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O DADAÍSMO
Hugo Ball (1886-1927) no Cabaret Voltaire com fato de Marcel Janco e recitando o seu
poema sonoro «Karawane», c.1916.
Karawane (1916)
Performed by Trio Exvoco: Hanna Aurbacher, Teophil Maier, Ewald Liska- from the LP Futura Poesia Sonora (Cramps Records, Milan)
ZURIQUEProvocação em palco
«Cabaret Voltaire»
BERLIMProtesto político
COLÓNIANovas técnicas criativas
PARISAbsurdo (onírico)
«ready made»
Facetas DADA
Huelsenbeck Georg Grosz
Raoul HausmannHannah Höch
John Heartfield
Hugo BallTristan TzaraHuelsenbeckMarcel Janco
Hans Arp
Hugo BallMax ErnstHans Harp
HANOVER«Merz» (Der Sturm, 1919) Kurt Schwitters
Marcel DuchampPicabia
Tristan Tzara André Breton Louis Aragon
NOVA IORQUE«ready made»
(menos literário)
Marcel DuchampMan Ray
Arthur Craven (pugilista)Picabia
Primeira Feira Internacional Dada, 5 de Julho, 1920, Galeria do Dr.Burchard, Berlim (da
esquerda para a direita: Raoul Hausmann, Otto Burchard, johannes Baader; Wieland e Margarete
Herzefelde, George Grosz, John Heartfield; sentados: Hannsh Höch, Otto Schmalhausen)
Johannes Baader, O Grande plasto-dio-dada-drama, 1920, montagem
(assemblage), destruído, foto da «Primeira Feira Internacional Dada»
Marcel Janco, Máscara, 1919,
Paris: Musée d’Art Moderne, Centre Pompidou
Cartaz para um recital de poesia por Tristan Tzara em 1918
«DADA não é loucura, nem sabedoria, nem ironia, olha-me, simplesmente burguês»
(Tristan Tzara, «Manifesto do Senhor Antipyrina», lido a 14 Julho 1916 em Zurique)
«Escrevo um manifesto e não quero nada, digo contudo certas coisas e sou por princípio contra os manifestos tal como sou contra os princípios (…)»
«(…); sou contra a acção, pela contradição contínua, também sou pela afirmação, não sou nem a favor nem contra e não explico, porque odeio o bom senso»
«DADA NÃO SIGNIFICA NADA»
«Assim nasceu DADA duma necessidade de independência, de desconfiança em relação à comunidade. Quem é dos nossos conserva a sua liberdade. Não reconhecemos teoria nenhuma. Estamos fartos das academias cubistas e futuristas: laboratórios de ideias formais. Ou será que se faz arte para ganhar dinheiro e para fazer festas aos simáticos burgueses»
«Sou contra os sistemas, o mais aceitável dos sistemas é o de, por princípio, não ter nenhum»
(Tristan Tzara, «Manifesto DADA 1918», lido a 23 Março 1918 em Zurique)
Soundrel, 1919. Recording by
Raoul Hausmann.
