Projeto Sustentável: A utilização da Arquitetura de Baixo Impacto Humano e Ambiental (ABIHA) como diretriz
metodológica para auxiliar a introdução de princípios sustentáveis ao projeto arquitetônico de obras em Belém
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Projeto Sustentável: A utilização da Arquitetura de Baixo Impacto
Humano e Ambiental (ABIHA) como diretriz metodológica para
auxiliar a introdução de princípios sustentáveis ao projeto
arquitetônico de obras em Belém
Rejane Marreiros Tavares Graim - [email protected]
Pós-graduação Master em Arquitetura – IPOG
Belém, 29 de agosto de 2012
Resumo
A preocupação em disseminar alternativas sustentáveis de construção tornou-se latente, com
o crescimento da construção civil em Belém e por isso transformou-se no objetivo deste
artigo, que apresenta como proposta a utilização da arquitetura de baixo impacto humano e
ambiental(ABIHA) como instrumento para direcionar e auxiliar metodologicamente a
introdução de princípios sustentáveis ao projeto arquitetônico produzido em Belém. Este
artigo é pautado na tese de doutorado, Arquitetura de Baixo Impacto Humano e Ambiental,
produzido pela Prof. Dra. Roberta Kronca e em uma vasta pesquisa bibliográfica para
elucidar aos profissionais as ferramentas que são utilizadas para dar suporte na produção de
projetos arquitetônicos sustentáveis e incentivar, concomitantemente, os donos de
construtoras e incorporadoras ao uso dessas novas técnicas sustentáveis de construção,
mostrando não só seus benefícios financeiros, mas principalmente sua importância para a
preservação do meio ambiente.
Palavras-chave: ABIHA; Construção Sustentável; Gestão de Projeto; Projeto Sustentável.
1. Introdução
Segundo o Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica (IDHEA,2012), a
construção civil é o segmento que mais consome matérias primas e recursos naturais do
planeta. É o que afirma também, Priori Junior (2008), quando explica que a indústria da
construção absorve cerca de cinquenta por cento de todos os recursos mundiais, daí a sua
grande importância na sustentabilidade do planeta. E essa percepção, motivou a pesquisa
deste trabalho científico que tem como foco a construção civil como colaboradora para a
degradação do meio ambiente e o processo de projeto como o agente primordial em direcioná-
la para o caminho da produção mais limpa de seus edifícios.
O crescimento da construção civil em Belém vem ocorrendo de forma acelerada. É o que
alerta o Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará(2010) no seu boletim
informativo, que mostra que os investimentos da iniciativa pública e privada, aliados a
implantação do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), do qual fazem parte obras de
infra estrutura e grandes projetos para a região e programas habitacionais como o “Minha
Casa Minha Vida” contribuíram para o aquecimento do mercado. Estimuladas pelo
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favorecimento ao crédito e a redução do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) sobre
materiais de construção, surgem crescentes demandas por financiamentos para a habitação.
Este conjunto de fatores alavancou o segmento construtivo no Estado. Neste cenário, o Setor
conquistou espaço importante e cada vez mais representativo no contexto econômico.
A cadeia produtiva que integra a Construção desponta como grande aliada desse crescimento
e coloca-se a serviço da coletividade. As obras tornam-se imperiosamente necessárias para
que os investimentos ocorram na educação, saúde, transportes e outros, com a construção de
escolas, hospitais e estradas.
Sendo este crescimento um momento importante para o cenário da construção civil paraense,
surgiu a preocupação em saber como está sendo colocado em prática ou não o conceito de
construção ecoeficiente pelas construtoras atuantes em Belém.
Em função disto, faz-se necessário buscar informações que contemplem o uso de técnicas
sustentáveis de construção, que vise não só a preservação do meio ambiente com a utilização
racional dos recursos naturais, mas também crie soluções que integre o ambiente construído
com a sociedade.
O objetivo deste artigo é nortear metodologicamente os profissionais envolvidos na
construção e na concepção de projetos sustentáveis com o auxílio da Arquitetura de Baixo
Impacto Humano e Ambiental (ABIHA). Mostrando sua aplicabilidade na construção
belemense e ressaltando sua importância para o crescimento sustentável da cidade e o seu
valor comercial, no mercado imobiliário.
