Escola Básica Integrada de Vila Franca do Campo
12º ano de escolaridade
Biologia
GENÉTICA
Mendel vs Thomas Morgan
Docente: Paula Pires
Trabalho realizado por: Pedro Alves
Vila Franca do Campo, Janeiro de 2011
Índice
Pág.
Introdução…………………………………………………………………………….2
Quem foi Gregor Mendel ?……………………………………………………………3
Conhecimento científico de Mendel….………………………………………………..4
Material biológico utilizado por Mendel………………………..……………………5
Monohibridismo……………………………………………………………………….6
Dihibridismo…………………………………………………………………………..7
Leis de Mendel………………………………………………………………………..8
Quem foi Thomas Morgan?……………………………………………….……….….9
Material biológico utilizado por Morgan………………………………………….….10
Ligação factorial……………………………………………………………………..11
Hereditariedade ligada ao sexo………………………………………………………12
Conclusão……………………………………………………….……………………13
Biografia……………………………………………………………………….……..14
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Introdução
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QUEM FOI GREGOR MENDEL?
Gregor Johann Mendel nasceu em 1822, no nordeste da Morávia; essa região, na
época pertencia à Áustria e, actualmente, faz parte da República Tcheca. Mendel,
querendo continuar a estudar, porém impossibilitado de fazê-lo porque seus pais eram
agricultores pobres, resolveu entrar como noviço no mosteiro agostiniano de São
Tomás, na cidade de Brünn. Quatro anos mais tarde, em 1847, ele ordenou-se padre.
Durante seu noviciado, Mendel aprendeu ciências agrárias e técnicas de
polinização artificial, que permitiam realizar cruzamentos entre variedades de plantas.
Terminada a formação básica, Mendel assumiu o posto de professor substituto em uma
escola da região, passando a lecionar Latim, Grego e Matemática. Com o objetivo de
obter um diploma definitivo de professor, ele submeteu-se a exames de competência em
Viena, mas foi reprovado. Os examinadores, no entanto, o recomendaram à
universidade vienense, pois viam como alguém que poderia aprofundar-se nos estudos.
Com a permissão de seus superiores do mosteiro, Mendel estudou em Viena entre 1851
e 1853. O curso formalmente escolhido foi Física, mas Mendel assistiu a cursos
adicionais de Matemática, Química, Zoologia, Botânica, Fisiologia Vegetal e
Paleontologia.
A sua primeira monografia foi publicada em 1866 mas, devido ao caracter
quantitativo e estatístico do seu trabalho, e das influências do darwinismo (1859) sobre
as origens das espécies, pouca atenção foi dada aqueles relatos.
Em 1900, o trabalho de Mendel foi redescoberto por outros pesquizadores. Cada
um deles, obtiveram a partir de estudos independentes, evidências a favor dos princípios
de Mendel, citando-o em suas publicações. Em 1905,William Bateson, batipzou essa
ciencia que começava a nascer a Genética.
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Conhecimento cientifico de Mendel
Mendel quando iniciou os seus estudos tinha um reduzido conhecimento sobre
genética. No entanto, ao desenvolver o seu trabalho definiu dois conecitos o de factor e
o de caracter. Sabe-se hoje que o factor significa porção de ADN designado gene.
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Material biológico Utilizado por Mendel
Mendel escolheu a ervilheira como seu principal organismo exprimental por ser
uma planta anual que podia ser cultivada e cruzada facilmente tende-se a possibilidade
de se obter descendentes abudantes ocupando pouco espaço. Para além disso, pela facto
que as ervilhas apresentam estruturas simples, com características bem distintas como, a
cor e rugosidade no grão. Por fim, mas não menos relevante, as ervilheiras apresentam
flores que reproduzem-se predominantemente por auto-fecundação e seus orgãos
reprodutores encontram-se protegidos no interior das pétalas. Portanto, as linhagens
encontradas são puras.
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Monohibridismo
O monohibrismo consiste na transmissão de apenas um caracter.
Em relação ao monohibridismo, Mendel conclui que os factores (genes) seriam transmitidos aos descendentes através dos Gâmetas. Durante a formação dos gâmetas, os factores separam-se de tal forma que cada gâmeta contêm apenas um factor de cada par. Mendel começou por cruzar indivíduos de uma geração parental, que eram linhas puras, mas portadoras de caracteres antagónicos.
Todas as sementes resultantes do primeiro cruzamento apresentavam caracteristicas dominantes(normalmente representado por uma letra maúscula). Esta primeira geração é denominada por F1 ou híbridos da primeira geração.
Ao permitir que as sementes da geração F1 germinassem e dessem origem a plantas adultas, que se autopolinizaram- se Mendel obteve uma geração F2 onde as sementes obtidas, caracteristicas dominantes mas tambem recessivas. Mendel calculou a proporção entre as duas classes de sementes e conclui que era de 3 dominates para 1 recessiva, ou seja, 3:1.
Mendel posteriormente, estendeu a sua análise a outros caracteres, tendo obtido um padrao semelhante ao que foi descrito anteriormente.
