TURI
SMO
DE
LISB
OA
N.º 122
FEVEREIRO
2014
Índice LISBOAXXXX
OBSERVATÓRIODO TURISMODE LISBOA JANEIRO
2014
No Interior
NuNO BOtELhO
Director Da eV-essência Do Vinho
REgIãO dE LISBOApROdutO tuRÍStIcO dE EXcELÊNcIA
MARIA DAS DORES MEIRA
SEtúBAL A cApItAL dA MARgEM NORtE
REGIÃO DE LISBOA
pASSA BARREIRA dOS 10 MILhÕES dE dORMIdAS
TURISMO DE LISBOA | 3
D E S T A Q U E S
Editorial 4 A consolidação e a inovação da nossa Região enquanto destino turístico
é, como todos sabemos, um trabalho diário e interminável, porque, acima de tudo, pretendemos que a nossa estratégia de actuação reflicta a individualidade e a complementaridade deste universo de players.
Nacional 5 Pela primeira vez na história do Turismo de Lisboa, a hotelaria da região da
capital ultrapassou a fasquia dos 10 milhões de dormidas num único ano, de acordo com os dados de 2013 do INE – Instituto Nacional de Estatística.
Tesouros 14Por muito desatentos que sejamos na nossa vida diária, a calçada portuguesa jamais nos deixará indiferentes ao percorrermos as ruas de Lisboa. Inicialmente designada por calçada-mosaico, é fruto da persistência de várias gerações que têm vindo a apostar numa aplicação de pavimentos que fazem actualmente parte dos longos caminhos da história de um povo.
Entrevista 16A Região de Lisboa é, por si só, um produto turístico de excelência, dado que alia história a um cosmopolitismo e com contemporaneidade singulares no nosso país. Reúne, em suma, uma oferta que a torna única em Portugal. Quem o afirma é o director da EV- Essência do Vinho, empresa especializada na produção de eventos enogastronómicos, Nuno Botelho.
Tendências 21Autocolantes coloridos e seis categorias diferentes fazem o mapa de uma cidade. Esta é a ideia do My Own Idea (MOID), um espaço de partilha de experiências que tem como cenário a cidade de Lisboa.
Lisboa Vista de Fora 22Quatro páginas, dezenas de sugestões e várias fotografias ilustrativas da riqueza de Lisboa compõem um artigo, publicado na revista Gazeta do Povo, dedicado à capital portuguesa e à sua vasta oferta turística.
Observatório 23Os resultados estatísticos da hotelaria da Cidade de Lisboa e da Região, no mês de
Janeiro de 2014. O movimento no Mercado de Cruzeiros e no Golfe da Região.
Entrevista 31Setúbal já é a grande capital da margem Norte do Sado. Queremos acabar, de uma vez por todas, com o discurso que subalterniza e marginaliza social e politicamente toda esta grande região que é a Península de Setúbal, afirma a Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira.
Boletim Interno 37O Pátio da Galé está nomeado para o Melhor Espaço de Eventos, na 4.ª edição dos Publituris Trade Awards, galardões que premeiam o melhor do Turismo em Portugal.
Market Place 41Lisboa surpreende quem a visita e quem nela habita pela multiplicidade da oferta que, constantemente reinventada, adapta-se a todos os gostos e supera expectativas.
Notas Finais 50Notícias recentes dão conta da possibilidade de a centenária “Ginginha sem rival” das Portas de Santo Antão poder vir a encerrar em 1 de Julho, por causa da denúncia do respectivo contrato de arrendamento, permitida pela iníqua lei das rendas aprovada em 2012 e que tarda em ser corrigida.
4 | TURISMO DE LISBOA
A Região de Lisboa registou, em 2013, o seu
melhor ano de sempre em termos de dormi-
das, ao ultrapassar a fasquia dos dez milhões.
Trata-se de mais um reconhecimento que
muito nos apraz constatar e que, acima de
tudo, nos consolida enquanto destino turístico
de topo, que prima pela qualidade e diver-
sidade da oferta. Estas são apenas algumas
das razões que estão por detrás do número
cada vez maior de turistas que nos visita, bem
como daqueles que manifestam intenção de
regressar.
Por sua vez, o Porto de Lisboa bateu também
mais um recorde, ao registar, igualmente no
ano transacto, 353 escalas e 558.040 passa-
geiros de cruzeiro. Como se pode constatar,
Lisboa afirma-se, igualmente, no universo do
cruzeirismo, sinónimo da sua versatilidade e
atratividade crescentes, próprias de um des-
tino que se apresenta à medida das expec-
tativas de cada visitante.
Apta a organizar e a receber a mais diversa
plêiada de iniciativas, independentemente
das características e dimensão, a região es-
teve, entretanto, sob os holofotes da políti-
“A REGIÃO DE LISBOA REGISTOU,
EM 2013, O SEU MELHOR ANO
DE SEMPRE EM TERMOS DE
DORMIDAS, AO ULTRAPASSAR A
FASQUIA DOS DEZ MILHÕES”
“APTA A ORGANIZAR E A RECEBER
A MAIS DIVERSA PLÊIADA DE
INICIATIVAS, INDEPENDENTEMENTE
DAS CARACTERÍSTICAS E
DIMENSÃO, A REGIÃO ESTEVE,
ENTRETANTO, SOB OS HOLOFOTES
DA POLÍTICA E DA ECONOMIA
INTERNACIONAIS, ATRAVÉS DA
“THE LISBON SUMMIT”
ca e da economia internacionais, ao acolher
mais de 200 representantes governamen-
tais, líderes empresariais, investidores e
oradores de referência na “The Lisbon Sum-
mit”, uma conferência organizada pela “The
Economist Events”.
Cascais foi a anfitriã dos trabalhos associa-
dos a este evento que, pela natureza medi-
ática de que se revestiu, projectou, uma vez
mais, a nossa imagem no mundo.
A consolidação e a inovação da nossa Re-
gião enquanto destino turístico é, como to-
dos sabemos, um trabalho diário e intermi-
nável, porque, acima de tudo, pretendemos
que a nossa estratégia de actuação reflicta
a individualidade e a complementaridade
deste universo de players. Antes de decidir
o que quer que seja, há, pois, que ouvir,
debater, definir estratégias e, só então, pas-
sar à aplicação prática no terreno. Estamos
a trabalhar, garantidamente, e cientes de
que juntos faremos mais e melhor. Nem
sempre é fácil, mas esta é uma missão que
assumimos e que nos propomos levar a
bom porto.
SOB A Luz dOS hOLOFOtES
E D I T O R I A L
Mário Machado Presidente Adjunto do Turismo de Lisboa
TURISMO DE LISBOA | 5
NACIONAL
REGIÃO DE LISBOA
pASSA BARREIRA dOS 10 MILhÕES dE dORMIdASPela primeira vez na história do Turismo de
Lisboa, a hotelaria da região da capital ultra-
passou a fasquia dos 10 milhões de dormidas
num único ano, de acordo com os dados de
2013 do INE – Instituto Nacional de Estatísti-
ca. Esta performance de 10,067 milhões de
dormidas representa um acréscimo de 6,6 por
cento relativamente ao ano anterior.
Em consequência, os proveitos totais subiram
8,5 por cento para 587 milhões de euros. Lis-
boa é, hoje em dia, um destino turístico de
PORTO DE LISBOA
BAtE REcORdE NOS cRuzEIROS EM 2013Com 353 escalas e 558.040 passageiros de
cruzeiro, o Porto de Lisboa registou em 2013
novos recordes no que respeita à actividade de
cruzeiros, superando assim as 330 escalas con-
tabilizadas em 2011 (o melhor ano em termos
de escalas) e os 522.604 passageiros registados
em 2012.
O ano de 2013 foi, indiscutivelmente, o melhor
ano de sempre da actividade de cruzeiros no Por-
to de Lisboa, com um crescimento de 12 por cen-
to ao nível das escalas, e de sete por cento ao ní-
vel dos passageiros, quando comparados com as
314 escalas e os 522.604 turistas contabilizados
no ano anterior. Em termos de escalas o aumento
foi impulsionado quer pelo incremento de 81 por
cento das escalas consideradas de interporting,
que contabilizou um total de 47 escalas, o maior
número de sempre, contra as 26 registadas em
2012, quer pelo aumento de 45 por cento das
escalas em turnaround, que cresceram de 44
para 63. O crescimento destes dois segmentos
contribuiu para que o número de passageiros em
turnaround aumentasse 16 por cento – passando
de 44.006 para 50.834 – facto que, associado à
variação positiva de seis por cento dos passa-
geiros em trânsito, que transpõem pela primei-
ra vez a barreira do meio milhão de passagei-
ros (507.206), justifica o aumento do número
total de passageiros. Ainda no que diz respeito
às escalas, as 353 escalas foram realizadas por
um total 120 navios de cruzeiro, o que consti-
tui, também, um novo recorde já que é o maior
número de sempre de navios que escalaram o
Porto de Lisboa. Neste contexto, importa ainda
referir que, em 2013, o Porto de Lisboa rece-
beu 16 navios em primeira escala, dos quais
quatro eram novos, ou seja, saídos de estaleiro
durante o ano de 2013, o que reforça a im-
portância crescente que o porto da capital tem
vindo a assumir na inclusão dos itinerários da
nova frota dos diferentes operadores.
De salientar, ainda, os tripulantes dos navios
que visitaram Lisboa que em 2013 totaliza-
ram 232.496, logo, mais 10 por cento face aos
211.546 registados em 2012.
baixa sazonalidade e com oferta diversificada
e de qualidade. Estes indicadores oficiais con-
firmam a evolução da economia do Turismo
da região da capital.
No mesmo período, o Porto de Lisboa bateu
também um recorde, ao registar 558.040 pas-
sageiros de cruzeiros – mais sete por cento
que no ano anterior. Por seu turno, o Aeropor-
to de Lisboa ficou, pela primeira vez, acima
dos 16 milhões de passageiros, averbando um
crescimento de movimento de 4,6 por cento.
Mário Machado, presidente adjunto da Asso-
ciação Turismo de Lisboa (ATL), a agência re-
gional de promoção turística, comentou:
“Estes indicadores são resultado dos impor-
tantes investimentos em equipamentos e
promoção. Tem sido um trabalho exemplar de
parceria entre as empresas privadas e as enti-
dades públicas, o qual projecta a necessidade
de definir novas estratégias que, além de fide-
lizarem mercados e produtos existentes, nos
impulsionem para alargar a oferta.”
6 | TURISMO DE LISBOA
RUA AUGUSTA
uMA dAS MAIS BONItAS dO MuNdO
A Rua Augusta está entre as mais belas do mundo segundo os critérios da
revista de viagens espanhola Condé Nast Traveler que escolheu as “31 ruas a
percorrer antes de morrer”.
“De rua em avenida, de passeio em beco, esta é uma selecção dos
pavimentos e calçadas mais bonitas que encontrámos em todo o mundo”,
escreve a publicação espanhola, que aconselha os viajantes a optar
“por calçado cómodo” quando visitarem os 31 locais escolhidos.
A Condé Nast Traveler destaca que a Rua Augusta, na cidade, apre-
senta “o encanto do velho, do novo e da mistura entre ambos numa
simbiose inigualável”.
Das 31 ruas seleccionadas pela publicação espanhola faz também
parte o Cais da Ribeira, no Porto, as Ramblas de Barcelona e a Gran
Vía de Madrid, em Espanha, o grande canal de Veneza, em Itália, a
High Line, em Nova Iorque, a Ocean Drive, em Miami, nos Estados
Unidos, a Neal’s Yard, em Covent Garden, Londres, a marroquina rua
azul de Chefchaouen, a Nerudova de Praga e a parisiense Norvins.
A lista estende-se ainda por outros locais do mundo como Temple
Bar (Dublin), Via Margutta (Roma), Petit Champlain (Quebeque, Ca-
nadá), Shomben Yokocho (Tóquio, Japão) ou Shan Tang (Suzhou,
China).
CNN AFIRMA
LISBOA É uMA cIdAdE “cOOL” E A EStAÇãO dE MEtROdAS OLAIAS É uMA dAS MAIS IMpRESSIONANtES
Para além de considerar Lisboa como a cida-
de mais “cool” da Europa, a cadeia norte-
-americana CNN inclui a estação de metro
de Olaias num top que contempla as mais
impressionantes da Europa.
De acordo com a CNN a atmosfera, o
clima, a gastronomia e a vida nocturna
fazem da capital portuguesa um ponto
de visita obrigatório, e por isso a cida-
de mais “cool” da Europa. Locais como o
Bairro Alto e Cais do Sodré são elogiados
pela jornalista Fiona Dunlop da cadeia
norte-americana pela oferta de bares
noite dentro, com destaque para o Lux e
a Pensão Amor. Na gastronomia, elege
a cozinha experimental, por exemplo no
Belcanto, mas também as bifanas e os
afamados pastéis de Belém.
A proximidade de praias fantásticas é
também apontada como uma grande
mais-valia e Lisboa é referida como uma
das poucas capitais com este tipo de facili-
dades, com referência às praias no Estoril,
Cascais e Sintra.
A CNN destaca ainda o design e a arte
como mais dois bons motivos para visitar
Lisboa, sublinhando a colecção Berardo e
os museus da Gulbenkian, de Arte Antiga e
do Oriente. A reportagem termina com um
comentário sobre as “ruas fascinantes” de
Alfama e da Mouraria.
Num outro artigo, a Estação das Olaias
foi considerada pela CNN como uma das
mais impressionantes da Europa. A cadeia
de televisão norte-americana destaca “um
espaço caprichosamente colorido” e uma
“obra de arte moderna”.
A estação foi inaugurada em 1998 e é da
autoria do arquitecto Tomás Taveira.
TURISMO DE LISBOA | 7
N A C I O N A L
ESTUDO REVELA
LISBOA É A MELhOR cIdAdE pARA VIVER, VISItAR E INVEStIRLisboa é a melhor cidade, em Portugal, para se viver, visitar e investir, de
acordo com o City Brand Ranking divulgado pela empresa de consultoria in-
ternacional Bloom Consulting.
O ranking elaborado com base em três dimensões: Investimento, Turismo e
Talento revela que a capital portuguesa “é um Município à parte dos restantes,
pois ultrapassa-os tanto a nível regional como a nível nacional”.
Filipe Roquette, director-geral da consultora explica que de acordo com o es-
tudo, “Lisboa é quem melhor responde às necessidades das pessoas, tem a
melhor percepção de marca, quer em termos de marca turística como
em termos de marca de investimento, e isso reflecte-se na própria eco-
nomia: quanto melhor a marca mais vai captar para a cidade”.
«Uma «marca-cidade» é um activo para os municípios. Deve ser ge-
rida de forma a potenciá-los e com o propósito de alcançar diferentes
objectivos. Segundo a nossa metodologia, existem três dimensões pri-
mordiais através das quais se pode aferir, de forma tangível, o potencial
de uma «marca-cidade»: comércio (investimento), turismo e talento»,
acrescenta Filipe Roquette, em comunicado. Lisboa está em primeiro lu-
gar em todas elas.
De acordo com o ranking da Bloom Consulting, Lisboa, Porto e Braga
ocupam as três primeiras posições. Oeiras segue na quarta posição, en-
quanto Coimbra fecha o “top5 “. Nos lugares seguintes estão Aveiro,
Leiria, Faro, Guimarães e Cascais.
Os dados estatísticos utilizados para a construção do estudo remetem
para fontes oficiais como o Instituto Nacional de Estatística, a Associação
Nacional de Municípios Portugueses e o portal Pordata.
Especializada no trabalho de «marcas-país», um pouco por todo o mun-
do, a Bloom Consulting acaba de iniciar a sua actividade no mercado
português. Com base no know-how adquirido através da publicação do
Bloom Consulting Country Brand Ranking, a consultora desenvolveu, pela
primeira vez, o Bloom Consulting Portugal City Brand Ranking.
10.ª EDIÇÃO DA EXPOEVENTOS
cOM FOcO NOS EVENtOS dO FutuROO tema da 10.ª edição da ExpoEventos, a
ter lugar a 2 e 3 de Julho no Double Tree by
Hilton Lisbon – Fontana Park terá como foco
“Os Eventos do Futuro”.
Com este tema a organização pretende assi-
nalar os 10 Anos da ExpoEventos, lançando
um amplo debate sobre o futuro do sector.
Do programa geral, constam como habitual-
mente os Seminários Gest, sobre Gestão de
Eventos, Turismo de Negócios e Marketing
Desportivo e a Gala dos Eventos, com a
entrega dos prémios do sector. A novidade
desta edição é a realização da Conferência
“Os Eventos do Futuro – Portugal, Eventos
2025”.
Segundo a organização, esta “edição espe-
cial” justifica-se porque, “com a colabora-
ção de uma extensa rede de parceiros de
grande referência, a ExpoEventos está há
10 anos a liderar a estruturação do sector
e a antecipar as tendências. Foi pioneira
na “exposição” e na formação, onde ligou
e continua a ligar o sector ao ensino e às
universidades. Foi fundadora e continua a
impulsionar o associativismo e o reconheci-
mento do mérito, com a entrega anual dos
Prémios dos Eventos, na Gala dos Eventos”.
8 | TURISMO DE LISBOA
CIMEIRA EM CASCAIS
thE EcONOMISt REúNE LÍdERES NA LISBON SuMMIt
Mais de 200 representantes governamentais, líderes empresariais, inves-
tidores e oradores de topo estiveram reunidos na “The Lisbon Summit”,
uma conferência de alto perfil organizada pela revista The Economist, que
se realizou em Cascais durante os dias 18 e 19 de Fevereiro.
O encontro teve como objectivo analisar e debater a agenda de re-
formas do governo e o panorama económico, político e social do País.
