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Jornal comunitario portas abertas
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Sem fiscalização constante, Lei Seca não freia os acidentes
A imprudência continua! Mesmo sem alterações no número e frequência de fiscalizações nas ruas, após pouco mais de dois anos de implantação da Lei Seca, a existência
da “tolerância zero” é ignorada por motoristas e crimes de trânsito envolvendo ingestão de bebidas alcoólicas voltam a crescer na capital mineira. PÁGINA 4
Música, dança e briquedos para as crianças! Essa foi
somente a abertura do festival de arte. Em ritmo
de comemoração, moradores do Nova
Esperança falam sobre o evento que festeja os
90 anos do bairro.
Jornal Páginas Abertas está de volta cheio de novidades e comemora seus 4 anos de presença na região Noroeste. Confira quais foram as principais con-quistas realizadas e como se sentem seus idealizadores. PÁGINA 8
Festival de arte traz
alegria para população
Páginas Abertas comemora 4 anos
de estrada
progrAmAção
15/11/2010 - Torneio esporTivoLocal: Quadra Poliesportiva Frei LuizHorário: 08h00min às 17h30min
30/11/2010 - CiClo de palesTras
03/12/2010 - Grande Baile de Comemoração 90 anos Bairro n. esperançaLocal: Escola Municipal Arthur GuimarãesAv. Américo Vespúcio n°161004/12/2010 Rua do lazerLocal: Av. Américo Vespúcio 1610Horário: 08h00min às 17h30min
05/12/2010 - CulTo eCumêniCo e enTreGa de medalhas de honra ao mériTo aos moradores mais anTiGos do BairroLocal: Quadra Poliesportiva Frei LuizHorário: 08h00min às 11h00min
Lucas Horta
ContAtoS
31. 3347 3282
www.olegariobalbino.blogspot.com
página 2
Editorial OpiniãoNovidade
Éderson batista balbinodiretor
“Um homem ia pela floresta quando ouviu um rugido terrível. Era um
leão. Ele teve muito medo e pôs-se a correr. Mas a floresta era densa e o sol já
estava se pondo. Não viu por onde ia e caiu num precipício. No desespero,
agarrou-se a um galho que se projetava sobre o abismo e lá ficou. Foi quando,
olhando para a encosta do precipício, viu uma pequena planta que ali cres-
cia. Era um pé de morango. Nela havia um morango vermelho. Estendeu
seu braço e o colheu. E comeu.” Assim termina esta estória. E é com base
nesta pequena estória Zen que o Páginas Abertas quer levar a você, amigo
leitor, grandes reflexões sociais.
Você já tomou conhecimento do SUAS — Serviço Único de Assistência
Social? Já procurou saber quais os projetos que a Associação do seu bairro
vem desenvolvendo ou se “ela” desenvolve algum? Assuntos como estes per-
meam esta edição do nosso jornal. Nosso objetivo é informá-lo a respeito de
seus direitos e deveres apresentando temas atuais e polêmicos.
Assim, o Páginas Abertas espera colaborar para a construção de uma
sociedade mais justa e fraterna, pois, em tempos de mudanças a qualquer
hora podemos ouvir um terrível rugido e devemos estar atentos e bem infor-
mados para os novos desafios e criar forças para superá-los com sucesso.
Queremos ainda que você se alegre conosco, pois, com esta edição, o Páginas
Abertas comemora seu quarto ano e acreditamos estar no caminho certo.
E como presente queremos convidá-lo a participar da edição do
próximo jornal , mande suas opiniões e sugestões para nossa redação
- [email protected] - para que possamos fazer um jornal
cada vez melhor.
Agora é com você, boa leitura e até a próxima edição.
