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DeClara 3 abril

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NOTA EDITORIAL

Às Escolas são impostos desafios contínuos deatuação para poderem acompanhar asconstantes mudanças e promoverem o sucessoeducativo. É imperativo que se reinventem, queaproveitem as oportunidades que lhe sãopropostas, adaptando-se, sendo inovadoras,redefinindo práticas, demonstrando valor eintroduzindo formas de trabalho colaborativo,com serviços proativos para comunicarem coma comunidade em que estão inseridas,transformando em oportunidades os desafiosque lhes são propostos.

Sendo uma organização inclusiva, a nossaescola não esquece os alunos com necessidadeseducativas especiais, os alunos com currículoindividual específico, os alunos estrangeiros ouoriundos de diferentes etnias, assumindo umavertente multicultural e sendo um instrumentode socialização, democracia e progresso,esbatendo assimetrias sociais e apoiando odesenvolvimento do currículo e do processo deensino e aprendizagem.

O DeClara reflete e insere-se nesta ideologia,promovendo a liberdade de expressão. Empleno mês de março, mês de muito trabalho eacontecimentos, tivemos a satisfação de ver onosso Jornal integrar a plataforma de Jornaisescolares da Direção-Geral da Educação,coordenada pela Equipa de Recursos eTecnologias Educativas ERTE, do ministério daeducação. O projeto foi registado, analisado,aprovado e publicado!

Se te quiseres juntar à equipa de redação,contacta a biblioteca escolar. Reunimossemanalmente, quando possível, à terça feira,pelas 18:15. Aparece.

Biblioteca Escolar Equipa do Jornal

APECRAECR

Agradecimento especial aos nosso Colaboradores.

Capa do jornal criada por alunos do 12º G

http://jornaisescolares.dge.mec.pt/2017/03/16/declara/http://jornaisescolares.dge.mec.pt/http://erte.dge.mec.pt/educacao-para-os-media

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DIA DA ESCOLA CLARA DE RESENDE

O Dia da Escola Clara de Resende é celebrado nodia 2 de março, sendo um dia especial para toda acomunidade aqui pertencente.

A Entrega dos Diplomas referentes aos Prémiosde Mérito 2015/2016, em conformidade com oscritérios estabelecidos no artigo 50.º do RIA,decorreu no auditório da Escola Clara de Resende no Dia da Escola (2 de março 2017)

Foi atribuído o prémio de excelência a 15% da população escolar 2015/2016.

Salienta-se, com orgulho, o aumento significativo do número de prémiosViver a Escola.

Foram ainda entregues os diplomas e prémios doConcurso Nacional de Leitura, 11ª edição 2016/2017,aos alunos vencedores e participantes de mérito do3º ciclo e Ensino secundário, gentilmente oferecidospela Associação de pais da escola.

Homenagearam-se os professores a lecionar há25 anos na Escola S2,3 Clara de Resende,

António Monteiro, Albano Maiae Manuela Conrado.

A NOSSA ESCOLA ….

O cérebro é mais poderoso que uma máquina. Elecontrola todos os movimentos do nosso corpo, écom ele que pensamos e sentimos emoções. Muitoscientistas já investigaram a tão poderosa máquinahumana mas, mesmo com muitas investigações,ainda se desconhecem muito dos fantásticospoderes do cérebro.Dez curiosidades sobre o cérebro, que talvez nãoconheça:

1. O cérebro não sente dorEle é responsável por toda a dor no corpo, mas nãosente dor. Assim, as cirurgias ao cérebro podem serfeitas sem anestesia.

2. O cérebro contém mais de 160 mil vasossanguíneosParece um extenso número, mas, comparado comos 100 biliões de neurónios conectados por 100triliões de sinapses e a capacidade de armazenar1000 terabytes de informação, o número parecemais pequeno.

3. O cérebro de Albert Einstein foi conservadoAlbert Einstein foi um dos maiores génios dahumanidade e, por isso, mesmo sem autorização dafamília, o doutor Thomas Harvey conservou-o,tendo depois sido roubado e posteriormenterecuperado.

4. Os lados do cérebro são diferentesOs lados do cérebro têm diferentes características,funcionando de forma invertida. Por exemplo, sealguém se magoa na perna esquerda a dor éprocessada pelo lado direito do cérebro.

5. O cérebro das mulheres é 10% menor do que odos homensIsto não interfere na inteligência. Mesmo sendomais pequeno, o cérebro feminino possui maiscélulas nervosas que o masculino.

6. O cérebro é mais ativo durante o sonoO nosso corpo está mais relaxado durante o sono,enquanto que o cérebro fica mais ativo. Algunscientistas pensam que isto pode estar ligado com ofacto de sonharmos.

7. Conseguimos controlar os sonhosEste fenómeno de poder controlar os sonhos,denomina-se por sonhos lúcidos. Foi descoberto nadécada de 1880 pelo psiquiatra Fredik Willem VanEeden.

8. A ciência ainda não sabe porque é que rimosObviamente que o facto está ligado ao cérebro, masnão se sabe porque é que achamos algo engraçado,ou porque o riso se contagia.

9. O tamanho do cérebro não influencia ainteligênciaO tamanho do cérebro não tem nada a ver com ainteligência, como se viu no tópico que comparava otamanho dos cérebros masculinos e femininos. Porexemplo, o de Albert Einstein, um dos maioresgénios da humanidade, pesava 1,23 kg, ou seja,menos do que a média, 1,40kg.

10. O QI mais alto do mundo é de 210O coreano Kim Ung-Yong possui o maior QI domundo. Nasceu em 1962, tem 55 anos, começou afalar aos 6 meses, aos 8 meses entendia cálculos deálgebra, e aos 4 anos começou a frequentar auniversidade de Hanyang. Aos 8 anos foi convidadopela NASA para terminar os estudos universitáriosnos EUA, tendo se doutorado em física antes dos 16anos. E em 1978, voltou para a Coreia do Sul ondese doutorou em engenharia civil.

Luana Tavares Fialho 7ºB

SABIAS QUE?

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Agrupamento Clara de ResendeAgrupamento Clara de ResendeAgrupamento Clara de ResendeAgrupamento Clara de Resende

O Bom Português -Abril

Descobre a palavraDescobre a palavraDescobre a palavraDescobre a palavra

Preenche o crucigrama edescobre a palavra escondida

1- Sinónimo de contrário.2- Conjunto de castanheiros.3- Diminutivo de papel.4- Sinónimo de fantástico.5- Particípio passado de fazer.6- Anónimo de sorte.

Agrupamento Clara de ResendeAgrupamento Clara de ResendeAgrupamento Clara de ResendeAgrupamento Clara de Resende

Problema do Mês Problema do Mês Problema do Mês Problema do Mês

AbrilAbrilAbrilAbril

O José tem no seu prato do almoço 400 fios deesparguete, cada um medindo 15 cm.

Se ele os colasse ponta a ponta para formarum único fio o comprimento seria:

Indica como chegaste ao Indica como chegaste ao Indica como chegaste ao Indica como chegaste ao resultado?resultado?resultado?resultado?

Elaborado pelo prof. Artur Neri

A B C D

6 km 6o m 6oo cm 6000 mm

Resolução do Problema de Matemática Resolução do Problema de Matemática Resolução do Problema de Matemática Resolução do Problema de Matemática

de marçode marçode marçode março “ O Segredo”“ O Segredo”“ O Segredo”“ O Segredo”

1º dia – 1 x 3 = 32º dia – 3 x 3 = 9

3º dia – 9 x 3 = 274º dia – 27 x 3 = 81

5º dia – 81 x 3 = 2436º dia – 243 x 3 = 729

7º dia – 729 x 3 = 2 1878º dia – 2 187 x 3 = 6 561

9º dia – 6 561 x 3 = 19 68310º dia 10º dia 10º dia 10º dia –––– 19 683 x 3 = 59 04919 683 x 3 = 59 04919 683 x 3 = 59 04919 683 x 3 = 59 049

Resposta: Resposta: Resposta: Resposta: O segredo foi contado a 59 049 pessoas.

Resolução do Problema Resolução do Problema Resolução do Problema Resolução do Problema

O Bom Português de março

Sopa de LetrasSopa de LetrasSopa de LetrasSopa de Letras

HorizontaisL.2 –RAPAZOTE; L.4- BARBICHA;

L.10- BOTINHA Verticais

L.2- FILHINHO; L.9- CASEBRE; L.10-RIACHO

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CONCURSO INTERNO DE LEITURA - CIL (2ª edição)

Ensino Básico - 2º Ciclo (5º e 6º ano)2016/2017

INFORMAÇÕES: Livros escolhidos, datas e local das provas

Datas das Provas:•1ª fase - 26 abril 2017 – 15:00•2ª fase - 17 maio 2017 – 15:00 Final – 24 de maio 2017 – 15:00

Local: Auditório da Escola S2,3 Clara de ResendeInscrições: Biblioteca Escolar Clara de Resende ou junto doteu professor de Português

Obras disponíveis para requisição e consulta deregulamento do concurso na Biblioteca Escolar.

2º Ciclo

O elefanteO elefanteO elefanteO elefante

Era uma vezUm pequeno elefante

Que tinha de atravessar um rio.E, dado o seu peso,Não o podia fazer

Pois no rio se afundaria.

Então decidiu:---- Vou saltar graciosamenteVou saltar graciosamenteVou saltar graciosamenteVou saltar graciosamente

de nenúfar em nenúfar!de nenúfar em nenúfar!de nenúfar em nenúfar!de nenúfar em nenúfar!E foi o que fez.

