Valtra do Brasil | Edição 8 | Ano 3 | Agosto 2013
&VOCÊREVISTA
Tecnologia e simplicidadeCom a melhor transmissão disponível no mercado, tratores da Série S têm apresentado alto rendimento nas lavouras de grãos
Produto ColheitadeiraCyro Maschietto, de Itapeva (SP), destaca a versatilidade de suas três BC4500
Nossa TerraClientes falam sobre o processo do café nobre no sudoeste de Minas Gerais
BENEFÍCIOS DO ALUGUEL DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS● Máquinas novas e modernas ● Soluções completas em equipamentos agr ícolas
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sumário // Expediente
4 | EDiToriAL Bernhard Kiep trata das novidades da Valtra em estruturação e tecnologia
5 | VALTrA rEsPoNDE saiba qual a quantidade certa de óleo para cada linha de trator
6 | ProTAGoNisTA VALTrA Direto de Jaguarão (rs), a história do produtor Alcir da silva e sua frota Valtra
9 | Por DENTro DA VALTrA Nova área de pintura da fábrica de colheitadeiras reflete em melhorias ao cliente
11 | Por DENTro DA VALTrA AGCo Finance reúne concessionárias para celebrar seus 15 anos de atuação no Brasil
16 | CoNsErVAÇÃo AGCo Academy apresenta seu novo projeto de capacitação: Trilha do Conhecimento
18 | ProDuTo imPLEmENTo Plantadeira Frontier garante eficiência nas lavouras do cerrado
21 | ProDuTo TrATor Do mato Grosso do sul, a maior venda da história da Valtra para um único cliente
28 | PrEsENÇA GLoBAL A curiosa corrida de tratores na Europa
30 | ACoNTECE Feiras, eventos e ações da Valtra e da rede de concessionárias no período
34 | CoNHECimENTo Confira dicas de livros e sites sobre agricultura
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ProDuTo CoLHEiTADEirA
NossA TErrA
iNoVAÇÃo
Três BC4500 compõem o portfólio de Cyro Maschietto, em Itapeva (SP)
Um paraíso de café no interior mineiro
Transmissão AVT faz os tratores da Série S trabalharem, praticamente, sozinhos
Rua Capitão Francisco de Almeida, 695 Brás Cubas – CEP: 08740-300Mogi das Cruzes – SP – Brasil www.valtra.com.br
Vice-Presidente Sênior AGCO América do Sul: André Carioba Vice-Presidente de Vendas AGCO América do Sul: Orlando Silva Vice-Presidente de Marketing, Pós Vendas, Gestão de Produtos e Desenvolvimento de Concessionária AGCO América do Sul: Bernhard Kiep Diretor de Marketing AGCO América do Sul: Alfredo Jobke Atendimento ao Cliente: 0800 192 211 Serviço de atendimento ao leitor: [email protected] (11) 4795-2000
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Coordenação Técnica: Cristiane Masina e Nicole Flesch Colaboradores: Alexandre Landgraf, Alexandre Assis, Diovan Dal Soglio, Fábio Costa,Giancarlo Coscelli Rocco, Jalison Cruz, Luiz Barroso, Winston Quintas,Vitor Kaminski (AGCO), Ariane Leão Gowert e Cleber Garcia Domingues (Polisul), Alexandre Lima (Pampa), Durval Ricz (Cooparaíso), Gelson Schutz (Shark Itapeva), José Ferreira (Borgato), Lisandro Quadros (Lavrobrás), Michele Dantas (Eldorado Brasil)
A revista Valtra & Você é uma publicação trimestral da Stampa Design para a Valtra do Brasil Ltda, impressa em papel Couché Brilho 230 g/m² (capa) e Couché Fosco 90 g/m² (miolo).
Foto de capa: Nilson Konrad
GESTÃO DE CONTEÚDOEditora-Chefe: Bianca BassaniEditora-Executiva: Andrea Fioravanti ReisdörferReportagem: Andrea Fioravanti Reisdörfer, Bianca Bassani, Mariana Melleu, Roberto Villar Belmonte e Vanessa CutruneoRevisão: Mariana Melleu
Fotografias: Nilson Konrad, Renan Costantin, Fagner Almeida, Pacheco Fotografia
DESIGNDireção de Arte: Thiago Pinheiro Editoração: Francisco CarusoImagens: Luciane AlvimDesigner Assistente: Matheus Cougo
ANÚNCIOS: Agência1IMPRESSÃO: Gráfica PallottiTIRAGEM: 11.100 exemplares A Redação reserva-se o direito de publicar ou não o material a ela enviado, bem como editá-lo para fins de publicação. Matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da Redação ou da Administração da Valtra. O conteúdo da Revista Valtra & Você pode ser reproduzido, desde que mencionados o autor e a fonte.
EDiToriAL // Agosto de 2013
Renovar para melhorar
Na visão da Valtra a palavra renovar sig-
nifica melhorar ainda mais. Fazemos
isso com os nossos processos, nossas
máquinas, nossas tecnologias, nossas fábricas,
nossas pessoas. Posso falar com propriedade
sobre o assunto, pois também faço parte desse
novo ciclo da Valtra e ingresso com a missão de
fazer uma marca com nome e sucesso no mer-
cado ainda melhor. Pensamos em renovação
como sinônimo de aprimoramento: atualizamos
configurações para que nossas máquinas aten-
dam às necessidades reais do homem do cam-
po, lançamos novas tecnologias para mostrar
que podemos mais, assim como pode o produ-
tor rural. Podemos aprender mais, desenvolver
mais e produzir mais. Falamos em renovação
também no quesito ser humano. É necessário
capacitar, ensinar novos processos, nos desen-
volver como pessoas e como profissionais para
atender ao cliente, cada vez mais técnico, não só
com os equipamentos, mas também com relação
ao atendimento. Ao ampliar nosso portfólio de
produtos, contando com soluções para diversos
tipos de culturas e tamanhos de propriedades,
acreditamos que quem não evolui fica para trás.
Nessa edição da Revista Valtra & Você será possível iden-
tificar o significado de renovação em diversas matérias: nos
treinamentos para a rede, no lançamento de novas tecnolo-
gias, na modernização da área de pintura da fábrica de colhei-
tadeiras, na conquista da maior venda da história da Valtra e
também na apresentação de um trator conceito com sistema
de reversão exclusivo. Na matéria de capa você vai conhecer
detalhes sobre a melhor transmissão disponível no mercado
nos tratores da Série S. Como de costume, trazemos também
uma série de personagens ao longo da revista. São clientes
que a nossa equipe de reportagem foi buscar em diversas re-
giões do Brasil para contar a sua história de vida e a relação
que possuem com a Valtra.
Aproveitem a leitura.
Bernhard KiepVice-presidente de marketing, pós-vendas, gestão de
produtos e desenvolvimento de concessionária
AGCO América do Sul
4 revista Valtra & Você
VALTrA rEsPoNDE // Óleo no motor
Com a palavra, o leitorA Valtra & Você busca, a cada edição, produzir um conteúdo alinhado com os interesses do leitor. Por isso a interatividade é tão necessária. Escreva para a revista e apresente a sua sugestão sobre assuntos que gostaria de ler nas páginas da revista, seja sobre máquinas, culturas, tecnologias, entre outros. Compartilhe as suas idéias, as suas críticas e a sua opinião por meio dos seguintes endereços:
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CORRESPONDÊNCIA:valTRa do BRaSil depaRTameNTo de maRkeTiNg e ComUNiCaÇÃo a/C Revista valtRa & vocêRUa CapiTÃo FRaNCiSCo de almeida, 695 Cep: 08740-300 – BRáS CUBaS –mogi daS CRUzeS - Sp
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BF: 7,0 litrosSérie a650/a750/a850: 7,0 litrosSérie a950: 9,0 litros
Bm100: 9 litrosBm110: 13,0 litrosBm125i: 13,0 litros
BH: 19,0 litrosBT: 20,0 litrosSérie S: 21,0 litros
liNHa leve
liNHa média
liNHa peSada
Winston Chester Quintas
Supervisor de Marketing do Produto – Tratores
Qual a quantidade correta de óleo a ser utilizada nos motores dos tratores linhas leve, média e pesada?
revista Valtra & Você 5
ProTAGoNisTA VALTrA // ALCIR NUNES DA SILVA
“Tem que plantardireito para colher bem”Roberto Villar Belmonte, de Jaguarão (RS) // Fotos: Fagner Almeida
A área de soja aumenta no extremo sul do Brasil. Por dois motivos, explica o produtor rural Alcir Nunes da Silva: as lavouras da oleaginosa são mais rentáveis do que a pecuária e o preparo da terra que exige ajuda a combater o arroz vermelho, melhorando a rentabilidade do arroz irrigado, a principal cultura da região fronteiriça com o Uruguai. “A soja é o remédio para endireitar as terras do arroz”, defende o frotista Valtra, cliente da concessionária Polisul, em entrevista à revista Valtra & Você concedida em uma de suas propriedades, no município de Jaguarão (RS).
