JOSÉ LUIS MICHINEL
ELIANE SANTOS SOUZA
UFBA – FACED Disciplina: Análise de textos na
produção de resultados qualitativos (EDCC49-Tópico Especial)
SEMINÁRIO IX
POR PATRÍCIA SCHIPER
Orlandi, E. P. Sujeito, História, Linguagem. In: _____ Análise de
Discurso: princípios e procedimentos: 8ª ed. Campinas:
Pontes, 2009. p.23-55.
Quem é Eni de Lourdes Puccinelli Orlandi?
Patrícia Schiper – [email protected]
1988 – Pós-doutorado em Linguística pela
Universidade de Paris VII, França;
1997 – Pós-doutorado em Linguística pela
Universidade de Paris VII, França;
Atualmente:
Professora e coordenadora do mestrado
em Linguagem e Sociedade da
Universidade do Vale do Sapucaí;
Coordenadora do Laboratório de Estudos
Urbanos (Labeurb) da Unicamp;
Professora colaboradora do Instituto de
Estudo da Linguagem (IEL) da Unicamp;
Pesquisadora do CNPq;
Mais de 30 livros publicados.
São Carlos-SP;
1964 – Graduação em Letras pela Faculdade de
Filosofia, Ciência e Letras de Araraquara-SP;
1970 – Mestrado em Linguística pela USP-SP;
1976 – Doutorado em Linguística pela USP-SP
e pela Universidade de Paris/Vincennes,
França;
Análise do discurso: princípios e procedimentos
1ª ed. – 1990;
8ª ed. – 2009;
100 páginas.:Prefácio;I – O discurso;II – Sujeito, história, linguagem;III – Dispositivo de análise;Conclusões.
Patrícia Schiper – [email protected]
Patrícia Schiper – [email protected]
II – Sujeito, história, linguagem
1.A conjuntura intelectual;
2.Dispositivo de interpretação;
3.Um caso exemplar:
4.Condição de produção e interdiscurso;
5.Esquecimentos;
6.Paráfrase e polissemia;
7.Relações de força, relações de sentidos,
antecipação: formações imaginárias;
8.Formação discursiva;
9.Ideologia e sujeito;
10.O sujeito e sua forma histórica;
11.Incompletude: movimento, deslocamento e ruptura.
1. A conjuntura intelectual da AD:
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Linguística
Filosofia
Ciências Sociais
AD
A linguagem faz sentido porque se inscreve na história. p.25
1. A conjuntura intelectual da AD:
Trabalhar o sentido...
a)teoria da sintaxe e da enunciação;
b)teoria da ideologia;
c)teoria do discurso.
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2. Dispositivo de interpretação:
Fazer a distinção entre:
1) Inteligibilidade enunciado em língua
comum;
2) Interpretação co-texto e contexto
imediato;
3) Compreensão como os sentidos de
constituem.Patrícia Schiper – [email protected]
2. Dispositivo de interpretação:
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Dispositivo teórico de interpretação
(DIT)
DispositivoAnalítico (DA)
Analista Conceitos e
métodos
2. Dispositivo de interpretação:
O DTI tem o objetivo de mediar o movimento entre a descrição e a interpretação do analista e sustenta-se em princípios gerais da AD. Ele se mantém inalterado na construção de diferentes dispositivos analíticos. p.28
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2. Dispositivo de interpretação:
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DTI
≠DA
≠ Análises
Diferentes analistas elaboram diferentes
questões.
Um mesmo analista elabora diferentes
questões.
2. Dispositivo de interpretação:
A forma do dispositivo analítico
depende:
da questão posta pelo analista;
da natureza do material analisado;
da finalidade da análise.
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3.Um caso exemplar: Cromatografia política:
• Suspeita sobre algum candidato;
• Perigo, ameaça;
• Paráfrase;
• Posições revolucioná-rias;
• Vida, disposição de luta.
• A autora irá retomar a AD destas faixas ao longo do capítulo.
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VOTE SEM MEDO!
VOTE COM CORAGEM!
