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Outubro 2011 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 15

2Região Nordeste

A atividade econômica da região Nordeste registrou moderação nos meses recentes, evolução expressa, entre outros indicadores, na dinâmica das vendas do comércio varejista, da criação de empregos formais e dos indicadores industriais. Nesse cenário, o IBCR-NE cresceu 0,3% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando se elevara 2,4%, no mesmo tipo de comparação, considerados dados dessazonalizados. A análise em doze meses indica que a expansão do indicador atingiu 6% em agosto, em relação a igual intervalo de 2010, ante 7,1% em maio.

As vendas varejistas no Nordeste1 cresceram 1% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando aumentaram 2,7%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PMC, do IBGE, ressaltando-se os aumentos nos segmentos livros, jornais, revistas e papelaria, 8,1%, e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 5,4%. O comércio ampliado cresceu 1,2% no trimestre, evolução associada às variações registradas nas vendas de material de construção, 2,5%, e de veículos, motos, partes e peças, -2,9%.

Considerados períodos de doze meses, o comércio varejista da região cresceu 9,7% em agosto, em relação a igual período de 2010, ante 10,5% em maio. Registraram-se aumentos nas vendas em todos os segmentos considerados na pesquisa, destacando-se os relativos a móveis e eletrodomésticos, 24,9%, e a livros, jornais, revistas e papelaria, 18,7%. Incorporadas as elevações respectivas de 12,1% e 4,7% nas vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o comércio ampliado da região registrou crescimento de 10,1%, no período.

A produção industrial do Nordeste decresceu 1% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao terminado

1/ Os dados relativos à região foram obtidos a partir da agregação do índice do volume de vendas de cada unidade da Federação, ponderados pela participação da variável receita bruta de revenda de cada unidade da Federação na receita bruta total da região, constante da Pesquisa Anual de Comércio do IBGE

Tabela 2.1 – Comércio varejista – Nordeste

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores 2010 2011

Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 12,3 2,7 1,0 9,7 Combustíveis e lubrificantes 6,3 1,6 2,8 6,3 Hiper e supermercados 10,4 2,7 1,5 4,7 Móveis e eletrodomésticos 21,5 0,9 2,8 24,9 Eq. e mat. p/esc., inf. e com. 13,9 -0,9 -1,2 1,5

Comércio ampliado 13,5 1,4 1,2 10,1 Automóveis e motocicletas 17,4 -0,8 -2,9 12,1 Material de construção 13,9 1,4 2,5 4,7

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

110

115

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125

130

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145

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Ago2008

Dez Abr2009

Ago Dez Abr2010

Ago Dez Abr2011

Ago

IBC-Br IBCR-NE 126

Gráfico 2.1 – Índice Regional de Atividade Econômica do Banco Central – Nordeste (IBCR-NE)Dados dessazonalizados2002 = 100

120

140

160

180

200

220

240

260

Ago2008

Dez Abr2009

Ago Dez Abr2010

Ago Dez Abr2011

Ago

Fonte: IBGEComércio varejista Comércio ampliado

Gráfico 2.2 – Comércio varejista – NordesteDados dessazonalizados2003 = 100

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em maio, quando se elevara 3,8%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PIM-PF, do IBGE. Esse movimento decorreu de retrações em oito das onze atividades pesquisadas, destacando-se as relativas às indústrias têxtil, 15,8%, e metalurgia básica, 4,8%.

A análise em doze meses revela que a indústria nordestina recuou 3,7% em agosto, em relação a igual intervalo de 2010 (0,4% em maio), registrando-se decréscimos nas indústrias extrativa, 0,3%, e de transformação, 3,9%.

O saldo das operações de crédito superiores a R$5 mil realizadas na região atingiu R$205 bilhões em agosto, elevando-se 6% no trimestre e 25,2% em doze meses. As operações contratadas no segmento de pessoas jurídicas – concentradas nas atividades química, geração e transmissão de energia, refino de petróleo e álcool e construção civil – somaram R$114 bilhões, com aumentos respectivos de 5,3% e 23,1% nas bases de comparação mencionadas. O estoque de crédito contratado no segmento de pessoas físicas, com ênfase nas modalidades crédito pessoal consignado, aquisição de veículos e financiamento imobiliário, atingiu R$91 bilhões, aumentando 7,7% no trimestre e 27,9% em doze meses.

A inadimplência dessas operações de crédito atingiu 3,40% em agosto, 0,02 p.p. acima do resultado de maio, reflexo de variações de 0,17 p.p. no segmento de pessoas físicas e de -0,11 p.p. no de pessoas jurídicas.

O superávit primário dos governos estaduais, das capitais e dos principais municípios do Nordeste atingiu R$4,9 bilhões no primeiro quadrimestre de 2011. O aumento de 120% em relação a igual período do ano anterior traduziu as elevações nos superávits dos governos estaduais, 67,1%, e das capitais, 116,5%, e a reversão, de déficit de R$602 milhões para superávit de R$20 milhões, no resultado dos demais municípios.

Os juros nominais, apropriados por competência, somaram R$1,5 bilhão, dos quais R$1,4 bilhão na esfera estadual, contribuindo para que o superávit nominal expandisse 296,7%, para R$3,4 bilhões, no período.

A dívida líquida dos estados, das capitais e dos principais municípios da região totalizou R$27,9 bilhões em abril de 2011, reduzindo-se 11,8% em relação a dezembro do ano anterior e passando a representar 6% da dívida de todos os estados, capitais e principais municípios do país, ante 6,7% em dezembro de 2010. As dívidas renegociadas/

0

10

20

30

40

50

Mai 2009

Ago Nov Fev 2010

Mai Ago Nov Fev 2011

Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 2.4 – Evolução do saldo das operações de crédito – Nordeste1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$5 mil.

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Ago2008

Dez Abr2009

Ago Dez Abr2010

Ago Dez Abr2011

Ago

Brasil Nordeste

Gráfico 2.3 – Produção industrial – NordesteDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2002 = 100

Fonte: IBGE

Tabela 2.2 – Produção industrial – NordesteGeral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2011

Mai2/ Ago2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 3,8 -1,0 -3,7

Indústria extrativa 7,7 -0,4 -0,9 -0,3

Indústria de transformação 91,9 5,0 -1,1 -3,9

Alimentação e bebidas 25,0 1,2 -2,6 2,4

Química 19,6 26,6 11,5 -10,6

Fonte: IBGE

1/ Ponderação da atividade na indústria geral, conforme a PIM-PF/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

Tabela 2.3 – Dívida líquida - Região Nordeste1/

ComposiçãoR$ milhões

Região Nordeste 2009 2010 2011

Dez Dez Abr

Dívida bancária 5 383 8 262 8 431

Renegociação2/ 25 147 25 303 25 205

Dívida externa 4 197 4 159 3 974

Outras dívidas junto à União 238 169 159

Dívida reestruturada 885 781 706

Disponibilidades líquidas -8 608 -7 051 -10 568

Total (A) 27 243 31 624 27 907

Brasil (B) 419 081 471 548 467 395

(A/B) (%) 6,5 6,7 6,0

1/ Inclui informações dos estados e de seus principais municípios. Dados

preliminares.

2/ Lei nº 8.727/1993, Lei nº 9.496/1997 e MP n° 2185/2000.

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reestruturadas com a União representaram 92,8% do endividamento líquido em abril de 2011, e as dívidas bancária e externa, 30,2% e 14,2%, respectivamente.

A safra de grãos do Nordeste deverá atingir 15,2 milhões de toneladas em 2011, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de setembro do IBGE. A estimativa de elevação anual de 29% reflete as projeções de acréscimos respectivos de 60,3%, 33% e 17,5% nas colheitas das três principais lavouras da região – caroço de algodão, milho e soja, que deverão responder, em conjunto, por 84,1% da produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas do Nordeste. Em relação às demais lavouras, projetam-se aumentos respectivos de 6,1% e 2,1% para as produções de cana-de-açúcar e de banana.

