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345671 . ° D E A G O S T O D E 2 0 1
PORNOGRAFIAINOFENSIVA OU MORT
´ IFERA?
8/18/2019 A Sentinela 08/2013
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ESTA REVISTA, A Sentinela, honra
a Jeov ´ a Deus, o Governante do
Universo. Consola as pessoas
com as boas novas de que o
Reino celestial de Deus em breve
acabar
´
a com toda a maldade e transformar
´ a a Terra num para
´ ıso.
Incentiva a f ´ e em Jesus Cristo,
que morreu para que pud ´ essemos
ter vida eterna e que j ´ a est
´ a
governando como Rei do Reino
de Deus. Esta revista, publicada
sem interrup ¸ c ˜ ao desde 1879,
n ˜ ao
´ e pol
´ ıtica. Adere
` a B
´ ıblia
como autoridade.
A Se ntinela ´ e publicada quinzenalmente
pela Associa ¸ c ˜ ao Torre de Vigia de B
´ ıblias e
Tratados. Sede e gr ´ afica: Rodovia SP-141,
km 43, Ces ´ ario Lange, SP, 18285-901.
Diretor respons ´ avel: A. S. Machado Filho.
Revista registrada sob o n ´ umero de ordem 508.
5 2013 Watch Tower Bible and Tract Society of
Pennsylvania. Todos os direitos reservados.
Impressa no Brasil.
Esta publica ¸ c ˜ ao n
˜ ao
´ e vendida. Ela faz parte
de uma obra educativa b ´ ıblica, mundial,
mantida por donativos. A menos que hajaoutra indica ¸ c
˜ ao, os textos b
´ ıblicos citados
s ˜ ao da Tradu ¸ c
˜ ao do Novo Mundo das
Escrituras Sagradas com Refer ˆ encias.
345671.° DE AGOSTO D
PORNOGRAFIAINOFENSIVAOU MORT
́IFERA?
A B ´ ıblia Muda a Vida das Pessoas 8
Nossos Leitores Perguntam . . .
Por que a B ´ ıblia n
˜ ao menciona o nome
de algumas pessoas? 10
Achegue-se a Deus— “Suas qualidades invis
´ ıveis s
˜ ao claramente vistas” 11
Imite a Sua F ´ e
— Ele foi salvo “junto com mais sete” 12
Perguntas B ´ ıblicas Respondidas 16
345676 Tiragem de cada n ´ umero:44.978.000 EM 209 IDIOMAS 1.° DE AGOSTO DE 2013
MAT ´ ERIA DE CAPA
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Pornografia— INOFENSIVA OU MORT
´ IFERA? P
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1.° DE AGOSTO DE 2013
Hoje h ´ a pornografia1 em toda a parte, e parece que ela
´ e bem aceita na sociedade moderna. Pode ser encontra-da na moda, em propagandas, filmes, m
´ usicas e revis-
tas, bem como na televis ˜ ao, em videogames, celulares,
tablets, sites e at ´ e mesmo em servi ¸ cos de compartilha-
mento de imagens on-line. Cada vez mais pessoas emmais lugares consomem mais pornografia do que emqualquer outra
´ epoca da hist
´ oria. — Veja o quadro “Fa-
tos sobre a pornografia”.Al
´ em disso, a natureza da pornografia mudou. A pro-
fessora universit ´ aria Gail Dines escreve: “Hoje em dia
as imagens s ˜ ao t
˜ ao chocantes que o que era considera-
do pornografia pesada agora ´ e considerado normal.”
Como voc ˆ e v
ˆ e essa tend
ˆ encia? A pornografia
´ e um
passatempo inofensivo ou um veneno mort ´ ıfero? Jesus
disse: “Toda ´ arvore boa produz fruto excelente, mastoda
´ arvore podre produz fruto imprest
´ avel.” (Mateus
7:17) Que tipo de fruto a pornografia produz? Para sa-ber, vejamos algumas perguntas b
´ asicas sobre a porno-
grafia.
1 O termo “pornografia” se refere a material sexualmente expl ´ ıci-
to que tem o objetivo de excitar a pessoa que o estiver vendo, lendoou ouvindo. Pode incluir imagens, bem como material escrito ou em ´ audio.
MAT ´ ERIA DE CAPA
PornografiaInofensiva oumort ´ ıfera?
