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Maçonaria e Judaísmo

A tradição judaica não é dominada por muitos escritores maçônicos que, por isto mesmo, cometem muitos pecados de interpretação no tocante à sua influência na maçonaria. Antes de apontar a influência judaica na maçonaria seria interessante fixar alguns traços da cultura judaica, comumente desprezados, para não se incorrer em erros lamentáveis. Veja-se, por exemplo, as colunas do Templo de Salomão que estão citadas em Reis I, 7, 21: “Ergueu as colunas diante do pórtico do santuário; ergueu a coluna do lado direito, à qual deu o nome de Jaquin; ergueu a coluna da esquerda e chamou-a Boaz”. Quando se pergunta a um professor de hebraico o que significa BOAZ , ele discorrerá sobre o significado e a tradução desta palavra. Se perguntarmos, ao mesmo professor, o que significa BOOZ, muito empregada pelos maçons franceses e repetida pelos brasileiros e que é uma corrupção de BOAZ, ele não saberá, obviamente, o significado da palavra, pois ela não tem nada a ver com o hebraico. Quanta discussão inútil se evitaria se se pudesse resolver a questão filologicamente.

Os caracteres da escrita hebraica não possuem vogais. Normalmente são substituídos por sinais (massoréticos) que agem como vogais. Assim, se um judeu religioso escrevesse o nome de Deus em hebraico, no alfabeto ocidental soaria algo como: D–s ou N-ss- S-nh-r, tomando todo o cuidado para não tomar o santo nome em vão. Os judeus pronunciam o nome de Deus de várias maneiras: El, Eloim, El Shadai, Adonai etc. Contudo, o nome inefável de Deus [desnecessário dizer que o hebraico se lê da direita para a esquerda] raríssimamente é grafado (quando o é, normalmente para uso em pesquisa etimológica sobre a origem do Nome) ou pronunciado (sendo que, nestas pouquíssimas vezes, não é propriamente pronunciado e, sim, soletrado com as letras hebraicas: iod, hei, vav e hei). Em inglês, o nome inefável é transliterado como YHVH (Javé em Português, como se verá a seguir). Os estudiosos cristãos ensinam que os judeus adoram Deus com um nome relacionado com a letra W. Tal fato se deve à dominação que os alemães exerceram no campo teológico nos últimos duzentos anos. O W, em alemão, é pronunciado como o V em português e inglês e o vav em hebraico. Os alemães também grafam como J onde encontram o iod hebreu ou o Y em inglês (tal letra inexiste no alfabeto português) quando ele ocorre. Assim YHVH apareceria como JHWH. A Bíblia de Jerusalém grafa como Javé e/ou Iahweh.

A tradição judaica afirma que a atual pronúncia do Nome é um segredo para sempre perdido desde a destruição do Templo e é considerado impróprio tentar pronunciar o Nome. Quando o Nome ocorre em caracteres hebraicos deve ser usada uma palavra substituta, ou seja Adonai.

Outro traço importante na cultura religiosa hebraica é o termo Bíblia.

Claro que Bíblia é o têrmo português para a palavra hebraica Tanach . Tanach ou Tanack é um acrônimo construído pelas três seções da Bíblia: a Torah , ou seja a Lei, o Nevi’im , ou seja os Profetas e o Kesuvim ou Ketuvim , ou seja os Escritos ou os Hagiógrafos. Na versão moderna, constituem os 39 livros (considerando-se Samuel I e II e Reis I e II como livros separados) da Escritura Hebraica que, obviamente, os judeus não chamam de Velho Testamento. Aquilo que os cristãos chamam de Velho Testamento e Novo Testamento, os judeus chamam de Escritura Hebraica e Escritura Cristã. O cânon hebraico difere do cânon cristão por desconsiderar os livros escritos em grego e os suplementos gregos de Ester e Daniel. Para uma breve recordação, o cânon hebraico lista os seguintes livros:

Pentateuco: 1- Gênesis, 2- Êxodo, 3- Levítico, 4- Números, 5- Deuteronômio; Profetas: [anteriores] 6- Josué, 7- Juízes, 8- Samuel (I e II), 9- Reis (I e II), [posteriores]10- Isaías, 11- Jeremias, 12- Ezequiel, 13- ‘Os Doze’ profetas, na ordem retomada pela Vulgata: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias; Hagiógrafos: 14- Salmos, 15- Jó, 16- Provérbios, 17- Rute, 18- Cântico dos Cânticos, 19- Eclesiastes (Coelet), 20- Lamentações, 21-Ester, 22- Daniel, 23- Esdras, 24- Neemias e 25- Crônicas.

Aqui surge uma questão que agora pode ser respondida com maior conhecimento de causa. Quando um candidato maçônico judeu presta um juramento, a Torah deve ser posta no altar como Livro da Lei? Não. A Torah é somente uma parte da Bíblia judaica. Colocar a Torah no altar seria o equivalente para os cristãos de se colocar somente os quatro Evangelhos no altar, sem as Epístolas, o Apocalipse etc. O Livro dos Profetas e os Hagiográfos assumem um importante papel na adoração judaica e no entendimento da lei judaica. A Torah é a mais importante seção da Bíblia, e é particularmente venerada, mas não é toda a Escritura.

Seria, então, o caso de se colocar o Talmud no altar para os candidatos judeus? Aqui, convém esclarecer que o Talmud é um livro de interpretação legal. O Talmud também ensina uma grande parte sobre o pensamento judeu e a crença religiosa, mas ele não é a Sagrada Escritura. As obras de Santo Agostinho e de São Tomás de Aquino desempenham o mesmo papel numa relação similar com a Bíblia dos cristãos, contudo, também não são as Escrituras. Surge agora uma outra pergunta. Os judeus usam chapéu em Loja? Aqui convém distinguir entre o chapéu propriamente dito e quipá (kipah), uma espécie de solidéu. O solidéu (solis Deo = só a Deus) designa o pequeno barrete, geralmente feito de fazenda mole e flexível, o qual se ajusta à cabeça, com que os padres cobrem a coroa ou pouco mais e que deve ser tirado ante o sacrário. A cobertura da cabeça é preconizada em diversos ritos maçônicos (apesar da prática não ser uniforme) para os Mestres em qualquer Sessão, ou para todos os Obreiros, ou apenas para os Mestres em Sessão do terceiro grau. Geralmente, tal cobertura é necessária e feita com o chapéu negro desabado, podendo-se, todavia, utilizar o solidéu (que é o quipá hebraico) em Sessões do terceiro grau ou de Pompas Fúnebres.

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O judaísmo adota a prática oriental de cobrir a cabeça durante as orações como um sinal de respeito, enquanto nos países ocidentais a prática é totalmente ao contrário: descobre-se a cabeça exatamente pela mesma razão. Algumas Obediências Maçônicas decidiram que o quipá (iarmulque [yarmulke], barrete, tiara etc.) não é um chapéu no sentido maçônico, mas um elemento do vestuário. O R∴E∴E∴A∴adota a opinião que o barrete do rito não deve ser removido, por exemplo, durante a saudação da bandeira. Deve ser considerado, também em maçonaria, o barrete frígio, que era um pequeno boné de feltro, de forma cônica e com um pequeno rebordo, com o qual, na Antiguidade, o senhor cobria a cabeça do escravo na cerimônia de libertação e que era tomado como emblema de liberdade; graças a isso, ele é, em alguns ritos, um símbolo maçônico, já que a maçonaria sempre foi libertária.

Uma última distinção deve ser feita sobre o diferente uso do conceito fariseu entre cristãos e judeus. O judaísmo moderno é farisaico no seu temperamento, mas os judeus não usam a palavra como um sinônimo de “hipócrita”. É provável que este último significado adveio de um conflito entre aqueles que escolheram seguir Jesus e Paulo e aqueles que permaneceram com o cerne da fé judaica. Naquele tempo, os fariseus dominavam o pensamento e a prática judaica e é melhor denunciar o farisaísmo como um desvio do pensamento judeu do que denunciar os judeus propriamente ditos, desde que os antigos cristãos almejavam converter os judeus. Os fariseus e os saduceus eram os competidores primários no pensamento e na prática religiosa dos judeus, embora houvessem outros grupos, como os essênios, buscando oferecer ideias diferentes. Os saduceus eram o partido da classe sacerdotal e mantinham a posição de que somente a Lei escrita deveria ser seguida à risca. Os fariseus conseguiam fazer uma combinação mais flexível entre a Lei escrita e a oral. Outra importante distinção era que os fariseus afirmavam que uma pessoa não deveria pertencer, necessariamente, à classe sacerdotal para bem cumprir os mandamentos e adorar a Deus. É esta última diferença que é a mais importante no desenvolvimento do judaísmo na sua forma para os últimos dois mil anos. Alguns autores fazem um símile entre este conflito e o da Reforma protestante, quinze séculos depois.

Existem traços comuns entre os rituais, símbolos e palavras maçônicos e judaicos. Um dos landmarques judaicos é a crença num Deus que criou tudo na nossa existência e que nos deu uma Lei para ser seguida, incluindo, ipso facto, os preceitos morais de relacionamento humano. A crença em Deus, a prece, a imortalidade da alma, a caridade, o agir respeitosamente entre os seus semelhantes fazem parte integrante do ideário maçônico – pelo menos da maçonaria teísta – como também do judaísmo, e por que não dizer de todas as grandes religiões do mundo (o budismo seria um caso à parte).

O judaísmo ensina que a Lei de Deus está contida na Torah, a parte principal da bíblia judaica que contém os 5 primeiros livros de toda a Bíblia, como visto anteriormente, ou seja, o Pentateuco dos cristãos.

A tradição judaica ensina que a Torah é a eterna lei dada por Deus e é completa, nunca será mudada até mesmo por Deus e, obviamente, nunca poderá ser alterada por qualquer mortal. Já aqui surge naturalmente uma comparação com os landmarques maçônicos que preceituam não estar no poder de qualquer homem-maçom ou corpo maçônico fazer inovações na estrutura básica da maçonaria. Nos tempos modernos, ambas assertivas podem cheirar politicamente incorretas, apresentando um odor dogmático que repulsa as mentes liberais e tolerantes no limiar do terceiro milênio, mas convém salientar que isto se refere aos fundamentos que deverão permanecer intocados. Tanto que um dos livros clássicos de Pike se intitula Moral e Dogma. Assim, maçonaria e judaísmo, tais como os padrões éticos das outras grandes religiões, ensinam que devemos nos autodisciplinar e manter nossas paixões em constante guarda. O disciplinamento ritualístico, seja nas sinagogas seja nas lojas maçônicas, auxilia a desenvolver esta habilidade.