A balança comercial da região registrou déficit de US$3,7 bilhões nos nove primeiros meses do ano, ante US$952,3 milhões no período correspondente de 2010, de acordo com o MDIC. As exportações somaram US$13,5 bilhões e as importações, US$17,2 bilhões, elevando-se, na ordem, 16,7% e 37,3%.

O aumento das exportações, retratando variações de -8,8% no quantum e de 28% nos preços, refletiu as expansões assinaladas nas vendas em todas as categorias de fator agregado, com ênfase no crescimento de 26% nas relativas a produtos semimanufaturados, influenciado pelos acréscimos nos embarques de açúcar de cana em bruto, 40,8%, e de catodos de cobre, 83,5%. EUA, Argentina, China, Holanda e Alemanha adquiriram, em conjunto, 46,7% das vendas externas da região, no período.

A evolução das importações, decorrente de variações de 10,1% na quantidade importada e de 24,7% nos preços, resultou de elevações nas compras em todas as categorias de uso, com destaque para as relativas a combustíveis e lubrificantes, 54,7%, e a bens de consumo não duráveis, 43,4%. As importações provenientes dos EUA, Argentina, China, Índia e Chile representaram 48,6% do total adquirido pela região, no período.

Em relação ao mercado de trabalho, foram criados, de acordo com o Caged-MTE, 127 mil postos de trabalho na economia nordestina no trimestre encerrado em agosto de 2011, ante eliminação de 1,9 mil naquele finalizado em maio e geração de 147,6 mil em igual período do ano anterior, dos quais 34,6 mil na indústria de transformação, 30,9 mil no setor de serviços e 28,1 mil na agropecuária. A retração

Tabela 2.6 – Produção agrícola – Nordeste

Itens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção2/ Var. %

(%) 2010 2011 2011/2010

Produção de grãos 11 779 15 190 29,0

Soja 13,8 5 304 6 230 17,5

Milho 7,6 4 145 5 513 33,0

Feijão 4,5 597 900 50,7

Outras lavouras selecionadas

Cana-de-açúcar 17,1 69 255 73 485 6,1

Mandioca 6,7 8 127 8 209 1,0

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2009.

2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2011.

Tabela 2.7 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Nordeste Brasil

2010 2011 Var. % Var. %

Total 11 576 13 510 16,7 31,1

Básicos 3 408 3 647 7,0 40,5

Industrializados1/8 169 9 864 20,7 23,2

Semimanufaturados 3 204 4 037 26,0 35,3

Manufaturados1/4 965 5 827 17,4 19,0

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 2.5 – Necessidades de financiamento –

Região Nordeste1/

R$ milhões

UF

2010 2011 2010 2011

Jan-abr Jan-abr Jan-abr Jan-abr

Total -2 229 -4 902 1 362 1 463

Governos estaduais -2 523 -4 217 1 318 1 358

Capitais -307 -665 20 53

Demais municípios 602 -20 24 52

1/ Inclui informações dos estados e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 2.4 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Região Nordeste1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2010 Nominal Outros4/ 2011

Dez Primário Juros Total3/ Abr

Total 31 624 -4 902 1 463 -3 439 -277 27 907

Governos estaduais 30 370 -4 217 1 358 -2 859 -270 27 241

Capitais 563 -665 53 -612 -6 -56

Demais municípios 691 -20 52 32 -1 722

1/ Inclui inform. dos estados e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

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na geração de postos de trabalho na comparação interanual refletiu, em especial, o menor dinamismo da construção civil na região, responsável pela criação de 17 mil postos no trimestre finalizado em agosto deste ano, ante 31,2 mil em igual período de 2010.

O nível do emprego formal cresceu 1,1% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao terminado em maio, considerados dados dessazonalizados. Ocorreram aumentos em sete das oito atividades pesquisadas, com ênfase nos observados na indústria extrativa mineral, 1,9%, e na agropecuária, 1,6%.

A variação do IPCA da região Nordeste atingiu 1,12% no trimestre encerrado em setembro, ante 1,32% naquele finalizado em junho, movimento decorrente de desacelerações nos preços livres, de 1,27% para 1,08%, e nos monitorados, de 1,44% para 1,20%, esta evidenciando, em parte, o recuo de 0,42% no item produtos farmacêuticos.

No âmbito dos preços livres, ocorreu aumento, de 0,94% para 1,11%, na variação dos preços dos itens comercializáveis, ressaltando-se as elevações nos itens vestuário, 2,89%, e açúcares e derivados, 5,04%; e retração, de 1,62% para 1,06%, na relativa aos preços dos bens não comercializáveis, esta associada, em especial, ao recuo de 0,34% no item alimentação no domicílio. O índice de difusão atingiu 58,22% no trimestre encerrado em setembro, ante 58,56% naquele finalizado em junho.

O ritmo de crescimento da economia nordestina, embora registrasse moderação no início do segundo semestre, tende a superar o registrado em âmbito nacional. Essa perspectiva é sustentada pelo dinamismo do mercado interno da região que, evidenciando o desempenho do mercado de trabalho e o impacto dos programas de transferência de renda, favorece o consumo de bens de consumo de menor valor agregado, segmento mais relevante da indústria regional. Adicionalmente, ressaltem-se os efeitos dos investimentos públicos associados a programas dos governos federal e estaduais, bem como dos novos empreendimentos privados.

Tabela 2.8 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Nordeste Brasil

2010 2011 Var. % Var. %

Total 12 529 17 197 37,3 26,3

Bens de consumo 1 182 1 617 36,8 29,6

Duráveis 860 1 156 34,4 32,4

Não duráveis 321 461 43,4 25,7

Bens intermediários 6 025 8 284 37,5 25,2

Bens de capital 2 243 2 532 12,9 18,3

Combustíveis e lubrificantes 3 079 4 763 54,7 38,3

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 2.9 – Evolução do emprego formal – Nordeste

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2010 2011

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 147,6 196,4 -28,9 -1,9 127,0

Indústria de transformação 37,1 76,8 -25,7 -51,2 34,6

Serv. ind. de utilidade pública 0,9 0,5 0,8 1,1 1,6

Construção civil 31,2 23,5 -13,7 10,2 17,0

Comércio 15,3 48,0 7,5 6,9 13,8

Serviços 39,0 42,3 21,6 27,0 30,9

Agropecuária 21,7 4,2 -19,5 3,5 28,1

Outros2/ 2,4 1,0 -0,1 0,7 1,0

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outras.

Tabela 2.10 – IPCA – NordesteVariação %

Discriminação Pesos1/ 2011

I Tri II Tri III Tri 12 meses

IPCA 100,0 2,15 1,32 1,12 7,26

Livres 71,3 2,12 1,27 1,08 7,76

Comercializáveis 37,5 0,46 0,94 1,11 6,60

Não comercializáveis 33,8 3,97 1,62 1,06 9,04

Monitorados 28,7 2,20 1,44 1,20 6,02

Principais itens

Alimentação 25,8 1,82 0,81 0,51 9,36

Habitação 11,9 0,88 3,26 1,53 7,02

Artigos de residência 3,8 0,22 0,82 0,86 2,72

Vestuário 8,2 1,31 3,29 2,89 12,12

Transportes 16,6 3,15 -0,16 1,19 5,22

Saúde 12,4 1,23 1,79 0,76 4,86

Despesas pessoais 9,2 3,14 2,08 2,18 9,45

Educação 6,9 6,93 0,30 0,53 7,80

Comunicação 5,2 0,74 0,26 0,09 1,85

Fonte: IBGE

1/ Referentes a março de 2011.

