Escola secundária de Valongo
Mobilidade reduzida Paraplegia
19-05-2011
Disciplina: Área de Projecto Docente: Susana Oliveira
Trabalho realizado por:
Duarte Duarte nº12
Fernando Ribeiro nº14
Flávia Vieira nº15
João Nogueira nº18
2
Indice
Agradecimentos ........................................................................................................................ 3
Introdução ................................................................................................................................ 4
Causas de Limitações Motoras .................................................................................................. 5
Acidente em Chernobil.............................................................................................................. 6
Dano medular ........................................................................................................................... 7
Coluna vertebral ....................................................................................................... 7
Medula ..................................................................................................................... 8
Consequências da lesão medular ............................................................................................ 10
Limitações no dia-a-dia ........................................................................................................... 12
Compensar os membros perdidos ........................................................................................... 14
ELegs ...................................................................................................................... 14
Desportos adaptados .............................................................................................................. 15
Boccia ..................................................................................................................... 16
Atletismo ................................................................................................................ 17
Voleibol Sentado .................................................................................................... 18
Basquetebol ........................................................................................................... 18
Rugby ..................................................................................................................... 19
Conclusão ............................................................................................................................... 20
Bibliografia ............................................................................................................................. 21
3
Agradecimentos
Para que este trabalho fosse conseguido com sucesso, recorremos a ajuda de
pessoas externas ao nosso grupo e como tal queremos mostrar, desde já, que estamos
gratos pela ajuda prestada.
Agradecemos á professora de Área de projecto, Susana Oliveira, que sempre se
mostrou disponível em nos ajudar na construção de frases e textos, com ideias para o
desenvolvimento do projecto e com material.
Agradecemos também ao senhor Cândido, que se mostrou disponível para ser
entrevistado, cedendo-nos assim informações bastante úteis na realização do trabalho
e ao Bruno Pinho, jogador de Bóccia, que, apesar de não ter conseguido vir a escola
fazer a demonstração da modalidade, mostrou-se sempre disponível para responder a
quaisquer duvidas que fossem surgindo.
E por fim, agradecemos ao professor de educação física, Paulo Mesquita, que
nos cedeu alguns contactos de instituições de desportos adaptados.
4
Introdução
No âmbito da disciplina de área de projecto, propusemo-nos a elaborar um
trabalho escrito para complementar o projecto “ Mobilidade Reduzida”.
Os paraplégicos enfrentam vários problemas, não só a nível físico, mas também
a nível social. Sendo assim, de forma a podermos contribuir para uma melhor
qualidade de vida, tentaremos ao longo do trabalho analisar as dificuldades que os
paraplégicos enfrentam no dia-a-dia no concelho de Valongo.
Para alcançarmos o nosso objectivo, começamos por efectuar um trabalho de
pesquisa de modo a que possamos compreender o que é a paraplegia, quais as suas
causas, e as soluções actualmente existentes. Optamos também por pesquisar
informações sobre o acidente em Chernobyl, uma vez que este foi provocado por uma
exposição excessiva de radiações tendo como consequência vários problemas
motores.
Como existem estruturas fundamentais no nosso corpo, para a locomoção,
considerámos necessário explicar a função que cada estrutura desempenha e as
consequências de uma lesão nas mesmas.
Um paraplégico, apesar de estar sentado numa cadeira de rodas e com
limitações, não deixa de ser uma pessoa como as outras, e como tal, possui os mesmos
direitos. A prática desportiva é um direito de todos, independentemente da sua
condição física, assim pessoas com deficiência motora podem beneficiar dessa mesma
prática.
5
Causas de Limitações Motoras
As limitações motoras podem ser causadas devido a vários factores, tais como,
lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas que podem ter origem congénita
mas também podem ser causadas devido a traumas na coluna, espinal medula e
doenças que afectam o sistema nervoso central.
As lesões ortopédicas são normalmente causadas durante a prática de
desportos. As limitações motoras podem também ser causadas por malformações
congénitas, que resultam de anomalia morfológica estrutural num órgão ou em
conjuntos deles, presente no nascimento devido a uma causa genética.
Outra causa de limitações motoras pode ser a paralisia que é causada pelo mau
funcionamento do sistema nervoso central, pois este, deixa de transmitir impulsos
nervosos para a activação muscular.
As causas mais conhecidas de limitação motora são as amputações e a ausência
de membros que são em grande parte causados por acidentes de trabalho e acidentes
rodoviários, as amputações mais comuns são as dos dedos, das pernas (fig.1) e dos
braços.