Alcir Nunes da Silva na concessionária Polisul de Pelotas (RS) onde
adquiriu recentemente um pulverizador autopropelido BS3020H
6 revista Valtra & Você
Alcir Nunes da Silva na Granja Três Bocas em Jaguarão (RS)
Poli
sul
O produtor rural Alcir Nunes da Silva,
73 anos, começou a produzir arroz
irrigado na região há 30 anos. Atual-
mente planta 2.460 hectares. A produtividade
média das suas lavouras foi de 169 sacos por
hectare do produto (seco e limpo) na safra pas-
sada. Há dois anos, começou a implantação das
lavouras de soja.
A área inicial de 176 hectares saltou para
700 hectares na safra passada e deverá ser de
mil hectares na atual safra de verão 2013/2014.
A produtividade média da soja está entre 35 e
37 sacos por hectare nas terras baixas e ao re-
dor dos 56 sacos por hectare nas terras altas.
“Tenho condições de colher mais”, garante Al-
cir Nunes da Silva.
Para ajeitar a terra, ele utiliza até 500 quilos
de fertilizante por hectare em algumas áreas.
“Não sou sojicultor de tradição, mas sempre
que faço meus negócios tiro opinião de quatro
ou cinco vizinhos. Quando a soja estava com
preço baixo, não valia à pena o empreendimen-
to. Agora vale”, constata.
“Precisamos de maquinário”
Há 30 anos na agricultura “sem atrasar um título
no comércio”, Alcir alerta que no agronegócio “tu
não podes viver no limite”. “Se tu tens condições de
plantar 500 hectares de soja, não pode plantar 1.500.
Planta os 500 hectares de soja e cuida bem deles.
Tem que plantar direito para colher bem”, ressalta.
“Hoje a agricultura está diferente. Assim que ter-
mina a colheita já entro mexendo com os tratores
para adiantar o serviço e deixar as curvas de nível
prontas. Nem sempre o clima nos ajuda, por isso
precisamos de maquinário bom. Quando abre a
“boca”, tem que tocar pra valer, dia e noite. Com
maquinário bom tu pode fazer isso”, afirma Alcir.
Para trabalhar nas suas lavouras em Jagua-
rão, Arroio Grande e Santa Vitória do Palmar, ele
tem uma frota de 24 tratores Valtra, entre eles três
BH140 e nove BH145. Também utiliza duas plan-
tadeiras Valtra de 11 linhas e acaba de adquirir um
pulverizador autopropelido BS3020H, que pretende
utilizar na soja e em algumas áreas de arroz.
O pulverizador Valtra tem um sistema de trans-
missão hidrostática 4x4 cruzada permanente, com
três velocidades, que traciona a roda dianteira es-
querda em conjunto com a roda traseira direita,
e vice-versa. Junto com o exclusivo chassi Flex
Frame, mantém a tração da máquina em qualquer
tipo de topografia.
revista Valtra & Você 7
ProTAGoNisTA VALTrA // Alcir Nunes da Silva
sem samba enredo
Como o plantio do arroz e da soja ocorrem praticamente na mesma
época, necessitam de equipes diferentes de trabalho, já constatou o clien-
te da concessionária Polisul de Pelotas (RS). “Se eu misturar a equipe
dá samba enredo e alguma coisa vai ficar mal feita. Tem que ter equipe
separada”, afirma.
Quando o clima permite, o arroz começa a ser plantado entre os
dias 4 e 5 de outubro. O certo é terminar em outubro, no máximo em
meados de novembro, ressalta Alcir. Em dezembro é muito perigoso.
“Quanto mais atrasado o plantio, mas fácil do arroz pegar um frio lá na
flor e dar problema”, adverte.
Alcir Nunes da Silva prepara terra e planta
com tratores Valtra BH 140 e BH 145
Poli
sul
Produtor entusiasmado
Alcir tomou gosto cedo pela lida do campo nos 22 hectares do pai
em Pelotas (RS), onde nasceu. Mas foi só depois dos 40 anos que co-
meçou a plantar arroz irrigado e invernar boi. Antes “eu fiz de tudo”,
recorda. Trabalhou em escritório, com venda de veículos, que buscava
em São Paulo, com terraplenagem.
Um dia apareceu a oportunidade de plantar arroz em Jaguarão (RS)
e não parou mais. “Na agricultura eu me encontrei. Cada um tem que
estar naquilo que gosta. Sinto prazer vendo o arroz nascendo, chegan-
do ao secador. Se tu consegues trabalhar assim, com prazer, vai ser um
bom profissional sempre”, acredita.
Alcir é um homem de bem com a vida, motivado pelo agronegócio.
“No início da minha vida eu queria fazer três coisas. Primeiro ter a
minha família. Segundo ser um fazendeiro. E terceiro ser presidente do
Esporte Clube Pelotas, time de futebol do interior do Rio Grande do
Sul. Fiz os três”, conta realizado o produtor rural Alcir Nunes da Silva,
arrozeiro e pecuarista que depois dos 70 anos virou um entusiasta do
plantio da soja no extremo sul do Brasil.
Para dar conta das lavouras e da pe-
cuária (ele inverna cerca de 5 mil ca-
beças), emprega cerca de 50 pessoas.
Plantadeiras de dez e onze linhas são
puxadas pelos tratores Valtra BH 140
e BH145, que no preparo de solo tam-
bém trabalha com uma grade nivela-
dora de 52 discos de 22 polegadas.
“Ter crédito ajuda muito. Eu utili-
zo o banco da fábrica pela facilidade
que a AGCO Finance proporciona aos
clientes Valtra”, afirma Alcir Nunes
da Silva, que também investe em ar-
mazenagem. Ele construiu recente-
mente quatro silos de 50 mil sacos e
está terminando um segundo secador
com capacidade de 2 mil sacos.
“Sinto prazer vendo o arroz nascendo, chegando ao secador”, diz Alcir Nunes da Silva
8 revista Valtra & Você
Por DENTro DA VALTrA // Nova área de pintura
Novo sistema de pintura oferece mais resistência às colheitadeiras Andrea Fioravanti Reisdörfer / Fotos: Pacheco Fotografias
Unidade de Santa Rosa apresenta processo mais limpo e seguro e com ganhos em durabilidade às colheitadeiras
A partir de agosto as máquinas fabricadas
em Santa Rosa (RS), dez modelos dife-
rentes de colheitadeiras e plataformas
de cortes de grão, sairão da unidade já com o
novo sistema de pintura incorporados a sua pro-
dução. Inaugurado em maio, o setor que passou
de 3.200 m2 para uma área de 7.500 m2, substituiu
o processo de pintura líquida e manual por uma
pintura em pó e automatizada. Entre os benefícios
da tecnologia, considerada uma das mais avança-
das do mundo, estão melhorias consideráveis em
relação à qualidade e à durabilidade dos compo-
nentes, ganho na produtividade e a redução do
impacto ambiental no processo de fabricação. “O
resultado são máquinas com qualidade superior já
que o novo processo aumenta consideravelmente
a resistência à corrosão em superfícies de metais
pintados”, explica Henrique Dalla Corte. O item é
apontado pelo vice-presidente de Manufatura da
AGCO América do Sul como um dos principais
benefícios considerando que se aplica a todas as
linhas de colheitadeiras, que possuem configura-
ções distintas para operar em diversas culturas e
diferentes condições climáticas.
Peça sendo pintada no tanque por eletrodeposição (E-coat)
Área de estoque de peças em processo de pintura
revista Valtra & Você 9
Por DENTro DA VALTrA // Nova área de pintura
A unidade de Santa Rosa, situada no noro-
este gaúcho, conta com 700 colaboradores. A
obra, que levou 15 meses para ser concluída,
transformou a planta em um dos parques in-
dustriais mais modernos do país. “O resultado
é que estamos com uma produtividade melhor
na linha, um processo mais estável e eficiente”,
finaliza Henrique Dalla Corte, vice-presidente
de manufatura da AGCO América do Sul.
Os benefícios econômicos também aparecem na
hora da manutenção uma vez que a vida útil das peças
é prolongada entre 30 e 40 por cento. “É o início de
um plano de investimentos em Santa Rosa. Com isso,
vemos que estamos nos tornando capazes de melhorar
ainda mais os nossos processos produtivos”, reforça
Aldemir Ulrich, Diretor de Operações da unidade.
Gerente do projeto e atual supervisor do
processo, João Ribeiro complementa que o
novo sistema, composto por um tratamento
superficial moderno, onde o atual fosfato de
zinco é substituído por um conversor nanoce-
ramico, e o primer líquido por um sistema de
pintura por eletrodeposição, conhecido como
E-COAT também apresenta vantagens como
a realização do trabalho em temperatura am-
biente e a redução no tempo de processo. “A
tinta em pó se destaca por ser de fácil manipu-
lação, com alto rendimento, baixa agressivida-
de ao meio ambiente e ao ser humano”, acres-
centa o gerente. Com os novos equipamentos
industriais, baseados em nanotecnologia, o
processo de fabricação tornou-se mais limpo
e seguro, com menor manuseio de produtos
químicos, baixa geração de resíduos e menor
consumo de água.