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Bahia

O PIB do estado cresceu, segundo a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), 2,4% no trimestre encerrado em junho, em relação ao finalizado em março, quando havia recuado 0,8%, no mesmo tipo de comparação, segundo dados com ajuste sazonal. Ocorreram, no trimestre, variações respectivas de 14,4%, 1,6% e 1% na agropecuária, no setor de serviços e na indústria. A análise de períodos mais recentes revela, no entanto, moderação da atividade na economia baiana. Nesse sentido, o IBCR-BA, embora aumentasse 1,6% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao terminado em maio, registrou recuos mensais de 1% em julho e de 1,1% em agosto, considerados dados dessazonalizados.

As vendas varejistas da Bahia elevaram-se 2,5% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando haviam crescido 1,6%, no mesmo tipo de comparação, considerados dados dessazonalizados da PMC, do IBGE. Verificaram-se aumentos das vendas em seis dos oito segmentos considerados na pesquisa, com destaque para os referentes a livros, jornais, revistas e papelaria, 11%, e móveis e eletrodomésticos, 4%. O comércio ampliado, incorporando as variações nas vendas de material de construção, 0,5%, e de veículos, motos, partes e peças, -4,6%, registrou crescimento trimestral de 0,4%.

Considerados períodos de doze meses, as vendas varejistas aumentaram 9,3% em agosto, em relação a igual período de 2010, ante 8,7% em maio, ressaltando-se as elevações nos segmentos móveis e eletrodomésticos, 24,8%, e livros, jornais, revistas e papelaria, 16,3%, e o recuo de 23,6% nas vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicações. A expansão do comércio ampliado, incorporadas as variações nas vendas de veículos, motos, partes e peças, 8,2%, e de material de construção, 3,6%, atingiu 8,8% no período.

A produção industrial da Bahia aumentou 3,5% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao terminado em maio, quando crescera 5,2%, no mesmo tipo de comparação, segundo dados dessazonalizados da PIM-PF, do IBGE. Impactada pela redução na extração de petróleo, gás natural e magnésia, a indústria extrativa mineral recuou 2,1% no período, enquanto a indústria de transformação registrou aumento de 3,9%. Ressalte-se, nesse segmento, o aumento de 16,2% na indústria química, atividade de maior peso na estrutura estadual, e as retrações nas atividades metalurgia básica, 11,9%, e refino de petróleo e produção de álcool, 3,8%.

115

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Ago 2008

Dez Abr 2009

Ago Dez Abr 2010

Ago Dez Abr 2011

Ago

IBCR-BA IBC-Br

Gráfico 2.5 – Índice Regional de Atividade Econômica do Banco Central – Bahia (IBCR-BA)Dados dessazonalizados2002 = 100

140

150

160

170

180

190

200

210

Ago 2008

Dez Abr 2009

Ago Dez Abr 2010

Ago Dez Abr 2011

Ago

Fonte: IBGEComércio varejista Comércio ampliado

Gráfico 2.6– Comércio varejista – BahiaDados dessazonalizados2003 = 100

Tabela 2.11 – Comércio varejista – Bahia

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores

Fev1/ Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 1,8 1,6 2,5 9,3

Combustíveis e lubrificantes 0,1 2,1 3,5 7,1

Hiper, supermercados -2,5 3,7 1,3 2,7

Tecidos, vestuário e calçados 3,6 3,1 2,1 8,3

Móveis e eletrodomésticos 8,0 -0,3 4,0 24,8

Livros, jornais, revistas e papelaria 8,5 -2,1 11,0 16,3

Comércio ampliado 1,2 0,3 0,4 8,8

Automóveis e motocicletas 0,4 -3,4 -4,6 8,2

Material de construção -0,2 1,8 0,5 3,6

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

2011

130,17106,77

105

110

115

120

125

130

135

Ago 2008

Dez Abr 2009

Ago Dez Abr 2010

Ago Dez Abr 2011

Ago

Brasil Bahia

Gráfico 2.7 – Produção industrial – BahiaDados dessazonalizados – Média móvel trimestral 2002 = 100

Fonte: IBGE

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Considerados intervalos de doze meses, a indústria do estado recuou 3,6% em agosto, em relação a igual período de 2010. Ocorreram retrações em cinco dos nove segmentos pesquisados, destacando-se os relativos às indústrias química, 12,2%, e de metalurgia básica, 9,9%. A produção de alimentos e bebidas, em oposição ao observado nas demais atividades, segue em trajetória ascendente, acumulando crescimento de 11,3% em agosto, ante 10% em maio, no mesmo tipo de comparação.

O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (Iceb), calculado pela SEI, atingiu 123,4 pontos em agosto, ante 120,7 pontos em maio, mantendo-se, contudo, na zona de otimismo moderado.

As operações de crédito superiores a R$5 mil realizadas no estado totalizaram R$59 bilhões em agosto, elevando-se 7,2% no trimestre e 29,1% em doze meses. O estoque dos empréstimos contratados no segmento de pessoas jurídicas atingiu R$34,8 bilhões, aumentando 7,5% e 31%, respectivamente, nas mesmas bases de comparação, com ênfase nas operações direcionadas às indústrias química, de papel e papelão, e da construção civil; ao setor de energia elétrica; e ao comércio. As operações contratadas no segmento de pessoas físicas somaram R$24,3 bilhões, crescendo 6,9% no trimestre e 26,5% em doze meses, ressaltando-se o dinamismo das modalidades financiamento de veículos, financiamentos imobiliários e empréstimos consignados, que, em conjunto, representaram 60% do estoque de crédito no segmento.

A taxa de inadimplência dessas operações de crédito no estado situou-se em 3,46% em agosto, ante 3,40% em maio, refletindo as variações respectivas de 0,12 p.p e 0,02 p.p. registradas nas carteiras de pessoas físicas e de pessoas jurídicas, nas quais a inadimplência atingiu, na ordem, 5,10% e 2,36%.

O superávit primário do governo estadual e dos governos dos principais municípios somou R$843 milhões no primeiro quadrimestre do ano, registrando estabilidade em relação a igual período de 2010. O superávit do governo estadual recuou 28,7%, enquanto o resultado da capital passou de déficit de R$183 milhões para superávit de R$113 milhões, e o déficit dos demais municípios decresceu 27,6%.

Os juros nominais, apropriados por competência, totalizaram R$435 milhões, recuando 2,2% no período, contribuindo para que o superávit nominal atingisse R$408 milhões, ante R$398 milhões de janeiro a abril de 2010.

5

10

15

20

25

30

Mai2009

Ago Nov Fev2010

Mai Ago Nov Fev2011

Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 2.8 – Evolução do saldo das operações de crédito – Bahia1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$5 mil.

Tabela 2.13 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Bahia1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2010 Nominal Outros4/ 2011

Dez Primário Juros Total3/ Abr

Estado da Bahia 10 532 -843 435 -408 -106 10 018

Governo Estadual 8 671 -864 344 -521 -105 8 046

Capital 1 150 -113 55 -58 0 1 093

Demais Municípios 710 135 36 171 -1 880

1/ Inclui inform. do Estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 2.14 – Necessidades de financiamento –

Bahia1/

R$ milhões

UF

2010 2011 2010 2011

Jan-abr Jan-abr Jan-abr Jan-abr

Estado da Bahia -843 -843 445 435

Governo Estadual -1 212 -864 410 344

Capital 183 -113 21 55

Demais Municípios 186 135 13 36

1/ Inclui informações do Estados e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 2.12 – Produção industrial – BahiaGeral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ Acumulado

Mai2/ Ago2/ em 12 meses

Indústria geral 100,0 5,2 3,5 -3,6

Indústria extrativa 5,3 -1,2 -2,1 3,4

Indústria de transformação 94,7 5,6 3,9 -3,9

Produtos químicos 30,4 22,5 16,2 -12,2

Ref. petróleo e prod. álcool 23,8 6,7 -3,8 -3,1

Alimentos e bebidas 13,8 4,2 0,2 11,3

Fonte: IBGE

1/ Ponderação da atividade na Indústria Geral, conforme a PIM-PF/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

2011

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Outubro 2011 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 21

A dívida líquida do estado somou R$10 bilhões em abril, reduzindo-se 4,9% em relação a dezembro de 2010. Ocorreram reduções respectivas de 7,2% e 5% nas dívidas dos governos estadual e da capital, e aumento de 23,9% na esfera dos demais municípios.