E não se afundou!Que feliz que ficou!

Agora o elefantePassa ali todos os dias

Só mesmo para Saltar graciosamenteSaltar graciosamenteSaltar graciosamenteSaltar graciosamente

de nenúfar em nenúfar! de nenúfar em nenúfar! de nenúfar em nenúfar! de nenúfar em nenúfar!

Maria Rita Vaz; 5ºC

POEMAS DO MÊS

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AS NOSSAS ESCOLHAS…

3º Ciclo

A mais superficial visão da primaveraA mais superficial visão da primaveraA mais superficial visão da primaveraA mais superficial visão da primavera

Repousando,ali quietas.

Com a mãe delas a regressar ao verde,ainda com alguma filhas dependuradas.

Sobre a água,como se alguém as sustentasse, intocáveis pétalas, minúsculas, grandiosas.

A movimentarem-se devagar, ao som dos pássaros,que faz o vento mexer-se,que faz a água mexer-se.

Mosquitinhos minusculamente insignificantes,a passearem-se sobre elas.

Outra leve brisa,e começa a nevar beleza.

Até pareça que os poderosos adormeceram, e, sem dar por isso,derramaram beleza sobre a terra.

De repente um pássaro chilreia, pendurado ao pé da ameixieira, a contemplar o derrame, de uma beleza vinda de um seco ramo, que ainda um mês antes estava nu.

Completamente despidomas virou verde e branco.

E ninguém pode passar sem reparar nesta beleza.

Tão simples!

José Silva, 9ºG

fevereiro 2017

IMAGEM DO MÊSElaborada no âmbito do projeto do 12.º E, na disciplina de Psicologia B, com a orientação do Prof.

Paulo Paiva

DeClara, nº 3 abril de 2017

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CLARTOONCLARTOONCLARTOONCLARTOON VINAGRE’SVINAGRE’SVINAGRE’SVINAGRE’S

Afonso e GonçaloAfonso e GonçaloAfonso e GonçaloAfonso e Gonçalomarço 2017

FILMEFILMEFILMEFILME

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SÉRIESÉRIESÉRIESÉRIE

O Cume de DanteO Cume de DanteO Cume de DanteO Cume de DanteRealizador: Gale Anne Hurd, Joseph Singer.Atores principais: Pierce Brosnan, Linda Hamilton, Charles Hallahan, Grant Heslov, Elizabeth Hoffman, Jamie Renee Smith, Joseph Gordon-Levitt.Idade: M/12Género: Aventura e Romance.

Descrição: Um vulcanólogo chega à cidade de Dante's Peak paraestudar um vulcão que estava inativo há algum tempo. Durante esseestudo, ele observa fenómenos estranhos e tenta alertar apopulação da cidade, porque o vulcão inativo está prestes a entrarem erupção. Ninguém acredita nele, exceto a presidente da cidade.

MacgyverMacgyverMacgyverMacgyver

Realizador: P. Todd Coe, Peter M. Tassle.Atores principais: Lucas Till, George Eads, Tristin Mays, Justin Hires, Sandrine Holt.Idade: M/12Género: Ação e Aventura. Canal: FOX

Descrição: Angus MacGyver, também conhecido por Mac, é um agentesecreto de uma organização do governo dos EUA (Fénix). Usa o seu

extraordinário talento para resolver vários problemas e o seu amplo conhecimento científico para salvarvidas. Com várias habilidades e uma criatividade incrível, Mac ajuda as pessoas usando clipes de papel emvez de pistolas, velas de aniversário em vez de bombas e pastilhas elásticas em vez de armas.

Escola Secundária Clara de Resende

Clube de XadrezNa Biblioteca Escolar

Inscreve-te.Estamos à tua espera!

OS NOSSOS CLUBESESCOLA SECUNDÁRIA CLARA

DE RESENDE2016/2017

CLUBE DE TEATRO

Professor: Paulo FerreiraHorário: 2ª feira das 18:30 às 20:00Local: Sala de Espelhos

LeituraLeituraLeituraLeitura

Esta obra, de Sophia de Mello Breyner Andresen, contém dois brevescontos, ambos passados no Japão, que se denominam por “A árvore” e“O espelho ou o retrato vivo”.“A árvore” conta-nos a história de uma grande e adorada árvore queteve de ser cortada, pois, ao logo de muitos anos, causou transtornosna vida dos habitantes da ilha.“O espelho ou o retrato vivo” é a história de uma família cuja filha eraidêntica à mãe. Esta família desconhecia os espelhos e a sua utilidade.O pai, após uma viajem, ofereceu um espelho à sua esposa, estamorreu passados uns anos. Antes da sua morte ofereceu o espelho àfilha, que olhando para ele julgava ver a mãe, mas na realidade via-se asi própria.

Luana Tavares Fialho, 7ºB

2º Ciclo: “A Árvore”, de Sophia de Mello Breyner Andresen.

3º Ciclo: “O rapaz do pijama às riscas”, de John Boyne

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Secundário: “Vem à quinta-feira”, de Filipa Leal

Durante a Segunda Guerra Mundial, Bruno, ao regressar da escola, constata que as suascoisas estão a ser empacotadas. O seu pai tinha sido promovido no trabalho e toda afamília tem de deixar a luxuosa casa onde vivia e mudar-se para outra cidade, ondeBruno não encontra ninguém com quem brincar nem nada para fazer. Pior do que isso, anova casa é delimitada por uma vedação de arame que se estende a perder de vista eque o isola das pessoas que ele consegue ver, através da janela, do outro lado davedação, as quais, curiosamente, usam todas um pijama às riscas. Como Bruno adorafazer explorações, certo dia, desobedecendo às ordens expressas do pai, resolveinvestigar até onde vai a vedação. É então que encontra um rapazinho, mais ou menosda sua idade, vestido com o pijama às riscas que ele já tinha observado, e que em brevese torna o seu melhor amigo…Querem saber o que vai acontecer à vida de Bruno? Têm de requisitar o livro nabiblioteca!!!

Francisco Rodrigues, 7ºB

No seu mais recente livro de poesia, Filipa Leal fala-nos, com uma voz muito própria, de problemas e sobressaltos, dosdramas da sua geração, mas também dos tumultos por que passaram as anteriores. Desfia memórias e cartografa emoções.Funde sensibilidade, acidez e uma vulnerabilidade inesperada, embalando-nos com a simplicidade da sua poesia quente epróxima.

É de admirar a delicadeza e elegância com que a autora se nos dirige, despertando-nos de um torporno qual nem sabíamos que estávamos. A habilidade com que capta o singular das ruas e dasconversas é surpreendente, retratando de forma fiel a agitação de uma cidade onde se encontram asimensas frustrações de uma galeria de personagens únicas e intensamente vibráteis. É, portanto,impossível não deixarmos de nos apaixonar pelo lado introspetivo de alguns dos seus poemas, quenos cativam desde o primeiro verso e nos ensinam a amar a voz humana.Sempre com um tom nostálgico e uma certa ironia à mistura, “Vem à quinta-feira” deslumbra-nos,também, pela capacidade com que espelha a incerteza do futuro e a descrença num país frágil einstável. Há beleza nas palavras da escritora, há ternura e amor pela terra – como também hátristeza e desilusão por ser ver numa situação tão diferente da que dava por garantida.No quotidiano, onde não paramos para avaliar cada palavra que usamos, recorremos

constantemente a expressões como “dia normal”, “vida normal”, “curso normal dos acontecimentos”... Mas na linguagemda poesia, onde cada palavra tem o seu peso, nada é usual ou normal. Nem uma única pedra nem uma única nuvem. Nemum único dia nem uma única noite. E, acima de tudo, nem uma única vida, nem uma única vida neste mundo.Recomendo vivamente este livro.

João Couraceiro, 12.ºC

DeClara, nº 3 abril de 2017

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Reflexão Escrita de “A Metamorfose” Reflexão Escrita de “A Metamorfose” Reflexão Escrita de “A Metamorfose” Reflexão Escrita de “A Metamorfose”

O livro que li foi “A Metamorfose” de

Franz Kafka, livro este que já tinha lido,

cerca de três anos atrás, mas que só

desta vez fez claro sentido, sobretudo

na relação da história das personagens

com os outros livros do autor austro-

húngaro e sua biografia.

“A Metamorfose” narra a estória de umcaixeiro-viajante a partir duma fatídica manhã em que eleacorda transformado num inseto. Gregor Samsa, apersonagem principal, passa por uma séria de desafios apósdescobrir que era um animal de carapaça dura, mandíbulas,e três pares de patas, nomeadamente sustentar a sua irmãe pais, pois era ele o único que trabalhava para garantir obem-estar da família.As suas primeiras preocupações, após a transformação,eram recuperar da “doença” que lhe tinha atacado eretomar, o mais rápido possível, o seu “ganha-pão”, mas,com o passar do tempo, o inseto apercebe-se que ametamorfose é irreversível e que a família o tinhaabandonado. Por essas razões, Gregor acaba por morrer e afamília acaba por seguir o seu rumo, despreocupada eserenamente, pois o seu fardo (o inseto Gregor Samsa)tinha deixado de os atormentar.É possível estabelecer um paralelo entre este livro, asrestantes obras de Kafka e a sua vida. Um tema recorrentena biblioteca do escritor natural de Praga é a infameinjustiça exercida pelas grandes autoridades, sejam elasjuízes, guardas ou até pais.Franz Kafka nasceu em 1883 e foi criado por uma paiabusivo e autoritário, que o marcou até ao final da sua vida.Há um episódio da sua vida que descreve bem o que sofriaa inofensiva e inocente criança que foi Kafka: um dia, Franzacordou durante a noite e chamou pelo pai, para que estelhe trouxesse um copo de água. Em vez disso, o pai, furiosoe irreverente, trancou-o fora de casa, no frio da noite.Em toda a obra do famoso escritor da literatura alemã, estásempre presente esta onde de terror inesperado vindo deum superior, como por exemplo no livro “O Processo”, apersonagem principal é levada a tribunal, presa e morta pornenhuma razão aparente, e ele aceita-o, assim como Kafka,não vendo outra alternativa. Aceita e morre sem nuncapublicar um livro, exceto “A Metamorfose”, que, quandoeditado e lançado e durante a curta vida de Franz, não tevereconhecimento algum.