Entre os oradores estiveram o primeiro-ministro, o vice-primeiro-minis-
tro, a ministra das Finanças, o ministro da Saúde e o ministro da Econo-
mia, bem como outros representantes institucionais, como o secretário-
-geral do Partido Socialista, o presidente da AICEP, o economista-chefe do
Banco Central Europeu e o presidente do Fitch Group. O programa contou
ainda com as participações de CEO de numerosas empresas, como o
Banco BIC, o BCP, a Accenture, a José de Mello Saúde e os presidentes
de instituições como a Ordem dos Engenheiros e a Confederação dos
Serviços de Portugal.
O encontro captou participantes do Reino Unido, Espanha, Suíça, Estados
Unidos, África do Sul e Emiratos Árabes Unidos, entre outros países, e
foi acompanhado por 30 meios de informação, nacional e internacional.
“Tourism Challenges” é o mais recente projecto
do Fórum Turismo 2.1. O evento de carácter se-
mestral e a primeira edição, marcada para 12 de
Abril, das 09h00 às 18h30, vai ser dedicada ao
marketing digital.
William Bakker, Chief Strategist & Partner da Think
Social; Judy Wang, Global Social Media na Triva-
go; Leire Gonzalez, Destination Marketing Sales
Manager da TripAdvisor para Portugal e Espa-
nha; e Oliver Gradwell, fundador e CEO da Travel
FÓRUM TURISMO 2.1
LANÇA tOuRISM chALLENgESBloggers Unite vão ser os oradores convidados
da 1.ª edição da conferência Tourism Challanges.
Co-organizada pelo projecto Marca Turismo e
pelo Fórum Turismo 2.1, a conferência vai deba-
ter os novos desafios do turismo relaccionados
com o marketing digital e estratégias de comu-
nicação.
“Queremos que os participantes se questionem
sobre como as estratégias de comunicação on-
line têm influenciado a indústria do turismo e
como pode essa indústria tirar proveito das ferra-
mentas agora disponíveis”, comenta Frédéric Frè-
re, presidente do Fórum Turismo 2.1. “Queremos
falar sobre métricas de análise da eficácia do po-
sicionamento das empresas e da uma estratégia
de marketing direccionada ao consumidor actual”,
conclui. Agentes de viagens, hoteleiros, marketeers,
bloggers, jornalistas, opinion makers, estudantes
e todos os curiosos estão convidados a participar
no evento.
TURISMO DE LISBOA | 9
N A C I O N A L
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares
de Portugal (AHRESP) vai solicitar ao Governo a
abertura de uma linha de crédito para apoiar as em-
presas que tenham sofrido danos gravosos durante
as recentes intempéries.
“Profundamente preocupada, com a já grave situa-
ção financeira das empresas, a AHRESP após ter co-
nhecimento dos efeitos que as recentes intempéries
provocaram nos estabelecimentos do sector, ao lon-
go de toda a zona marítima de Portugal, irá junto do
Governo, promover a criação de uma linha de cré-
dito para apoiar as empresas que tenham sofrido
danos gravosos”, refere a AHRESP em comunicado.
A Associação refere que, neste momento, decorre
um inquérito nacional às empresas que se situam
nos 57 municípios que cobrem toda a zona maríti-
ma portuguesa, para uma avaliação real e concreta
da dimensão dos danos causados, sendo que os
primeiros resultados apontam já “para a situação
de catástrofe, com estabelecimentos totalmente
destruídos, e prejuízos muito avultados, muitos de-
les não cobertos por seguros”.
AHRESP SOLICITA
LINhA dE cRÉdItO AO gOVERNO“A situação de crise que o sector está a atravessar,
em particular os estabelecimentos junto a zonas
balneares, os mais afectados pela sazonalidade,
encontram-se sem apoio para fazer face aos es-
tragos agora causados, podendo colocar em risco a
reabertura de centenas de estabelecimentos, vitais
para a nossa oferta turística, e para o apoio às nos-
sas praias, quer como serviço público de primeiros
socorros e instalações sanitárias, quer como esta-
belecimentos de restauração e bebidas”, conclui a
Associação.
A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) afir-
mou-se satisfeita com a redução das comissões pa-
gas pela utilização de cartões de débito e de crédito
em transacções realizadas em Portugal.
Em comunicado, a AHP diz que tem estado a
“acompanhar de perto a evolução deste dossier,
também a nível europeu, e é com total satisfação
que vê agora uma proposta legislativa passar à dis-
cussão na Comissão das Finanças, disponibilizando-
-se para ser uma das entidades ouvidas na matéria”.
A Associação lembra um inquérito recente feito à
hotelaria nacional sobre as taxas das comissões de
débito e crédito cobradas pela Banca e pela Unicre,
“em que os resultados não poderiam ser mais es-
clarecedores quanto ao encargo suportado pelas
unidades hoteleiras e que acaba por ser reflectido
no preço final ao consumidor”. A Associação conclui
AHP APLAUDE
REduÇãO dAS cOMISSÕES pAgAS pELA utILIzAÇãO dE cARtÕES
que as taxas são muito superiores às praticadas
na Europa, tanto para o débito como para o cré-
dito.
Para o presidente da AHP, Luís Veiga, “todas as
iniciativas neste domínio estão de acordo com a
nossa perspectiva sobre o valor desmesurada-
mente elevado das comissões pagas pela utili-
zação dos cartões de crédito e de débito em Por-
tugal. É, por isso, com satisfação que acolhemos
o desenvolvimento desta iniciativa parlamentar”.
A hotelaria aguarda, assim, “com expectativa a
redução destas comissões em Portugal, das mais
elevadas da Europa, para valores que já são prati-
cados em operações transfronteiriças, idealmente
com a fixação de taxas máximas de 0,2 por cento
para cartões de débito e de 0,3 por cento para
cartões de crédito”.
10 | TURISMO DE LISBOA
MNE, MAI E ME
ASSINAM pROtOcOLO pARA EMISSãO dE VIStOSOs ministros de Estado e dos Negócios Estran-
geiros, Rui Machete, e da Economia, António
Pires de Lima, e o secretário de Estado da Ad-
ministração Interna, João Almeida, assinaram
um protocolo que visa a agilização do processo
de emissão de vistos turísticos nos mercados
da Rússia, China, Índia, Emiratos Árabes Unidos
e Colômbia.
A abranger, para já, aqueles cinco mercados,
“sem prejuízo de outros que possam vir a ser
integrados”, como frisou Rui Machete, o proto-
colo constitui, para o ministro dos Negócios Es-
trangeiros, “um contributo para os recursos dos
meios disponíveis de emissão de vistos para
mercados considerados estratégicos para o sec-
tor do turismo em Portugal” e “fundamentais
para a competitividade do turismo português”.
Frisou ainda que, para além destes mercados,
“onde a actuação será reforçada”, o resto da
rede consular do Ministério dos Negócios Es-
trangeiros irá continuar a tratar com prioridade
todos os pedidos que lhe forem submetidos.
Rui Machete adiantou ainda que o número de
vistos emitidos por Portugal tem vindo a au-
mentar “de forma sistemática”, tendo em 2013
sido emitidos mais de 150 mil vistos turísticos.
“O número de turistas que visita Portugal e as
receitas que cá ficam não depende apenas da
atractividade do nosso destino, da qualidade
dos nossos equipamentos ou da competitivida-
de dos nossos empresários” mas também da
“capacidade que um Estado tem de se orga-
nizar de forma a que quem precise de vistos
para cá entrar os consiga obter em tempo útil”,
afirmou o ministro da Economia, Pires de Lima.
Por isso, o Estado tem a obrigação de “não fun-
cionar como um entrave ou como um obstácu-
lo inútil à entrada de turistas”.
Pires de Lima frisou, ainda que o presente pro-
tocolo é a resposta do governo “ao desafio que a
emissão de vistos para turistas oriundos de cinco
mercados emergentes representa”, criando con-
dições para “a emissão de vistos que possibilitem
a vinda de dezenas de milhares de turistas para
Portugal”. E exemplificou mesmo com o caso da
China, onde disse esperar-se que este acordo
permita um aumento significativo do número de
turistas chineses que nos visitam: “sabemos que
4,5 por cento dos turistas chineses viajam para a
Europa e que Espanha representa já 10 por cento
desse mercado, cerca de 400 mil turistas”. Para
João Almeida, secretário de Estado da Adminis-
tração Interna, este protocolo representa “um
momento importante de compromisso com cinco
Estados com quem Portugal tem intensificado
relações”, nomeadamente em termos de turis-
mo, acrescentando “celeridade e flexibilidade”
ao processo de emissão de vistos, de forma
a “remover barreiras, que por vezes não têm
justificação”, sem perder “o rigor essencial” e
permitindo, no futuro, “receber melhor quem
nos quer visitar”.
Já o presidente da Confederação do Turismo
Português, Francisco Calheiros, sublinhou que
“a problemática dos vistos é real e tem que ser
atacada”, e lembrou que a transversalidade do
turismo leva à necessidade da actuação conjunta
de vários Ministérios, como acontece neste caso.
TAP E SATA
ENtRE AS 100 MELhORES cOMpANhIAS AÉREASPara a agência de viagens online eDreams,
a TAP e a SATA estão entre as 100 melhores
companhias aéreas do mundo. A elaboração
deste ranking das melhores transportado-
ras aéreas foi com base na opinião dos seus
clientes.
Em comunicado, a eDreams refere que a TAP
surge na 39.ª posição, enquanto a SATA ficou
classificada em 52.º lugar num ranking que é
liderado pela Singapore Airlines (SQ), a Korean
Air (KE) e a China Airlines (CI).
A eleição é assente nos comentários e opi-
niões dos clientes da eDreams e tem como
objectivo “identificar as melhores companhias
para viajar e assim facilitar a escolha dos seus
utilizadores”, explica a agência de viagens on-
line em comunicado.
O ranking não inclui nenhuma companhia aé-
rea low cost e, na edição de 2013, destacam-
-se as companhias asiáticas.
A TAP registou quatro pontos, os mesmos que
a Jet2, a Scandinavian Airlines e a Estonian Air,
surgindo na 39.ª posição, enquanto a SATA,
que ficou no 52.º lugar, obteve 3,89 pontos.
“Os passageiros que viajaram com a TAP des-
tacam, entre os seus comentários, o bom es-
tado em que se encontra a frota de aviões da
companhia aérea, a simpatia da tripulação de
cabine e a qualidade da comida servida (gra-
tuitamente) a bordo”, lê-se no comunicado da
eDreams.
A SATA também recebe comentários muito posi-
tivos por parte dos usuários da eDreams, com al-
guns clientes a destacarem o facto de não haver
demasiada publicidade a bordo, como acontece
com outras companhias aéreas, e o bom atendi-
mento recebido a bordo por parte da tripulação.
“Este ranking permite-nos ver as opções dos
nossos clientes na hora de escolher a compa-
nhia aérea em que preferem viajar. Com estes
dados podemos reconhecer factores como a
qualidade do serviço a bordo ou a pontualidade,
que são elementos chave no momento de de-
cidir com que companhia vamos fazer a nossa
viagem. E a presença de duas companhias aé-
reas portuguesas neste ranking mundial é, sem
dúvida, um dado positivo a destacar”, refere Pa-
blo de Porcioles, director de Desenvolvimento
de Negócios da eDreams.
TURISMO DE LISBOA | 11
N A C I O N A L
ANA PERSPECTIVA
cREScIMENtO AcIMA dOS 4% EM 2014Depois de ter ultrapassado os 32 milhões de passageiros em 2013, mais 1,52
milhões de passageiros do que no período anterior, o que corresponde a um
aumento de cinco por cento, o Grupo ANA, detido pelo Grupo Vinci, prevê um
crescimento de quatro por cento em 2014.
Jorge Ponce de Leão, presidente da ANA, em conferência de imprensa, revelou
que estas são “previsões conservadoras”, adiantando ainda que este valor
possa vir a ser ultrapassado. Só nos primeiros 25 dias de Janeiro deste ano, os
aeroportos da ANA registaram um crescimento de 8,8 por cento.
O responsável considerou que esse crescimento vai ser em parte sustentado
com o reforço previsto da frota da TAP, que vai operar também novas rotas à
partida de Lisboa no Verão IATA.
Do crescimento verificado em 2013, o Aeroporto de Lisboa foi responsável
por 46 por cento desse crescimento, com um crescimento de 4,6 por cento,
ultrapassando os 16 milhões de passageiros. Segue-se o Aeroporto da Madei-
ra com um aumento de 7,1 por cento, Aeroporto de Faro com mais 5,4 por
cento, Aeroporto do Porto com 5,3 por cento e Aeroportos dos Açores com
mais 1,7 por cento.
O presidente da ANA salientou o facto deste crescimento se verificar no pri-
meiro ano de implementação do novo modelo regulatório, “resultado do seu
contrato de concessão e não da sua privatização”, e que são um “claro sinal de
crescimento sustentado do tráfego”. A isto acresce ainda a queda do mercado
de outbound, justificado pela diminuição do poder de compra dos portugue-
ses, explicou Francisco Pita, Deputy Airport Manager, que foi compensada
pelo crescimento do tráfego de inbound e de transferência.
Esta tendência de crescimento verificada nos aeroportos ANA, que desde
2004 regista um aumento média de 4,3 por cento, vai permitir “acomodar
um aumento tarifário em linha com o previsto no modelo regulatório”,
indicou Francisco Pita, que considera que “a evolução das taxas que vamos
praticar não vai pôr em causa a competitividade de nenhum dos nossos
aeroportos. Fazer isso seria actuar ao contrário do que pretendemos. Seria
enterrarmo-nos numa espiral de decréscimo de tráfego e de competitivi-
dade.”. O responsável recordou que, no exemplo de Lisboa, as taxas prati-
cadas mantêm-se 23 por cento abaixo da média do grupo de comparação
com aeroportos europeus.
TAP CRITICA
SuBSIdIAÇãO A LOW COSTLuíz Mor, administrador da TAP revelou que não
teme a entrada da Ryanair no aeroporto de Lis-
boa, mas mantém as críticas à eventual subsi-
diação das companhias low cost nos aeroportos
nacionais, nomeadamente no Porto.
Em entrevista ao Diário Económico, o adminis-
trador da companhia portuguesa diz ter recebido
garantias da ANA de que esta subsidiação não
acontece no Aeroporto de Lisboa, para onde a
Ryanair voa desde Novembro do ano passado
e onde irá inaugurar uma base em Abril. “Uma
maneira de subsidiar o Ryanair no Porto é [com]
o aeroporto de Lisboa [a] subsidiar o aeroporto do
Porto. E quem sustenta o aeroporto de Lisboa é a
TAP, portanto a TAP indirectamente subsidia a Rya-
nair no Porto. Se não existisse a TAP em Lisboa,
Lisboa não teria o lucro necessário para sustentar
o aeroporto do Porto”, acrescenta.
Já Jorge Ponce Leão, presidente da ANA, discorda
desta leitura, e explica que o que subsidia a ope-
ração da Ryanair no Porto “são as regras impostas
pelo contrato de concessão”. Este documento, as-
sinado pela ANA ainda antes da privatização da
gestora aeroportuária, e que impõe um siste-
ma de gestão em rede e proíbe a definição
de preços baseados na recuperação de custos,
caso contrário a empresa “teria que fazer subir
as taxas nos aeroportos com menor capacida-
de”, explica o presidente da gestora aeropor-
tuária.
Luiz Mór aponta ainda o dedo à subsidiação
da easyJet na Madeira, com o mesmo argu-
mento: a distorção da concorrência.
“Só a TAP e a easyJet voam entre Lisboa e o
Funchal e no entanto a easyJet é subsidiada e
a TAP não é. Isso está errado”, afirma o admi-
nistrador da TAP.
A subsidiação das companhias aéreas concre-
tiza-se por via do programa inciativa.pt, que
desde 2007 tem contribuído para o lançamen-
to de novas rotas e que nos últimos três anos
recebeu uma dotação de 15 milhões de euros.
12 | TURISMO DE LISBOA
CAPITAL PORTUGUESA
cOM NOVAS uNIdAdES hOtELEIRASHá mais dez hotéis com abertura ou início
de construção prevista para 2014 em Lisboa.
Situam-se quase todos no centro histórico e
são o resultado de reabilitações de edifícios já
existentes. Apesar de a maioria ser alojamento
de luxo com quatro e cinco estrelas, há ainda
hotéis de categorias mais económicas. São
investimentos nacionais e estrangeiros, sendo a
Baixa até à zona de Santa Apolónia, onde existe
maior procura por edifícios para reabilitar.
O Martim Moniz, seguindo esta tendência,
inaugurou o Hotel Portugal, no final do mês
de Janeiro sendo este um dos projectos mais
esperados em 2014. Junto ao renomado Hotel
Mundial, em plena zona histórica, o hotel, de
quatro estrelas, é fruto da renovação de uma
unidade de duas estrelas antigamente existente.
A avenida da Liberdade vai também contar com
um novo hotel este Verão, o Bessa Hotel Lisboa.
Os proprietários do Bessa Hotel Porto, de
quatro estrelas, expandem assim a marca
para a capital portuguesa com a abertura
de uma unidade com 113 quartos e cujo
projecto é da autoria do ateliê MVentura
& Partners.
A capacidade hoteleira de Lisboa está
assim a aumentar e reflecte a aposta dos
hoteleiros no potencial turístico da capital
por forma a melhorar a sua capacidade de
atrair e receber mais visitantes.
NOVO RJET
EM VIgOR O novo Regime Jurídico de Empreendimentos
Turísticos (RJET), já em vigor, pretende melho-
rar as suas condições de rentabilidade do sec-
tor e, segundo comunicado do Ministério da
Economia, “os princípios que nortearam este
diploma foram: eficiência, simplificação, di-
minuição de custos de contexto e liberalização
de procedimentos”.