A safra de grãos da Bahia deverá totalizar 7,7 milhões de toneladas em 2011, de acordo com o LSPA realizado pelo IBGE em setembro, totalizando 48,8% da produção nordestina. O aumento anual de 13% projetado para a produção agrícola do estado decorre de aumentos de 6,8% no rendimento médio e de 5,8% na área plantada, e reflete, em especial, as estimativas de elevações para as culturas de sorgo, 85,6%, e algodão herbáceo, 58,5%. Em relação às demais lavouras, ressaltam-se as variações projetadas para as produções de cana-de-açúcar, 31,5%, e de café, -13,7%, que refletiu o ciclo bianual de baixa produtividade da cultura e a redução de 8,4% na área do respectivo plantio.

O superávit comercial da Bahia totalizou US$2,3 bilhões nos nove primeiros meses do ano, aumentando 39,9% em relação a igual intervalo de 2010. As exportações somaram US$8,1 bilhões e as importações, US$5,8 bilhões, registrando elevações respectivas de 22,6% e 16,8% no período. O desempenho das vendas, decorrente de variações de 29,9% nos preços e -5,6% no quantum, refletiu, em especial, os aumentos nos embarques de produtos básicos, 42,7%, e de produtos industrializados, 17,6%, essas representando 76,7% na pauta do estado. Argentina, China e EUA adquiriram, em conjunto, 40,3% das exportações baianas, no período.

A e v o l u ç ã o d a s i m p o r t a ç õ e s , re f lexo de var iações de 20 ,8% nos preços e -3,3% na quantidade importada, foi impulsionada, em grande parte, pelos aumentos nas aquisições de bens intermediários, 27,6%, com ênfase nas compras de naftas e minérios de cobre, que responderam por 49,3% da categoria; e de bens de consumo, 25,9%, destacando-se as importações de automóveis, que responderam por 74,7% das aquisições na categoria. Argentina, Chile e Argélia foram os mercados de origem de 40,4% das compras externas baianas.

O mercado de trabalho formal do estado registrou a criação de 20,9 mil postos no trimestre finalizado em agosto, ante 23 mil em igual período de 2010. Essa redução refletiu, em parte, o menor dinamismo das atividades construção civil e serviços, responsáveis, em conjunto, por 7,2 mil contratações líquidas, ante 18,9 mil no período junho a

Tabela 2.15 – Produção agrícola – Bahia

Itens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Peso1/ Variação %

2010 20112/ 2011/2010

Grãos

Soja 16,6 3 113 3 515 12,9

Algodão herbáceo 9,1 996 1 579 58,5

Milho 7,0 2 223 2 094 -5,8

Feijão 3,4 307 241 -21,7

Outros grãos3/ 1,2 208 311 49,6

Outras lavouras

Cacau 6,9 149 155 3,6

Café 6,2 185 160 -13,7

Banana 6,1 1 079 1 153 6,8

Mandioca 5,9 3 211 3 359 4,6

Cana-de-açúcar 3,3 4 976 6 543 31,5

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2009.

2/ Segundo o LSPA de setembro de 2011.

3/ Amendoim, Arroz, Mamona, Sorgo

Produção

Tabela 2.16 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Bahia Brasil

2010 2011 Var. % Var. %

Total 6 628 8 127 22,6 31,1

Básicos 1 330 1 897 42,7 40,5

Industrializados 5 298 6 229 17,6 23,2

Semimanufaturados 1 921 2 328 21,2 35,3

Manufaturados1/ 3 377 3 901 15,5 19,0

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 2.17 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembroUS$ milhões

Discriminação Bahia Brasil

2010 2011 Var. % Var. %

Total 4 971 5 808 16,8 26,3

Bens de capital 886 782 -11,8 18,3

Bens intermediários 3 065 3 910 27,6 25,2

Bens de consumo 719 906 25,9 29,6

Duráveis 665 835 25,5 32,4

Não duráveis 54 71 30,8 25,7

Combustíveis e lubrificantes 300 210 -30,1 38,3

Fonte: MDIC/Secex

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22 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2011

agosto de 2010. Considerados dados dessazonalizados, o emprego formal cresceu 1,2% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando aumentara 1,1%, no mesmo tipo de comparação.

A taxa média de desemprego da Região Metropolitana de Salvador (RMS) atingiu 9,6% no trimestre finalizado em agosto, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, recuando 2,4 p.p. em relação a igual trimestre de 2010. O rendimento médio real recebido pelas pessoas ocupadas aumentou 3,7% no período. Considerados dados dessazonalizados, a taxa de desemprego recuou 0,8 p.p. em relação ao trimestre encerrado em maio, resultado de aumento de 1,3% na população ocupada e de 0,5% na População Economicamente Ativa (PEA).

O IPCA da RMS cresceu 1,44% no trimestre encerrado em setembro, ante 1,23% naquele finalizado em junho, resultado de acelerações nos preços livres, de 1,05% para 1,29%, e dos monitorados, de 1,64% para 1,77%, esta evidenciando, em especial, os aumentos nos itens passagens aéreas, 24,0%, e gasolina, 6,63%. A evolução dos preços livres traduziu a desaceleração, de 1,57% para 1,53%, nos preços dos bens não comercializáveis, influenciada, em parte, pela redução de 11,28% nos preços dos alimentos in natura, e a aceleração, de 0,54% para 1,06%, nos preços dos bens comercializáveis, com ênfase nos aumentos relacionados aos itens roupa masculina, 3,84%, e roupa feminina, 3,29%. O índice de difusão atingiu 61,9% no trimestre, recuando 9,8 p.p. em relação ao trimestre encerrado em julho.

Considerados períodos de doze meses, o IPCA variou 7,17% em setembro, ante 5,48% em junho, evolução decorrente de acelerações nos preços livres, de 5,91% para 7,02%, e nos monitorados, de 5,14% para 7,47%, esta influenciada pelo aumento de 13,92% na tarifa de água e esgoto.

A evolução dos principais indicadores da economia baiana indicou arrefecimento na atividade no decorrer do trimestre encerrado em agosto. Essa trajetória tende a ser revertida nos próximos meses, em cenário de concretização dos investimentos públicos e privados previstos, e de manutenção do dinamismo da demanda interna, influenciado pela manutenção dos programas de transferência de renda do governo federal e das condições favoráveis dos mercados de crédito e de trabalho.

Tabela 2.18 – Evolução do emprego formal – Bahia

Novos postos de trabalho

Discriminação 2010 2011

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 23,0 28,0 -6,7 25,1 20,9

Indústria de transformação 3,1 3,6 -3,0 2,9 4,8

Comércio 1,0 11,2 2,2 0,8 2,4

Serviços 9,7 12,0 3,6 6,8 8,7

Construção civil 9,2 4,1 -8,7 6,8 -1,5

Agropecuária -0,6 -3,6 -1,0 7,1 5,4

Serviço industrial de utilidade pública 0,2 0,2 0,1 0,2 0,8

Outros2/ 0,5 0,5 0,1 0,5 0,3

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outras.