Francisco Aguiar, 12ºA

REFLEXÃO DO MÊS SOBRE LEITURA

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexão EscritaEscritaEscritaEscrita dededede “O“O“O“O Estrangeiro”Estrangeiro”Estrangeiro”Estrangeiro”

“O Estrangeiro” de AlbertCamus é uma obra de carácterfilosófico, marcada pelainquietação, profundidade dopensamento, tornando-se, porvezes, perturbadora, e marca ointeresse de Camus pelafilosofia existencialA obra é dividida em duas

partes, nas quais nos é narrada a história de Meusault (apersonagem principal e a minha favorita), nos inícios doséculo XX, e o espaço físico é a cidade de Argel, na Argélia.A primeira parte inicia-se com a morte da sua mãe, e esteage como se nada tivesse acontecido. É certo que vai aofuneral, mas não demonstra quaisquer sinais de tristeza ouluto, algo que, aos olhos alheios, era extremamentereprovável e sinal que não gostava dela, mas, como elepróprio dizia, «apenas não queria dar grande importânciaao assunto».Na segunda parte, Meusault é preso por ter morto umárabe, sem razão plausível, e é-nos narrada a sua vida naprisão, os interrogatórios, os encontros com o seuadvogado, acabando com a sua condenação à morte.No momento, a sua sentença não o parece afetar, só maistarde quando refletiu sobre isso, ficou com medo da mortee apercebeu-se que viveu sempre à espera da morte, e nãoimporta o que fazemos em vida, porque todos temos amesma condenação fatal.A obra é bastante descritiva e a personagem é bastantepensativa, atenta aos pormenores e responde sempre damaneira mais clara e objetiva. Transmite-nos, também, amensagem de que o amor não tem importância, e ele nãose importa com nada, apenas vive o momento (porque éobrigado a viver) e sem preocupações futuras.Em conclusão, é uma obra profunda e convidativa aopensamento do leitor, e é-nos exposta a perspetiva de umsujeito, cuja vida é construída por meros acasos.Naturalmente o leitor irá refletir sobre a sua vida e como adeveremos, ou não, encarar.

Elaborado por aluno 12º anoSeleção 12ºD

Professora Helena Sereno

DeClara, nº 3 abril de 2017

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O romance Amor de Perdição, de

Camilo Castelo Branco, divide-se

em duas intrigas: a principal e a

secundária. A segunda foca-se na

vida de Domingos, corregedor e

patriarca da família Botelho, antes e

após casar com D. Rita Preciosa.

Foca-se, também, mais adiante, na

vida do filho mais velho de ambos,

Manuel Botelho.

A intriga principal centra-se na história de Simão, irmão

mais novo de Manuel, e de Teresa, filha de Tadeu

Albuquerque (inimigo de Domingos), os dois de quinze

anos. Estes apaixonam-se e Simão, que era conhecido pelo

seu temperamento indomável e por ser inconsequente,

muda totalmente. Durante toda a narrativa, trocam cartas.

A fidalga está, porém, prometida ao seu primo Baltasar,

com quem se recusa a casar. É, então, forçada a ir para o

convento de Monchique, no Porto. Por outro lado,

Domingos expulsa o filho de casa. Na noite da partida da

amada, Simão, hospedado na casa de um ferrador, vai ao

seu encontro e João da Cruz (o ferrador) mata Baltasar. O

filho do corregedor assume a culpa e acaba por ir para a

Cadeia da Relação, no Porto. Mariana, filha de João,

acompanha-o, pois está apaixonada, embora não seja

correspondida. O rapaz escolhe ser degredado para a Índia

por dez anos a ficar preso durante o mesmo período de

tempo. Quando o seu barco parte, Teresa acena do muro

do convento e aí morre de Tuberculose. Simão morre

alguns dias depois, devido a uma febre. Mariana atira-se ao

mar com o seu corpo.

As personagens que mais me inspiraram foram Teresa e

Mariana, duas mulheres fortes e bondosas, embora

diferentes. A primeira, apesar da sua tenra idade, era

decidida, paciente e persistente – aguentou todos os

meses nos conventos e nunca desistiu do amor de Simão. A

segunda era generosa, leal e paciente – amava

intensamente, mesmo sabendo que não era correspondida,

sem pedir nada em troca e nunca deixou Simão sozinho.

Camilo utiliza frequentemente apóstrofes e a ironia para

tecer críticas, fazendo intervenções durante a narração. O

autor não se prolonga nas suas descrições e o ritmo da

narrativa é acelerado (os acontecimentos fluem com

rapidez).

Concluindo, recomendaria este livro a todas as pessoas,

visto tê-lo achado bastante interessante.

Marta Vouga Vaz Ferreira, 12ºD

Amor de Perdição – Uma Reflexão

SEMANA DA LEITURA 27 A 31 DE MARÇO 2017

CARTAZ CONCELHIO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES DO PORTO

FutebolUEFA sem PortugalPortugal ficou sem representantes nas competições europeiasdepois de SLBenfica e FCPorto terem perdido contra B. Dortmund eJuventus respetivamente.

Agora só para o ano é que voltaremos a ver equipas portuguesas nascompetições Europeias.SportingCP e SCBraga já tinham sido eliminados das competições europeias logo na fase de grupos.

2018/19 o ano da mudançaA partir de 2018 Portugal só terá uma equipa com apuramentodireto para a UEFA Champions League porque Portugal desceupara 7º lugar no ranking e isso tem como consequência que só oprimeiro classificado da liga NOS consiga o apuramento direto.O segundo classificado terá que ir a uma 3ª pré-eliminatória edepois às play-offs para conseguir chegar à fase de grupo daUEFA Champions League.

FutsalCampeão da Taça de EspanhaO Inter Movistar venceu hoje a Taça de Espanha de futsal,ao bater o ElPozo Murcia na 18.ª grande penalidade, depoisde as duas equipas terem terminado o prolongamentoempatadas 4-4.Ricardinho esteve no melhor e no pior do Inter Movistar,o português fez o 2-2 ao marcar na própria baliza e empatou o jogo para levar a decisão para oprolongamento -, somou o 10.º título na Taça de Espanha, o segundo consecutivo.Nas grandes penalidades, o campeão impôs-se por 9-8, depois de Elías ter falhado e de Pola terconvertido o último penálti.

Ténis:Federer bate Wawrinka e vence torneio de

Indian Wells pela quinta vezO número 10 do 'ranking' impôs-se em 1 hora e 21 minutos,reforçando a sua superioridade no historial de confrontos com Wawrinka - 20 triunfos em 23

encontros.Vencedor em Indian Wells em 2004, 2005, 2006, 2012 e 2017, Federer, de 35 anos, igualou sérvioNovak Djokovic, que era até hoje o único com cinco triunfos no torneio californiano.Depois de perder o primeiro 'set' ao ceder o 'break' quando servia para 5-5, Wawrinka, número trêsdo mundo, abriu a segunda partida a ganhar no serviço de Federer, mas permitiu novo 'break' noquarto jogo. Quando procurava o 6-6, Wawrinka sofreu nova quebra de serviço e entregou o títuloa Federer.

Afonso e Gonçalo Vinagre, 7º B

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DESPORTODESPORTODESPORTODESPORTO

Este mês vamos falar sobre uma vila portuguesa, localizada na ponta

mais a sudoeste de toda a Europa continental, Sagres.Sagres pertence ao concelho de Vila do Bispo, distrito de Faro, edevido à sua localização geográfica foi o ponto de partida dosexploradores portugueses no século XV rumo ao desconhecido.Sagres é um dos poucos locais no Algarve onde a naturezaselvagem, juntamente com um rico património histórico-cultural,continua intacta.Esta vila tornou-se num lugar mítico e mágico da história dosDescobrimentos portugueses.

LocaisLocaisLocaisLocais históricoshistóricoshistóricoshistóricosFortaleza de Sagres - Classificada como Monumento Nacional, afortaleza original do Infante D. Henrique, datada do século XV.

Rosa dos Ventos - Atribuído ao Infante D. Henrique, este círculo com43 metros de diâmetro e 32 raios feitos com pedras, foi descobertoem 1921.Igreja de Nossa Senhora da Graça - Construída sobre as fundaçõesda igreja original de Santa Maria, mandada construir pelo InfanteD. Henrique, esta igreja do século XVI ostenta uma imagem deS. Vicente vinda do convento do Cabo de S. Vicente.

