UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO SOCIOECONÔMICO
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
JULIANA DE PELEGRIN
TERCEIRO SETOR: UM MAPEAMENTO DOS ARTIGOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS BRASILEIROS DE CONTABILIDADE
FLORIANÓPOLIS 2015
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
JULIANA DE PELEGRIN
TERCEIRO SETOR: UM MAPEAMENTO DOS ARTIGOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS BRASILEIROS DE CONTABILIDADE
FLORIANÓPOLIS 2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
TERCEIRO SETOR: UM MAPEAMENTO DOS ARTIGOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS BRASILEIROS DE CONTABILIDADE
Monografia apresentada ao Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientadora: Professora Dra. Suliani Rover
FLORIANÓPOLIS 2015
Juliana de Pelegrin
TERCEIRO SETOR: UM MAPEAMENTO DOS ARTIGOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS BRASILEIROS DE CONTABILIDADE
Esta monografia foi julgada adequada para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis, e aprovada em sua forma final pelo Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina.
___________________________ Professor(a) Dr.(a) Suliani Rover
Orientador
Professores que compuseram a banca:
______________________________ Prof.(a) Dr.(a) Denize Demarche Minatti Ferreira
______________________________ Prof.(a) Dr.(a) Orion Augusto Platt Neto
Florianópolis, 30 de novembro de 2015.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado a oportunidade de chegar
até aqui para viver esse momento tão especial.
A minha mãe Ana Maria Huppes, por ter me dado à vida, educação e seu
amor, também por sempre ter me incentivado a seguir em frente.
Ao meu marido Edemar, minha filhas Miriana e Eduarda por entenderem a
minha ausência em alguns momentos para que eu me dedicasse a essa faculdade.
Também aproveito para agradecer a esse bebê que estou esperando por ter
passado comigo essa última etapa dessa faculdade.
Aos colegas que estiveram junto comigo nessa caminhada, especialmente as
minhas colegas, Gabriela, Geanini e Sirlei que sempre me deram uma mãozinha
quando precisei.
Aos tutores e coordenadores do Polo da UFSC de Seberi, principalmente a
Tutora Neide que esteve sempre junto nessa caminhada.
E por fim, a minha orientadora Professora Dra. Suliani Rover por ter me
orientado nesse trabalho para que eu conseguisse chegar até aqui.
A todos, o meu muito obrigada.
RESUMO
PELEGRIN, Juliana de. Terceiro setor: um Mapeamento dos Artigos Publicados em Periódicos Brasileiros de Contabilidade. 2015. Monografia (Ciências Contábeis) – Departamento de Ciências Contábeis, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015. O presente trabalho tem como objetivo apresentar um mapeamento dos artigos sobre o Terceiro Setor publicados em periódicos brasileiros de Contabilidade classificados (A2, B1, B2, e B3), pela Capes. Essa pesquisa classifica-se como exploratória e descritiva. Quanto à abordagem do problema esta pesquisa se caracteriza como quali-quantitativa. A coleta de dados obteve 47 artigos, distribuídos em 16 periódicos, que tratam sobre o tema terceiro setor. Em relação ao perfil dos artigos publicados e analisados, verificou-se que a maioria é desenvolvida por 3 autores, utilizando-se do estudo teórico e com predominância da abordagem qualitativa. Percebe-se a predominância de estudos secundários, tendo como principal técnica de coleta de dados a entrevista e análise documental, sendo que a maioria das referências encontradas foram livros. Constatam-se também muitas referências sobre leis e dissertações. Verificou-se que a maioria dos artigos tem como área temática a Contabilidade e prestação de contas (accountability) de entidades do Terceiro Setor. Por fim, este estudo pretende contribuir para que se tenha um maior conhecimento sobre a temática e se apresente um panorama geral das pesquisas publicadas sobre o Terceiro Setor no Brasil.
Palavras-chave: Terceiro Setor. Contabilidade. Periódicos. Brasil.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Quantidade de autores por artigos..........................................................30 Gráfico 2 – Classificação dos artigos quanto à natureza do estudo em sua porcentagem...............................................................................................................32 Gráfico 3 – Classificação dos artigos quanto à fonte de dados.................................33 Gráfico 4 – Abordagem metodológica utilizada nos artigos.......................................34
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Definições de fontes de recursos do Terceiro Setor...............................20 Quadro 2 – Estudos anteriores sobre o Terceiro Setor..............................................23 Quadro 3 – Periódicos analisados..............................................................................26 Quadro 4 – Recomendações para pesquisas futuras................................................36 Quadro 5 – Livros mais citados..................................................................................39 Quadro 6 – Outras obras mais citadas.......................................................................39
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Número de artigos encontrados nos periódicos.......................................28 Tabela 2 – Ranking de publicações por periódicos....................................................29 Tabela 3 – Área temática dos artigos.........................................................................30 Tabela 4 – Ranking dos autores que mais publicaram nos artigos............................31 Tabela 5 – Classificação dos artigos quanto à natureza do estudo...........................32 Tabela 6 – Abordagem metodológica utilizada nos artigos........................................34 Tabela 7 – Classificação dos artigos quanto a Técnica de coleta e/ou análise dos dados..........................................................................................................................34 Tabela 8 – Referências mais utilizadas......................................................................38
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CEMPRE – Cadastro Central de Empresas CRC – Conselho Regional de Contabilidade IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística CFC – Conselho Federal de Contabilidade ONGs – Organizações não governamentais OSCIPs – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público FASFIL – Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativo NBC – Norma Brasileira de Contabilidade N.º -- Número RBGN – Revista Brasileira de Gestão de Negócios RC&F – Revista Contabilidade e Finanças BBR – Brazilian Business Review BASE – Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul RACE – Revista de Administração, Contabilidade e Economia RECONT – Registro Contábil REPeC – Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade REUNIR – Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí RGO – Revista Gestão Organizacional UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro EVA – Economic Value Added ILPI’s – Instituições de Longa Permanência para Idosos % – Porcentagem
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 12
1.1 TEMA E PROBLEMA .................................................................................. 13 1.2 OBJETIVOS ................................................................................................ 14
1.2.1 Objetivo geral ......................................................................................... 14 1.2.2 Objetivos específicos ............................................................................. 14
1.3 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA ................................................................ 14 1.4 ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA ................................................................ 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 16 2.1 TERCEIRO SETOR .................................................................................... 16 2.2 ENTIDADES QUE COMPÕEM O TERCEIRO SETOR. ............................ 20
2.2.1 Associações ........................................................................................... 20 2.2.2 Fundações ............................................................................................. 21 2.2.3 Organizações religiosas ......................................................................... 22
2.3 PESQUISAS ANTERIORES ...................................................................... 22 3 METODOLOGIA ........................................................................................ 25
3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................. 25 3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA .................................................................. 27
4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................... 28 4.1 ESTUDO BIBLIOMÉTRICO ....................................................................... 29
4.1.1 Área temática ......................................................................................... 30 4.1.2 Número de autores por artigo ................................................................ 30 4.1.3 Autores que mais publicaram nos artigos .............................................. 31 4.1.4 Natureza do estudo ................................................................................ 32 4.1.5 Fonte de dados ...................................................................................... 33 4.1.6 Abordagem metodológica ...................................................................... 33 4.1.7 Técnica de doleta de dados ................................................................... 34 4.1.8 Recomendações para futuras pesquisas ............................................... 35 4.1.9 Referências utilizadas ............................................................................ 38 4.1.10 Obras mais citadas .............................................................................. 38
5 CONCLUSÃO ............................................................................................. 41 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 43 APÊNDICE .................................................................................................... 48
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1 INTRODUÇÃO
A Contabilidade esta presente no dia a dia empresarial, e cada vez mais
as organizações tem que se adaptar a ela. Pode-se dizer que nenhum
empreendimento, seja do primeiro, segundo ou terceiro setor se sustenta em
longo prazo sem a Contabilidade.
O terceiro setor é caracterizado pelas fundações, associações,
organizações religiosas (BENTO, 2010). Essas instituições tem uma ligação
que relaciona essas entidades ao desejo de promover o bem comum, tanto
para com indivíduos necessitados como para outras causas que envolvam um
determinado fim beneficente.
O terceiro setor surgiu no momento em que a população não estava
mais satisfeita com o atendimento de prestação de bens e serviço que o
Estado disponibilizava (BENTO, 2010). De acordo com Bento (2010. p. 13), “as
organizações do terceiro setor, não têm obrigação de prestar serviços à
sociedade, mas se vem na “obrigação” de ajudar o Estado. Elas surgem de
demandas da sociedade não atendidas pelo Estado e mercado”.
Para Lacruz (2014, p. 20), “as entidades do terceiro setor ocupam um
espaço cada vez mais relevante na sociedade brasileira, executando tarefas
em que os outros setores não apresentam resultados efetivos do ponto de vista
da sociedade”.
O crescimento de entidades do terceiro setor tem feito com que
pesquisadores se interessassem em pesquisar sobre o assunto, inclusive no
Brasil, sendo, essas pesquisas divulgadas como artigos científicos publicados
em periódicos, trabalhos apresentados em congressos, desenvolvimento de
teses e dissertações, entre outros meios de divulgação de estudos sobre o
tema.