Fig.1 – Amputação da perna
6
Acidente em Chernobil
O acidente nuclear de Chernobil surgiu no dia 26 de Abril de 1986, na Usina
Nuclear de Chernobil na Ucrânia. É considerado o pior acidente nuclear da história da
energia nuclear, este produziu uma nuvem de radioactividade que afectou a União
Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido. Grandes áreas foram
contaminadas principalmente na Ucrânia e em Bielorrússia, o que levou no
reassentamento e na evacuação de aproximadamente 200 mil pessoas. A Bielorrússia
foi a mais atingida, pois foi lá que perto de 60% de radioactividade desabou.
É excessivamente difícil comunicar a quantidade exacta de pessoas que
faleceram devido ao acidente, a ONU divulgou um relatório em 2005 que atribuiu 56
mortes e uma estimativa de cerca de 4000 pessoas que possivelmente morreriam no
futuro por doenças relacionadas aos eventos de Chernobil. Nem todas as pessoas que
foram contaminadas morreram com este acidente, no entanto, muitos ficaram com
deficiências motoras e muitas mulheres estavam grávidas, fazendo com que os seus
filhos tivessem sérios problemas, de entre eles, a paraplegia (Fig2).
Muitas crianças enfrentam problemas e deficiências a níveis motores devido a
este acidente e, muito provavelmente, nunca conseguirão recuperar, tendo de estar
em instalações especiais para poderem viver confortáveis e enfrentarem os problemas
que lhes ocorrem com a melhor ajuda possível.
Assim, a paraplegia pode não só ser
causada por acidentes de
trabalho/desportivos e mal formações
genéticas normais, mas também por mal
formações genéticas anormais, como é este
caso do acidente nuclear, em que fetos com
4-6 meses bem formados nasceram com
graves problemas. Fig.2 – Paraplegia devido ao acidente
7
Dano medular
A medula é um órgão do sistema nervoso central (SNC) cuja função é
estabelecer a ligação entre o cérebro e as diferentes partes do corpo. Essa ligação
respeita as sensações que nos vem da periferia e que são conduzidas ao cérebro para
delas tomarmos consciência, a movimentos que são programados pelo cérebro e
executados pelos músculos e a diversas funções vegetativas como a respiração e a
função cardíaca. Quando ocorre uma lesão na medula passa a existir um obstáculo a
passagem de informação em ambos os sentidos, tanto do cérebro para os órgãos
receptores como dos órgãos receptores para o cérebro. Para se poder compreender
melhor a consequência de uma lesão na medula é necessário ter algumas noções
sobre a sua anatomia e funções.
Coluna vertebral
A coluna vertebral (fig.3) constitui o eixo ósseo
do corpo. É uma estrutura bastante elástica e flexível
constituída por 24 vértices, estes apresentam nomes
diferentes pois depende do local onde estão situados.
Assim, de cima para baixo, denominam-se cervicais (C1
ate C7), dorsais (D1 ate D12), lombares (L1 ate L5),
sagradas (S1 ate S5) e, por fim, o cóccix constituído
pela junção de 4 vértebras.
A coluna vertebral tem como função aguentar o
corpo, permitir a mobilidade do tronco e proteger a
medula.
Fig.3- Coluna vertebral
8
Medula
A medula espinal (Fig.4) é um feixe de fibras, estendendo-se do cérebro até á
primeira/segunda vértebra lombar (L1,L2). Apresenta aproximadamente 44 cm de
comprimento, a partir dai, as fibras nervosas continuam até ao sacro.
A medula estabelece ligação com todas
as partes do corpo recebendo informações de
vários pontos enviando-as de seguida para o
cérebro e recebendo ordens do cérebro
transmitindo-as de seguida para as diferentes
partes do corpo.
As informações estão relacionadas com
os movimentos e com as funções automáticas
do corpo como a regulação da temperatura, o
pestanejar, a respiração e a digestão. A medula é o percurso que as mensagens fazem
para chegar ao cérebro e às diferentes partes do corpo.
Da medula, entre cada duas vértebras, saem fibras nervosas anteriores,
contendo informação destinada aos músculos e entram fibras nervosas posteriores
que trazem informação sensitiva de todas as partes do corpo.
Apesar da medula ser uma estrutura
contínua, ausente de divisões, existe uma
unidade anatómica e funcional importante
denominado por metâmero (fig.5). Este
constitui a porção da medula de onde saem as
raízes anteriores e entram as raízes posteriores
que por sua vez dão lugar aos nervos
raquidianos.
