Movimento Modernista
Literatura -
Harriet
Contexto Social Início da década do
século XX;Condições
sociopolíticas nacionais geradas pela primeira guerra;
Exportação de café e futuramente seu declínio promoveu intensa urbanização.
Contexto SocialAs oligarquias
cafeeiras e a política “café com leite” reforçaram as elites paulistanas;
Estas elites eram influenciadas pelos padrões estéticos europeus mais tradicionais.
Semana da Arte Moderna
Ocorreu entre 13 e 17 de fevereiro de 1922;
Cada dia da semana foi dedicado a um tema, respectivamente: pintura e escultura, poesia, literatura e música
Poesia – Oswald de Andrade
“A massa ainda vai comer do biscoito fino que eu fabrico”
Poesia – Manuel Bandeira
Enfunando os papos, Saem da penumbra, Aos pulos, os sapos. A luz os deslumbra.
Em ronco que aterra, Berra o sapo-boi: - "Meu pai foi à guerra!" - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
O sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado, Diz: - "Meu cancioneiroÉ bem martelado.
Vede como primo Em comer os hiatos! Que arte! E nunca rimo Os termos cognatos.
Poesia – Manuel Bandeira O meu verso é bom
Frumento sem joio. Faço rimas com Consoantes de apoio.
Vai por cinquüenta anos Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos A fôrmas a forma.
Clame a saparia
Em críticas céticas:Não há mais poesia, Mas há artes poéticas..."
Urra o sapo-boi: - "Meu pai foi rei!"- "Foi!" - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
Poesia – Manuel Bandeira
Brada em um assomo O sapo-tanoeiro: - A grande arte é como Lavor de joalheiro.
Ou bem de estatuário. Tudo quanto é belo, Tudo quanto é vário, Canta no martelo".
Outros, sapos-pipas (Um mal em si cabe), Falam pelas tripas, - "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".
Longe dessa grita, Lá onde mais densa A noite infinita Veste a sombra imensa;
Poesia – Manuel Bandeira
Lá, fugido ao mundo, Sem glória, sem fé,
No perau profundo E solitário, é
Que soluças tu, Transido de frio, Sapo-cururu Da beira do rio...
Musica – Heitor Villa Lobos
“Considero minhas obras como cartas que escrevi à posteridade sem esperar reposta.”
Artes Plásticas – Tarsila do Amaral
Pré - Modernismo
Antecipa o movimento modernista por apresentar as seguintes características:
Ruptura com o academicismo por apresentar expressões não poéticas;
Nega-se o Brasil herdado do Romantismo por apresentar um Brasil nordestino, não oficial (denúncia da realidade brasileira);
Pré-Modernismo
Apresenta o aspecto regionalista e personagens como o nordestino, o caipira, o funcionário público;
Ligação com fatos sociais e políticos contemporâneos:
Exemplos:
Governo Floriano e a Revolta Armada;
Guerra de Canudos.
Augusto dos Anjos
Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,Monstro de escuridão e rutilância,Sofro, desde a epigênesis da infância,A influência má dos signos do zodíaco.
Profundíssimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco.
Augusto dos Anjos
Já o verme — este operário das ruínas —Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há-de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra!
Lima Barreto
Critica a primeira geração romântica, a situação do Brasil e Floriano Peixoto, através da quixotesca figura de Policarpo Quaresma.
Euclides da Cunha
Relata a guerra de Canudos sob o ponto de vista do vencido e imortaliza a expressão:
‘O sertanejo é antes de tudo, um forte’.
Monteiro Lobato
Denuncia a realidade através da descrição e a análise do tipo humano característico da região, o caboclo Jeca Tatu. A princípio chamado de vagabundo e indolente, mais tarde o autor toma consciência daquela população subnutrida, acometida à sorte de doenças endêmicas.