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REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Capítulo 10 – Pág. 116 HISTÓRIA – 2º ANO

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REVOLUÇÃO INDUSTRIALCapítulo 10 – Pág. 116

HISTÓRIA – 2º ANO

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REVOLUÇÃO INDUSTRIAL• A partir de meados do século XVIII, a Europa viveu

uma grande mudança no modo de produzir ferramentas, armas, tecidos, calçados, utensílios domésticos e tantos outros objetos que passaram a ser fabricados em quantidades cada vez maiores.

• Desde então, transporte e o consumo de mercadorias cresceram de modo acelerado, modificando o modo de viver, de pensar e de agir de milhões de pessoas em várias partes do mundo.

• Todas essas inovações são características da Revolução Industrial: uma revolução que mudou o modo de fazer produtos, e a forma de os homens se relacionarem. Londres – Início do século XIX.

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Etapas de evolução da produção industrial • A história das

transformações de matérias primas em produtos acabados pode ser dividida em três etapas:

Maquinofatura

Manufatura

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O artesanato• Era uma forma de produção típica da

cidade medieval.• No artesanato todas as atividades

necessárias à produção eram fitas pela mesma pessoa: o artesão.

• O sapateiro, por exemplo, tinha de criar modelos, curtir o couro, recortá-lo, colocar fivela ou cadarço e dar o acabamento final no sapato.

• Como se vê, o artesão tinha o conhecimento do conjunto do processo produtivo e era o dono dos meios de produção (oficina, ferramentas e demais utensílios do trabalho).

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A manufatura• Foi uma forma de produção que

predominou no Ocidente europeu entre os séculos XV e XVIII.

• A significativa ampliação do consumo que se verificou a partir do século XV, em decorrência das Grandes Navegações, foi um fator de estímulo ao surgimento da manufatura.

• Esse aumento de consumo provocou no comerciante um inusitado interesse pela produção.

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A manufatura• O comerciante passou, então a fornecer

a matéria prima aos artesãos e a pagar-lhe uma certa quantia pelo produto acabado, que ele revendia.

• Os artesãos tornaram-se cada vez mais dependentes do comerciante que os contratava até perderem completamente a autonomia.

• A partir daí, foram sendo reunidos em grandes oficinas, sob a direção de um chefe, trabalhando como assalariados.

• A essa forma de produção industrial dá-se o nome de manufatura.

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Maquinofatura • É a forma mais elaborada da

produção industrial.• Nessa etapa, as máquinas

substituem várias ferramentas, bem como o trabalho de uma grande quantidade de operários.

• A maquinofatura, ou produção mecanizada, iniciou-se com a Revolução Industrial.

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Pioneirismo Inglês• A Revolução Industrial começou na Inglaterra em meados do século XVIII. • Há uma série de razões que explicam este pioneirismo, como se pode ver a seguir:* Tinha grande reserva de capitais oriundos da exploração de sua colônia na América (atual Estados Unidos) e da Índia, onde os britânicos haviam fundado várias feitorias após terem expulsado os portugueses no finl do século XVII;* Possuía um Estado afinado com os interesses do capitalismo inglês, responsável por criar uma legislação favorável aos empreendimentos burgueses, principalmente após a Revolução Gloriosa de 1688;* O cercamento dos campos (substituição da antiga produç feudal pela criação de ovelhas) foi responsável pela formação de um mercado fornecedor de matéria prima têxtil (lã) e do primeiro grupo de operários, composto por trabalhadores que, expulsos do campo, iam para as cidades em busca de outros meios de sobrevivência.* finalmente, possuía grandes reservas de carvão, um dos mais importantes combustíveis dos primeiros tempos da industrialização.

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ETAPAS: Primeira etapa (1760 – 1860)

EXPANSÃO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Características :

Primeira etapa (1760 – 1860)

Primeira Revolução Industrial

o O uso de mão de obra desqualificada;

o O uso do carvão mineral como principal fonte de energia (vapor);

o A indústria têxtil como sua indústria de destaque.

A Revolução Industrial ficou limitada, basicamente, à Inglaterra;o foco foi a renovação do sistema fabril ligado à produção de tecidos de

algodão.

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Segunda etapa (1860 - 1900 )

EXPANSÃO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ETAPAS:

Características :

Segunda Revolução Industrial

Segunda etapa (1860 - 1900)

o O uso de mão de obra qualificada;

o O uso do petróleo como principal fonte de energia (eletricidade);

o A indústria automobilística como sua indústria de destaque.

A industrialização espalhou-se por diversas regiões da Europa, atingindo países como França, Alemanha, Itália, Bélgica e Holanda.

Em outros continentes, o processo de industrialização alcançou os Estados Unidos e o Japão.

Caracterizada pelo avanço da metalurgia, sobretudo da indústria do ferro, e pela construção de ferrovias.