Outra similitude poderá, também, ser encontrada na cerimônia da circuncisão e do Bar Mitzvah. Logo após o nascimento de todo judeu homem, ele é circuncisado pelo rabino, ou seja, é feito o corte no prepúcio do pênis do bebê, numa cerimônia familiar como um sinal ancestral de aliança entre Deus e o patriarca Abraão. Treze anos depois, já adolescente, o mesmo judeu macho participa do Bar Mitzvah que consiste em aprender a recitar preces e passagens bíblicas em hebraico e a participar em rituais judaicos quando, enfim, adquire todos os direitos e deveres do homem judeu. Todos os maçons já fizeram, aqui, a comparação com a iniciação maçônica do profano e a exaltação ao grau de mestre quando se adquire a plenitude maçônica…

No tocante à liberdade individual, maçonaria e judaísmo emulam para ver quem apresenta maior performance de respeito e apoio. Tal fato, contudo, não é exclusivo dos dois, pois o cristianismo apresenta, também, considerações profundas sobre o livre-arbítrio, mas não é o caso de ser aqui discutido. O judaísmo ensina que todo ser humano é capaz do bem e do mal e tenta ajudar o fiel a usar o livre-arbítrio para escolher o caminho eticamente correto. A maçonaria ensina que aqueles que são moralmente capazes podem encontrar a “luz” na maçonaria se eles desejarem isto por suas próprias vontades livres. Os maçons franceses, principalmente os do Grande Oriente de França, chegaram ao ponto de colocar como um dos seus lemas a liberdade absoluta de pensamento. O conceito de exercitar a vontade livre para aceitar a lei e a reparação pelas transgressões passadas é o que preconiza o Rosh Hashanah e o Yom Kippur. Os judeus acreditam que dez dias no início do novo ano judeu devem ser usados para reparar os pecados passados e buscar a resolução firme de evitar o pecado no futuro. De modo análogo, a maçonaria ensina que todo homem deve lutar para crescer moralmente e livrar-se de todo preconceito. Não é a toa que a disputa entre a maçonaria francesa e a inglesa se dá entre a liberdade absoluta de pensamento, preconizada pelos franceses, contra o teísmo inglês, que forçou a própria reformulação da Constituição de Anderson, quinze anos após a sua promulgação.

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A luz é um importante símbolo tanto no judaísmo como na maçonaria. “Pois o preceito é uma lâmpada, e a instrução é uma luz”, Prov. 6, 23. Um dos grandes feriados judaicos é o Chanukah ou seja o Festival das Luzes, comemorando a vitória do povo de Israel sobre aqueles que tinham feito da prática da religião um crime punível pela morte, ali pelo ano 165 a. E. V. (Os judeus substituem o antes de Cristo e o depois de Cristo pelo antes e depois da Era Vulgar). A luz é um dos mais densos símbolos na maçonaria, pois representa (para os maçons de linha inglesa) o espírito divino, a liberdade religiosa, designando (para os maçons de linha francesa) a ilustração, o esclarecimento, o que esclarece o espírito, a claridade intelectual. A Luz, para o maçom, não é a material, mas a do intelecto, da razão, é a meta máxima do iniciado maçom, que, vindo das trevas do Ocidente, caminha em direção ao Oriente, onde reina o Sol. Castellani diz que graças a essa busca da Verdade, do Conhecimento e da Razão, é que os maçons autodenominam-se Filhos da Luz; e talvez não tenha sido por acaso que a Maçonaria, em sua forma atual, a dos Aceitos, nasceu no “Século das Luzes”, o século XVIII.

Outro símbolo compartilhado é o tão decantado Templo de Salomão. Figura como uma parte central na religião judaica, não só por ser o rei Salomão uma das maiores figuras do panteão de Israel, como o Templo representar o zênite da religião judaica. Na maçonaria, juntou-se a figura de Salomão, à da construção do Templo, pois os maçons são, simbolicamente, antes de tudo, construtores, pedreiros, geômetras e arquitetos. Os rituais maçônicos estão prenhes de lendas sobre a construção do Templo de Salomão. Para os maçons existem três Salomões: o Salomão maçônico, o bíblico e o histórico.

Outro traço cultural comum seria a obediência para com a autoridade. Max Weber propôs três tipos de autoridade: a tradicional, a carismática e a racional-legal. A primeira adstrita às sociedades antigas, a segunda referente aos surtos de carisma que a humanidade vive de tempos em tempos e a terceira, apanágio da modernidade. A tradição judaica ensina uma obediência respeitosa para com os pais e os rabinos. A maçonaria ensina, desde a Constituição de Anderson de 1723, o respeito para com a autoridade legitimamente constituída. (Este preceito é cristalino na maçonaria de cunho anglo-saxão, já os latinos, no embate contra o trono e a cruz…). Como último aspecto comum, tem-se os esforços positivos na maçonaria e no judaísmo para encorajar o aprendizado. A cultura judaica tem uma larga tradição de impulsionar o maior número de judeus a se notabilizar pelo conhecimento nas artes, na literatura, na ciência, na tecnologia, nas profissões em geral. Durante séculos, os judeus têm se destacado nos diversos campos do conhecimento humano e o seu empenho em melhorar suas escolas e seus centros de ensino demonstram cabalmente isto. Digno de notar-se é que as famosas escolas talmúdicas – as yeshivas – vem do verbo lashevet , ou seja sentar-se. Deste modo, para aprender é necessário sentar-se nos bancos escolares.

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Assim, também na maçonaria, nota-se uma preocupação constante, cada vez maior, com o desenvolvimento intelectual dos seus epígonos, no fundo, não só como um meio de melhorar a sua escola de fraternidade e civismo como também para perpetuar os seus ideais e permanecer como uma das mais ricas tradições do mundo moderno. Enviado por Ir∴ Guilherme Oak

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Budismo e Maçonaria

Todas as grandes religiões do mundo se originaram na Ásia e três delas – JUDAÍSMO, CRISTIANISMO E ISLAMISMO – em uma área relativamente pequena na Ásia Ocidental. Igualmente notável é a concentração de grandes líderes espirituais em diferentes partes do mundo no século VI, a. C., ou em um período próximo. Foi a época de CONFUNCIO e talvez de LAO-TSE, na China; de ZOROASTRO, na Pérsia; de SIDDHARTA GAUTAMA, o Buda, na Índia; do maior dos profetas Hebreus, chamado o SEGUNDO ISAÍAS (40-55), e de PITÁGORAS, na Grécia. É possível que o aparecimento de civilizações que se diziam universais dessa origem a religiões universais, ou então as novas religiões eram uma reação às tensões nas sociedades existentes e à necessidade de uma saída espiritual e uma fé que transcendesse um politeísmo supersticioso. De qualquer forma, o movimento em direção a uma única realidade espiritual coincidiu com a procura dos pensadores Gregos de um único princípio que explicasse o mundo material. O Hinduísmo é a mais antiga das religiões mundiais, embora, segundo definição mais precisa, não se trata de uma religião do mundo, mas sim uma religião do povo da Índia. Ainda em relação aos indianos, o Budismo surgiu como uma reação dentro do Hinduísmo e é uma das grandes religiões missionárias. Ironicamente, hoje não existe Budista na Índia. Temos aprendido e ensinado que Maçonaria, por meio dos tempos, soube usufruir o que de melhor e sublime havia nas diferentes civilizações, nas várias escolas filosóficas e na cabeça dos maiores pensadores e cientistas dos quatro cantos da terra. Nossa arquitetura, lendas, código moral, etc. qual aço indelével foi forjado em priscas eras da humanidade. Persas, Hebreus, Egípcios, Gregos, Sumerianos e mais recentemente ingleses e franceses deixaram símbolos, e, consequentemente a imortalidade em uma Loja Maçônica. O objetivo deste artigo é traçar um paralelo entre um indiano ilustre SIDDHARTA GAUTAMA e a Maçonaria, já que até hoje pouco, pesquisou e pouco se conhece dessas incríveis coincidências, entre um e outro.

SIDDHARTA GAUTAMA, o BUDA e JESUS, o CRISTO, são personagens de vários pensamentos coincidentes e historicamente semelhantes em vários pontos: ambos não deixaram nada escrito, ambos começaram a pregar ao redor dos 30 anos de idade, e ambos somente chegaram até nós por meio dos escritos de seus discípulos mais íntimos, e após dezenas de anos de suas mortes! SIDDHARTA nasceu no ano 567 a. C, em Kapilavastu, no sopé do Himalaia, (hoje, Nepal e fronteira com a China), filho rico do rei Suddhodana e da rainha Maya. Os monges Brâmanes profetizaram para ele uma vida asceta, pobre, miserável e de Salvador do Mundo. Sabedor dessas profecias, seu pai o manteve sempre confinado no interior dos palácios, a fim de poupá-lo de ver como era realmente o seu país, cheio de miseráveis, escravos, doentes, etc. Siddharta teve os olhos vendados por seu pai até a idade de 30 anos quando já casado e com um filho, os deuses acharam que Siddharta deveria sair e empreender a missão para a qual se preparara durante tantos nascimentos e reencarnações anteriores. Semelhante ao profano que se inicia, ele faz algumas viagens para além dos muros palacianos: na primeira vê um velho enrugado, se apoiando numa bengala, e ao indagar de que se tratava, seu protetor explicou ser a velhice, a vida que se esvai inexorável com o tempo; na segunda, depara-se com um doente, gemente, simbolizando a dor; na terceira viagem encontra um cadáver já em decomposição, simbolizando a morte; na última viagem encontra um monge, maltrapilho, mendigo… no entanto percebe naquele homem um olhar de serenidade, apesar de todas as adversidades por que passava, e é nessa Serenidade do mendigo que Siddharta percebe que existe uma saída que conduz à libertação de todo o sofrimento humano. A partir daí, organiza a sua peregrinação pelo mundo deixando família, riquezas materiais e prazeres mundanos, embrenha-se na floresta, já sem as roupas principescas e sem cavalo.

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No início, seguindo os passos de monges Brâmanes, foi asceta fanático, faquir, esmoler, e chegou a comer apenas um grão de feijão por dia, mas percebendo a inutilidade dessa seita e o seu fanatismo improdutivo, volta-se à meditação profunda. Aos 35 anos, após dias de meditação sob a figueira (árvore da sabedoria), recebe o dom da iluminação, e desse momento em diante passará a ser chamado BUDA (O desperto, O iluminado). Na Maçonaria, a influência hindu se refere à necessidade de meditação do companheiro em diante e nos CHAKRAS, ligados a algumas cerimônias solenes e alguns sinais de reconhecimento em Loja. Ainda uma curiosidade sobre BUDA se refere à árvore da sabedoria, ou o Bodhi (em hindu): debaixo dessa árvore, também como Jesus nas oliveiras, Buda foi tentado pelo Demônio MARA, com visões de prazer sensual. Segundo o Budismo, o homem que vencer suas fraquezas, que arrancar de si todos os desejos ilusórios da vida, esse homem não mais reencarna-se-á. Embora não desafiasse a rígida estrutura de castas da sociedade indiana, ele insistia em completa igualdade dentro de seu grupo de monges. Aos 80 anos, cumprida a sua missão na terra, Buda preparou-se para o fim de sua vida e para entrar no estado que era o objetivo supremo de todos os seus adeptos – O Nirvana era a libertação completa de todos os desejos e significava que o crente nunca teria que nascer de novo no mundo. O Budismo passou além das fronteiras da Índia, chegando ao sudoeste da Ásia, Tibet, Mongólia, China, à Coreia e ao Japão para se tornar uma das grandes religiões do mundo e a fé mais popular no Oriente. Na sua terra de origem, porém, morreu quase por completo, sendo absorvido, gradativamente pelo HINDUÍSMO…, mas aí já é outra história. COMPARAÇÕES: A MAÇONARIA é uma instituição que tem por objetivo tornar feliz a humanidade, pelo amor, tolerância, pela igualdade, pelo respeito à autoridade e à crença de cada um. Ela é universal, sem preocupações de fronteiras e de raças. BUDA – Minha doutrina é semelhante ao Oceano e ambos vão se tornando cada vez mais profundos… Assim como os rios que ao alcançarem o MAR perdem o seu nome, fazendo parte todos do GRANDE OCEANO, assim também os homens de toda casta, entrando para a comunidade, tornam-se todos IRMÃOS e passam a ser contados como FILHOS DE BUDA. O Oceano é o reservatório de todos os cursos d’água e da chuva das nuvens e, no entanto, não transborda, nem seca nunca. Assim a minha doutrina é compreendida por milhões de pessoas e, no entanto, não aumenta nem diminui. Minha doutrina é pura e não faz distinção alguma entre o Nobre e o Vulgar, o Rico e o Pobre.