Neste contexto, o presente trabalho tem como foco de estudo o
mapeamento de artigos publicados em periódicos nacionais de Contabilidade
com a intenção de analisar as pesquisas desenvolvidas sobre o terceiro setor.
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1.1 TEMA E PROBLEMA
O Terceiro setor esta ocupando um espaço maior perante a sociedade,
segundo Nunes, (2006, p. 31), “encontra-se, portanto, preenchendo as lacunas
da sociedade onde o governo não alcança e ao mercado não interessa”.
Partindo desse contexto, pode-se dizer que a sociedade vem se
organizando para suprir suas necessidades, criando assim as organizações do
terceiro setor como as associações, fundações e Organizações não
Governamentais (ONGs).
Com o passar dos anos e com o aumento das organizações do terceiro
setor, os estudos sobre esse tema vem crescendo. Para Falconer (1999, p.02)
é “um dos temas que mais desperta interesse nas escolas e faculdades de
Administração no Brasil”.
Ainda segundo Falconer (1999),
Este surpreendente e inesperado interesse é reflexo de um conjunto de tendências complexas e interrelacionadas, como a adoção do discurso da cidadania empresarial e da responsabilidade social por parte das empresas privadas; dos programas de reforma do Estado que ocorrem no âmbito do governo federal e em estados e municípios, baseados nos pilares de descentralização política e administrativa, privatização de espaços anteriormente reservados à esfera estatal; e, o movimento de progressiva democratização da sociedade brasileira, que, aos poucos, deixa para trás a herança do período autoritário.
De acordo com Bento (2010), as organizações do terceiro setor
precisam de uma gestão de recursos, pois são financiadas com capital de
terceiros, como doações, convênios e parcerias. Para que esses parceiros,
doadores e o governo tenham segurança da aplicação correta dos recursos
repassados a essas organizações, os recursos devem ser presentados pela
Contabilidade, nas demonstrações contábeis e por isso devem ser bem geridos
(BENTO, 2010).
Nesse contexto, a Contabilidade tem importância para gestão dessas
organizações, sendo relevante compreender o estado da arte das pesquisas
desenvolvidas no Brasil sobre o tema. Assim, formulou-se a seguinte pergunta
de pesquisa: Qual o perfil dos artigos publicados em periódicos brasileiros de
Contabilidade que tenham como tema o terceiro setor?
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1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
O objetivo geral deste trabalho é apresentar um mapeamento dos artigos
sobre o Terceiro Setor publicados em periódicos brasileiros de Contabilidade.
1.2.2 Objetivos Específicos
Para atingir o objetivo geral definiram-se os seguintes como objetivos
específicos:
a) Selecionar os periódicos nacionais da área de Contabilidade a serem
analisados na pesquisa;
b) Identificar os artigos sobre Terceiro Setor nos periódicos nacionais de
Contabilidade;
c) Verificar as características dos artigos, analisando área temática,
autores, natureza do estudo, fonte de dados, abordagem metodológica,
técnicas de coleta ou análise dos dados, recomendações para futuros
estudos e tipos de referências e as obras mais citadas nas pesquisas.
1.3 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
As organizações sem fins lucrativos estão buscando mais o seu espaço
procurando demonstrar com mais clareza os resultados da sua administração,
que compreende tanto atividade econômica como humana.
A Contabilidade contribui para a gestão dessas organizações
conduzindo suas lideranças para tomada de decisões e ainda
profissionalizando o trato com seus recursos por meio de princípios adotados
por essa Ciência.
Para Silva (2009, p. 15), “como estas instituições habitualmente têm o
apoio do poder público ou têm seus projetos subsidiados por financiadores. É
importante que apresentem informações financeiras corretas, claras e
seguras.”
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Desse modo, essa pesquisa busca fazer um mapeamento dos artigos
publicados sobre o Terceiro Setor na área da Contabilidade para que com isso,
se tenha um maior conhecimento sobre a temática, se forneça sugestões para
futuras pesquisas e se apresente um panorama geral das pesquisas sobre o
Terceiro Setor no Brasil.
1.4 ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA
O presente trabalho é composto por cinco capítulos. O primeiro capítulo
apresenta a introdução, tema e problema, objetivos e justificativa.
Na seqüência, o segundo capítulo que aborda a fundamentação teórica,
apresentando os principais conceitos e a legislação sobre o Terceiro Setor,
assim como, pesquisas anteriores sobre o tema.
O capítulo terceiro apresenta a parte metodológica da pesquisa,
definindo os procedimentos adotados e a delimitação da pesquisa.
Posteriormente, tem-se o quarto capítulo que apresenta os resultados da
pesquisa, onde é possível acompanhar um estudo sobre a área temática,
autores, natureza do estudo, fonte de dados, abordagem metodológica,
técnicas de coleta ou análise dos dados, recomendações para futuros estudos
e tipos de referências e as obras mais citadas nos artigos.
E por fim, o último capítulo discute as considerações finais e principais
constatações da pesquisa.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 TERCEIRO SETOR
O terceiro setor, também chamado de entidades sem fins lucrativos,
compreende um conjunto de organizações sociais, como, associações,
fundações, institutos, organizações religiosas, etc. unidas por uma mesma
legislação reguladora.
Cardoso R. (1997, apud Zacarias et al. 2008, p. 89) descreve que:
Terceiro setor é um espaço de participação e experimentação de novos modos de pensar e agir sobre a realidade social. Sua afirmação tem o mérito de romper a dicotomia entre público e privado, na qual público era sinônimo de estatal e privado de empresarial. Existe uma lacuna deixada pelo governo e não ocupada pelas empresas privadas, seja por deficiência governamental e desinteresse das empresas que buscam lucro financeiro a sociedade organiza-se para ocupar esses espaços através do terceiro setor.
A sociedade esta se unindo para que essas entidades sejam criadas e
consigam ajudar mais pessoas com algo que elas necessitem, com a criação
de empregos e ajuda na área social, educacional e também na área cultural.
Segundo Albuquerque (2006, p.19):
As organizações que compõem o denominado terceiro setor têm características comuns, que se manifesta tanto na retórica como em seus programas e projetos de atuação: Fazem contraponto às ações do governo: os bens e serviços públicos resultam da atuação do Estado e também da multiplicação de várias iniciativas particulares. Fazem contraponto às ações de mercado: abrem o campo dos interesses coletivos para iniciativa individual. Dão maios dimensão aos elementos que as compõem: realçam o valor tanto político quanto econômico das ações voluntárias sem fins lucrativos. Projetam uma visão integradora da vida pública: enfatizam a complementação entre ações públicas e privadas
Para entender sobre o terceiro setor deve-se conhecer também o
primeiro e o segundo. Segundo a Comissão de Estudos do Terceiro Setor do
Conselho Regional de Contabilidade (CRC) do Rio Grande do Sul (2010/2011):
O primeiro setor é representado pelo Estado, tendo como uma das principais características em relação aos recursos, que esses são oriundos dos tributos e de financiamentos. Portanto, a aplicação desses recursos deve ser direcionada integralmente na infraestrutura, no bem-estar da sociedade e demais funções pertinentes ao estado. O segundo setor é representado pelas sociedades (empresas privadas). Tem como característica principal visar ao lucro. Quanto aos recursos, esses são oriundos da própria atividade (operação) e de
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financiamentos. Tendo a aplicação do seu resultado (lucro), observada a Lei das Sociedades por Ações, distribuído aos investidores. E para as sociedades de responsabilidade limitada, conforme designação dos sócios. O terceiro setor é representado pelas entidades sem finalidade de lucro. A característica principal dessas organizações é que não visam ao lucro. Os recursos são oriundos da própria atividade, além de doações, subvenções e financiamentos, sendo que a sua aplicação deve ser integralmente na própria atividade a qual foi instituída, de acordo com estatuto. No caso de eventual superávit este não deve ser distribuído aos associados/membros. Portanto, o resultado superavitário deverá ser reinvestido nas atividades-fins das entidades.
O primeiro setor não esta dando conta das demandas a serem atendidas
em muitos serviços, e o segundo setor tem como característica o lucro e, portanto
muitas vezes não consegue ou não busca fazer algo por atividades que não geram
lucro. Assim, as entidades do Terceiro Setor surgem para atuar nessas áreas.
Para melhor entendimento deste assunto, Paes (2004, p. 98) afirma que:
Antes de procurar conceituar, faz-se mister esclarecer que, junto com o Estado (Primeiro Setor) e com o mercado (Segundo Setor), identifica-se a existência de um Terceiro Setor, mobilizador de um grande volume de recursos humanos e materiais para impulsionar iniciativas voltadas para o desenvolvimento social, setor no qual se inserem as sociedades civis sem fins lucrativos, as associações civis e as fundações de direito privado, todas as entidades de interesse social.
Conforme Silva (2008), “o terceiro setor é visto como derivado de uma
conjunção entre as finalidades do primeiro setor e a natureza do segundo, ou
seja, composto por organizações que visam a benefícios coletivos [...] e de
natureza privada [..]”.