Fig.5- metâmero
Fig.4 - Espinal medula
9
Os neurónios (Fig.6) são células nervosas, sendo constituídas por um corpo, que
emite vários prolongamentos e por um eixo do axónio. O comprimento do axónio
depende do tamanho da fibra nervosa, assim no caso dos neurónios motores, os
axónios são compridos, visto que estas células controlam os músculos do pescoço,
tronco e membros.
Cada axónio está revestido por uma substância isolante designada por mielina,
esta faz com que a informação chegue mais rapidamente ao cérebro ou aos
respectivos músculos.
Como a medula é constituída
por neurónios que levam informações
diferentes e ocupam áreas específicas
ao longo da medula, a gravidade e a
extensão de uma lesão vai depender
da localização desta.
Fig. 6 – Neurónios e impulso nervoso
10
Consequências da lesão medular
A maior parte das vezes a lesão da medula e originada devido a acidentes de
viação e desportivos, quedas, tiros e outras causas como inflamações, tumores,
hemorragia e infecções.
A lesão medular (Fig.7) é resultante de mais do que um único acontecimento. O
primeiro impacto vai danificar os neurónios do local da lesão, mas nas horas e nos dias
seguintes, segue-se uma centena de acontecimentos a nível da lesão primária que vão
complicar e alongar o processo. Assim, quando ocorre uma lesão devido a um
traumatismo administra-se corticoesteróides nas primeiras semanas, estas irão
atenuar o agravamento secundário da mesma. Quando a medula possui sinais de
pressão por fragmento ósseo, disco intervertebral ou coágulo sanguíneo incluem-se
outros tratamentos como uma intervenção cirúrgica.
Fig. 7 - Espinal medula e sua função
11
Se ocorrer uma lesão na medula, esta é considerada grave quando o paciente
mostra falta de sensibilidade e falta de controlo voluntario dos músculos. Uma lesão
deste tipo ira também causar perturbações da função involuntária no local da lesão,
como por exemplo no controlo da bexiga e do intestino e a respiração.
Existem vários níveis de lesão medular, estes tem diferentes designações
consoante a localização e o número de nervo afectado. Assim, uma lesão que se
localize no pescoço e que tenha fracturado o 7º nervo é denominada por lesão C7
(lesão cervical no 7º nervo). Se a lesão ocorrer na coluna cervical o paciente terá uma
tetraplegia, ou seja, a lesão atingiu os quatro membros.
Caso uma lesão que se localize na coluna dorsal e que fracture o 8º nervo é
denominada por lesão D8 (lesão dorsal no 8º nervo), esta lesão ira resultar numa
paraplegia, atingindo os membros inferiores.
12
Limitações no dia-a-dia
Como sabemos, as pessoas com deficiências motoras enfrentam dificuldades
no dia-a-dia, dessa forma que é preciso continuar a fazer esforços para ultrapassar
isso. Das diferentes limitações existentes iremos enumerar algumas, com especial foco
no concelho de Valongo.
Provavelmente, a maior limitação que uma pessoa irá possuir, se vier a sofrer
de paraplegia, será na sua própria casa, isto acontece pelo facto de a maioria das casas
não possuir o mínimo de condições de acessibilidade para pessoas com este tipo de
problemas, tanto a nível exterior como a nível interior. Outro dos locais mais
problemáticos será o local de trabalho, que na sua maioria sofre das mesmas
necessidades que qualquer outro edifício, seja ele público ou privado, neste caso o
local de trabalho de uma empresa onde não existam pessoas com problemas motores,
será desde sempre inadequado para todas aquelas que possuem, fazendo com que
seja mais complicado para alguém com deficiência arranjar um trabalho com as
condições necessárias.
Estes são os problemas mais globais que limitam estas pessoas, no caso mais
concreto do concelho de Valongo também não será difícil encontrar sítios
problemáticos. Podemos observar, por exemplo, que para aceder à biblioteca no
edifício Vallis Longus (Fig.8), não existe qualquer rampa ou elevador. Algumas
passadeiras apresentam ainda passeios
demasiado altos e sem rampas que é
também um dos problemas mais
frequentes. A Igreja Matriz de Valongo
também não tem qualquer facilidade de
acesso, tanto como determinados
autocarros, muitos prédios e ainda caixas
de supermercados. Fig.8 – Vallis Longus
13
Contudo a câmara de Valongo, nos últimos anos, tem evoluindo no que toca a
acessibilidades para deficientes motores, pois preocupou-se em baixar alguns passeios,
criar rampas e elevadores de acesso a locais públicos mais importantes, como a
câmara municipal, os correios e bancos. No entanto, estas pessoas ainda sentem
muitas barreiras arquitectónicas no concelho de Valongo, pois ainda existem locais que
poderiam ser de mais simples acesso, como a segurança social, que apesar de
apresentar um elevador, o mesmo não é adequado uma vez que a sua entrada é muito
estreita, e deste modo para um utilizador de cadeira de rodas conseguir entrar nele
tem que retirar partes da cadeira para conseguir utiliza-lo. Todos os esforços são
necessários e apesar deles, nem sempre são resolvidas as dificuldades, o que nos deve
levar a ter uma atitude de solidariedade para com estas pessoas, querendo e
contribuindo para o seu bem-estar como para o de todas as outras pessoas.