MAÇONARIA – Quando o Primeiro Vigilante dá a explicação para a primeira viagem, diz “criando em vós mesmos um outro ser, pela espiritualização e elevação de vossos sentimentos, tereis, então, retirado a venda material que prende vossa alma, e não mais precisareis de guia em vosso caminho”. BUDA – No Budismo, é o Homem que traça a rota do seu próprio caminho. Nele está a salvação ao alcance de todos, pois depende somente do esforço de cada um. Assim o Homem se torna o seu próprio Mestre, sem inspirações divinas ou poderes sobrenaturais. Por meio do refúgio interior e do Autodesenvolvimento é possível se libertar da Escravidão, da Ignorância, e chegar à Verdade. MAÇONARIA – A Pedra Bruta representa a inteligência, o sentimento do Homem no estado primitivo, áspero é despolido, e que nesse estado se conserva até que… BUDA – Eu sou o resultado dos meus próprios atos, herdeiro dos atos, os atos são a matriz que me trouxe, é o meu parentesco, os atos recaem sobre mim, qualquer ato que eu realize, bom ou mal, eu dele herdarei. MAÇONARIA – Vencer minhas paixões, submeter minha vontade. BUDA – Abandonar os cinco sentidos ao sabor dos seus caprichos é como deixar um cavalo indômito sem rédeas. Tal cavalo as pessoas derruba e arrasta dentro do buraco. A mente é senhora dos cinco sentidos, mas é mais perigosa que uma cobra venenosa, uma fera ou um salteador, por isso deveis disciplinar vossa mente. MAÇONARIA – A Maçonaria, embora não seja uma religião, tem, contudo, uma crença; a existência de um princípio Criador, ao qual denomina GADU. BUDA – Mais fundo que o inferno, mais alto que o céu, além das mais longínquas estrelas, mas além da morada de Brahma, há um poder estável e divino, existente antes do princípio e que não terá fim, eterno como o tempo, seguro como a certeza, que impede para o bem e é súdito de suas próprias Leis. MAÇONARIA – A Câmara de Reflexões leva o neófito ao mundo da introspecção. Mais tarde, pelo V.’.M.’., fica sabendo: “Os símbolos que ali existem vos levaram, certamente, a refletir a respeito da instabilidade da vida, lição trivial sempre ensinada, e sempre desprezada”. BUDA – Eliminai as trevas da ignorância com a luz da sabedoria. O mundo é algo perigoso e incerto, sem nada de estável. MAÇONARIA – O Pavimento Mosaico, com seus quadrados brancos e pretos, nos mostra que apesar da diversidade, do antagonismo de todas as coisas da natureza, em tudo reside a mais perfeita “Harmonia”. BUDA – Os astros rodam e não perguntam.

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O Sol evapora o Mar e restitui perdidas ondas em forma de aveludadas nuvens, que gotejarão montanhas abaixo, para refluir de novo, sem paz, nem trégua. (Até mesmo sobre a divindade, BUDA achava dualismo, ao dizer nada a repugna, nada a detém, tudo ama, enche os seios maternos de doce leite, bem como de mortífero veneno os dentes da serpente). MAÇONARIA – A Pedra Polida ou cúbica representa o saber do Homem no fim da vida, quando aplicou esse saber em atos de piedade e virtude. BUDA – Assim também como aquele homem que fez o Bem passa para o outro mundo, os méritos que conquistou na vida dão-lhe as boas vindas, como parentes dão as boas vindas a um ser amado que volta. MAÇONARIA – Ao explicar ao V.’.M.’. porque foi recebido de olhos vendados na Maçonaria, e sem metais, o 1º Vigilante refere-se à abdicação das vaidades profanas e à necessidade imprescindível de instrução (SABEDORIA), que é o alicerce da Moral Humana. BUDA – Sabedoria é um navio seguro para a travessia do oceano da velhice, da doença e da morte. É uma luz no meio das trevas, é um elixir que cura todas as doenças, é um machado que corta as árvores da paixão, por isso, deveis vos esforçar para a obtenção do desenvolvimento da “SABEDORIA.” MAÇONARIA – Por que encontrastes facilidades na vossa 3ª viagem? Indaga o V.’.M.’. ao 1º Vig.’. E esse lhe diz: Porque ela nos mostra o estado de paz e de tranquilidade resultante da ordem e da moderação das paixões do Homem que atinge a idade da maturidade e da reflexão. BUDA – Antigamente meu pensamento vadio errava, daqui e dali, onde o chamavam o amor, o desejo ou o prazer. Hoje eu o domino completamente como o cornaca domina o elefante selvagem. MAÇONARIA – A tolerância, um dos deveres do maçom, sustenta que cada um tem o direito de escolher e seguir a sua religião. BUDA – Um homem que sustenta a verdade deve simplesmente dizer: essa é a minha crença, mas por causa disso não se deve tirar a conclusão absoluta e dizer: só há essa verdade, qualquer outra é falsa. MAÇONARIA – Os três passos formados por cada um e a cada junção dos pés um ângulo reto significa que a retidão é necessária para quem deseja vencer na ciência e na virtude. BUDA – Qual é o caminho da salvação? É a Retidão, é a Meditação, é a Sabedoria. Penetrada pela retidão, a meditação se torna fecunda, penetrada pela meditação, a sabedoria se torna fecunda. Penetrada pela sabedoria, a alma se liberta totalmente do apego qualquer, apego aos desejos, apego ao erro e à ignorância.

MAÇONARIA – Os maçons, após receberem as instruções dos graus a que forem merecedores, devem se guiar com os seus próprios passos, procurando aquela instrução que não lhes foi dada pelos rituais, procurando aperfeiçoamento maçônico nos livros especializados etc., daí sim, poderão concluir e interpretarem com mais segurança a simbologia maçônica, deverão ser seus próprios mestres. BUDA – Também pregava a necessidade de sabedoria, e a faculdade que os homens alcançam com ela de nortearem seus próprios destinos. “Sede vós mesmos, vossa própria bandeira e vosso próprio refúgio, não vos confieis a nenhum refúgio exterior a vós. Apegai-vos fortemente à verdade. Que ela seja vossa Bandeira e vosso Refúgio”. Os que já foram elevados poderão recorrer ao ritual de Companheiro e ver que não há diferença nos ensinamentos, daí e os de BUDA, referentes à busca da verdade, pela meditação. As semelhanças entre as máximas Maçônicas e Budistas vão se aprofundando, como aprofundando vão os graus, além do de aprendiz. MAÇONARIA – Pergunta o V.’.M.’. ao 2º Vig.’.: Por que combatemos o fanatismo? E esse responde “Porque a exaltação religiosa perverte a razão e conduz os incensatos a praticarem ações condenáveis, em nome e honra de DEUS.” BUDA – (Explicando como chegou à perfeição). Fiz bem em abandonar os exercícios ascéticos (fanáticos que ficam dias em jejum e martirizando os seus corpos). Foi uma felicidade eu ter abandonado aqueles exercícios inúteis. Foi uma felicidade eu ter perseverado no Pensamento Correto, até chegar à iluminação. Como o remo de um barco que agarra na terra firme, o ascetismo (fanatismo), não traz o menor proveito. MAÇONARIA – Para o maçom, a sabedoria é primordial, mas a prática da caridade e beneficência de modo sigiloso é um dos importantes postulados a serem seguidos. BUDA – Saber de cor todos os livros sagrados brâmanes não conduz à verdade. O conhecimento útil e a verdadeira ciência só podem ser adquiridos pela prática.

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MAÇONARIA & ISLAMISMO

POR KENNYO ISMAIL ⋅ 18 DE NOVEMBRO DE 2011 ⋅ DEIXE UM COMENTÁRIO MAÇONARIA E CRISTIANISMO, MAÇONARIA E ISLAMISMO, MAÇONARIA E

RELIGIÃO, MAÇONARIA TEMPLÁRIA, SHRINERS

Introdução A relação entre Islamismo e Maçonaria sempre foi tema obscuro, delicado, polêmico, e por isso evitado por muitos autores. Quando das raras vezes abordado, os autores se restringem em citar Lojas e Obediências que existiram e existem nos países árabes e, de modo geral, param por aí. Uma postura um tanto quanto incoerente se observarmos os objetivos maçônicos da livre pesquisa da verdade, da busca pela justiça e do combate à ignorância, a intolerância e o fanatismo. O objetivo aqui é tentar apresentar algo diferente do que “mais do mesmo”, fornecendo informação válida e de forma neutra sobre o assunto e abordando as questões que realmente importam. Após o triste dia de 11/09/01, muito se tem falado sobre o Islamismo, o qual teve sua imagem de certa forma manchada no mundo ocidental com o marcante incidente. Apesar dos esforços das autoridades, uma onda de intolerância e preconceito, reforçada pela ignorância, tem caído sobre o Islã e seus adeptos no Ocidente desde então. Por isso, faz-se necessário esclarecer alguns pontos: O Islamismo não é uma religião radical. É apenas uma religião como as demais que, por ter mais de 1,5 bilhão de adeptos, possui algumas vertentes baseadas em diferentes interpretações de diferentes passagens de seu livro sagrado, sendo que apenas uma minoria dessas é radical. O mesmo ocorre no Cristianismo, que também possui suas vertentes minoritárias radicais, fanáticas, baseadas em diferentes interpretações de suas sagradas escrituras. Não é toda mulher muçulmana que usa burca ou véu, assim como não é toda mulher cristã que tem cabelo até o joelho e saia até o calcanhar. Por isso, não se pode julgar 1,5 bilhão de pessoas presentes em dezenas de países com base em grupos terroristas que agem por si próprios e sem a concordância de qualquer país ou mesmo de autoridades religiosas. E no que se refere a autoridade religiosa, o Islamismo não possui uma hierarquia com autoridade constituída, não existindo algo um “Papa” ou algo do gênero. Por esse motivo, dizer que existe uma postura oficial do Islamismo sobre determinado assunto seria, no mínimo, imprudente. Compreendido tais questões, vejamos o Islamismo perante a Maçonaria:

Islã: lua e estrela

Como já esclarecido, não existe uma autoridade que fale em nome da religião muçulmana. Assim sendo, é impossível que o Islamismo seja oficialmente a favor ou contra a Maçonaria. Diferente disso, outras Igrejas já se declararam oficialmente contrárias à Maçonaria, como a Igreja Católica e algumas outras Igrejas Cristãs de menor porte. Mesmo assim, isso não impediu que muitos dos fiéis dessas, sendo homens livres e de bons costumes, ingressassem na Ordem Maçônica nos últimos séculos.

Alguns maçons podem pensar que a Maçonaria talvez seja incompatível com a fé islâmica por conta de sua simbologia. Afinal de contas, muito da Maçonaria está relacionado ao Templo de Salomão, e em muitos graus de muitos ritos vê-se símbolos como letras em hebraico, cruzes, etc. Deve-se ter em mente que existem dezenas e dezenas de ritos maçônicos, sendo que alguns têm maior influência de uma ou outra religião, cultura ou época. Assim, temos ritos maçônicos com influências católicas, protestantes, judaicas, iluministas, egípcias, muçulmanas, cavaleirescas, nacionalistas, etc.