O terceiro setor vem ocupando espaço que se ampliou ainda mais com
as mudanças sociais, politicas e econômicas. Depois do aparecimento dessas
mudanças vários problemas surgiram, como por exemplo, o aumento da
pobreza, da violência, de doenças e também muitos outros tipos de conflitos.
Com o aparecimento desses problemas, houve um crescimento e uma
expansão maior no número de organizações do terceiro setor, para que a
necessidade social da população fosse totalmente atendida. Por estas
entidades não visarem lucro, o terceiro setor, busca acolher a sociedade
atendendo os problemas sociais buscando sempre resultados positivos,
criando ações voltadas para o crescimento comunitário e executando várias
atividades na assistência social (BERNARDO, 2010).
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Estas entidades sem fins lucrativos tem isenção de taxas de impostos.
Ainda segundo Barbosa apud Oliveira (2002, p. 53 e 54) as três condições para
que uma entidade tenha direito a imunidade institucional:
1. ”A primeira é a não-distribuição de lucros. Por outro lado, as entidades imunes não estão proibidas de, através dos preços de seus serviços e produtos, obterem receitas destinadas à sua expansão e manutenção; o que a lei proíbe é a distribuição dessas receitas a título de lucros ou dividendos aos seus fundadores, administradores ou mantedores”. 2. ”A segunda é a proibição de remessa de receitas ao exterior. Permite-se, porém, que a entidade, na consecução dos seus objetivos sociais, importe, por exemplo, aparelhos, livros etc., desde que sejam utilizados exclusivamente no Brasil”. 3. “A terceira exige que as entidades mantenham os livros de escrituração contábil em perfeita ordem e clareza, bem como a apresentação periódica de suas contas, extratos, balanços etc.”.
A natureza jurídica das organizações do Terceiro Setor é abordada nos
incisos I, III, IV e V do art. 44 do Código Civil, Lei n.º 10.406, de 10 de janeiro
de 2002 (BRASIL, 2002). Neste artigo, constam as pessoas jurídicas de direito
privado como as associações, as sociedades, as fundações, as organizações
religiosas e os partidos políticos.
Quanto às condições para imunidade, as entidades sem fins lucrativos
devem ter receitas para sua manutenção e sustento, desde que estas receitas
superem as despesas, o que estas entidades não podem obter são lucros para
que não ocorram destinações.
A imunidade é concedida a essas organizações conforme o art. 150 da
Constituição Federal (BRASIL, 1988), que prevê que é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre
"patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações,
das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de
assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei".
A mesma orientação sobre a imunidade é abordada pelo Código
Tributário Nacional (BRASIL, 1966), no art. 9º, o qual veda à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar impostos sobre
"patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações,
das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de
assistência social, sem fins lucrativos [...]".
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O Código Tributário Nacional (BRASIL, 1966), no art. 14, apresenta
condições que devem ser observadas por essas entidades, como segue:
Art. 14. Competência Tributária (Seção II – Disposições Especiais): I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro ou de participação no seu resultado; II – aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III – manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. § 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício. § 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo 9º são exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos respectivos estatutos ou atos constitutivos.
No Brasil, segundo pesquisa 'As fundações privadas e associações sem
fins lucrativos no Brasil' (FASFIL) desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE, 2010), existiam oficialmente, em 2010, 290,7 mil
Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos. Sua importância é
revelada pelo fato de este grupo de instituições representar mais da metade
(52,2%) do total de 556,8 mil entidades sem fins lucrativos e uma parcela
significativa (5,2%) do total de 5,6 milhões de entidades públicas e privadas,
lucrativas e não lucrativas, que compunham o Cadastro Central de Empresas
(CEMPRE), do IBGE (IBGE, 2012).
Conforme o Conselho Federal de Contabilidade (CFC, 2008, p. 23), o
terceiro setor apresenta as seguintes características básicas:
a) promoção de ações voltadas para o bem-estar comum da coletividade; b) manutenção de finalidades não-lucrativas; c) adoção de personalidade jurídica adequada aos fins sociais (associação ou fundação); d) atividades financiadas por subvenções do Primeiro Setor (governamental) e doações do Segundo Setor (empresarial, de fins econômicos) e de particulares; e) aplicação do resultado das atividades econômicas que porventura exerça nos fins sociais a que se destina; f) desde que cumpra requisitos específicos, é fomentado por renúncia fiscal do Estado.
Essas entidades sem fins lucrativos dependem de doações,
contribuições, mensalidades de associados, etc. para conseguirem se manter,
sem essas doações ou contribuições não conseguiriam continuar com suas
ações de ajuda à comunidade.
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De acordo com a NBC T 19.4 pode-se definir algumas dessas fontes,
conforme demonstrado no Quadro 1.
Quadro 1 – Definições de fontes de recursos do Terceiro Setor
Fontes Definição
Doações
“transferências gratuitas, em caráter definitivo, de recursos financeiros ou do direito de propriedade de bens, com finalidade de custeio, investimento e imobilizações, sem contrapartida do beneficiário.”(BRASIL, NBC T 19.4, item 19.4.2.1).
Contribuições “transferências correntes ou de capital, previstas na lei orçamentária ou especial, concedidas por entes governamentais a autarquias e fundações e a entidades sem fins lucrativos [...]” (BRASIL, NBC T 19.4, item 19.4.2.1).
Fonte: BRASIL, NBC T 19.4, item 19.4.2.1.
As organizações de Terceiro Setor devem possuir informações
financeiras transparentes para que quem contribuiu ou fez alguma doação
possa saber onde foram aplicados os recursos.
2.2 ENTIDADES QUE COMPÕEM O TERCEIRO SETOR
O terceiro setor é composto por várias entidades, associações,
fundações, organizações religiosas, cooperativas, partidos políticos, ONGs,
OSCIPs, entre outras. A seguir descrevem-se algumas delas.
2.2.1 Associações
Segundo a Comissão de Estudos do Terceiro Setor do Conselho
Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC/RS 2010/2011), as
associações constituem-se da organização de pessoas físicas, as quais se
reúnem e se organizam para desempenhar atividades com fins não
econômicos.
De acordo com o Art. 53 do Código Civil (BRASIL, 2002), “constituem-se
as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não
econômicos”. Para se constituir uma associação deve-se ter um estatuto, o
qual deve conter, conforme consta no art. 54 do Código Civil (BRASIL, 2002):
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: I - a denominação, os fins e a sede da associação; II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; III - os direitos e deveres dos associados; IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
21
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução. VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. (Incluído pela Lei nº 11.127, de 2005)
As associações nascem de um grupo de pessoas que tem o mesmo
objetivo, a favor de causas sociais, para poder assim ajudar sociedade. Deve
também ser criado um estatuto para que a associação legalmente exista.
2.2.2 Fundações
A Comissão de Estudos do Terceiro Setor do Conselho Regional de
Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC/RS 2010/2011) descreve fundações
como:
São organizações sem fins lucrativos, as quais podem ser públicas ou privadas. São instituídas a partir da destinação de um patrimônio com a finalidade de servir a uma causa, podendo esta ser de fins religiosos, morais, culturais ou de assistência. Não é necessária a reunião de várias pessoas para constituí-la, como no caso das associações.
Para sua constituição o art. 62 do Código Civil (BRASIL 2002) apresenta o seguinte:
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015) I – assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) III – educação; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) IV – saúde; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) V – segurança alimentar e nutricional; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) IX – atividades religiosas; e (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
22
Para se criar uma fundação é necessário um patrimônio, e também é
preciso criar um estatuto para reger suas atividades. Esse patrimônio deve ser
administrado para o alcance dos objetivos da fundação.
2.2.3 Organizações Religiosas
São entidades sem fins lucrativos que professam culto de qualquer
credo. São integradas por membros de confissão religiosas. (CRC/RS
2010/2011).
Para constituição das organizações religiosas segundo a comissão de
estudos do Terceiro Setor do CRC/RS 2010/2011, tem que se adequar as
seguintes legislações:
(i) Decreto 119 – A/1890 Constituição Federal art. 5º, inciso VI; art.
19, inciso I; art. 150, inciso VI, alínea b, § 4º;
(ii) Código Civil, art. 44;
(iii) Lei nº 10.825, de 22 de dezembro de 2003; e
(iv) Decreto nº 7.107, de 11 de fevereiro de 2010 – acordo entre o
Governo da República Federativa do Brasil e a Santa Sé,
relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil,
firmado na Cidade do Vaticano, em 13 de novembro de 2008.
As organizações religiosas são classificadas como entidades do Terceiro
Setor por serem entidades sem fins lucrativos, elas tem liberdade para
desempenhar suas atividades assistenciais com a população carente.
2.3 PESQUISAS ANTERIORES
Muitas são as pesquisas realizadas para analisar a produtividade
acadêmica na área da Contabilidade. Essas pesquisas são elaboradas com o
intuito de analisar e identificar as tendências, estruturas e características dos
artigos publicados nos periódicos, congressos e revistas. O Quadro 2 mostra
alguns estudos anteriores sobre o Terceiro Setor. Esses dados formam obtidos
através de uma busca na internet com as palavras-chave do estudo
23
bibliométrico e Terceiro Setor. Foram encontrados em Seminários, Congressos
e Periódicos, sendo a coleta realizada no dia 20 de novembro de 2015.