O diploma prevê a redução das condições ne-
cessárias à instalação dos empreendimentos
turísticos, o alargamento do mecanismo de
deferimento tácito e a eliminação dos requisi-
tos de acesso à profissão de director de hotel,
apesar de, segundo o mesmo comunicado, se
manter “a existência da profissão”.
Prevista está também a eliminação da Decla-
ração de Interesse para o Turismo, uma vez
que, refere o Ministério da Economia, “se trata
de uma burocracia inútil, que atrasa o investi-
mento e parece desconhecer que são os turis-
tas a reconhecer ou a declarar o interesse para
o Turismo, e não o Estado”.
Outra das alterações face ao antigo diploma é a
eliminação das taxas devidas pela realização de
auditorias obrigatórias de classificação efectuadas
pelo Turismo de Portugal, “assim se reduzindo o
peso do Estado sobre a economia e os privados”.
“Este diploma assume quatro objectivos que te-
nho enunciado como sendo objectivos do meu
mandato: eficiência, simplificação, diminuição
de custos de contexto e liberalização de proce-
dimentos. Com ele, com o novo procedimento
de licenciamento, contribuímos para que o sector
se possa adaptar às necessidades cada vez mais
diversificadas e exigentes dos nossos turistas e
não às necessidades do Estado”, afirma Adolfo
Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turis-
mo, citado no mesmo comunicado enviado às
redacções.
TURISMO DE LISBOA | 13
De acordo com o Trivago Hotel Price
Index, de Fevereiro, Lisboa registou
uma tendência inversamente positiva
em relação aos preços na hotelaria
nacional que caíram um por cento em
Fevereiro face ao período homólogo
de 2013, com a média portuguesa a
situar-se nos 72 euros.
LISBOA É EXCEPÇÃO
NA dEScIdA dE pREÇOS NA hOtELARIA NAcIONAL
A capital portuguesa apresenta o
maior número de hotéis e os preços
aumentaram três por cento, para 78
euros.
Para Março espera-se que os preços
voltem a crescer, no global, tal como
aconteceu no ano passado, com a
chegada da Primavera.
BTL 2014
cOM NOVIdAdES
V I S Õ E S
Em toda a cidade assistimos a cenários e promessas pró-prias, os grelhados de Alfama, a calçada lisboeta que confere um padrão único à cidade, o pôr-do-sol entre as 7 colinas da cidade. As fachadas de casas milenares que, meio degra-dadas fazem parte de um cenário encantador, pintado com a vista de mil e um terraços sobre as colinas e sobre o Tejo.Lisboa renovou-se, compôs-se com festivais de música, ex-posições, mercados renovados, novas propostas culturais e gastronómicas, tão típicas lisboetas. As mil formas de tomar café - cheio, pingado, escaldado - que são afinal café e bem português. O novo Fado pós-Amália, em que temos vindo a conhecer muitos novos fadistas com uma visão actualizada do saudoso e triste Fado. Sempre que visitamos Lisboa há algo de novo, vimos a cons-tante e contínua renovação de edifícios, ruas e praças como o Marquês de Pombal e a Avenida da Liberdade. Assistimos ao rejuvenescimento de bairros típicos como o Príncipe Real, a Graça, as Docas com uma vida nocturna interessante para todas as idades. A fabulosa transformação e revitalização do Parque das Nações, sendo Lisboa a única cidade que tem conseguido manter a vitalidade na zona depois da Expo.Em Lisboa podemos degustar da gastronomia mais tradicio-nal e económica, à mais avançada cozinha de autor já com preços internacionais. Os eternos e deliciosos Pastéis de Be-lém, os regionais pastéis de feijão, os doces conventuais. E, bem perto da cidade, as praias de uma beleza extraordi-nária – Ericeira, Santa Cruz, Costa da Caparica. Sem nunca esquecer a proximidade do parque natural de Arrábida com muitas espécies de animais únicas.Acima de tudo, Lisboa alcançou o reconhecimento e interesse internacional. As ligações low cost e o fenómeno city break conferem a Lisboa um encanto extraordinário. Uma Lisboa renovada, sem esquecer a sua história, as suas raízes e a sua inspiração cultural, gastronómica e paisagística. Lisboa, uma capital de sonho, com visões e cenários únicos.
Lisboa é sinónimo de luz singular. Será do espelho que o Tejo é?
hein demyttenaereDirector Geral Ô Hotels & Resorts
A BTL, Feira Internacional de Turismo,
que se realiza entre 12 e 16 de Mar-
ço, apresenta novidades tanto para
o segmento Corporate como para o
público em geral.
No Corporate, destinado para as
empresas visitantes, será permitido
usufruirem de um conjunto benefícios
exclusivos, tais como, parque de esta-
cionamento gratuito no dia da visita,
atendimento em Balcão de Credencia-
ção exclusivo “BTL Corporate”, entrega
de um Welcome Pack com informação
diversa sobre a feira, (Lista de em-
presas expositoras, Guia de visitante,
Badge “BTL Corporate”, entre outros),
bem como acesso ao Lounge BTL,
um espaço reservado, onde poderão
usufruir de uma bebida.
No que diz respeito ao público-
-geral que visita a feira no fim-
-de-semana para comprar as suas
férias, a aposta recai naquilo que
a organização classifica como “pre-
ços loucos”, pretendendo com isso
chamar a si mais visitantes. Neste
sentido, as empresas presentes no
certame vão lançar grandes pro-
moções destinados a todos aque-
les que visitam a feira com o intui-
to de ali comprarem as suas férias,
ou “escapadas”.
14 | TURISMO DE LISBOA
CALÇADA PORTUGUESA
cAMINhAR SOBRE A ARtE EM LISBOA
pOR MuItO dESAtENtOS quE SEJAMOS NA NOSSA VIdA dIáRIA, A cALÇAdA pORtuguESA JAMAIS NOS dEIXARá INdIFERENtES AO pERcORRERMOS AS RuAS dE LISBOA. INIcIALMENtE dESIgNAdA pOR cALÇAdA-MOSAIcO, É FRutO dA pERSIStÊNcIA dE VáRIAS gERAÇÕES quE tÊM VINdO A ApOStAR NuMA ApLIcAÇãO dE pAVIMENtOS quE FAzEM ActuALMENtE pARtE dOS LONgOS cAMINhOS dA hIStóRIA dE uM pOVO.
QR CodeNa calçada do Chiado, o código de resposta rápida permite aceder a informações turísticas sobre a zona. O QR Code inserto na calçada portuguesa - disposto numa área aproximada de um metro quadrado -, entre a livraria Sá da Costa e a loja Paris em Lisboa, logo a seguir ao cruzamento das ruas Garrett e Serpa Pinto, e imediatamente antes do início do bloco de esplanadas das cafe-tarias, acede-se com smartphone, que descodifica a mensagem, se para tal já se tiver descarregado uma aplicação específica.
A calçada portuguesa, também designada
por mosaico português, consiste numa co-
bertura de piso utilizada em espaços públi-
cos, principalmente em zonas pedonais e
praças.
Lisboetas e turistas calcam no dia-a-dia,
apressadamente, ondas do Mar Largo, ca-
ravelas, caranguejos, golfinhos, sereias,
estrelas-do-mar, rosetas, lagartos, florões
e tapetes dos mais variados formatos. Tudo
obras dos nossos calceteiros-artistas, quais
poetas que inundaram com os seus mares
de pedra as praças e artérias principais da
cidade com a sua dura poesia. Não existe
turista que, ao visitar Lisboa, não tenha
experimentado um certo deslumbramento
perante os magníficos trabalhos artísticos
produzidos pelos calceteiros portugueses
que decoram o pavimento das ruas e praças
da capital portuguesa.
Trata-se de uma arte decorativa que surgiu
em Lisboa em meados do século XIX, ideali-
zada por Eusébio Furtado, à altura Governa-
dor de Armas do Castelo de São Jorge, ten-
do a Praça do Rossio sido um dos primeiros
locais a receber esse género de pavimento.
Celebrizada por Almeida Garrett n’ “O Arco
de Sant’Ana” e Cesário Verde em “Cristali-
zações”, a sua extraordinária beleza e os
motivos decorativos passam-nos frequen-
temente despercebidos na medida em que
nos habituámos a pisar o pavimento re-
vestido com calçada portuguesa que nem
damos conta do seu interesse artístico e
do trabalho que o mesmo envolveu. Mas
quando em 1945 a revista Século Ilustra-
do publicou um artigo de Judith Maggioly
intitulado «Repare onde põe os seus pés»
aconselhando «…baixe um pouco os olhos
e repare que está pisando estrelas, peixes,
flores, liras, pássaros…» estava lançado o
convite para o público, jornalistas e fotó-
grafos nacionais e estrangeiros se surpre-
enderem com a nossa calçada. Desde essa
época, revistas e jornais das mais variadas
partes do mundo escrevem, fotografam e
encantam-se com esta arte tipicamente
lisboeta.
Parte da sua história remonta à reconstru-
ção da cidade após o terramoto de 1755,
a inspiração parece ter sido os mosaicos
romanos, e foi uma forma de reutilizar pe-
TESOUROS
TURISMO DE LISBOA | 15
Calçada tricotadacom corA calçada portuguesa ganhou uma nova cor. Aqui e ali, os passeios onde antiga-mente faltavam algumas pedras estão a ser preenchidos com cubos ‘vestidos’ de malhas coloridas. Numa tentativa de recuperar a cor o projecto neoFOFO tricota corações para colar na pedra da calçada.
daços dos escombros do sismo. Lisboa foi
assim coberta de pedras de calcário e ba-
salto que formam padrões a preto e branco
sem a utilização de cimento.
Originalmente, a maioria dos desenhos
eram relacionados com a cultura marítima
da cidade, ilustrando padrões de ondas,
como se vê no Rossio, caravelas e peixes.
Mais tarde, também se ilustravam os no-
mes e logótipos de espaços comerciais.
A moda pegou por toda a cidade, espa-
lhou-se pelo país e pelas colónias, como
nos famosos calçadões do Rio de Janeiro
e nas praças de Macau, e pelo mundo fora
com o memorial a John Lennon, no Central
Park, em Nova Iorque, como exemplo.
Simples, mas ao mesmo tempo bonita e
artística, a calçada portuguesa é incontes-
tavelmente, uma marca de portugalidade,
e uma parte importante da identidade de
Lisboa, embora se esteja a perder avos
poucos, visto o número de calceteiros ser
cada vez menor. Ainda assim, encontram-
-se belos exemplos por toda a cidade.
Para além do mais emblemático no Rossio,
existem vários pela Avenida da Liberdade,
Chiado, assim como no Parque das Nações,
com as suas criações modernas junto ao
Oceanário.
Actualmente é reconhecida e apreciada
internacionalmente como uma bem-su-
cedida manifestação da nossa cultura. A
Calçada Portuguesa faz parte da imagem
de marca do nosso país e constitui um dos
encantos da cidade de Lisboa.
A cALÇAdA pORtuguESA Já FOI cONSIdERAdA uMA dAS OItO MAIS BELAS AtRAcÇÕES dO MuNdO EM 2013
“Perdemos a capacidade de criar cidades atra-
entes?”. Esta é a pergunta que o conceituado
Financial Times tenta responder, num artigo
jornalístico de uma das suas últimas edições. O
jornal britânico publicou um longo texto sobre
as cidades e aquilo que as torna mais belas:
detalhes que trazem turistas, apaixonam recém-
-chegados e mantêm orgulhosos os residentes.
O artigo é ilustrado com a Praça do Rossio, em
Lisboa, pois a calçada portuguesa é uma das
oito atracções citadinas elogiadas pelo artigo.
“Há uma visão dos magníficos padrões ondula-
res, que parecem reflectir a natureza aquática de
uma cidade que já foi destruída por um terramo-
to”, explica o jornal.
O artigo realça outros sete “momentos belos das
cidades”: o Grande Canal de Veneza (Itália), o
complexo de casas do hutong de Pequim (Chi-
na), os apartamentos vitorianos de Nova Ior-
que (Estados Unidos), Regent Street e o Soho,
Londres (Inglaterra), Los Angeles vista de Mu-
lholland Drive (Estados Unidos), os mercados de
rua de Mongkok (Hong Kong) e os raios de luz
do Grande Bazaar de Istambul (Turquia). Lisboa
está em boa companhia.
O artigo dá ainda maus exemplos de urbanismo,
entre os quais a capital brasileira, Brasília, e os
edifícios de Oscar Niemeyer.
16 | TURISMO DE LISBOA
uMA REgIãO úNIcA E AtRActIVA
ENTREVISTANuNO BOtELhO
DIRECTOR DA EV-ESSÊNCIA DO VINHO
TURISMO DE LISBOA | 17
O produto “Gastronomia e Vinhos” assume
um papel crescente na oferta turística na-
cional. Como o caracteriza e contextualiza?
O produto “Gastronomia e Vinhos” está, feliz-
mente, há já alguns anos definido como um
dos eixos prioritários de desenvolvimento tu-
rístico do país. Destinos como Lisboa e Porto,
por exemplo, demonstram como se poderá au-
mentar a atracção turística a partir desses dois
vectores. Importa acrescentar que Portugal é
reconhecido pela riqueza dos seus produtos de
mar e terra, com ingredientes fantásticos que
enobrecem, em muito, a gastronomia portugue-
sa, sem esquecer a diversidade e a qualidade
dos nossos vinhos, cada vez mais reconhecidos
por consumidores, líderes de opinião e as mais
reputadas publicações internacionais.
Em seu entender, qual a estratégia a seguir
com vista ao desenvolvimento e promoção
desta oferta?
A realização de eventos âncora, como o “Peixe
em Lisboa”, que potenciam a excelência dessa
oferta, é sempre uma forma interessante de
promoção turística, na medida em que pode-
mos transmitir uma ideia mais cosmopolita de
produtos muitas vezes tradicionais.
De um modo geral, Portugal é rico em produtos
muito bons, mas nem sempre os sabe ou con-
segue promover devidamente.
Quais são, neste âmbito, os principais mer-
cados externos destinatários e que outros
identifica com potencial de investimento?
Por uma questão de proximidade geográfica e
facilidade de ligações aéreas podemos destacar
a Europa, em particular mercados como Espa-
nha, França, Alemanha, Reino Unido e até al-
guns Países Nórdicos e a Rússia.
Por afinidades culturais, os PALOP e o país irmão,
o Brasil, cujo impacto tem sido muito sentido
nos últimos anos, na restauração e na hotelaria
de cidades como Lisboa. Quando a cotação do
euro descer e se posicionar ao nível do dólar, os
Estados Unidos são sempre um mercado emis-
sor de turistas com enorme potencial.
REgIãO dE LISBOA:OFERtA tuRÍStIcA úNIcA
No que à Região de Lisboa diz respeito,
como classifica a oferta deste produto?
A Região de Lisboa é, por si só, um produto tu-
rístico de excelência, dado que alia História a um
cosmopolitismo e a uma contemporaneidade
singulares no nosso país. Tem boa gastronomia,
bons vinhos, tem um património cultural e um
edificado que interpreta os momentos cruciais
da nossa História, tem movimentos e expres-
sões culturais variados e tem movida. Tudo
somado, Lisboa disponibiliza uma oferta que a
torna única em Portugal.
Na sua opinião, quais são os principais tra-
ços distintivos?
A elevada concentração de restaurantes e ho-
téis, a boa relação qualidade/preço para a bitola
média europeia, a oferta cultural, o património
– muito em particular a renovada Baixa Pomba-
lina – e uma certa arte de bem receber quem
chega.
Considera esta oferta competitiva com a de
congéneres europeias? Quais são as princi-
pais mais-valias que apresenta?
Lisboa é muito competitiva. Se a tudo o que
acabei de referir juntarmos as excelentes con-
dições atmosféricas, as boas acessibilidades e a
luz da cidade, rapidamente concluímos que Lis-
boa é uma capital europeia que urge conhecer,
tal como várias publicações internacionais têm,
e bem, referido.
“pEIXE EM LISBOA”:7.ª EdIÇãO pROMEtE SuRpREENdER
O evento gastronómico “Peixe em Lisboa”
tem conquistado, de ano para ano, maior
notoriedade. Quais são as novidades que
estão a ser trabalhadas para a edição deste
ano, que será a 7.ª?
Fruto do enorme sucesso que tem suscitado ao
longo dos anos vamos aumentar a área de de-
gustação, junto dos restaurantes que estão repre-
sentados no evento, e vamos criar um auditório
exterior ao Pátio da Galé, onde irão decorrer as
grandes apresentações de cozinha ao vivo.
O aumento do número de expositores e das acti-
vidades do programa, com enfoque para os pro-
dutos da Região de Lisboa, são outras novidades.
A programação que está a ser articulada com o
Turismo de Lisboa promete surpreender. A esse
propósito sublinho o trabalho do director do
evento, Duarte Calvão, que já convidou con-
ceituados nomes da cena gastronómica in-
ternacional a estarem presentes nesta 7.ª
edição.
A REgIãO dE LISBOA É,
pOR SI Só, uM pROdutO
tuRÍStIcO dE EXcELÊNcIA,
dAdO quE ALIA hIStóRIA
A uM cOSMOpOLItISMO
E cONtEMpORANEIdAdE
SINguLARES NO NOSSO
pAÍS. REúNE, EM SuMA,
uMA OFERtA quE A tORNA
úNIcA EM pORtugAL.
quEM O AFIRMA É O
dIREctOR dA EV-ESSÊNcIA
dO VINhO, EMpRESA
ESpEcIALIzAdA NA
pROduÇãO dE EVENtOS
ENOgAStRONóMIcOS,
NuNO BOtELhO
18 | TURISMO DE LISBOA
Nuno BotelhoUm Homem de iniciativa
Nuno Botelho, empresário e gestor, é, para além de sócio e fundador da EV-Essência do Vinho, presidente da Associação Comer-cial do Porto. Substituiu, no cargo, Rui Moreira, entretanto eleito presidente da Câ-mara Municipal do Porto.Presidente da mais antiga associação empre-sarial do país, Nuno Botelho assumiu como desígnio manter o “diálogo aberto com a sociedade civil, as instituições, os empre-sários e os agentes políticos, académicos e culturais”.A preservação da “elevada reputação, res-peitabilidade e independência” da associa-ção, foi outro dos compromissos que este responsável se propôs cumprir enquanto representante máximo desta entidade, cuja missão passa por “indagar as necessidades do comércio e defender os interesses e direi-tos dos comerciantes”.