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A SENTINELA
Como a pornografia afeta
as pessoas individualmente?
O QUE OS ESPECIALISTAS DIZEM: A pornografia ´ e altamente viciadora, e alguns pesquisadores e
terapeutas at ´ e mesmo a comparam ao crack.
Brian,1 que se tornou viciado em pornografia pelainternet, conta: “Eu n
˜ ao conseguia evitar. Era como se
eu estivesse hipnotizado. A culpa me fazia literalmen-te tremer e ter dores de cabe ¸ ca. Eu me esforcei muitopara parar, mas anos depois eu ainda continuava vi-ciado em pornografia.”
Pessoas que se entregam ` a pornografia se tornam
fechadas e muitas vezes mentem para esconder esseh
´ abito. N
˜ ao
´ e de surpreender que muitas se sintam
isoladas, envergonhadas, ansiosas, deprimidas e ira-das. Em alguns casos, at
´ e mesmo desenvolvem ten-
d ˆ encias suicidas. “Eu me tornei egoc
ˆ entrico e incon-
sequente”, diz S ´ ergio, que baixava pornografia em
seu celular quase todos os dias. “Eu me sentia in ´ util,
culpado, sozinho e desanimado. Tinha medo e vergo-nha demais para pedir ajuda.”
At ´ e mesmo uma olhada r
´ apida ou acidental em
pornografia pode afetar a pessoa. Num depoimentodiante dum comit
ˆ e do Senado dos Estados Unidos,
Judith Reisman, uma renomada pesquisadora sobreos efeitos da pornografia, disse: “As imagens porno-gr
´ aficas ficam gravadas no c
´ erebro e causam altera-
¸ c ˜ oes, criando uma mem
´ oria bioqu
´ ımica instant
ˆ anea,
involunt ´ aria, mas permanente, [que
´ e] dif
´ ıcil, ou at
´ e
mesmo imposs ´ ıvel, de se apagar.” Susan, de 19 anos,
que foi exposta a sites pornogr ´ aficos, diz: “As imagens
ficaram gravadas na minha mente. Elas aparecem do
nada. Acho que nunca vou conseguir apag
´
a-las com-pletamente.”
CONCLUS ˜ AO: A pornografia escraviza e devasta
suas v ´ ıtimas. — 2 Pedro 2:19.
1 Os nomes neste artigo foram mudados.
Como a pornografia
afeta as fam ´ ılias?
O QUE OS ESPECIALISTAS DIZEM: “Casamentose fam
´ ılias s
˜ ao desfeitos por causa da porno-
grafia.” — The Porn Trap (A Armadilha da
Pornografia), de Wendy e Larry Maltz.
A pornografia destr ´ oi casamentos e fam
´ ılias por:
ˇ Enfraquecer a confian ¸ ca, a intimidade e o amoentre o casal. — Prov
´ erbios 2:12-17.
ˇ Incentivar o ego ´ ısmo, a indiferen ¸ ca emocional e a
insatisfa ¸ c ˜ ao com o c
ˆ onjuge. — Ef
´ esios 5:28, 29.
ˇ Alimentar fantasias e desejos sexuais doentios— 2 Pedro 2:14.ˇ Induzir seus usu
´ arios a for ¸ car o c
ˆ onjuge a pratica
atos sexuais repulsivos. — Ef ´ esios 5:3, 4.
ˇ Incentivar a infidelidade emocional e f ´ ısica
— Mateus 5:28.
A B ´ ıblia diz que marido e esposa n
˜ ao devem “agi
trai ¸ coeiramente” um com o outro. (Malaquias 2:16A infidelidade
´ e o tipo de trai ¸ c
˜ ao que pode arruina
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1.° DE AGOSTO DE 2013
um casamento e levar ` a separa ¸ c
˜ ao e ao div
´ orcio, e isso
por sua vez prejudica os filhos.A pornografia pode tamb
´ em afetar os filhos de
modo mais direto. Brian, j ´ a mencionado, explica:
“Quando eu tinha uns 10 anos e estava brincando deesconde-esconde, achei por acaso umas revistas por-nogr
´ aficas que eram do meu pai. Comecei a v
ˆ e-las es-
condido e n ˜ ao entendia por que aquelas imagens me
atra ´ ıam. Isso deu in
´ ıcio a um h
´ abito destrutivo que
durou muitos anos, at ´ e depois de eu me tornar adul-
to.” Estudos mostram que a pornografia pode influen-
ciar adolescentes a iniciarem sua vida sexual maiscedo, al
´ em de se tornarem prom
´ ıscuos, sexualmente
violentos e inst ´ aveis em sentido emocional e psicol
´ o-
gico.