Este documento científico é o resultado de entrevistas e observações presenciais nos canteiros
de obras das construtoras visitadas e de um vasto estudo bibliográfico sobre a produção
de projeto sustentável, suas metodologias e suas ferramentas embasadoras que dão
suporte para seu desenvolvimento, abordados na seguinte sequência: primeiro fala-se
sobre a sustentabilidade e seus conceitos para mostrar de forma introdutória como
vários autores a definem. Em seguida, esplana-se sobre o que é um projeto sustentável
(PS) e suas ferramentas embasadoras, para ampliar a visão do conhecimento, e em
seguida apresentar e analisar os resultados das entrevistas com as construtoras para,
então, propor como diretriz metodológica de projetos produzidos em Belém, o conceito
ABIHA; mostrando seu desenvolvimento a partir do estudo preliminar até a obra
concluída e evidenciar no próximo momento os benefícios e o valor de mercado que o
PS pode agregar para o empreendimento, incentivando o empresariado do setor da
construção a optar e a exigir por projetos que tragam benefícios para a construção,
coletividade e o meio ambiente.
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2. Sustentabilidade e conceitos
A definição do termo sustentabilidade tem sido pauta de grandes Conferências internacionais
organizadas pela ONU, desde os anos 70 do século XX, quando surgiu a consciência dos
limites do crescimento que punha em crise o modelo vigente praticado, em quase todas as
sociedades mundiais (BOFF,2012). E para uma noção introdutória reuniu-se algumas
definições esclarecedoras:
Sustentabilidade é uma forma de promover uma busca de maior igualdade social, valorização
dos aspectos culturais, maior eficiência econômica e um menor impacto ambiental na
distribuição eqüitativa da matéria-prima, garantindo a competitividade do homem e das
cidades.( Kronka 2002) "Sustentabilidade é a capacidade de um ecossistema de manter processos e funções
ecológicas, diversidade biológica e produtividade ao longo do tempo. Assim, o uso
sustentável de um recurso renovável é aquele que não supera a capacidade de
renovação desse recurso. O conceito de sustentabilidade pode ser melhor entendido
por meio de um grupo de cinco princípios ou valores que cercam qualquer
instituição ou lugar (cidade) sustentável: • Respeitar todas as formas de vida: a
sustentabilidade leva-nos a explicitamente considerar os efeitos das nossas decisões
e ações sobre a saúde e bem-estar de todas as formas de vida na Terra (e não apenas
a humana). Uma vez que fazemos parte da natureza, devemos assumir a
responsabilidade de conservá-la.
• Limitar o uso dos recursos naturais: envolve compreender que os recursos naturais,
dos quais a vida depende –florestas, solos férteis, pesca, água e ar puro– são finitos
e, portanto, devem ser utilizados com cuidado e prudência em uma taxa proporcional
a sua capacidade de regeneração.
• Valorizar o local onde moramos: respeitar as características dos ecossistemas
naturais; preservar, restabelecer e valorizar a sabedoria local; conhecer a natureza, a
história e a cultura da região; e criar economias locais fortes e sustentáveis.
• Considerar os custos totais: considerar os custos sociais e ambientais envolvidos no
processo de fabricação dos produtos que consumimos.
• Repartir benefícios: compartilhar poder na tomada de decisão, bem como dividir as
riquezas do planeta proporcionando uma vida mais justa para todos os habitantes.(
LEÃO, 2007:16)
De acordo com Boof(2012), sustentabilidade é permitir que um bioma se mantenha vivo,
protegido, alimentado de nutrientes a ponto de sempre se conservar bem e estar sempre à
altura dos riscos que possam advir, ou seja, implica dizer que o bioma tenha condições não
apenas de conservar-se assim como é, mas também que possa prosperar, fortalecer-se e
coevoluir.