8

9

10

11

12

13

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Fonte: IBGE2008 2009 2010 2011

Gráfico 2.9 – Taxa de desemprego aberto – RMS%

Tabela 2.19 – IPCA – SalvadorVariação % trimestral

Discriminação Pesos1/ 2010

Ano II Tri III Tri Ano

IPCA 100,0 6,21 1,23 1,44 4,72

Livres 70,0 6,75 1,05 1,29 4,19

Comercializáveis 34,8 6,66 0,54 1,06 1,33

Não comercializáveis 35,2 6,84 1,57 1,53 7,21

Monitorados 30,0 4,94 1,64 1,77 5,93

Principais itens

Alimentação 24,9 9,28 0,75 0,74 2,93

Habitação 10,8 5,11 5,25 1,87 7,69

Artigos de residência 3,7 2,15 0,90 0,91 2,39

Vestuário 8,6 10,02 1,99 2,44 5,10

Transportes 18,1 4,09 -0,81 2,02 5,07

Saúde 12,4 4,78 1,60 0,82 3,15

Despesas pessoais 9,6 6,03 2,52 3,38 8,53

Educação 7,0 7,88 0,02 0,21 7,67

Comunicação 4,9 0,24 -0,07 0,09 0,00

Fonte: IBGE

1/ Referentes a setembro de 2011.

2011

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Outubro 2011 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 23

Ceará

A atividade econômica no Ceará mostrou dinamismo no segundo trimestre do ano. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), dessazonalizados pelo Banco Central, o Produto Interno Bruto (PIB) do estado aumentou 1,2% em relação ao primeiro trimestre de 2011, quando crescera 3,3%, nessa mesma base de comparação. Na margem, houve moderação no início do segundo semestre, conforme evidenciado pelo desempenho do comércio varejista e da produção industrial. Nesse cenário, o IBCR-CE cresceu 0,3% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao terminado em maio, quando havia aumentado 2,9%, no mesmo tipo de comparação, considerados dados dessazonalizados. A análise em doze meses revela que o indicador cresceu 7,9% em agosto, em relação ao período correspondente de 2010, ante 8,8% em maio.

O comércio varejista do estado cresceu 1,4% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando havia aumentado 2,1%, na mesma base de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PMC do IBGE. Registraram-se, no período, aumentos nas vendas em sete dos nove segmentos considerados na pesquisa, com destaque para os referentes a artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 8,2%, e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, 4,6%. Incorporadas as reduções nas vendas de material de construção, 0,1%, e de veículos, motos, partes e peças, 2,3%, o comércio ampliado cearense apresentou elevação trimestral de 1%.

Considerados períodos de doze meses, as vendas varejistas do estado cresceram 10,7% em agosto, em relação a igual intervalo de 2010, com ênfase nos aumentos observados nos segmentos livros, jornais, revistas e papelaria, 34,5%, e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 21,2%. A expansão do comércio ampliado, refletindo as variações observadas nas vendas de veículos, motos, partes e peças, 17,8%, e de material de construção, 3,6%, atingiu 12,7% no período.

A atividade industrial cearense recuou 5,5% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando decrescera 1,3%, no mesmo tipo de comparação, considerados dados dessazonalizados da PIM-PF do IBGE. Ocorreram retrações em cinco das dez atividades pesquisadas, destacando-se as relativas às indústrias têxtil, 11,2%, e de alimentos e bebidas, 5,4%. A

120

130

140

150

160

Ago2008

Dez Abr2009

Ago Dez Abr2010

Ago Dez Abr2011

Ago

IBC-Br IBCR-CE

Gráfico 2.10 – Índice Regional de Atividade Econômica do Banco Central – Ceará (IBCR-CE)Dados dessazonalizados – Média móvel trimestral2002 = 100

160

180

200

220

240

260

280

Ago2008

Dez Abr2009

Ago Dez Abr2010

Ago Dez Abr2011

Ago

Comércio varejista Comércio ampliadoFonte: IBGE

Gráfico 2.11 – Comércio varejista – CearáDados dessazonalizados2003 = 100

Tabela 2.20 – Comércio varejista – Ceará

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores 2010 2011

Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 14,0 2,1 1,4 10,7

Combustíveis e lubrificantes 3,5 -0,9 2,0 -1,2

Hiper e supermercados 18,7 2,3 1,5 12,2

Móveis e eletrodomésticos 17,0 14,0 -5,5 15,6

Livros, jornais, revistas e papelaria 30,1 6,8 1,6 34,5

Comércio ampliado 17,1 2,2 1,0 12,7

Automóveis e motocicletas 23,6 0,3 -2,3 17,8

Material de construção 12,0 1,1 -0,1 3,6

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

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24 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2011

análise de doze meses revela que a indústria cearense recuou 10,3% em agosto, em relação a igual intervalo de 2010, ante retração de 2,7% em maio.

O faturamento real da indústria de transformação decresceu 2,2% no período de doze meses encerrado em agosto, em relação a igual intervalo de 2010, ante expansão de 1,8% em maio, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Indi) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Na mesma base de comparação, ocorreram reduções na remuneração real, 2,2%; no pessoal empregado, 3,4%; e nas horas trabalhadas, 6,4%. O Nuci médio atingiu 85,1% em agosto, ante 85,8% em maio e 88,3% em igual período do ano anterior.

O saldo das operações de crédito superiores a R$5 mil atingiu R$30 bilhões em agosto, registrando expansão de 5,4% no trimestre e de 26,4% em doze meses. Desse total, R$18 bilhões ocorreram no segmento de pessoas jurídicas, com expansões respectivas de 3,9% e 25,3% nos períodos considerados, destacando-se os recursos direcionados à geração e distribuição de energia, à indústria da moda e ao comércio. As operações contratadas no segmento de pessoas físicas somaram R$12 bilhões, elevando-se 7,7% no trimestre e 27,9% na comparação anual, com ênfase nas modalidades crédito consignado, financiamento de automóveis e crédito habitacional. A inadimplência destas operações atingiu 3,44% em agosto, ante 3,4% em maio, registrando-se variações de 0,11 p.p. no segmento de pessoas físicas e de -0,04 p.p. no de pessoas jurídicas.

Os governos do estado, da capital e dos principais municípios do Ceará registraram superávit primário de R$1 bilhão no primeiro quadrimestre de 2011, ante R$474 milhões em igual período de 2010. O crescimento de 118% refletiu o aumento de 107,6% no resultado do governo estadual, a retração de 14,5% no superávit da capital e a reversão, de déficit de R$92 milhões para superávit de R$97 milhões, na esfera dos demais municípios.

Os juros nominais, apropriados por competência, totalizaram R$95,8 milhões, recuando 0,5% em relação ao primeiro quadrimestre de 2010. O superávit nominal totalizou R$937 milhões, aumentando 148,3% no período.

A dívida líquida do estado atingiu R$0,9 bilhão em abril. A redução de 53% em relação a dezembro de 2010 evidenciou o recuo de 36,7% registrado na esfera estadual e os aumentos respectivos de 226,3% e 189% assinalados nas posições credoras dos governos da capital e dos principais municípios.

100

105

110

115

120

125

130

135

Ago2008

Dez Abr2009

Ago Dez Abr2010

Ago Dez Abr2011

Ago

Brasil Ceará

Gráfico 2.12 – Produção industrial – CearáDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2002 = 100

Fonte: IBGE

5

15

25

35

45

Mai 2009

Ago Nov Fev 2010

Mai Ago Nov Fev 2011

Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 2.13 – Evolução do saldo das operações de crédito – Ceará1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$5 mil.