Quadro 2 - Estudos anteriores sobre o Terceiro Setor
Autores Objetivo Principais resultados
Olak, Slomski e Alves (2008)
Este trabalho tem como objetivo principal analisar as origens, características e evolução da produção acadêmica contábil no âmbito do Terceiro Setor no Brasil.
Pelos resultados apresentados, ficou evidente que as pesquisas nessa área são embrionárias, centradas em, basicamente, dois programas stricto sensu, e a disseminação ocorre quase que totalmente em congressos. Outra particularidade que merece destaque é que existem apenas duas publicações nas revistas pesquisadas.
Bento, Paiva e Casagrande (2010)
Evidenciar o perfil das publicações sobre contabilidade e gestão no terceiro setor nos periódicos nacionais classificados como nacionais Qualis B1 e B2.
Neste sentido chegamos à conclusão que as publicações na área de contabilidade e gestão do terceiro setor são em sua maioria pesquisas teóricas, com predominância qualitativa e utilizam procedimento técnico de pesquisa documental. São desenvolvidas, quase sempre por dois autores, com predominância de autores homens e com vínculo na área de administração. Destaca-se, ainda, um equilíbrio na classificação dos periódicos que publicam na área de contabilidade e gestão no terceiro setor, entre B1 e B2.
Chagas, Luz, Cavalcante e Queiroz (2010)
A presente pesquisa tem como objetivo comparar se houve evolução acadêmica da pesquisa contábil no Brasil relacionada às organizações do Terceiro Setor de 2007 a 2009, tendo como parâmetro a pesquisa realizada entre os anos de 2000 a 2006.
Com base no problema levantado, conclui-se que houve uma evolução na pesquisa acadêmica contábil relacionada ao Terceiro Setor. No entanto, notam-se algumas alterações no cenário desta pesquisa quando comparada com a anterior. Destaca-se uma pequena redução na produção por meio de dissertações, cabe ressaltar a observância quanto a quantidade de períodos pesquisados, 7 e 3 anos sucessivamente. Quanto à publicação em congressos, alguns não estão mais na lista de publicações, como é o caso do Congresso USP de Controladoria e Contabilidade.
Souza, Góis, Almeida e Araújo (2013)
Levantar, no período de 1994 a 2012, os trabalhos aprovados pelos Congressos Brasileiro de Custos (CBCustos) que possuam como foco o Terceiro Setor
Os resultados obtidos possibilitaram verificar que ainda há poucos artigos inseridos na temática do Terceiro Setor, dessa forma, esse tema ainda carece de pesquisas.
Marques, Reina, Rody e Campos (2015)
Identificar as características dos artigos científicos sobre o terceiro setor publicados em congressos e periódicos nacionais nos anos de 1998 a 2013.
Constatou-se que durante o período analisado não se pode afirmar se existiu ou não uma evolução quanto ao número de artigos publicados, uma vez que ocorreu uma significativa variação quanto ao nível de produção científica sobre Terceiro Setor durante os anos de 1998 a 2013. Sendo que a média anual foi de aproximadamente 7 trabalhos publicados, e o ano de 2012 foi o ano com o maior número de artigos publicados, 18 no total. Mas, mesmo não sendo possível inferir precisamente se houve ou não evolução na produção científica sobre o tema terceiro setor, dada a média anual encontrada, entende-se ser necessário estimular os pesquisadores da comunidade científica, que por sua vez, desenvolvam pesquisas sobre o tema terceiro setor.
Fonte: Elaborado pela autora.
24
Pode-se notar que dois artigos apresentados no Quadro 2 tem o objetivo
principal muito parecido, são os artigos de Olak, Slomski e Alves (2008) e
Marques, Reina, Rody e Campos (2015) que objetivam analisar e identificar as
características das publicações sobre o Terceiro Setor.
Os demais artigos se diferenciam pelos seus objetivos e também em
seus resultados. Pode-se notar que o estudo de Chagas, Luz, Cavalcante e
Queiroz (2010), os resultados mostram que houve uma evolução na pesquisa
acadêmica contábil relacionada ao Terceiro Setor, e na pesquisa apresentada
por Souza, Góis, Almeida e Araújo (2013), o resultado mostra que ainda há
poucos artigos inseridos na temática do Terceiro Setor.
25
3 METODOLOGIA
3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa necessita de métodos apropriados seja qual for o seu
fundamento. Segundo Gil (2002, p.17), pesquisa é definida como o
(...) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. (...) Na realidade a pesquisa desenvolve-se ao longo de um processo que envolve inúmeras fases, desde a adequada formulação do problema até a satisfatória apresentação e discussão dos resultados.
É necessário que os procedimentos usados para uma pesquisa estejam
de acordo com o assunto estudado, sempre analisando as técnicas e métodos
oriundos de resultados já elaborados. Segundo Rampazzo (2002, p.49):
A pesquisa é um procedimento reflexivo, sistemático, controlado e critico que permite descobrir novos fatos ou dados, soluções ou leis, em qualquer área do conhecimento. Dessa forma, a pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas por meio dos processos dos métodos científicos.
O presente trabalho traz uma pesquisa que se caracteriza como
exploratória e descritiva, que segundo Gil (2002, p. 41) “pesquisas
exploratórias têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vista a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses”, e ainda
conforme Gil (2002, p. 42) “pesquisas descritivas têm como objetivo primordial
a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou,
então, o estabelecimento de relações entre variáveis”.
Esta pesquisa esta caracterizada como exploratória, pois buscou-se
conhecer mais sobre o Terceiro Setor e apresentá-lo a população acadêmica
que ainda não o conhece.
A pesquisa possui abordagem qualitativa-quantitativa, pois, através da
pesquisa qualitativa é possível interpretar os resultados e ampliar o
conhecimento e através da pesquisa quantitativa pode-se mensurar os dados
coletados.
A fonte de coleta de dados é secundária por investigar trabalhos que já
tornaram-se públicos e foram analisados e tabulados por outros indivíduos. A
pesquisa é feita por meio de um estudo bibliométrico que para que para
26
Macias-Chapula (1998, p. 134), “é o estudo dos aspectos quantitativos da
produção, disseminação e uso da informação registrada”, e da aplicação da
análise de conteúdo.
Para a coleta de dados foram selecionados os artigos publicados nos
periódicos nacionais de Contabilidade com classificação Qualis/Capes A2, B1,
B2 e B3. Os periódicos analisados estão listados no Quadro 3.
Quadro 3 - Periódicos analisados
Periódicos QUALIS
RBGN. Revista Brasileira de Gestão de Negócios A2
RC&F Revista Contabilidade & Finanças A2
BBR. Brazilian Business Review B1
Contabilidade Vista & Revista B1
Enfoque: Reflexão Contábil B1
Revista Contemporânea de Contabilidade B1
Revista Universo Contábil B1
Advances in Scientific and Applied Accounting B2
BASE - Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos B2
Custos e @gronegócios Online B2
Revista de Contabilidade e Organizações B2
Contexto (UFRGS) B3
Contextus - Revista Contemporânea de Economia e Gestão
B3
RACE: Revista de Administração, Contabilidade e Economia B3
Registro Contábil - RECONT B3
REPeC. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade B3
Revista Ambiente Contábil B3
REUNIR: Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade B3
Revista Catarinense da Ciência Contábil B3
Revista Alcance (UNIVALI) B3
Contabilidade, Gestão e Governança B3
RGO. Revista Gestão Organizacional B3
Sociedade, Contabilidade e Gestão (UFRJ) B3
Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade B3 Fonte: Dados da pesquisa.
Foram verificados nos periódicos listados acima, os artigos que
apresentavam em seu titulo ou em seu resumo as seguintes palavras-chave,
procuradas no título e nos resumos dos artigos: Terceiro Setor, Organizações
sem fins lucrativos, OSCIPs, fundações e associações. No total, foram
analisados 24 periódicos e encontrados 47 artigos científicos sobre o Terceiro
Setor publicados em 16 periódicos nacionais de Contabilidade, sendo que em 8
periódicos não foram encontrados nenhum artigo sobre o Terceiro Setor. Essa
coleta de dados foi feita no mês de setembro de 2015.
27
Os itens a serem analisados nos artigos pra que a pergunta da pesquisa
seja respondida são os seguintes: área temática, autores, natureza do estudo,
fonte de dados, abordagem metodológica, técnicas de coleta ou análise dos
dados, recomendações para futuros estudos e tipos de referências e as obras
mais citadas nas pesquisas.
3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
O presente trabalho delimita-se aos artigos científicos publicados em
periódicos nacionais de Contabilidade, classificados pelo Qualis/Capes em A2,
B1, B2 e B3, que abordaram o tema Terceiro Setor, que estavam disponíveis
para o acesso e em idioma português.
28
4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
A Tabela 1 apresenta o número de artigos encontrados em cada
periódico analisado. Na primeira coluna encontram-se os periódicos
analisados, na segunda coluna a classificação de acordo com o Qualis/Capes e
na terceira coluna o número de artigos encontrados em cada periódico.