Equipe Páginas Abertas
informaTivo do insTiTuTo CulTural oleGário BalBinoRua Margarida P. Torres , 1460 - Nova Esperança - Belo Horizonte - Minas Gerais - CEP 31230 390 Contato: 31. 3347.3282 - e-mail: [email protected] ou www.olegariobalbino.blogspot.com
RECURSOS HUMANOSCoordenador/professor – Éderson Batista Balbino, pedagogos – Anderson Neves /Karine Perácioadvogada – Donata Terezinha Balbino, seCretária – Deusmira Maria Luiza Balbino
Jornal – laBoraTório do CenTro universiTário newTon paiva / CenTral de produção JornalísTiCa – CpJCoordenadora do Curso de Jornalismo: Marialice Emboava, Coordenador da Central de produção JornalístiCa - CpJ: Eustáquio Trindade Netto – MG02146MT, Coordenador adJunto da CpJ: Edwaldo Cordeiro – JP11388, proJeto gráfiCo e direção de arte: Helô Costa – MG00127DG, colaboraram nesta edição estagiários do curso de Jornalismo: Lucas Horta, Pedro Henrique Silva (edição); André Coelho, Carla Oliveira, Diego dos Santos, Diogo Leão, Henrique Paolinelli, Kléber Ferreira, Nathália Gorito, Sabrina Assunpção, Suzana Costa e Viviane Teodoro (textos); Cibele Inácio, Daniela Mendonça, Leonardo Moreira e Thamires Lopes (diagramação).
CORRESPONDêNCIA: Centro Universitário Newton Paiva - Campus Carlos Luz: Rua Catumbi, 546 - Caiçara - Belo Horizonte - Minas Gerais - CEP: 31230-600 - Telefone: (31) 3516-2734 - [email protected]
Expediente
Wesley Fagundes lino
ex aluno do lima barreto
A lei chegou com toda força e provo-cou grande polêmica. No início da aprova-ção, ela reduziu o consumo alcoólico entre os motoristas, grandes responsáveis pelas tragédias no trânsito brasileiro.
A sociedade brasileira, através de seus representantes políticos, tomou medidas rígidas contra as tragédias ocorridas no trânsito. O objetivo era diminuir o número de vidas perdidas. Muitos motoristas, com receio de per-derem suas carteiras de habilitação, reduziram, ou mesmo passaram a se abster do álcool, pelo menos quando tiverem que conduzir veículos.
Antes de vigorar a Lei Seca, era permitido o consumo de bebidas até 8,0 decigramas de (álcool) por litro de sangue. Esta quantidade, ainda que dentro da legalidade, favorecia grande violência por todo o país. O terrível número de mortes girava em torno de 40 mil anuais.
Nos Estados Unidos, ainda é per-mitido consumir 8,0 decigramas de álcool por litro de sangue, mas lá, as estradas e a educação para o trânsito estão muito longe da realidade brasi-leira. A lei deve ser utilizada como instrumento benéfico e controlador dos índices de acidentes.
Sua aplicação visa reduzir as mor-tes e o grande número de pessoas com deficiência causadas pelo trânsito. A aplicação da Lei Seca trará mais segu-rança para todos, condutores de veí-culos, passageiros e pedestres. Redu-zirá as despesas com hospitais, fisiote-rapias, indenizações e tanto sofri-mento que os acidentes provocam. Como sociedade, devemos cobrar de nossas autoridades o cumprimento dessa lei e não deixar que seja burlada e que o caos retorne.
O efeito da Lei Seca
Mudanças no Lima Barreto
"Nosso objetivo é informá-lo a respeito de seus direitos
e deveres"Carla oliveira e Kleber Ferreira
Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada no dia 29 de setembro, foi decidido que a Sociedade Educativa e Cultural Lima Barreto passará a se cha-mar Inst i tuto Cul tura l Olegário Balbino – ICOB. Nesta reunião estiveram p re s e n t e s d i re t o re s e representantes da comu-nidade.
Foram discutidas as dificuldades vividas pela entidade e apresentadas propostas para que a insti-t u i ç ã o s e a d e q u e à s mudanças necessárias . Assim, os objetivos insti-tucionais e suas finalida-des serão cada vez mais ampliados.
Nessa mesma reunião também foi escolhida a nova diretoria, e a ocupa-ção dos cargos de conselho fiscal. Em breve haverá outra assembleia, em que será escolhida a ocupação dos demais cargos.
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diogo leão e sabrina assumpção
“Se não tivermos dado este retorno para a comunidade, a próxima Confe-rência Municipal de Assistência Social não será produtiva”, diz Kleid’ Néa Martins Borges, gerente de Políticas Sociais da Regional Noroeste da Prefei-tura de Belo Horizonte (PBH). Um dos motivos para isso, segundo ela, é a desarticulação entre atores sociais.
As Conferências Municipais de Assistência Social são realizadas a cada dois anos e a última de Belo Horizonte ocorreu em julho de 2009. Elas delibe-ram políticas conforme as demandas da população e elegem representantes. No entanto, de acordo com a gerente, há uma desarticulação entre as Comis-sões Locais de Assistência Social (CLAS) e os Conselhos Regionais de Assistência Social (CRAS).