130%a
140%
100%
vida útildas peças
Sistema de movimentação das peças
Carro de transporte de peças (AGV)
10 revista Valtra & Você
Rede valtra celebra os 15 anos de presença da AGCo Finance no Brasil
Quase noventa mil máquinas financiadas em 15
anos de atuação. Um número tão importante
como esse merece uma comemoração de tal
forma grandiosa. Assim, a Rede Valtra foi recebida
pela AGCO Finance para celebrar o seu aniversário e a
expressividade de seus números em um evento no dia
30 de abril, em Ribeirão Preto (SP). Na ocasião esta-
vam presentes representantes de todas as concessioná-
rias Valtra do Brasil, da fábrica, da AGCO Finance e
ainda da GSI e da Santal.
Em 1998, o projeto começou com uma equipe de 15
pessoas, que se uniu com o propósito de disponibilizar
aos produtores rurais formas mais vantajosas para aqui-
sição de equipamentos com tecnologia de ponta. Dessa
forma, o Grupo AGCO trouxe ao Brasil um modelo de
associação que já dava certo em outros países: a união
entre a expertise internacional do De Lage Landen e a
solidez da empresa. O Banco foi crescendo, assim como
a agricultura brasileira, que nos últimos 15 anos se desen-
volveu em um ritmo acelerado. A área de cultivo de grãos
no Brasil aumentou 43% e a produtividade média 58%,
resultando em uma expansão de produção de 122%.
A AGCO Finance chegou ao primeiro lugar em 2012
pela quantidade de operações desembolsadas na linha
Finame Agrícola, totalizando 17.469. Desde 1999, já fo-
ram mais de R$ 9 bilhões no ranking de desembolso no
BNDES. Nesse período a AGCO Finance foi se conso-
lidando e ganhando a preferência do cliente Valtra. Hoje
é referência em financiamentos agrícolas por ser conhe-
cedora do negócio e das necessidades do produtor rural.
A rede de concessionárias Valtra tem papel deter-
minante para o sucesso dessa história, já que acredi-
tou e apoiou no desenvolvimento dos negócios AGCO
Finance durante todos esses anos. Com o objetivo de
homenagear as concessionárias que se destacaram no
período, foram reconhecidas durante o evento as que
obtiveram maior volume de negócios e destaque em
performance. No primeiro item, as consagradas foram
as concessionárias Shark, a Polisul, a Kato, a Pampa/
Defant e a Mercadão. Já no quesito performance, os
destaques foram a Coopercitrus, a DHL, a Comarive,
a Aliança e a Gattiboni.
Nesses 15 anos, a AGCO Finance conquistou uma
carteira com mais de 70 mil clientes espalhados pelo
país. O Banco vem se destacando pelo pioneirismo na
implantação de um sistema mais ágil e dinâmico de
análise de crédito. A expectativa é de que, até o final
deste ano, a AGCO Finance obtenha um incremento de
12,2% em seus negócios.
Desde 1999, já foram mais de
R$ 9 bilhões de desembolso no BNDES
Por DENTro DA VALTrA // AGCO Finance
Concessionárias reconhecidas pelo maior volume de negócios Concessionárias destaque em performance
revista Valtra & Você 11
A melhor transmissão
disponível no mercadoRoberto Villar Belmonte / Fotos: Nilson Konrad
Transmissão AVT dos tratores da Série S utiliza um motor
hidráulico, gerenciado por computador, para aumentar a
eficiência e evitar desgastes por falhas de operação
Os tratores da Série S da Valtra – equipados com a transmissão automática AGCO Variable Transmission – AVT, tem se destacado nas grandes lavouras do cerrado, aumentando o rendimento e diminuindo o custo do preparo da terra e do plantio.Quando o S293 de 325 cv e o S353 de 375 cv são ligados, eles já estão configurados para trabalhar em modo automático, garantindo alto desempenho em qualquer tipo de operação, com redução no consumo de combustível entre 8% e 10%. O operador só precisa marcar a velocidade de trabalho.
iNoVAÇÃo // Série S
12 revista Valtra & Você
Com capacidade de 12 toneladas no sistema hidráulico e vazão da bomba hidráulica de 200 litros por minuto, tratores da Série S trabalham com qualquer tipo de implemento
Na Tequendama Agropecuária de Brasnorte
(MT), o trator Valtra S353 de 375 cv prepara
a terra e planta. Como as lavouras de soja, mi-
lho e feijão estão sendo implantadas pelo produtor rural
Everaldo Apolinário, 41 anos, em áreas que estavam
com pastagem degradada, não é um trabalho qualquer.
O trator de alta potência da Valtra, equipado com a
transmissão automática AGCO Variable Transmission –
AVT, puxa um gradão de 22 discos de 36 polegadas.
Para recuperar rapidamente a fertilidade do solo, o cal-
cário está sendo incorporado na terra com uma profun-
didade que varia entre 34 e 36 centímetros.
Além da transmissão mais moderna disponível no
mercado, os tratores Valtra da Série S tem o eixo dian-
teiro com amortecedor hidráulico gerenciado eletroni-
camente, e fácil manutenção, o que garante transferên-
cia de potência e tração constantes.
O S353 de Everaldo Apolinário, atendido pela concessionária
Pampa, puxa um gradão de 22 discos e 36 polegadas
Pam
pa
revista Valtra & Você 13
iNoVAÇÃo // Série S
Simples de operar
É uma máquina de alta tecnologia e simples de operar que pro-
porciona maior eficiência e redução no custo operacional por área
produzida. Os tratores da Série S gerenciam a rotação de trabalho,
obtendo, sem a intervenção do operador, o melhor desempenho
com o menor gasto de combustível.
“O meu trator está com 1.226 horas de trabalho, com um custo
benefício excelente. Ele faz, sem esforço, 1,7 hectares por hora
com um consumo de 42 litros de diesel por hora. Antes eu tra-
balhava com um trator de esteira que não chegava a um hectare
por hora (0,8) e nas horas de maior calor tinha ainda que parar
porque a máquina esquentava. Agora não, toco direto”, informa
Everaldo Apolinário.
Depois de preparar o solo, o S353 também é usado no plantio,
puxando 30 linhas (duas plantadeiras Valtra em tandem). Serão
plantados 3 mil hectares de soja em novembro, mais 2,5 mil hecta-
res de milho na safrinha e 800 hectares de feijão em 2014. “Estou
partindo para a Agricultura de Precisão”, destaca.
A transmissão AVT (AGCO Variable Transmission) dos tratores da Série S, diferente das demais soluções disponíveis no mercado, utiliza um motor hidráulico, gerenciado por computador, e assim consegue aumentar a eficiência e evitar desgastes por falhas de operação.
Considerado o sistema mais moderno disponível no mercado mundial de máquinas agrícolas, a transmissão AVT tem três modos operacionais:
automático (exige apenas o ajuste da velocidade), semiautomático (para trabalhos que exigem rotação fixa) e o manual (velocidade e rotação gerenciadas pelo operador).
A Série S trabalha com qualquer tipo de implemento. Todas as conexões e sistemas eletrônicos são compatíveis com a norma internacional ISOBUS. Os dois modelos estão aptos para trabalhar com o piloto automático Auto Guide 3000.
Série S trabalha com qualquer implemento
Tratores da Série S têm comandos simplificados e cabine com suspensão pneumática, que proporciona muito mais conforto em longas jornadas de trabalho
Trabalha sozinho
Na safra passada de soja convencional,
“que tem preço melhor no mercado”, se-
gundo Everaldo, o rendimento médio na
Tequendama Agropecuária foi de 59 sacos
por hectare. Nesta safra 2013/2014, a ex-
pectativa é de um rendimento ao redor dos
64 sacos por hectare, “já alcançado por
alguns vizinhos”.
“Este trator trabalha praticamente sozi-
nho. O câmbio não dá soco. À medida que
precisa de força, ele aumenta sem você
perceber. E a suspensão pneumática da
cabine proporciona um conforto excelen-
te”, avalia o produtor, que também destaca
o bom atendimento de pós-venda da con-
cessionária Pampa.
“O trator não quebra, só tem que trocar
óleo e filtro. Mas sempre que eu preciso a
concessionária me atende rápido. Nunca
falta peça”, informa o cliente Valtra que
também utiliza em suas lavouras dois tra-
tores BT210, duas colheitadeiras axiais
BC7500 e um pulverizador BS3020 H.