Tabela 2.21– Produção industrial – Ceará

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores Pesos1/ 2011

Mai2/ Ago2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 -1,3 -5,5 -10,3 Alimentação e bebidas 31,0 -4,2 -5,4 -2,4 Têxtil 20,5 0,1 -11,2 -20,9 Calçados e artigos de couro 15,8 -6,4 -9,1 -19,9 Química 10,1 12,0 4,3 3,6 Refino de petróleo e álcool 5,0 -23,1 36,4 -17,6 Vestuário e acessórios 5,1 -2,3 -5,4 -12,5

Fonte: IBGE

1/ Ponderação da atividade na indústria geral, conforme a PIM-PF/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

Tabela 2.22 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento do Estado do Ceará e seus principais

municípios1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2010 Nominal Outros4/ 2011

Dez Primário Juros Total3/ Abr

Est. do Ceará 1 931 -1 033 96 -937 -86 908

Governo Estadual 2 056 -769 95 -673 -80 1 302

Capital -76 -167 0 -167 -5 -248

Demais Municípios -49 -97 0 -97 0 -146

1/ Inclui inform. do Estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

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Outubro 2011 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 25

A safra de grãos do estado deverá totalizar 1,3 milhão de toneladas em 2011, de acordo com o LSPA de setembro do IBGE. A expansão anual de 290,1%, em cenário de acréscimos nas áreas de plantio e nos rendimentos médios, incorpora estimativas de crescimentos para as colheitas de milho, 421%; feijão, 219%; e arroz, 48,8%. Em relação às demais culturas, estão projetadas elevações para as safras de castanha-de-caju, 301,9%; mandioca, 35,9%; e banana, 11,4%, e retração de 7,3% para a relativa a abacaxi.

A balança comercial do estado registrou, de acordo com o MDIC, déficit de US$710 milhões nos nove primeiros meses do ano, ante US$502 milhões em igual período de 2010. As exportações totalizaram US$1.024 milhões e as importações, US$1.733 milhões, registrando crescimentos respectivos de 12,3% e 22,6%.

A elevação das exportações decorreu de variações de 27,7% nos preços e -12,1% no quantum, ressaltando-se o aumento de 28,1% nos embarques de produtos básicos, e o acréscimo de 325% nos relativos a minérios de ferro e seus concentrados e as vendas de óleos brutos de petróleo, que, sem correspondência no mesmo período de 2010, totalizaram US$77,4 milhões. O desempenho das importações, refletindo aumentos de 6,4% nos preços e de 15,2% no quantum, foi impactado, principalmente, pela expansão de 51,3% nas aquisições de bens de consumo duráveis.

O mercado de trabalho formal do estado registrou, de acordo com estatísticas do Caged-MTE, a criação de 19,9 mil postos no trimestre encerrado em agosto, ante 26,6 mil em igual período de 2010, dos quais 6,3 mil no setor de serviços, 4 mil no comércio e 3,8 mil na construção civil. A redução no saldo de novas vagas no período refletiu, em especial, o desempenho da indústria de transformação, responsável pela criação de 2,7 mil vagas, ante 6,8 mil no trimestre finalizado em agosto de 2010.

Considerados dados dessazonalizados, o nível de emprego formal cresceu 1,1% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, registrando-se aumentos em cinco das oito atividades pesquisadas, com destaque para os relacionados às atividades extrativa mineral, 2,2%, e comércio, 2,1%.

O IPCA da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) cresceu 1,06% no trimestre encerrado em setembro, ante 1,15% naquele finalizado em junho. A variação dos preços livres passou de 1,26% para 1,27%, enquanto a relativa aos monitorados recuou de 0,86% para 0,56%, esta

Tabela 2.23 – Necessidades de financiamento do Estado

do Ceará e seus principais municípios1/

R$ milhões

UF

2010 2011 2010 2011

Jan-Abr Jan-Abr Jan-Abr Jan-Abr

Estado do Ceará -474 -1 033 96 96

Governo Estadual -370 -769 98 95

Capital -196 -167 -2 0

Demais Municípios 92 -97 1 0

1/ Inclui informações do Estados e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 2.24 – Produção agrícola – Ceará

Itens selecionadosEm mil toneladas

Discriminação Peso1/ Produção2/ Var. %

(%) 2010 2011 2011/2010

Produção de grãos 335 1 307 290,1

Feijão 11,83 83 265 218,7

Milho 14,00 175 911 421,0

Arroz (em casca) 3,83 64 95 48,8

Outras lavouras selecionadas

Banana 12,31 445 496 11,4

Mandioca 7,23 621 844 35,9

Abacaxi (mil frutos) 1,38 11 11 -7,3

Castanha-de-caju 6,03 40 159 301,9

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2009.

2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2011.

Tabela 2.26 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembroUS$ milhões

Discriminação Ceará Brasil

2010 2011 Var. % Var. %

Total 1 413 1 733 22,6 26,3

Bens de consumo 72 108 49,3 29,6

Duráveis 36 55 51,3 32,4

Não duráveis 36 53 47,3 25,7

Bens intermediários 945 1 072 13,4 25,2

Bens de capital 292 409 40,1 18,3

Combustíveis e lubrificantes 104 145 39,0 38,3

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 2.25 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-setembroUS$ milhões

Discriminação Ceará Brasil

2010 2011 Var. % Var. %

Total 912 1 024 12,3 31,1

Básicos 260 333 28,1 40,5

Industrializados1/ 652 691 5,9 23,2

Semimanufaturados 165 202 22,3 35,3

Manufaturados1/ 486 488 0,4 19,0

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

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26 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2011

refletindo, em parte, as retrações nos itens gasolina, 1,49%, e produtos farmacêuticos, 0,66%.

A trajetória dos preços livres decorreu de aceleração, de 1,24% para 1,32%, nos preços dos itens comercializáveis, com ênfase nos aumentos nos itens vestuário, 3,53%; carnes, 2,19%; e móveis e utensílios, 1,78%; e de desaceleração, de 1,28% para 1,19%, nos preços dos itens não comercializáveis, favorecida pelas retrações respectivas de 29,01% e 0,65% nos itens tubérculos, raízes e legumes, e veículo próprio. O índice de difusão, indicando maior dispersão dos aumentos do IPCA da RMF, atingiu 58,9% no trimestre encerrado em setembro, ante 57,2% naquele finalizado em junho.

A análise em doze meses revela que o IPCA da RMF variou 7,78% em setembro, em relação a igual intervalo de 2010, ante 7,17% em junho. Esta elevação refletiu as acelerações experimentadas pelos preços livres, de 8,56% para 9,37%, e dos monitorados, de 3,67% para 3,80%.

As perspectivas em relação à evolução de atividade econômica no estado nos próximos meses seguem favoráveis, em ambiente de continuidade do dinamismo da agropecuária e das atividades construção civil e comércio varejista.

Tabela 2.27 – Evolução do emprego formal – Ceará

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2010 2011

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 26,6 22,8 4,5 8,6 19,9

Indústria de transformação 6,8 3,4 -3,1 -0,9 2,7

Serv. ind. de utilidade pública 0,1 0,1 0,0 0,1 0,0

Construção civil 4,7 1,2 -0,2 1,0 3,8

Comércio 3,3 8,6 2,5 1,9 4,0

Serviços 8,4 8,3 7,6 6,7 6,3

Agropecuária 2,1 1,1 -2,0 -0,3 2,9

Outros2/ 1,2 0,1 -0,2 0,2 0,2

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outras.

Tabela 2.28 – IPCA – FortalezaVariação %

Discriminação Pesos1/ 2011

I Tri I Tri III Tri 12 m

IPCA 100,0 2,38 1,15 1,06 7,78

Livres 72,2 2,57 1,26 1,27 9,37

Comercializáveis 38,1 1,40 1,24 1,32 9,10

Não comercializáveis 34,1 3,91 1,28 1,19 9,70

Monitorados 27,8 1,90 0,86 0,56 3,80

Principais itens

Alimentação 25,8 2,53 -0,19 0,73 10,74

Habitação 13,5 1,14 0,44 0,76 3,69

Artigos de residência 3,3 -0,84 1,48 1,13 1,77

Vestuário 8,6 3,77 5,67 3,53 20,91

Transportes 15,7 3,20 1,04 0,27 3,69

Saúde 12,1 1,94 1,97 0,65 5,69

Despesas pessoais 8,8 2,69 1,78 2,19 9,95

Educação 7,1 6,12 1,25 1,27 8,81

Comunicação 5,1 0,43 0,34 0,32 1,38

Fonte: IBGE

1/ Referentes a março de 2011

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Outubro 2011 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 27

Pernambuco

O PIB pernambucano aumentou 0,6% no trimestre encerrado em junho, em relação ao terminado em março, quando se elevou 1,6%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem). O arrefecimento refletiu, em especial, o recuo de 19% na agropecuária, influenciado por efeitos de adversidades meteorológicas que atingiram a safra da cana-de-açúcar. O setor de serviços, que responde por cerca de 70% do PIB do estado, cresceu 1,2% e o setor industrial, impulsionado pela construção civil, 2,4%. Dados mais recentes apontam aceleração da atividade, expressa na elevação trimestral 1,6% registrada pelo Índice de IBCR-PE em agosto.