Kleid’ Néa Borges ressalta ainda os desafios para melhorar a atuação das políticas existentes de apoio à popula-ção. Para ela, é preciso sinergia no trabalho para melhorar os serviços de educação, saúde e atendimento ao menor. E reforça: “Nós ainda temos o problema do orçamento, já que os recursos enviados pela união, estado e município não são suficientes para atender a todas as necessidades”.
De acordo com o site da Prefeitura de Belo Horizonte, a última Conferên-cia Municipal de Assistência Social foi realizada em julho de 2009. Entre suas deliberações e propostas, está a melho-ria da comunicação entre as Comissões Locais de Assistência Social e os Con-selhos Regionais de Assistência Social. Na Regional Noroeste de Belo Hori-zonte, além da desarticulação dos órgãos, o processo de implantação do
Sistema Único de Assistência Social (SUAS) tumultuou as ações da Regio-nal, segundo Kleid’ Néa Borges. “Esta-mos praticamente trocando a roda enquanto o carro anda”, reclama.
ConStItuIção
A Constituição Federal assegura que a Assistência Social é direito de todo cida-dão que dela necessita. Já a Lei Orgânica
de Assistência Social, de 1993, deter-mina que este serviço esteja organizado em um sistema composto pelo poder público e pela sociedade civil. As realiza-ções das conferências de assistência social são uma etapa essencial da aplica-ção desse sistema. Elas primeiramente acontecem na esfera municipal e poste-riormente nas estaduais e nacionais.
A IV Conferência Nacional de Assis-tência Social, realizada em dezembro de 2003, deliberou a implantação do Sis-tema Único de Assistência Social – SUAS. “Paramos de ter só políticas públicas de assistência social e passa-mos a ter um sistema”, esclarece Kleid’ Néa Borges, sobre o funcionamento do SUAS. Ainda segundo a gerente, agora esse procedimento tem o mesmo nome, a mesma metodologia e recebe o mesmo montante de capital proporcional con-forme as necessidades em todo o país.
Retorno às demandas da populaçãoAs políticas de
assistência social e seu contato com as
necessidades da população
Segundo Kleid o tumulto na
regional foi um obstáculo para
dar retorno a população
Sabrina Assunpção
Santa Cruz aposta no bom atendimento ao cliente
luCas Horta
“Mais do que uma simples loja”. Esse é o conceito da Santa Cruz Acaba-mentos. Fundada em 1962, com o nome de “Depósito Ferreira e Magalhães”, na Avenida Carlos Luz, 2.000, no bairro Caiçara, na década seguinte, o estabele-cimento ficou sob a administração da família Martins e ganhou o atual nome. Foi quando, também começou a expan-dir seus horizontes.
Sem falar, é claro, na qualidade do material que oferece, a empresa, que é a maior de Minas no setor de materiais de construção para acabamento, aposta em um diferencial; o tratamento especial ao cliente. Os vendedores passam por cons-tante treinamento para conhecer melhor os produtos à disposição e, assim, ter condições de aprimorar o atendimento
ao público. “Procuramos vender bem e atender bem; se o cliente é bem aten-dido, ele acaba voltando sempre”, expli-cou a coordenadora de marketing, Isa-bela Soares.
SALA eXCLuSIVA
Os fornecedores também têm
direito a tratamento especial. Para eles, a empresa disponibiliza sala exclusiva para realização de seus negócios. Hoje, a ideia é crescer ainda mais. “Estamos passando por um processo de amplia-ção da loja e queremos expandir as vendas”, afirmou a coordenadora. Com tanta organização, não é de estranhar o
sucesso: não importa o dia da semana, a loja está sempre cheia. Não foi por nada que a Revista Anamaco — espe-cializada em materiais de construção — elegeu a Santa Cruz a segunda melhor loja do ramo em Minas Gerais, atrás apenas da poderosa multinacio-nal francesa Leroy Merlin.
Os êxitos da loja ultrapassam os limites econômicos e avançam rumo ao campo da responsabilidade social: a Santa Cruz procurar interagir e partici-par dos projetos e da vida de uma das comunidades em que está inserida, a Vila Sumaré. “Procuramos estar sempre presentes: fazemos doações mensal-mente à comunidade e promovemos festas”, ressaltou Isabela. Além disso, a Santa Cruz presta ajuda às seguintes instituições: Lar Santa Maria, Creche Infantil Sumaré, Camésio Centro de Acolhimento ao Menor e Lar dos Meni-nos de São Vicente de Paula. Gente que faz e que sente prazer em ajudar.