Shriners: lua e estrela

Ainda nesse sentido, observa-se que a Maçonaria é Ordem voltada a homens livres, e essa liberdade também se refere às amarras da intolerância. Um exemplo claro é que muitos dos ritos maçônicos fazem referência a “São João”, ou aos “Santos de nome João”, enquanto que grande parte de seus adeptos são protestantes.

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Isso ocorre porque o maçom é homem racional, e compreende que a citação de “São João” não é questão dogmática, e sim referência histórica aos Solstícios. Já Salomão e a construção de seu templo, tão presentes na Maçonaria, ao contrário do que muitos possam presumir, não se encontram apenas na cultura e religião judaica. Esse importante personagem e evento também estão descritos no Alcorão. Para os maometanos, Salomão era um rei dotado por Deus de toda a prudência e sabedoria, um grande profeta como todos os descendentes de Davi estariam predestinados a ser. E sua importância era tamanha que Deus ordenou que os homens e “gênios” obedecessem a suas ordens e trabalhassem na construção de seu templo e palácio. Gênios? Que gênios? Esse é um ponto tão interessante que mereceu esse destaque. Os gênios estão presentes na cultura árabe desde tempos imemoriais. Seriam seres criados por Deus, invisíveis, mas que possuem a habilidade de se materializarem entre os homens e realizarem feitos notáveis. Não são anjos, pois possuem o livre-arbítrio e podem ser castigados ou mesmo aprisionados. Dessas crenças surgiu o famoso “gênio da lâmpada”, tão explorado em contos infantis. Esses gênios teriam, sob as ordens de Salomão, auxiliado os homens na construção de seu templo. As duas faces da moeda

Templários - Rito de York

A questão religiosa está presente na Maçonaria desde seu início e, apesar de não ser discutida nas Lojas, está mais em voga do que nunca. Prova disso é que, nos últimos anos, os Nobres Shriners, instituição maçônica fundada no século XIX com temática e simbologia árabe, vem discutindo sobre a redução dessa influência árabe na instituição. Em contrapartida, as históricas críticas à Ordem dos Cavaleiros Templários, último degrau do Rito de York e restrito aos maçons que professam a fé cristã, continuam mais presentes do que nunca. Qual seria o caminho ideal: a busca pela universalidade ou a promoção das diferenças?

Conclusão A Maçonaria está para o muçulmano assim como está para o cristão: dependente da ausência de intolerância e fanatismo por parte do fiel, e da ausência de ignorância por parte dos demais integrantes. A durabilidade e sucesso da Maçonaria sempre se deveu ao fato de sua união ser baseada nos pontos comuns e sua riqueza nos pontos diferentes. Enquanto os diversos Ritos, Ordens internas e Corpos aliados proporcionam ao maçom participar daquilo com que se identifica, cujos valores compartilha, todos os membros dessas instituições se sentem integrantes de uma única família, e constroem a fraternidade sobre os landmarks que tornam a todos iguais: a crença num Ser Supremo e na imortalidade da alma. O Dr. SM Ghazanfar, professor emérito da Universidade de Idaho, escreveu em um de seus artigos que “alienantes por aqueles que são diferentes, nós acabamos nos afastando e diminuindo nossa própria humanidade”. Que a Maçonaria, essa Sublime Ordem cuja finalidade é a felicidade da humanidade, saiba renovar seu compromisso de unir os diferentes pelo que eles têm em comum. - See more at:

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A INICIAÇÃO MAÇÔNICA ENQUANTO RITO DE PASSAGEM

Este trabalho trata do ritual de iniciação, considerando seu papel como uma experiência criada e estruturada para transformar Ccand.•. em verdadeiros Maçons. Para tanto, comparamos a Iniciação Maçônica com outros ritos de passagem e procuramos identificar os elementos que desempenham esse papel transformador no caráter do Cand.•. bem como os fatores que refletem os ideais da ordem e o distinguem de outros rituais de iniciação.

À.•. G.•. D.•. G.•. A.•. D.•. U.•.

A realização de cerimônias especiais com o objetivo de marcar a transição

entre determinados momentos na vida de um indivíduo é uma característica

inerente à vida em sociedade desde tempos imemoriais. Essa tradição

começava no próprio seio familiar, culminando, mais tarde, em diversos ritos

responsáveis por transformar a condição social do indivíduo perante a

comunidade. Frequentemente, tais ritos de passagem eram apenas uma mera

afirmação solene de fato natural ou social já consumado (1), mas havia

também cerimônias com o objetivo de conduzir o indivíduo a um novo estado

de consciência, conhecidas como Rituais de Iniciação. O presente trabalho

esboça de forma sucinta as características desse gênero de ritual,

reconhecendo a importância da iniciação maçônica.

O principal aspecto dos rituais de iniciação é o abandono de uma condição

inferior ou impura em prol de uma relação superior com o Sagrado, geralmente

através de uma morte e renascimento simbólicos. Os elementos simbólicos da

iniciação podem revelar-se em visões e transes místicos — como ocorre nas

jornadas xamânicas — ou através de ritualística consistentemente conduzida,

por um grupo de veteranos, com o objetivo de proporcionar uma experiência

verdadeiramente transformadora naquele que se inicia.

Nesse contexto a iniciação maçônica, em contraste ao primeiro caso que

resulta numa experiência mística pessoal e imprevisível, apresenta-se como

uma jornada simbólica deliberadamente concebida para sublimar o Cand.•.,

esclarecendo-lhe a razão e despertando qualidades indispensáveis ao

cumprimento de seus futuros deveres de neófito.

A finalidade transformadora do ritual evidencia-se logo em sua primeira etapa,

durante a prova da terra. Símbolos relativamente acessíveis à compreensão

profana, tais como o esqueleto humano, o pão, a ampulheta e texto de

advertência cumprem o indispensável papel de conduzir o Cand.•. a uma

postura de recolhimento e auto-reflexão capaz de reprimir aspectos negativos

da personalidade que poderiam obstruir os elevados objetivos da iniciação.

Paralelamente, outros símbolos de significado hermético (2) operam num nível

de consciência mais elevado, providenciando novas camadas de

conhecimento, acessíveis apenas através de dedicado estudo. Indecifráveis à

maioria dos Ccand.•., a presença de tais símbolos serve de aviso à sua

condição de ignorância e aguça sua sensibilidade para as lições que virão em

seguida.

E essas lições são inúmeras: o desnudamento de um lado do corpo, a cegueira

imposta e os esclarecimentos do Venerável Mestre diante das respostas

incompletas do Cand.•. convidam àhumildade; a Taça Sagr.•. ensina

a temperança; a prova do Ar pede constância; a da Água,abnegação; a do

Fogo, entusiasmo; e o Juramento, finalmente, demanda discrição e lealdade,

virtudes indispensáveis a todo Maçom, cujo desenvolvimento e contínuo

exercício garantirá que não se perca no meio do caminho. Embora algumas

destas lições sejam tradicionalmente chamadas de provas, observa-se que

elas estimulam e ensinam o Cand.•. ainda mais do que o testam, e eis aí outro

fato que evidencia a finalidade eminentemente doutrinária da cerimônia.

As diversas etapas que compõem o ritual de iniciação maçônica são os

primeiros golpes de cinzel, que preparam a pedra bruta para que possa atingir

a beleza e estabilidade às quais está destinada.

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Conduzem o Cand.•. dos domínios profanos da ignorância para a sublimação

gradativa de seus vícios, demandando-lhe responsabilidades amparadas do

braço firme do conhecimento. Importante notar que as observações expostas

acima não passam de uma percepção superficial e incompleta da realidade

maior que a iniciação nos oferece e que os conhecimentos ocultos no

simbolismo do ritual acompanharão o Maçom por um longo período — quiçá

por toda a vida — revelando-se gradativamente, em razão da maturidade

espiritual à qual seu esforço e dedicação o conduzam. Tal qual ocorre nos fatos

naturais da vida, que são percebidos diferentemente em cada fase da

existência humana, assim também são os fatos maçônicos aos olhos do

obreiro humilde e laborioso..

Dayvisson Magalhães Alves, M.M. (Trabalho do Grau de AP.•. M.•.)

ARLS Duque de Caxias Luzeiro do Oriente – nº. 0252 (Grande Oriente de

Pernambuco), Brasil

Notas: (1) Como as cerimônias que tratavam da puberdade ou do nascimento, por

exemplo.

(2) Entre esses, destaco o Sal, o Enxofre e o Mercúrio, além do simbolismo da

Caverna Iniciática, representada pela abreviação VITRIOL e pela própria

Câmara de Reflexões.

Bibliografia

CARVALHO, William Almeida. Rito de Iniciação: Uma Abordagem

Antropológica. 2007. Online. Disponível em: http://www.freemasons-

freemasonry.com/1carvalho.html

DA CAMINO, Rizzardo. Simbolismo do Primeiro Grau. Ed. Madras, São Paulo,

1998.

DUARTE, Jan. Iniciação e Ritos de Passagem. Online. Disponível

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em:http://www.casadobruxo.com.br/textos/magia99.htm

Câmara de Reflexões. Online. Disponível

em: http://cidademaconica.blogspot.com/2007/07/cmara-de-reflexes.html

Iniciação, Morte e Renascimento do Xamã. Online. Disponível

em:http://www.xamanismo.com/jaguar/universo_4.asp

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02/10/2010 - Contribuição do Ir:.Carlos Alberto Carvalho Pires, M:.M :.África Origens da Maçonaria

1 – INTRODUÇÃO

“Por mais que busquemos, só encontramos a nós mesmos” - Anatole France.Conhecer a exata origem da Maçonaria é o único caminho que pode nos levar à compreensão verdadeira do que significa ser um legítimo Obreiro da Arte Real.Para muitos, nossa Sublime Ordem surgiu apenas no início do século XVIII, precisamente em 24 de Junho de 1.717. As quatro lojas de Londres, que tinham seus nomes associados às tavernas nas quais se reuniam – Macieira, Cervejaria da Coroa, Ganso & Grelha e Taças & Uvas –, formalizaram sua união criando aquela que ficaria conhecida como Grande Loja Unida da Inglaterra. As Sessões ocorriam uma vez ao ano, regadas a muita guloseima, uísque e tabaco, geralmente direcionadas exclusivamente a novas iniciações. Eram “reuniões de cavalheiros”, chamadas de clubes de almoço por parte da sociedade, sem nenhuma conotação solene, esotérica ou filosófica.Por aproximadamente sessenta anos os Irmãos ingleses se reuniam apenas em tavernas e, eventualmente, utilizavam espaços de associações empresariais. Só em 1.776, na Great Queen Street, foi inaugurado o primeiro salão maçônico, que passou à História como sendo nosso primeiro Templo. Reformado e ampliado até 1.828, tinha várias salas e reunia diversas lojas. Este foi o início visível dos trabalhos, com registros e documentos oficiais que comprovam inexoravelmente tais acontecimentos.No entanto, se desejarmos ir além – como todo bom Maçom - para entender quando, realmente, os elementos seminais que geraram o nascimento de nossa Ordem se cristalizaram nas almas dos pioneiros, precisamos realizar uma meditação adicional.Falar de Maçonaria apenas a partir de 1.717 reduz sobremaneira nossa epopéia. Equivale a considerar a história da Humanidade a partir do advento da escrita, ocorrida na Mesopotâmia, há apenas 4.000 anos a.C..A gênese legítima de nossos princípios, de nossa doutrina, e das bases que fundamentam a verdadeira Ars Regia, se perde no longo curso da História. Os fenômenos místico-culturais que nos unem, enquanto escola filosófica com caráter iniciático, indicam que nossa Fraternidade pode ter surgido muito tempo antes, na cronologia humana, do que supõe a ortodoxia tradicional.

