertebral).
Dr. Emanuel R. Dantas
Osteoblastoma. A. A lytic expansile lesion involving the right T12 pedicle (arrow) and transverse process is seen on this anteroposterior plain film. B. The lesion is seen on CT to extend into the vertebral body. It has intact cortices and contains some calcified matrix. This is a classic example of an osteoblastoma of the spine.
Dr. Emanuel R. Dantas
Doença Metastática • A doença metastática deve ser considerada no caso de qualquer lesão lítica – de aparência benigna ou agressiva – num paciente com idade acima de 40 anos.
• A doença metastática pode ter aparência perfeitamente benigna nas radiografias.
• De fato, as metástases podem ter qualquer aparência radiográfica, sendo o discriminador idade bastante importante no diagnóstico diferencial.
Dr. Emanuel R. Dantas
Metastatic Disease. A well-‐defined lytic lesion is seen in the proximal femur in this 50-‐year-‐old patient who had pain associated with this lesion. Biopsy showed this to be a renal metastasis. A significant number of metastatic lesions can have a completely benign appearance, as in this example.
Dr. Emanuel R. Dantas
Doença Metastática • Praticamente, todos os processos metastáticos podem se evidenciar por uma lesão lítica de aparência benigna; por isso, não há nenhuma razão para tentar adivinhar a origem da doença metastática com base em sua aparência.
• Em geral, as doenças metastáticas líticas expansivas tendem a provir de tumores da tireóide e tumores renais.
• Discriminador: o Idade > 40 anos
Dr. Emanuel R. Dantas
Metastatic Disease. An expansile lesion with a soap-‐bubble appearance is present in the proximal radius in a patient with renal cell carcinoma. An expansile lytic lesion is a common finding with renal or thyroid metastatic disease.
Dr. Emanuel R. Dantas
Mieloma • Embora se evidencie mis comumente como um processo permanente difuso nos ossos, o mieloma pode se manifestar inicialmente por uma lesão solitária ou por múltiplas lesões líticas.
• As lesões ósseas líticas do mieloma são mais corretamente designadas como plasmacitomas.
Dr. Emanuel R. Dantas
Multiple Myeloma. A. A diffuse permeative pattern is present throughout the femur in this patient with multiple myeloma. B. A lateral skull film shows a typical presentation of multiple myeloma in the skull with multiple small holes throughout the calvaria, which are well defined.
Dr. Emanuel R. Dantas
Plasmacytoma. A large, well-‐defined lytic lesion is seen in the left ilium (arrows) in this patient with multiple myeloma. This is a common location for a plasmacytoma. Like metastases, plasmacytomas often have a completely benign appearance
Dr. Emanuel R. Dantas
Cisto Ósseo Aneurismático
• Os cistos ósseos aneurismáticos (COA) são as únicas lesões que são designadas por sua aparência radiográfica.
• Eles são praticamente sempre aneurismáticos ou expansivos.
Dr. Emanuel R. Dantas
Aneurysmal Bone Cyst. An expansile lytic lesion is present in the distal femur in this 24-‐year-‐old patient who presents with pain. This is a fairly typical appearance for an aneurysmal bone cyst.
Dr. Emanuel R. Dantas
Cisto Ósseo Aneurismático
• Os COA ocorrem sobretudo em pcts < 30 anos embora ocasionalmente se encontre um deles em pcts com idade superior a 30 anos.
• Eles apresentam freqüentemente níveis hidroaéreos à TC ou RM, embora esse seja um achado inespecífico.
Dr. Emanuel R. Dantas
Aneurysmal Bone Cyst. A well-‐defined expansile lesion is seen in the midshaft of the ulna in a child who presented with pain in this region. This is a characteristic appearance for an aneurysmal bone cyst.
Dr. Emanuel R. Dantas
Aneurysmal Bone Cyst. An axial T2WI through a thoracic vertebral body shows an expansile lesion involving the posterior elements that has several fluid–fluid levels (arrows). This is a typical appearance for an aneurysmal bone cyst.
Dr. Emanuel R. Dantas
Cisto Ósseo Aneurismático
• Há aparentemente dois tipos de COA: o Primário o Secundário
• O tipo secundário ocorre em conjunção a uma outra lesão ou em conseqüência de um traumatismo, enquanto um COA primário não tem nenhuma causa ou associação conhecida com outras lesões.
• Os COA se evidenciam tipicamente devido a dores. • Podem ocorrer em qualquer parte do esqueleto, e não há
nenhuma localização que elevaria sua posição no diagnóstico diferencial.
• Discriminadores: o Lesão deve ser EXPANSIVA o A idade INFERIOR A 30 ANOS
Dr. Emanuel R. Dantas
Cisto Ósseo Solitário • Os cistos ósseos solitários são também designados como
cistos ósseos simples ou cistos ósseos unicamerais. • No entanto, eles não são necessariamente unicamerais. • Essa é uma lesão do grupo FEGNOMASHIC que tem
sempre uma localização central, sendo afastado do diagnóstico diferencial se não preencher essa condição.