As vendas varejistas elevaram-se 2,5% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quanto aumentaram 2,1%, neste tipo de análise, de acordo com dados dessazonalizados da PMC do IBGE, ante expansão de 1,4% em âmbito nacional. As expansões mais significativas ocorreram nos segmentos combustíveis e lubrificantes, 2,7%, e hipermercados e supermercados, 2%, e a única retração nas vendas de tecidos, vestuário e calçados, 1,2%. O comércio varejista ampliado, evidenciando as variações respectivas de -1,9% e 8,2% nas vendas de veículos, motos, partes e peças, e de materiais de construção, registrou crescimento de 5,1% no trimestre. Considerados períodos de doze meses, o comércio varejista e o comércio ampliado do estado assinalaram aumentos respectivos de 8,9% e 9,4% em agosto, em relação a igual intervalo de 2010, ante 9,6% e 10,5% em maio.

O Índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados (IFZ) aumentou 8,6% no trimestre encerrado em setembro de 2011, em relação ao finalizado em junho, ante crescimento de 5,8% no país2. Os indicadores registraram elevações respectivas de 30,4% e 29,4% em relação a igual período do ano anterior.

A produção industrial no estado cresceu 4,1% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando aumentara 2,2%, nesse tipo de comparação, segundo dados dessazonalizados da PIM-PF do IBGE, ressaltando-se as elevações nas indústrias química, 12%, e de alimentos e bebidas, 7,5%, e as retrações nas atividades produtos de metal, 7,9%, e borracha e plástico,

2/ A pesquisa abrange São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Recife, Salvador e Fortaleza. Para maiores detalhes da metodologia da pesquisa, vide o boxe Índice de Preço dos Imóveis: Metodologia e Aplicação à Economia Brasileira, publicado no Relatório de Inflação de março de 2011.

100

106

112

118

124

130

136

1

Brasil

Sul

Fonte: IBGE1/ Dados dessazonalizados

Comércio Varejista – Sul

115

120

125

130

135

140

145

Nov 2008

Fev2009

Mai Ago Nov Fev2010

Mai Ago Nov Fev 2011

Mai Ago

IBC-BR IBCR-PEFonte: IBGE

Gráfico 2.14 – Índice de Atividade EconômicaBrasil e PernambucoDados dessazonalizados2002 = 100

100

106

112

118

124

130

136

1

Brasil

Sul

Fonte: IBGE1/ Dados dessazonalizados

Comércio Varejista – Sul

130

140

150

160

170

180

190

200

210

220

Ago 2008

Nov Fev2009

Mai Ago Nov Fev2010

Mai Ago Nov Fev 2011

Mai Ago

Comércio varejista Comércio ampliado

Fonte: IBGE

Gráfico 2.15 – Comércio varejista – PernambucoDados dessazonalizados2003 = 100

Tabela 2.29 – Comércio varejista – Pernambuco

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores 2011

Fev1/ Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 1,1 2,1 2,5 8,9

Combustíveis e lubrificantes 2,7 5,2 2,7 11,2

Hiper, supermercados -4,8 2,2 2,0 -0,1

Tecidos, vestuário e calçados 2,0 4,8 -1,2 14,3

Móveis e eletrodomésticos 12,2 1,6 1,7 33,0

Comércio ampliado 3,1 -4,2 5,1 9,4

Automóveis e motocicletas 1,1 -1,3 -1,9 10,4

Material de construção 3,7 -3,9 8,2 8,0

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

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28 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2011

6,1%. Considerados períodos de doze meses, a indústria pernambucana recuou 0,7% em agosto, em relação a igual período de 2010, ante crescimento de 1% em maio, refletindo, em especial o desempenho negativo registrados, nos primeiros meses do ano, nos segmentos metalurgia básica e alimentos e bebidas, este associado à quebra da safra de cana-de-açúcar.

As operações de crédito superiores a R$5 mil realizadas no estado totalizaram R$47,9 bilhões em agosto, elevando-se 20% em doze meses e 5,6% no trimestre. O saldo atingiu R$15,7 bilhões no segmento de pessoas físicas, elevando-se, na ordem, 27,6% e 6,5% nas bases de comparação mencionadas, e R$32,2 bilhões no referente a pessoas jurídicas, aumentando 16,6% e 5,2%, respectivamente. A taxa de inadimplência dessas operações atingiu 2,61% em agosto, ante 2,48% em maio, refletindo elevações de 0,28 p.p., para 5,14%, no segmento de pessoas físicas e de 0,05 p.p., para 1,42%, no de pessoas jurídicas.

Os governos do estado e dos principais municípios de Pernambuco registraram superávit primário de R$766 milhões nos quatro primeiros meses de 2011 ante R$476 milhões em igual período de 2010. Ressalte-se a elevação, de R$382 milhões para R$615 milhões, no resultado do governo estadual, favorecido pelos aumentos de 22% nas receitas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e de 33% nas transferências do Fundo de Participação dos Estados (FPE). As despesas aumentaram 14% no período, com ênfase na expansão de 24% nas transferências constitucionais e legais.

Os juros nominais, apropriados por competência, totalizaram R$175 milhões no quadrimestre, e o superávit nominal, R$592 milhões. A dívida líquida atingiu R$2,7 bilhões em abril, recuando 18,4% em relação a dezembro de 2010.

A produção de grãos do estado – milho, feijão e arroz – deverá totalizar 314 mil toneladas em 2011, de acordo com o LSPA divulgado pelo IBGE em setembro, ante 150 mil toneladas em 2010. Em relação às demais lavouras, estão estimados aumento anual de 17% para a colheita recorde de uva, ressaltando-se a elevação de 15% produtividade da safra, e retrações respectivas de 6,1% e 50,4% paras as culturas de cana-de-açúcar e de mandioca.

O déficit comercial do estado atingiu US$3 bilhões nos primeiros nove meses de 2011, aumentando, de acordo

0

10

20

30

40

Out 2010

Nov Dez Jan Fev 2011

Mar Abr Mai Jun Jul Ago

PF PJ Total

Gráfico 2.16 – Evolução do saldo das operações de crédito – Pernambuco1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$5 mil.

Tabela 2.31 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Pernambuco1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2010 Nominal Outros4/ 2011

Dez Primário Juros Total3/ Abr

Est. Pernambuco 3 366 -766 175 -592 -28 2 746

Governo Estadual 3 315 -615 174 -441 -27 2 847

Capital 202 -115 -0 -116 -0 85

Demais Municípios -151 -36 1 -35 0 -186

1/ Inclui inform. do Estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário. 4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 2.32 – Necessidades de financiamento –

Pernambuco1/

R$ milhões

UF

2010 2011 2010 2011

Jan-Abr Jan-Abr Jan-Abr Jan-Abr

Estado de Pernambuco -476 -766 167 175

Governo Estadual -382 -615 168 174

Capital -105 -115 -1 -0

Demais Municípios 10 -36 -0 1

1/ Inclui informações do Estados e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 2.30 – Produção industrial – Pernambuco

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores Pesos1/ 2011

Mai2/ Ago2/ Acum.