“Em boa hora o Turismo de Lisboa apostou num elemento verdadeiramente distintivo e de enorme qualidade – o peixe.”
Como enquadra este evento na oferta turís-
tica de Lisboa?
É um evento diferenciador, dado que posiciona
a gastronomia e os produtos portugueses num
patamar mais elevado.
Em boa hora o Turismo de Lisboa apostou num
elemento verdadeiramente distintivo e de enor-
me qualidade – o peixe –, que já levou muita gen-
te, a reboque, a classificá-lo como de excelência.
De facto, o peixe, enquanto elemento distintivo,
ajuda Lisboa a posicionar-se no panorama gastro-
nómico europeu.
Que balanço faz das edições anteriores?
Manifestamente positivo, de algum modo até a
exceder as nossas melhores expectativas – nas
duas últimas edições temos atingido a fasquia dos
cerca de 25 mil visitantes.
O “Peixe em Lisboa” já conseguiu fidelizar públi-
cos, alcança uma forte notoriedade mediática,
confere retorno aos restaurantes presentes e aos
chefs de cozinha convidados, e tem aumentado,
ano após ano, a afluência de visitantes estrangei-
ros.
Há espaço e mercado para continuar a ino-
var e a alargar a oferta de eventos gastro-
nómicos?
Claro que sim e modelos como o “Peixe em Lis-
boa” comprovam-no. Quando se alia qualidade
de produtos, boa organização e excelente pro-
moção alcançam-se bons resultados.
Desde que os eventos tenham qualidade e
consigam adaptar-se à realidade do local onde
decorrem, há sempre mercado. O sucesso da sé-
rie de eventos que realizamos ao longo do ano
demonstra-o.
O segredo está em adaptar os conceitos aos
diferentes destinos – por exemplo, um evento
como o “Peixe em Lisboa” dificilmente seria re-
plicado com sucesso noutro ponto do nosso país.
Perspectiva algum outro evento gastronó-
mico? Quais seriam, neste caso, as princi-
pais características que o mesmo deveria
apresentar, de modo a torná-lo diferente e
atractivo?
No caso concreto de Lisboa, já apresentámos às
entidades competentes um outro projecto, que
TURISMO DE LISBOA | 19
E N T R E V I S T A
“Conseguimos, numa década, afirmar a EV como empresa líder em Portugal na produção e comunicação de eventos enogastronómicos.”
acreditamos ser vencedor.
Os festivais “Super Gastronómicos”, que produzi-
mos em parceria com a Super Bock, promovem
e posicionam a gastronomia tradicional portu-
guesa em vários pontos do país, de uma forma
mais atractiva, mas sem perder democraticida-
de e popularidade.
ESSÊNcIA dO VINhO:dINAMISMO E INOVAÇãOA EV-Essência do Vinho lidera a comunica-
ção e a divulgação do vinho em Portugal,
estando também em força no Brasil. Pers-
pectivam alargar a vossa presença a outros
países?
Eu e o meu sócio, Nuno Pires, já trabalhamos o
mercado brasileiro muito antes de iniciarmos o
projecto da EV, em 2004. Temos intensificado as
acções de charme, os eventos e as acções for-
mativas e promocionais muito relacionadas com
vinhos portugueses no Brasil, não apenas no Rio
de Janeiro e em São Paulo como em várias ou-
tras cidades – permita-me vincar que já produzi-
mos acções em mais de 20 cidades brasileiras.
Mais recentemente vincámos a nossa presença
no Brasil e decidimos criar a Essência do Vinho
Brasil, empresa de direito brasileiro vocaciona-
da para actuar naquele mercado. No capítulo
da internacionalização, a EV tem já experiência
noutros mercados, como os Estados Unidos da
América, Reino Unido, França, Dinamarca, Ale-
manha, Suíça e Angola.
Que balanço faz da actividade da EV e de
que modo tem evoluído ao longo dos últi-
mos dez anos?
Conseguimos, numa década, afirmar a EV como
empresa líder em Portugal na produção e comu-
nicação de eventos enogastronómicos.
Dizemos, nesta fase, que somos já uma em-
presa com passado mas, sobretudo, com muito
futuro. Viemos para ficar.
A EV é detentora dos projectos WINE-A
Essência do Vinho (revista mensal, dis-
ponível em Portugal e no Brasil), Essência
do Vinho TV (televisão online) e Escola Es-
sência do Vinho by Teka (cursos de cozinha
e vinho, em Lisboa e Porto). Quais são as
principais particularidades de cada um des-
tes projectos?
A “WINE – A Essência do Vinho” é uma revista
especializada em vinho, gastronomia e enoturis-
mo, criada em 2006 e que já se afirmou como
uma referência. Colaboram connosco nomes
como Jancis Robinson, Charles Metcalfe, José
Peñín, Paul J. White, Rui Falcão, Alexandre La-
las, Manuel Moreira… enfim, um conjunto de
nomes reconhecidos. Procuramos novas aborda-
gens, temos um cuidado muito particular com o
conteúdo e o grafismo.
A “Essência do Vinho TV” é uma televisão online,
que partilha parte dos conteúdos da revista. O
nosso projecto formativo, a “Escola Essência do
Vinho by Teka”, tem ajudado a formar algumas
centenas de apaixonados por vinho e gastrono-
mia. Os cursos de iniciação à prova de vinhos,
em Lisboa e no Porto, são muito procurados e
têm, quase sempre, uma lista de espera de po-
tenciais inscritos.
Que novidades podem ser esperadas para
cada uma destas iniciativas?
Mais do que novidades, o grande e mais ime-
diato desafio passa por manter os índices de
notoriedade e capacidade de atracção de públi-
cos. Felizmente temos conseguido, até porque
tentamos acompanhar a evolução do mercado
e corresponder às expectativas que vão sendo
criadas.
É cada vez maior número de programas
televisivos dedicados à gastronomia e aos
vinhos tem funcionado, em sua opinião,
como um meio de divulgação privilegiado
e de conquista de novos amantes da boa
mesa?
Claro que sim. Estamos perante uma nova ge-
ração que voltou (num misto de gosto pessoal,
20 | TURISMO DE LISBOA
Vinhos de SetúbalPreservar e promover
A diversidade enogastronómica da Região de Lisboa é grande e os vinhos de Setúbal, uma das suas muitas riquezas, apresentam--se, neste contexto, como uma referência, cada vez mais reconhecida, quer a nível na-cional quer internacional.“Setúbal possui, antes de mais, um dos três grandes vinhos generosos de Portugal, o Moscatel”, sublinha Nuno Botelho. Possui uma vasta tradição nesse capítulo que, disse, tem sabido preservar e promover. Além disso, a Região de Setúbal é reconhe-cida por possuir produtores que são uma referência em termos de empreendedorismo, tais como a José Maria da Fonseca, a Baca-lhôa Vinhos de Portugal, Ermelinda Freitas e Adega de Pegões, só para citar alguns. O enoturismo, prossegue, é, também, uma actividade em crescendo e os Vinhos de Se-túbal podem e devem explorar esse nicho de mercado, dado que estão muito próximos de Lisboa, possuem grandes vinhos, bons res-taurantes, excelente peixe, natureza e paisa-gem.
evasão e necessidade) a interessar-se pela cozi-
nha, resgatando os sabores de sempre e confe-
rindo-lhe a necessária dose de criatividade.
Portugal reflecte a tendência mundial de
interesse pela cozinha. A par disso, o vinho
entrou na moda. Ainda bem, sobretudo
porque num país como Portugal, com uma
grande tradição nessa área, seria impor-
tante angariar novos consumidores, mais
exigentes, informados e que não querem
apenas beber vinho, querem sobretudo
entendê-lo e apreciá-lo.
pERSIStÊNcIA E tRABALhO SãOSKILLS dO SucESSO
No mundo actual, a aposta no online e
nas redes sociais tem-se revelado fun-
damental na divulgação e promoção da
oferta turística dos destinos. Como tem
sido a adaptação a esta nova reali-
dade?
A EV é muito activa no online. Recente-
mente remodelámos o nosso site, transfor-
mando-o num portal, com mais conteúdos,
devidamente segmentados (só quem tem
conteúdos interessantes e os actualiza dia-
riamente consegue crescer online).
Nas redes sociais estamos presentes no
Facebook, Twitter, Google+ e Instagram. A
página de Facebook da revista “WINE”, por
exemplo, já soma mais de 40 mil segui-
dores.
A formação profissional na área da
Gastronomia e Vinhos tem sido alvo de
um investimento e interesse crescen-
tes. Quais são os skills essenciais para
o sucesso nesta área?
As competências essenciais nesta área são
a persistência, o trabalho, o talento, a vo-
cação e sempre o sentido de oportunidade.
Obviamente que, como em qualquer outra
área, uma dose de sorte ajuda.
Na sua opinião, quais são as preferên-
cias que o turista interessado na Gas-
tronomia e Vinhos mais valoriza, por
exemplo, em Lisboa?
Quem visita Lisboa não fica indiferente ao
pastel de nata, à sardinha, aos mercados e
às tasquinhas que pululam pela cidade. A
par disso existe uma nova geração de cozi-
nheiros e restaurantes que tem ajudado a
elevar o padrão gastronómico. E não pode-
mos esquecer que Lisboa continua a ser o
grande mercado e montra interna para os
vinhos portugueses.
Por fim, o enoturismo, sendo que Lisboa bene-
ficia de uma localização privilegiada, entre
as regiões vitícolas de Setúbal e de Lisboa,
próximo das regiões do Tejo e do Alentejo,
a dois passos de zonas vitivinícolas ímpa-
res, como Colares ou Carcavelos.
Qual considera ser o maior desafio eno-
gastronómico em 2014?
Manter a notoriedade e qualidade de um
evento como o “Peixe em Lisboa”, que
tem tudo para ser um exemplo de bem-
-fazer para afirmar um destino. O Turismo
de Lisboa tem o enorme mérito de o ter
percebido e conseguido, mas será que ou-
tras entidades da administração central o
entenderam? Talvez não…
TURISMO DE LISBOA | 21
O TURISTA DO FUTURO
cONStRóI OS SEuS pRópRIOSMApAS dAS cIdAdESAutOcOLANtES cOLORIdOS E SEIS cAtEgORIAS dIFERENtES FAzEM O MApA dE uMA cIdAdE. EStA É A IdEIA dO My OwN IdEA (MOId), uM ESpAÇO dE pARtILhA dE EXpERIÊNcIAS quE tEM cOMO cENáRIO A cIdAdE dE LISBOA. NãO É uM guIA dE LOcAIS Ou pERcuRSOS pRÉ-dEFINIdOS. É SIM, uM MApA EM cONStANtE tRANSFORMAÇãO ONdE cAdA uM cRIA O SEu guIA pESSOAL.
Depois de séculos a consultar mapas para saber
onde ir e cansados dos mapas e guias turísticos
que dão sempre as mesmas recomendações,
duas empreendedoras portuguesas resolveram
criar um novo projecto onde cada pessoa faz o
seu registo da cidade e usa autocolantes para in-
dicar os sítios que visitou e recomenda.
O MOID é um mapa de Lisboa em branco, sem
pontos de visita obrigatória, monumentos incon-
tornáveis ou percursos sugeridos, através do qual
cada pessoa pode assinalar os próprios pontos de
interesse da cidade que visita, em função das re-
comendações já existentes.
De restaurantes museus, de discotecas a lojas,
seja para ir de manhã, à tarde ou à noite, o objec-
tivo é que cada um tenha o seu próprio mapa da
cidade e que possa partilhá-lo. Inovador e útil
para todos os que gostam de viajar pode ser
comprado no Facebook, pelo preço de cinco
euros. É um mapa A3 com frente e verso. De
um lado temos o mapa, do outro temos os
espaços para descrever os vários sítios por
onde vamos passando. Podem ser usados
um total de 72 autocolantes, divididos por
várias categorias.
No futuro, as mentoras do projecto esperam
que o MOID se torne numa rede de parti-
lha de mapas, para que estes se actualizem
ao ritmo com que as cidades mudam, e por
isso já lançaram o desafio para a rede social
Instagram.
Uma forma diferente e original de mostrar a
cidade aos amigos.
cOMO FuNcIONA1. SAiA à RUA
2. PERCORRA A CiDADE
3. ESCOLhA UMA COR: (Azul: Manhã, Vermelho: Tarde, Preto: Noite)
4. SELECCiONE UM TEMA:
TASTE: Restaurantes, Cafés, Pastelarias, Gelados.
GET: Mercados, Lojas de Rua, Livrarias, Mercearias.
ENJOy: Quiosques, Esplanadas, Miradouros, Jardins.
CLiCk: Monumentos, Museus, Teatros, Cinemas.
LiSTEN: Bares, Discotecas, Concertos, Fado, Festivais.
FiND: Pormenores, Vista, Luz, Locais Efémeros.
5. COLE NO SEU MAPA
6. REGiSTE AS SUAS iDEiAS
7. FAçA O SEU MAPA
8. PARTiLhE
TENDÊNCIAS
22 | TURISMO DE LISBOA
LISBOA VISTA DE FORA
viverbem 18 GAZETA DO POVO DOMINGO, 26 DE JANEIRO DE 2014
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Lisboa na ponta
DO PÉPORTUGAL
Div
ulga
ção
BRASIL SUGERE
LISBOA NA pONtA dO pÉquAtRO págINAS, dEzENAS dE SugEStÕES E VáRIAS FOtOgRAFIAS ILuStRAtIVAS dA RIquEzA
dE LISBOA cOMpÕEM uM ARtIgO, puBLIcAdO NA REVIStA gAzEtA dO pOVO, dEdIcAdO à cApItAL
pORtuguESA E à SuA VAStA OFERtA tuRÍStIcA.
De forma entusiasta, os meios de comunicação brasileiros têm vin-
do a publicar artigos que tecem rasgados elogios aos contrastes
de modernidade e História da capital portuguesa. Um dos mais
recentes foi escrito pelo jornalista Thiago André Costa, na edição de
Janeiro da Gazeta do Povo, e enaltece a riqueza e diversidade de
experiências únicas em Lisboa.
Neste artigo de quatro páginas, intitulado “Lisboa na ponta do pé”,
vários são os destaques elencados pelo jornalista que desafiam o
visitante a descobrir os tesouros da cidade, por entre as suas ruas,
vielas e castelos. As imagens são apelativas e ilustram a luminosi-
dade característica da capital portuguesa, a sua oferta gastronómi-
ca e os seus emblemáticos monumentos.
O jornalista brasileiro começa por destacar o riquíssimo patrimó-
nio histórico, os museus, restaurantes, as ruas lotadas de gente, os
sons, imagens, aromas e sabores da cidade levando o leitor numa
visita sensorial por Lisboa.
Com o ponto de partida no Terreiro do Paço, Thiago André Costa
apresenta o Arco da Rua Augusta como “uma torre que aberta
ao público como mirante em 2013 propicia uma vista panorâmica
da cidade. Lá em cima, dá para apreciar a grandeza do Rio Tejo”.
As sugestões de visita não se ficam por aqui e vão desde uma pau-
sa no café-restaurante Martinho da Arcada, à zona comercial do
Chiado, passando pelo Elevador de Santa Justa, o Museu do Fado e
o “sólido e imponente” Castelo de São Jorge, com o final da visita
a terminar no Lisboa Story Centre. Pelo caminho não esquece as
ruelas de Alfama famosas pelas noites de Santo António e o cheiro
a sardinha assada. Apresentando ainda o vinho e bacalhau como
“os itens top de um cardápio tipicamente português”, o jornalista
explica que existem muitas outras delícias que merecem um lugar
de honra na lista de degustações do visitante, tais como a Ginjinha
e os famosos Pastéis de Belém.
“O passeio é repleto de interactividade e imersão, com um per-
curso que remonta o nascimento da nação e, por extensão, dos
brasileiros.”
Guiado pelo desafio de descobrir a capital portuguesa, Thiago An-
dré Costa sugere, por fim, outros pontos turísticos onde a luz e a
beleza das coisas simples, transmitem a típica capital portuguesa
aproveitando a oportunidade para convidar os leitores a conhecer
a Batalha, a Nazaré “rica em peixes e mariscos”, Óbidos e o Parque
e Palácio da Pena em Sintra.
viverbem 19GAZETA DO POVODOMINGO, 26 DE JANEIRO DE 2014
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❚❚ LISBOA, PORTUGAL❚❚ Thiago André Costa
❚❚ Vista do alto, Lisboa é um grande mosaico de telhados vermelhos. O centro histórico é um labirinto de ruas e vie-las, que reservam uma sur-presa a cada esquina: de um romântico restaurante insta-lado atrás de uma portinho-la a uma monumental igre-ja centenária. A cidade pos-sui um riquíssimo patrimô-nio histórico, museus, restau-rantes, com ruas lotadas de gente, sons, imagens, aromas e sabores.