CONCLUS ˜ AO: A pornografia envenena relaciona-
mentos baseados no amor e resulta em sofrimen-
to e dor. — Prov ´ erbios 6:27.
FATOS SOBRE
A PORNOGRAFIA
A CADA SEGUNDO:
Aproximadamente 30 MILpessoas acessam sites
pornogr ´ aficos.
A CADA MINUTO:
Usu ´ arios da internet enviam m
de 1,7 MILH ˜ AO de e-mails
conte ´ udo pornogr
´ afico.
A CADA HORA:Aproximadamente DOIS v ´ ıdede pornografia pesada s
˜ ao
lan ¸ cados nos Estados Unidos.
A CADA DIA:
Em m ´ edia, mais de
2 MILH ˜ OES de filmes
pornogr ´ aficos s ˜ ao alugados
somente nos Estados Unidos.
A CADA M ˆ ES:
Entre os jovens, aproximada-
mente 9 em cada 10 homee 3 em cada 10 mulheres vee
pornografia nos Estados Unido
A CADA ANO:
Calcula-se que a ind ´ ustria
pornogr ´ afica mundial gere
100 BILH ˜ OES de d ´ olares.
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A SENTINELA
O que a B ´ ıblia diz sobre
a pornografia?
A PALAVRA DE DEUS DIZ: “Amortecei, portanto,
os membros do vosso corpo . . . com respeito
a fornica ¸ c ˜ ao, impureza, apetite sexual, desejo
nocivo e cobi ¸ ca, que ´ e idolatria.”
— Colossenses 3:5.
Em poucas palavras, Jeov ´ a1 Deus odeia a porno-
grafia. Isso n ˜ ao quer dizer que ele encara o sexo
como algo vergonhoso. Jeov ´ a criou nossas faculda-
des sexuais para que os casados dessem prazer umao outro, se tornassem mais unidos emocionalmentee compartilhassem a alegria de trazer filhos ao mun-do. — Tiago 1:17.
Por que ent ˜ ao podemos afirmar que Jeov
´ a
´ e, sem
d ´ uvida nenhuma, contra a pornografia? Vejamos al-
gumas raz ˜ oes:
ˇ Ele sabe que a pornografia pode destruir vidas.— Ef
´ esios 4:17-19.
ˇ Ele nos ama e quer nos proteger do que ´ e prejudi-
cial. — Isa ´ ıas 48:17, 18.
ˇ
Jeov
´
a quer preservar os casamentos e as fam
´
ılias.— Mateus 19:4-6.ˇ Ele quer que sejamos moralmente limpos e querespeitemos os direitos de outros. — 1 Tessalonicen-ses 4:3-6.ˇ Ele quer que respeitemos nossas faculdades pro-criativas e as usemos de maneira honrosa. — He-breus 13:4.ˇ Jeov
´ a sabe que a pornografia reflete um ponto
de vista distorcido, ego ´ ısta e sat
ˆ anico sobre o sexo.
— G ˆ enesis 6:2; Judas 6, 7.
CONCLUS ˜ AO: A pornografia prejudica o
relacionamento da pessoa com Deus.
— Romanos 1:24.
1 Segundo a B ´ ıblia, Jeov
´ a
´ e o nome de Deus.
Mas Jeov ´ a tem grande compaix
˜ ao pelos que que
rem se livrar das garras da pornografia. A B ´ ıblia de
clara: “Jeov ´ a
´ e misericordioso e clemente, vagaroso
em irar-se e abundante em benevol ˆ encia. Porque el
mesmo conhece bem a nossa forma ¸ c ˜ ao, lembra-s
de que somos p ´ o.” (Salmo 103:8, 14) Ele convida o
humildes a recorrer a ele a fim de ‘obter miseric ´ ordi
e achar benignidade imerecida para ajuda no tempocerto’. — Hebreus 4:16; veja o quadro “Como se libertar da pornografia”.