Resultados obtidos por Mendel na geração F2
Característica
TotalPlantas que apresentam dominancia
Plantas que apresentam Recessividade
Razão
Forma da semente
7324 5474 lisa (L)
1850 rugosa (l)
2.96:1
Cor da semente
8023 6022 amarela(A)
2001 verde (a) 3.01:1
Forma da vagem 1181
882 lisa (E) 299 rugosa (e) 2.95:1
Cor da vagem580
428 verde (V)
152 amarelo (v)
2.82:1
Disposição das flores
858 651 axial (X)
207 terminal (x)
3.14:1
Cor da corola 929 705 púrpura (P)
224 branco(p) 3.15:1
Tamanho do caule 1064
787 alto (T) 787 baixo (t) 2.84:1
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Observando a tabela anterior, podemos concluir que existe uma uniformidade nos descendentes da primeira geração, manisfestando- se apenas o carácter de um dos progenitores e a geração F2 as variantes surgem numa proporção de 3:1.
Dihibridismo
O dihibridismo consiste em compreender os processos de tranmisão genética de dois os mais caracteres em simultâneo.
Mendel também cruzou plantas que diferenciavam em relação a dois pares de alelos AALL ou aall , sendo um par (AA ou aa) responsavel pela cor da semente e o outro (LL ou ll) responsável pela forma da semente.
Assim, o cruzamento de ervilheiras linhas puras para os dois caracteres conduz à formação de uma geração F1 cosntituída por caracteres dominantes,ou seja, todas as sementes da primeira geração são amarelas e lisas.
A geração F2 revelou- se heterogénia surgindo dois novos fenótipos.
Mendel conclui que os pares hereditários se comportam de uma forma independente, isto é, cada gâmeta recebe uma forma aleatória de alelos.
A junção aleatória dos quatro tipos de gâmetas (AL,Al,aL e al) origina dezasseis genótipos.
Através da analise da figura, concluímos que que existe uma proporção de 9:3:3:1
-9 amarelas e lisas;
- 3 amarelas e rugosas;
- 3 verdes e lisas;
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- 1 verde rugosa
Leis de Mendel
1º lei de Mendel ou lei da segregação factorial- durante a formação dos gâmetas, os factores separam- se, de tal forma que cada gâmeta contém apenas um factor de cada progenitor.
2ºlei de Mendel ou lei da segregação independente- durante a formação dos gâmetas, a segregação dos alelos de um gene é independente da segregação dos alelos de outro gene.
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Quem foi Thomas Morgan?
Thomas Hunt Morgan (1866-1945), foi um zoólogo e geneticista.
Em 1910, Morgan dava início a um conjunto de trabalhos de investigação que viriam a permitir alargar a teoria cromossómica da hereditariedade.
Devido ao seu trabalho, a Dropophila tornou-se num dos principais modelos animais que constituiram a àrea da genética.
Morgan recebeu o seu bacharelato da Universidade de Kentucky em 1886 e o seu mestrado em 1888. Recebeu o seu doutoramento da Universidade Johns Hopkins em 1890. Com o desenvolvimento da mosca-da-fruta, Morgan ficou interessado em hereditariedade.
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Material biológico utilizado por Morgan
A drosophila é um exelente material biológico para trabalhos exprimentais da genética porque apresentam um curto período de tempo(cerca de 12 dias) o que permite obtenção rapidamente de resultados, têem reduzidas dimensões, fácil identificação dos sexos, possuem caracteres de fácil observação e por fim, são portadores de um genótipo constituído por apenas 4 pares de cromossomas.
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Conhecimento cientifico de Morgan
Morgan embora tenha estudado história natural, zoologia, macromutação suas contribuições mais importantes foram destinadas à genética, na qual recebeu o prémio nobel de medicina em 1933, por provar que os cromossomas são portadores de genes.
Ligação factorial
Denominámos ligação factorial a um conjunto de genes de um determinado cromossoma.
Nem sempre os genes existentes no mesmo cromossoma actuam- se de forma indissociável, ou seja, quando produzidos os gâmetas, durante a meiose mais concretamente na prófaseI, muitas das vezes ocorre fenómenos de crossing-over, que permite a deslocação de genes entre cromossomas homólogos. Desta forma, pode existir combinações de genes que só seriam esperadas se os genes se encontrassem em cromossomas diferentes.
Os genes localizados no mesmo cromossoma não sofrem, geralmente, segregação independente na meiose. Ficam juntos nos mesmos gâmetas e, por isso, os fenótipos dos decendentes não seguem as proporções previstas por Mendel.
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Hereditariedade ligada ao sexo
Morgan teve como principal objectivo procurar as variações fenotípicas em Drosophila. Passado alguns anos, Morgan encontrou um macho com olhos brancos (tipo selvagem), em vez dos habituais vermelhos (tipo alternativo). Estas variações são designadas fenótipos mutantes.
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Com a análise da figura acima apresentada, podemos concluir que a geração F1
resultante do cruzamento directo revela uma uniformidade do fenótipo, relativamente à cor dos olhos, pois tanto machos como fêmeas apresentam olhos vermelhos.
Com a realização do cruzamento recíproco, em vez de dar origem uma geração F1 idêntica à do cruzamento directo, resultou numa descendência constituída por 50% de indivíduos portadores olhos vermelhos e outros 50% detentores de olhos brancos.
Então, podemos concluir, que o gene responsável pela cor dos olhos estaria localizado em cromossomas sexuais, mais concretamente, situado no cromossoma X.
Em suma, o alelo mutante é recessivo, logo as fêmeas necessitam de possuir este alelo em ambos os cromossomas X para terem olhos brancos.
Por outro lado, os machos apenas possuem um cromossoma X, e por isso, são portadores apenas de um alelo para características existentes nesse cromossoma. Por isso, os machos são hemizigóticos para características localizadas no cromossoma X.
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