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Esta hipótese, extremamente intrigante e complexa, constitui o ponto de partida para nossa breve aventura no tempo, em busca das verdadeiras origens de nossa Sagrada Ordem.

2 - ÁFRICA, JUSTA E PERFEITA

Há cerca de três milhões de anos, no auge do período Paleolítico, uma pequena comunidade de hominídeos composta por 20 ou 30 indivíduos da espécie Pithecantropus erectus ocupava uma pequena planície do Serengueti, na atual Tanzânia. Por incontáveis gerações, seguiam a mesma rotina. Chegando à caverna após um árduo dia de caça e coleta, os homens permaneciam em silêncio, arfando devido ao calor. As mulheres tagarelam entre si uma linguagem arcaica que mistura estalidos e fonemas primitivos. O fruto do trabalho jaz ali ao lado: um javali abatido e alguns tubérculos amarelados. Os mais jovens haviam passado há poucos dias pela cerimônia de Iniciação, a porta de entrada a um novo mundo, ao universo dos adultos, dos grandes guerreiros e caçadores poderosos. Tais eventos eram marcados por diversas provas, como a da terra – rastejar pelas dunas - , da água – mergulhando fundo no lago Tanganyka - , do fogo – andar em brasas – e , logicamente , do sangue – derramar ritualisticamente o sangue da primeira presa abatida, devolvendo à Gaia ou Mãe-Terra um pouco do que ela tanto fornece aos homens.

Defronte a entrada do abrigo, todos se sentam no verde gramado que adorna o ambiente. Observam, atentamente, o lento e preguiçoso ocaso do dia que paulatinamente se precipita no horizonte, a oeste. Os animais da noite começam a sair das tocas . Uivos são ouvidos. O farfalhar distante das matas anuncia o início do domínio das trevas sobre a natureza. O vento sul-sudeste soa mais forte. Os mais velhos trocam olhares entre si, com pequenas nuanças revelando a apreensão iminente. Como seres do dia, todos temem a chegada da noite. Com ela, os três grandes inimigos passam a ocupar a arena universal que a todos vai envolvendo: a escuridão, o frio e a ameaça dos predadores.Discretamente, os bravos vão se aninhando em torno de um arranjo de gravetos, folhas e pequenos troncos. Somente um deus poderia protegê-los destes perigos. Fogo. É isso que todos mentalizam neste momento. É o salvador, o redentor, aquele que afugenta todos os males da noite. Tal qual o Sol , que reina triunfante durante o dia, os guerreiros sabem que apenas o fogo pode protegê-los pelas próximas horas. O xamã, com duas pedras em atrito, realiza a mágica da incandescência, no centro da formação semicircular.

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Imediatamente os mais experientes transcendem seus pensamentos, observando as brasas escaldantes. Fixando seus olhares na luz irradiante, sentem a presença, no ponto central, da idéia de Divindade, do incompreensível ou intangível - aquela partícula que seria a origem e a razão da existência de tudo. Também a existência da porção não-material que forma os seres, a alma ou psy-khe, que Platão (427-347 a.C.) tão bem estudou, marca sua posição em meio às labaredas. Durante o dia estas grandezas caminham junto ao Sol invencível, o deus-pai. Ao cair da noite, o grande soberano se retira para o mundo das trevas, deixando apenas um lampejo protetor remanescente nas chamas, personificando a luz que protege e guarda.Após breves instantes de contemplação silenciosa, todos se levantam e começam a caminhar em volta da fogueira, em uma circunvolução ritualística, no sentido horário, acompanhando o giro da Terra. Imploram pela ressurreição do Sol. Em volta, no horizonte, as doze constelações se postam formando a vista de 360º, tal quais as doze colunas representando o zodíaco. No alto, a cúpula ou abóbada celeste a todos cobria , protegendo e estabelecendo o vínculo sagrado com o infinito.Todos ali eram irmãos, na mais terna concepção da palavra. A leal fraternidade os tornava solidários entre si, prontos a derramar o próprio sangue pelos mais fracos do grupo. Para evitar a intromissão de elementos de outros clãs, estabeleciam sinais e toques próprios, que permitiam a rápida identificação dos familiares. De todos era exigida a mais reta conduta social, de acordo com os princípios morais da época.Sabemos que na aurora do Homem a existência era tênue e fugaz. A expectativa de vida era curta, os riscos de morte ocorriam a cada minuto e as perspectivas de um futuro promissor beiravam a ficção. A extinção muitas vezes parecia uma certeza. Somente um poderoso espírito de luta, de coragem e de extrema valentia poderia ter garantido a sobrevivência desta espécie, fisicamente tão frágil, mas que estava fadada a sobrepujar todo o planeta, alguns milhões de anos mais tarde.3 - HISTÓRIA E EVOLUÇÃOPor volta de 1.980 uma polêmica teoria foi comprovada. Cerca de 65 milhões de anos atrás findava a era dos dinossauros, com a queda de um meteoro próximo à península de Yucatán, no atual México. Este impacto gerou um verdadeiro apocalipse na Terra, com fogo, frio e fome generalizados. Quase toda forma de vida foi exterminada, de todos os reinos. A idade dos mamíferos ganhava força e vigor a partir de então, livres do domínio dos gigantes extintos. Se não fosse esta extinção em massa do final do Cretáceo (período da era Mesozóica iniciado há 145 milhões de anos atrás e terminado com a hecatombe do meteoro) , os mamíferos ainda seriam um insignificante grupo de quadrúpedes com vida rasteira.De pequenos roedores e habitantes de tocas, a evolução caminhou a passos largos, criando grande diversidade de organismos.

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No curso deste processo, há cerca de sete milhões de anos, os primeiros hominídeos ( dos gêneros Sahelanthropus, Ardipithecus e Australopitecus) começaram a florescer nas savanas africanas. Certamente estes primeiros bípedes, dedicados exclusivamente à coleta de vegetais, mariscos e restos de carcaças de animais abatidos por predadores melhor equipados, já começavam a elaborar os primeiros raciocínios questionando as grandes dúvidas que ainda hoje nos acompanham. Morte, dor, sofrimento, finalidade da existência e a busca pelas origens da espécie e da própria vida, já inquietavam nossos bravos antepassados. Deste ponto para o surgimento do pensamento místico, foi um pequeno passo. A busca pelo Sagrado e pelos mistérios do mundo subterrâneo, pelo entendimento do inconsciente e pela interpretação metafísica dos fenômenos naturais já incentivava a realização de cultos aos mortos, cerimônias ritualísticas iniciáticas e ritos de passagem. As pesquisas arqueológicas identificaram pétalas de flores, objetos simbólicos e pedaços de ossos de animais no interior de sepulturas do período Paleolítico. Pinturas rupestres em cavernas representam misticamente os animais, numa tentativa de dominar espiritualmente suas almas e facilitar as caçadas. Esculturas simbolizam esta ânsia pelo transcendente, como a “Vênus de Willendorf” que data do Paleolítico superior. Nesta fase, várias espécies de hominídeos coexistiam no continente africano, isoladas pelos acidentes naturais.Os bravos Homo sapiens ou homens modernos, exatamente idênticos a nós, surgiram por volta de 150.000 anos atrás. Com a estiagem que se abateu nas zonas tropicais, foram obrigados a emigrar da aconchegante África para todos os continentes. Chegaram ao extremo oriente, pelos caminhos da costa da Península Arábica e Índia, e se fixaram na Oceania. Atingiram as estepes da Ásia ocidental, da Rússia e da China. Dominaram a Europa que estava mais aquecida, devido ao recuo das geleiras, dizimando os “primos” Neandertalhensis e, no início do final da glaciação, há 26.000 anos, se tornaram a única espécie humana existente.4 - A ETERNA BUSCA DA VERDADEO Homem não conhece sua origem, nem seu futuro. Não sabe a razão de aqui estar, qual seu objetivo no Cosmos, e muito menos o que realmente é. Este drama é um dos pontos fundamentais da ciência especulativa. Todos se inquietam com estas questões, em um ou outro momento da vida.Desde os primeiros passos em solo africano, quando a linguagem era rudimentar, e a escrita um esboço disforme, estas dúvidas viscerais acompanham inexoravelmente as almas daqueles que voltavam seus olhos para o universo tentando enxergar além do visível.Pior que ignorar completamente o nosso surgimento ou o que somos, é desconhecer o porquê da dinâmica evolutiva ter nos tornado diferentes de todos os outros animais: não somos dominados exclusivamente pelos instintos primários. Necessitamos pensar, questionar, entender e justificar a nossa e toda natureza que existe. Isto não nos coloca acima nem abaixo das outras espécies em qualquer escala de valoração considerada.

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Apenas temos uma profunda dor e angústia em nossas almas, que outros seres feliz ou infelizmente não apresentam.Ao partirmos para este campo obscuro da linguagem e da cultura, nos são exigidos recursos de tolerabilidade para com o desconhecido e de confiança nas próprias condições de aceitar a infinitude que se apresenta. Para isso, é preciso ter consciência que convivemos com duas realidades distintas e complementares: confrontamos nossa impressão do mundo consciente, a chamada realidade sensível, com uma zona de trevas, de mistérios e total desconhecimento. Esta face mais profunda de nossa psique, a que temos acesso apenas quando estamos inconscientes, em estados alterados da consciência ou após a morte, nos fascina e perturba.O mundo dos mortos, do subterrâneo, dos labirintos, é a arena onde encontramos nossos maiores medos e fraquezas. Seus mistérios são um total enigma e motivo de infinitas especulações por parte dos grandes pensadores. Inacessível à maioria, só pode ser alcançado por mecanismos específicos que permitam sua revelação – como sistemas filosóficos, místicos, religiosos ou contemplativos. Tais instrumentos são essenciais ao nosso equilíbrio, ao Self, uma vez que não temos como fugir desta aguda necessidade de conviver com estes aspectos contraditórios da condição humana. Nossos deuses e demônios atuam de maneira aleatória e conjunta, em uma alquimia incondicional que pode nos levar à completa harmonia ou ao caos irreversível.Uma das formas de elaborar estes dramas existencialistas foi a construção dos Arquétipos, comuns em todas as culturas. Surgidos nos tempos imemoriais, durante as meditações realizadas em cavernas iluminadas a fogueiras, se mantém com a mesma força e vigor em pleno século XXI. Definidos como formas imateriais às quais os fenômenos psíquicos tendem a se adaptar, são chamados também de imagens primordiais, pois podem sofrer pequenas variações epidérmicas, mas na essência mantém um padrão uniforme, praticamente invariável.Quando constituídos por modelos de narrativas que eternamente se repetem, comuns em todas as culturas e épocas, temos os Mitos. Tais figuras de linguagem possibilitam interpretar os maiores mistérios da alma humana, de forma dinâmica, através de roteiros dramáticos repletos de simbolismos. São ferramentas poderosas que nos orientam perante as grandes questões que se apresentam, explicando a razão e aliviando grande parte das agonias que dilaceram o mais íntimo de nosso ser. Como grandes exemplos existem os Mitos sobre a origem e destruição de tudo, os relativos ao tempo e eternidade, os de morte e ressurreição, os de renascimento e renovação e os de transformação.As cerimônias de Iniciação, por exemplo, são ritos de transformação. Como todo processo de mudança, de metamorfose, não há retorno. Transposto o portal que transmuta o indivíduo, o iniciado jamais será o mesmo. O neófito morre para uma realidade e renasce em outra dimensão.