In ´ umeras pessoas conseguem se libertar da por
nografia com a ajuda de Deus. Veja o que a B ´ ıbli
diz sobre alguns que superaram h ´ abitos ruins: “V
´ o
fostes lavados, . . . v ´ os fostes santificados, . . . v
´ o
fostes declarados justos no nome de nosso Senho Jesus Cristo e com o esp
´ ırito de nosso Deus.” (1 Co
r
´
ıntios 6:11) Assim como o ap
´
ostolo Paulo, elas podem dizer: “Para todas as coisas tenho for ¸ ca em virtude daquele que me confere poder.” — Filipense4:13.
Susan, que superou seu v ´ ıcio em pornografia, diz
“Jeov ´ a
´ e o
´ unico que pode ajud
´ a-lo a se recuperar. S
pedir sua ajuda e orienta ¸ c ˜ ao, voc
ˆ e poder
´ a ter uma
posi ¸ c ˜ ao limpa diante dele. Ele nunca vai abandon
´ a
lo.”
1 2
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1.° DE AGOSTO DE 2013
Conhece algu ´ em que est
´ a lutando para vencer o
v
´
ıcio em pornografia? Veja algumas medidas quet ˆ em ajudado muitos a se libertar desse v ´ ıcio.
1. Ore a Deus.
“O passo mais importante para se libertar dapornografia
´ e pedir a ajuda de Jeov
´ a em ora ¸ c
˜ ao.”
— Franz. Jeov
´ a pode dar esp
´ ırito santo
` a pessoa para que
ela consiga ‘tanto querer como agir’. (Filipenses2:13) Se ela se sujeitar
` a orienta ¸ c
˜ ao desse esp
´ ırito,
poder ´ a vencer “paix
˜ oes e desejos” errados. — G
´ ala-
tas 5:16, 24.
2. Busque a ajuda de outros.
“O v ´ ıcio em pornografia
´ e t
˜ ao secreto e vergo-
nhoso que ´ e dif
´ ıcil pedir ajuda. Voc
ˆ e pensa que
pode lidar com isso sozinho. Mas n ˜ ao
´ e verdade.
Voc ˆ e precisa de ajuda! Ent
˜ ao, engoli meu orgulho e
me abri com minha esposa. Tamb ´ em pedi ajuda de
um amigo de confian ¸ ca. Essa foi a coisa mais dif ´ ı-
cil que fiz na vida, mas consegui a ajuda que precisava.” — Yoshi.
Falar com outros exige coragem e determina ¸ c ˜ ao
Mas ´ e essencial para superar o v ´ ıcio e ganhar novamente a confian ¸ ca de seus entes queridos. Susan j
´ a mencionada, conta: “Depois que fiz isso, sen
ti um grande al ´ ıvio. Foi muito dif
´ ıcil, mas depoi
tive paz mental e uma consci ˆ encia limpa.” — Tiag
5:16.
3. Identifique e evite o que pode despertar
desejos errados.
Que situa ¸ c ˜ oes, pensamentos ou emo ¸ c
˜ oes des
pertam desejos errados em voc ˆ e? Navegar na inte
net? Ver televis ˜ ao tarde da noite? Ler revistas? Irpraia? Sentir-se irritado, solit
´ ario, cansado ou com
fome? “Identifique suas fraquezas e evite-as a todo custo”, diz Michael. Jesus disse: “Se, pois, aquele olho direito teu te faz trope ¸ car, arranca-o e lan ¸ ca-o para longe de ti.” — Mateus 5:29.
“Quando me sinto tentado a olhar com desejpara uma mulher, imediatamente oro a Jeov
´ a e m
for ¸ co a desviar os olhos”, diz Franz. O fiel patriarcb
´ ıblico J
´ o disse: “Fiz uma promessa solene de nun
ca olhar com desejo para uma jovem.” — J ´ o 31:1, To
day’s English Version.
4. Fortale ¸ ca sua espiritualidade.
“Encha sua mente com pensamentos sadios preencha sua vida com atividades espirituais— Franz.
A B ´ ıblia declara: “Todas as coisas que s
˜ ao verda
deiras, todas as que s ˜ ao de s
´ eria preocupa ¸ c
˜ ao, to
dasasques ˜ ao justas, todas as que s
˜ ao castas, toda
as que s ˜ ao am
´ aveis, todas as coisas de que se fal
bem, toda virtude que h ´ a e toda coisa louv ´ avel quh
´ a, continuai a considerar tais coisas . . . , e o Deu
de paz estar ´ a convosco.” — Filipenses 4:8, 9. ˇ
Como se libertar dapornografia
3 4
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8
A SENTINELA
MEU PASSADO: Cresci em Warialda, uma pequena cidade
do interior de Nova Gales do Sul. Warialda
´
e uma comunidade rural com diversas atividades como a cria ¸ c ˜ ao de ovelhas e gado e o cultivo de cereais e vegetais. A cidade
´ e lim
pa, e quase n ˜ ao h
´ a crime.