Produtos de qualidade e investimento constante no relacionamento com o consumidor, as razões do sucesso
Empresa espera crescer ainda mais no setor
Pedro Silva
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natHália gorito
Mais conhecida como Lei Seca, a Lei 11.705, do Código de Trânsito Brasileiro, entrou em vigor em 19 de junho de 2008 e proíbe o consumo de bebida alcoólica por condutores de veículos. No entanto, há um limite máximo permitido, que é de 0,2 gramas de álcool por litro de san-gue. A lei prevê para os motoristas que excederem este limite, além da multa de R$ 957, perda do direito de dirigir e a retenção do veículo. Quando a ingestão de álcool atinge a marca de 0,6 gramas por litro de san-gue, a infração passa a ser conside-rada crime de trânsito e a punição poderá ser acrescida de prisão de seis meses a três anos.
Para algumas pessoas, a Lei é uma forma de diminuir os acidentes de trânsito; para outros, porém, é uma forma de “atrapalhar” a diversão de um fim de semana ou de um longo dia de trabalho. Para Margareth Zocrato, proprietária de um bar próximo a uma instituição de ensino superior de Belo Horizonte, a Lei Seca não fez dimi-nuir o movimento em seu bar. “As pessoas não estão conscientes. Os jovens, principalmente, bebem e, ao invés de pegarem um táxi ou pedirem a um amigo que não beba para levá-los para casa, pegam o carro e vão embora dirigindo”, conta.
No inicio da implementação da Lei Seca, alguns motoristas que bebiam tro-cavam o volante pelos serviços de táxi, mas após dois anos de “tolerância zero”,
esse hábito vem caindo. Essa é a percep-ção de Laurindo Eustáquio. Ele trabalha há 18 anos como taxista na região do bairro Caiçara. Segundo Eustáquio, os motoristas não estão usando seus servi-ços com a frequência que usavam no primeiro ano da lei. “Nosso serviço dimi-nuiu, e aumentaram os acidentes, tudo em função da bebida. Às vezes, você vê que a pessoa faz ‘zig zag’ na sua frente, mas não tem uma blitz e a gente não pode fazer nada”, reclama.
Diante disso, não parece ser pro-blema para muitos condutores beber e dirigir. Eles acreditam que, para evitar acidentes, basta redobrar o cuidado e ter experiência no trânsito. O motorista Luiz Carlos Silva diz que quem não teme sofrer algum tipo de acidente e se arr isca dir ig indo
embriagado, o risco de tomar uma multa não significa nada. “Acredito que se pudesse ninguém dirigiria bêbado, mas, em algumas ocasiões, acaba acontecendo”, revela Silva, que admite ingerir álcool e dirigir de vez em quando.
Sobre esse problema, a região do bairro Caiçara pode ser considerada uma área tranquila. Segundo o Sar-gento Vale, do 34° Batalhão Polícia Militar de MG, “o maior número de acidentes de trânsito ocorre na av. Pedro II, por ela ter um fluxo maior de veículos e, após certo horário, nin-guém obedecer aos semáforos, até mesmo por questão de segurança. Mas acidentes com suspeitas de ingestão de álcool, a média é de dois para cada 10 acidentes”, afirma.
Quanto tempo dura
Dois anos depois da implementação da Lei Seca, motoristas ignoram sua existência
uma Lei?Lu
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Hor
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suzana Costa
No dia 26 de setembro, houve a abertura do Festival de Arte na Praça do Jornal, na Avenida Américo Vespúcio. Foi uma grande festa que contou com a participação do grupo de dança Sumaxé e brinquedos para as crianças se diver-tirem: cama elástica, pula - pula, barra-quinhas de doces e muito som durante toda a tarde.
Foi assim a comemoração dos 90 anos de bairro Nova Esperança, com muita gente se divertindo e se lembrando de histórias. “Todas as famílias que
moram por aqui têm uma história pra contar sobre o bairro”, afirma José Bonomo, um dos organizadores do evento e morador do bairro desde o seu nascimento, 54 anos. Assim como José Melgaço, de 71 anos, ele se orgulha de fazer parte dessa pequena comunidade. “Somos que nem uma cidadezinha de interior; aqui todos se conhecem”, complementa. Ele acredita que assim, se reduz a criminalidade da região.