Um dos passeios inte-ressantes é caminhar pe-lo centro histórico da ci-dade, onde há dezenas de atrações em poucos quilô-metros. Vale lembrar que Lisboa é construída sobre colinas, o que significa uma série de subidas, descidas e a exigência de um certo preparo físico. Para quem encara o passeio, um bom ponto de partida é a Praça do Comércio, também co-nhecida como Terreiro do Paço. Ali ergue-se o Arco da Rua Augusta, uma torre que, aberta ao público como mirante em 2013, propicia uma vista panorâmica da cidade. Lá de cima, dá para apreciar a grandeza do Rio Tejo e o casario que circun-da museus e monumentos.
Antes de subidas e desci-das, uma pausa para o lan-che ou refeição pode ser no tradicional café-restau-rante Martinho da Arcada. Fundado em 1782, o estabe-lecimento fica de frente pa-ra a praça e conserva um ir-resistível ar de nostalgia. No cardápio, pratos típicos, co-mo o bacalhau e vários ou-tros tipos de peixe, acompa-nhados por vinhos portugue-ses. O local já foi frequentado por figuras ilustres, como o poeta Fernando Pessoa, que é homenageado na decora-ção e com uma mesa dedi-cada ao escritor.
Depois de comer, ainda na atmosfera de Pessoa, va-le fazer uma caminhada pe-lo Chiado, bairro comercial que reúne lojas, bares e res-taurantes, e onde fica a ca-sa em que o poeta nasceu.
A partir do elevador de Santa Justa, torre de 45 me-tros de altura que serve como mirante e transporte público
da cidade, pode-se contem-plar as ruínas do Convento do Carmo, monumento que é cicatriz do terremoto de 1755, que devastou a capi-tal portuguesa.
Rumo ao topo da colina, chega-se ao sólido e impo-nente Castelo de São Jorge. A entrada custa 7,5 euros e permite a exploração do lu-gar, como subir nas torres e muralhas e ter uma vista ain-da mais completa da cidade.
Na saída do castelo, o bair-ro Alfama convida para uma descida bucólica por ruas es-treitas e repletas de roman-tismo. A cada esquina, uma nova descoberta: antigos ca-sarões, fachadas históricas e
pequenos restaurantes que se escondem entre as vielas. No mês de junho, o bairro re-cebe a festa do dia de Santo Antônio, o que faz com que ruas e casas sejam decoradas com festões coloridos, luzes e bandeirolas.
Para os amantes de mú-sica, uma visita indicada é o Museu do Fado, aberto em
1998. A casa abriga a histó-ria do ritmo mais tradicio-nal de Portugal, das raízes até a nova geração de can-tores. Ali estão quadros fa-mosos e instrumentos uti-lizados nas canções, que acompanham o visitante pelo audioguia.
Depois de ver lugares his-tóricos in loco, vale conhecer uma das mais recentes atra-ções de Portugal, o Lisboa Story Centre. O museu usa um vasto aparato tecnológi-co para contar a história por-tuguesa. O passeio é repleto de interatividade e imersão, com um percurso que remon-ta o nascimento da nação e, por extensão, dos brasileiros.
Fotos: Thiago André Costa/Gazeta do Povo
Lisboa: ruas e vielas que reservam uma surpresa a cada esquina.
Arco da Rua Augusta, torre que proporciona uma vista panorâmica de Lisboa.
Parque e Palácio da Pena são considerados expoentes do Romantismo em Portugal.
Veja mais
• Vídeos dos passeios em
Lisboa estão no site www.ga-zetadopovo.com.br/turismo
viverbem 21GAZETA DO POVODOMINGO, 26 DE JANEIRO DE 2014
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BEIJO NO CARIBE
A parapsicóloga e odontopediatra Ana Maria Fagundes Arana e o seu marido, o oftalmologista Jayme Arana, embarcaram em férias para descanso em um cruzeiro partindo de Miami, com destino a Jamaica, Kozomel e Ilhas Cayman. Na foto, momento marcante em um dos resorts visitados no Grand Cayman Islands, onde ela recebeu um beijo de um golfinho.
AI, O VERÃO
Com recordes de calor neste verão, o casal Felipe Thiago Zanardini e Angela Maria Zoboli não pensou duas vezes, os dois escolheram Bombinhas, no litoral de Santa Catarina, para fugir e se refrescarem.
ÁLBU
M D
E VIA
GEM
Mande sua foto para
o Álbum de Viagem
turismo@gazetadopovo.
com.br
Vizinhança
BelémA poucos minutos do Centro Histórico de Lisboa, fica o Bairro de Belém, tradicional pon-to de visitação turística da ci-dade. O bairro é o endereço de dois Patrimônios Mundiais da Humanidade: a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerônimos. À mar-gem do Rio Tejo, a Torre, cons-truída a partir de 1514, servia co-mo proteção contra navios ini-migos. Bem perto, situa-se o Mosteiro dos Jerônimos, com sua arquitetura marcante. O local en-canta os visitantes pela grandio-sidade e riqueza de detalhes e é um marco da prosperidade ad-vinda dos descobrimentos, pe-ríodo em que foi construído. Quase ao lado do mosteiro, fica a confeitaria Pastéis de Belém. Com diversos pontos interessan-tes para visitação, é um bom lu-gar para se conhecer a pé.
ÓbidosA vila é cercada por aproximadamente 2 km de sólidas muralhas de pedra. A fortificação, toma-da do domínio Mouro em 1.148, já foi ocupada por inúmeras rainhas, que fizeram melhorias e deixaram suas marcas ao longo dos séculos. Na rua principal, dezenas de comércios vendem ar-tesanato, livros, frutas e pratos típicos da gastronomia local. O castelo foi transformado em uma pousada, com decoração sofisticada que promove um verdadeiro mergulho na cultura medieval. Além de ser a casa do licor de ginja, é onde são realizados diferentes eventos, como o Festival de Chocolate, o Mercado Medieval e a Vila de Natal, entre outros.
Parque e Palácio da PenaO lugar é considerado um dos grandes expoentes do Romantismo em Portugal. Localizado em Sintra, a 30 km de Lisboa, o palá-cio foi construído sobre as ruínas de um antigo mos-teiro. A princípio, des-tinava-se a ser uma ca-sa de verão para a família real. Entusiasmado com a construção, o rei Dom Fernando mandou vir es-pécies de plantas de vá-rias partes do mundo, constituindo um dos mais importantes parques ar-bóreos de Portugal. O mo-numento passa por cons-tantes restaurações e tem suas várias salas mobilia-das e decoradas como na época em que era habita-do por monarcas.
Fotos: Thiago Costa/Gazeta do Povo
TURISMO DE LISBOA | 31
SEtúBAL Já É A gRANdE cApItAL dA MARgEM NORtE dO SAdO. quEREMOS AcABAR, dE uMA VEz pOR tOdAS, cOM O dIScuRSO quE SuBALtERNIzA E MARgINALIzA SOcIAL E pOLItIcAMENtE tOdA EStA gRANdE REgIãO quE É A pENÍNSuLA dE SEtúBAL, AFIRMA A pRESIdENtE dA câMARA MuNIcIpAL dE SEtúBAL, MARIA dAS dORES MEIRA.
OBJECTIVOS PARA SETÚBAL
REFORÇO dO pOSIcIONAMENtOE dA IdENtIdAdE
ENTREVISTAMARIA dAS dORES MEIRA
Quando, ao tomar posse, disse “hoje o
passado encontra-se com o futuro”, a
que se referia concretamente?
O momento simbólico da tomada de posse
foi o momento em que o passado do ciclo
de quatro anos de trabalho que se encer-
rava com aquele discurso se começava a
prolongar para mais um novo ciclo de trans-
formação, de mudança. Naquele momento,
começava o futuro de Setúbal, que é hoje um
concelho diferente, que se modernizou. Que,
pela via da qualificação das suas estruturas,
da criação de mais e melhores condições na
área da educação, da inclusão social, da cul-
tura e do desporto, dá melhores condições
de vida às suas populações e atrai mais gen-
te. Um concelho que, pela via da criação de
melhores métodos de funcionamento da au-
tarquia, oferece novas condições para atrair
mais investimento e gerar mais trabalho e
mais emprego.
De que modo está a procurar “transformar
Setúbal na grande Capital da Margem Norte
do Sado”?
Setúbal já é a grande Capital da Margem Norte
do Sado. Queremos acabar, de uma vez por todas,
com o discurso que subalterniza e marginaliza so-
cial e politicamente toda esta grande região que
é a península de Setúbal. Afirmar a importância
cMs-
Dic
i
de Setúbal como Capital da Margem Norte do
Sado é contribuir para o enfraquecimento de toda
a narrativa negativa que se construiu em torno
da velha ideia contida na expressão “Margem
Sul”, neste caso do Tejo, que mais não é do que
classificar, muitas vezes depreciativamente, toda
a península de Setúbal como um subúrbio des-
caracterizado de Lisboa e dependente da capital,
quando, na realidade, a nossa região tem cultura,
património e economia muito fortes. Nós, os au-
tarcas, temos trabalhado muito para isso nestes
40 anos de democracia.
A região de Setúbal tem uma personalidade
autónoma muito forte que nunca poderá ser
ofuscada pelo poder centralizador da capital,
32 | TURISMO DE LISBOA
Entre as Mais Belas Baías do Mundo
No âmbito do Clube das Mais Belas Baías do Mundo, do qual Setú-bal é membro, tem sido realizado um trabalho de grande promoção e divulgação dos recursos turísticos junto das outras baías e até foi organizado um congresso em Setúbal, no qual esteve presente a grande maioria dos associados do Clube, destaca Maria das Dores Meira.“Setúbal esteve e está envolvido activamente em todos os momentos da vida desta associação, o que, pelo prestígio da sua participação, conduziu à minha eleição para presidente do Clube no triénio 2015-2018”, acrescenta.
mesmo que, política e administrativamente, se tente ir por esse ca-
minho a todo o custo. Temos sabido resistir a essa força centralizadora
com soluções inovadoras, com a afirmação da nossa identidade. É o
que continuaremos a fazer com a afirmação de Setúbal como a gran-
de Capital da Margem Norte do Sado, um dos mais importantes rios
portugueses, quer do ponto de vista ambiental, quer do ponto de vista
económico.
Estamos a afirmar Setúbal como a grande capital que é com a requa-
lificação urbana da cidade e do concelho, tornando-os mais atractivos
para os que nos visitam e criando mais qualidade para os que cá vi-
vem. Por esta via estamos convencidos – os factos têm confirmado esta
nossa visão – de que criaremos mais e melhores condições para um
desenvolvimento sustentado, para a geração de mais riqueza.
A requalificação da nossa zona ribeirinha, durante décadas fechada ao
usufruto das pessoas, é um excelente exemplo dessa requalificação,
mas posso também referir toda a requalificação da Avenida Luísa Todi,
que não se ficou apenas pelo arranjo urbanístico. Apostámos, também,
com os estabelecimentos de restauração daquela artéria, em parceria
com a AHRESP, na requalificação das esplanadas dos restaurantes, que
hoje oferecem a todos os que os procuram uma qualidade de serviços
incomensuravelmente melhor do que há cinco ou seis anos.
Posso, ainda, referir a revisão do PDM que temos em concurso, que nos
torna mais competitivos, e uma série de estudos urbanísticos e outros
que nos permitirão construir com maior segurança o tal futuro de que
falei atrás.
pOtENcIAR A INtERNAcIONALIzAÇãO
No que ao Turismo diz respeito, quais são as metas que se pro-
põe atingir neste mandato?
Vamos continuar a trabalhar para reforçar o posicionamento e notorie-
dade de Setúbal como destino turístico, aumentando a percepção de
valor de destino por parte de visitantes nacionais e estrangeiros.
Temos, também, como objectivo central potenciar a internacionali-
zação de Setúbal e promover a dinamização económica da estrutura
empresarial local.
O que é que a oferta turística de Setúbal tem que as outras
não têm?
Quem nos visita sabe bem que temos muito para oferecer, em espe-
cial e de forma integrada produtos associados aos segmentos Sol e
Mar, tradicional e activo, Touring, nas áreas rural, descoberta e cita-
dino, e Gastronomia e Vinhos. Tudo isto num mesmo território, pos-
sibilitando a vivência de experiências únicas por parte do visitante
num curto período.
Dito de outra forma, temos praias extraordinárias, preservadas e in-
seridas num parque natural com uma riqueza ambiental única, paisa-
gens fantásticas como as da Serra da Arrábida, muito boa e saborosa
gastronomia, na qual se destaca o nosso maravilhoso peixe e alguns
dos melhores vinhos do país. Julgo mesmo que, no contexto da Área
Metropolitana de Lisboa, se nos quisermos posicionar neste contexto
territorial, não existe outro destino turístico com uma oferta tão di-
versificada como a nossa.
É importante referir também que, graças ao empenhamento da au-
tarquia, com a aquisição das antigas instalações militares do Quartel
do Onze, foi possível instalar na nossa cidade, com novas e muito
melhores condições, uma escola de hotelaria que assegura a existên-
cia de mão-de-obra qualificada para todo este sector turístico, que
“Temos praias extraordinárias, preservadas e inseridas num parque natural com uma riqueza ambiental única, paisagens fantásticas como as
da Serra da Arrábida.”
TURISMO DE LISBOA | 33
Mais rio, mais trabalho e mais cidade
Sobre as principais linhas estratégicas do mandato, Maria das Dores Meira afirma que apontam para a continuação do trabalho que tem vindo a ser feito e que são as que constam no programa de trabalho submetido à apreciação dos setubalenses e azeitonenses no acto elei-toral de Setembro de 2013. Resumem-se em três ideias simples que implicam, contudo, comple-xos processos de transformação da cidade e do concelho, declarou, especificando: “as três ideias que orientam o nosso trabalho até 2017 são Mais Rio, Mais Trabalho e Mais Cidade”.Mais Rio porque o Sado é um elemento essencial na vida e no desen-volvimento do nosso território e transversal às suas múltiplas expres-sões, das actividades económicas ao lazer, da vida social à relação e projecção de Setúbal no mundo; depois, Mais Cidade, entendendo-se de modo amplo como urbanidade, congregando todos os cidadãos e núcleos urbanos do concelho e as diversas áreas de intervenção rela-cionadas com os múltiplos aspectos que concorrem para a qualidade de vida das comunidades; finalmente, Mais Trabalho, é uma linha que se refere ao valor intrínseco do trabalho e a tudo o que comporta, desde a criação de emprego à sua qualificação, do incremento das ac-tividades económicas à sua diversificação, do planeamento territorial à defesa dos valores ambientais, concluiu.
está em crescimento. Temos, pois, além de oferta única, condições
para dotar os nossos estabelecimentos hoteleiros de mão-de-obra
altamente qualificada.
Há algum produto turístico específico alvo de maior investi-
mento?
Será quase desnecessário falar dos nossos golfinhos, mas é importan-
te destacar que Setúbal tem investido bastante no produto natureza,
com especial destaque para a observação de aves e dinamização am-
biental dos recursos associados ao Estuário do Sado e Serra da Arrá-
bida, seja pela criação de percursos pedestres, seja pelo lançamento
de actividades com passeios de barco para observação de golfinhos.
Temos aqui duas comunidades, uma de cetáceos e outra ornitológica,
que são únicas na Europa e que se constituem como produtos turísti-
cos muito atractivos.
Quais são os principais produtos ligados a Setúbal que destaca?
A nossa oferta gastronómica e enológica são dois dos nossos prin-
cipais produtos de elevada singularidade. Temos matérias-primas
turísticas – o nosso peixe e as nossas castas de vinho de excelente
qualidade – que apenas aqui se encontram, assim como a abordagem
tradicional e criativa, em termos de confecção, apresentação e degus-
tação, que fazemos a estes produtos.
Devolver o rio às pessoas é uma prioridade? De que modo po-
derá ser desenvolvido este propósito?
Por alguma razão elegemos como objectivo estratégico dar Mais Rio
à cidade… É o que temos vindo a fazer nos últimos anos, com a
abertura de novos espaços de lazer na nossa zona ribeirinha. O novo
passeio ribeirinho da Praia da Saúde é o melhor exemplo da concre-
tização desta visão estratégica, passeio que estende a frente de rio
aberta aos cidadãos desde o Parque Urbano da Albarquel até à Doca
dos Pescadores e que será complementado, durante este mandato,
pelo Terminal 7, um centro de apoio para actividades náuticas onde
se poderão realizar acções de formação e que terá uma componente
de mergulho que aproveita as potencialidades subaquáticas da orla
marítima setubalense, um espaço para exposições polivalente, um
centro interpretativo e didáctico, zonas de restauração e um espaço
comercial.
Como está a ser reforçada a aposta “Mais Rio”?
Pelas vias que acabo de referir, mas também pela divulgação dos
nossos produtos ligados a esta área. A este propósito vale a pena,
aliás, referir uma iniciativa que tem vindo a ganhar dimensão, o Fim
de Ano Azul, na qual o rio é o espaço eleito para um fogo-de-artifício
de fim de ano que tem atraído a Setúbal e a Tróia um número cada
vez maior de visitantes, afirmando-se como a grande festa de fim de
ano da Margem Norte do Sado.
Quantos turistas Setúbal recebe anualmente e quais são os
principais mercados emissores?
Neste momento não estão ainda disponíveis os dados oficiais do INE
relativos aos números de turistas alojados nas unidades hoteleiras
do concelho em 2013. O que sabemos diz respeito aos atendimentos
que fizemos nos nossos postos de turismo e aos turistas participantes
em eventos que promovemos. Esses números dizem-nos que tivemos
mais de 32 mil turistas em 2013, o que significa que é muito provável
que o número de turistas alojados no concelho seja bem superior. Os
principais mercados emissores são Portugal, Espanha, França, Ingla-
terra, Alemanha e Holanda.
pROMOÇãO dA gAStRONOMIA
Como é que a ligação de Setúbal ao rio se reflecte, por exem-
plo, na oferta gastronómica do destino?