A partir desses conceitos percebe-se que a construção civil tem um papel importante para a
preservação dos recursos naturais não renováveis, pois segundo Priori Junior (2008), a
indústria da construção absorve cerca de cinquenta por cento de todos os recursos mundiais,
daí a sua grande importância na sustentabilidade do planeta. Neste contexto, o uso de
metodologias e ferramentas para introduzir a sustentabilidade, no ato de construir, surgem
como mecanismos para possibilitar a redução dos impactos, controlar e avaliar os seus
resultados.
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2.1 Projeto Sustentável (PS) e suas ferramentas construtivas
Para termos uma construção ambientalmente correta é preciso primeiramente passar pelo
processo de projeto sustentável(OLIVEIRA, 2008), que segundo Keeler; Burke(2010), é o
que orienta a tomada de decisões referente ao consumo de energia, aos recursos naturais e à
qualidade ambiental, tornando-o assim a fase mais importante para uma construção
sustentável. E é a partir dele que serão decididas todas as intervenções que poderão integrar a
obra ao meio ambiente, prevenindo os impactos causados pela falta de planejamento
sustentável do projeto convencional normalmente utilizados.
Ampliando a visão de estudo, observa-se que os pontos trabalhados em um projeto
sustentável, conforme enumera o Instituto para o Desenvolvimento da Habitação ecológica
são: Análise da obra, do local e das informações pertinentes; Aplicação da análise do
ciclo de vida para a determinação das diretrizes de projeto e escolha de materiais e
tecnologias; estudo de solo; recomendações de projeto e intervenções;
recomendações de materiais e tecnologias; projeto de arquitetura e paisagismo
sustentável; planejamento geral e sustentável; estudos de consumo de materiais e
energia da edificação; planejamento da logística de materiais e recursos em geral.
(IDHEA, 2012)
Nota-se então, que a sustentabilidade de uma edificação é algo complexo, pois não se resume à decisões e dispositivos técnicos somados ao projeto. Depende de
uma abordagem bastante ampla dos problemas ambientais, econômicos e sociais
pertinentes, bem como depende de um compromisso ético ambiental e social de
todos os atores envolvidos ao longo de todo o processo de um empreendimento
(ZAMBRANO, 2008).
E como ferramentas, para embasar os profissionais envolvidos na elaboração e construção do
empreendimento sustentável, sugere-se, segundo Martinez e Amorim(2010):
A agenda 21, pode ser definida como um instrumento para o planejamento da
construção de diretrizes projetuais sustentáveis dentro da obra, que concilia métodos
de proteção ambiental, justiça social e eficiência econônica.
A Agenda 21 Brasileira é uma proposta realista e exequível de desenvolvimento
sustentável, desde que se leve em consideração às restrições econômicas, político-
institucionais e culturais que limitam sua implementação. Para que essas propostas
estratégicas possam ser executadas com maior eficácia e velocidade será
indispensável que:
o nível de consciência ambiental e de educação para a sustentabilidade avance;
o conjunto do empresariado se posicione de forma proativa quanto às suas
responsabilidades sociais e ambientais;
a sociedade seja mais participativa e que tome maior número de iniciativas próprias
em favor da sustentabilidade;
a estrutura do sistema político nacional apresente maior grau de abertura para as
políticas de redução das desigualdades e de eliminação da pobreza absoluta;
o sistema de planejamento governamental disponha de recursos humanos qualificados,
com capacidade gerencial, distribuídos de modo adequado nas diversas instituições
públicas responsáveis;
as fontes possíveis de recursos financeiros sejam identificadas em favor de programas
inovadores estruturantes e de alta visibilidade. (AGENDA 21 BRASILEIRA, 2004)
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Em Belém, foi criado o programa Agenda 21 Local e o Fórum 21 Belém, que são
regidos pela lei n.º 7.875, de 16 de março de 1998, que tem como finalidade
normatizar, integrar e encaminhar as ações necessárias ao planejamento sócio -
econômico e ambiental da cidade.
A ISO 14000, é a norma que gerencia os recursos naturais estabelecendo um sistema
de gerenciamento ambiental (SGA) que equilibra a proteção ambiental e a prevenção
da poluição e analisa o ciclo de vida do edifício com a ISO 14040(LEMOS,2012).