“Não mudo daqui!”. Essa foi a afir-mação de dona Geralda Batista Barbosa, 43 anos, que com toda a sua animação marcou presença no festival. Ela se
mudou para o bairro ainda jovem e assim, deu a luz a seus três filhos, de 19, 18 e 15 anos.
Um dos organizadores do evento, Rômulo Araújo, estava satisfeito e sur-preso com a presença das pessoas que se aproximavam, cada vez mais, para curtir a programação. Por falta de recursos, não houve grande divulga-ção desse evento, mas mesmo assim, houve grande participação dos mora-dores. Araújo estava caminhando pela praça com microfone, deixando as pessoas falarem sobre o que estavam achando do programa.
Segundo Bonomo, em dezembro, 90 pessoas do bairro serão homenagea-das. Será o fechamento do festival. Do dia 10 de outubro ao dia 13, haverá a homenagem a Nossa Senhora do Rosá-rio. No dia 15 de novembro haverá um torneio esportivo e no dia 30 haverá o Ciclo de Palestras. No mês de dezembro, no dia três, a atração é o Grande Baile de comemoração dos 90 Anos do Bairro Nova Esperança, mas no dia quatro haverá rua de lazer e no dia cinco, culto ecumênico e entrega de medalhas de honra ao mérito aos moradores mais antigos do bairro.
Você está no Nova EsperançaFotos André Coelho
Seja bem-vindo! Nonagésimo aniversário do bairro é comemorado
pelos moradores com muita música e dança
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Henrique paolinelli
Ingressar em uma universidade é uma tarefa difícil, ainda mais para aquelas pessoas que sofrem com dificuldades financeiras. Para essas pessoas, a Socie-dade Educativa Lima Barreto é uma alter-nativa aos altos custos dos pré-vestibulares de Belo Horizonte. A entidade atende estudantes da Região Noroeste, alunos sem condições de pagar cursos preparató-rios para o vestibular e para Exame Nacio-nal do Ensino Médio (Enem).
Uma reclamação geral da sociedade é o fato de as escolas públicas não atenderem a real necessidade dos estudantes de baixa renda, para ingresso nas universidades
públicas. Nas instituições de ensino supe-rior privadas, a situação é ainda mais com-plicada, por causa dos custos das mensali-dades. Mesmo com o Financiamento Estudantil (FIES) e o ProUni, é necessá-rio enfrentar o tão concorrido Enem, para ter acesso aos programas do governo.
Edilaine Leroy Belo, de 40 anos, for-mada hoje em Marketing e Vendas por uma instituição privada de ensino supe-rior, foi aluna do Pré-Vestibular Lima Bar-reto durante seis meses, e fala da impor-tância da instituição em sua vida. “Signifi-cou muito para mim; tive muito incentivo lá dentro, pois todos estavam ali em prol do aprendizado”, ressalta. “Quando entrei na faculdade, fiquei desempregada. Mas,
depois, as coisas se ajeitaram, e consegui bolsa e FIES, que me ajudaram muito”, completa Edilaine Belo.
“A sensação de ver um aluno nosso passar no vestibular é de euforia, não só minha, mas de todos os professores”, afirma Éderson Balbino, coordenador do Pré-Vestibular. A instituição, desde o iní-cio das suas atividades, já colocou diversos alunos na universidade. As dificuldades existem, como lembra o professor de Bio-logia, Gilson Dias. “Os alunos trabalham muito e chegam cansados”. No entanto, segundo ele, “a superação faz parte da vida dessas pessoas, que tanto lutam para conseguir uma vaga em uma faculdade pública ou privada”.
Em busca do ensino superior
Região Noroeste é imbatível em casos de dengue
Edilaine revela a importância do Lima Barreto
Arquivo PessoAl
O foco principal é um lixão clandestino que fica atrás da Escola Municipal Artur Guimarães, expondo as crianças ao ataque dos mosquitos
diego dos santos e sabrina assumpção
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a região Noroeste de Belo Horizonte, que compreende os bairros Caiçaras, Aparecida, Ermelinda e Nova Esperança, entre outros, regis-trou 2.748 casos de dengue, só em 2010 — é o maior foco da doença na capital. Quem mora na região sabe muito bem o porquê disso. Nos fundos do cemitério da Paz, a menos de cem metros da Escola Municipal Artur Guimarães e da Creche Comunitária, quase às margens da avenida Américo Vespúcio, está um dos maiores depósi-tos de lixo clandestino da Noroeste, cheio pneus, latas velhas, animais mortos e toda sorte de detritos.