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Os Europeus de Pista Coberta de Belgrado regalaram os atletasportugueses com medalhas de ouro, prata e um 4º lugar, quecontinuam a bater recordes pelo mundo fora.

•Nelson Évora, em triplo salto, venceu a medalha de ouro,após ter alcançado uma marca de 17,20 m.•Tsanko Arnaudov alcançou o 4º lugar, conseguindo batermais um recorde nacional e pessoal, na categoria dolançamento do peso.•Patrícia Mamona, no triplo salto (prova feminina), alcançouo segundo lugar, com uma marca de 14,32 m., acumulandoa medalha de prata.

Lembramos agora os campeões europeus nas respectivascategorias em Belgrado:

•Filip Sasínek (1500 m): República Checa•Serhiy Nykyforov (salto em comprimento): Ucrânia•Konrad Bukowiecki (lançamento do peso): Polónia•Ewa Sowoboda (60 m – ronda 1 - feminino): Polónia•Kristin Gierisch (triplo salto feminino): Alemanha•Nafissatou Thiam (Pentatlo feminino): Bélgica

Será que Portugal continuará a brilhar no desporto, tal comotem feito nestes últimos dois anos?

Europeus de Pista Coberta: Nova geração de saltadores trazem

palmarés para a nação das quinas

Gonçalo Roncha, 9ºG

João Gonçalves, 8ºB

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PALESTRA SOBRE XADREZ

A palestra “Partidas de Xadrez”, orientada pelo

professor Bruno Figueiredo, decorreu na

Biblioteca da Escola na manhã do dia 2 de março,

no âmbito das comemorações do Dia da Escola

Clara de Resende.

Atividade organizada pela professora Paula Castro

do grupo 500 – Matemática.

Uma atividade do agrado dos alunos praticantes

de xadrez.

FEIRA DOS MINERAIS

A Feira dos minerais decorreu nos dias dia 2 e 3

de março, no átrio da Escola Clara de Resende,

no âmbito das comemorações do Dia da Escola.

A atividade é da responsabilidade da

professora de Biologia e Geologia, Paula

Guimarães.

O QUE ACONTECEU NA NOSSA ESCOLA...

HáHáHáHá teatroteatroteatroteatro nononono ClaraClaraClaraClara dededede Resende,Resende,Resende,Resende, paraparaparapara alunos/asalunos/asalunos/asalunos/as dodododo 2222ºººº eeee 3333ºººº ciclociclociclociclo

TeatroTeatroTeatroTeatro àààà SoltaSoltaSoltaSolta e LoversLoversLoversLovers são os nomes de dois grupos de teatro que trabalham, à 2ª e 3ªfeira ao fim dodia, sob a direção da professora Sílvia Barbosa.A convite da APECR (associação de pais da escola Clara de Resende), está a ser desenvolvido umtrabalho formativo e criativo com duas turmas na Escola Clara de Resende, onde estão sediadas duaspequenas companhias de teatro com os nomes TeatroTeatroTeatroTeatro LoversLoversLoversLovers e TeatroTeatroTeatroTeatro àààà SoltaSoltaSoltaSolta. Os ensaios já começaram,trabalhando-se uma metodologia colaborativa a partir de improvisações.

Os espetáculos seguem os temas da Ficção Científica e da Quadrilhas de Ladrões e Polícias,respetivamente. Os espetáculos serão apresentados no final do ano letivo e toda a comunidade escolarserá convidada.

Sílvia Barbosa, estudou na ESMAE Teatro – Interpretação, tendo trabalhado com várias companhias deteatro, entre as quais Comédias Do Minho. Desenvolveu vários projetos de formação e encenação, comoo espetáculo TERRA ou leituras encenadas a partir de Jaime Salazar Sampaio.

Sílvia Barbosa/Helena Tavares

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St. Patrick´s DayA Biblioteca Escolar convidou, no dia 17 de março, a comunidade educativa a visitar a exposição decomemoração do St. Patrick´s Day (Santo Patrono da Irlanda). Alunos, professores e comunidade educativaem geral, puderam apreciar a decoração feita, os trabalhos de pesquisa dos alunos, os poemas, as lendas, osprovérbios e anedotas relativos ao tema. Os alunos participaram ainda em jogos / passatempos em inglês edescobriram o pote do tesouro recheado de gomas verdes!A atividade foi dinamizada pelas professoras de inglês Ana Paula Velasquez e Paula Cunha.

Laboratórios Abertos de Física- QuímicaNo passado dia 2 de março, dia da escola, as turmas do 5º ano foram convidadas a visitar o laboratório deQuímica da escola onde fizeram diferentes experiências de física e de química, apresentadas pelasprofessoras Maria João Magalhães e Maria Isabel Pinto e pelos alunos Francisco Lobo, Duarte Reis e JoãoBarroso do 11º A.Com estas experiências pretendíamos mostrar aos alunos mais novos a importância da química e da física nanossa vida.Aqui vamos transcrever algumas das opiniões de alunos que participaram nesta actividade:Pedro Pinho: “as experiências de que mais gostei foram: bastão de luz ( cristal piezoeléctrico) e carro comimpulso ( motor a jato)”.Isis Fernandes: “…carro com o balão –mostra a força do ar a sair ( motor a jato)”Bárbara Guedes: “…tornado porque a água nas garrafas parecia mesmo um tornado”Guilherme Sousa: “…bola de Plasma e carro a jato”José Carvalho: “…fluido não newtoniano”Anna Pozzan: “… na verdade gostei muito de estar lá e de todas as coisas …Aprendi lá muito”.

Foi uma tarde bastante divertida e também muito educativa para todos os participantes.Por sua vez, os alunos do 11º ano que participaram nesta tarde de ciência gostarambastante de conviver, de explicar aos seus colegas mais novos as experiências etambém de partilhar o porquê da escolha desta área de física e química.Por fim, uma única ideia: vale a pena repetir!

Professoras M.Isabel Pinto e M. João Magalhães

Oficina prática de Produção de Cogumelos em Borra de Café –

Iniciação à micologia

No passado dia 2 de março, os alunos das turmas A, B, C e D do 8.º Ano

participaram na palestra/workshop dinamizada pelo engenheiro Marco

Ferraz, técnico de Micologia e coordenador e formador da AMBIFUNGI.

A atividade, que decorreu na

biblioteca da nossa escola, consistiu

numa componente teórica, onde os

participantes puderam conhecer

melhor o cogumelo da espécie

Pleurotus ostreatus.

Depois… mãos à obra, ou melhor, nas borras do café reciclado para cultivar os cogumelos, que deverão

começar a nascer daqui a um mês. Isto foi possível, uma vez que cada aluno preparou o seu kit para poder

observar o crescimento dos seus saborosos cogumelos, que para além do mais, são ótimos para o sistema

imunitário.Professora Isabel Teixeira

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Palestra sobre a obra “Mensagem”

No dia 13 de Março, segunda-feira, a turma E do 12ºano teve o prazer de assistir a uma palestra acerca daobra "Mensagem" e dos paralelismos que se podemfazer entre o autor e a mítica organização militartemplária, estando presentes, ao longo da obra,inúmeras referências míticas e históricas que com aOrdem se enquadram e interligam, embora queincógnitas até à altura para a grande maioria dosalunos.Autor de vários livros e professor de Filosofia noensino secundário, licenciado em Filosofia pelaUniversidade do Porto, Rui Fonseca apresentou apalestra, organizada pela professora JoaquinaCarvalho.Abordando e analisando a obra na íntegra, e dando àturma do 12º E uma nova perspetiva sobre a Históriado nosso país (nomeadamente das personalidadeshistóricas e míticas que tiveram mérito na edificação

da Nação, assim como o papel da Ordem do Templona mesma) e do autor, assim como das suas crenças econvicções, a apresentação de Rui Fonseca revelou-sedeveras enriquecedora para os alunos e, confio, paraa professora presente, responsávelpelo acontecimento, tendo aindadireito a bolo.

Os alunos da turma do 12º Ee a AE do Clara de Resendeencorajam mais atividades comoestas, dado o seu cariz transversal

em relação à matérialecionada pelos alunos,independentemente daárea, para além do seucariz lúdico e didático.

À nossa chegada, fomos divididos em dois grupos,que foram acompanhados por monitores diferentes.Um dos grupos iniciou a atividade participando numaoficina cujo objetivo era adquirir conhecimentossobre as cores. De seguida, fez a visita à exposição “Atime coloured space”, de Philippe Parreno. Nestadestacavam-se muitos balões coloridos posicionadosjunto ao teto, criando um ambiente de festa. Haviaainda pequenas esculturas construídas com tomadas,bem como quadros pintados maioritariamente apreto e branco com efeitos sonoros e luminosos. Avisita terminou com uma ida ao auditório, em cujopalco havia um piano que, aparentemente, tocavasozinho. Aqui tivemos de usar óculos especiais paraver uma imagem projetada por trás do referidoinstrumento.O segundo grupo começou com uma atividade naprimeira sala da exposição de Parreno, que consistiaem escrever uma breve apresentação de cada um denós.

De seguida visitou a exposição e acabou com arealização de um desenho em papel translúcido.Ambos os grupos consideraram a exposiçãointeressante e agradável aos olhos. Contudo, asopiniões sobre as oficinas divergem: o primeiro grupoentende que a oficina sobre as cores foi muitoinformativa e a atividade no auditório inesperada; osegundo considera que as atividades que lhe forampropostas foram menos diversificadas.

Turma 5DProf. Maria Antónia Magalhães

O que visitam os nossos alunos...