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Daí a irreversibilidade do ritual. Vivenciando na plenitude estas experiências de transformação, melhoramos a maneira de lidar com nossa interioridade e com as contradições que nos afligem, enquanto seres livres de pensamento.Outra manifestação muito freqüente junto às comunidades esotéricas são as jornadas mitológicas de morte e ressurreição. Estas narrativas são aquelas na qual o herói morre e ressuscita, descendo ao mundo dos mortos e retornando são e salvo. Possibilitam aos protagonistas, quando corretamente elaboradas, tatear sutilmente o mundo que pertence às divindades. Estas entidades, que traduzem nossos temores, idéias e sentimentos mais profundos, habitam outros planos, aos quais os homens normalmente não tem acesso. Expondo suas vontades divinas aos mortais, estas desventuras nos apresentam, em última análise, as várias facetas da própria personalidade humana. Assim, com o renascimento se vence o maior dos medos – a morte – e se atinge o absoluto em vida. O contato entre os mundos ocorre exclusivamente através destas metáforas - não há outro canal que viabilize esta experiência transcendental ou mística.Em nossos rituais, nos Graus Simbólicos, utilizamos exatamente estes instrumentos mitológicos de busca do absoluto. Interpretamos e vivenciamos uma série de situações arquetípicas, que subsistem no inconsciente coletivo desde o princípio dos tempos. Este é o traço comum que nos une aos ancestrais da África e às comunidades basilares de toda nossa cultura. Todos sofremos as mesmas angústias e dúvidas existenciais, e somos irmãos fraternos nesta experiência dramática.5 – CONCLUSÃOAssim como a personalidade humana, a Maçonaria apresenta duas perspectivas distintas de trabalho ou elaboração da realidade. Temos por um lado o universo visível, voltado para a materialidade dos conceitos e para o consciente, representado pelas alegorias e adereços em si, como o próprio Templo, os paramentos, a documentação formal. Este conteúdo pode efetivamente ter surgido a partir de 1.717, ou mesmo nas guildas medievais de “pedreiros”, ou até nas névoas da Lenda de York, de 926 a.D.Por outro lado, temos o chamado universo das sombras, do imponderável, representado pelos grandes mistérios da alma, das profundezas do ser, do real significado dos símbolos que utilizamos. Complementa o status visível em uma mística alquimia, possibilitando a evolução do processo de transformação rumo à perfeição. Adentrando a este campo transcendental, enfrentamos nossas maiores dúvidas existenciais, trazendo-as à tona, à luz do consciente e da sabedoria, o que possibilita que conheçamos a nós mesmos.A verdadeira substância da Arte Real se encontra exatamente nesta área não material, que se cristaliza no plano intangível das idéias, dos conceitos arquetípicos e ritualísticos que surgiram na alvorada do Homem, quando as necessidades imemoriais que todos manifestam começavam a florescer.

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Com certeza a psique humana não surgiu juntamente com a diferenciação fenotípica dos Homo sapiens. A evolução é um processo contínuo, e uma nova espécie é produto da seqüência de transformações de tipos anteriores. Portanto , quando nos olhamos no espelho, podemos vislumbrar no infinito atrás de nós uma fila indiana imensa, cujos últimos indivíduos se encontram nas escalas iniciais do longo processo evolutivo de nossa jornada na Terra.Concluímos que a extraordinária jornada dos filhos de Hiram se iniciou quando surgiram os rituais mitológicos, com profundo teor esotérico. Estes mistérios existem, são perenes e fazem parte, inexoravelmente, da alma humana - seja em uma tribo esquecida no coração da África pré-histórica, seja em um vistoso Templo operando em qualquer oriente do Universo.

REFERÊNCIAS:

1- Arsuaga, J.L. “Colar do Neanderthal: em Busca dos Primeiros Pensadores” 1ª Edição, Editora Globo, 2005;2- Campbell, J. “Máscaras de Deus – Mitologias Primitivas”, 7ª Edição, Editora Palas Athena, 2005;3- Campbell, J. “O Poder do Mito”, 1ª Edição, Editora Palas Athena, 1990;4- Carvalho, I.S. “Paleontologia”, 2ª Edição, Editora Interciências, 2004;5- GLESP – “Ritual do Simbolismo do Aprendiz Maçom”, 2.001;6- Johanson, D.C. “Filhos de Lucy – A Descoberta de um Ancestral Humano” 1ª Edição, Editora Bertrand Brasil, 1998.7- Jung, C.G. “Psicologia e Alquimia”, 2ª Edição, Editora Vozes, 1994;

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A Circunevolução é feita da direita para á esquerda,porqueÉ uma forma de se reverênciar as origens africanas,ou sejaDo local onde se encontra no sentido ao Continente Africano

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O Ritual de Iniciação no Candomblé Abril 29, 2008 por Manuela

O ritual de iniciação no Candomblé, a feitura no santo, representa um renascimento, tudo será novo na vida do yàwó, ele receberá inclusive um nome pelo qual passará a ser chamado dentro da comunidade do Candomblé. A feitura tem por início no recolhimento. São 21 (vinte e um) dias de reclusão, e neste prazo são realizados banhos, boris, oferendas, ebós, todo o aprendizado começa, as rezas, as dança, as cantigas… É feita a raspagem dos cabelos (orô) e o abiã recebe o oxu (representa o canal de comunicação entre o iniciado e seu orixá) o kelê, os delogun, o mokan, o xaorô, os ikan, o ikodidé. O filho de santo terá que passar agora por um ritual, onde terá seu corpo pintado com giz, denominado efun. Ele deverá passar por este ritual de pintura por 7 (sete) dias seguidos. O abiã terá agora que assentar seu Orixá e ofertar-lhe sacrifícios de animais de acordo com as características de cada um. Feito isso ele passa a se chamar yàwó. A festa ritualística que marca o término deste período é denominada Saída de Yàwó, neste momento ele será apresentado à comunidade. Ele será acompanhado por uma autoridade à frente de todos para que lhe sejam rendidas homenagens. Deitado sobre uma esteira, ele saudará com adobá e paó, que são palmas compassadas que serão dadas a cada reverência feita pelo yàwó e acompanhadas por todos presentes, como demonstração de que a partir daquele momento ele nunca mais estará sozinho na sua caminhada. Primeiramente saudará o mundo, neste momento a localização da esteira é na porta principal da casa. No seu interior, ele saudará a comunidade e por último, frente aos atabaques que representam as autoridades presentes. Neste primeiro momento o Orixá somente poderá dar o jicá. Só após a queda do kelê o Orixá poderá dar seu ilá. O momento mais aguardado do cerimonial é o orukó. Neste momento o Orixá dirá o nome de iniciação de seu filho perante todos e também é neste momento que se abre a sua idade cronológica dentro de sua vida no santo. Após a saída e depois dos 21 (vinte e um) dias de recolhimento o yàwó permanecerá de resguardo até a queda de kelê fora do barracão por um período de 3 (três) meses, neste período ele não poderá utilizar talheres para comer, deve continuar a sentar-se no chão sobre a esteira durante as refeições, está proibido de utilizar outra cor de roupa que não o branco da cabeça aos pés, não poderá fazer uso de bebidas alcoólicas, cigarro.

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.. E nem tão pouco sair à noite. E até que se complete 1 (um) ano, os seus preceitos continuarão. Até que o yàwó complete a maior idade de santo, terá que continuar dia a dia o seu aprendizado e reforçar os seus votos por meio das obrigações. “Vale dizer que o transe é imprescindível para que uma pessoa seja iniciada como adoxu, pois, a manifestação faz parte da liturgia dos Orixás e ele está em cada um de seus filhos. I sso é muito importante, porque só os adoxu podem assumir determinadas funções sacerdotais, como os cargos de ialorixá ou babalorixá. Sendo assim, uma pessoa que tem em seu odu a missão sacerdotal, somente quem incorpora seu Orixá, deve ser iniciada como adoxu e nunca como ogãn ou equedi, que já são ijoyé natos e jamais poderão entrar em transe de orixá” Axé.

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Jogo de búzios Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O jogo de búzios é uma das artes divinatórias utilizado nas religiões tradicionais africanas e na religiões da Diáspora africana instaladas em muitos países das Américas.

Existem muitos métodos de jogo, o mais comum consiste no arremesso de um conjunto de 16 búzios sobre uma mesa previamente preparada, e na análise da configuração que os búzios adoptam ao cair sobre ela. O adivinho, antes reza e saúda todos os Orixás e durante os arremessos, conversa com as divindades e faz-lhes perguntas. Considera-se que as divindades afetam o modo como os búzios se espalham pela mesa, dando assim as respostas às dúvidas que lhes são colocadas.

Búzios

Búzio ou cowrie-várias espécies

Búzio, concha de praia de vários tamanhos, utilizada como objeto de adorno nas roupas dos Orixás onde são aplicados formando desenhos, em colares chamados defio-de-contas onde são colocados como fecho ou como Brajá totalmente feito de búzios imitando as escamas de uma cobra, como objeto de comunicação com os Orixás nas consultas ao jogo de búzios e Merindelogun.

O búzio tem uma abertura natural e uma parte ovalada, a maioria dos adornos e jogos de búzios são feitos com os búzios cortados, onde é tirada a parte ovalada do mesmo.

Existe muita discussão sobre qual seria o aberto e o fechado. A legenda das fotos estaria trocada, na visão das pessoas que consideram a parte quebrada como sendo o aberto.

Outros consideram que a abertura natural do búzio seja o aberto e a outra que é quebrada e ralada seja o fechado

Alguns sacerdotes jogam com os búzios inteiros nesse caso o aberto é a abertura natural do búzio.

Búzio fechado

Búzio aberto

No Brasil os búzios (conchas pequenas de praia), (cawris na África eram usados como dinheiro, foi moeda corrente) são usados pelos Babalorixás e Iyalorixás para comunicação com os Orixás, nas consultas ao jogo de búzios ou Merindelogun.

Usado para consultar o futuro, de acordo com a religião Batuque, Candomblé, Omoloko, Tambor de Mina, Umbanda, Xambá, Xangô do Nordeste ou como adorno em roupas dos Orixás e para confecção de alguns fio-de-contas.

Também é usado em outras religiões afro-descendentes em vários países. Sua origem é médio-oriental, mais precisamente a região da Turquia. Penetrou na África junto com as invasões daqueles povos aos africanos.

Adotado pelas mulheres pelo fato de que o Opele-Ifa e Opon-Ifa (jogos divinatórios originalmente africano) é destinado somente aos homens.

Entrou na vida e na cultura Yoruba e enraizou-se tão profundamente que hoje o Merindilogun (jogo de buzios) é mais conhecido que o verdadeiro oráculo dos Babalawos (o Opele-Ifa e Opon-Ifa)também o mais utilizado aqui no brasil.

No entanto, segundo algumas correntes e crenças nem todas as pessoas podem ler buzios. Esta prática está destinada apenas a pessoas com uma forte espiritualidade.