Tabela 1 – Número de Artigos Encontrados nos Periódicos
Periódicos QUALIS N.º de artigos encontrados
RBGN - Revista Brasileira de Gestão de Negócios A2 3
RC&F - Revista Contabilidade & Finanças A2 1
BBR - Brazilian Business Review B1 2
Contabilidade Vista & Revista B1 5
Enfoque: Reflexão Contábil B1 5
Revista Contemporânea de Contabilidade B1 4
Revista Universo Contábil B1 0
Advances in Scientific and Applied Accounting B2 0
BASE - Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos B2 0
Custos e @gronegócios Online B2 0
Revista de Contabilidade e Organizações B2 1 Contexto (UFRGS) B3 2
Contextus - Revista Contemporânea de Economia e Gestão B3 0
RACE - Revista de Administração, Contabilidade e Economia B3 0
Registro Contábil - RECONT B3 0
REPeC. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade B3 2
Revista Ambiente Contábil B3 4
REUNIR - Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade B3 3
Revista Catarinense da Ciência Contábil B3 2
Revista Alcance (UNIVALI) B3 1
Contabilidade, Gestão e Governança B3 7
RGO - Revista Gestão Organizacional B3 0
Sociedade, Contabilidade e Gestão (UFRJ) B3 3
Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade B3 2
Total de artigos 47 Fonte: Elaborado pela autora Conforme mostra a Tabela 1, foram encontrados 47 artigos com o tema
sobre Terceiro Setor nos 24 periódicos analisados nesta pesquisa.
O periódico que obteve o maior número de artigos publicados sobre o
Terceiro Setor foi Contabilidade Gestão e Governança com sete (7) artigos,
seguido dos periódicos, Contabilidade Vista & Revista e Enfoque: Reflexão
Contábil com cindo (5) publicações cada, Revista Contemporânea de
Contabilidade e Revista Ambiente Contábil com quatro (4) publicações,
29
Sociedade, Contabilidade e Gestão (UFRJ), RBGN. Revista Brasileira de
Gestão de Negócios e REUNIR - Revista de Administração, Contabilidade e
Sustentabilidade com três (3) artigos publicados cada. Destacam-se ainda na
sequência os periódicos, Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, BBR.
Brazilian Business Review, Contexto (UFRGS), REPeC - Revista de Educação
e Pesquisa em Contabilidade e Revista Catarinense da Ciência Contábil com
dois (2) artigos cada e com apenas um (1) artigo publicado encontram-se a
Revista Alcance, RC&F Revista Contabilidade & Finanças e Revista de
Contabilidade e Organizações, conforme apresentado na Tabela 2.
Tabela 2 – Ranking de Publicações por Periódicos
RANKING PERIÓDICO N.º DE
PUBLICAÇÕES
1º Contabilidade Gestão e Governança 7
2º
Contabilidade Vista & Revista 5
Enfoque: Reflexão Contábil 5
3º
Revista Ambiente Contábil 4
Revista Contemporânea de Contabilidade 4
4º
RBGN - Revista Brasileira de Gestão de Negócios 3 REUNIR - Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade 3
Sociedade, Contabilidade e Gestão (UFRJ) 3
5º
BBR. Brazilian Business Review 2 Contexto (UFRGS) 2 REPeC - Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade 2 Revista Catarinense da Ciência Contábil 2 Revista de gestão, finanças e contabilidade 2
6º
RC&F - Revista Contabilidade & Finanças 1
Revista Alcance 1 Revista de Contabilidade e Organizações 1
TOTAL 47 Fonte: Elaborado pela autora
4.1 ESTUDO BIBLIOMÉTRICO
Para responder a pergunta de pesquisa, os seguintes itens foram
analisados nos artigos: área temática, autores, natureza do estudo, fonte de
dados, abordagem metodológica, técnicas de coleta ou análise dos dados,
recomendações para futuros estudos e tipos de referências e as obras mais
citadas nas pesquisas.
Para melhor compreensão dos resultados obtidos, os dados foram
apresentados em tabelas, gráficos e quadros.
30
4.1.1 Área temática
A Tabela 3 exibe a classificação dos artigos encontrados quanto a sua área temática.
Tabela 3 – Área temática dos artigos
ÁREA TEMÁTICA DOS ARTIGOS QUANTIDADE
Contabilidade e prestação de contas (accountability) de entidades do Terceiro Setor 23
Gestão em entidades do terceiro setor 11
Disclosure (evidenciação) de informações à sociedade 8
Auditoria em entidades de terceiro setor 2
Balanço Social 1
Controladoria 1
Marketing, Sustentabilidade e técnicas de Análise de Mercado 1
TOTAL 47 Fonte: Elaborado pela autora.
Pode-se perceber que a maioria dos artigos tem como tema a área de
Contabilidade e prestação de contas (accountability) de entidades do Terceiro
Setor, sendo 23 artigos com esse tema.
As categorias Disclosure (evidenciação) de informações à sociedade;
Auditoria em entidades do Terceiro Setor; Contabilidade e prestação de contas
(accountability) de entidades do Terceiro Setor; Governança e desempenho no
terceiro setor, da área temática foram definidas através das áreas utilizadas no
congresso IX CONGRESSO ANPCONT. As demais categorias eram as que
mais se enquadravam nos assuntos dos artigos.
4.1.2 Número de autores por artigo
O Gráfico 1 mostra a quantidade de autores por artigo.
Gráfico 1 – Quantidade de autores por artigo
Fonte: Elaborado pela autora.
31
Pode-se notar que 38% (trinta e oito por cento) dos artigos foram
escritos por 3 autores, 26% (vinte e seis por cento) dos artigos que foram
desenvolvidos por 4 autores e com a participação de 2 autores por artigo que
teve a porcentagem de 23% (vinte e três por cento) dos artigos pesquisados. O
restante das publicações teve a porcentagem de 11% (onze por cento) com 1
autor e a menor porcentagem foi de apenas 2% (dois por cento) dos artigos,
desenvolvidos por 5 autores.
4.1.3 Autores que mais publicaram nos artigos
A Tabela 4 exibe o ranking dos autores que mais publicaram artigos nos
periódicos pesquisados.
Tabela 4 – Ranking dos autores que mais publicaram nos artigos
Ranking Lista de autores N.º de
publicações IES/UF Departamento
1º Paulo Roberto Cunha 4 FURB/SC Contabilidade Administração
2º Aneide Oliveira Araujo 3 UFRN/RN
Controladoria e Contabilidade
Jorge Eduardo Scarpin 3 FURB/SC Controladoria e Contabilidade
3º
Alexandre Assal Neto 2 FEARP-USP/SP Contabilidade
Gilberto de Andrade Martins 2 FEA/USP/SP Controladoria e Contabilidade
Ilse Maria Beuren 2 UFSC/SC Controladoria e Contabilidade
José Matias Pereira 2 UnB/UFPB/UFRN Contabilidade
Mariana Simões Ferraz do Amaral Fregones
2 FEA/USP/SP Contabilidade
Milton Jarbas Rodrigues Chagas
2 Unb/UFPB/UFRN Contabilidade
Orleans Silva Martins 2 PMIPGCC -
UnB/UFPB/UFRN/PB Contabilidade
Patricia Siqueira Varela 2 FEA/USP/SP Contabilidade
Poueri do Campo Mario 2 FEA/USP/SP Contabilidade
Roberto Carlos Klann 2 FURB/SC Contabilidade Administração
Silene Rengel 2 FURB/SC Contabilidade
Fonte: Elaborado pela autora
Os autores com mais publicações são Paulo Roberto Cunha, com 4
(quatro) publicações, Aneide Oliveira Araújo e Jorge Eduardo Scarpin com 3
32
(três) artigos publicados cada e com 2 (duas) publicações encontram-se 11
autores. O restante dos autores que foram encontrados nos artigos analisados
que somam o total de 123 autores, participarem de apenas 1 (uma) publicação
cada um nos artigos pesquisados.
4.1.4 Natureza do estudo
A Tabela 5 nos mostra a classificação dos artigos quanto à natureza dos
estudos.
Tabela 5 – Classificação dos artigos quanto à natureza do estudo
Classificação Quantidade Porcentagem
Estudo prático 14 29,79%
Estudo teórico 20 42,55%
Estudo teórico e prático 13 27,66%
TOTAL 47 100% Fonte: Elaborado pela autora.
No Gráfico 2 apresenta-se a classificação dos artigos quanto à natureza
do estudo em sua porcentagem.
Gráfico 2 - Classificação dos artigos quanto à natureza do estudo em sua porcentagem.
Fonte: Elaborado pela autora.
Pode-se notar que 42,55%, quase a metade dos artigos são
classificados como estudo teórico. Os estudos práticos representam o
33
percentual de 29,79%, conforme Quadro 4, e os estudos práticos e teóricos ao
mesmo tempo estão em 27,66% dos artigos pesquisados.
4.1.5 Fonte de Dados
O Gráfico 3 evidencia a classificação dos artigos quanto à fonte de dados. Gráfico 3 – Classificação dos artigos quanto à fonte de dados
Fonte: Elaborado pela autora.