Esses ítens servem para avaliar o impacto ambiental que pode ser causado pela
construção.
A ISO 9000 que promove o desenvolvimento, implementação e melhoria da eficácia
de um sistema de gestão da qualidade para aumentar a satisfação do cliente e conduzir
a sua organização em direção a um sucesso sustentável (ABNT, 2008);
O uso do conceito da construção enxuta, na qual gerencia a produção do edifício
eliminando o desperdício e propondo uma melhor organização do processo,
eliminando a mão de obra ociosa e otimizando os recursos
disponíveis.(SINDUSCON-BA, 2004 );
Incorporação das premissas do projeto simultâneo, que deve ser entendido como uma
adaptação da engenharia simultânea que busca a convergência, no projeto do edifício,
dos interesses dos diversos agentes participantes do ciclo de vida do empreendimento,
considerando precoce e globalmente as repercussões das decisões de projeto na
eficiência dos sistemas de produção e na qualidade dos produtos gerados, envolvendo
aspectos como construtibilidade, habitabilidade, manutenibilidade e sustentabilidade
das edificações (MELHADO, 1999);
A introdução à Responsabilidade Social Corporativa, que é uma forma de gestão que
orienta a organização a trilhar o caminho da sustentabilidade orientando-a para o
futuro. Ela deve começar de dentro da própria empresa para fora. Deve haver um
tratamento ético, justo e respeitoso com os funcionários assim como a disseminação
de valores entre todos os colaboradores. A forma como uma empresa trata os seus
funcionários reflete diretamente na forma como eles tratam os consumidores e isso
influência na formação da imagem da empresa (SOARES; SALOTTI, 2011);
O uso de softweres como o CAD, que já é bastante utilizado no meio construtivo, para
dar suporte à construção sustentável quanto ao planejamento da obra, a elaboração de
projetos 3D para visualizar e prever futuras mudanças e melhorias projetuais, simular
situações de energia natural e artificial e captação da água da chuva. E a utilização
também, segundo Kronka(2002), do software Bees que é um software que além das
variáveis econômicas, baseou-se no ciclo de vida ambiental dos materiais em questão.
Esta análise é efetuada tendo como parâmetro a ISO 14000, na qual procura-se
verificar todas as etapas de produção dos materiais construtivos.
A inserção dessas, ferramentas, desde antes a concepção do projeto arquitetônico até a obra
acabada, é o que o torna sustentável, e para isso todos os profissionais envolvidos com a
produção devem ter o conhecimento prévio desses itens para terem como meta, segundo
Kronka (2002), a minimização dos impactos, além de procurar maximizar as interações
positivas entre o meio ambiente e o ambiente construído.
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Após ampliar os horizontes do conhecimento, apresenta-se a seguir, uma proposta
metodológica para o processo do projeto sustentável baseado na Arquitetura de Baixo
Impacto Humano e Ambiental (ABIHA), na qual será tomada como modelo e diretriz para
introduzir aspectos sustentáveis na construção civil em Belém.
3. Arquitetura de baixo impacto humano e ambiental (ABIHA) como Diretriz
metodológica para a produção do Projeto Sustentável(PS) em Belém
Para propor uma nova metodologia de produção projetual arquitetônica, fez-se necessário
coletar dados por meio de entrevistas com empresas construtoras atuante em Belém,
aplicando um questionário para fazer o levantamento quanto ao uso de projetos sustentáveis.
Tentou-se entrevistar 6 construtoras, porém, apenas 2 mostraram-se receptíveis quanto a
responderem aos questionários. As outras optaram por não falar sobre o assunto
sustentabilidade.