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Visita de estudo ao Museu de Serralves

Pelas 19:00 horas do dia 10 de março 2017, mais coisamenos coisa, à porta da Escola Clara de Resende, chegou umautocarro repleto de jovens alunos, das turmas C e D do 7ºano.Vinham cansados, desalinhados mas felizes. Acabavam dechegar de uma visita de estudo às Grutas de Santo António ea Conímbriga.Foram acompanhados pelas professoras Arlete Ferreira(História), Clementina Torres (Geografia), Isabel Teixeira(Ciências da Natureza) e Maria do Carmo Oliveira (Físico-química).Ao alvoroço da partida, pelas 7:00 horas da manhã, seguiu-se uma viagem de cerca de três horas até Porto de Mós, nodistrito de Leiria, para visitarem as Grutas de Santo António.Estas grutas, descobertas acidentalmente em 1955,constituem um ambiente sedimentar formado por rochacalcária. Devido à precipitação da água com o calcárioformam-se estalactites que “pingam” do teto dando origema estalagmites que crescem do chão. Por vezes as pingas são

tantas que chegam a formar-se pequenos lagossubterrâneos. De regresso à camioneta o grupodirigiu-se para Conímbriga onde almoçou eposteriormente visitou as ruínas e o museu.

Conímbriga era uma prósperacidade romana situada naestrada que ligava Lisboa aBraga. Foi invadida e ocupadapelos Suevos, tendo entrado emdeclínio nos finais do século Vd.C.

Esteve escondida durante séculos, mas nos finais doséculo XIX começaram asescavações que, pouco apouco, deixaram à vistabelas casas decoradascom mosaicos, o fórum,as termas e o anfiteatroentre outras coisas.É considerada monumentonacional. No museu, aberto ao público em 1962,

encontram-se diversos objetos encontrados duranteas escavações.

Guilherme Romão, 7ºC

Visita de Estudo às Grutas Santos António e a Conímbriga

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VisitaVisitaVisitaVisita dededede estudoestudoestudoestudo aoaoaoao FCPFCPFCPFCPNo dia 9 de março, três turmas da Escola Básica e Secundária Clara de Resende, sendo duas turmas do5º ano (F e G)e uma do 6º ano (E), perfazendo uma média de 85 crianças, foram visitar o Museu eEstádio do Dragão, no âmbito da disciplina de Educação Física.

Partiram da escola às 13:30 e dirigiram-se a pé até à estação do Metro.Já no Estádio do Dragão, foram visitar o museu; aí admiraram os troféusganhos pelo Futebol Clube do Porto. Visitaram o camarote presidenciale apreciaram das bancadas o campo de jogo. Em seguida, dirigiram-seaos balneários e viram os bancos e cacifos usados pelos jogadores nosintervalos dos jogos.Muitos alunos dirigiram-se à loja de lembranças e compraramrecordações respeitantes ao clube como bandeiras, bolas, bonés,cachecóis, etc.

Fizeram um intervalo para comerem as merendas que levaram de casa.Finalmente, entusiasmados dirigiram-se à estação de Metro e regressaram à escola por volta das 18horas.

Adriana Cruz e Silva – 5º G

No dia 9 de marçoFomos passear5º G, 5º F e 6º EO Museu e Estádio do Dragão fomos visitar.

Fomos todos de metroPara mais depressa lá chegarAo Estádio do DragãoQue tanto queríamos visitar!

No Museu vimos taçasTantos prémios para admirarAs salas eram tão brilhantesQue até nos conseguiam encandear!

Para nossa grande surpresaPinto da Costa fomos encontrarPena que era um hologramaMas gostamos de olhar!

Também vimos um autocarroE fingimos nele andarTiramos muitas fotosFartamo-nos de brincar.

Chegamos ao relvado Que era muito verdinho Não pudemos pisar a relvaTivemos muito cuidadinho!

Fomos ao camarote presidencialQue até tinha um barPainéis em madeiraE sofás para nos podermos sentar.

Das bancadas do EstádioVimos o grande ManicheAté nos acenouO que foi muito fixe!

Depois fomos ao balneárioMais fotos tirarAté tinha um jacúziQue dava vontade de experimentar.

Em frente ao MuseuFomos todos lancharPartilhamos os petiscosAté nos fartar!

No final de tudoA loja fomos visitarCompramos muitas coisasAté o dinheiro acabar.

Voltamos de novo de MetroE eu quase perdi o andanteDepois de um grande sustoChegámos à escola num instante!

César Pereira - 5º G

Visita de estudo ao estádio e Museu do FCP

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Visita à Fundação Eça de QueirósNo passado dia 9, algumas turmas do 11º ano empreenderam uma vista a Tormes, localidade rural perto deBaião.Tormes, nome literário adotado de Stª Cruz do Douro a partir da Quinta mencionada no romance “A Cidade eas Serras”, foi o destino eleito para esta visita no âmbito das disciplinas de Português e Literatura Portuguesa.O estudo da obra previamente mencionada foi o principal intuito da visita.

Partimos do Porto às 8h00 da manhã e chegámos a Tormes por voltas das10h00. Enquanto nos dirigíamos à Estação de comboios de Tormes, ondeiríamos começar o percurso pedestre, vimos diversos painéis alusivos àsobras “A Cidade e as Serras” de Eça de Queirós e “Fanny Owen”, deAgustinha Bessa-Luís.Após a chegada, começámos a caminhada de cerca de 3 quilómetros,seguindo as passadas de Eça e da sua personagem Jacinto.O grupo caminhou com o devido cuidado junto da linha férrea

acompanhando o rio até encontrar um caminho que a atravessa e descepara a margem, indo ao encontro da Quinta da Tenchoadinha.Continuámos a subir até atingir uma casa branca entre um canavial.No percurso encontrou-se o primeiro edifício com ar senhorial nointerior de uma quinta em socalcos, conhecida por Casa da Capela.Prosseguimos até chegar à Casa da Ladeira. Depois, continuámos atéà Casa da Torre de Cabeção, de onde observámos a paisagem que sedesenvolve pela vertente até ao fundo do vale onde corre o rio Douro e deu continuidade à subida por um

caminho mais íngreme que requereu especiais cuidados pelo seu elevado grau de dificuldade. Mais à frenteavistámos a igreja e o cemitério de Santa Cruz do Douro onde repousa Eçade Queirós.A última etapa permitiu avistar a Quinta de Tormes e contemplar as suasvinhas em socalcos.Após retemperar as forças com um almoço queirosiano, seguiu-se umaagradável visita guiada à Casa de Tormes, o lar da Fundação Eça deQueirós e uma incursão na ambiência literária, inteletual e física de Eça.Neste santuário queirosiano dá-se razão a Jacinto quando decidiu deixar o

aconchego urbano e entrar na deliciosa e saudável ruralidade profunda que o espaço do romancetestemunha.Única casa de campo de Eça, a quinta pertencia verdadeiramente à sua esposa mas devido às leis de posse

da época, o homem, chefe de família, era o detentor das propriedades. Ao longo da sua vida, Eça só habitou acasa uma vez visto que dividia a sua vida entre Londres, Porto e Paris. Após a sua morte, adotou a função decasa memória e foi habitada até 2015. Dentro do espólio, encontra-se grande parte dos pertences de Eça,importados da sua casa de Paris, salvo aqueles que se perderam num naufrágio como, por exemplo, uma dascamas.Na visita guiada, vimos a casa de Eça que foi reconstruída e descobrimosdiversas curiosidades sobre o que era “chique a valer” na época: ostalheres deviam ter gravadas as iniciais dos donos; o casal devia dormir

em camas separadas; e como Eça era muito supersticioso, dormia sentado,uma vez que a posição deitada é a posição do morto.Tivemos também a oportunidade de observar pertences peculiares comoo robe, de origem chinesa, que inspirou a obra “O Mandarim, a extensae culta biblioteca e a sua famosa secretária onde, por influência do seuamigo Ramalho Ortigão, escrevia de pé.Esta visita foi bastante enriquecedora uma vez que nos permitiu testemunhar o estilo de vida de Eça e formaruma ideia mais genuína dos seus propósitos e da sua vivência.

Beatriz Sousa, Clara Peláez, Margarida Pisco (11ºF)

O que fazem os nossos alunos...