A partir do Gráfico 3, observa-se que 42,55% dos artigos analisados, isto
é, 20 artigos de um total de 47 artigos, utilizaram dados secundários para sua
pesquisa. Quanto à utilização da fonte de dados primários (27,66%) e de dados
primários e secundários (29,79%) nos artigos analisados, observa-se um
equilíbrio. A fonte de dados primários foi utilizada em 13 dos 47 artigos
analisados e a fonte de dados primárias e secundárias no mesmo artigos forma
utilizados em 14 dos 47 artigos analisados.
4.1.6 Abordagem metodológica
A Tabela 6 evidencia a abordagem metodológica utilizada nos artigos
analisados.
34
Tabela 6 – Abordagem metodológica utilizada nos artigos
Abordagem Metodológica N.º de artigos
Quali‐quantitativa 9
Qualitativa 20
Quantitativa 18
TOTAL 47 Fonte: Elaborado pela autora. Pode-se verificar a partir da Tabela 6 que dos 47 artigos analisados, 20
utilizaram a abordagem qualitativa. Verifica-se ainda que 18 artigos se
utilizaram da abordagem quantitativa para sua pesquisa e apenas 8 dos 47
artigos analisados utilizaram a abordagem quali-quantitativa. Apresenta-se
também o gráfico 4 com esses dados.
Gráfico 4 - Abordagem metodológica utilizada nos artigos
Fonte: Elaborado pela autora.
4.1.7 Técnica de coleta de dados
A Tabela 7 mostra a técnica de coleta de dados utilizados nos 47 artigos
analisados.
Tabela 7 – Classificação dos artigos quanto a Técnica de coleta e/ou análise
dos dados
Técnica de coleta e/ou análise dos dados Frequência
Entrevista e Análise Documental 9
Questionário 8
Análise Documental 6
Pesquisa Bibliográfica 6
Análise de Conteúdo 3
Estudo de Caso 2
Análise Documental e Check List 1 (continua)
35
(continuação)
Técnica de coleta e/ou análise dos dados Frequência
Estudo de Caso 2
Análise Documental e Check List 1
Análise Documental e Pesquisa Bibliográfica 1
Análise Fatorial 1
Análise Literária 1
Contato Telefônico ou Correio Eletrônico 1
Experimento 1
Focus Group 1
Pesquisa Bibliográfica e Questionário 1
Pesquisa Bibliométrica e Análise de Conteúdo 1
Questionário e Análise de Conteúdo 1
Questionário e Análise Documental 1
Questionário e Entrevista 1
Questionário e Técnica de Observação 1
TOTAL 47 Fonte: Elaborado pela autora
Nota-se que os principais métodos utilizados nos 47 artigos analisados
são Entrevista e Análise Documental encontrado e, 9 doa 47 artigos
analisados, seguido da técnica Questionário que foi encontrada em 8 artigos
dentre os 47 analisados. Tem-se ainda a Análise Documental e a Pesquisa
Bibliográfica que também se destacam, sendo encontradas em 6 dos 47 artigos
que foram analisados. As outras técnicas de coletas e/ ou análise dos dados
encontradas formam, Análise de Conteúdo encontrada em 3 artigos.
Observa-se também que o método Estudo de Caso foi encontrado em 2
artigos e, Análise Documental e Pesquisa Bibliográfica, Análise Fatorial,
Análise Literária, Contato Telefônico ou Correio Eletrônico, Experimento, Focus
Group, Pesquisa Bibliográfica e Questionário, Pesquisa Bibliométrica e Análise
de Conteúdo, Questionário e Análise de Conteúdo, Questionário e Análise
Documental, Questionário e Entrevista e Questionário e Técnica de
Observação cada um encontrado em apenas 1 artigo.
4.1.8 Recomendações para futuras pesquisas
Dentre os 47 artigos analisados, apenas em 18 artigos consta
recomendações para pesquisas futuras. O Quadro 6 demonstra as
recomendações encontradas seus respectivos autores e em quais periódicos
estavam publicados os artigos.
36
Quadro 4 – Recomendações para pesquisas futuras
Recomendações para Futuras Pesquisas Autores/ Periódicos
Recomendação 1 - Talvez possa ser desenvolvido futuramente até um direcionador de valor agregado à comunidades melhor que o EVA, mas, ainda assim, é possível significativamente a gestão desses empresas que contribuem tanto para a comunidade
Neto, Araújo e Fregonesi (2006) RC&F Revista Contabilidade &
Finanças
Recomendação 2 - Como sugestão para novos estudos, recomenda-se o levantamento orçamentário do custo de prestação de serviço aos idosos, considerando não somente os valores gastos pela entidade, mas toda a necessidade de consumo de materiais, alimentos, medicamentos, tratamentos médicos, odontológicos e fisioterápicos, gastos com lazer, entre outros, incluindo os recebidos em doação. A ampliação e aprofundamento dos estudos acadêmicos da contabilidade neste setor social, bem como na área de atuação das ILPI’s, para que a contabilidade possa contribuir cada vez mais no processo decisório destas organizações pode ajudar a evitar equívocos no gerenciamento de recursos.
Zacarias, Leonardo, Silva e Borineli (2008)
Contabilidade Vista & Revista
Recomendação 3 – Recomenda-se a realização de estudos de casos de fundações com apreciação dos métodos de contabilização e posterior evidenciação. Em virtude dos resultados deste trabalho, recomenda-se estudos mais aprofundados sobre as Notas Explicativas, buscando-se conhecer a percepção dos profissionais a respeito de seu entendimento, ou procurando-se avaliar o nível de qualidade das Notas Explicativas das fundações, com o objetivo de entender quais as dificuldades encontradas em sua elaboração.
Silveira e Borba (2010) Contabilidade Vista & Revista
Recomendação 4 - Incentiva-se que novas pesquisas em amostras maiores e setores diferentes sejam conduzidas, a fim de auxiliar no conhecimento e demonstração do resultado social do Terceiro Setor.
Paula, Brasil e Mário (2009) Contabilidade Vista & Revista
Recomendação 5 – Sugere-se que novas pesquisas semelhantes a esta sejam feitas, ampliando a amostra, no sentido de incluir os demais congressos nacionais existentes que não foram investigados por este artigo. Sendo que os resultados dessas futuras pesquisados poderão ser comparados com os atuais.
Marques, Rody, Campso e Reina (2015)
Enfoque: Reflexão Contábil
Recomendação 6 - Este trabalho, que buscou contribuir para ampliar o nível de conhecimento no tema objeto do estudo no âmbito do Distrito Federal, nos permite sugerir que em trabalhos futuros, sejam testados os dados de outros anos e de outros estados brasileiros.
Cunha e Pereira (2012) Revista Contemporrânea de
Contabilidade
Recomendação 7 - Sugere-se que sejam feitas pesquisas sobre os controles internos em diversas organizações do Terceiro Setor, sem se prender em apenas um estudo de caso. Tais pesquisas podem mostrar o cenário das organizações a respeito dos controles internos, estimulando descobrir quais os fatores facilitadores e dificultadores para a implementação desses controles nas organizações do Terceiro Setor.
Ribeiro e Timóteo (2012) Revista Contemporrânea de
Contabilidade
Recomendação 8 - Assim, como recomendação para trabalhos futuros, sugere-se uma abordagem ilustrada com mais de um caso empírico e que envolva a controladoria juntamente com outras noções de sustentabilidade “social, ambiental, cultural, além da econômica.
Júnior, Malaquias e Souza (2008) Revista Contemporrânea de
Contabilidade
Recomendação 9 - A partir disso, recomenda-se a realização de estudos que avaliem a percepção dos gestores da organização quanto à qualidade das informações divulgadas, assim como as razões de a divulgação dos itens mínimos obrigatórios não serem atendidas.
Gollo, Schulz e Rosa (2014) Contexto (UFRGS)
Recomendação 10 - Com relação a pesquisas futuras sobre o tema, seria útil analisar o currículo lattes dos pesquisados identificados no quadro 2, com o objetivo de verificar se continuam ou não produzindo na área e quais veículos têm utilizado para disseminar a respectiva produção. Outra recomendação seria ampliar as bases de dados da investigação para outras revistas e programas sctricto sensu novos, cujos trabalhos não estão nas bases investigadas.
Olak, Slmoski e Alves (2008) REPeC. Revista de Educação e
Pesquisa em Contabilidade
Recomendação 11 - Para realização de novas pesquisas, recomenda-se a ampliação da amostra, utilizando um número maior de congressos e revistas, assim como uma análise de conteúdo para que se verifiquem quais são os problemas que merecem a maior atenção da parte dos pesquisadores.
Chagas, Luz, Cavalcante e Araújo (2011)
REUNIR - Revista de Administração, Contabilidade e
Sustentabilidade
(continua)
37
(continuação)
Recomendações para Futuras Pesquisas Autores/ Periódicos
Recomendação 12 - Outras pesquisas também podem investigar a efetividade na aplicação dos gastos, o impacto do programa na formação educacional da população e o que pensam os cidadãos dos municípios sedes sobre a atuação das entidades.
Borges, Pereira, Costa Borges, da Silva (2013)
REUNIR - Revista de Administração, Contabilidade e
Sustentabilidade
Recomendação 13 - Sendo assim, sugere-se que sejam realizados novos estudos a partir deste, a fim de constatar novas tendências.