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De forma geral estão pré destinadas às Mães, Pais, ou filhos de Santo após a obrigação de sete anos com o recebimento dos direitos, autorização e ensinamentos dado pela mãe ou pai de santo.

Métodos de Jogo

Além dos búzios pode-se utilizar outros objetos para consulta dos Orixás: Obí, Orobô, Alobaça (cebola), atarê (pimenta da costa), ossos, víceras, e outros.

O jogo com quatro búzios, mais utilizado nos rituais para perguntas, normalmente as caídas correspondem às caídas do jogo de Obi

A quantidade de búzios pode váriar de acordo com a nação, o mais comum é composto de 16 ou 17 búzios, mas o jogo com 21 búzios também é muito comum.

Alguns métodos, não se baseiam em caídas por Odú como no Merindilogun, usam outras configurações e combinações de búzios abertos e fechados dividindo-os em quatro grupos de quatro búzios (que chamam de barracão) e analisam as quatro caídas e a disposição que elas se encontram, nesse tipo de Oráculo não se fala em Odú.

Um outro método de jogo é feito com as víceras dos animais oferecidos aos Orixás, e um outro jogo que utiliza ossos de animais unicamente ou em combinação com búzios, em ambos casos também não são orientados por caídas de Odú.

Em alguns métodos o olhador (adivinho) senta-se no chão e joga na própria terra, sem toalhas e enfeites como era feito no passado, é um jogo mais simples e rústico.

Podem ser jogados apenas em uma toalha branca numa mesa, ou num círculo formado por fio-de-contas (colares) com vários objetos representativos dos Orixás ou numa peneira também com fio-de-contas e objetos.

Existem mesas de jogo simples ou sofisticadas, dependendo das posses podem conter até sinetas e objetos de ouro.

É diferente do (Opelé-Ifa), (Opon-Ifa) e Merindilogun que são orientados por caídas de Odú, antigamente mais utilizados pelos Babalawos sacerdotes de Ifá, mas recentemente muitos Babalorixás e Iyalorixás já fazem uso desses oráculos também.

A consideração entre aberto e fechado do búzio também pode variar, a grande maioria dos Babalorixás utiliza a abertura natural do búzio como sendo o lado "aberto", mas várias mulheres no culto doCandomblé, principalmente na Nação de Keto, acostumaram a jogar como "aberto" o lado em que elas "abriam" o búzio, assim a fenda natural sendo o lado "fechado", afirmando que o verdadeiro segredo em um búzio fica guardado em seu estado natural, este é revelado apenas após sua abertura cerimonial arrancando-se esta parte até então fechada, assim vários Babalorixás e Iyalorixás que aprenderam por este método fazem esta forma "invertida" de leitura, ao apresentado nas imagens.

A grande verdade é que ao sagrar um formato onde seja considerado aberto/fechado, este sacerdote não mais o inverte e passa aos seus filhos o conhecimento desta forma, assim sendo particular de cada casa o cenário de leitura.

Existe também o método que é dado um significado para cada búzio, e um deles que normalmente é o maior é atribuído a qualidade de representante de Deus, e recebe o nome de Oxalá. Os outros falam através dele. Um exemplo: Depois de lançar as pedras do jogo, o bico do búzio maior (Oxalá) vai verificar qual os buzios que caíram em sua direção. Esses que caíram na linha deste búzio que falam no jogo de acordo com a sua característica. Os que caíram atrás do búzio, ou seja, que não estão na frente do bico do búzio, falam pelo passado.

Provérbios

Maséka - Não faça maldades; Aquele que estiver fazendo maldades; Estará fazendo a seus filhos, netos e a si mesmo.

Referências

José Beniste, Jogo de búzios - Um encontro com o Desconhecido.

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jogo de buziosDefinições da Web

O jogo de búzios é uma das artes divinatórias utilizado nas religiões tradicionais africanas e na religiões da Diáspora africana instaladas em muitos países das Américas. ...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jogo_de_búzios

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SULDCS- DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAISCOMPONENTE CURRICULAR: TEORIA POLÍTICA

PROFESSOR(A): DR. DEJALMA CREMONESEACADÊMICO(A): JULIO CESAR DOS SANTOS CARDIM

CANDOMBLÉ

SALVADOR-BAHIAABRIL/2008

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“Quem renuncia à procriação rompe a corrente vital e atraiçoa gravemente os antepassados na

continuidade de seu existir. A procriação é prova do dinamismo vital. Muitos são os ritos que protegem a

fecundidade. Os vivos estão unidos na grande unidade do ser com os antepassados.” (ALTUNA,

1985)  

“Vivemos numa sociedade pluralista, inter-racial e multiconfessional, e mais do que nunca é evidente a

necessidade de nos compreendermos. Muitos equívocos, que nascem do racismo e do nacionalismo, poderiam ser evitados se

conhecêssemos melhor as crenças e as práticas uns dos outros.” (CRAWFORD)

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RELIGIÃO  

CONCEITO : Derivação do termo em latim “religione”, palavra que possivelmente se prende ao verbo “religare”, que significa “religação”,

ou ainda, é uma ação de ligação com o divino.

Não há registro algum, em qualquer estudo por parte da História, Antropologia, Sociologia ou qualquer outra “ciência” social, de um

grupamento humano, numa época qualquer, que não tenha professado algum tipo de crença religiosa.

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“O fenômeno religioso é tão antigo quanto o homem. Não sabemos nem onde e nem quando o homem teve, pela primeira vez, uma experiência religiosa. Cremos, entretanto, que a primeira experiência religiosa marca a transição do macaco nu para o homem. Surgiu, naquele exato momento, de forma inexplicável, uma maneira de ser perante o mundo, um novo tipo de consciência" (ALVES, 1981.) “...As religiões são fenômenos inerentes à cultura humana tal qual as artes e técnicas.” (CARDIM, 2007) “...Grande parte de todos os movimentos humanos significativos tiveram a religião como impulsora de diversos conflitos e guerras.[...] Estruturas sociais foram definidas com base em religiões e grande parte do conhecimento científico, filosófico e artístico tiveram como vetores os grupos religiosos, que durante a maior parte da história da humanidade estiveram vinculados ao poder político e social.” (CARDIM, 2007) “Religião é uma tentativa de engaiolar o Pássaro Sagrado, um símbolo que eu uso para Deus.[...] Religiões são instituições. É possível ser um funcionário de uma religião - padre, pastor, rabino - sem ter nada de fé. E, por vezes, para se manter a fé é preciso aceitar a solidão que mora fora das religiões.” (ALVES, 1988.)

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C A N D O M B L É 

   CONCEITO: Religião voltada ao culto dos orixás (divindades ligadas à natureza e aos homens), com uma das mais belas e originais

manifestações de espiritualidade, com um vasto e riquíssimo naipe de nuances com personalidade, feição e expressão próprias, traduzidas em

linguagem também própria, e particularizadas, apesar de variada.  

    ORIGEM: O Candomblé foi trazido ao Brasil pelos negros africanos, como um culto primitivo, oriundo da sua pátria, e que nasceu da

necessidade dos negros escravos em realizarem seus rituais religiosos que no princípio eram proibidos pelos senhores de escravos.

  

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FUNCIONAMENTO INICIAL DA RELIGIÃO:

Para burlar sua proibição, os negros faziam assentamentos e os escondiam, fazendo um buraco no chão, cobrindo-os com a colocação de

imagens de santos católicos. Eles cantavam e dançavam para seus orixás, dizendo que estavam cantando e dançando em homenagem àquele santo

católico; daí, nasceu o sincretismo religioso. 

   OFICIALIZAÇÃO DA LIBERDADE DE CULTO:

A Constituição Federal de 1988, no artigo 5º, VI, estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantindo, na forma da lei, a proteção aos locais de

culto e as suas liturgias.

“Estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as

invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.”(CF-

88,5º/VII)

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A lei federal nº. 6.292 de 15/12/1975 protege os terreiros de candomblé no Brasil, contra qualquer tipo de alteração de sua formação material ou

imaterial. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(IPHAN) e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) são os

responsáveis pelo tombamento das casas. 

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TRANSMISSÃO DE CONHECIMENTOS: É eminentemente oral, e, a despeito disso, preservaram grande parte dos seus rituais, cânticos e liturgia, com

sua língua litúrgica falada quase que fluentemente em seu bojo pelas pessoas mais proeminentes, mas, infelizmente em número bem restrito.

“Experiência mística não é ver seres de um outro mundo. É ver esse mundo iluminado pela beleza. Essas são experiências grandes demais para a linguagem. Dessas experiências brotam os sentimentos religiosos. A Religião Candomblecista é a casca vazia da cigarra sobre o tronco da árvore. Sentimento religioso é a cigarra em vôo. Menino, eu voava com as cigarras.” (SOUSA JR.)

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NÚMERO DE ADEPTOS: Em levantamentos recentes, aproximadamente 3 milhões de brasileiros (1,5% da população total) declararam o candomblé como sua religião. BASES FUNDAMENTAIS: é constituída tanto de crenças e rituais quanto de práticas. LINGUA OFICIAL: A língua oficial nos cultos é o Yorùbá, que apesar disso é também muito utilizada nos cultos de origem Angola e Jêje, que são oriundos de países e culturas diferentes.

“Através da linguagem oral em Yorùbá, expressam-se os orins (cânticos), àdúràs (rezas), ofos (encantamentos) e

oríkìs (louvações). É através dela que se conversa com os Orixás.”(CARDIM,2007.)

 

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NAÇÕES 

  Como a religião se tornou semi-independente em regiões diferentes do país, entre grupos étnicos diferentes evoluíram diversas "divisões" ou nações, que se

distinguem entre si principalmente pelo conjunto de divindades veneradas, o atabaque (música) e a língua sagrada usada nos rituais.

“Embora possamos encontrar nestes modelos especificidades próprias do contexto no qual foram concebidos, eles refletem, cada um à sua maneira, visões de mundo africanas, traduzidas naquilo que já foi chamado de elementos civilizatórios negro-africanos;

características que se repetem como: a noção de força vital, o lugar ocupado pela comunidade, a importância da oralidade, o significado

dos anciãos, o lugar das mulheres e a importância da morte.” (CARDIM, 2007)

  

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DISTRIBUIÇÃO DAS NAÇÕES CANDOMBLECISTAS NOTERRITÓRIO BRASILEIRO

ÁFRICA → BRASIL →↓

NAGÔS OU →IORUBÁS

KETU Todo o território nacional

JÊJES

↓EFAN Bahia, Rio de

Janeiro e São Paulo

Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e

Maranhão.

IJEXÁ Bahia

NAGÔ-EGBÁ Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro e

São Paulo

MINA-NAGÔ Maranhão

XAMBÁ Alagoas e Pernambuco

BANTU, ANGOLA E CONGO

Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro,

Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Rio

Grande do Sul

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TEMPLOS 

Os Templos de Candomblé são chamados de “casas”, roças ou terreiros, podendo ser de linhagem matriarcal, patriarcal ou mista.

CASAS PEQUENAS: são independentes e administradas pelo babalorixá ou pela yalorixá dono(a) da casa e pelo Orixá principal. Em caso de

falecimento do(a) dono(a), a sucessão na maioria das vezes é feita por parentes consangüíneos. Caso não tenha um sucessor interessado em

continuar, a casa é desativada. 

CASAS GRANDES: são organizadas, têm uma hierarquia rígida, não são de propriedade do sacerdote, funcionam como Sociedade Civil ou

Beneficente, e nem sempre são tradicionais.

