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Page 1: Prefeitos avalizam nome de Sarney Filho para Senador · O Estado do Maranhão São Luís, 5 de junho de 2017. Segunda-feira POLÍTICA 3 ESTADO MAIOR ... tra a Unidade de Pronto Atendi-mento

O Estado do Maranhão São Luís, 5 de junho de 2017. Segunda-feira 3POLÍTICA

ESTADO MAIOR

São Luís no foco

Arecente informação de que pesquisas de intenção devotos não divulgadas apontavam para umavantagem dos pré-candidatos Roseana Sarney

(PMDB) e Eduardo Braide (PMN) sobre Flávio Dino(PMDB), em São Luís, levantaram, mais uma vez, aimportância do principal colégio eleitoral nas eleiçõesmaranhenses.

A própria Roseana conviveu com o debate sobre São Luísao longo dos seus quatro mandatos. A Ilha, sempre vistacomo rebelde, deu expressivas vitórias à peemedebista.

Vitórias maiúsculas.Roseana elegeu-se no primeiro turno em 2010, com

vitória ainda mais significativa por ter garantido àcandidata do PMDB,também, 43% dos votos deSão Luís, quase a metade doeleitorado da capitalmaranhense.

Roseana consolidou-secomo liderança também nacapital maranhense aogarantir quase a metade dosvotos ludovicenses, mesmotendo como concorrentesum candidato que já havia comandado a cidade por trêsmandatos - Jackson Lago (PDT) - e outro que haviadisputado um segundo turno há apenas dois anos - FlávioDino (PCdoB).

A presença de Braide nas cabeças do eleitoradoludovicense também não é surpresa, já que o deputadoacaba de sair de uma surpreendente disputa pelaPrefeitura, na qual saiu de 2% para um segundo turno emque só perdeu porque as máquinas do governo e daprefeitura operaram dia e noite contra sua candidatura.

Flávio Dino, portanto, mesmo no comando dessasmáquinas, terá que se virar em 2018 para garantirpercentual do eleitorado de São Luís que lhe garantavitória. Porque os números mostram o contrário.

• Agora no PMN, a ex-vereadora Rose Salles quer acelerar o projetode chegar à Assembleia Legislativa em 2018.

• O ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira quer rapidez do TJpara avaliar seu recurso contra a decisão que o tornou inelegível.

E MAIS

Mesmo nocomando de duasmáquinas, FlávioDino terá que sevirar paragarantir a capital

• Aliados do prefeito de Ribamar, Luis Fernando, têm reclamado dagestão, presa apenas na decisão de desconstruir a gestão anterior, deGil Cutrim.

Afesta foi organizada pelosamigos mais próximosdo ministro do Meio Am-biente, Sarney Filho (PV),

como o ex-prefeito de Pinheiro, Fi-luca Mendes, e o ex-secretário An-tonio Gasparinho. Mas a presençade dezenas de prefeitos, ex-prefei-tos e lideranças do interior mos-trou que a candidatura do minis-tro ao Senado está consolidada emseu grupo político.

Foram algo em torno de 100prefeitos e ex-prefeitos presentes

ao evento da última sexta-feira, 2,todos dando aval ao nome de Sar-ney Filho para o Senado. Repre-sentados pelo prefeito de Impera-triz, Assis Ramos (PMDB), quedefiniu o ministro como “o melhorquadro que se tem no Maranhãopara o Senado”, os prefeitos apon-taram que Sarney Filho tem as cre-denciais necessárias para o cargo.

Foram vistos no Class Eventosnomes de peso, como o ex-prefeitode Codó, ex-presidente da Famem,e ex-deputado estadual Ricardo Ar-

cher. “Sarney Filho tem preparo,experiência e honestidade parapleitear o posto de senador”, de-clarou Archer.

ApoiosAlém dele, também destacaram asqualidades do ministro os ex-pre-feitos de Paço do Lumiar, Bia Ve-nâncio (PP), e de Mirinzal, o pe-detista Amaury Almeida.

“Nossa família tem história narelação com o ministro SarneyFilho. Estaremos com ele de novo

em 2018”, afirmou Almeida. Seuirmão, Agenor Filho, também ex-prefeito de Mirinzal, fez discursoforte em homenagem ao depu-tado.

Um dos momentos mais emo-cionantes do encontro de sexta-feira se deu com o discurso da pre-feita de Satubinha, Dulce Cunha,a Dulcinha.

“Tenho a honra de, mesmo co-mandando uma cidade tão pe-quena, ser chamada para falar emnome dos colegas prefeitos sobreeste líder político que atende demaneira sem igual em Brasília.Conte conosco, ministro. O senhorserá vencedor”, disse a prefeita.

Sarney Filho deve chegar à cam-panha eleitoral de 2018 como ocandidato a senador com o apoiodo maior número de prefeitos. E atendência é que ele aumente estabase de apoio durante a própriacampanha. �

BastidoresO encontro dos ex-governadores José Reinaldo Tavares (ainda

no PSB) e Roseana Sarney (PMDB) deu o que falar nos bastidorespolíticos.

Roseana estava no restaurante Cabana do Sol, com amigos,quando Tavares chegou ao mesmo ambiente; secumprimentaram e conversaram.

Mas, para muitos, o encontro não foi tão casual assim, e podeter repercussão nas eleições de 2018.

Todos juntosA presença de prefeitos do PDT, do PT e até do PCdoB no pré-

lançamento da candidatura de Sarney Filho ao Senado mostrou oalcance da história política do ministro do Meio Ambiente.

Com 10 mandatos parlamentares, Sarney Filho sempre pairouacima das divergências políticas.

E a postura agregadora diz muito da presença de diferentespartidos na festa de amigos preparada para ele.