O local é um perigo para os alunos e para as crianças da creche, que além de ter que conviver com o perigo da doença, têm que aguentar um odor insuportável e contato direto com usu-ários de drogas, que procuram o ponto por ser um local deserto. Oscar Cunha, gerente de serviços gerais do jornal
Diário do Comércio, que também fica perto, conta que não há somente o prob lema de dengue na reg ião. Segundo Oscar, o mau cheiro é insu-portável, porque no local são desova-dos restos de um açougue, junto com o entulho. Além disso, as borracharias, que são muito numerosas na avenida Américo Vespúcio, despejam ali os pneus que não têm mais utilidade. “Não adianta a prefeitura fazer a lim-peza do local, pois a sujeira volta logo depois”, reclama Oscar.
Marcos Silva, motorista da linha São Lucas/Nova Esperança, que tem seu ponto final exatamente em frente ao lixão, concorda com Oscar. “A pre-feitura limpa o local, mas durante a noite, as pessoas veem e jogam o lixo”, diz. Por isso, os próprios motoristas não conseguem ficar dentro do ônibus enquanto esperam os passageiros, tendo que se deslocar para outro local. “Aqui dá de tudo: cachorro morto, barata...”, conta Marcos, lembrando que um motorista e um cobrador já pegaram dengue. Caroline Andressa,
moradora da região, reclama do fedor e disse que já pegou dengue duas vezes. Ela afirma que “não é falta de conscientização, pois a prefeitura faz campanhas constantemente; é sem vergonhice mesmo, coisa de gente que não tem educação”.
Um morador de rua que vive no
l o c a l e d i z c h a m a r - s e a p e n a s “Roberto”, afirmou que a prefeitura faz a limpeza do local de 15 em 15 dias, “mas não adianta, no outro dia já tem lixo”. Roberto conta que, além das baratas, outro perigo são os escor-piões. Ou seja, não faltam condições para o mosquito proliferar.
Pneus velhos e outros entulhos são focos de dengue na região Noroeste
sAbrinA AssumPção
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Não jogue seu poder no lixo
luCas Horta
As eleições do primeiro turno de 2010 já são passado. Deputados estadu-ais, federais e senadores foram eleitos. Alguns governadores também já foram escolhidos e os demais, junto com o cargo de presidente, terão o segundo turno para serem eleitos. Serão mais quatro anos de mudanças ou estagna-ção? E o que você fez? Participou ativa-mente do processo eleitoral?
O que se pode constatar é o baixo inte-resse da população pelas eleições e, prin-cipalmente, pelas cobranças aos políticos depois de eleitos. Sem pressão nas costas,
nossos representantes fazem da máquina do Estado seu passatempo. Para Valmir Martins, morador do bairro Nova Espe-rança, o descaso com que os políticos tra-tam a população desestimula a participa-ção nas eleições. “Eu só voto em branco; não dá pra votar nesse pessoal, eles não ajudam a gente em nada, se esquecem da gente”, lembrou o vidraceiro.
Já a secretária Denise Duarte é con-tra o voto obrigatório, “ele obriga quem não quer votar e não sabe exercer esse dever a tomar uma decisão. Pra votar tem que ter consciência. Se não tiver noção do que está fazendo é melhor não votar. Não vale a pena!”, ressaltou a
moradora do bairro Ermelinda.Segundo o TSE — Tribunal Supe-
rior Eleitoral —, existem mais de 135 milhões de eleitores. Número suficiente para mudar os rumos do país. Ou seja, a população tem que saber quem é que tem poder sobre os políticos e não o con-trário. Tem que existir uma fiscalização do trabalho dos nossos representantes. Discutir, protestar e exigir retorno e melhorias nos serviços básicos seria uma mudança de postura incrível. Menos passividade e mais atitude é a saída para fazer o acompanhamento do Estado um assunto agradável, interes-sante e pertinente na vida de cada um.