Setúbal tem organizado, desde 2012, vários festivais gastronómicos, entre eles
sete quinzenas e duas semanas temáticas, associados à promoção de oito
espécies piscícolas residentes na zona marítima de Setúbal: o choco, a sardi-
nha, o carapau manteiga, o salmonete, o marisco, alcorraz, a cavala e a ostra.
Afinal, tudo o que de melhor por aqui temos e que não é pouco…
Os festivais, realizados num período alargado, desde Fevereiro a Dezembro,
possibilitam que o nosso peixe, pela qualidade e forma singular de confecção,
seja um verdadeiro cartaz turístico. Por cada um destes eventos envolvemos,
em média, cerca de 50 restaurantes e, no total das quinzenas gastronómicas,
registámos cerca de 480 mil participantes.
Em termos de agenda cultural, quais são os principais eventos que
têm Setúbal como palco? Que outros estarão, eventualmente, a ser
equacionados?
Setúbal tem uma actividade cultural riquíssima que, nos últimos dois anos,
foi bastante enriquecida com a abertura de novos equipamentos culturais,
como a Casa da Cultura ou a Casa da Baía, e com a requalificação de
equipamentos como o Fórum Municipal Luísa Todi, o Auditório Municipal
Charlot ou a Casa do Corpo Santo. Teremos ainda mais oferta com a con-
clusão da primeira fase da reabilitação do Museu de Setúbal e Convento
de Jesus, cujas obras estão neste momento em curso.
Para referir alguns exemplos desta actividade, destaco apenas a nossa Fei-
ra de Santiago, o Festroia – Festival Internacional de Cinema, o Festival de
Música de Setúbal, as Comemorações Bocageanas, o Concurso de Bandas
de Garagem, o Carnaval de Setúbal ou o concurso das Curtas (metragens)
Sadinas. Contudo, há toda uma vasta actividade que se desenvolve ao
longo do ano, em especial na nova Casa da Cultura, que se tem vindo a
afirmar como uma referência pela programação de qualidade que tem
mantido.
34 | TURISMO DE LISBOA
Roteiro de um dia Quando instada a identificar um roteiro que recomendaria a um turista que visitasse Setúbal pela primeira vez, Maria das Dores Meira começa por referir uma deslocação ao Parque Natural da Arrábida, onde se pode desfrutar da beleza das espécies vegetativas, únicas no país, e apreciar a vista de uma das mais belas baías do mundo e, seguramente, algumas das mais belas paisagens do mundo. Seguidamente, diz, proponho um passeio pela emblemática Avenida Lu-ísa Todi, onde se pode visitar a Casa da Baía - Centro de Promoção Turística e a excelente loja de vinhos que aí existe, e depois dar um salto à Casa da Cultura, com passagem pela Galeria Municipal do Banco de Portugal, onde temos uma excelente colecção de pintura quinhentista, e ainda o Fórum Municipal Luísa Todi.Claro que não poderá faltar um passeio pela nossa frente ribeirinha, onde se pode apreciar a doca, bastante animada pela cor das em-
Enquanto presidente do Clube das Mais Belas Baías do Mundo, para
o triénio de 2015 a 2018, o que gostaria de conseguir para Setúbal?
Serei presidente efetiva do Clube neste triénio e não será apenas a
partir de 2015 que poderemos conseguir algo. Desde que integrámos
este clube temos vindo a fazer um intenso trabalho de promoção e
divulgação das nossas capacidades turísticas junto dos outros mem-
bros do clube que tem dado frutos na atracção de turistas e eventos.
A própria pertença ao clube e a visibilidade que nos dá como uma das
mais belas baías do mundo é um factor de promoção de Setúbal que
deve ser valorizado.
Quais são os principais destinos que na Península de Setúbal
apresentam maior potencial turístico? Pode caracterizar cada um?
Cada município oferece, por si só, atractivos para se constituir como des-
tino turístico. Setúbal é, contudo, o destino que mais se destaca, quer
pela sua posição geográfica, com serra e mar, pela sua história, reflectida
no património constituído por monumentos, igrejas, edifícios, praças de
grande valor, quer pela excelência gastronómica e vínica e ainda pela
variedade de actividades, promovidas pela autarquia e por privados, em
que o turista pode participar num só dia.
A proximidade de Lisboa e de Tróia são também factores a ter em con-
ta, já que as reduzidas distâncias permitem deslocações rápidas a estes
destinos, mas mantendo sempre a identidade muito própria de Setúbal.
Também Palmela, pelas suas características vínicas, e Sesimbra, como
destino de mar e gastronomia associada ao peixe e marisco, são regiões
de potencial turístico, mas condicionadas pelo facto de se focalizarem em
segmentos muito direccionados e sem oferta tão alargada e integrada
como Setúbal.
pARcEIROS ActIVOS NA pROMOÇãO
Como vê Setúbal no quadro da ERT-RL?
Desde a extinção da Região de Turismo de Setúbal - Costa Azul, e conse-
quente desaparecimento do nome de Setúbal das entidades de turismo
que se seguiram, a ERTLVT e agora a ERT-RL, que é evidente o desin-
teresse em destacar Setúbal como destino turístico. Lamentamos que
assim seja e tivemos a oportunidade de, no momento e no local certo,
evidenciar a nossa posição sobre a matéria. Parece-nos incompreensível
que uma das zonas do país que mais tem para oferecer deixe de ter a
autonomia que desde há muito tinha, para passar a estar sujeita a estra-
tégias que seguramente serão correctas, mas que subalternizam Setúbal.
Depois de dezenas de anos de um modelo de promoção turística da
região que funcionou bem, assente numa efectiva descentralização de
meios e competências, temos agora a centralização destas competências
uma vez mais em Lisboa, como se mais nada existisse à volta.
A região de Setúbal tem características próprias, produtos turísticos di-
ferenciados, estruturas qualificadas e mão-de-obra de qualidade para
alimentar o seu sector turístico e promover o seu desenvolvimento, pelo
que me parece desadequada a concentração das responsabilidades nes-
ta matéria numa entidade distante dos problemas e das realidades, pois,
por muito que se saiba que a distância geográfica é curta, a distância
barcações de pesca, ou descansar no Passeio Ribeirinho da Praia da Saúde ou no Parque Urbano da Albarquel. Nessa mesma zona, poderá o turista almoçar num dos muitos restaurantes que ali estão instalados e que fazem do peixe a sua especialidade.Da parte da tarde, é de fazer uma visita ao Moinho de Maré da Mou-risca, um espaço recentemente qualificado pela autarquia, onde se podem observar as nossas aves, exclusivas desta comunidade ornito-lógica, além de fantásticas paisagens do rio Sado.Ao jantar, regresso à Avenida Luísa Todi, onde a oferta gastronómica é de grande qualidade e bastante variada, embora o peixe seja rei. Finda a refeição, na mesma avenida, a animação nocturna está na rua e nos muitos bares e esplanadas que ali existem. Claro que, num intervalo de tudo isto, é da maior importância provar um Moscatel de Setúbal.
A proximidade de Lisboa e de Tróia permitem deslocações rápidas a estes destinos.
TURISMO DE LISBOA | 35
real de Lisboa dos problemas e das realidades do resto do país é sempre
muito grande.
Por nós, continuaremos a fazer o nosso trabalho e a defender a alteração
deste estado de coisas.
O que gostaria que, na óptica de Setúbal, fosse incluído no plano
regional de turismo da ERT-RL?
Gostaria que fossemos considerados parceiros activos na promoção, ten-
do a possibilidade de beneficiar e participar em todas as acções, feiras
incluídas, a desenvolver pela ERT-RL, no âmbito do seu plano de activi-
dades e orçamento.
Temos uma enorme pena que, dos grandes eventos promovidos pela
ERT-RL, nenhum seja desenvolvido em Setúbal, o que, aliás, mostra bem
a distância a que Lisboa está das realidades locais…
Por outro lado, no presente contexto, com o qual conviveremos com
naturalidade, é muito importante que nos sejam disponibilizados apoios
financeiros para o desenvolvimento de produtos próprios da região de
Setúbal.
Quais são os produtos turísticos diferenciadores de Setúbal no
âmbito da ERT-RL?
A observação de golfinhos, numa das duas únicas comunidades resi-
dentes na Europa, é, claramente, um factor diferenciador. Mas também
o são a observação de aves, devido à sua elevada diversidade e
concentração num território muito reduzido, o enoturismo, com enor-
me diversidade de eventos associados aos cerca de 40 produtores
vitivinícolas, muitos deles premiados cá dentro e lá fora, e a nossa
oferta gastronómica, focalizada no peixe, com algumas espécies com
características nutricionais únicas no país.
O triângulo serra, mar e praia confere a Setúbal uma posição estraté-
gica para o desenvolvimento de vários produtos integrados.
Em seu entender, quais têm sido os principais benefícios turís-
ticos decorrentes das cada vez mais numerosas acessibilidades
que ligam Lisboa à Margem Sul?
As numerosas acessibilidades, desde as rodovias aos relativamente
recentes serviços ferroviários prestados pela Fertagus, asseguram
uma facilidade de deslocação a toda a região da península que in-
centiva a visita a Setúbal e faz com que tenhamos cada vez mais
gente da Margem Norte do Tejo a visitar-nos e a descobrir tudo o
que de bom temos para oferecer.
A autonomia desta região turística seria, seguramente, um maior
contributo para continuar a reforçar a divulgação de toda a região
com maior eficácia.
As numerosas acessibilidades da região incentivam à visita.
36 | TURISMO DE LISBOA
RIcA EM AROMAS E SABORES, A REgIãO dE LISBOA OFEREcE INúMEROS LOcAIS ONdE pOdEMOS ApREcIAR AS ESpEcIALIdAdES gAStRONóMIcAS, dESdE O MAIS LuXuOSO, cOM cOzINhA cONtEMpORâNEA, E dE FAMOSOS ChefS, à cARActERÍStIcA tAScA dE BAIRRO. A pROXIMIdAdE cOM O MAR cONFERE à SuA gAStRONOMIA pRAtOS VERdAdEIRAMENtE tÍpIcOS quE EM SEtúBAL EStãO A SER cELEBRAdOS cOM O FEStIVAL dO chOcO.
AROMAS E SABORES
NA REgIãO dE LISBOA pARtILhA-SE A VIdA à MESA
Pela sua envolvente natural, a história de
Setúbal está intimamente ligada ao peixe,
importante motor económico da região e
actualmente um forte ex-libris da sua ofer-
ta turística. O choco, sobretudo frito, é um
prato típico e uma das atracções turísticas da
cidade, símbolo da sua história, tradição pis-
catória e cultura. Até 9 de Março esta iguaria
apresenta-se no Festival do Choco, em 57
restaurantes, confeccionado nas mais varia-
das formas. Frito, assado com e sem tinta,
ensopado, à antiga, em caldeirada, estufado,
ao alhinho e de pitéu são apenas algumas
das alternativas propostas.
No último dia do festival, dia 9 de Março,
às 18h30, a Casa da Baía, em Setúbal, aco-
lhe uma mostra e degustação de choco nas
versões convencionais e gourmet a cargo da
chef Fernanda Amaro.
O Festival do Choco insere-se na iniciativa
“Setúbal Terra de Peixe” que decorre de Fe-
vereiro a Dezembro, com o objectivo de re-
forçar o posicionamento de Setúbal na rota
gastronómica nacional, durante todo o ano,
potenciando um recurso natural, em simili-
tude com o apoio às estruturas empresariais
da restauração.
É organizado pela Câmara Municipal de
Setúbal em parceria com vários restaurantes
do Concelho e a Casa da Baía de Setúbal.
TURISMO DE LISBOA | 37
BOLETIM INTERNOPUBLITURIS TRADE AWARDS
pátIO dA gALÉ NOMEAdO MELhOR ESpAÇO pARA EVENtOS
O Pátio da Galé está nomeado para
o Melhor Espaço de Eventos, na 4.ª
edição dos Publituris Trade Awards,
galardões que premeiam o melhor do Tu-
rismo em Portugal. Localizado no Terrei-
ro do Paço, possui uma arquitectura única
e grandiosa e concilia a história com um
conceito trendy. A versatilidade do espa-
ço tem permitido uma ocupação dinâmica
e quotidiana, sendo considerado o palco
de eleição para a realização das iniciati-
vas mais marcantes da capital portuguesa,
como a “ModaLisboa” ou o evento gastro-
nómico de referência “Peixe em Lisboa”.
A crescente procura pelo espaço e o au-
mento na sua ocupação, desde a sua inau-
guração em Fevereiro de 2011, eviden-
ciam o Pátio da Galé como um contributo
inestimável de aproximação do desempe-
nho turístico de Lisboa às melhores práti-
cas europeias e, como tal, ao aumento da
competitividade do destino.
A votação para eleição dos vencedores
será realizada exclusivamente online no
site dos prémios, disponível entre 28 de
Fevereiro e 7 de Março.
38 | TURISMO DE LISBOA
RELATÓRIO DE ACTIVIDADES
JANEIRO 2014ASSOcIAtIVISMO
dESENVOLVIMENtO dO ASSOcIAtIVISMO
Revista do Turismo de Lisboa
Edição do 122.º número da Revista Institucional do Turismo de Lis-
boa. Esta publicação foi enviada para os Associados, Delegações do
TdP, lista institucional do TL, Organismos Oficiais ligados ao turismo,
trade do sector, imprensa especializada. A Revista tem uma aplica-
ção para iPad.
cONSuLtA A ASSOcIAdOS
Durante o mês de Janeiro foram feitas as seguintes consultas:
Alojamento 26
Restaurantes + Fado 6
Fornecedores Serviços 2
Golfe 14
Agências de Viagens + Guias 12
Transportes 11
Passeios e Circuitos 2
Espaços Próprios 2
TOTAL 75
Entidade Categoria
The Decadente Restaurante & Bar Restaurante
Lavàmil F. Serviços
A Tasca Restaurante
Pinhal da Torre Gastronomia e Vinhos
Chippers Restaurante
Lendas do Tejo Passeios e Circuitos
Lust Discoteca
Camara Municipal de Loures Org. Oficial
B&G Eventos F. Serviços
Splendid Compass AV
Adega Mãe Gastronomia e Vinhos
OutROS
Actualização contínua dos associados nas bases de dados, no site e nas
publicações Follow Me e RTL.
MAILINgS ENVIAdOS
Durante o mês de Janeiro foram enviados os seguintes mailings:
> Mapa de ligações aéreas para Lisboa para os associados;
> Follow Me via email para os associados;
> Circular para os associados com regulamento dos PCV’s para 2014;
gEStãO dOS pROcESSOS dE AdESãO
Durante o mês de Dezembro foram enviadas 35 propostas
de adesão:
AmiRoad F. Serviços
7Lisboa F. Serviços
Iberrent Rent-a-car
Tapada Crew F. Serviços
Empresa de Aluguer de viaturas com
condutorF. Serviços
Blueticket F. Serviços
HM Musica F. Serviços
Takumi Sushi Lounge Restaurante
Companhia Agricola do Sanguinhal Vinhos
Badger Tours Passeios e Circuitos
Parreirinha de Alfama Casa de Fado
Há Piteu Restaurante
Hostel Alojamento local
Hostel Alojamento local
Twu Use Rent a car Rent-a-car
Sucesso Predilecto Animação Turistica
Clube da Massagem F. Serviços
My Story Hotel Ouro Hotel 3*
Pharmácia Restaurante
Hotel Mercy Hotel 5*
Lisboa Memorias F. Serviços
Hostel Alojamento local
Lapa 82 - Boutique Bed & Breakfast Alojamento local
Palma Yachts Passeios e Circuitos
TURISMO DE LISBOA | 39
B O L E T I M I N T E R N OB O L E T I M I N T E R N O
País de Origem
Visitas% Novas Visitas
Novas Visitas
Páginas por vista
Tempo médiono site
87,746 77.17% 65,401 3.05 00:02:39
1 Portugal 36,727 77.53% 28,474 2.47 00:02:08
2 Brasil 10,314 80.55% 8,308 2.57 00:02:34
3 França 6,453 81.05% 5,230 4.62 00:03:58
4 Espanha 5,172 72.22% 3,735 3.69 00:03:07
5Reino
Unido3,418 77.76% 2,658 3.25 00:02:39
6 Alemanha 3,331 78.96% 2,630 4.51 00:03:50
7 Itália 3,276 79.88% 2,617 4.12 00:03:31
8 Rússia 2,437 25.15% 613 1.55 00:01:32
9Estados
Unidos1,550 86.26% 1,337 3.09 00:02:18
10 Bélgica 1,492 78.35% 1,169 4.41 00:03:30
pROMOÇãO tuRÍStIcA
cONtRAtO pARA A pROMOÇãO EXtERNA REgIONAL dO dEStINO E pROdutOS
pROMOÇãO dO dEStINO - AcÇÕES MuLtIpROdutOS
dESENVOLVIMENtO E MANutENÇãO dO SItE
Adaptação de imagens aos diferentes formatos
Adaptação de textos e hiperligações;
Selecção e adaptação de conteúdos para a Homepage.
Introdução dos PDF’s das publicações mensais
pROMOÇãO NOS MOtORES dE BuScA
Consulta ao Google para apresentação de proposta anual
pROMOÇãO EM SItES dE VIAgEM
Consulta ao mercado para apresentação de propostas. Foram consultadas as
seguintes agências:
> Havas Media
> 6 am
> International Advertising
> Ilimitada
> Weborama
OutROS
Post Facebook: 51
Tweets Twitter: 38
VISItAS AO SItE: 84 746
pARtIcIpAÇãO INStItucIONAL EM cERtAMES gENERALIStAS (FItuR, ABAV, ItB(BERLIM), wtM (LONdRES), VAKANtIBEuRS, MItt (MOScOVO), tt VAR-SóVIA
MULTIMERCADOS - Gestão da participação da ARPT Lisboa e do seu trade
nos certames internacionais de 2014, através do portal Feiras do TdP.