Certamente não seria fácil entrar num edifício ao qual as escadas fossem inexistentes,
pois teríamos de os escalar. Essa sensação de dificuldade é sentida por todos aqueles
que não são fisicamente capazes de subir escadas.
Podemos levantar também alguns pontos na nossa escola onde devemos reter
alguns aspectos importantes, como a escola vai entrar em obrar pretendemos alertar a
comunidade para que não repitam os mesmos erros. Assim, na escola (Fig.9) existe
uma rampa que é bastante extensa e inclinada o que dificulta a sua utilização por uma
pessoa com deficiência motora, ainda que assim não fosse, seria impossível a essa
mesma pessoa frequentar esta escola visto que toda ela é constituída por dois andares
que apenas são acessíveis por escadas e as próprias entradas dos pavilhões têm um
degrau. A papelaria é outro local problemático que possui um barão que torna
impossível a passagem de uma cadeira de rodas,
tanto como o bufete que é extremamente alto.
Outro bom exemplo são ainda as casas de banho
que estão, neste momento, a servir para
arrumações.
Fig.9 – Escola Secundaria de Valongo
14
Compensar os membros perdidos
Em alguns casos as pessoas portadoras de deficiência motora ficam sem
alguns dos seus membros como a perna, o braço e a mão, o que os impossibilita de
efectuar determinadas tarefas. Contudo nos dias de hoje esses membros já podem ser
compensados por próteses artificiais que os irão substituir de uma forma bastante
eficaz devido aos avanços da Biónica (um dos ramos da Biotecnologia).
A Biónica é uma ciência que estuda os processos biológicos, mecânicos e
electrónicos, com o objectivo de desenvolver projectos que consigam ser compatíveis
e que actuem com um comportamento semelhante ao nosso sistema biológico. Ela vai
buscar os conhecimentos adquiridos na Biologia e tenta aplicá-los na Física, assim,
existem vários tipos de próteses para determinados problemas, em casos de
paraplegia as próteses inventadas designam-se por ELegs, que iremos tratar de
seguida.
ELegs
A empresa Berkeley Bionics, apresentou um exo esqueleto robótico que tem
como função proporcionar a locomoção em postura erecta a paraplégicos. Este
dispositivo pesa 45 quilos, é alimentado por baterias (até 6 horas de carga) e emprega
um sistema de sensores que funciona como interface homem-máquina, interpretando
a intenção dos gestos humanos de forma a operacionalizar a locomoção. Sem
necessidade de roupa especial, utilizando a roupa do dia-a-dia, em cerca de um a dois
minutos é possível ao indivíduo paraplégico em cadeira de rodas se utilizar o eLegs,
podendo andar em vários terrenos e atingir uma velocidade até 3.7 km/h.
Como podemos verificar com este tipo de próteses um indivíduo amputado
já consegue enfrentar a sua vida de um modo normal. Contudo estes estudos são
ainda muito recentes e tem ainda muito para evoluir e talvez num futuro próximo seja
possível um indivíduo que utilize próteses biónicas efectuar uma vida completamente
normal e com um número bem mais reduzido de instrumentos para assim o fazer.
15
Desportos adaptados
Uma pessoa com deficiência motora, apesar de estar constantemente sentado
numa cadeira de rodas e com limitações, é uma pessoa, e como tal, possui direitos
como todos os outros indivíduos. A partir do momento em que o acesso à prática
desportiva se torna um direito de todos os cidadãos, independentemente da sua
condição física, permitiu que as pessoas com deficiência motora beneficiassem dessa
mesma prática.