Raoul Hausmann, Cabeça Mecânica (O Espírito da Nossa Era), c.1920, Montagem,
32,5x21x20 cm, Paris: Musée d’Art Moderne, Centre Pompidou
Raoul Hausmann, O Crítico de Arte, 1919-1920, Colagem, 31,4x25,1 cm, Londres:
Tate Modern
Raoul Hausmann, ABCD, c.1920, Colagem, 40,6x28,6 cm, Paris: Musée
d’Art Moderne, Centre Pompidou
«...a fotomontagem era uma explosão de ângulos, de tomadas de vista e um turbilhão de fotografias em todas a sua complexidade, indo ainda mais longe que a pintura futurista»
RAOUL HAUSMANN
Hannah Höch, Da Dandy, 1919, fotomontagem, 30x23 cm, colecção particular
Hannah Höch, Incisão com a faca de cozinha dada através da
barriga de cerveja da última época cultural Weimar alemã, 1920, colagem, 114x90 cm, Berlim: Neue Nationalgalerie
Hans Arp, Relevo Dada, 1916, madeira pintada, 24x18,5 cm, Basileia:
Öffentliche Kunstsammlung Basel
Hans Arp, Colagem disposta segundo as leis do acaso, c.1917, Colagem, 48,6x34,6 cm, Nova Iorque: The Museum of Modern Art
«A lei do acaso, que engloba em si todas as leis, e que nos é inacessível, não pode ser sentida, senão pela entrega total de si mesmo ao inconsciente»
HANS ARP
Francis Picabia, Parade Amoureuse (Parada do Amor), 1917, óleo cartão, 96,5x73,7 cm, colecção particular
Francis Picabia, Parade Mouvement Dada (Movimento Dada), 1919, caneta e tinta-da-china sobre papel, 91x73 cm, Nova Iorque: The Museum of Modern Art
Man Ray, Cadeau [Presente], 1921-1940, ferro de engomar, pregos, 15,3x9x11,4 cm, Nova Iorque: The Museum of Modern Art
Man Ray, O Enigma de Isidore Ducasse, 1920
Man Ray, Le Violon d’Ingres, 1924
Man Ray, Rayograph (shoe tree), 1923Man Ray, Rayograph (glass handles), 1922
Cena do filme L’Étoile de mer, realizado em 1928 por Man Ray.
Kurt Schwitters, Construção Merz
(1922-1923), Hanover
Kurt Schwitters, Pintura Merz 32 A (O quadro da Cereja), 1921, assemblage,
91,8x70,5 cm, Nova Iorque: The Museum of Modern Art.
Kurt Schwitters, Das Frühlingsbild, colagem, 1920.
Kurt Schwitters, Pintura Merz 5 B (Pintura-Coração-Vermelho-Igreja), assemblage,
Nova Iorque: Guggenheim Museum.
Max Ernst, Fruto da Longa Experiência, 1919, relevo, madeira e arame, pintado, 45,7x38 cm,
colecção particular
George Grosz, O Culpado ainda é desconhecido, 1919,
desenho a tinta-da-china, colagem sobre cartão, 50,7x35,5 cm, Chicago: The Art Institute of Chicago
George Grosz, Daum casa com o seu pedante autómato «George» em Maio de 1920, John Heartfield está muito contente com isso (construção
meta-mech, segundo o prof. R. Hausmann), 1920, aguarela sobre caneta e lápis, tinta-da-china, colagem, 42x30,2 cm, Berlim: Berlinische Galerie
Marcel Duchamp, Portrait de joueurs d’échecs [Retrato de Jogadores de Xadrez], 1911,
oleo sobre tela, 108x101 cm, Filadélfia: Philadelphia Museum of Art
Marcel Duchamp (1887-1968)
Marcel Duchamp, Nu descenant un éscalier nº2 [Nu descendo uma Escada (Nº2)], 1912, oleo sobre tela, 146x89 cm, Filadélfia: Philadelphia Museum of Art
Duchamp descendo uma escada, in Life Magazine, nº284, Nova Iorque, 1952. Fotografia de Eliot Elisofon
Marcel Duchamp, Roue de bicyclette [Roda de biclicleta], 1913, ready made: roda de bicicleta,
diâmetro 64,8 cm, montada sobre um banco, 60,2 cm de altura, original desaparecido
Marcel Duchamp, Egouttoir ou Porte-bouteilles ou Hérisson [Suporte de Garafas], 1914-1966, readymade puro: suporte para garrafas galvanizado, 59x37 cm, original desaparecido [adquirido em 1914 e colocado no atelier]
Primeira exibição do Suporte de Garrafas na Exposição Surrealista de Objectos, Paris: Galerie
Charles Ratton, 1936
1916 – invenção do termo «readymade»; expõe os dois primeiros na Bourgeois Art Gallery de Nova Iorque
Marcel Duchamp, A bruit secret [Com barulho Secreto], 1916, ready-made ajudado: novelo de cordel entre duas chapas de latão ligads por quatro parafusos (se se deslocar o ready-
made ouve-se um ruído: objecto colocado por Walter Arensberg), 12,9x13x11,4 cm, Filadélfia: Philadelphia Museum of Art
Marcel Duchamp, Fonte, 1917, ready made: urinol de porcelana [fotografia do original e versão de 1964, ed. Galeria Schwarz de Milão quando Duchamp concebeu edições de 8 de 13 readymade]
«Tudo estava a tornar-se conceptual, quer dizer que dependia mais de outras coisas que não a retina» (Marcel Duchamp, entrevista com Pierre Cabanne)
«Il est un point que je veux établir très clairement, c’est que le choix de ces ready-mades ne me fut jamais dicté par quelque délectation esthétique. Ce choix était fondé sur une réaction d’indifférance visuelle, assortie au même moment à une absence totale de bom ou mauvais goût.. En fait une anesthésie complète» (Marcel Duchamp, Duchamp du signe)
Cabanne: «Estava também entre os fundadores da Sociedade dos independentes e apresentou na primeira exposição um urinol chamado Foutaine, assinado R. Mutt, que foi recusado»
(….)