CASAS DE LINHAGEM MATRIARCAL: só mulheres assumem a liderança da casa, como Yalorixás.

CASAS DE LINHAGEM PATRIARCAL: só homens assumem a liderança da casa, como Babalorixás, no culto aos Orixás, ou como Babaojés, no culto

aos Egunguns.

CASAS MISTAS: são assumidas tanto por um Babalorixá como por uma Yalorixá.

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CASAS DE SANTO

Grandes → Ilê Asé de Oyá de Ofànã Santo Amaro da Purificação-BA

Pequenas → Ilê Asé de Oyá Balé de Ofá Muritiba-BA

Matriarcais → Ilé Asé Iyá Nassô Oká (Casa Branca)

Salvador-BA

Ilê Iyá Omi Asé Iyámase do Gantois (Terreiro do Gantois)

Salvador-BA

Ilê Asé Opó Afonjá (Opó Afonjá) Salvador-BA e Coelho da Rocha-RJ

Patriarcais → Ilê Agboulá Itaparica-BA

Sociedade Cultural e Religiosa Ilê Axipá

Salvador-BA

Mistas → Ilê Asé Oxumarê (Casa de Oxumarê)

Salvador-BA

Kwé Ceja Houndé (Roça do Ventura)

Cachoeira-BA

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DEUSES E HOMENS SOB O MESMO TETO

  O terreiro, ou casa-de-santo, é simultaneamente templo e morada. A vida

cotidiana dos mortais mistura-se com os rituais dos orixás.

A família-de-santo (a mãe ou o pai e os filhos-de-santo, não necessariamente

parentes de sangue) divide os cômodos com os deuses.

A divisão do espaço dos barracões lembra os compounds africanos ou egbes (antigas

habitações coletivas dos clãs), usadas principalmente pelos povos de língua

Yorubá.

O cômodo principal é o barracão, o salão onde humanos e santos se encontram nas

festas.

Por trás do barracão, há várias instalações comuns a uma residência: salas de jantar e de estar, cozinha e quartos, nem todos destinados aos mortais. Há os quartos-de-santo, onde ficam os pejis (altares) e os assentamentos (objetos e símbolos) dos orixás. Aí são

feitas as oferendas.

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O roncó é um quarto especial onde os abiãs (noviços) ficam recolhidos durante o processo de iniciação. Essa proximidade dos abiãs com os outros membros do terreiro é fundamental: é assim que os iniciados entram em contato com os procedimentos rituais da casa. O fiel do

candomblé aprende com os olhos e os ouvidos. Ele deve prestar atenção a tudo e não perguntar nada.

Os terreiros têm também uma área externa, onde estão as casas dos outros orixás. A de Exu, por exemplo, fica perto da porta de entrada.

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ORIXÁS 

Na Mitologia Yorubá, Olorum é o Deus Supremo, que criou as divindades chamadas de ORIXÁS para representar todos os seus domínios aqui na Terra. Eles têm individuais personalidades, habilidades e preferências

rituais, e são conectados ao fenômeno natural específico.

Toda pessoa é escolhida no nascimento por um ou vários orixás, que são identificados por um Babalorixá ou Yalorixá.

Alguns orixás são "incorporados" por pessoas iniciadas durante o ritual do candomblé. Outros orixás não, apenas são cultuados em árvores pela

coletividade. Há ainda alguns orixás, chamados Funfun (branco), que fizeram parte da criação do mundo, e que também não são

incorporados.

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São muitos os Orixás. Os mais conhecidos são:

EXU: guardião dos templos, encruzilhadas, passagens, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos.

OGUM: Orixá do ferro, guerra, fogo, e tecnologia.

OXÓSSI: Orixá da caça e da fartura.

LOGUN-EDÉ: Orixá jovem da caça e da pesca

XANGÔ: Orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.

OBALUAÊ: Orixá das doenças epidérmicas e pragas, Orixá da Cura.

OXUMARÊ: Orixá da chuva e do arco-íris, o Dono das Cobras.

OSSAIM: Orixá das folhas, conhece o segredo de todas elas.

OYÀ ou IANSÃ: Orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestades, e do Rio Niger

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OXUM: Orixá feminino dos rios, do ouro e protetora dos recém nascidos.

IEMANJÁ: Orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, mãe de muitos Orixás.

NANÃ BOROKÊ: Orixá feminino dos pântanos e da morte, mãe de Obaluaê.

EWÁ: Orixá feminino do Rio Yewa, considerada a deusa da beleza, da adivinhação e da fertilidade.

OBÁ: Orixá feminino do Rio Oba, uma das esposas de Xangô, é a deusa do amor.

ERÊS ou IBEJIS: Orixás crianças

IRÔCO: Orixá da árvore sagrada, (gameleira branca no Brasil).

EGUNGUN: Ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás.

OXALÁ: Orixá do Branco, da Paz, da Fé.

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BABALORIXÁ OU YALORIXÁ(Pai de Santo) (Mãe de Santo)

EGBOMI (Filho de Santo com mais de 7 anos de obrigação)

OGÂNS YAÔS EKEDJIS

ABIÂNS

HIERARQUIA

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“A progressão na hierarquia é condicionada ao aprendizado e ao desempenho dos longos rituais da iniciação. Em caso de morte de uma

yalorixá, a sucessora é escolhida geralmente entre suas filhas, na maioria das vezes por meio de um jogo divinatório: O “Opele-Ifá” ou jogo de

búzios.“ (CARDIM, 2007)

“A sucessão pode ser disputada ou pode não encontrar um sucessor, e conduz freqüentemente a rachar ou ao fechamento da casa. Há somente três ou quatro casas em Brasil que viram seu 100° aniversário.” (CARDIM,

2007)

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Orixá indica pessoa a ser iniciada.

Orô ou Feitura do Orixá

Bolar do Santo Bori ou “Comida na Cabeça”

Recolhimento no Roncó por 90 dias(período de aprendizagem) Raspagem da cabeça Rum do Orixá (dança)

Curas (cortes)

AS DIVERSAS FASES DA INICIAÇÃO

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SAÍDAS DE YAÔ

As saídas de Yaô representam um dos mais importantes rituais do candomblé. É onde ocorre a apresentação pública do Yaô à

comunidade.

PRIMEIRA SAÍDA: os Yaôs vestem branco em homenagem a Oxalá, pai de todos. Saúdam o pai-de-santo, os atabaques e os pontos principais

do barracão e vão-se embora.

SEGUNDA SAÍDA: os Yaôs voltam com roupas coloridas e a cabeça pintada, segundo seus orixás, anunciam oficialmente seus nomes e

deixam o barracão, em seguida.

TERCEIRA SAÍDA: os Yaôs dançam (rum) com as vestimentas e ferramentas do orixá incorporado.

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O IFÁ(JOGO DE BÚZIOS)

  Aqui na Terra, nada que se refira aos deuses e ao futuro pode ser dito sem a consulta ao Ifá, ou seja, o jogo de búzios, conchas usadas

como oráculo. O Ifá revela o orixá de cada um e orienta na solução de problemas.

O jogo usa dois caminhos: a aritmética e a intuição. Pela aritmética, é

contado o número de conchas, abertas ou fechadas, combinadas duas a duas. No outro sistema de adivinhação, o intuitivo, o pai-de-santo estuda a posição dos búzios em relação a outros elementos na mesa, como uma

moeda ou um copo d'água. Isso não é nada raro no candomblé, onde nada é escrito.

Toda a sabedoria é transmitida oralmente.  

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O SOM DOS ATABAQUES

“Sem música, não existe cerimônia.”(CARDIM, 2007)Tudo acontece sob a batida de três atabaques.”(SOUSA JR.)

   O atabaque, de origem africana, hoje muito utilizado nos cultos aos

orixás, é, na verdade, o caminho e a ligação entre o homem e e seus orixás. Os toques são o código de acesso e a chave para o mundo espiritual

.

O rum funciona como solista, marcando os passos da dança. Os outros dois, o rumpi e o lé, reforçam a marcação, reproduzindo as modulações

da língua africana yorubá. Além dos atabaques, usam-se também o agogô e o xequerê.

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O CALENDÁRIO LITÚRGICO 

Muitas festas não têm dia certo para acontecer, mas geralmente elas estão associadas aos dias santos do catolicismo. As datas podem variar de terreiro para

terreiro, de acordo com a disponibilidade e as possibilidades da comunidade.

As principais festas, ao longo do ano, são as seguintes:

 ABRIL: Feijoada de Ogum e festa de Oxóssi (associado a São Jorge), em qualquer dia.

JUNHO: Fogueiras de Xangô (associados a São João e São Pedro), dias 24 e 29.

AGOSTO: Festa para Obaluaê (associado a São Lázaro e São Roque) e festa de Oxumarê (associado a São

Bartolomeu), em qualquer dia.

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SETEMBRO: Começa um ciclo de festas chamado Águas de Oxalá, que pode seguir até dezembro. Festa de Erê, em homenagem aos espíritos infantis (associados a São Cosme e Damião). Festa das

yabás (esposas de orixás) e festa de Xangô (associado a São Jerônimo), em qualquer dia.

DEZEMBRO: Festas das yabás Iansã (Santa Bárbara), dia 4, Oxum e Iemanjá (associadas a Nossa Senhora da Conceição), dia 8.

Iemanjá também é homenageada na passagem de ano.

JANEIRO: Festa de Oxalá (coincide com a festa do Bonfim, em Salvador), no segundo domingo depois do dia de Reis, 6 de

janeiro.

QUARESMA: O encerramento do ano litúrgico acontece durante os quarenta dias que antecedem a Páscoa, com o Lorogun, em

homenagem a Oxalá.

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CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 

• Do Candomblé se originou o ”Samba de Roda”, que tomou emprestado o próprio nome, que em Kimbundo significa "oração".

• Preservação da cultura africana, em seus diversos aspectos (culinária, língua, etc.), como legado da formação do povo brasileiro.

• Promoção da importância da preservação ambiental, e valorização da medicina alternativa.

• Projetos educacionais e profissionalizantes. 

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REFERÊNCIAS 

ALTUNA, Raul Ruiz de Ásúa. Cultura tradicional bantu. Luanda: Secretariado Arquidiocesano de Pastoral, 1985.

ALVES, R. O que é Religião. São Paulo, Círculo do Livro, 1981.

_________ O Enigma da Religião. 4a. Ed. Campinas: Papirus, 1988.

CARDIM, Júlio César dos Santos. Religiosidade e Afrodescendência: Um estudo sobre a Identidade Negra em Igrejas Neo-Pentecostais. Valença-Bahia: J.C.S. Cardim, 2007.

CRAWFORD, Robert. O que é Religião? Petrópolis: Vozes, 2005.

GRÜN, Anselmo. A proteção do sagrado. 5ª edição, Petrópolis: Vozes, 2005.

_____________. O ser fragmentado – da cisão à integração. 3ª edição, São Paulo: Idéias & Letras, 2004.

JUNG, C.G. Psicologia e religião. 7ª edição, Petrópolis: Vozes, 1990.

SOUSA JR., Vilson Caetano. Orixás santos e festas: notas sobre o sincretismo afro católico na cidade de Salvador: EDUNEB, 2003.

VERGER, Pierre. Saída de Iaô: cinco ensaios sobre a religião dos orixás. São Paulo: Axis mundi, 2002.

SITE: http://www.candomble.info/ em 10.04.2008.

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SITE: www.candombleketu.net em 10.04.2008