Fazenda Gabriela
A Série S também está sendo utilizada no
nordeste do Mato Grosso. Na Fazenda Gabrie-
la, em Querência (MT), o produtor rural Tiago
Grando, de 37 anos, adquiriu no ano passa-
do quatro tratores S353 (375 cv) para plantar
7.100 hectares de soja e 5 mil hectares de mi-
lho, cada um puxando 30 linhas.
“Cada trator Série S planta 95 hectares por
dia, com um consumo em torno de 28 a 30 litros
por hora. São máquinas boas. Aumentando a efi-
ciência do plantio, reduzo meu custo com pes-
soal, difícil de conseguir aqui na região”, avalia
Tiago Grando, cliente da concessionária Borga-
to, que também utiliza dois BT210 no plantio.
14 revista Valtra & Você
iNoVAÇÃo // Série T
Trator conceitocom posto de operação reversívelRoberto Villar Belmonte / Banco de imagens Valtra Finlândia
A Valtra apresenta no Brasil o conceito dos modelos HiTech da Série T, trator fabricado na Finlândia especialmente configurado para a silvicultura e a pecuária. Primeiramente, a máquina passará por estudos de mercado para avaliar a sua comercialização no mercado brasileiro
Trator conceito fabricado pela Valtra na Finlândia
Cabine do modelo HiTech Série T com sistema de reversão exclusivo
Série T com bomba hidráulica com vazão de 90 litros por minuto
Desenvolvido na Finlândia para trabalhar principalmente no setor florestal,
os tratores HiTech da Série T, disponíveis com potência entre 140 a 190 cv,
se destacam no mercado mundial devido ao exclusivo sistema de reversão
de cabine “Twin Trac”, visão superior, tanque de combustível com proteção de aço e
sistema hidráulico frontal de alta capacidade, o que o torna ideal para a silvicultura.
Combinado com uma caixa de velocidades com Power Shift com 3 steps, o siste-
ma de transmissão oferece 24 ou 36 marchas à frente e à ré. Equipado com a caixa
redutora (36F+36R), a Série T tem velocidade mínima a partir de 0,8 km/h.
O sistema hidráulico é controlado por comandos localizados no painel do lado
direito. A saída hidráulica utiliza uma bomba com vazão de 90 litros por minuto.
Quatro válvulas estão disponíveis, duas delas para controlar o carregador frontal.
No modo Eco a velocidade do motor é mantida com rotação inferior a 1.800 rpm,
reduzindo o consumo de combustível, e ainda o trabalho pode ser realizado com
menos ruído graças ao alto torque do motor.
A cabine com sistema de rever-
são foi desenvolvida para que o
operador possa visualizar o traba-
lho que está executando de forma
ergonômica, sem precisar girar o
corpo e olhar para trás. Esse sis-
tema, além de melhorar a parte de
operação, faz com que melhore e
muito o raio de giro, pois o eixo
direcional está posicionado na par-
te “traseira” do trator. É só girar o
assento que todo o comando passa
da parte dianteira para traseira.
revista Valtra & Você 15
CoNsErVAÇÃo // Trilha do Conhecimento
Foco no cliente:treinamentos visam qualificar serviços da redeAndrea Fioravanti Reisdörfer / Fotos: AGCO Academy
Qualificar o nível de conhecimento técnico e ad-
ministrativo dos colaboradores da Rede de Con-
cessionárias Valtra e oferecer aos clientes da marca um
serviço especializado. De forma sintetizada, esse é o
principal objetivo do projeto Trilha do Conhecimento
apresentado pela AGCO Academy e que está com dois
módulos em andamento. Os treinamentos, voltados a
todos os profissionais envolvidos nas áreas de peças,
vendas e serviços, são oferecidos de acordo com o nível
de conhecimento que o profissional se encontra em seu
processo de formação: Auxiliar, Júnior, Pleno e Sênior e
Master. “Estamos olhando para toda a estrutura de pes-
soas das nossas concessionárias e para a formação das
equipes, segmentando, assim, os treinamentos conforme
a necessidade de cada colaborador no setor de peças.
Nossa preocupação é oferecer o treinamento certo para
as pessoas certas”, explica Alexandre Landgraf. O ge-
rente da AGCO Academy complementa que o objetivo
é formar times com profundo conhecimento sobre as
peças e preparadas para propor soluções. “Queremos
que o cliente, ao chegar a um balcão de atendimento,
encontre profissionais capacitados que, no caso eventual
de manutenção, possam orientar e identificar as peças,
oferecendo mais agilidade ao processo” exemplifica.
Os cursos e treinamentos repercutem também na
questão administrativa, porque ensinam todos os con-
ceitos e processos de desenvolvimento de gestão, im-
pactando positivamente na lucratividade. Landgraf de-
fende que, ao fazer uma excelente gestão, é possível ter
um estoque mais atualizado, com as peças certas e de
maior demanda. “Estamos constantemente criando mo-
delos para atender nosso público”, complementa.
Os resultados já estão sendo sentidos na rotina de algu-
mas concessionárias. É o caso da A. Moreno, de Fortaleza.
Wescley de Souza Lima, do departamento de Compras da
concessionária, destaca que os cursos e treinamentos da
AGCO Academy estão ajudando na gestão de peças e de
estoque, no planejamento e na eficiência. “A implantação
de um novo modelo de estoque facilitou o trabalho dos
envolvidos na gestão, como estoquistas e vendedores. Já
nosso comprador aprofundou seu conhecimento na toma-
da de decisões com o curso de Lucratividade”, garante.
Primeiro curso de Lucratividade realizado no AGCO Parts Jundiaí (SP) em junho
16 revista Valtra & Você
Atualmente são três os cursos presenciais: Gestão de
Peças, Lucratividade e Alavancando a Venda de Peças. As
aulas são ministradas por instrutores internos, com foco
voltado às peças do setor de máquinas agrícolas, e con-
sultorias externas do setor automotivo, que levam para a
sala de aula a teoria e as boas práticas de mercado aplicá-
veis ao negócio, além de cases de sucesso do setor. Ale-
xandre Landgraf explica ainda que cada concessionária
tem um coordenador de treinamento. Inicialmente todos
os profissionais da rede fazem o projeto de aprendizagem
conforme a sua Academia, que são quatro: venda, servi-
ços, peças e empresarial. É necessário fazer um teste de
nivelamento, sendo que alguns pré-requisitos podem ser
feitos por ensino à distância via internet.
Formas de treinamento
O conhecimento pode ser adquirido de várias formas, muitas delas já utilizadas no processo de capacitação que o AGCO Academy disponibiliza. Há a opção EAD (Ensino a Distância), por meio de aulas dadas via web e e-learning disponíveis no portal. Também existem os cursos presenciais de formação, oferecidos por parcerias (Senai e Senar), e os cursos mais específicos aos produtos Valtra, esses nas modalidades presenciais em seus respectivos centros de treinamentos.
• alavancando venda
de peças
Neste treinamento
são abordados
conceitos de vendas
de peças, estratégias
e argumentos
necessários para
aumentar as vendas
das peças genuínas.
São tratados também
da diferença entre
valor e preço,
características e
benefícios das peças
genuínas, além do
processo de fabricação
e comparativos entre
peças genuínas com
paralelas.
• Gestão de Estoque
Neste treinamento
são abordados os
conceitos de Giro
de Estoque, Estoque
Mínimo, Estoque de
Segurança, Estoque
Máximo, Curva
ABC x Curva XYZ
(FrequênciaxPreço),
simulações de
montagem de estoque
por ordem numérica
e montagem de
estoque por curva
ABC, finalizando com o
Inventário do estoque.
• Lucratividade
Lançado em 2013,
este curso abrange os
principais conceitos de
Lucratividade, assim
como Receita, Custos,
Despesas, Diferença
entre Rentabilidade
e Lucratividade,
Tributação por
região, Planejamento
Estratégico e Ponto
de Equilíbrio da
Rentabilidade.
Treinamento Gestão de Estoque realizado em Várzea Grande (MT) em março
revista Valtra & Você 17
ProDuTo imPLEmENTo // Plantadeira Frontier
eficiência e rendimento superior nas lavouras do cerradoAndrea Fioravanti Reisdörfer
É no oeste da Bahia, mais precisamente a 50 quilô-
metros de Luís Eduardo Magalhães, que o produ-
tor Aristeu Pellenz, 56 anos, cultiva soja e milho,
principais culturas da região, em uma lavoura de 800 hec-
tares. A topografia favorável à agricultura, formada por
áreas planas, e o clima seco, características do cerrado,
demandam máquinas de alta potência e implementos de
maior porte. Para atender essa necessidade com eficiência
o profissional do campo utiliza, desde 2008, o conjunto
trator BH185 e Plantadeira Frontier de 14 linhas, 50 cm,
pneumática. “O resultado é uma boa distribuição de se-
mentes, o aumento considerável na eficiência do plantio e
rendimento superior”, sintetiza Aristeu. A eficiência é um
dos grandes diferenciais do implemento, que apresenta um
excelente rendimento pelo fato de ter uma grande vazão de
palha mesmo em condições extremas.
