A ajuda humanitária e as catástrofes naturais
Setembro 2010
Luisa NemésioWorkshop Cidades Resilientes
Em resposta a:
Catástrofes naturais
Conflitos armados
AJUDA HUMANITÁRIA DE EMERGÊNCIA
Para garantir às vítimas: O alívio do seu sofrimento A sua subsistência Os seus direitos fundamentais A sua dignidade O apoio ao processo de restruturação socioeconómica da comunidade e prepará-la para enfrentar possíveis desastres
AS CATÁSTROFES NATURAIS E AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
AS CATÁSTROFES NATURAIS E AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
As cheias quadruplicaram nas últimas décadas
O número de pessoas afectadas por catástrofes relacionadas com o clima triplicou:
Década de 80 - 121 milhões/ano
Actualmente - 243 milhões/ano
Previsão 2015 - 375 milhões/ano
A vulnerabilidade das pessoas às catástrofesnaturais está a aumentar com o fenómenode rápida urbanização dos PVDs
ALGUMAS CERTEZAS INDISCUTÍVEIS
As catástrofes naturais e humanas são uma ameaça crescente
Muitos países dependem fortemente da ajuda externa
As alterações climáticas passaram a ser um problema de todos e uma
responsabilidade de todos
50% da população mundial vive em cidades:
3,3 biliões população urbana
1/4 da população urbano mundial vive em bairros de lata nas regiões em
vias de desenvolvimento,
211 milhões em África
111 milhões na América Latina e Caraíbas,
504 milhões na Ásia
Distribuição mundial das catástrofes por tipo (1991-2005)
AS CATÁSTROFES NATURAIS E AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
Em 2009, ocorreram 245 desastres naturais;
O número total de pessoasafectadas foi de 58 milhões;
O prejuízo estimado foi de 19 biliões de dólares;
11 milhões de pessoas foramafectadas por cheias.
CATÁSTROFES NATURAIS EM IMAGENS
MOÇAMBIQUE (CHEIAS) - 2000
CATÁSTROFES NATURAIS EM IMAGENS
IRÃO (TERRAMOTO) - 2004
CATÁSTROFES NATURAIS EM IMAGENS
SRI LANKA (TSUNAMI) – 2004
CATÁSTROFES NATURAIS EM IMAGENS
BANGLADESH (CHEIAS) - 2009
CATÁSTROFES NATURAIS EM IMAGENS
INDONÉSIA (TERRAMOTO) - 2009
CATÁSTROFES NATURAIS EM IMAGENS
FILIPINAS (TUFÕES) - 2009
CATÁSTROFES NATURAIS EM IMAGENS
HAITI (TERRAMOTO) - 2010
As alterações climáticas são hoje um dos grandesproblemas e desafios no campo humanitário, em paralelo
com as guerras, a pobreza e a fome, influenciando-as e potenciando-as.
Os efeitos das catástrofes naturais na saúde são particularmente persistentes.
-
As ONGs desempenham um papel vital:
na prestação de socorro imediato, como também
na recuperação da vida normal da sociedade civil
no reforço de algumas funções do Estado.
OS CAMPOS DE DESLOCADOS E REFUGIADOS…
Ruanda, 1994
518
813
492
544 538
600570
652671
769
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
DG Financing Decisions 1998-2007
Amount in M€
Fonte: Relatório Anual da ECHO 2009
Missões AMI
Salvar vidas e aliviar o sofrimento de populações afectadas pelas crises,
intervindo ao nível da saúde.
Envio de Equipas expatriadas e Equipamento necessário
Norteada pelos 4 princípios humanitários: Independência, Humanidade, Imparcialidade e
Neutralidade.
Emergência
Carta Humanitária e Normas Mínimas de Resposta Humanitária em Situação de Desastre - Projecto Esfera (1997):
(Em revisão até fim de 2010)
melhorar a qualidade da assistência melhorar a capacidade de resposta a situações de desastre.
Para tal, são reconhecidas responsabilidades:
ao Estado na assistência às necessidades básicas das populações;
à Comunidade Internacional em assegurar os DH fundamentais e a assistência às vítimas;
às OHs em prestar ajuda às populações quando os respectivos Estados não o podem fazer.
Carta Humanitária e Normas Mínimas de Resposta Humanitária em Situação de Desastre - Projecto Esfera (1997):
Sectores –Chave de intervenção em ajuda humanitária
Abrigo e Planeamento dos Locais de alojamento
Água, Saneamento
Básico e promoção da higiene
Cuidados Médicos
Ajuda Alimentar, Nutrição e Segurança Alimentar
As Nações Unidas promoveram em 1980
“O Decénio da Água e do Saneamento” (1981-1991)
com o objectivo de garantir
o acesso à água para todos no ano 2000!
ÁGUA: UM DIREITO HUMANO
Dispor de água potável em quantidade suficiente é a primeira
preocupação das equipas humanitárias, em particular em situação
de emergência.
ÁGUA E ACÇÃO HUMANITÁRIA
Em média cada pessoa deve poder dispor de:
15 a 20 litros de água potável por dia
para beber, cozinhar e para a sua higiene pessoal.
Em condições de extrema urgência, o mínimo vital pode baixar para:
5 litros por dia e por pessoa
durante os dois ou três primeiros dias,
apenas para as necessidades vitais,
ou seja, beber.
Fornecer água potável significa, em primeiro lugar,
ENCONTRÁ-LA !
Proceder à eliminação de tudo o que pode
propagar as doenças!
Riscos ligados ao CONSUMO de águas contaminadas
Cólera
Febre tifóide
Febre Paratifóide
Disenteria
Diarreias infecciosas
Dracunculose
Riscos ligados a CONTACTO COM VECTORES cujo habitat é a água
Oncocercose - Febre amarela - Paludismo ou Malária - Tripanosomiase ou Doença do Sono
Riscos ligados ao CONTACTO DA EPIDERME com águas contaminadas
Hepatite viral A - Tétano - Bilharziose
O passo seguinte é o da sua distribuição e por isso
TORNÁ-LA ACESSÍVEL!
MELHORAR AS CONDIÇÕES DE HIGIENE
permite a luta contra a propagação das epidemias.
PREVER INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
adaptadas ao terreno, mas também à população que as vai
utilizar.
O ideal seria COLECTAR AS ÁGUAS SUJAS
através de um sistema de valas,
canalizando-as para um local de tratamento.
O objectivo é
EVITAR ÁGUAS ESTAGNADAS
Aplicações: O ciclo de Projecto
Evaluation
Programme
planning
AssessmentPreparedness
Impact
monitoring
Problem
analysis
www.sphereproject.org
www.ami.org.pt