HOLANDA – Participação da ARPT Lisboa na feira VAKANTIEBEURS em
Utrecht . Evento para público e profissionais.
ESPANHA – Participação da ARPT Lisboa na feira FITUR em Madrid. Evento
para público e profissionais. Presentes 14 empresas associadas c/
módulo negócio.
pROMOÇãO cIty & ShORt BREAKS
pRESS tRIpS
(06 visitas – 19 participantes)
ESpANhA – “Madrileños por el Mundo” / TV TeleMadrid, em colaboração
com o TP. Programa realizado em Lisboa. Presentes 02 elementos.
FINLâNdIA – Jornalista freelance “Essi Rikama”. Programa realizado em
Lisboa. Presente 01 elemento.
FRANÇA – TV “France2” . programa realizado em Lisboa. Presentes 03
elementos.
JApãO – TV “Asahi”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 10 ele-
mentos.
JApãO – TV “MBS”. Programa realizado em Lisboa e Sintra. Presentes 03
elementos.
REINO uNIdO – Jornal “Sun”. Programa realizado em Lisboa. Presente 01
elemento.
pARcERIAS cOM OpERAdORES tuRÍStIcOS
MuLtIMERcAdOS – Estabelecimento e acompanhamento de parcerias de
promoção. Gestão e controlo de conteúdos de parcerias em canais “on-
line”. Análise de resultados.
FAM tRIpS
CHINA/ HONG KONG – fam trip “Miramar Travel”/ TdP. Programa realizado
em Lisboa, Cascais e Sintra. Presentes 04 participantes.
MULTIMERCADOS – fam trip “post-Fitur/ TdP”. Programa realizado em Lisboa,
Cascais e Costa Azul. Presentes 04 participantes.
ApOIO A MEIOS dE cOMuNIcAÇãO
ALEMANHA – Revista “Holiday & Lifestyle”
ALEMANHA – Jornalista freelance “Myrta Köhler”
BRASIL – Revista “Capricho”
DUBAI – Jornalista Freelance – Sra. Imane Eddinari
CANADÁ – Revista de bordo / Air Canadá “En Route”
ESPANHA – Guia Clube Route 1989
FRANÇA – Revistas “Voyages de Luxe” e “Gala”
ÍNDIA – Revista online “Verve”
REINO UNIDO – Guia “IGap”
REINO UNIDO – Jornal “Metro”
REINO UNIDO – Jornal “TTG”
SUÍÇA – Guias JPM Publications
40 | TURISMO DE LISBOA
B O L E T I M I N T E R N O
pROMOÇãO MIMEEtINgS INduStRy
pROMOÇãO E ApOIO A cONgRESSOS E INcENtIVOS
HP2015 – Candidatura de Lisboa
Geospatial 2015
SETAC 2017 – Candidatura de Lisboa
Conferência Halal em Lisboa
SIU 2017
ApOIO NAS EdIÇÕES EM LISBOA
6th EMUC
Helmsbriscoe – Rep Europe
SIBIC
Evento Banco Mundial
10º Meeting Internacional sobre Violetas
Congress Consultants
Leaping Forward
Congresso EWRR
VISIGRAPP
PECCS
SENSORNETS
MODELSWARD
PHOTOPTICS
PHYCS
Med event
PBP
European Workshop on Rheumatology Research
EUCAP
VISItAS dE INSpEcÇãO
Mercado Reino Unido - M&I Forúm
pRESS tRIpS
Mercado Brasil - Diário do Comércio – Organização e acompanhamento
programa de visita na Região de Lisboa (Lisboa, Cascais e Sintra)
ESPN International – Organização de programa de visita em Lisboa - UEFA
pROMOÇãO gOLFE
cAMpANhA dE puBLIcIdAdE ESpEcÍFIcA
Consulta ao mercado para apresentação de propostas. Foram consultadas as
seguintes entidades:
> Media Drive para propostas online
> Today’s Golfer para proposta de imprensa
pROduÇãO dE MAtERIAIS pROMOcIONAIS
Actualização e maquetização da brochura de golfe
pLANO dE cOMERcIALIzAÇãO E VENdAS
pROgRAMA dA INIcIAtIVA dAS EMpRESAS
pROgRAMAS cOM gRupOS dE EMpRESAS
Recepção de propostas de PCV para 2014 das seguintes entidades:
>JC Tours
>Pestana Palace
>Hotel Palácio Estoril
>Osíris
>Oitavos Dunes
>The Oitavos
>TADMC
pROgRAMAS cOM EMpRESAS INdIVIduAIS
Recepção de propostas de PCV para 2014 das seguintes entidades:
>Vila Galé
pROMOÇãO tuRÍStIcA cOMpLEMENtARpROgRAMA ESpEcIAL dE pROMOÇãO
cAMpANhA dE puBLIcIdAdE MuLtIMERcAdOS
Apurados a maior parte dos resultados nos diferentes mercados. No ar ainda
algumas campanhas no canal FOX. E campanha de reforço no mercado Russo
INFORMAÇãO tuRÍStIcA
tuRIStAS AtENdIdOS: 80351pEdIdOS dE INFORMAÇãO EScRItOS RESpONdIdOS: 258
TURISMO DE LISBOA | 41
MARKET PLACE
MUSEU DO ORIENTE
INAuguRA EXpOSIÇãO dE pINtuRAO Museu do Oriente inaugurou uma exposição de pintura de Jiang
Shanqing, um grande pintor contemporâneo chinês, cujo saber reside
no facto de conseguir dominar a tinta sobre o papel criando diferentes
tonalidades de manchas. A mostra mantém-se aberta ao público até ao dia
27 de Abril.
Por mais complexa que seja a composição do artista, a harmonia e o equilíbrio
provêm da densidade e da difusão da tinta que faz a mancha e do espaço
deixado para respirar. Por mais abstracto que seja o motivo, o mundo visível
permanece sempre subjacente e conserva o seu poder evocativo. O mesmo
acontece com algumas das caligrafias que o artista deforma, abstraindo-se
do signo até que este perca o seu significado, ainda que conservando a sua
força sugestiva à maneira de um acorde musical.
Jiang Shanqing nasceu em Haining em 1961 e vive actualmente em Beijing,
dividindo o seu tempo entre a China, o seu atelier parisiense e um pouco
por todo o mundo onde é convidado a expor. Em 2012 alcançou o 4.º lugar
na classificação mundial das vendas em leilões de artistas contemporâneos
chineses. O Professor Ain Robertson do Departamento das Artes da
Sotheby’s inglesa, especialista do mercado de arte contemporânea chinesa,
considera Jiang Shanqing um dos maiores nomes da pintura do seu país.
O artista é caracterizado como sendo “habitado por uma luta interior entre o
racional e a intuição”. Segundo Yves Kobry critico e historiador de arte “se a
fonte de inspiração de Jiang Shanqing é profundamente chinesa, quer pelo
espírito que o habita quer pelas técnicas empregues, ela não é estranha para
um ocidental lembrando, pela dinâmica gestual, certos artistas do século XX
como Jackson Pollock”. No entanto existe uma diferença. Jiang nunca satura
o espaço, antes deixa o movimento flutuar livremente no suporte de papel,
conservando assim a sua autonomia e dinâmica.
Avenida Brasília
Tel. 213 585 200
www.museudooriente.pt
MUSEU BERARDO
NO tOp tEN dOS MELhORES dA EuROpA
O Museu Colecção Berardo, em Lisboa, é um dos 10 melhores de
entrada gratuita na Europa, destaca o jornal britânico The Guardian,
num artigo que diz também que esta “recente e impressionante adi-
ção à lista de atracções culturais lisboetas” é um espaço “moderno
cheio de trabalhos vibrantes de todos os artistas do movimento pop
art, como Warhol, Pollock e Lichtenstein, e também grandes artistas
como Picasso, Baco e Dali”.
Para além do Museu Colecção Berardo, integram este top 10 outros
museus localizados em Paris, Amsterdão, Berlim, Copenhaga, Nice,
Madrid, Istambul, Roma e Reiquejavique.
Praça do Império,
Tel. 213 612 878
pt.museuberardo.pt
42 | TURISMO DE LISBOA
EUROSTARS
NOVO dIREctOR cOMERcIALJoão Roseiro é o novo director comercial
dos Eurostars, do Grupo Hotusa, em Portu-
gal. O profissional, que começou a desem-
penhar as funções na cadeia espanhola
em Setembro do ano passado depois de
umas semanas em Espanha a inteirar-se
da operação, integrava anteriormente a
divisão de vendas internacionais do Gru-
po Pestana. Do currículo de João Roseiro
fazem parte nomes como Longevity Well-
ness Resort Monchique e o Lisboa Marriott
Hotel.
Rua Castilho, 6-12
Tel. 213 573 094
www.eurostarshotels.com.pt
Em linha com o seu compromisso em oferecer os melhores serviços aos
seus clientes e pensando nos seus diferentes horários, os hotéis Ibis
apostam em serviços de restauração non-stop 24 horas. Desta forma, os
hóspedes da Ibis têm a garantia de encontrar uma opção de restauração
em qualquer momento do dia.
Com um serviço de restauração e bar abertos 24 horas, 7 dias por
semana., os hotéis Ibis pretendem oferecer um serviço completo
adaptado a todas as necessidades dos seus clientes, desde uma ex-
tensa oferta de pratos, como Sopas, Bacalhau à Brás, Arroz de Pato,
entre outros, a uma restauração mais ligeira com snacks quentes
IBIS HÓTEIS
cOM SERVIÇO dE REStAuRAÇãO 24 hORAScomo Pizzas, Baguettes ou Tostas Mistas.
A marca Ibis oferece alojamento de qualidade a um preço sempre com-
petitivo e com garantia do standard mundial: instalações modernas e
perfeitamente equipadas, a sua nova cama ibis Sweet BedTM, funcio-
nários disponíveis 24 horas por dia, um bar e um serviço de snacks
disponível sem interrupção todos os dias, pequeno-almoço das 4h da
manhã às 12h e WiFi grátis em todo o hotel.
Rua Joshua Benoliel, 6
Tel. 213 717 135
www.accorhotels.com
LISBOA MARRIOTT HOTEL
tEM NOVA dIREctORA Paula Coelho foi recentemente nomeada
directora de Front-Office do Lisboa Marriott
Hotel. Licenciada em Gestão Hoteleira pela
Universidade Internacional, Paula Coelho ini-
ciou sua carreira profissional como recepcio-
nista no Lisboa Penta Hotel em 1988, tendo
transitado, em 1990, para o departamento de
reservas e recepção. No ano seguinte foi pro-
movida a Coordenadora de Grupos e em 1995
passou a recepcionista de primeira.
Em 2000, a profissional passou a integrar a
primeira equipa do Lisboa Marriott Hotel, sen-
do promovida a Supervisora de Front-Office,
em 2002, e passando a assistente de direcção
de Front-Office, em 2003.
Av. dos Combatentes, 45
Tel. 217 235 400
www.lisbonmarriott.com
TURISMO DE LISBOA | 43
M A R K E T P L A C E
TAP
pERMItE uSO dE ApARELhOS ELEctRóNIcOS duRANtE OS VOOSA TAP passou a permitir o uso de aparelhos
electrónicos a bordo em todas as fases de voo,
bastando apenas que os aparelhos estejam em
“modo de voo” ou que os sistemas de comuni-
cação e transmissão de dados estejam desac-
tivados.
“Esta alteração segue uma recente decisão da
Agência Europeia para a Segurança da Avia-
ção (EASA), que considera segura a utilização
de aparelhos electrónicos pelos passageiros de
voos comerciais desde que sejam tomadas de-
terminadas medidas preventivas”, tais como a
activação do “modo de voo”, explica a TAP em
comunicado.
Apesar da permissão, a companhia informa que
a “utilização de computadores portáteis (laptops)
está, porém, restringida nas fases de descola-
gem e aterragem, devendo esses equipamentos
AVIS
AcORdO cOM uNIBANcOA Avis celebrou um acordo com o Uniban-
co, que permite aos portadores dos cartões
Gold Exclusive, Gold e Clássico+ do banco,
acesso directo ao serviço Avis Preferred.
Com este protocolo, após a adesão ao Avis
Preferred, os clientes Premium beneficiam
de um desconto adicional de cinco por cento
no aluguer de viaturas.
Além destas vantagens, os clientes podem
ainda usufruir de descontos no aluguer de
viaturas até 40 por cento em Portugal Conti-
nental, na Madeira e Açores.
Av. Marechal Craveiro Lopes, 2-2º e 3º,
Tel. 217 547 800
www.avis.com.pt
ser guardados e devidamente acomodados”.
A permissão de uso de aparelhos electrónicos
a bordo em todas as fases de voo não inclui,
no entanto, aparelhos como walkie-talkies, rá-
dios portáteis, brinquedos com controlo remoto,
entre outros.
Aeroporto de Lisboa, Edifício 25
Tel. 218 415 000
www.tap.pt
44 | TURISMO DE LISBOA
M A R K E T P L A C E
HOTEL BRITANIA
cELEBRA 70 ANOS
BAIRRO ALTO HOTEL
REcOMENdAdO pELO thE tELEgRAph
De portas abertas desde 13 de Outubro de
1944, o Hotel Britania, unidade que integra
a colecção de hotéis de charme Heritage Lis-
boa, celebra este ano o seu 70.º aniversário.
Projectado pelo arquitecto Cassiano Branco
rapidamente se tornou um símbolo de luxo e
modernidade. Praticamente inalterado durante
três décadas, é em meados dos anos 70 que
sofre alterações significativas, mantendo intacto
o edifício, mas assumindo um o nome de Ho-
tel Britania em substituição de Hotel Império.
De então para cá, o hotel tem sido alvo de
obras de beneficiação: nos anos 90 é restau-
O Bairro Alto Hotel é um dos dez recomendados para ce-
lebrar o dia de São Valentim pelo jornal britânico The Te-
legraph, que faz uma pequena descrição sobre o hotel e a
gastronomia servida.
O top ten deste jornal, publicado na secção Travel, é feito
com base na indicação de um valor máximo para a dormi-
da/pacote (menos de 150 libras). O Bairro Alto Hotel, de
cinco estrelas, fica situado no Chiado, em Lisboa, e disponi-
biliza 55 quartos.
Praça Luís de Camões, 2
Tel. 213 408 288
www.bairroaltohotel.com
rado o edifício de forma a recuperar os seus
traços Art Déco, em 2004 foi restaurado o chão
original dos quartos e o mobiliário, e em 2005
foi construído no terraço um piso recuado.
A celebrar o seu 70.º aniversário, o hotel re-
cebeu uma vez mais obras de beneficiação,
agora no piso recuado, onde os quartos e a
suite passaram a dispor de uma nova decoração
que integra peças originais de mobiliário Art Déco.
“Manter vivo este edifício e as suas memó-
rias tem sido o objectivo do trabalho realizado.
Nelas reside, em parte, o fascínio deste pe-
queno Grande hotel, património de todos, cuja
história se confunde com a história de Lisboa
e que comemora este ano, ao som do swing e
em grande forma, 70 anos de existência”, lê-
-se em comunicado enviado pelo hotel.
Desde a sua inauguração até hoje, pelo Britania
passaram inúmeras figuras públicas, nacionais e
estrangeiras, como Manuel Fontes Pereira de Melo,
Francisco de Sousa Tavares, Sofia de Mello Breyner,
Omar Shariff, Natália Correia, Vinícius de Moraes,
Raul Solnado, Cardoso Pires, entre muitos mais.
Rua Rodrigues Sampaio, 17
Tel. 213 155016
www.hotel-britania.com
TURISMO DE LISBOA | 45TURISMO DE LISBOA | 45
CASINO DE LISBOA
INAuguRA EXpOSIÇãO FOtOgRáFIcAO Casino Lisboa inaugurou a exposição “Cross Emotions”, da autoria do
fotógrafo Paulo Santos. Trata-se de uma original mostra que estará pa-
tente no amplo espaço da Galeria de Arte, até ao dia 18 de Abril, na área
circundante ao Arena Lounge.
Com várias surpresas reservadas neste programa festivo, o Casino Lis-
boa oferece, a partir das 23h30, uma noite rock especial que terá como
protagonistas a banda Akunamatata e o Dj Miguel Kellen. A animação
musical prolonga-se, até de madrugada, no Arena Lounge.
Integrada no projecto fotográfico “Custom Forever”, estas “emoções cru-
zadas” são, segundo o autor Paulo Santos, o resultado de “uma paixão
pelo mundo custom, sua cultura e comunidade”. Trata-se de um conjunto
de fotos captadas, nos últimos 10 anos, um pouco por toda a Europa.
Muitas são nacionais, tendo sido colhidas na Concentração Internacional
de Motos de Faro.
Entenda-se por custom, uma variante do motociclismo, bem mais cul-
tural e artística do que a imagem que vulgarmente se associa às duas
rodas. Literalmente custom significa “personalização”, algo que se as-
socia, habitualmente, a motos que surgem em programas de televisão,
como “American Choppers”, mas, na realidade, é um fenómeno muito
para além disso.
Mesclada com esta exposição fotográfica, Paulo Santos reuniu, também,
um total de 16 motos custom (expostas em grupos de quatro), sendo to-
das elas projectos de grandes construtores ou customizadores nacionais,
premiadas internacionalmente e destacadas em várias revistas europeias
da especialidade.
Os eventos motociclísticos internacionais, associados à cultura custom,
acabam por cruzar vários conceitos, desde os ambientes mais under-
ground, passando pela vertente desportiva, até, no extremo oposto, algo
bastante artístico e mesmo romântico. Isso resulta em imagens de ex-
trema acção, tal como as corridas de drag race e freestyle motocross,
a rostos com forte atitude, espectáculos de palco de grandes bandas in-
ternacionais ou, inevitavelmente, a associação entre motos e mulheres
bonitas e ousadas.