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Impactos sociais da Revolução Industrial:

O capitalismo consolidou-se nas sociedades em que se instalou.

A indústria passou a disputar com o comércio a condição de principal setor de acumulação de riquezas.

Isso trouxe diversas transformações nas condições de vida das pessoas e nas relações de trabalho entre determinados setores da sociedade.

TRABALHO E SOCIEDADE

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Novas relações de trabalho:

Grande oferta de mão de obra

Sistema produtivo em que os trabalhadores não eram proprietários de nenhum instrumento de produção.

O trabalhador era dono de sua força de trabalho, que ele “vendia”, sob condições desfavoráveis, em troca de salário.

TRABALHO E SOCIEDADE

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Condições de trabalho:

Os operários recebiam, de modo geral, salários baixos.

Estes eram tão reduzidos que, com muita frequência, toda a família era obrigada a trabalhar nas fábricas, inclusive mulheres e crianças.

Em diversas indústrias, os operários trabalhavam mais de 15 horas por dia.

As precárias instalações das fábricas prejudicavam a saúde do trabalhador.

Surgiram várias doenças ligadas às péssimas condições de trabalho e de moradia dos operários nessa época.

TRABALHO E SOCIEDADE

País Expectativa de vida

Horas trabalhadas

Inglaterra por volta de 1780

55 anos 125 mil

Atualmente países desenvolvidos

78 anos 69 mil

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O trabalho feminino e infantil:

A partir do século XVIII, a mão de obra feminina e infantil cumpria uma disciplina severa, com horários controlados de forma rígida, como acontecia com os demais operários homens e adultos.

Resistência operária:

LUDISMO - foi um movimento ocorrido na Inglaterra em 1811, que protestava contra as máquinas trazidas pela Revolução Industrial. - As reclamações se concentravam na substituição da mão de obra pelas máquinas, que, por serem mais eficazes, acabavam com o emprego dos trabalhadores. CARTISMO - foi, ao mesmo tempo, um movimento de caráter nacional e local. - Esse movimento pode ser caracterizado, predominando a mobilização

em torno do Parlamento inglês, e foi, por isso, chamado legalista. - Esses movimentos se farão presentes na segunda metade do século

XIX.

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Aumentar a produtividadeTrabalho do operário subdividido em múltiplas operações (Linhas de montagem).

Essa divisão do trabalho conduziu à especialização do trabalhador e à perda da noção de conjunto do processo produtivo que ele tinha antes, levando, muitas vezes, ao que se denominou alienação.

ESPECIALIZAÇÃO, FRAGMENTAÇÃO E ALIENAÇÃO

O aumento da produção em série também colaborou para igualar e massificar o gosto dos compradores de produtos industriais, pois começaram a ser produzidas e comercializadas grandes quantidades de um mesmo artigo.

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AUMENTO DA POPULAÇÃO URBANA

• A expansão industrial também impulsionou o processo de urbanização, devido à concentração de indústrias/trabalhadores.

EVOLUÇÃO DOS TRANSPORTES E DA COMUNICAÇÃO

• A Revolução Industrial contribuiu diretamente para o progresso dos meios de transporte e de comunicação, sem os quais seria impossível vender produtos industrializados no mercado.

• Algumas das invenções mais importantes nessas áreas foram o navio a vapor, a locomotiva, o telégrafo, o telefone e o automóvel.

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TEORIAS SOCIAIS• A Revolução Industrial ocasionou problemas sociais.• Pensadores da época elaboraram teorias para

justificar a exploração do trabalho e a pobreza que havia na sociedade industrial capitalista da época.

• Nessa ala de pensadores, encontramos os seguidores do liberalismo econômico.

• Por outro lado, houve preocupação do ponto de vista dos operários, e esses pensadores censuraram de imediato o capitalismo e apresentaram uma nova maneira de organizar a sociedade.

• Nessa ala, encontramos os socialistas e os anarquistas.

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LIBERALISMO ECONÔMICOTem por objetivo defender:

o livre comércio entre países;

a não intervenção do Estado na economia ;

e a livre concorrência.

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Adam Smith

• Considerado o “pai do liberalismo econômico”;• favorável à não-intervenção estatal na economia

nacional;• Toda riqueza provinha do trabalho e não dos metais

preciosos ou da agricultura. • Defendia a auto regulação da economia pela lei da oferta

e da demanda.

PRINCIPAIS DEFENSORES DO LIBERALISMO

Malthus

• Ensaio sobre os princípios da população (1798);

• Tese de que a miséria dos trabalhadores era consequência de uma lei da natureza, e não responsabilidade da burguesia.

TEORIA MALTHUSIANA

SOLUÇÃO: restringir a procriação humana!