Obteve-se como resposta das 2 empresas que nehuma usava como parâmetro em seus projetos
as ferramentas citadas acima, que apenas o CAD é utilizado como instrumento de projeto, é
feito o estudo de insolação e ventilação, quem vai construir a obra não participa da concepção
do projeto e na sua implantação no terreno não há um estudo de vizinhança e previsão de
impactos causados no local. Foi observado, também na leitura do resultado da entrevista, que
elas tinham como entendimento de ser sustentável o uso de produtos economizadores de
energia e água em seus empreendimentos, o armazenamento do seu entulho seletivamente em
organizadores e a utilizção da alvenaria estrutural em seus projetos para dar maior velocidade
às suas obras e evitando assim o consumo de fôrmas de madeiras utilizadas nas estruturas de
concreto armado convencional, proporcionando uma obra mais limpa, com diminuição
substancial de resíduos. Quanto ao lixo gerado nas duas empresas, não há nenhuma gerência
de resíduo, apenas são contratadas empresas coletoras especializadas para coletar o resíduo.
De posse da análise dos dados coletados, observou-se que ainda é muito inicial, nessas
empresas, o uso de estratégias sustentáveis por causa da pouca informação a respeito do
assunto e a falta de incentivos mercadológicos, acarretando com isso a não percepção da
importância e dos benefícios que o projeto sustentável pode gerar para elas e para o meio
ambiente.
Com o crescimento da construção civil em Belém e a falta de estratégias sustentáveis nas
empresas, sentiu-se a necessidade de propor uma metodologia de projeto, que leve à produção
de obras mais ecoeficientes, ajustadas à nova tendência de se construir em harmonia com o
meio ambiente.
A importância de uma metodologia do projeto arquitetônico mostra-se como um elemento
estruturante do ato de construir, pois segundo Cunha(2006), a metodologia processual além de
proporcionar uma otimização do tempo e das etapas de trabalho, possibilita um melhor
resultado final, materializado pelo projeto e pelo objeto construído.
Para a produção do projeto sustentável foi escolhido o modelo ABIHA, que é um instrumento
didático, de simples entendimento, com uma metodologia que reúne e coloca em prática todas
as ferramentas, citadas no ítem 2.1, que são os pilares para estruturar o PS.
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Esta proposta foi desenvolvida pela Prof. Dra. Roberta Kronka em sua tese de doutorado, com
objetivo de ajudar os profissionais a incorporar ações em direção a uma Arquitetura de Baixo
Impacto Humano e Ambiental. Acredita-se porém, que esta é apenas uma fase inicial, um
ponto de partida para muitas ações e propostas que ainda deverão ser avaliadas e incorporadas
ao projeto(KRONKA,2002), que darão suporte à fase de planejamento do empreendimento
sustentável, como mostra o fluxograma, a seguir.
Fonte: adaptado de CUNHA, 2006
Figura 1- Fluxograma do estudo preliminar do projeto sustentável utilizando a metodologia ABIHA
Observa-se que o método ABIHA necessita do estudo integralizado, que é uma das
ferramentas do projeto sustentável, pois reúne todos os profissionais em todas as fases, para
conjuntamente propor soluções e desenvolver o projeto, pois segundo Salgado(2008), na
maioria das vezes as metodologias tratam o processo de concepção do edifício de forma
fragmentada, definindo momentos específicos para a atuação dos diferentes projetistas, apesar
de considerarem a questão das decisões integradas de projeto. Nas empresas de construção
entrevistadas, todas utilizam a concepção do edifício de forma fragmentada, pois segundo
eles, essa é a pratica mais usual. Primeiro contratam um escritório de arquitetura para fazer o
projeto, depois contratam os engenheiros para o projeto estrutural e em seguida o elétrico,
hidráulico e etc. As contratações dos profissionais de projeto ocorrem em momentos distintos
do processo, conforme vão surgindo os problemas de compatibilização (ou de
incompatibilidade) entre as soluções propostas, ou seja, as decisões de projeto não ocorrem de
forma integrada porque o processo é tratado de forma sequencial(SALGADO,2008). "Esta “Nova Arquitetura” – Ecológica, Verde, Sustentável, de Baixo Impacto
Ambiental , deve não só minimizar os impactos gerados no Meio Ambiente, mas
principalmente integrar a edificação de forma a criar efeitos positivos no meio
ambiente, sendo um agente renovador, reparador e restaurador, integrando-a aos
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ciclos naturais da biosfera. Além disso, a Arquitetura tem o papel de manter e gerar
o bem estar da sociedade, promovendo meios de garantir a satisfação dos aspectos
sociais, culturais e econômicos. Desta forma foi utilizada para conceituação desta
“Nova Arquitetura” uma Arquitetura de Baixo Impacto Humano e Ambiental, onde
os aspectos humanos são gerados com o bem estar social, cultural e econômico, e os
ambientais, a partir de maior integração Homem/Meio Ambiente...