A prática de desporto adaptado é bastante benéfica para as pessoas portadoras
deste tipo de problema, pois as actividades desportivas vão permitir, às pessoas com
deficiência motora, demonstrar a si próprio e á sociedade que não são inválidas e que
conseguem ser activas como qualquer outros seres humanos, contribuem para a
reintegração da pessoa com deficiência na sociedade, uma forma muito positiva de
integração é a competição entre indivíduos com e sem deficiência, em modalidades
como o tiro com arco, bowling, ténis de mesa e natação e também proporcionam á
pessoa melhorar o seu físico e ver o mundo de uma outra forma.
Actualmente existem mais de 20 desportos paraolimpicos, o Boccia, atletismo,
basquetebol, voleibol, ciclismo, natação, ténis de campo e de mesa, canoagem,
esgrima, rugby são alguns dos exemplos, farei um breve esclarecimento de alguns
deles.
16
Boccia
O Boccia (Fig.10) tem como objectivo marcar o maior número de pontos
através do lançamento de séries de 6 bolas (azuis e vermelhas) em direcção a uma
bola alvo (bola branca). Esta modalidade destina-se a indivíduos portadores de
deficiência motora grave correspondente a grandes incapacitados divididos nas
seguintes categorias:
BC1 – São tetraplégicos com pouca amplitude de movimento funcional e pouca
força em todas as extremidades e tronco. Dependem de um acompanhante
para ajustar ou estabilizar a cadeira ou para lhe dar a bola.
BC2 – São tetraplégicos com pouca força funcional em todas as extremidades e
tronco, mas com capacidade para propulsionar a cadeira de rodas.
BC3 – São indivíduos com muitas dificuldades na preensão da bola e sem força
funcional para fazer um lançamento para dentro de campo. Utilizam calhas
para fazer o lançamento. Nesta classe estão incluídas outro tipo de deficiências
com as mesmas características
funcionais.
BC4 – Estão incluídos os indivíduos
portadores de deficiência motora
com limite funcional superior,
idêntico à BC2.
Em 2000, Portugal conquistou 2
medalhas, uma de ouro e outra de prata.
Fig.10 – Boccia
17
Atletismo
O atletismo (Fig.11) em cadeira de rodas está cotado como um dos mais
dispendiosos. As cadeiras para competição atingem os cinco mil euros, sendo que as
pensões para deficientes rondam muitas vezes os 200 ou 300 euros.
Nesta modalidade existem 4 categorias de deficiência, estas variam com o grau
de incapacidade. Para se definir a classe a que um atleta se integra,
internacionalmente, o termo técnico utilizado é composto por uma letra seguida de 2
algarismos, utiliza-se a letra “T” que significa Track (pista), “5”que significa atletismo
em cadeira de rodas e por fim um número que varia entre 1 e 4 representando o grau
de incapacidade. Assim, a classe T51 define o atletismo para tetraplégicos, a classe T52
define o atletismo para tetraplégicos com
triceps activos e movimento de pulso, a
classe T53 define o atletismo para
paraplégicos com músculos peitorais
activos e a classe T54 define o atletismo
para todas as outras vertentes de
deficiência em que o número de músculos
activos seja superiores aos músculos
peitorais.
Fig.11 – Atletismo em cadeira de rodas
18
Voleibol Sentado
O voleibol (Fig.12) sentado, surgiu em 1956, é um dos desportos mais
praticados em competições não só para deficientes, mas também por competidores
de voleibol não deficientes, mas com lesões no tornozelo e/ou joelho. O objectivo
principal é conquistar pontos fazendo com que a bola encoste na sua quadra ou
saia da área de jogo após ter sido tocada pelo adversário.
Neste desporto, as equipas tem que possuir no máximo 12 jogadores e
possuir um campo e rede adequados para os mesmos. O campo tem de medir 10
metros de comprimento por 6 de largura (10 x 6 metros). A altura e o
comprimento da rede podem variar devido ao sexo dos jogadores. A altura devera
ser de 1.15m para os homens e
1.05m para as mulheres já o
comprimento devera ser de
6,50 a 7 metros, assim os
jogadores conseguem jogar
apenas com o auxílio do tronco
e membros superiores.
Basquetebol
O Basquetebol (Fig.13) para deficientes motores e muito semelhante ao
basquetebol para não deficientes, neste desporto mantêm-se o campo, a bola e as
tabelas. A única coisa que difere entre os dois e o meio de locomoção. É um jogo
que dá a possibilidade de prática desportiva
num ritmo grandioso e ao máximo nível de
competição entre as equipas e uma das
modalidades com mais adeptos, com milhares
de praticantes em todo o mundo.