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PRINCIPAIS DEFENSORES DO LIBERALISMO

Ricardo

• afirmava que os salários tendem a ser equiparados ao mínimo necessário à sobrevivência do operário, e expressa essa visão claramente na obra Princípios de Economia Política e Tributação.

• Seu principal problema na época era explicar a causa do enorme aumento de preços pelo qual a Inglaterra passava, ou seja, a inflação. E é nessa busca que ele chega a duas teorias que se completam: A Teoria do Valor do Produto e a Teoria da Repartição.

• Para ele, os salários baixos e pobreza são consequências de uma lei natural conhecida como: a lei da oferta e da procura, e não há como ir de encontro a isso.

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TEORIAS SOCIAIS: SOCIALISMO• No primeiro momento, os socialistas foram conhecidos como UTÓPICOS, porque traziam soluções

criativas, mas difíceis de pôr em prática.• Para Charles Fourier, a sociedade deveria ser organizada em falanstérios – que eram comunidades

com menos de 2 mil pessoas, nas quais cada uma trabalharia na ocupação com a qual mais se identificasse, e o que se produzisse pertenceria a todos.

• Para o fornecimento, essas comunidades trocariam seus produtos entre si. Com isso, se implantaria o socialismo em todo país.

Charles Fourier

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TEÓRICOS DO SOCIALISMO UTÓPICO

Saint-Simon (1760-1825)

Defendia a extinção das diferenças de classe e a construção de uma sociedade em que cada um ganhasse de acordo com o real valor de seu trabalho.

Pierre-Joseph Proudhon

(1809-1865)

Pregava a igualdade e a liberdade para todos os indivíduos, que viveriam numa sociedade harmônica, sem a força do Estado.

Robert Owen (1771-1858)

Acreditava na organização da sociedade em comunidades cooperativas (trade unions) compostas de operários, em que cada um receberia de acordo com as suas horas de trabalho.

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TEÓRICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

• Grandes colaboradores da teoria socialista foram Marx e Engels. Eles defendiam a ideia de que somente o proletariado é uma classe verdadeiramente revolucionária, e, por essa razão, deveria tomar o poder político das mãos da burguesia por meios revolucionários e implantar a ditadura do proletariado, até pôr fim às desigualdades sociais.

• A mais importante obra de Marx foi O Capital, em que critica o capitalismo e destaca a ocorrência de crises periódicas nesse sistema econômico.

Karl Marx E Friedrich Engels

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Conceitos que influenciaram estudos das sociedades nos séc. XIX e XX:

Dialética

Modo de produção

a natureza e a sociedade passam por processo permanente de transformação. move-se pela luta de forças contrárias. Esse confronto = mudanças quantitativas/qualitativas na realidade.

toda sociedade possui uma base material representada pelas forças econômicas e pelas relações sociais de produção.Condiciona, de maneira geral, a vida social, política e intelectual.

Luta de classes

em termos sociais “o motor da história”.Só terminaria com a construção da sociedade comunista perfeita.Nela desapareceriam a exploração de classes e as injustiças sociais.

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TEORIAS SOCIAIS: SOCIALISMO CRISTÃO• O religioso Robert Lamennais defendia a ideia da humanização do

capitalismo. Para isso, propunha a prática dos ensinamentos cristãos, especialmente do amor, da cooperação e do respeito entre as pessoas, como solução para os problemas sociais .

• Essa doutrina ganhou grande estímulo em 1891 com a publicação da Encíclica Rerum Novarum elaborada pelo papa Leão XIII – na qual, ele se declarou a favor:

Robert Lamennais

Da reforma agrária;Das associações de operários;

De leis que assegurassem salários dignos;

De jornadas de trabalho dignas.

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o Propõe sociedade sem classe, partidos e sem Estado;o Representantes: Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) e Mikhail Alexandrovich Bakunin (1814-1876).

Proudhon• Defendia a igualdade/liberdade para todas as pessoas.• Sociedade harmônica= sem a existência do Estado, em que todos

cooperariam com o bem-estar coletivo.

Bakunin

• Abolição da propriedade privada;• Tudo deveria pertencer à coletividade, formada por pessoas livres, que

produziriam o necessário para a sobrevivência de cada um de seus membros.

• Bakunin criticava as ideias de Karl Marx.

TEORIAS SOCIAIS: ANARQUISMO

As ideias anarquistas chegaram ao Brasil por meio dos imigrantes europeus no início do século XX.Vale ressaltar que as ideias anarquistas entusiasmaram o movimento operário brasileiro nas primeiras décadas do séc. XX.

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Atividade nº 3 Capítulo 10 - pág. 117

• Pág. 120 : - Compreendendo (1 a 4);• Pág. 123: - Compreendendo(1 e 2);• Pág. 126: - Compreendendo (1 a 6);• Pág. 115: - De olho na universidade: ** Questão 1.

PERGUNTAS

E RESPOSTAS