Ex-seminarista o profissional do campo considera ainda
que o conjunto Valtra utilizado em sua propriedade é bem
dimensionado e atende plenamente o plantio de alta tecnolo-
gia que sempre buscou para sua lavoura. “Além disso, temos
um excelente atendimento pós-venda da concessionária e
dos técnicos e engenheiros da Valtra”, complementa o clien-
te da Lavrobrás de Luis Eduardo.
Configuração da Frontier
Disponível de 9 a 15 linhas a Série Frontier é preparada para atender com tecnologia, robustez e eficiência as necessidades das grandes áreas de terra, proporcionando assim a maximização dos lucros. A máquina também pode ser montada com cabeçalho Tandem, em até 30 linhas, totalmente pantográfica (disco de corte, sulcador, linha semente), com a maior capacidade de fertilizante do mercado, entre outros opcionais como o monitor de plantio e taxa variável de fertilizante e semente.
Localizada há 50 quilômetros de Luís
Eduardo a Fazenda Monday é gerenciada
pelo filho Sidney Oscar Pellenz, enge-
nheiro agrônomo de 27 anos, que conta
com o auxílio de outros cinco funcioná-
rios. A média colhida nos últimos anos foi
de 53 sacas de soja e 170 sacas de milho
por hectare comercializado, em maior
parte, para regiões do Nordeste.
18 revista Valtra & Você
BC4500: alta produtividade em todas as culturas da Rio verdeAndrea Fioravanti Reisdörfer, de Itapeva (SP) / Fotos: Renan Costantin
ProDuTo // Colheitadeiras
Depois de dez anos pilotando aeronaves comer-
ciais, Cyro Rezende Maschietto decidiu que era
hora de voltar os olhos para outro horizonte.
Desta vez, em terra firme e fértil. Em 1997 o paulistano,
então com 31 anos, retornou à Fazenda Rio Verde, onde
já havia morado por um período de sua infância. A pro-
priedade, que pertence à sua família desde a década de 60,
está situada entre os municípios de Itararé e Itapeva, loca-
lizados na região sudoeste de São Paulo e próximo à divi-
sa com o Paraná. Inicialmente, Cyro dedicou-se exclusi-
vamente à atividade pecuária, mas em 2004 percebeu que
era importante diversificar e otimizar a utilização da área
de 2.400 hectares. “Resolvi investir na agricultura, porque
tem um giro e faturamento maior do que o gado, embora
a pecuária tenha investimento e risco menor”, pondera. O
agropecuarista começou cultivando soja em uma área de
72 hectares e, na medida em que ampliava seu plantio, au-
mentava sua frota de máquinas Valtra. Hoje, aos 47 anos,
o agropecuarista possui 1.800 cabeças, entre vacas e be-
zerros angus para cria e recria que ocupam 40% da área.
Os outros 60% são utilizados, no verão, para as culturas
de soja, milho e feijão e, no inverno, de trigo e aveia.
O ex-piloto Cyro Maschietto, que trocou as aeronaves pela administração da fazenda, demonstra satisfação e orgulho
ao falar sobre sua atividade no campo
A atividade agrícola, complexa por natureza, exige cada vez mais do profissional do campo. Para quem busca agilidade na colheita com alta produtividade e qualidade dos grãos é preciso que uma série de fa-tores funcione de forma equalizada. Conhecimento, mão de obra qualificada e máquinas adequadas são alguns dos itens cruciais para conquistar resultados positivos. Ciente dessa necessidade o agropecuarista Cyro Rezende Maschietto investiu em três colheitadeiras Valtra BC4500 para operar em sua extensa área no interior de São Paulo. Configuradas para operar em diferentes condições de colheita e tipos de culturas, as máquinas têm entre suas características a robustez, funcionalidade, fácil operação e baixo custo opera-cional. Versáteis e projetadas para trazer mais produtividade em menos tempo, têm a maior área de trilha da categoria, 0,82 m2, retrilha independente, tanque de grãos para 5.200 litros e descarga rápida de 86 l/s.
revista Valtra & Você 19
Na fazenda onde os visitantes são recebidos por
um imponente corredor de eucaliptos, que desembo-
ca na porta principal da sede construída em 1939, o
branco do gado contrasta com o verde das lavouras e
com o amarelo da frota – que inclui três colheitadei-
ras BC4500, implementos, um pulverizador BS3020 H
e sete tratores, sendo dois BM125, dois BM110, um
A950, um A750 e um Valmet adquirido há 40 anos,
reformado e preservado com orgulho pelo seu proprie-
tário. Cliente da Shark Tratores e Peças, de Itapeva,
desde a abertura da concessionária em 2002, o agrope-
cuarista fala com conhecimento sobre a tecnologia e o
desempenho do seu portfólio Valtra e mostra-se satis-
feito pela aquisição mais recente durante a Agrishow:
a terceira BC4500 e o BS3020 H, recém estreados na
propriedade. “Minha área é muito extensa, por isso a
necessidade das três colheitadeiras. Com a compra de
mais uma, não necessito terceirizar parte do serviço”,
justifica. Segundo o agropecuarista, o custo de cada
colheitadeira, equipada com as plataformas de corte
Hiflex 620F de 20 pés, considerando diesel e opera-
dor, representa apenas 10% da diária de uma máquina
locada. A performance das colheitadeiras nos terrenos
pendidos também é destacado pelo produtor. “Vai bem
em qualquer terreno, oferece estabilidade e segurança
ao operador. Tem um ótimo desempenho em qualquer
tipo de cultura”, assegura.
ProDuTo // Colheitadeiras
Vai bem em qualquer
terreno, oferece estabilidade e segurança ao
operador
20 revista Valtra & Você
Cyro, que colhe em média 57 sacas de trigo, 180
de milho e 41 sacas de trigo e feijão por hectare, ex-
plica que cada colheitadeira cobre uma área de 17
ha/dia, considerando uma média de 8 a 9 horas de tra-
balho ininterrupto. Além do desempenho, ele aponta a
qualidade dos grãos, a capacidade de armazenamento,
a facilidade de operação e o baixo consumo de combus-
tível em razão do motor AGCO Power 620 DSR como
os principais diferenciais das BC4500. “O pós-venda
é excepcional. Quando necessário tenho assistência
técnica imediata sendo que, na maioria das vezes, as
questões são resolvidas aqui mesmo na propriedade”,
enfatiza. Segundo o produtor, a agilidade da conces-
sionária Shark, com forte atuação também no mercado
de reposição de peças, é essencial especialmente nos
meses que compreendem o plantio e a colheita, período
em que a rotina de trabalho é ainda mais intensa.
Na Fazenda Rio Verde pecuária e agricultura compartilham área de 2.400 hectares
Na Rio Verde as atividades iniciam muitas vezes antes
do sol nascer, às 5h30 da manhã. Ao todo são vinte fun-
cionários, entre diretos e indiretos, sendo que oito famílias
vivem na propriedade. O agropecuarista, único da família
a trabalhar na atividade, revela ser avesso ao escritório e
enfatiza seu gosto pelas atividades da lida diária.
“Minha formação foi forjada na prática do campo. Ando
a cavalo há mais de quinze anos comprando gado, viajo de
caminhão boiadeiro, vacino e marco gado”, ressalta com
orgulho. O paulistano, que literalmente mudou de ares,
encontrou-se no campo. É entre o gado, as lavouras e as
máquinas que Cyro comanda com maestria a propriedade
que há mais de cinco décadas está na sua família.
revista Valtra & Você 21
ProDuTo // Trator
silvicultura no dNaRoberto Villar Belmonte / Fotos: Fagner Almeida
A Eldorado Brasil, a maior fá-
brica de celulose em linha
única do mundo, adquiriu
245 tratores Valtra, modelos BT190 e
BM100, para trabalhar nas suas lavou-
ras de eucalipto no Mato Grosso do
Sul. Também foram comercializados 50
sistemas de direcionamento automático
Auto Guide 3000 com base RTK.
O negócio, financiado pela AGCO
Finance, foi a maior venda já realiza-
da pela Valtra no Brasil, viabilizada em
parceria com a concessionária Shark.
Ela oferece um serviço diferenciado de
pós-venda e fornecimento de peças nas
frentes de trabalho por meio de dois
contêineres que disponibilizam cerca
de 600 itens cada.
A Eldorado Brasil tem propriedades nas cidades de Três Lagoas,
Selvíria, Inocência e Água Clara, todas em Mato Grosso do Sul.
A capacidade instalada da fábrica é de 1,5 milhão de toneladas de
celulose branqueada por ano, o que exige colheita e plantio perma-
nentes de eucalipto.