• De 2/3 a ¾ dessas lesões ocorre no úmero proximal e no fêmur proximal.
Dr. Emanuel R. Dantas
Cisto Ósseo Solitário • Os COA geralmente são assintomáticos, a não ser que
fraturem, o que é uma ocorrência comum, mas não formam periostite (mesmo na presença de fraturas).
• Um achado radiográfico clássico de um COA é o sinal do fragmento caído.
• Isso ocorre quando um pedaço do córtex se desprende depois de uma fratura num COA e o pedaço do osso cortical afunda para a parte da lesão pendente, pela gravidade.
• Isso não foi descrito em nenhuma outra lesão e indica uma lesão cística cheia de líquido e não uma lesão cheia de matriz.
Dr. Emanuel R. Dantas
Solitary Bone Cyst. A well-‐defined lytic lesion is present in the proximal humerus in this child who suffered a fracture through the lesion. The location and central appearance, as well as the age of the patient, are characteristic for a solitary bone cyst. A piece of cortical bone has broken off and descended through the serous fluid contained within the lesion and can be seen in the dependent portion of the lesion (arrow) as a fallen fragment sign. A fallen fragment sign is said to be pathognomonic for a unicameral bone cyst.
Dr. Emanuel R. Dantas
Solitary Bone Cyst. A well-‐defined lytic lesion, which is central in location, is seen in the proximal femur in this child. This is characteristic for a solitary bone cyst.
Dr. Emanuel R. Dantas
Cisto Ósseo Solitário • Os COA ocorrem quase que exclusivamente em pcts
jovens (menos de 30 anos). • Embora os ossos longos sejam os mais envolvidos, podem
estar presentes em todos os ossos do corpo. • Uma localização bastante comum é no calcâneo, onde
eles têm uma localização característica adjacente à superfície inferior do calcâneo.
• Discriminadores: o A lesão deve ser central o A idade deve ser abaixo de 30 anos o Ausência de periostite
Dr. Emanuel R. Dantas
Solitary Bone Cyst. A well-‐defined lytic lesion is seen in the calcaneus abutting the inferior surface, which is typical in location and appearance for a solitary bone cyst. A solitary bone cyst in the calcaneus occurs almost exclusively in this location and is not subject to pathologic fracture as readily as when one occurs in the proximal femur and humerus.
Dr. Emanuel R. Dantas
Hiperparatireoidismo (Tumores Marrons)
• Os tumores marrons do hiperparatireoidismo (HPT) podem ter quase todas as aparências, de uma lesão puramente lítica a um processo esclerótico.
• De modo geral, ao se tratar de HPT do pct, o tumor marrom apresenta esclerose e acaba por desaparecer.
• A REABSORÇÃO ÓSSEA SUBPERIÓSTEA é patognomônica do HPT e deve ser pesquisada nas falanges, nas clavículas distais e nas articulações sacroilíacas.
Dr. Emanuel R. Dantas
Brown Tumor. A. An expansile lytic lesion is seen in the fifth metacarpal (arrows), and a second, smaller lytic lesion is seen in the proximal portion of the fourth proximal phalanx. B. This patient is noted to have subperiosteal bone resorption, best seen in the radial aspect of the middle phalanges (arrows) as indistinct, interrupted cortex. This makes the diagnosis of hyperparathyroidism with multiple brown tumors most likely. Dr. Emanuel R. Dantas
Hiperparatireoidismo (Tumores Marrons)
• Muitos acham que os tumores marrons ocorrem mais no HPT primário, entretanto, são vistos mais tumores marrons em pcts com HPT secundário em relação ao primário.
• Discriminadores: o Deve haver outras evidências de HPT.
Dr. Emanuel R. Dantas
Infecções • Infelizmente, não nenhum meio confiável de afastar
radiograficamente um foco de osteomielite. • Eles têm uma aparência radiográfica variável e pode
ocorrer em qualquer local e em pcts de qualquer idade. • Em conseqüências, as infecções vao estar em quase todos
os diagnósticos diferenciais de uma lesão lítica. • Os achados dos tecidos moles, como obliteração de
planos adiposos adjacentes, são notoriamente pouco fidedignos e até mesmo enganosos, pois o mesmo pode ocorrer nos tumores e no GE.
Dr. Emanuel R. Dantas
Infecções • Quando a osteomielite ocorrer próximo a uma
articulação, esta vai ser invariavelmente afetada se houver contato com superfície articular e vai evidenciar perda da cartilagem, um derrame articular ou ambos.
• Essa característica é útil apenas para afastar osteomielite nos casos quando não há nenhum derrame presente e a lesão faz contato com a superfície articular.