Martins e Júnior (2012) REUNIR - Revista de Administração,
Contabilidade e Sustentabilidade
Recomendação 14 - Como sugestão de pesquisas futuras, sugere-se uma análise comparativa desses resultados com o de outras regiões do país ou até mesmo com cenários semelhantes em outros países.
Klan, Cunha, Rengel e Scarpin (2013)
Contabilidade, Gestão e Governança
Recomendação 15 - Para pesquisas futuras, sugere-se a ampliação da amostra incluindo outras entidades sem fins lucrativos que compõem o terceiro setor, como as fundações. Além disso, poderiam aprofundar-se em alguns achados desta pesquisa, como por exemplo, o processo de prestação de contas das entidades aos órgãos governamentais.
Carneiro, Oliveira e Torres (2011) Sociedade, Contabilidade e
Gestão (UFRJ)
Recomendação 16 - Outras pesquisas podem ser realizadas com uma ampliação na amostra de OSCIPs, comparando e analisando dados entre OSCIPs de diferentes regiões do País, ou até mesmo entre OSCIPs de países diferentes, devendo-se levar em consideração a cultura e o desenvolvimento de cada país, além das suas especificidades. As informações sobre evidenciação constante nas Demonstrações Contábeis de Organizações do Terceiro Setor podem ser analisadas fazendo um estudo comparativo entre as normas brasileiras de contabilidade e as normas internacionais de contabilidade
Chagas, Araújo e Damascena (2011)
Revista Ambiente Contábil
Recomendação 17 - Outrossim, pesquisas envolvendo universos do microcrédito de outros estados, assim como estudos de caso investigando com maior profundidade fatores críticos de sucesso na gestão do planejamento dessas instituições, contribuirão no avanço do conhecimento acerca do universo das OSCIPs de microcrédito.
Cunha, Szuster e Utzig (2014) Revista Ambiente Contábil
Recomendação 18 - Sugere-se para futuros trabalhos analisar a evidenciação contábil das fundações privadas considerando somente as normas estabelecidas em vista da adequação das NBC aos padrões internacionais, verificando, por exemplo, a nova forma de contabilização da receita, conforme determinado pela NBC TG 07 – Subvenção e Assistência Governamentais. Ainda para pesquisas futuras sugere-se, também, associar a efetividade obtida com as informações contabilizadas, observando a contribuição para o alcance dos objetivos da entidade e analisar o gerenciamento dos resultados das entidades observando os referenciais do controle interno para minimização dos riscos.
Pacheco, Szuster e Machado (2014)
Revista Ambiente Contábil
Fonte: Elaborado pela autora.
Muitas foram as sugestões identificadas nos artigos analisados como
mostra o Quadro 4. Deste modo pode-se perceber que muitos autores tem
sugestões parecidas como, por exemplo, as recomendações 4, 5, 11, 15 e 16
sugerem que para as próximas pesquisas sobre o mesmo tema do artigo, os
autores da pesquisas ampliem a amostra coletada na pesquisa. Também
observa-se que na recomendação 6, os autores sugerem para uma pesquisa
futura uma coleta de dados de outros anos e de outros estados brasileiros. Na
38
recomendação 14, os autores sugerem que seja feita uma análise comparativa
dos resultados obtidos na pesquisa com resultados de outras regiões do país.
4.1.9 Referências utilizadas
A Tabela 8 mostra as referências mais utilizadas para elaboração dos
artigos analisados.
Tabela 8 – Referências mais Utilizadas
Tipos de Referências Quantidade encontrada
Porcentagem
Livros 555 48%
Artigos de Periódicos Nacionais 122 11%
Artigos de Periódicos Internacionais 102 9%
Artigos de Eventos e Congressos 92 8%
Dissertações 76 7%
Outras 73 6%
Legislação 68 6%
Normas Contábeis 44 4%
Teses 14 1%
Monografias 6 1%
TOTAL 1152 100% Fonte: Elaborado pela autora. Observa-se a partir da Tabela 8 que foram encontradas 1.152
referências nos 47 artigos analisados. Pode-se observar que os autores
utilizaram-se em sua grande maioria de livros, forma encontradas 555
referências referente a livros, uma porcentagem de 48% dos artigos
analisados.
Verificou-se ainda a quantidade de artigos de periódicos tanto nacionais
(11%) quanto internacionais (9%) utilizados. As referências sobre artigos de
eventos ou congresso também se mostrou presente nos artigos analisados.
4.1.10 Obras mais Citadas
Os Quadros 5 e 6 apresentam as obras mais citadas, sendo que no
Quadro 5 tem-se os livros mais citados e no Quadro 6 as outras obras que
foram mais citadas.
O Quadro 5 apresenta os livros mais citados nos 47 artigos analisados.
39
Quadro 5 – Livros mais Citados
FREQUÊNCIA OBRA/LIVRO AUTOR (ES)
11 Contabilidade para Organização do Terceiro Setor Araújo
11 Contabilidade para Entidades sem fins Lucrativos Olak e Nascimento
10 Terceiro Setor: um estudo comparado entre Brasil e Estados Unidos Coelho
10 Administração de organizações sem fins lucrativos. Princípios e práticas Drucker
9 Fundações e entidades de interesse social: aspectos jurídicos contábeis e tributários Paes
8 Métodos e técnicas de pesquisa social Gil
7 Privado Porém Público - O Terceiro Setor na América Latina Fernandes
7 Teoria da Contabilidade Hedrinksen e Breda
7 Administrando organizações do Terceiro Setor Hudson
7 Organizações não governamentais e Terceiro Setor: criação de ONGs e estratégias de atuação Tachizawa
6 Teoria da Contabilidade Iudícibus
6 Pesquisa social: métodos e técnicas Richardson
5 Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática Beuren
5 O que é o Terceiro Setor? Fernandes
5 Gestão de ONGs: principais funções gerenciais Tenório Fonte: Elaborado pela autora
Pode-se notar com essa análise que as obras Contabilidade para
Organização do Terceiro Setor (Araújo) e Contabilidade para Entidades sem
fins Lucrativos (Olak e Nascimento) foram as obras mais citadas dentre os 47
artigos analisados, ambas encontradas em 11 artigos.
Nota-se também que o autor Fernandes aparece com a citação de 2
obras em um total de 12 artigos dentre os 47 analisados.
O Quadro 6 apresenta os outros tipos de obras mais citadas nos 47
artigos analisados.
Quadro 6 – Outras obras mais citadas
FREQUÊNCIA OBRA/OUTRAS AUTOR (ES)
9
Lei 9.790/99, de 23 de março de 1999. Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como organizações da Sociedade Civil de interesse público Brasil
9
A promessa do Terceiro Setor: um estudo sobre a construção do papel das organizações sem fins lucrativos e do seu campo de gestão Falconer
7 Formação e destinação do resultado em entidades do terceiro setor: um estudo de caso Bettiol Júnior
7 Manual de procedimentos contábeis e prestação de contas das entidades de interesse social
CFC - Conselho Federal de
Contabilidade (continua)
40
(continuação)
FREQUÊNCIA OBRA/OUTRAS AUTOR (ES)
5 Lei n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Novo código civil Brasil
5 As fundações privadas e associações sem fins lucrativos no Brasil 2002
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística
5
Evidenciação Contábil de Fundações Privadas de Educação e Pesquisa: Uma Análise da Conformidade das Demonstrações Contábeis de Entidades de Santa Catarina Silveira
Fonte: Elaborado pela autora
Entre outras obras mais citadas destacam-se 2 (duas) leis que são a Lei
nº 9.790/1999 de 23 de março de 1999, que dispõe sobre a qualificação de
pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como organizações da
Sociedade Civil de interesse público e a Lei n.º 10.406 de 10 de janeiro de
2002, que refere-se ao Novo Código Civil. Por fim, aparecem 3 (três)
dissertações que são de autoria de Falconer, Bettiol Júnior e de Silveira.
41
5 CONCLUSÃO
Este trabalho teve como objetivo geral apresentar um mapeamento dos
artigos sobre o Terceiro Setor publicados em periódicos brasileiros de
Contabilidade. Pra chegar a amostra da pesquisa, foram pesquisados 24 (vinte
quatro) periódicos nacionais classificados pelo Qualis/Capes em A2, B1, B2 e
B3. Em cada um desses periódicos foi verificado se havia a existência das
palavras: terceiro setor; organizações sem fins lucrativos; fundações,
associações; ONG; OSCIPs e cooperativas. Dos 24 (vinte e quatro) periódicos
nacionais pesquisados, apenas 16 (dezesseis) apresentaram artigos com as
palavras pesquisadas, nos quais foram encontrados um total de 47 (quarenta e
sete) artigos.
Para responder a pergunta de pesquisa foram analisados a área
temática, autores, natureza do estudo, fonte de dados, abordagem
metodológica, técnicas de coleta ou análise dos dados, recomendações para
futuros estudos e tipos de referências e as obras mais citadas nas pesquisas.
As principais constatações dessa pesquisa foram que a área temática
que mais prevaleceu foi Contabilidade e prestação de contas (accountability)
de entidades do Terceiro Setor. Quanto aos autores, percebe-se que a maior
parte dos artigos são escritos por 3 (três) autores, sendo que o autor que mais
predominou teve 4 (quatro) artigos publicados.