Shar
k
Eld
orad
o B
rasi
l
Contêiner disponibiliza cerca de 600 itens de reposição nas frentes
de plantio de eucalipto onde trabalham os modelos BT190 e BM100
A Valtra efetuou no primeiro semestre do ano a maior venda de tratores para um único cliente já realizada no Brasil. Foram comercializados de uma só vez 225 BM100 e 20 BT190 para a Eldorado Brasil, fábrica de celulose que entrou em operação no final do ano passado, em Mato Grosso do Sul, com capacidade anual instalada de 1,5 milhão de toneladas branqueadas.
22 revista Valtra & Você
Frentes de plantioA nova frota da Eldorado Brasil Ce-
lulose é formada por 20 tratores BT190,
todos equipados com sistema de direcio-
namento automático Auto Guide 3000, e
225 tratores BM100, 30 com piloto auto-
mático – dos quais 136 são configurados
com barra de luzes System 110 e sistema
de orientação por GPS, que mostra ao
operador uma “estrada virtual”, orien-
tando a correção do traçado.
No mês de julho, 20 máquinas novas
trabalhavam em uma das frentes de plan-
tio: cinco BT190 (190 cv), um deles já
equipado com piloto automático Auto
Guide 3000, e 15 BM100 (100 cv). Em
um mês, estes tratores realizam a im-
plantação de 600 hectares de eucalipto,
informa Paulo Otaviano Claro da Silva,
46 anos, um dos supervisores de Opera-
ções Florestais da Eldorado Brasil.
O espaçamento entre as linhas é
de 3,4 metros e de 2,5 metros entre as
mudas. São os tratores BM100 que pu-
xam as plantadoras mecânicas. Eles
também realizam três irrigações, sendo
a primeira no ato do plantio e as outras
com intervalos de dois dias cada. Fazem
ainda as aplicações de manutenção das
plantações até o período de colheita dos
eucaliptos, que ocorre quando as árvores
atingem seis anos.
“Os tratores atendem bem às nossas
necessidades de campo. Na subsolagem,
o trator precisa ter força e velocidade
para arrastar o implemento. Os BT190
dão conta do serviço e são muito fáceis
de operar, assim como os BM100, que
atendem à nossa necessidade de trabalho
com o pulverizador, a plantadora e o tan-
que de irrigação”, avalia Paulo.
BT190 equipado com piloto automático Auto Guide 3000 determina a primeira linha da subsolagem onde depois serão plantadas as mudas de eucalipto
BM100 puxa plantadora mecânica de eucalipto em
uma das frentes de trabalho da Eldorado Brasil
revista Valtra & Você 23
ProDuTo // Trator
origem florestal“A escolha pela marca Valtra se deveu a vários fato-
res. A tecnologia dos equipamentos, o preço, as condi-
ções diferenciadas de financiamento da AGCO Finance
e o atendimento de pós-venda, com treinamento de to-
dos os nossos operadores e mecânicos e disponibilida-
de de peças genuínas em campo”, informa Gilton Vitor
Dornelas, 48 anos, coordenador de Desenvolvimento
Operacional da empresa.
“Como as frentes de trabalho da Eldorado Brasil
Celulose se movimentam constantemente, decidimos
transformar um contêiner de 12 metros, montado sobre
uma carreta, em um departamento móvel de peças, com
ar-condicionado, prateleiras e cerca de 600 itens dispo-
níveis”, explica Sírio Barazetti, 53 anos, diretor comer-
cial de venda e pós-venda da concessionária Shark.
“O principal fator do nosso sucesso nesta negocia-
ção, sem dúvida, foi a oferta de uma solução completa
para a Eldorado. Acredito que os acordos diferencia-
dos de fornecimento de peças, serviço e treinamentos,
aliados à tradição e à robustez dos nossos tratores,
que tem a operação florestal presente no nosso DNA,
foram determinantes para o nosso sucesso”, ressal-
ta Alexandre Vinicius de Assis, gerente de vendas
da Valtra.
Concessionária Shark tem profissionais treinados pela fábrica constantemente
nas frentes de trabalho da Eldorado Brasil Celulose
Robustez dos tratores Valtra garantem alto desempenho nas áreas de silvicultura
24 revista Valtra & Você
NossA TErrA // Café em Minas Gerais
o paraíso do caféBianca Bassani, de São Sebastião do Paraíso (MG) / Fotos: Renan Costantin
Mais da metade da área total de café em
produção no Brasil está nas mãos, ou
melhor, no chão dos mineiros. Na terra
do pão de queijo e da fala mansa, quem reina são as
extensas e numerosas lavouras de café. A área atual
de dois milhões e cem mil hectares reforça o status
atual do Brasil: o país é o maior produtor e exportador
de café do mundo. Quanto ao consumo da bebida, os
brasileiros perdem apenas para os norte-americanos.
Entre novembro de 2011 e outubro de 2012, de acordo
com dados da Associação Brasileira da Indústria de
Café (Abic), o país consumiu cerca de 80 litros por
pessoa. A região sudeste de Minas Gerais, onde está
localizado o município de São Sebastião do Paraíso,
é uma referência na produção cafeeira nacional. Foi lá
que a equipe de reportagem da Revista Valtra & Você
conheceu a história de dois produtores rurais e o que,
afinal, eles tinham em comum: a paixão pelo café.
Paraíso é o apelido dado a uma cidade localizada no
sudoeste de Minas Gerais, situada a cerca de 100km
de Ribeirão Preto (SP). Por possuir altitude elevada,
temperatura amena e índice de chuvas adequado, a cidade
é considerada propícia para o cultivo de um café de alta
qualidade. Para produção de café arábica, o ideal é que
o local tenha altitude entre 450 a 800m e temperatura
entre 18 e 22°C o ano inteiro. A região ainda tem uma
importância histórica na cafeicultura brasileira, onde
famílias inteiras cultivam o café, de geração em geração,
há mais de 180 anos.
A saga cafeeira
O café é uma cultura que exige técnica e cuidado
durante todo o ano, às vezes inclusive por décadas. No
cafeeiro novo, a formação de mudas é a primeira etapa.
Em seguida começa o preparo para o plantio: é feita a
escolha da área – quando se opta pela mecanização deve
ser plana ou pouco ondulada –, a preparação do solo com
cobertura vegetal e também são feitos o espaçamento das
covas – que pode variar de 0,5 a 1,0 metro entre plantas e
3 a 4 metros entre linhas –, o coveamento e o plantio de
mudas. Depois é chegada a hora dos tratos culturais, que
envolvem o controle de ervas daninhas, a adubação e a
pulverização para controlar pragas e doenças.
revista Valtra & Você 25
O plantio em São Sebastião do Paraíso é feito de dezembro a março de
forma manual ou mecânica. Depois de todo o trato, o café está pronto
para a colheita quando 90% dos frutos estiverem maduros. “Depois de
ser colhido, fica de três a cinco dias no terreiro secando para diminuir a
umidade. Aí, então, vai pro secador e fica de 24 a 48 horas. Quando chega
entre 11 a 12% de umidade, o café vai para um descanso de 30 dias,
até atingir uma qualidade excepcional”, explica Ilson José Aparecido,
responsável pela área de treinamentos na Cooparaíso, cooperativa
exclusiva do setor cafeeiro instalada em Paraíso há mais de 50 anos.
Depois de passar por algumas etapas dentro da propriedade
rural, o café vai para a Cooparaíso, onde recebe diversos outros
cuidados. Além do armazenamento, a cooperativa faz todo o
beneficiamento do grão, a degustação e a comercialização. O
café atualmente passa por um dos piores momentos econômicos
de sua história, mas nem isso abala o produtor rural mineiro, que
segue apaixonado por essa cultura.
Zé do café
“O café é que nem cachaça: depois que você aprende a mexer,
você nunca mais querer deixar o processo. Café é uma paixão.
Muitos produtores dizem que vão mudar de cultura, mas
dificilmente aquele que tem uma tradição muda”, conta José
Marcos Braghini, produtor rural, definindo a ligação que
possui com a tradicional bebida. Ele comanda a Fazenda
Ribeirão Fundo e o Sítio Promissão ao lado da esposa
Marisa Giubilei Braghini e do cunhado Mauricio Giubilei.
Zé, como é chamado por todos, cultiva café em uma área
de quase 100 hectares e cerca de 350 mil pés de café. Já
foi mecânico e bancário, trabalhou no faturamento de uma
concessionária de automóveis e depois do casamento, há
25 anos, assumiu o comando da propriedade do sogro.
Nos últimos 14 anos vem mantendo uma média de 35 a
40 sacas de café por hectare.
Zé cita as peculiaridades do manejo do café. “É uma
cultura anual e é preciso administrar o ano todo. Uma
árvore, a princípio, continua dando bons frutos por até
uns 12 anos. Porém, eu tenho lavoura com 20 anos de
plantio e a produtividade começa a cair. Aí você corta,
aproveita o tronco e ela brota de novo. O ideal para a
primeira colheita é o café que vem da árvore que já tem
dois anos, após a aflorada em setembro”, explica.