Atenção para com as crianças é fundamental para evitar acidentes domésticos
Médico alerta sobre acidentes no lar
luCas Horta
Ser responsável por uma criança dá bastante trabalho aos pais, avós etc. Mas esse trabalho não se restringe apenas aos cuidados quanto à alimen-tação, estudo e higiene. Outro ponto fundamental são os cuidados para que elas não sofram acidentes dentro do lar e, com isso, evitar uma tragédia que pode causar danos irreversíveis.
Os utensílios domésticos podem virar verdadeiras armas. Objetos pequenos, que podem ser engolidos, remédios, produtos químicos e tóxi-cos são exemplos disso. Deixar as crianças longe do fogão também evita o risco delas se queimarem, seja com a própria chama ou com água quente. Detalhes que deveriam exigir aten-ção máxima dos pais, mas nem sem-pre é assim.
Segundo a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHE-MIG), o número de acidentes domés-ticos envolvendo queimadura entre
crianças de zero a 12 anos até agora, em 2010, foi de 325, considerado muito alto. Já os casos envolvendo intoxicação, no mesmo período, foram de 499; de ingestão de objetos estra-nhos — peças de brinquedos, parafu-sos, moedas —, de 1624.
O pediatra Amaury de Castro recomenda primeiros socorros especí-ficos para cada tipo de acidente. “Em caso de queimaduras, compressas de pano úmido deverão ser colocadas imediatamente no local atingido, já no caso de intoxicação ou ingestão de objetos estranhos o paciente deverá forçar o vomito”, aconselha.
Ele completa: “Na ocorrência de queda, o correto é imobilizar o aciden-tado e chamar socorro médico imedia-tamente’’. O médico também diz que o melhor a fazer é a prevenção, para que esses acidentes não ocorram. “A vigília dos pais ou responsáveis é fundamen-tal para manter as crianças a salvo desses perigos e evitar transtornos maiores no futuro’’, ressalta.
Saiba por que votar com consciência pode fazer a diferença
nos próximos quatro anos
Luca
s H
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Pedro Silva
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suzana Costa e viviane teodoro
Depois de um ano sem circular, o “Páginas Abertas” retoma com força máxima suas atividades. Mesmo com essa parada, o veículo comemora, em grande estilo, quatro anos de projeto. O jornal iniciou seus trabalhos em 2006, a fim de difundir a cultura da Região Noro-este de Belo Horizonte, ao levar informação aos moradores do local.
Éderson Balbino, coordenador do “Páginas Abertas”, se diz reali-zado com o projeto. Enquanto idea-lizador, conta nunca ter pensado que o jornal fosse atingir tão impor-
tante patamar. Segundo ele, em quatro anos, conseguiu--se atingir tiragem superior a 50 mil exempla-res. Sobre a pausa de um ano na distribuição, Balbino afirma que foi para reestruturar a Sociedade Edu-cativa e Cultural Lima Barreto (SEC Lima Barreto), associada ao “Pági-nas Abertas” e, por isso: “precisáva-mos estacionar”, disse.
O jornal proporcionou conquis-tas importantes à comunidade, como, por exemplo, divulgar o Pré-Vestibular Lima Barreto para as pessoas carentes da região e, conse-quentemente, ajudá-las a ingressar nas universidades da capital. “Já
a tendemos aprox imadamente 1.200 alunos até a data de hoje. Cerca de 15% a 20% já se encon-tram nas universidades e outros que cursaram o supletivo já concluíram o ensino médio”, ressalta Balbino. Além disso, segundo ele, o jornal tornou os moradores mais curiosos em relação à cultura.
“A população da região estava lendo um pouco mais neste período em que o jornal circulou e hoje ela sente falta e pergunta quando o jornal irá voltar”, diz Rômulo Araújo, vice-presidente da SEC Lima Barreto, reforçando a ideia de Balbino. Araújo sente-se feliz e está muito confiante
com o retorno do veículo. Para ele, o “Páginas Abertas” volta a circular com melhorias e o número de leitores, por causa disso, tende a aumentar.
João Araújo lê o jornal, que conheceu por meio de um amigo, desde o início da circulação. Para ele, o sucesso do “Páginas Abertas” se deve ao fato de o informativo abordar temas atuais, e informar, aos moradores da região, os fatos relativos aos bairros componentes.
Segundo Araújo, as expectativas são as melhores possíveis, pois a informação ajuda as pessoas a se manterem atualizadas sobre os acontecimentos na região.
Comemoração em
grande estilo Depois de
um ano sem distribuição,
jornal“Páginas Abertas”
festeja quatro anos