...Neste processo, é muito importante ter consciência da necessidade de estabelecer
metas para todas as fases do ciclo de vida da edificação; antes de iniciar a ação,
definir as equipes envolvidas, além de estabelecer estratégias para o cumprimento
das ações implantadas. Estas metas devem não só visar os aspectos ambientais, mas
também sociais, culturais e econômicos".(KRONKA, 2002)
Nesta proposta, Kronka (2002), estrutura a base das ações para uma ABIHA em quatro
grandes grupos: humano, entorno, materiais construtivos e edificação mostrados no quadro a
seguir
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Fonte: Kronka(2002)
Quadro da Estrutura Base das Ações Propostas
A partir dessas diretrizes, faz-se necessário reunir todos os envolvidos na produção do projeto
para estabelecer um cronograma de reuniões, especificando claramente qual área cada uma irá
ser responsável e sobre a qual colherá as informações necessárias para apresentar e solucionar
as questões identificadas(BURK,2010).
Num segundo momento, para auxiliar a visualização das informações coletadas e das decisões
tomadas pelos profissionais em todas as fases do ciclo de vida da edificação ,Kronka(2002)
cria fichas de avaliações dos impactos, fazendo com que os profissionais enxerguem com
maior facilidade todas as variáveis envolvidas no processo avaliativo, conseguindo decidir
quais as ações prioritárias e a metas a serem atingidas.
Segundo Kronka(2002) as fichas avaliativas dos impactos são subdivididas em: Avaliação da
redução dos impactos humanos, Avaliação da redução dos impactos do entorno, Avaliação da
redução dos impactos materiais construtivos e Avaliação da redução dos impactos da
edificação
Fonte: Kronka(2002)
Ficha de avaliação de redução dos impactos humanos
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Fonte: Kronka(2002)
Ficha de avaliação de reduçao dos impactos no entorno
Fonte: Kronka(2002)
Ficha de avaliação de redução dos impactos dos materiais construtivos
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Fonte: Kronka(2002)
Ficha de avaliação de redução dos impactos da edificação
Essas fichas avaliativas dos impactos são de suma importância quanto a tomada de decisões
antes da elaboração do projeto sustentável, e segundo Burk(2010), cada decisão tem inúmeras
consequências e não um efeito isolado, pois o projeto sustentável de qualidade demanda do
entendimento das inter-relações de cada um dos materiais, sistemas e elementos espaciais. Ele
exige que todos os atores encarem o projeto de maneira holística, em vez de concentrar-se em
uma única parte.
Após a análise dos resultados obtidos com as fichas de avaliação de redução dos impactos,
Kronka (2002) elaborou um quadro de sucessos e falhas, com o objetivo de listar algumas
ações recomendadas e outras sensuradas, que revela o nível da Arquitetura de Baixo Impacto
Humano e Ambiental utilizando as cores: verde, nível alto de ações incorporadas ao projeto;
amarelo, nível médio de ações incorporadas ao projeto e vermelho, nível baixo de ações
incorporadas ao projeto, conforme podemos observar no quadro a seguir:
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Fonte: Kronka(2002)
Quadro de sucessos e falhas de ações para uma ABIHA
Estando de posse do resultado obtido com a aplicação da proposta ABIHA, percebe-se que
tem-se mais subsídios, pautados em uma diretriz sustentável para solucionar as questões
levantadas e aplicar o resultado, de forma consciente, no momento do desenvolvimento do
projeto arquitetônico sustentável. E esta arquitetura, segundo Kronka(2002), é onde as
variáveis relacionadas com menor impacto humano e ambiental já estão incorporadas. Na
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realidade, a arquitetura não muda, ficando sim mais complexa com a necessidade da
incorporação destes elementos.