Alameda dos Oceanos, Lt. 1.03.01
Tel. 218 929 000
www.casinolisboa.pt
DOM CARLOS PARK
dIStINguIdO INtERNAcIONALMENtEO Hotel Dom Carlos Park foi distinguido pelo portal de reservas para
a hotelaria Venere.com com o prestigiado prémio “Top Of All Ratin-
gs”, em resultado das opiniões dos usuários do portal.
Em comunicado, o Dom Carlos Park refere que o portal atribuiu o
prémio “apenas a cerca de cinco por cento de todas as 135.000
unidades de alojamento que integram o seu portfólio em todo o
mundo”.
O prémio “Top Of All Ratings” do portal Venere.com é atribuído
anualmente às unidades hoteleiras com melhor índice de opiniões
no portal, tendo o Dom Carlos Park sido um dos hotéis com melhor
classificação no ano passado.
Av. Duque de Loulé, 121
Tel. 213 512 590
www.domcarloshoteis.com
46 | TURISMO DE LISBOA
M A R K E T P L A C E
HOTÉIS HERITAGE
dEStAcAdOS NO SuNdAy tELEgRAph
PARQUES E MONUMENTOS SINTRA
INAuguRA O REStAuRAdO SALãO NOBRE dO pALácIO dA pENA
Os Hotéis Heritage foram destacados na reportagem que o jornal britâ-
nico Sunday Telegraph publicou sobre férias em Portugal, na qual são
descritos como “uma colecção de hotéis de charme localizados em áreas
autenticamente históricas”.
Numa reportagem de quatro páginas, intitulada “Portugal summer ho-
lidays guide: 2014”, o Sunday Telegraph deixa vários conselhos e re-
comendações para conhecer o melhor numa visita cultural a Portugal,
referindo-se aos Hotéis Heritage como “parte da história da cidade” de
Lisboa.
O destaque vai para o Solar Do Castelo, que é citado pelo “seu edifício
histórico do século XVIII e ambiente” que nos transporta séculos atrás”.
A referência aos Hotéis Heritage está incluída na parte em que o texto
se refere a Lisboa, cidade que é descrita como uma “verdadeira lição de
história”, com destaque para os seus inúmeros museus e monumentos.
Mais recentemente, os Hotéis Heritage Lisboa foram igualmente distin-
guidos, em várias categorias, no Top 25 dos TripAdvisor Travellers Choice
Awards 2014, em Portugal.
Avenida da Liberdade, 28
Tel. 213 404 040
www.heritage.pt
A Parques de Sintra inaugurou o restaurado Salão Nobre do Palácio da
Pena. O projecto contemplou a reabilitação geral das infra-estruturas,
a revisão do pavimento e o restauro dos revestimentos em madeira
e estuque dos lustres, dos vitrais e do mobiliário, especialmente
encomendado por D. Fernando, incluindo peças em reserva e porce-
lanas. A Escada das Cabaças e a Sala de Entrada foram também res-
tauradas, contando a primeira com um restauro completo da pintura
decorativa (quase apagada) e correcção da ventilação natural, e a
segunda sido alvo de restauro painéis em estuque moldado.
“Com informação histórica e o apoio de consultores, procurou-se re-
apresentar o Salão no seu estado original. Na investigação histórica
o projecto contou com análises de materiais do Laboratório José de
Figueiredo (DGPC)”, revela a Parques de Sintra em comunicado. O
restauro, realizado ao longo de três anos, implicou um investimento
de cerca de 263 mil euros.
Parque de Monserrate
Tel. 219 237 300
www.parquesdesintra.pt
TURISMO DE LISBOA | 47
MUSEU DO COMBATENTE
EXpOSIÇãO “A tRINchEIRA”A partir de Março estará patente no Museu do Combatente uma
exposição temática única em Portugal, a qual simula a vida dos
soldados portugueses numa trincheira da I Guerra Mundial.
A exposição surge no âmbito da evocação nacional do primeiro
centenário da “Grande Guerra” que decorrerá ao longo do período
2014-2018.
Ao entrar neste espectáculo temático ficará frente-a-frente com os
heróicos soldados portugueses que participaram na Primeira Guerra
Mundial. Estará retratada de forma realista a vida nas Trincheiras,
onde os soldados passavam longos períodos de tempo, apenas a um
passo entre a vida e a morte.
Não se trata de uma exposição documental, mas sim um espectáculo
temático único em Portugal, utilizando cenários reais e figuras híper
realistas, onde se simulam com grande realismo não só os interiores
da trincheira, mas também um verdadeiro cenário de guerra, na
chamada terra de ninguém, que inclui rebentamentos de bombas,
incêndios, explosões, tiros das várias armas utilizadas, tudo isto
recorrendo a vários equipamentos de efeitos especiais de luz e
som, habitualmente utilizados no cinema.
As figuras realistas são apresentadas em várias cenas que retratam
com rigor a vida quotidiana dos soldados no interior de uma trincheira,
como dormiam, como se alimentavam, como eram tratados os feridos,
como tratavam da sua higiene, os poucos momentos de descanso e
lazer, até à simulação de um verdadeiro cenário de guerra, com a saída
da trincheira para um ataque ao inimigo.
Os figurinos (fardamentos, acessórios, armamento, adereços e
cenários) são o resultado de uma rigorosa investigação.
A sequência das cenas e efeitos especiais de luz e som são controlados
por computador, utilizando-se as tecnologias e equipamentos de
efeitos especiais para a produção de museus temáticos, o que resulta
no mais absoluto realismo, com uma qualidade só comparável com os
melhores museus e espectáculos temáticos do mundo, com especial
atenção ao detalhe.
Forte do Bom Sucesso
Tel. 927 383 139
www.ligacombatentes.org.pt
EVIDÊNCIA ASTÓRIA CREATIVE HOTEL
dIStINguIdO pELA VENERE.cOMO Evidência Astória Creative Hotel, em Lisboa, foi distinguido pelos
utilizadores do portal Venere.com com o prémio Top Overall Ratings
2013. A atribuição do prémio resultou do feedback enviado pelos
utilizadores do portal acerca da unidade.
Em 2013 e 2012, o Evidência Astória Creative Hotel foi igualmente distin-
guido pelo portal TripAdvisor.
Rua Braamcamp 10
Tel. 213 861 317
www.evidenciaastoria.com
48 | TURISMO DE LISBOA
M A R K E T P L A C E
EVENTS BY TLC
AdquIRE MAIORIA dE dMc ESpANhOLAA events by tlc, DMC portuguesa com escritórios
em Lisboa, Porto, São Paulo e Rio de Janeiro,
iniciou uma nova fase da sua expansão com a
aquisição de 55 por cento da DMC espanhola
Olé Special Events.
Diogo Assis, chairman da events by tlc, expli-
cou ao Publituris que, depois da empresa ter
feito vários eventos no país vizinho, “chegou a
altura de ter uma estrutura própria. Aquilo que
procurámos ao longo dos últimos cinco anos
foi um mind set muito parecido com o nosso
e encontrámos isso na Olé Special Events, uma
equipa pluridisciplinar com pessoas de diver-
sas nacionalidades, que têm uma ambição de
serem excelentes embaixadores de Espanha e
de a posicionarem como um tier one, que já
é terceiro maior mercado mundial na área dos
eventos”, indica.
O responsável destaca ainda que havia, por
parte da própria DMC espanhola, uma “vontade
instalada também de crescer, de expandir-se
dentro das boas práticas, e viu também na
events by tlc, no seu modelo de negócio, no
seu processo de expansão e de visão, a ca-
pacidade de fazer crescer a própria Olé Spe-
cial Events dentro do grupo events by tlc”.
A Olé Special Events, cuja direcção se man-
tém com Angeles Moreno, vai passar a cha-
mar-se events by tlc in Spain durante um
ano, durante um processo de transição, pois
“há uma relação com fornecedores extra-
ordinária, há um posicionamento junto dos
clientes muito bom. O legado da Olé é im-
portantíssimo, com eventos bem-feitos, com
clientes muito fidelizados e há que capitali-
zar isso”.
Rua 1° Dezembro, 80
Tel. 213 213 060
www.eventsbytlc.com
SOFITEL
LANÇA cONcuRSO dE dESIgNA cadeia Sofitel Luxury Hotels inicia o ano de 2014 focada no design
de luxo. O Grupo lançou um concurso de design, em parceria com a
revista Wallpaper e a MyBed™, para o conceito de cama exclusivo
da Sofitel.
O concurso destina-se a designers, criadores e estudantes de todo
o mundo, promovendo a criação e interpretações inspiradoras do
“Universo” MyBed™. Foi criada no sitewallpaper.com uma platafor-
ma especial para receber as inscrições/aplicações dos designers.
Os melhores projectos de cama serão escolhidos com base na originali-
dade, criatividade e projecção imaginativa. O júri é composto por repre-
sentantes da Sofitel, a directora criativa da Wallpaper, Sarah Douglas, o
arquitecto de interiores Nicolas Adnetand e o designer francês Herve Van
Der Straeten. Todos os finalistas, incluindo o vencedor, serão premiados
com uma estadia num dos hotéis Sofitel espalhados pelo mundo.
Numa segunda fase, o desenho vencedor “Universo MyBed™” será pro-
duzido e exibido no lobby do Sofitel Munich Bayespost, na Alemanha,
e publicado numa secção especial da revista Wallpaper, em Junho de
2014. O modelo projectado será a peça central de um evento exclusivo
que terá lugar no dia 4 de Abril de 2014, no Sofitel Munich e que conta
com a participação de prestigiados representantes da comunidade de
arquitectura e design da Europa.
Avenida da Liberdade, 127
Tel. 213 228 300
www.sofitel-lisboa.com
TURISMO DE LISBOA | 49
Na primeira edição dos Amadeus Brighter Awards, Jorge Rebelo de Almeida,
presidente do Grupo Vila Galé, foi reconhecido com o prémio de “Gestor do
Ano em Hotelaria”.
Jorge Rebelo de Almeida dedicou o prémio a toda a equipa Vila Galé salien-
tando que “hoje é tão importante falar das equipas, numa época em que as
equipas são desvalorizadas muitas vezes, porque neste país acha-se que há
umas figuras que são estrelas de cinema e que esses é que contam. É tudo
mentira. Quem conta de facto é o colectivo, é o grupo e são as pessoas”.
A confirmar a sua aposta nas pessoas, o Vila Galé arranca com o mais recente
programa na área de Recursos Humanos, o Vila Galé 365º.
O programa consiste na oferta de um projecto de formação nos hotéis Vila
Galé, com duração de um ano, proporcionado a jovens identificados com po-
tencial para a função de assistente de direcção. Esta iniciativa permitirá ao
jovem, ao longo desse ano, o contacto estreito com todos os departamentos
operacionais, em três unidades hoteleiras diferentes do grupo, proporcionando
assim uma experiência em diversos contextos de operação hoteleira e confe-
rindo, simultaneamente, a possibilidade de contacto com distintas lideranças.
Por outro lado, o programa permitirá ao Vila Galé conhecer jovens com poten-
cial de desenvolvimento, tendo em vista funções de direcção ou de chefia,
observando o seu desempenho num ambiente profissional, durante um largo
período de tempo, em relação a diferentes áreas operacionais e sob o olhar
de diferentes avaliadores.
Segundo Gonçalo Rebelo de Almeida, Administrador do Vila Galé, a própria
designação – Vila Galé 365º – “pretende dar a entender a finalidade do pro-
grama: 365, porque a duração é de um ano; Vila Galé 365º, porque a visão
da organização que se pretende dar ao jovem (vários hotéis, várias secções,
várias lideranças) quer ser ainda mais abrangente do que uma visão 360º”.
O programa, que foi anunciado no congresso da ADHP em 2013, tem agora o
seu arranque com dois elementos seleccionados: um proveniente de fora do
grupo e outro que já era colaborador numa das unidades do grupo Vila Galé.
Campo Grande, 28 – 11.º
Tel. 217 907 600
www.vilagale.pt
VILA GALÉ
JORgE REBELO dE ALMEIdA ELEItO gEStOR dO ANO
V I S Õ E S
Quando Lisboa foi eleita a cidade mais cool da Europa pela CNN, fiquei satisfeito e orgulhoso, mas curiosamente nada surpreendido. Tal como esperava, a gastronomia foi um dos sete motivos elencados para justificar a distinção atribuída por esse trabalho jornalístico. A cozinha portu-guesa aparece mesmo como a segunda principal razão, logo atrás da vida nocturna. Mas é a gastronomia quem mais contribui para que esta cidade esteja tão na moda para todas as gerações. Os turistas provenientes de todo o mundo referem nas suas recordações os vários pratos e a multiplicidade de sabores que tornam a viagem memorável. E não é só a comida que valoriza a experiência gastronómica, pois os alfacinhas nasceram para receber bem e têm gosto em explicar aos visitantes as nossas tradições à mesa.Para além do Pastel de Belém, o bacalhau é um ex-libris, confeccionado das mais diversas maneiras, como mais nenhum povo o sabe fazer. A jornalista inglesa que fez a reportagem para a CNN não se esqueceu de o provar e glo-rificar, como tantos turistas o fazem diariamente. O sabor único do peixe fresco das nossas costas não lhe fica atrás, e não há turista que não se renda às nossas sardinhas, ser-vidas no Verão e acompanhadas pela mais saudável sala-da mediterrânica. O melhor peixe do mundo serve-se em Lisboa!Enquanto capital do país, Lisboa congrega também o que de melhor se faz em Portugal. Prova disso são os inúmeros restaurantes que apresentam com tanta dignidade pratos como bacalhau à moda de Braga, posta mirandesa, cozido à portuguesa, rojões, espetadas de lulas, arroz de marisco ou de tamboril, espetadas à madeirense ou a tradicional alcatra açoriana.Quando a gastronomia portuguesa, foi recentemente in-cluída na “Dieta Mediterrânica Património Mundial da UNESCO”, isso não me surpreendeu. Antes que jornalis-tas internacionais se desfizessem em elogios, já a havíamos considerado património nacional. há séculos que Lisboa é o expoente máximo do saber, da dedicação e da simpatia que Portugal coloca à mesa.
Lisboa, expoente máximo do saber e simpatia à mesa
henrique FernandesSócio Gerente do Restaurante D’Bacalhau Expo
50 | TURISMO DE LISBOA
N O T A S F I N A I S
TURI
SMO
DE
LISB
OA
Revista dirigida aos associados do Turismo de Lisboa, empresários, decisores
e estudiosos da indústria turística.
DirectorVÍTOR COSTA
TURISMO DE LISBOATel: 21 031 27 00Fax: 21 031 28 99
www.visitlisboa.com [email protected]
•Editor
Edifício Lisboa Oriente, Avenida Infante D. Henrique, 333 H
Escritório 49 • 1800-282 LisboaTel. 21 850 81 10 - Fax 21 853 04 26Email: [email protected]
SecretariadoANA PAULA PAIS
Consultora Comercial
SÓNIA [email protected]
Tel.: 96 150 45 80
Tel.: 21 850 81 10 Fax: 21 853 04 26
Tiragem2000 exemplares
PeriodicidadeMensal
ImpressãoRPO
Depósito Legal206156/04
Isento de registo no ICS ao abrigo do artigo 9º da Lei de Imprensa
nº2/99 de 13 de Janeiro
DISTRIBUIÇÃO GRATUITAAOS ASSOCIADOS
DO TURISMO DE LISBOA
•Assinatura anual
24 euros
Notícias recentes dão conta da possibilidade de a centenária “Ginginha sem rival” das Por-tas de Santo Antão poder vir a encerrar em 1 de Julho, por causa da denúncia do respectivo contrato de arrendamento, permitida pela iní-qua lei das rendas aprovada em 2012 e que tarda em ser corrigida.Ao que parece, os novos proprietários do edi-fício pretendem remodelá-lo para aí constru-írem um hotel de apartamentos. Com esse pretexto, querem despejar a loja de 10m2 onde se situa a “Ginginha”, apesar de a mes-ma não impedir a execução do projecto e de a CML ter colocado como condição para o apro-var a sua manutenção.O aparecimento de vários empreendimentos hoteleiros na Baixa de Lisboa tem sido um factor importante para a reabilitação e revi-talização da mais importante zona turística da nossa capital.Tais investimentos só são viáveis por causa da crescente dinâmica de Lisboa no turismo e da confiança no seu futuro como destino turístico.Ora, Lisboa tem sucesso no turismo, entre ou-
tras razões, porque os nossos visitantes apre-ciam os seus factores distintivos, que temos que valorizar. Não dispondo de grandes ícones Lisboa tem, no entanto, “pequenos pormenores” que fa-zem a diferença como os seus eléctricos, as suas calçadas, as suas lojas antigas, a par dos seus monumentos, bairros históricos e mu-seus que cativam os turistas. Por isso é no mínimo estúpido que, a propó-sito de construir um empreendimento turísti-co e sem necessidade aparente, se pretenda destruir um dos estabelecimentos que dife-renciam a nossa cidade.A seguir por este caminho Lisboa acabaria por perder a sua atractividade e, consequen-temente, os empreendimentos turísticos, incluindo o presente, deixariam de ter viabi-lidade.É por isso que não podemos permitir passiva-mente que situações deste tipo se verifiquem, sob pena de estarmos a dar “tiros nos pés” de que nos arrependeremos depois.E ainda menos a pretexto do Turismo!
A “gINgINhA SEM RIVAL”
Vítor costa Director-Geral do Turismo de Lisboa
www.zoo.pt
Um bilhete, um Planeta .2.000 animais e muita diversão esperam por si
no Jardim Zoológico. Apareça !