Duchamp: «Foi simplesmente suprimida. Eu estava no júri, mas não fui consultado, porque os jurados não sabiam que for a eu quem o tinha enviado, escrevi o nome de Mutt para evitar quaisquer relações com coisas pessoais. A Fountaine foi simplesmente colocada atrás de uma divisória e, durante toda a exposição, eu não sabia onde estava. Não podia dizer que eu próprio tinha enviado esse objecto, mas suponho que os organizadores o sabiam pelos boatos. Ninguém ousou comentar. Fiquei aborrecido com eles e retirei-me da organização. Depois da exposição, encontrámos a Fontaine atrás da divisória e recuperei-a»
(…). Nunca houve uma crítica porque o urinol não aparecia no catálogo»
Cabanne: «Arensberg comprou-o mesmo assim…»
Duchamp: «Sim e perdeu-o. Foi feita uma réplica em tamanho natural que está na Galeria Schwartz»
Marcel Duchamp, 50 cm3 de Ar de Paris, 1919, ready-made: âmpola de vidro, diâmetro 6,35 cm; altura 13,3 cm, Filadélfia: Philadelphia Museum of Art
[levado em 1920 no regresso a Nova Iorque para oferecer a Walter Arensberg]
Marcel Duchamp, L.H.O.O.Q., 1919, ready-made ajudado: lápis sobre reprodução de Mona Lisa, 19,7x12,4 cm, Filadélfia: Philadelphia Museum of Art
Marcel Duchamp, A Noiva despida pelos seus celibatários, mesmo ou O Grande Vidro,
1915-1923, óleo, verniz, folha de chumbo, fio de chumbo e pó sobre dois painéis de vidro
montados em molduras de alumínio, madeira e aço, 272,5x175,8 cm, Filadélfia: Philadelphia
Museum of Art
Marcel Duchamp, Boîte-en-valise [Caixa em Mala], 1935-1941, caixa em cartão com réplicas em miniatur, fotografias e reproduções a cores da obra de Duchamp,
40,7x38,1x10,2 cm, edição de 300 cópias não numeradas
Marcel Duchamp, Etant donnés: 1º la chute d’eau; 2º le gaz d’éclairage (Dados 1: a
queda de água; 2º o gás de iluminação), 1946-1966, instalação: conjunto multimédia, 242,5x177,8x124,5 cm, Filadélfia: Philadelphia Museum of Art
Marcel Duchamp, O Bec Auer, 1968, gravura
sobre papel feito à mão, 50,5x32,5 cm, Milão: col. Arturo Schwarz
Sala sobre Marcel Duchamp no Musée d’Art Moderne de Paris, Centre Georges Pompidou
Marcel Duchamp numa exposição da sua obra no
Pasadena Art Museum, Los Angeles, 1963. Ftotografia
de Julien Wasser
Sala sobre Marcel Duchamp no Musée d’Art Moderne de Paris, Centre Georges Pompidou
Atelier de Marcel Duchamp
Giacomo Balla, Bambina multipliato balcone (Rapariga correndo ao longo de um balcão),
1912, óleo tela, 125x125 cm, Milão: Civica Galleria d’Arte Moderna Raccolta Grassi.