4. O projeto sustentável como valor agregado para o empreendimento imobiliário em
Belém
É incontestável para o meio acadêmico, a importância da incorporação nos empreedimentos
imobiliários de novas metodologias, que tenham como corrente de pensamento as tendências
da construção sustentável para a preservação do meio ambiente e melhorias na concepção e
realização das obras.
Para chamar a atenção do meio empresárial, dos arquitetos, engenheiros e construtores para
utilizarem as práticas do projeto sustentável, precisa-se mostrar não só sua importância para o
meio ambiente mas também as vantagens de mudar hábitos antigos, da forma de se pensar em
arquitetura e engenharia, por novos hábitos que os levem a novos rumos e lucros.
Kronka (2002) afirma que, como ponto de partida, é necessário estabelecer metas a serem
atingidas, ligadas à sustentabilidade e à economia, em todas as etapas do ciclo de vida da
edificação. Estas metas estão relacionadas com os seguintes itens:
aumento da produtividade;
eficiência energética;
redução no consumo d’água;
redução custos de: construção, operação, manutenção, demolição, acidentes de
trabalho, doenças relacionadas aos edifícios, poluição e lixo;
garantia de conforto dos usuários;
aumento da flexibilidade e durabilidade dos edifícios.
Em termos gráficos, Keeler; Burke(2010) representam as vantagens do projeto sustentável
comparado ao projeto arquitetônico tradicional, utilizando a relação volume de trabalho X
tempo na execução de uma obra, mostrando que a execução do projeto sustentável, no qual
eles também o denominan de projeto integrado, exige o envolvimento de toda a equipe de
construtores, arquitetos, engenheiros e etc.
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Fonte: Keeler; Burke(2010)
Gráfico comparativo do processo de execução do projeto de uma edificação X a execução do prjeto sustentável
Outro ponto positivo quanto ao uso de metodologias sustentáveis é o marketing, que as
empresas construtoras e incorporadoras, podem agregar à imagem de seus negócios, pois a
ecoconstrução é uma tentência mundial, que já é uma realidade no Brasil. Pode-se comprovar
esta estratégia de marketing na etapa de lançamento e venda do empreendimento, pois os
critérios de avaliação da qualidade do empreendimento consideram aceitação do produto
pelos clientes, velocidade de venda e facilidade na tramitação de contratos como elementos
que disparam o conceito da empresa no mercado imobiliário.(FABRICIO E MELHADO,
2012)
O comprometimento das empresas com a sustentabilidade inicia-se pelo
cumprimento das exigências da legislação ambiental, passando por programas
internos de conscientização e de adoção de normas voluntárias, os quais, por serem
endógenos e espontâneos, tendem a ser mais eficiente e, portanto, devem ser
estimulados. Tais compromissos contribuem para melhorar a imagem da empresa,
além de aumentar a produtividade e a competitividade, com a incorporação de novos
instrumentos de gestão e novas tecnologias, mais avançadas (BRASIL, 2012b)
Segundo Corrêa(2009), a incorporação de práticas de sustentabilidade na construção é uma
tendência crescente no mercado. Sua adoção é “um caminho sem volta”, pois diferentes
agentes – tais como governos, consumidores, investidores e associações – alertam, estimulam
e pressionam o setor da construção a incorporar essas práticas em suas atividades.
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E Priori(2008) afirma que a eleição dessas técnicas e conceitos que contemplem a
sustentabilidade sócio-ambiental a serem aplicadas na execução do projeto, inclusive na sua
elaboração, pode contribuir, concomitantemente, para a sustentabilidade econômica do
empreendimento, minimizando custos e melhorando a lucratividade dos processos ao longo
da cadeia produtiva da obra.
Observamos no Brasil um olhar diferenciado do setor produtivo e do Governo em
buscar soluções social e ambientalmente responsáveis para nosso crescimento. A
Economia Verde é vista como oportunidade cada vez mais abraçada no País.