AS NOSSAS FEIRINHAS

AS NOSSA FEIRINHAS JÁ SÃO UMA TRADIÇÃO. TRABALHÁMOS PARA ELAS EM VÁRIASDISCIPLINAS: EM ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA, PREPARÁMOS E COZINHÁMOS MUITAS DASCOISAS BOAS QUE VENDEMOS, COMO MARMELADA, DOCE DE ABÓBORA, GELEIA, QUEQUES,BOLOS E BOLACHAS DELICIOSAS, TODAS RECORTADAS, COM FORMA DE ESTRELAS OUCORAÇÕES, DEPENDE DA ÉPOCA DO ANO. EM PORTUGUÊS FUNCIONAL, FIZEMOS OS RÓTULOSDOS PRODUTOS E APRENDEMOS A COMUNICAR CORRETAMENTE O QUE PRETENDEMOS; EMMATEMÁTICA FUNCIONAL, SEPARÁMOS O DINHEIRO EM CATEGORIAS E APRENDEMOS ACONTÁ-LO, A SOMAR E A DAR O TROCO. POR VEZES, PENSAR EM DAR O TROCO CERTO ÀPESSOA QUE ESTAMOS A ATENDER, NÃO É MUITO FÁCIL… TEMOS RECEIO DE NOSENGANARMOS! EM MEIO FÍSICO E SOCIAL APRENDEMOS A SAUDAR E A ATENDER O POSSÍVELCLIENTE COM MUITA EDUCAÇÃO E A ESCLARECER AS DÚVIDAS DAS PESSOAS. TAMBÉMAPRENDEMOS A RESERVAR ARTIGOS, A ANOTAR AS QUANTIDADES INICIAIS E A DAR BAIXA DOSQUE FORAM VENDIDOS. EM MANUALIDADES APRENDEMOS A FAZER MUITOS OUTROSARTIGOS: A FAZER EMBALAGENS E DECORAÇÕES, A PINTAR, A COLAR ,A DESENHAR, ARECORTAR E A APRENDER A VER QUE ESTAMOS RODEADOS DE COISAS E MATERIAIS QUEPODEM SER UTILIZADAS DE MUITAS MANEIRAS, COM EFEITOS MUITO BONITOS: UMA GARRAFADE PLÁSTICO QUE ESTAVA DO LIXO PODE SER EMBELEZADA E SERVIR PARA DENTRO DELALEVAR UM CARTÃO, TAMBÉM DECORADO, COM UMA MENSAGEM DE AMOR. COM ESTASFEIRINHAS APRENDEMOS A GOSTAR MAIS DO DINHEIRO E A DAR-LHE VALOR . FOMOS NÓS,COM A AJUDA DAS PROFESSORAS E DA D. EVA QUE O GANHAMOS. “ É O FRUTO DO NOSSOTRABALHO”! COM ELE VAMOS PAGAR ALGUMAS DESPESAS COM O MATERIAL E TALVEZCONSIGAMOS COMPRAR O COMPUTADOR QUE TANTA FALTA NOS FAZ.

Texto construído com as contribuições orais dos alunos Luís Ferreira do 8.ºA, Pedro Mota do9.ºE e João Choupina 10.ºF durante uma aula de TIC.

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Final distrital da LITERACIA 3D na Escola Clara de Resende

LITERACIA 3D é uma iniciativa da responsabilidade da Porto Editora que consiste num desafionacional dirigido aos alunos dos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico de todo o país, envolvendo osrespetivos professores e estabelecimentos de ensino, com o propósito de avaliarem as suascompetências em três dimensões do saber: leitura, matemática e ciência.A Final distrital do Concurso Literacia 3D decorreu na Escola Secundária Clara de Resende, Porto, nodia 10 de março 2017. Os alunos do distrito do Porto, apurados na 1ª fase, realizada a nível deescola, vieram prestar provas à escola Clara de Resende.No final todos receberam um certificado de participação e um livro!

ConcursoConcursoConcursoConcurso dededede matemáticamatemáticamatemáticamatemática PangeaPangeaPangeaPangea

O Concurso apresenta-se como uma forma divertida e motivadora de unirestudantes de regiões diferentes, de sistemas de ensino diferentes, de níveissocioeconómicos diferentes numa só atividade, que devido ao importante papelque cumpre no desenvolvimento cognitivo do ser humano e na sociedade, écada vez mais promovida: a matemática.A matemática procura ser o elo de ligação destas crianças para que partilhem

não só conhecimentos, mas toda uma experiência de vida. Assim, a matemática sai do contexto escolarpara formar parte da própria vida de cada estudante, promovendo não só a aprendizagem, mas tambéma aplicação desta ciência no quotidiano.Além disto, hoje mais que nunca torna-se necessário o desenvolvimento de capacidades interpessoaiscomo a boa comunicação, o respeito, a tolerância, a ética, competências estas intrínsecas à matemáticae ao seu estudo e prática.A primeira fase (digital nas escolas) decorreu na oficina de informática na ESCR no dia 9 de março 2017.Nove corajosos alunos do 5ºE sentaram-se ao computador para participarem neste concurso, promovidopelo ME. A professora de informática Nazaré preparou todos os computadores e prestou assistênciatécnica a todos os concorrentes. Sem a sua colaboração não teria sido possível a realização desteconcurso.É bom saberes que a tua participação nestes concursos te trará algumas vantagens: dá-te treino e

velocidade na resolução de problemas.Não tens nada a perder e há sempre algo a ganhar!

O nosso aluno DavidDavidDavidDavid DuarteDuarteDuarteDuarte TelesTelesTelesTeles eeee CastroCastroCastroCastro está de parabéns! Passou à 2ª fase do concurso que

decorrerá no dia 8 de abril 2017.

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CNLFASE DISTRITAL 2017

Distrito do Porto

As provas do CNL e programa paralelo irão decorrer no dia 10 de maio de 2017, na Biblioteca AlmeidaGarrett, nos jardins do Palácio de Cristal.Os livros que a equipa da Biblioteca Almeida Garrett selecionou de leitura obrigatória para cada ciclo deensino foram os seguintes:

3:Ciclo:“Bicicleta À chuva”, Margarida Fonseca Santos“O pintor debaixo do lava- loiças”, Afonso Cruz

Ensino Secundário:“O meu país inventado” – Isabel Allende“Aparição2 – Vergílio Ferreira

Vagueio. Não sei mais de mim do que o que sei do mundo. E não sei nada. E não me entendo. Não sei mais doque o que sei e sou, ainda assim, o meu maior receio. Temo-me por tudo o que não sei e, por isso, não querosaber. Não me procuro por medo de me encontrar. Repito-me. E não sei mais do que o que sei, de todo. Maisdo que o que ainda não sei, temo o que não sei porque não quero saber. Sou desde sempre o que sei e o quesempre soube, com medo de saber mais. Não sei o que posso encontrar pelo simples facto de não querersaber. Sou simples demais para uma explicação e, ainda assim, muito mais do que o que serei capaz de dizer.Sou o que ficou por dizer, e há sempre mais... Se não fosse feito do que não sei com certeza seria tudo o quesei, mas não sei. Procuro a loucura sempre que a sanidade me enlouquece. Estou então entre o que sou e oque tenho medo de saber que sou. Sou o meu bicho papão, sou eu. Se não tivesse medo conquistava omundo. Assusta-me o que não sei e não sou capaz de saber. Assusto-me. Sou intimidante pelo que não sei.Ainda assim, o que sei aborrece-me, o gosto de saber o que já sei não é mais um gosto. Então prefiro vaguearpor onde prefiro não saber. Vivo em busca de tudo um pouco e nem sei de mim. Prefiro não saber. Então nãosei. E nem sei se quero saber.

Henrique Strigidae

O QUE ESCREVEM OS NOSSOS ALUNOS...

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Conteúdo alegre de uma alma

tristeAo contrário do que se possa pensar, as pessoas tristes nãotêm a alma negra. As pessoas tristes têm a alma cheia decores com as quais não conseguem pintar o mundo. Defacto, as pessoas tristes nem aparentam ser tristes. Aspessoas tristes são as pensativas, as que andam semprealuadas, as que são alegres e fazem todos rir, mas queexplodem de quando em quando.A minha alma de pessoa triste é em tons de azul. Azul docéu limpo num dia de Verão, azul do mar bravo duranteuma tempestade, azul tão escuro que parece preto e azultão claro que parece branco.A minha alma também tem sons, um diferente para cadaestado de espírito. Nos dias tempestuosos sinto as cordasda 5ª sinfonia de Beethoven a quererem furar-me a pele,os sopros a ecoarem-me no cérebro e a música como um

todo a explodir dentro de mim. Nos dias tristes sintoMozart, melancólico, a deslizar entre os meus nervos, afluidez das vozes corais a correr me nas veias. Nos diasalegres toda eu sou música. Tímpanos e timbalesribombam nos meus ossos, o Carnaval de Veneza crescedentro de mim e música salta de mim como se de puraenergia se tratasse.A minha alma de pessoa triste é por vezesincompreendida. A minha alma de pessoa triste é porvezes insultada. A minha alma de pessoa triste vive numestado permanente de solidão e quietude. E depois deanos a viver assim, a minha alma de pessoa triste aprendeua ser recusada.Mas existem outras almas tristes que se tornaram amigasda minha, e juntas brincam num jardim de felicidade ondetudo é música em tons de azul.