A área do produtor rural é hoje totalmente
mecanizada. Segundo ele, o custo de produção está
muito alto. Dessa forma, se não fosse a mecanização,
seria inviável lidar com o café. José Marcos possui
NossA TErrA // Café em Minas Gerais
Zé Marcos vem mantendo há 14 anos uma média de 35 a 40 sacas de café por hectare
26 revista Valtra & Você
quatro máquinas Valtra - um Valmet 62 ID, um 685 F 4x2 e um BF75 4X4, de 2011. Este
último é a máquina mais adequada à cultura do café, em virtude de ser compacto e forte. “É um
trator de baixa manutenção, que desempenha bem o serviço e é bom de trabalhar”, pondera. O
produtor destaca também a facilidade de operação da máquina. “Dá até briga às vezes. Quem
já trabalha com ele não gosta que o outro ponha a mão, tem um zelo pela máquina”, diz.
Ainda em São Sebastião do Paraíso, outro produtor rural compartilha de muitos
interesses em comum com Zé, além do mesmo nome. Na Fazenda Queimada Velha,
José Carlos Alves Pinto, é mais um apaixonado por café e usuário da Valtra. Ele possui
uma área total de 640 hectares, dividida entre o cultivo de café e da cana de açúcar e o
manejo do gado. Atualmente são 520 mil pés de café com produtividade de 30 sacas
por hectare. “A gente produz em torno de 3 a 4 mil sacas e tem uma área de expansão
com 25 hectares de plantio novo. A minha expectativa, a partir do primeiro ano, é
colher em torno de 5 a 6 mil sacas”, conta.
Na Fazenda Queimada Velha a Valtra está presente desde a década de 70. Hoje o
portfólio de máquinas inclui um Valmet 62ID, um 985, um BM110 para a cana e o
cafeeiro BF75. “Eu acho um trator bem versátil, é uma máquina robusta. Um trator
que tem uma facilidade no que diz respeito à assistência técnica e à manutenção”,
define José Carlos.
Zé Carlos e Zé Marcos são clientes Valtra atendidos pela concessionária Cooparaíso,
que leva o mesmo nome da cooperativa. Por lá, quem domina é mesmo o BF75,
trator cafeeiro que é estreito e tem força suficiente para trabalhar no preparo do solo,
no plantio, nos tratos culturais e no transporte dos grãos colhidos.
A alegria dos produtores rurais de Minas Gerais não se perde nem com a baixa do
café. O planejamento adequado em suas propriedades e a paixão pelo manejo do
grão são alguns dos segredos para manter o negócio sempre lucrativo. O paraíso
nos encontrou muito antes do que esperávamos: chegamos sem pretensões e
descobrimos um município onde o café é dos deuses e o éden é aberto para
quem quiser entrar.
José Carlos Pinto avalia o BF75 como um trator versátil e robosto
revista Valtra & Você 27
PrEsENÇA GLoBAL // Corrida de tratores
Trator que não se usa
no campoMariana Melleu, com informações da Valtra Finlândia
Competição de tratores é tradição entre produtores rurais na Europa e organização é intermediada por comitê criado exclusivamente para atender à atividade
É difícil imaginar um trator adaptado
para funcionar apenas fora do
campo. Porém, o que para muitos
seria apenas uma curiosidade – ou ainda uma
opção de lazer distante –, para os produtores
rurais europeus é uma atividade séria que
acontece anualmente durante o verão, mas é
organizada ao longo de todo o ano. Estamos
falando da European Tractor Pulling Race,
a Corrida Europeia de Tratores (Eurocup),
que acontece a cada fim de semana de
maio a setembro no continente europeu,
principalmente na região central.
A ideia essencial da competição é simples: ganha
quem, ao longo da pista de areia argilosa, conseguir
“puxar” e arrastar um reboque na maior distância
possível. Uma grande conquista é realizar o full
pull, que corresponde à conclusão do trajeto de cem
metros. Se mais de um trator completar o curso, mais
peso é adicionado ao reboque e o desempate acontece
da mesma maneira: ganha aquele que conseguir
ultrapassar a maior distância. De acordo com as regras,
no desempate, a nova pista passa a ter, no mínimo,
dez metros a mais do que a inicial, para diminuir as
chances de um novo full pull. Os competidores que
completarem mais cem metros atingem a conquista
máxima, que se chama pull off.
28 revista Valtra & Você
O reboque do trator de competição funciona por meio
da transferência de peso. Isso significa que, na medida em
que é puxado, esse peso que carrega é transferido por meio
de engrenagens para as rodas da máquina. Portanto, quanto
mais o participante puxar o reboque, mais sobrecarregado
fica o trator e mais difícil se torna o desafio.
O campeonato é organizado por critério de peso. Cada
uma das quatro categorias comporta máquinas de um
determinado peso e tamanho: Super Stock e Pro Stock para
os tratores agrícolas comuns; Modified e Minipullers para
os equipamentos com alta capacidade de carga e que são
praticamente isentos de manutenção.
A coordenação de cronogramas das corridas, equipes,
eventos e a criação e fiscalização de regras são executadas
por organizações locais de cada país onde o campeonato
acontece. O elo de comunicação entre todas essas
representatividades é o Comitê Europeu de Corrida de
Trator, do inglês European Tractor Pulling Committee
(EPTC). O órgão foi criado exclusivamente para gerenciar
e intermediar as competições em cada temporada.
Time valtra ganha ouro e bronze na primeira fase da eurocup 2013
A equipe de competição da Valtra é uma das mais tradicionais da Europa, não só por conta do número de
títulos ganhos – já ultrapassam as dez medalhas –, mas pela peculiaridade de sua formação. Seus integrantes
são, na verdade, uma família – a família Harlevi, da Finlândia. Juntos, o pai Pekka Herlevi, 56 anos, o filho
caçula Matti, 30 anos, e a filha Johanna, 37 anos, competem há mais de dez anos representando a rede. Eles
contam ainda com a assistência técnica de Kari Aaltonen, diretor de engenharia da AGCO Power Finlândia;
de Pekka Mailas, pesquisador de mecânica da AGCO Power Finlândia; e de Matti Kangas, supervisor de
engenharia da AGCO Power Finlândia.
Na primeira fase da temporada 2013 da Eurocup,
que começou em maio na Suécia, o time da Valtra
conquistou as medalhas de ouro e bronze. O primeiro
lugar ficou para o trator Doris, pilotado por Johanna
Herlevi e um parceiro, e o terceiro lugar para o trator
Countdown, dirigido por um representante sueco. O
time Valtra compete com três tratores na categoria
Pro Stock, estando concentrado no peso de 3,5
toneladas. Apenas são aceitos tratores a diesel – para
o motor SisuDiesel 74 ETA Fortius – e as máquinas
são inspiradas nos modelos T190 de 200 hp.
Pekka Herlevi é pai de Johanna e Matti e, juntos, formam a equipe Valtra de competição de tratores
Tratores usados pelo time Valtra na categoria Pro Stock podem gerar mais de 2 mil hp com apenas um turbocompressor
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Para divulgar e lançar os novos modelos de maquinário que estarão disponíveis para o segundo semestre de 2013, a Valtra participou de diversas feiras de tecnologia agrícola ao redor do país.
Na Bahia Farm Show, que aconteceu no município de Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, e na Agrobrasília, que aconteceu em Brasília, no Distrito Federal, a marca apresentou a nova linha BH Geração III. Com design inovador, incluindo cabine e sistema hidráulico que aprimora o raio de giro, a linha chega junto aos modelos de trator BH135i (137 cv), com motor 4 cilindros turbo-intercooler; BH200 (200 cv) e BH210i (210 cv). Ainda, os tradicionais modelos BH145, BH165 e BH180 tiveram o pacote de tecnologia apresentados na Linha BH Geração III. A nova plantadeira Valtra desenvolvida à taxa variável e com linha pneumática de sementes também foi exposta nos eventos. Na Agrobrasília, um dos principais destaques da feira foi o lançamento do Auto Guide 3000, sistema de piloto automático para tratores, pulverizadores e colheitadeiras axiais.
Na cidade de Rio Verde, em Goiás, a marca participou da Tecnoshow Comigo, expondo produtos que atendem a todas as etapas do cultivo. Foram destacadas na feira a Série S de
tratores com mais de 300 cv, com o S293 e o S353, e as linhas tradicionais de tratores pesados BH e BT de alta tecnologia. Para trabalhos que exigem implementos menores, foram expostos os tratores da linha BM, como o BM125i. Os participantes puderam conferir ainda a nova opção de plataforma de corte Hiflex Série 600F, com capacidade para gerar até 400% a mais de torque. Os novos rotores HiTech Threshing (HTT), disponíveis nas colheitadeiras axiais Valtra BC6500 e BC7500, foram um dos principais lançamentos do evento.