A maioria dos artigos refere-se a estudos teóricos e usam a fonte de
dados secundária. A abordagem que predomina nos artigos analisados é a
abordagem qualitativa e a técnica de coleta de dados mais utilizada é a
entrevista e análise documental.
Com relação às recomendações para pesquisas futuras, em apenas 18
artigos dentre os 47 analisados foi encontrado recomendações que são em sua
maioria sugestões para que se amplie a amostra coletada sobre o tema de
cada pesquisa. Quanto às referências, predomina em grande quantidade a
utilização de livros para elaboração dos artigos.
Portanto, respondendo a pergunta de pesquisa, o perfil dos artigos
publicados em periódicos brasileiros de Contabilidade que tem como tema o
terceiro setor são artigos que em sua maioria são escritos por 3 (três) autores,
estudos teóricos com a fonte de dados secundário a e abordagem qualitativa,
42
sendo a coleta de dados feita por entrevista e análise documental, utilizando-se
de livros para suas referências.
Como sugestão para futuras pesquisas sugere-se a aplicação desta
pesquisa para outro intervalo de classificação do Qualis/Capes, como A1, B4,
B5 e C, assim como de estudos internacionais, para verificar o perfil dessas
publicações comparando-as com essa pesquisa.
43
REFERÊNCIAS
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44
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48
APÊNDICE
Apêndice – Relação dos artigos analisados
N.º PERIÓDICO ARTIGO CLASS. ANO
1 RBGN. Revista Brasileira de Gestão de Negócios
A contribuição do contador para a gestão das empresas do terceiro setor: uma pesquisa de campo do Distrito Federal
A2 2007
2 RBGN. Revista Brasileira de Gestão de Negócios
A terceirização da causa pública: um estudo de caso voltado à promoção do trabalho sustentável
A2 2009
3 RBGN. Revista Brasileira de Gestão de Negócios
Responsabilidade Social na visão das organizações da sociedade civil
A2 2004
4 RC&F Revista Contabilidade & Finanças
Gestão baseada em valor aplicada ao terceiro setor
A2 2006
5 BBR. Brazilian Business Review
A imagem e a consciência da marca no terceiro setor e sua influência dobre a intenção de doar
B1 2015
6 BBR. Brazilian Business Review
Informações para prestação de contas e avaliação de desempenho de OSCIPs que operam com microcrédito
B1 2008
7 Contabilidade Vista & Revista
A utilização do custeio integral no processo de apuração de custos em entidades do terceiro setor: o caso de uma instituição de longa permanência de idosos
B1 2008
8 Contabilidade Vista & Revista
A gestão estratégica de custos nas organizações de terceiro setor: um estudo de caso no estado da Paraíba
B1 2008
9 Contabilidade Vista & Revista
Evidenciação contábil de fundações privadas de educação e pesquisa: uma análise da conformidade das demonstrações contábeis de entidades de Santa Catarina
B1 2010
10 Contabilidade Vista & Revista
Mensuração do retorno social de organizações sem fins lucrativos por meio do SROI - Social Return On Investiment
B1 2009
11 Contabilidade Vista & Revista
Características de governança corporativa das OSCIPs do programa de microcrédito da Badesc
B1 2011
12 Enfoque: Reflexão Contábil
A importância do gerenciamento contábil para as organizações do terceiro setor
B1 2006
13 Enfoque: Reflexão Contábil
Implicações das teorias do patrimônio líquido sobre as informações contábeis divulgadas por instituições do terceiro setor.
B1 2007
14 Enfoque: Reflexão Contábil
Demonstração do valor adicionado: aplicação em uma instituição do terceiro setor de Minas Gerais
B1 2008
15 Enfoque: Reflexão Contábil
Balanço social no terceiro setor: análise do nível de adesão ao modelo IBASE de uma organização hospitalar.
B1 2010
(continua)
49
(continuação)
N.º PERIÓDICO ARTIGO CLASS. ANO
16 Enfoque: Reflexão Contábil
Terceiro setor: panorama das tendências de 1998 a 2013 por meio de estudo bibliométrico
B1 2015
17 Revista Contemporânea de Contabilidade
Captação de recursos no terceiro setor: fatores estratégicos para divulgação de informações
B1 2012
18 Revista Contemporânea de Contabilidade
A adoção dos controles internos em uma organização do terceiro setor como sustentabilidades econômica: um estudo de caso em uma associação de Minas Gerais
B1 2012
19 Revista Contemporânea de Contabilidade
Controladoria como uma opção à sustentabilidade econômica nas organizações do terceiro setor: o caso de uma associação
B1 2008
20 Revista Contemporânea de Contabilidade
Terceiro setor e contabilidade: compilações de uma pesquisa.
B1 2004
21 Revista de Contabilidade e Organizações
Procedimentos de auditoria aplicado pelas empresas de auditoria independente de Santa Catarina em entidades do terceiro setor
B2 2010
22 Contexto (UFRGS) Evidenciação contábil em entidades brasileiras de terceiro setor: adequação às normas brasileiras de contabilidade
B3 2014
23 Contexto (UFRGS) Características peculiares das entidades do terceiro setor.
B3 2011
24 REPeC. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade
As publicações acadêmicas na pesquisa contábil no Brasil, no âmbito das organizações do terceiro setor
B3 2008
25 REPeC. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade
Estudo sobre a captação de recursos materiais e financeiros em entidades do terceiro setor situadas nas cidades de Vila Velha e Vitória (ES)
B3 2008
26
REUNIR - Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade
Publicações acadêmicas de pesquisas em contabilidade sobre terceiro setor no Brasil: análise do período de 2007 a 2009
B3 2011
27
REUNIR - Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade
Educação fiscal, terceiro setor e funções do governo: uma análise da influência do programa de educação fiscal do RN nos indicadores das funções de governo dos municípios
B3 2013
28
REUNIR - Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade
Formação de preço de serviço no terceiro setor: uma investigação em uma organização do Estado da Paraíba
B3 2012
29 Revista Catarinense da Ciência Contábil
Terceiro setor e imunidade – DOI: http:\\dx.doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v9n25p9-18
B3 2010
30 Revista Catarinense da Ciência Contábil
Entidades Filantrópicas e a contabilidade: Aspectos conceituais e legais: DOI: http:\\dx.doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v8n24p81-96
B3 2003
(continua)
50
(continuação)
N.º PERIÓDICO ARTIGO CLASS. ANO
31 Revista Alcance Gestão de ONGs e desenvolvimento social: paradoxos e desafios da administração no terceiro setor
B3 2004
32 Contabilidade Gestão e Governança
Normas e prática contábeis aplicadas ao terceiro setor
B3 2004
33 Contabilidade Gestão e Governança
Profissionalização da gestão organizacional no terceiro setor: um estudo de caso na fundação instituto feminino da Bahia
B3 2010
34 Contabilidade Gestão e Governança
Metodologia SROI: uma proposta para cálculo do valor sócio-econômico das organizações do terceiro setor
B3 2005
35 Contabilidade Gestão e Governança
Redes e parcerias: O Ecomapa como instrumento de análise
B3 2013
36 Contabilidade Gestão e Governança
Governança e relações de poder: Orientando as boas práticas em coopetaivas e outras sociedades de pessoas
B3 2015
37 Contabilidade Gestão e Governança
O voluntáriado nas entidades filantrópicas paulistanas: o valor não registrado contabilmente.
B3 2003
38 Contabilidade Gestão e Governança
Avaliação de desempenho das instituições de Ensino Superior pertencente à associação Catarinense das fundações educacionais (ACAFE)
B3 2012
39 Sociedade, Contabilidade e Gestão (UFRJ)
A utilização de instrumentos de contabilidades gerencial em entidades do terceiro setor
B3 2013
40 Sociedade, Contabilidade e Gestão (UFRJ)
Accountability e prestação de contas das organizações do terceiro setor: uma abordagem à relevância da contabilidade
B3 2011
40 Sociedade, Contabilidade e Gestão (UFRJ)
Accountability e prestação de contas das organizações do terceiro setor: uma abordagem à relevância da contabilidade
B3 2011
41 Sociedade, Contabilidade e Gestão (UFRJ)
Gênero e estilo de gestão: um estudo em organizações não governamentais (ONGs) Brasileiras.
B3 2011
42 Revista de gestão, finanças e contabilidade
Auditoria externa em organizações do terceiro setor: um estudo da percepção de contadores e não contadores
B3 2012
43 Revista de gestão, finanças e contabilidade
Análise de mercado como ferramenta para o terceiro setor
B3 2011
44 Revista Ambiente Contábil
Organizações sem fins lucrativos: um estudo bibliométrico
B3 2013
45 Revista Ambiente Contábil
Evidenciação das subvenções e assistências governamentais recebidas pelas OSCIPs: um análise empírica nos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte
B3 2011
46 Revista Ambiente Contábil
Gestão e desempenho em organizações de sociedade de interesse público (OSCIPs): um estudo em entidades de microcrédito
B3 2014
47 Revista Ambiente Contábil
Evidenciação Contábil em fundações privadas de saúde: uma análise das prestações de contas de entidades do município de Belo Horizonte
B3 2014