Leonor Santos, 12ºG

Passo agora para a pen os apontamentos que guardo nomeu caderno de história.Escrevo à mão. Não porque o considere mais puro ou maisnobre, apenas porque sou displicente o suficiente para mealhear da aula de história e escrever sobre o que me vai namente. Preocupa-me a inevitabilidade da minha presunção.Mas faz-me questionar... Não será a presunção umaparticularidade inevitável do ser humano? E será que temnecessariamente de ser considerado algo mau, ou pelomenos algo que gera más consequências? Porque ser ounão uma coisa má à partida é discutível, mas parece-memais consensual que a presunção é capaz de trazer boasconsequências. Ou, pelo menos, que está muitas vezespresente, mesmo que não a sintamos, na raiz de algumasdas nossas ações.Até que ponto a presunção não anda de mãos dadas com oaltruísmo? Vejamos primeiro a definição de presunção."Sentimento ou opinião de valorização que alguém tem emrelação a si próprio.". Apesar de esta definição mostrar quea presunção é uma posição de alguém para consigo mesmo,esta não existe sem um termo de comparação, e implicaquase sempre acharmo-nos também melhor que um ououtro.Assim sendo, será legítimo perguntar até que ponto algunsdos atos de altruísmo não partem de posições presunçosas?Se eu decido ajudar alguém desfavorecido a "endireitar" asua vida, não estou necessária e inevitavelmente aconsiderar-me mais capacitado do que essa pessoa para"endireitar" a sua própria vida? E não estarei assim a serpresunçoso por me considerar capaz de gerir a minhaprópria vida e ainda ajudar na dos outros?Considero o altruísmo no seu estado puro algo bastante

implausível. Na minha opinião, praticamente todas asnossas ações de bondade e caridade derivam de inclinaçõesegoístas e egocêntricas. Seja por uma motivação superficialligada ao desejo de sustentar uma reputação e cultivar umaboa aparência, ou por motivos mais profundos como aprocura de paz de espírito e o desejo de nos sentirmosmelhor com nós próprios.Foquemo-nos um pouco nas ações de voluntariado, como a"Sopa dos Pobres" ou o "Banco Alimentar". Não questiono oseu caráter importante na vida dos mais desfavorecidos, atéporque a minha relutância prende-se mais com aqueles queo praticam e afirmam que o fazem para se aproximarem dosque têm menos, de forma a reduzir um pouco o "fosso"entre classes. Ora, na minha opinião, as ações devoluntariado, por mais benéficas que sejam, só contribuempara aumentar ainda mais esse "fosso". Mesmo com amelhor das intenções, uma pessoa que ajuda outra, nãoestá a aproximar-se dela, está-se a colocar num patamar desuperioridade intelectual/espiritual/monetária, etc.(dependendo da circunstância).Por exemplo, se eu ajudar alguém que me fez mal nopassado, não me vou colocar ao nível dessa pessoa, mas simnum patamar superior do ponto de vista espiritual. Se euajudar alguém que sabe menos que eu num teste, voudemonstrar superioridade intelectual. Se eu ajudar umpedinte, vou demonstrar superioridade monetária.Seguindo este raciocínio, podemos ver que, na maior partedas vezes, o altruísmo resulta num distanciar de realidadesque acaba por, de forma inevitável, aumentar o "fosso"entre classes.

Eduardo Canavez, 12ºano

Presunção, altruísmo, egoísmo e "fosso" entre classes

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O Lobo Das Estepes, de Herman

Hesse

Não recomendo este livro, pois é um romance bastanteangustiante. O autor, além de simplesmente relatar etransmitir esse sentimento de angústia, ele até conseguecontagiar-nos. Provavelmente, terá sido uma das razõespelo qual terá ganho um Nobel.Claro que não é sempreangustiante durante o livro todo.No início, saltando o prefácio,Harry - a personagem principal- encontra, no decorrer da ação,um pequeno livro: O Tratado doLobo Das Estepes. São 27 páginasdo livro em que o autor defendealgumas ideias geniais, eportanto, não angustiantes.Basicamente, ele defende nessetratado que cada pessoa insatisfeita consigo e com a vida éum pobre lobo das estepes num corpo de humano. E estelobo possui, portanto, duas naturezas: uma humana eoutra lupina. E nele, estas duas “almas” não convivem ladoa lado. Assim, ele ora podia viver como lobo, ora comohumano. Assim, o autor analisa como estas duas “almas”se encaram uma à outra e como tal se manifestam napersonagem. Ou seja, se o seu lado humano praticava umaboa ação, rapidamente o seu lado lupino lhe arreganhavaos dentes. E, se pelo contrário, o seu lado lupinodestrunfava prazeres, então o humano reprovava-o. E, porfim, o indivíduo revelava-se infeliz. As outras pessoasquando gostavam dele era apenas devido a umas das suasfaces. E se ele mostrasse a outra, era abandonado. Tudoisto trata-se de um resumo muito breve, pois o autorconsegue ir muito mais além.Curioso, é que chega a um ponto do tratado em que ele

simplesmente desmente toda a sua teoria de homem-lobo.E sente a necessidade de resolver estas mentiras. Então,ele afirma que a sua teoria não passava de uma mitologiasimplificada, senão, simplista. E afirma, então, que ohomem é antes constituído por inúmeras facetas, sendo alupina apenas uma delas. No fim fiquei com a impressão deter lido uma epifania. E, ao longo da ação, após o tratado, oautor apenas reafirma a sua teoria de multiplicidade dealmas. Contudo, na prática, que se trata da história daprópria personagem que encontrou o tratado, esta mostra-se invariavelmente angustiante. Ora, se ambos - a históriae o tratado - afirmam o mesmo, como é que são capazesde suscitar sentimentos antagónicos?Tal levou-me a concluir que basicamente como acontecena vida, a teoria é sempre melhor do que a ação. O tratadorevelara-se algo bastante esclarecedor, porém essa mesmateoria posta em prática revelou-se um grande desastre.Ora também na vida, quando teorizamos sobre algo, narealidade acabam por acontecer de forma totalmentediferente.No fim do livro, quando a personagem está prestes,digamos, a ficar louco, ele acaba por descobrir a verdadeiraraiz da felicidade: o humor. Uma espécie de lição que sepode retirar deste livro é: compreende o que conseguirescompreender e ri-te de tudo o resto. Ao longo do livro, hátambém muitas referências a Mozart que é o exemplo daloucura saudável, do génio que ri daquilo que nãocompreende.Concluindo, este livro é uma ficção bastante rica de ideiasque vendo bem, agora, as coisas até sou capaz de orecomendar. E se alguma vez o lerem e não o perceberem,sempre se podem rir dele!

Luísa Mesquita 12ºano

Yazidis – Do martírio à pazOs Yazidis são uma minoria religiosa perseguida peloDaesh no norte Iraque. Desde 2012 que a população daetnia Yazidi tem sido martirizada e chacinada peloscombatentes fundamentalistas e radicais islâmicos do EI(Estado Islâmico do Iraque e Síria, vulgo Estado Islâmico),no norte do Iraque (país completamente destruído pelaguerra contra o terrorismo, existente desde os atentadosao World Trade Centre).Mas este ano, uma ranhura de esperança inundou o

coração destes pobres refugiadosque encontraram “refúgio”(adaptando o nome que sedenomina a estas pessoasdeslocadas devido a fatoresmaioritariamente insanos) nanação das quinas, Portugal.

A 6 de Março, chegaram às 14h00 (fuso horário

português) 24 pessoas desta etnia, desembarcando noAeroporto Humberto Delgado, provenientes da Grécia.Sorrisos, alegria, lágrimas e tristeza enchiam as facesdestes humanos tratados desumanamente pelosrebeldes, que pareciam finalmente encontrar um lugarpara viver dignamente.

Estes refugiados serão acolhidos na cidade berço do país,Guimarães, onde viverão e retomarão a normalidade àssuas vidas, querendo apenas integrar – se, estudar (nocaso dos mais jovens) e viver uma vida melhor.

Gonçalo Roncha, 9ºG

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OS TRABALHOS DOS ALUNOS ...

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Recriação dum quadro observado no museu ReinaSofia (durante a viagem de curso a Madrid, no11ºano- ano letivo 2015/2016) com a introduçãodum pé - símbolo da nossa passagem por lá.Trabalho realizado na disciplina de Desenho A.

Partilha de trabalhos/projetos realizados pela aluna Leonor Barbosa

Projeto de multimédia (realizado no 12ºano)

Memória Descritiva do projeto de recriação fotográfica

Este projeto propunha a recriação duma obra à nossaescolha. Recriar um quadro (de qualquer época) atravésde dois registos fotográficos e consequentemente, fazeras alterações necessárias no Photoshop de modo adestacar ou equilibrar alguns pontos da imagem. Bemcomo um guião de apoio às imagens e uma apresentaçãoque deveria conter duas partes distintas: pesquisa (textoe imagem) e ensaio fotográfico (guião e registosfotográficos).De entre as várias possíveis obras que tinha em mente(“Narciso”, de Caravaggio; “Coca-cola em serigrafia”, deAndy Warhol; ou a arte expressionista de Ernst Kirchner),acabei por escolher o quadro “Os bêbados” ou “O triunfode Baco”, de Diego Velázquez. Isto porque, queriaretratar de algum modo a sociedade de hoje, umasociedade que vive das aparências, do “parecer” e queoprime muito facilmente o “ser” individual de cada um. Aessência parece não importar, e assim as pessoas veem-se como que “obrigadas” a oprimi-la, escondendo comvergonha alguns defeitos, desejos, fantasias, medos. Estaobra pareceu-me adequada para tal ideia, uma vez que oálcool nos afeta dum modo surpreendente, podendo(numa fase inicial) ser um refúgio dos pensamentos eemoções oprimidas, mas ao mesmo tempo (numa fase jámais avançada) um revelador daquilo que procurávamosesconder.Assim, comecei por analisar a obra e procurar pequenosdetalhes que pudesse recriar, de forma a tornar a minhaobra minimamente semelhante com a original. Taispormenores: o conjunto de várias pessoas que bebemalegres, com o Deus do vinho no meio delas (sendo elepróprio um dos “bêbados”). Ele iluminado e representadodelicadamente, enquanto os restantes, figuras maisgrotescas, com traços fortes e um jogo de luz e sombra.Fiz o mesmo, conferi destaque à personagem do meio(eu mesma), como se fosse o “deus”, através de váriasalterações da luz, exposição, contraste, vibração,saturação, etc. Deixando as duas restantes figuras menosiluminadas e mais pálidas (imitação dos restantesbêbados). A coroa de folhas de

videira substituída por uma coroa de flores (usada nacabeça do deus), as taças e jarros de vinho substituídospor copos e garrafas, e um pequeno cigarro (umpormenor mais atual).Dois registos, o primeiro mais direto, em que se bebesem preocupação (aparente) e despreocupação. Nomeei-o de Hipocrisia, pois é isso mesmo que pretende retratar:o fingimento, a falsidade, aquilo que é coberto por umamáscara. Três pessoas que fingem “ser”, mas que apenasse “parecem”, e escondem a verdadeira essência.O segundo registo A revelação, é quando a verdade vemà superfície. Após um longo festejo, o álcool começa a

fazer o efeito de revelador daquilo que tentámosesconder. Concluindo, este trabalho (uma versãomoderna da obra original), mais do que uma crítica é umareflexão sobre esta sociedade e a atitude de oprimir averdadeira essência de cada indivíduo, levando-o a umestado de loucura e angústia psicológica.