3. Um caso exemplar:
Os dizeres são efeitos de sentidos produzidos em condições determinadas e que estão presentes no modo como se diz, deixando vestígios que o analista tem de apreender. Esses sentidos tem a ver com o que é dito ali e em outros lugares, o que não é dito e o que poderia ser dito e não foi. p.30
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4. Condição de produção e interdiscurso:
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Sujeito
Situação
Contexto imediato
Contexto amplo
Memória
4. Condição de produção e interdiscurso:
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I N T R A D I S C U R S O
I Z
E R
4. Condição de produção e interdiscurso:
O dizer não é propriedade particular. As palavras não são nossas. p.32
Só podemos dizer (formular) se nos colocamos na perspectiva do dizível (interdiscurso e memória). p.33
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4. Condição de produção e interdiscurso:
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Interdiscurso Intertexto
• O interdiscurso é da ordem do saber discursivo, memória afetada pelo esquecimento, ao longo do dizer, enquanto o intertexto restringi-se à relação de um texto com outros textos. p.34
5. Esquecimentos:
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Esquecimento enunciativo
Esquecimento ideológico
Semi-consciente
Inconsciente
Ilusão referencial
sonho adâmico
Esquecimentos
estruturantes e
involuntários
5. Esquecimentos:
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Esquecimentos
estruturantes e
involuntários
A subordinação e o assujeitamento não são
percebidos
E são travestidos sob
a forma de AUTONOMIA
6. Paráfrase e polissemia:
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Paráfrase Polissemia
• Mesmo• Produtividade• Memória• Ideologia
• Diferente• Criatividade• Deslocamento• Ruptura• Equívoco
A incompletude é a condição da linguagem: nem os sujeitos, nem os sentidos, nem o discurso estão prontos e acabados. p.37
7. Relações de força, relações de sentidos, antecipação: formações imaginárias
Os sentidos resultam de relações: um discurso aponta para outros que o sustentam, assim como para dizeres futuros. p. 39
Todo sujeito tem a capacidade de se colocar no lugar em que seu interlocutor “ouve” suas palavras. Esse mecanismo regula a argumentação. p. 39
O lugar a partir do qual fala o sujeito é constitutivo do que ele diz. . p. 39
Não são os sujeitos físicos nem seus lugares empíricos que funcionam no discurso, mas suas imagens que resultam de projeções. p.40
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7. Relações de força, relações de sentidos, antecipação: formações imaginárias
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IMAGENS
É melhor orador aquele que mobiliza melhor o jogo de imagens na constituição dos sujeitos, esperando-os onde estão com as palavras que querem ouvir. p. 41-42
8. Formação discursiva:
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Conjuntura sócio-histórica
Formação ideológica
Formação discursiva
Palavra ganha sentido
A formação discursiva determina o que pode e deve ser dito.
O sentido não existe em si, não está na palavra, está na discursividade.
O estudo do discurso explicita a maneira como linguagem e ideologia se articulam e se afetam. p. 43
8. Formação discursiva:
As formações discursivas são constituídas pela contradição, são heterogêneas nelas mesmas e suas fronteiras são fluidas, configurando-se e reconfigurando-se continuamente em suas relações.
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8. Formação discursiva:
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metáfora
Figura de linguagem
Tomada de uma palavra por outra
Transferência
8. Formação discursiva:
O analista do discurso observa as condições de produção, verifica o funcionamento da memória e remete o dizer a uma formação discursiva (e não a outra) para compreender o sentido que ali está dito. p. 45
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9. Ideologia e sujeito:
Quando se interpreta já se está preso em um sentido. p. 26
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SENTIDO
Objeto simbólico
O que isto quer dizer?
9. Ideologia e sujeito:
A interpretação não é qualquer uma e é desigualmente distribuída na formação social. p.47
Os sentidos não se esgotam no imediato. Eles fazem efeitos diferentes para diferentes interlocutores. p.50
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9. Ideologia e sujeito:
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ideologia
Ideário Ocultaçã
o
Função da relação entre linguagem e
mundo
9. Ideologia e sujeito:
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Não há DISCURSO sem SUJEITO
Não há SUJEITO sem IDEOLOGIA
Não há REALIDADE sem IDEOLOGIA
10. O sujeito e sua forma histórica
A forma-sujeito histórica = sujeito livre e submisso.
Sujeito jurídico ou sujeito-de-direito (e deveres) moderno submissão menos visível que preserva a idéia de autonomia.
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11. Incompletude: movimento, deslocamento e ruptura:
A linguagem é incompleta.A linguagem não é transparente.
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