Dr. Emanuel R. Dantas
Osteomyelitis. A. A plain film of the proximal humerus in this child with shoulder pain reveals a well-‐defined lytic lesion in the medial metaphysis. B. T2WI of the humerus shows the lesion to have high signal and an associated joint effusion. The probable site of connection to the joint can be seen (arrow), which likely represents a draining abscess. Aspiration of the joint fluid revealed pus. This is a large focus of osteomyelitis or Brodie abscess.
Dr. Emanuel R. Dantas
Infecções • Na presença de seqüestro ósseo, a osteomielite deve ser
fortemente considerada. • As únicas lesões que demonstram seqüestros são:
o Granuloma Eosinofílico o Osteomielite o Linfoma o Fibrossarcoma
• O achado de um seqüestro na osteomielite pode ser significativo para o tto, pois torna necssária a remoção cirúrgica e não só o uso de ATB.
• Por essa razão, a TC é recomendada de rotina em casos em que a osteomielite é considerada
Dr. Emanuel R. Dantas
Osteomyelitis. A. A lytic lesion is present in the proximal humerus, which has some associated periostitis laterally. B. CT scan through this area reveals a lytic lesion that contains a calcific density within (arrow), which is a bony sequestrum. This is an area of osteomyelitis with a bony sequestration.
Dr. Emanuel R. Dantas
Condroblastoma • Os condroblastomas são lesões raras, mas estão entre as
mais facilmente diagnosticadas, pois se evidenciam unicamente nas epífises e ocorre quase que exclusivamente em pcts com menos de 30 anos.
• O diagnóstico diferencial de uma lesão lítica na epífise de um pct com menos de 30 anos é simples: o Infecções o Condroblastoma o Tumor de Céls Gigantes
Dr. Emanuel R. Dantas
Chondroblastoma. A plain film in this young patient shows a well-‐defined lytic lesion in the greater tuberosity of the humerus. Biopsy showed this to be a chondroblastoma.
Dr. Emanuel R. Dantas
Condroblastoma • Uma dificuldade nas lesões epifisárias é considerar sempre a possibilidade de um cisto subcondral ou um geodo, que foi descrito em 4 processos mórbidos: o Doenças degenerativas articulares o Artrite Reumatóide o Dça de depósito de cristais de pirofosfato de cálcio ou pseudogota o Necrose Avascular
• Discriminadores: o Idade < 30 anos o A lesão deve ser epifisária
Dr. Emanuel R. Dantas
Geode. A large, well-‐defined lytic lesion in the proximal humerus is present, which is associated with marked degenerative disease of the glenohumeral joint. When definite degenerative joint disease is present and associated with a lytic lesion, the lytic lesion should be considered to be a geode. A biopsy was performed, which confirmed this to be a geode, or subchondral cyst; however, the biopsy could have been avoided.
Dr. Emanuel R. Dantas
Fibroma Condromixóide • Lesão muito rara que se assemelham aos FNO. • Os fibromas condromixóides se estendem freqüentemente às epífises, o que raramente ocorre com os FNO.
• Assim também, eles podem se evidenciar por dores, que não ocorrem em associação a um FNO.
• Discriminadores: o Lembrar quando for mencionado um FNO o Ausência de calcificações da matriz.
Dr. Emanuel R. Dantas
Chondromyxoid Fibroma. A well-‐defined lytic lesion in the distal tibia that extends slightly into the epiphysis is noted on this anteroposterior plain film. A nonossifying fibroma could certainly have this appearance; however, this underwent biopsy and was found to be a chondromyxoid fibroma. Chondromyxoid fibromas often extend into the epiphysis, as in this example, whereas nonossifying fibromas usually do not.
Dr. Emanuel R. Dantas
Resumo • Se o pct tiver < 30 anos, certifique-‐se de incluir (essas 5 lesões podem ser excluídas se o pct tiver mais de 30 anos): o GE o Condroblastoma o FNO o Cisto ósseo solitário o Cisto ósseo aneurismático
Dr. Emanuel R. Dantas
Resumo • Há lesões líticas que não têm características
discriminadores além da idade, sendo necessária incluí-‐las sempre: o Pct < 30 anos à Infecções e GE o Pct > 30 anos à Infecções e Doenças Metastáticas
• Na presença de periostite ou dor (supondo não ter havido fratura) deve-‐se EXCLUIR: o Displasia fibrosa o Cisto Ósseo Solitário o FNO o Endocondroma
Dr. Emanuel R. Dantas
Resumo • Se a lesão for epifisária, o diagnóstico diferencial é com: o Infecções o Tumor de Céls Gigantes o Condroblastoma
• Um diagnóstico diferencial clássico para as lesões císticas benignas das costelas é o auxiliar mnemônico FAME: o F à Displasia Fbrosa o A à COA o M à Doença Metastática o E à Endocondroma e GE.
Dr. Emanuel R. Dantas