Já na Agrishow deste ano, em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, a Valtra comemorou 20% de crescimento no evento. Os equipamentos da marca recém-incorporada Santal, destinados ao cultivo de cana de açúcar, foram destaque na feira: a plantadora PDM2 e as colhedoras S5010e e S5010p puderam ser conferidas de perto pelos participantes. Na ocasião, destaque também para o BH Geração III. Outro equipamento exposto foi o pulverizador BS3020 H, que alia tecnologia e robustez.
lançamentos valtra expostos em feiras agrícolas de quatro estados brasileiros
ACoNTECE // Ações e eventos do período
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A Valtra, por meio da área de Relacionamento com clientes e AGCO Academy, apresentou à rede o projeto Padrão em Vendas. O objetivo do programa é capacitar e qualificar os profissionais da área comercial de produtos das concessionárias, consequentemente aprimorando o desempenho da marca.
Entre os conteúdos do curso estão técnicas das etapas de vendas (antes, durante e depois), incluindo treinamentos presenciais para a rede. O público-alvo do projeto são profissionais de vendas internos e externos, abrangendo assistentes, auxiliares, vendedores e gerentes das concessionárias Valtra no país.
Rede Valtra recebe o projeto Padrão em Vendas
Devido ao sucesso do evento realizado em Dom Pedrito (RS), a concessionária Polisul, da Rede Valtra, organizou outras edições do Dia de Negócios nos municípios gaúchos de Pelotas, Camaquã e Santa Rosa.
O projeto chegou à Pelotas no mês de junho e contou com a presença de mais de 400 produtores rurais da região. Depois, Camaquã foi palco do Dia de Negócios, no qual cerca de 180 produtores participaram da data. O destaque dos eventos foi o pulverizador BS3020H, além da apresentação do volume de negócios de tratores e plantadeiras da concessionária.
Em Santa Rosa, a Polisul recebeu clientes para apresentar suas máquinas e, na ocasião, efetivou a venda de doze produtos - nove tratores, duas plantadeiras e um pulverizador BS3020H. Aproximadamente 120 clientes estiveram na concessionária para conhecer toda a linha de produtos da Valtra.
polisul realiza dia de Negócios em três municípios gaúchos
Valtra presente na Tecnoagro no PeruA Unimaq, concessionária da Valtra no Peru, montou um estande na Tecnoagro, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola da América Latina. No evento, foi exposta pela primeira vez a linha de tratores T, nos modelos T151 (163 hp) e T171 (184 hp). Com motor AGCO Power que opera com diesel e biodiesel, as máquinas possuem ainda transmissão automática Powershift, dupla embreagem e cabine confortável e ergonômica. Também foram expostas as linhas Leve (90-106 HP), Média (110-135 HP) e Pesada (155-215 HP). A Unimaq ofereceu todo o portfólio de máquinas agrícolas da Valtra durante os três dias de evento, além de suporte e assistência técnica.
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Concessionária Valtra inaugura nova unidade em mato Grosso
A concessionária Pampa, que há quatro anos representa a Valtra nos estados de Mato Grosso e Rondônia, inaugurou sua nova unidade no município de Sinop, no estado mato-grossense. A partir de agora, estarão disponíveis o maquinário agrícola e os serviços de assistência técnica para os produtores da região. Com a nova sede, construída em uma área de dez mil metros quadrados, a Pampa também irá atender de maneira personalizada os agricultores de doze municípios da região. João Falkembach, diretor administrativo da concessionária, afirma que a cidade de Sinop foi escolhida por apresentar uma grande demanda por máquinas de alta tecnologia. “Os arredores possuem uma área de agricultura de aproximadamente novecentos mil hectares e um potencial muito grande de crescimento devido à transição de áreas de pecuária para agricultura”.
Nova linha de plantio pneumática nas séries HiTech e Frontier A Valtra desenvolveu para as séries de plantadeiras HiTech e Frontier uma nova linha de plantio pneumática com maior capacidade dos reservatórios de sementes, disco distribuidor de sementes duplo desencontrados de 16 polegadas, novo condutor de sementes e novos limitadores de profundidade de plantio. Além destas melhorias, as duas séries disponibilizam como opcional ao produtor rural o plantio em taxa variável, tanto na semente como no fertilizante. Estas novas características conferem às plantadeiras HiTech e Frontier maior precisão na deposição das sementes em qualquer tipo de solo e topografia.
ACoNTECE // Ações e eventos do período
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Pulverizador Bs3020 H é lançado em feira no ParaguaiA Rieder, concessionária Valtra no Paraguai, lançou, na Feira de Santa Rita, o pulverizador BS3020 H. Ideal para atingir alta capacidade produtiva e durabilidade, a máquina permite a aplicação de mais hectares por dia de trabalho e com menor custo operacional. Além disso, o equipamento conta com um chassi exclusivo Flex Frame, sem qualquer componente soldado, permitindo o trabalho nos mais variados tipos de topografia e solo, sem perda de tração. O BS3020 H está disponível nas versões cana e grãos.
Coagra é a nova concessionária valtra no Chile
Schio é a maior frotista de tratores valtra BF75 no Brasil
A Coagra, empresa agrícola chilena de serviços agropecuários na cidade de Rosário, foi nomeada a nova concessionária Valtra no Chile. A partir de agora, ela representa a marca com o todo seu portfólio de produtos, serviço e peças. Essa é a 11ª unidade Valtra na América Latina. Para a região, estarão disponíveis as linhas já conhecidas no Brasil acrescidas de produtos vindos da Finlândia, como a Série T. A marca disponibiliza à Coagra, além dos equipamentos, uma equipe capacitada e treinada para oferecer aos produtores chilenos todo o apoio e assistência técnica. Roberto Mauro, gerente de exportações Valtra, afirma que o mercado de máquinas agrícolas do país é competitivo. “Por isso a inauguração desta unidade é muito importante para a Valtra, é necessária a instalação de um espaço de soluções com a devida infraestrutura”, afirma.
A Agropecuária Schio adquiriu cem novas unidades dos tratores Valtra BF75, tornando-se a maior frotista do modelo em todo o país. A venda foi negociada pela concessionária Stella, da cidade de Vacaria, no nordeste do Rio Grande do Sul, que trabalha há 46 anos com a Valtra e é a segunda concessionária mais antiga da marca no Brasil.
A Schio foi fundada em 1986, em Vacaria, e é a maior produtora de maçã no país e a maior processadora na América do Sul. Exporta ainda mais de 80% da maçã brasileira, sendo também a maior exportadora da fruta no Brasil.
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CoNHECimENTo // Livros e Sites
embrapa 40 anos
o poder da agricultura empresarial
máquinas agrícolas para plantio
O início da história da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) nos remete à década de 70. Foi ainda no regime militar que foi criada a empresa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Quarenta anos depois, a Embrapa segue desenvolvendo e idealizando soluções de pesquisa e inovação para a sustentabilidade da agricultura, visando benefícios a toda a sociedade. Sua atuação tem intermédio de Unidades de Pesquisa e de Serviços e de Unidades Administrativas, estando presente em quase todos os estados e em diferentes biomas do país.
Informações como essas estão disponíveis no site especial de comemoração do 40º aniversário da Embrapa. O portal ainda hospeda gráficos, vídeos, seção de notícias, agenda de eventos e aba de lançamentos do agronegócio no país. Quer saber mais? Acesse agora: www.embrapa.br/40anos
Somente no Brasil, entre julho de 2011 e março de 2012, a agricultura empresarial contratou R$ 67,8 bilhões. É o ramo que mais tem recebido investimentos em tecnologia no setor do agronegócio. Neste livro são relatadas e explicadas as maneiras como hoje se organiza e administra um empreendimento agrícola e como ocorre o desenvolvimento da agricultura empresarial brasileira. Por Antonio José de Oliveira. Ed. Saraiva, 264 páginas.
O uso de máquinas agrícolas no processo de plantio visa facilitar e aperfeiçoar as técnicas de cuidado com os solos. Isso é que propicia uma maior vida útil aos insumos e gera resultados positivos na produção. Este livro trata sobre o funcionamento de diversas máquinas de plantio, ensinando como avaliar seus desempenhos e como fazer suas regulagens para trabalharem em eficiente manejo de campo. Por Luiz Geraldo Mialhe. Ed. Millennium, 648 páginas.
PaRtICIPe da seção Conhecimento da Revista Valtra & Você. Envie suas sugestões de sites, livros, blogs e perfis em redes sociais que tratem sobre o mundo do agronegócio para
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Tratores Série S
• TRANSMISSÃO AVT - TRANSMISSÃO CONTINUAMENTE VARIÁVEL
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DE OPERAÇÃO
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COM A CABINE AUTOCOMFORT • EQUALIZAÇÃO DE POTÊNCIA E FORÇA:
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BH GERAÇÃO III. A LÓGICA DA LAVOURA.• Motores de 4 e 6 cilindros mais fortes da categoria • Melhor ergonomia
• Nova cabine • Novo sistema hidráulico • Menor raio de giro
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