Fig.12 – Voleibol sentado
Fig.13 - Basquetebol
19
Rugby
O rugby (Fig.14) em cadeira de rodas começou no Canadá em 1977, é uma
combinação de passos, ajustamentos e habilidades solicitadas no basquetebol e rugby.
Os jogos de rugby são executados num campo de basquetebol e a bola utilizada
é semelhante à usada no voleibol. Apenas homens e mulheres com uma inaptidão
física podem praticar rugby em cadeira de rodas, física. Cada equipa é organizada por
quatro jogadores, cujo objectivo de cada equipa é marcar um golo tocando ou
passando com as duas rodas a linha de golo da equipa adversária enquanto leva a bola.
A equipa com o resultado mais elevado no fim do tempo é a vencedora.
Fig.14 - Rugby
20
Conclusão
Foi abordado pelo nosso grupo as causas da mobilidade reduzida que, segundo
as informações que recolhemos, são causados por negligência própria e a factores
externos, como problemas de nascença.
No conselho de Valongo verificar-se que as pessoas com mobilidade
condicionada continuam a ter dificuldades em efectuar algumas tarefas simples como
subir a passeios e entrar em edifícios. Deve-se portanto tomar consciência para estes
problemas pois todos temos direito, independentemente da condição física, de ir a
locais onde qualquer outra pessoa possa ir. Através da entrevista ao senhor Cândido
adquirimos algumas ideias para o melhoramento de algumas zonas de mais difícil
acesso.
Existem pessoas que se preocupam com esta causa e, como tal, tentam arranjar
algo que consiga fazer com que paraplégicos enfrentem os problemas do dia-a-dia. Ao
longo dos anos e com varias experiências conseguiram inventar próteses com o
objectivo de substituírem os membros perdidos. Com o avanço da tecnologia, as
próteses, estão cada vez mais evoluídas o que faz com que as pessoas consigam
ultrapassar dificuldades que seriam impossíveis de se ultrapassar sem estas.
Antigamente as próteses eram arcaicas, e não permitiam efectuar determinados
movimentos que agora, com a biotecnologia, podem ser efectuadas com normalidade,
como por exemplo, subir escalas e andar, um dos únicos problemas destas próteses é
o facto de terem um preço elevado.
Nem todas as pessoas têm possibilidades financeiras para adquirir próteses,
ficando assim limitadas com a cadeira de rodas, o que faz com que se sintam
frustradas por não conseguirem fazer o que outras pessoas conseguem. Uma forma de
lhes provar o contrário será informar-lhes que existem desportos ao qual podem
praticar. Estes desportos são muito benéficos, pois mostram aos outros e a si próprios
que são capazes e que são tão bons ou melhores a executar algum dinheiro e actuam
como terapia para eles.
21
Bibliografia
http://biologiafontedevida.zip.net/arch2009-12-13_2009-12-19.html
Http://ergonomiaaplicada.blogspot.com/2007/12/coluna-vertebral.html
http://www.deficientefisico.com/wp-content/uploads/rugby-cadeira-de-
rodas.jpg
http://downloads.passeiweb.com/imagens/newsite/saladeaula/biologia/neuro
nio.jpg
http://2.bp.blogspot.com/_2dUqf6fXbwI/TIl3eB_e3_I/AAAAAAAAACE/Hbv4Z9n
0VTI/s1600/medula1.jpg
http://travinha.com.br/blogs/superacao/files/2010/08/volei.jpg
http://www.educacao.te.pt/professores/index.jsp?p=165&idDossier=143
http://1.bp.blogspot.com/_5nI68tta0Sc/SuHr6OIhgNI/AAAAAAAAB4o/XHMtz0ji
r18/s1600-h/SN+aut%C3%B4nomo.gif
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_Paraol%C3%ADmpicos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rugby_em_cadeira_de_rodas
http://www.efdeportes.com/efd125/o-voleibol-sentado-um-reflexao-
bibliografica-e-historica.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_espinhal
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-
nervoso/medula-espinhal.php
http://www.apc-
coimbra.org.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=123&Itemid=226
http://www.copacabanarunners.net/coluna-cervical.html
22
http://www.fraterbrasil.org.br/lesao%20medular.htm
http://basquetebolcdr.no.sapo.pt/desp.htm
http://2.bp.blogspot.com/_um2_xTQhxgs/TKj29xH4ffI/AAAAAAAAADs/o-
VBS9CZETs/s1600/perna+mecan.jpg
http://www.news-medical.net/news/2009/02/10/31/Portuguese.aspx