CandidaturaA declaração de Roseana em apoio ao irmão Sarney Filho

deixou claro que ela nem cogita disputar o Senado em 2018.A peemedebista afirmou que vai “lutar e trabalhar” pela eleição

do ministro ao Senado.Para muitos, ficou claro que Roseana pretende mesmo disputar

o Governo do Estado.

Novos rumosO ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, garante que o

senador afastado Aécio Neves não é o único com poder de mandono PSDB maranhense.

Para Madeira, a ascensão do senador Tasso Jereissati aocomando partidário será decisivo para o futuro do partido noMaranhão.

Ao contrário de Aécio – que mantém até indicados mineiros emsecretarias do Maranhão – Jereissati nem cogita aproximaçãocom o governo Flávio Dino.

CorrupçãoO governo Flávio Dino tenta se desvencilhar do escândalo na

Saúde descoberto pela Polícia Federal na última sexta-feira, 2.Mas os valores divulgados pela PF e a data de investigação do

Idac mostram que o esquema de corrupção funcionou a partir de2015, início do governo comunista.

Em outras palavras, o governo que disse mudar tudo volta emeia se vê obrigado a dar explicações em diferentes níveis.

BarganhandoO senador Roberto Rocha (PSB) tenta manter a imagem de

candidato de oposição ao governo Flávio Dino.Mas as lideranças, em São Luís e no interior, desconfiam de que

ele esteja apenas valorizando o passe no governo.Daí a explicação para a falta de aliados na Câmara, na

Assembleia e entre os prefeitos defendendo o seu nome.

EmpregoO prefeito de Paço do Lumiar, Domingos Dutra (PCdoB), tem

enfrentado a desconfiança dos moradores do município.Sem ações no município, Dutra é visto apenas como um político

em busca de emprego para manter a si e a família.A mulher, Núbia, por exemplo, domina as quatro principais

secretarias de Paço do Lumiar.

Deputados, senadores, prefeitos e vereadores ao lado de Sarney Filho, durante o pré-lançamento de sua candidatura ao Senado, na sexta-feira, 2

De Jesus

PLURIPARTIDÁRIO

Ministro agrega aliados de vários partidos

O ministro Sarney Filhoconsegue reunir em sua basede apoio prefeitos de todosos partidos políticos, inclusiveos da base do governo FlávioDino (PCdoB), a quem fazoposição. Além de filiados aoPDT, como Amaury Almeida, a

reunião de sexta-feira levouao Class Eventos políticos doPT, do PSDB e até do PCdoBdinista. Para todos, SarneyFilho está acima das questõespolíticas e partidárias, porisso agrega militantes detodas as correntes.

Prefeitosavalizamnome deSarney Filhopara SenadorPresença de gestores e ex-gestores na festa de pré-lançamento mostrou oprestígio do ministro na classe política

Ministro devereceber o maior

número de aliados

Idac manteve contrato de R$ 250milhões no governo Flávio DinoInstituto foi alvo de operação da Polícia Federal na última sexta-feira, 2, que levou para a cadeiadiretores e operadores de um esquema de desvio de dinheiro público iniciado na gestão do comunista

O governo Flávio Dino (PCdoB)manteve contrato de mais de R$ 250milhões com o Instituto de Desen-volvimento e Apoio à Cidadania(Idac), cujos donos foram presospela Polícia Federal na última sexta-feira, 2. A decisão de escolher es-pecificamente esse instituto paraprestar serviços de gestão de uni-dades de saúde do Estado foi umato discricionário da administraçãocomunista.

O Idac sequer participou da lici-tação para escolha das Oscips queadministrariam hospitais e UPAsdo Maranhão. Pelo contrário, aindaentrou na Justiça para tentar barraro processo, em abril de 2015.Mesmo assim, sete meses depois,alegando “inexigibilidade de licita-ção”, a SES resolveu dar um contratode um ano e R$ 102 milhões parao instituto – depois aditivado poriguais valor e período.

A operação da Polícia Federalapontou que houve desvios milio-nários no contrato do Idac com aSecretaria de Saúde. O contratocom o instituto foi assinado emmaio de 2015, pelo então secretá-rio de Saúde, Marcos Pacheco, emantido pelo atual secretário, Car-los Eduardo Lula.

No total, os contratos da Saúdecom o instituto superam os R$ 254milhões. Quase R$ 200 milhões jáforam pagos. O instituto adminis-tra a Unidade de Pronto Atendi-mento (UPA) em Chapadinha, ehospitais no interior do estado.

No total, o Idac foi alvo de 19mandados de prisão, conduçãocoercitiva e de busca e apreensão,executados pela Polícia Federal. No

total, R$ 12 milhões foram blo-queados judicialmente. Durante aoperação, um dos diretores do ins-tituto foi preso com cerca de R$ 70mil no próprio carro.

O detalhe é que o instituto jáhavia sido citado em operação an-terior, da própria Polícia Federal,que prendeu diretores de outro ins-tituto com contratos com a Secre-taria de Saúde. Mesmo assim, o go-verno Flávio Dino decidiu mantero contrato. A Polícia Federal estimaem R$ 18 milhões os recursos pú-blicos desviados pelo esquemamontado em torno do Idac. �

Dinheiro apreendido com integrantes do esquema desbaratado pela Polícia Federal na Secretaria de Saúde

Divulgação

EXPLICAÇÕES

Em nota, ainda na sexta-feria, a Secretaria deSaúde tentou se eximirdas responsabilidades emrelação ao Idac e atribuiuo contrato à gestãoanterior. Mas o contratonúmero 06/2015 foiassinado pelo entãosecretário MarcosPacheco e aditivado emagosto do mesmo ano.

Contrato foiassinado em 2015,

por Marcos Pacheco