Leonor Barbosa, 12ºG

Hipocrisia

A revelação

Faz alguns dias, ouvi um colega zangar-se com a

recomendação que o Ministério enviou às escolassobre os trabalhos de casa. Dizia ele, assimsimplificando, que sem trabalhos em casa não háterreno para a educação. Talvez ele quisesse dizerque a educação é coisa a tempo inteiro e,simplesmente, tenha esquecido assinalar que aeducação e os trabalhos em casa apelam a todasas vertentes da educação. Assim fosse isto o queo referido professor pretendia, assinaria eu porbaixo. Não, de todo, não que me tenha parecido.Mas na altura prescindi de me manifestar. A pulgaficou a roer atrás da orelha.Talvez, hoje, a escola já não lembre. Talvez osprofessores recordem e esqueçam demasiado oudemasiado pouco. Mas educação, supostamentee no seu senso mais largo, visa formar pessoascapazes de viver bem e adequadamenteapetrechadas em determinado mundo humano.Acontece, a educação para o mundo ter muitosníveis e ‘áreas disciplinares’. Brincar, saber ocuparo seu tempo próprio, não fazer nada, estar comos pais e irmãos, divertir-se e enfastiar-se… sãoáreas fundamentais na formação de uma criançae de um adolescente. Outra coisa é aescolarização da vida. Coisa que só possolamentar. A vida é a razão da educação, não ocontrário.Não que eu seja contra os trabalhos de casa. Eupróprio os uso, ainda que deles faça uso deparcimónia. Mas, e que me perdoem, quem assimcontende contra a recomendação do Ministério,necessariamente, ou não tem filhos ou não ostem no 3º ciclo. Não passou pela odisseia de vertrês filhos enredados em trabalhos de casa e,cansado, teve repetidamente que os ajudar. Ouentão teve-os em ATL’s, a indústria que aideologia do TPC gerou e persiste em alimentar.Naturalmente, passo à frente a opinião de quemnão tem filhos, ou de quem, os tendo, não temtempo para eles, opinião que plissadisplicentemente no ‘quando eu tinha a idadedeles, eu fazia-os sozinho´, os TPCs, é claro, e queomite: (1) que a escola, hoje, é para todos (e nãosó para aqueles que viviam um agregado familiarfirmado no valor da educação e da cultura); (2)

que atualmente o uso e abuso de manuais criououtro tipo de displicência, esta, infelizmente,decorrente do professor. Quero com istotestemunhar, não um, mas muitos casos, em que,como pai de três filhos, me deparei com TPCs defim de capítulo que, se facilmente lá se chegariapor raciocínio, eram incompreensíveis paraalunos que haviam sido educados para aresolução e memorização e não, precisamentepelo raciocínio. Ora, os exercícios em causaexigiam isso mesmo, saltos de raciocínio.

Uma coisa é admitir a pertinência do trabalho decasa, outra é ver o descalabro que são xdisciplinas com trabalhos de casa contínuos, cadauma a achar que é a única ou, pelo menos, a maisimportante. É que nenhuma disciplina contabilizaos demais trabalhos de casa, ninguém,internamente, se apercebe da avalanche queprovoca. Este fenómeno torna-se assustador no3º ciclo, com a quantidade de disciplinas. Deixamde ser trabalho de casa, transformam-se emtrabalhos forçados. Minam o pouco contacto,essencial a uma família, que a ideologia domáximo de trabalho no mínimo de tempo, sim,ideologia bem contemporânea, impõe aos pais eque nós professores estamos a impor aos seusfilhos.A criança tem que ter tempo de aprender.Também por si. Também fora da escola. Tem quebrincar, tem que perder tempo. Tem que semagoar. Tem que falhar e acertar no contato comos seus pares. Temos de deixar de ter medo darua! Os nossos filhos precisam de rua, no seusentido mais completo!

(continua...)

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O que escrevem os nossos professores...

O CASO DOS TRABALHOS DE CASA…

(continuação...)

A rua é tão importante como a escola. Ou, então,mantemo-nos nesta perigosa ideologia de escolaa tempo inteiro que aligeirando a consciência dospais, laboralmente demasiado sobrecarregados,mais não faz do que sufocar as crianças.Talvez que sem trabalhos de casa não hajaterreno para a educação. Não vou discordar. Mas,e sem o seu próprio trabalho de (estar em) casa,ou fora da escola, de brincar, socializar, de errar,haverá sequer um lugar digno e significativo paraa noção de uma educação completa?É apenas uma questão que me ponho, comoprofessor e pai que sou. Outra, é o abuso domanual, a dependência do manual, menorizandoprofessor e aluno, ao ponto de causar conflitosentre escolas e ATLs porque ambos fazem osmesmos exercícios. Esta seria, naturalmente, apróxima questão.

Seja como for, deixo aqui a provocação, não váalguém querer antecipar o contraditório.Defendo que os manuais são para consulta eaprofundamento, por parte do aluno. Defendoque dar as aulas noacordo de manuais é um erro crasso, mais,defendo que uma tal atitude afasta o aluno do

manual e, pior, afasta o professor da sua culturaprofissional, pelo meio pesam na mochila.Perdoe-se-me, mas do mesmo modo quedesconfiaria de um mecânico que abrisse omanual antes de me olhar para o carro! custa-meconfiar em um professor que o fazquotidianamente perante uma vintena e meia dealunos.

Ps: ao escrever isto, ao atirar a um lado e aooutro, dei-me conta de que me colocavainvoluntariamente no lugar do bom professor emestado puro. É um dos perigos de se ser umprofissional reflexivo. Tento com certeza sê-lo, omelhor de que sou capaz, com todas as minhasparticularidades. Mas não acredito no educadorperfeito, aliás temo-o, como tudo o quequimericamente aponta à perfeição. A medidaem que, mais ou menos, me consigo aproximarde o ser ou não, o bom professor possível, tereide deixá-lo ao cuidado dos meus muitos alunos eex alunos e seus encarregados de Educação. Queisto, que de modo algum reivindico, não ofusquea importância do que acima escrevo. É o queposso desejar.

Professor de Artes, Carlos Marinho Rocha

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Estudo da capa para o jornal DeClara nº3

Catarina Rocha Leonor Santos e Nuno Santos

Estudo da capa para o Jornal da escola DeClara nº3 abril - atividade facultativa

Inês Costa

Um especial agradecimento aos alunos turma do 12º G que participaram no projeto e aoprof. Gabriel Fraga pela colaboração. Parabéns pelos trabalhos desenvolvidos que estão FANTÁSTICOS!

Adriana Magalhães

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O QUE SE EXPÕE NA NOSSA ESCOLA…

Portugal é Mar

As disciplinas de Oficina de Artes e Geografia trabalharam em conjunto para a realização de uma

exposição / projeto “Portugal é Mar” no âmbito do programa de alargamento da ZEE - Zona Exclusivade Portugal. O produto final consistiu na exposição, no átrio da Escola/BE, de desenhos com colagens,esculturas mobiles de “Peixes” e "Mapas".

Professor João Pereira

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Exposição Património Cultural

A exposição de trabalhos dos alunos de 6ºC feitos na disciplina de Educação Visual, orientados pelo seu professor, António Ala, e subordinados ao tema" Património Cultural”, podem ser apreciados na entrada da biblioteca da escola. Estão muito giros!

Turma 6ºCEducação Visual

Professor : António Ala

Exposição Módulo / PadrãoA exposição de trabalhos dos alunos de 5ºA e 5ºB feitos na disciplina de Educação Visual, orientadospelo seu professor, António Ala, e subordinados ao tema" Modulo/Padrão”, estão patentes na entradada biblioteca da escola.

5ºA e 5ºBProfessor António Ala

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A exposição “Projeto retrato grupo 12ºG – Atelier de Artes” 2017, d´aprés “A última Ceia” de

Leonardo da Vinci , está patente a toda a comunidade educativa, no átrio da entrada da escola

ES2,3 Clara de Resende.

Neste projeto todos os alunos do 12º G, turma de artes, pintaram duas folhas A2; os materiaisforam escolha sua.

Disciplina: DesenhoProfessora: Carlos Rocha

Boas Férias, Boa Páscoa e Bom DescansoBoas Férias, Boa Páscoa e Bom DescansoBoas Férias, Boa Páscoa e Bom DescansoBoas Férias, Boa Páscoa e Bom Descanso

“A última ceia”, Leonardo da Vinci

“A última ceia” d´aprés Leonardo da Vinci, retrato grupo 12ºG

Projeto retrato grupo 12ºG – Atelier de Artes