12 meses

Indústria geral 100,0 2,2 4,1 -0,7

Alimentação e bebidas 36,6 3,7 7,5 -4,3

Metalurgia básica 16,2 7,7 3,5 -10,8

Química 15,2 3,7 12,0 3,6

Minerais não metálicos 7,8 11,6 2,6 5,2

Fonte: IBGE

1/ Ponderação da atividade na indústria geral, conforme a PIM-PF/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

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Outubro 2011 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 29

com dados do MDIC, 124,6% em relação a igual período de 2010. As exportações somaram US$690 milhões e as importações, US$3,7 bilhões, elevando-se 0,3% e 67,3%, respectivamente.

O desempenho das exportações decorreu de variações de 23,7% nos preços e de -19,2% no quantum. Os embarques de manufaturados aumentaram 8,6% e o de bens básicos 5,1%, contrastando com o recuo de 17,7% nas vendas de bens semimanufaturados, influenciado, principalmente, pelas reduções nas exportações de açúcar em bruto, 10,4%, e de borracha sintética, 59%.

A expansão das importações evidenciando elevações de 15,9% nos preços e de 44% no quantum, decorreu de aumentos nas compras em todas as categorias de uso. As aquisições de bens intermediários, representando cerca de 50% do total importado no período, cresceram 47,1%, ressaltando-se as compras de insumos para a produção de resina Politereftalato de etileno (PET) e de álcool. Adicionalmente, as compras de combustíveis e lubrificantes aumentaram 125,6% e as de bens de capital, 77,3%, com destaque para o aumento de 95,1% nas relativas a maquinaria industrial.

A economia do estado gerou 38 mil empregos formais no trimestre encerrado em agosto, ante 44,3 mil em igual período do ano anterior, de acordo com o Caged-MTE. A redução decorreu, principalmente, do pior desempenho da construção civil e do setor de serviços, responsáveis, em conjunto, pela criação de 13 mil vagas, ante 19,7 mil no trimestre finalizado em agosto de 2010. O nível de emprego formal cresceu 1,5% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao terminado em maio, considerados dados dessazonalizados.

A taxa média de desemprego na Região Metropolitana do Recife (RMR) atingiu, de acordo com a PME do IBGE, 6,4% no trimestre finalizado em agosto, menor taxa desde o início da pesquisa, em março de 2002. A redução de 2,8 p.p., em relação a igual período de 2010, refletiu os aumentos de 4,9% na População Ocupada (PO) – que se elevou 2,2% no país – e de 1,7% na PEA. O rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores registrou estabilidade no trimestre mesmo período. Considerados dados dessazonalizados, a taxa de desemprego da RMR recuou 1 p.p. em relação ao trimestre finalizado em maior.

O IPCA da RMR cresceu 0,65% no trimestre encerrado em setembro, ante 1,63% naquele finalizado em

Tabela 2.33 – Produção agrícola – Pernambuco

Itens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Peso1/ Produção2/ Variação %

2010 20111/ 2011/2010

Grãos

Feijão 4,3 62 119 91,7

Milho 1,0 70 183 161,8

Outras lavouras

Cana-de-açúcar 44,3 19 709 18 512 -6,1

Uva 18,8 178 209 17,4

Banana 7,2 517 470 -9,2

Mandioca 4,5 815 404 -50,4

Tomate 3,7 135,5 98,2 -27,6

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2010

2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2011.

Tabela 2.34 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Pernambuco Brasil

2010 2011 Var. % Var. %

Total 688 690 0,3 31,1

Básicos 65 68 5,1 40,5

Industrializados 624 622 -0,2 23,2

Semimanufaturados 210 173 -17,7 35,3

Manufaturados1/ 414 449 8,6 19,0

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 2.35 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Pernambuco Brasil

2010 2011 Var. % Var. %

Total 2 214 3 702 67,3 26,3

Bens de consumo 280 450 60,7 29,6

Duráveis 123 219 77,8 32,4

Não duráveis 157 231 47,3 25,7

Bens intermediários 1 148 1 690 47,1 25,2

Bens de capital 433 767 77,3 18,3

Combustíveis e lubrificantes 353 796 125,6 38,3

Fonte: MDIC/Secex

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30 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2011

junho, reflexo de desacelerações nos preços livres, de 1,62% para 0,59%, e dos monitorados, de 1,65% para 0,81%, esta evidenciando as reduções nos itens produtos farmacêuticos, 1,1%, e gasolina, 0,7%. A redução na variação dos preços livres resultou de desacelerações nos preços dos bens não comercializáveis, – com ênfase nos aumentos nos itens alimentação fora do domicílio, 3,11%, e aluguel residencial, 2,88%, neutralizados, em parte, pelos recuos nos relativos a tubérculos, raízes e legumes, 23,99%, e hortaliças e verduras, 32,47% – e dos bens comercializáveis, de 1,26% para 1,01%, destacando-se as elevações nos itens vestuário, 3,04%, e bebidas e infusões, 2,22%, parcialmente compensadas pela retração de 1,51% nos preços de automóveis novos. O índice de difusão, sinalizando maior propagação dos aumentos de preços na RMR, atingiu 65,45% no trimestre finalizado em setembro, ante 63,35% naquele terminado em junho.

Considerados períodos de doze meses, o IPCA da RMR variou 6,99% em setembro, ante 7,31% no país e 6,08% em junho. Os preços livres cresceram 6,85%, refletindo, principalmente, os aumentos nos grupos vestuário, 11,09%, e alimentação e bebida, 8,88%, e os preços monitorados elevaram-se 7,35%, destacando-se os acréscimos nos itens tarifas de ônibus urbanos, 8,13%; planos de saúde, 7,62%; e energia elétrica residencial, 8,64%.

A evolução, na margem, dos principais indicadores econômicos do estado revela atividade robusta, expressa no desempenho das vendas no varejo, da produção industrial e do mercado de trabalho. Nesse ambiente, persiste a perspectiva de que a economia pernambucana registre expansão mais acentuada, em 2011, do que a observada em âmbito nacional.

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

6

7

8

9

10

11

12

13

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2008 2009 2010 2011

Gráfico 2.17 – Taxa de desemprego aberto – Recife%

Fonte: IBGE

Tabela 2.36 – Evolução do emprego formal – Pernambuco

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2010 2011

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 44,3 61,4 -8,5 0,7 38,0

Indústria de transformação 11,2 28,8 -10,4 -14,8 12,7

Comércio 2,6 10,0 0,2 2,1 3,0

Serviços 9,9 12,4 6,3 7,9 6,5

Construção civil 9,9 10,8 2,3 3,5 6,5

Agropecuária 10,4 -0,7 -7,3 1,1 8,8

Serv. ind. de util. pública 0,3 0,2 0,4 0,9 0,4

Outros2/ 0,1 0,0 0,0 0,0 0,1

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outras.

Tabela 2.37 – IPCA – RecifeVariação % trimestral

Discriminação Pesos1/ 2010 2011

III Tri I Tri II Tri III Tri

IPCA 100,0 2,33 2,22 1,63 0,65

Livres 72,5 2,21 2,13 1,62 0,59

Comercializáveis 38,7 1,61 2,27 1,26 1,01

Não comercializáveis 33,8 3,62 0,71 2,00 0,11

Monitorados 27,5 2,63 4,11 1,65 0,81

Principais itens

Alimentação 26,9 5,06 2,05 1,63 -0,07

Habitação 12,7 0,91 1,42 3,34 1,77

Artigos de residência 4,1 2,09 0,39 0,24 0,60

Vestuário 7,9 3,75 0,66 3,23 3,04

Transportes 14,6 0,24 2,11 0,76 0,44

Saúde 12,6 1,54 1,52 1,83 0,76

Despesas pessoais 9,3 2,09 3,99 1,33 0,13

Educação 6,4 0,11 6,75 0,05 0,37

Comunicação 5,6 1,35 2,13 0,66 -0,11

Fonte: IBGE

1/ Referentes a setembro de 2011.


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