Observamos também uma forte adesão da sociedade à práticas mais conscientes de
consumo, com cidadãos ansiosos para fazer parte da mudança. O Brasil, país
megasociobiodiverso, é o palco principal da nova economia mundial, tornando-se
modelo de desenvolvimento sustentável para o mundo.(BRASIL, 2012a)
Kronka (2002), afirma que com o crescimento dado à importância das questões ambientais, as
empresas tiveram que se adaptar, procurando incorporar alguns princípios de gerenciamento
ambiental. Para muitas empresas, atestados ambientais favoráveis significam elemento de
sobrevivência e até um bem mercadológico.
6. Conclusão
A falta de conhecimento faz com que sempre produzamos da mesma forma, sem perceber o
que está acontecendo a nossa volta. E com este artigo pretende-se chamar a atenção e
apresentar uma nova forma de produzir edifícios aos arquitetos, engenheiros, empresários,
planejadores, governantes e a toda a sociedade belemense.
A divulgação desses resultados para o meio produtivo faz-se necessária, pois este é o meio em
que grandes obras são geradas, consumindo recursos naturais não renováveis e gerando muito
entulho de construção. Por isso, aprimorar o conhecimento com novas técnicas e
metodolodias de construção ecoeficiente torna-se imprescindível para o desenvolvimento
sustentável da cidade.
Ao visitar os canteiros de obras das construtoras e entrevistá-las, a impressão que se teve, foi
de que não tinham um conceito formado sobre a produção do projeto sustentável e que a falta
de informação, era o ponto decisivo para a não tomada de atitudes que as levassem à
sustentabilidade em suas obras. Observou-se que o entendimento que elas tem de projeto
sustentável é apenas o uso de economizadores de água e luz, armazenamento da água da
chuva e coleta seletiva do entulho. Ainda não há um comprometimento em analizar o entorno,
em estudar os impactos ambientais e humanos causados pela obra, em gerir seu entulho e em
buscar alternativas que não desperdice materiais.
Este artigo também tem a intenção de fornecer informações para que a sociedade consumidora
tenha elementos que as ajudem à formar opiniões, com o objetivo de que possam exigir obras
que sejam realizadas com princípios sustentáveis, desde o projeto até sua finalização;
fomentando, assim, o crescimento do número de construtoras que se adequarão ao novo
conceito de se construir para ajustar-se a esta nova clientela.
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metodológica para auxiliar a introdução de princípios sustentáveis ao projeto arquitetônico de obras em Belém
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Assim vislumbra-se, preservar o meio ambiente de Belém, plantando a semente da
sustentabilidade em todo indivíduo que busca novos hábitos de manter-se em equilíbrio com a
natureza. Pois praticar sustentabilidade requer todo um processo de educação para poder
redefinir os nossos conceitos, já estabelecidos, e adquirir um novo olhar sobre como nos
relacionamos, não só com o meio ambiente, mas também como nos relacionamos com o
próximo, com a sociedade e com a cidade em que vivemos.
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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013
ANEXO
Para aplicar o questionário, usou-se como critério, escolher empresas de engenharia que estivesse
com obras, atuais, em Belém.
Questionário aplicado nas empresas de engenharia
1.como é realizado o processo de projeto?
( ) de forma integrado - todos os envolvidos pensando conjuntamente no processo de construção
do início até o final da obra - ex: quem vai construir a obra participa desde o primeiro momento da
concepção do projeto
( ) de forma segmentada - 1 realiza-se o projeto arquitetônico, 2 estudo da compatibilidade dos
outros projetos.
2.No momento do planejamento do projeto há preocupação em usar como parâmetro a
( ) agenga 21,
( ) a NBR ISO 14000 e ISO 9000,
( ) conceitos da construção enxuta e projeto simultâneo,
( ) a responsabilidade social empresarial
( ) softweres de construção.- CAD e o software Bees
( ) nenhum parâmetro
3. Na implantação do projeto, no terreno, é utilizado algum estudo de vizinhança e previsão de
impacto da obra no local?
( ) sim ( )não
4. Existe algum setor que gerencie o resíduo gerado na obra?
( ) sim ( )não
5. O que é projetar com sustentabilidade?