Como o mais velho de dez filhos, aos 13 anos comecea trabalhar para ajudar no sustento da fam
´ ılia. Visto que
eu tinha pouca instru ¸ c ˜ ao, fui trabalhar em fazendas e ao
15 anos me tornei domador de cavalos selvagens.Trabalhar em fazendas tinha um lado bom e um ruim
Eu gostava muito do meu trabalho e do ambiente. Eu mesentava em volta de uma fogueira e olhava a Lua e o c
´ eu es
trelado, enquanto sentia os aromas da savana australianatrazidos pela brisa noturna. Isso me fazia pensar que Algu
´ em devia ter criado todas aquelas coisas maravilhosas
Mas nas fazendas passei a ter contato com m ´ as compa
nhias. Muitas vezes eu ouvia palavr ˜ oes e sempre tinha ci
garros ` a minha disposi ¸ c
˜ ao. Assim, comecei a fumar e a fa
lar palavr ˜ oes.
Quando completei 18 anos, me mudei para Sydney. Tentei entrar no ex
´ ercito, mas fui rejeitado por causa de mi
nha pouca instru ¸ c ˜ ao. Consegui um emprego e fiquei em
Sydney por um ano. Foi nessa ´ epoca que conheci as Testemunhas de Jeov
´ a. Aceitei um convite para assistir a uma d
suas reuni ˜ oes e de imediato percebi que elas ensinavam a
verdade.Mas, logo depois, decidi voltar para a savana. Acabe
indo morar na cidade de Goondiwindi, em QueenslandArrumei um emprego e me casei. Mas, infelizmente, comecei a beber.
A B ´ IBLIA MUDA A VIDA DAS PESSOAS
“Comecei a pensar
no rumo queminha vidaestava tomando”
NARRADO POR ALLAN HANCOCK
ANO DE NASCIMENTO:1941
PA ´ IS DE ORIGEM:
AUSTR ´ ALIA
HIST ´ ORICO:
FUMANTE
E ALCO ´ OLATRA
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Eu e minha esposa tivemos dois filhos. Depoisque meus filhos nasceram, comecei a pensar norumo que minha vida estava tomando. Eu me lem-brei do que havia ouvido naquela reuni
˜ ao das Tes-
temunhas de Jeov ´ a em Sydney e decidi fazer algo
a respeito.
Encontrei uma revista A Sentinela antiga com oendere ¸ co da sede das Testemunhas de Jeov ´ a naAustr
´ alia. Enviei uma carta pedindo ajuda. Em
resposta, um senhor bondoso veio me visitar. Empouco tempo, ele estava estudando a B
´ ıblia co-
migo.
COMO A B ´ IBLIA MUDOU MINHA VIDA: Em meu
estudo da B ´ ıblia, comecei a ver que precisava fazer
grandes mudan ¸ cas. Fiquei muito impressionadocom o texto de 2 Cor
´ ıntios 7:1. Esse vers
´ ıculo nos
incentiva a ‘nos purificar de toda imund ´ ıcie dacarne’.
Resolvi parar de fumar e de beber demais. N ˜ ao
foi f ´ acil fazer essas mudan ¸ cas porque fazia muito
tempo que eu tinha esses h ´ abitos. Mas eu esta-
va determinado a viver de uma maneira que agra-dasse a Deus. O que mais me ajudou foi aplicaro princ
´ ıpio registrado em Romanos 12:2: “Cessai
de ser modelados segundo este sistema de coisas,mas sede transformados por reformardes a vossa
mente.” Percebi que eu precisava mudar minhamaneira de pensar e encarar meus h
´ abitos da ma-
neira como Deus os encarava: como prejudiciais.Com a ajuda dele, consegui parar de fumar e debeber demais.
Mas o mais dif ´ ıcil foi parar de falar palavr
˜ oes. Eu
sabia o que a B ´ ıblia aconselhava em Ef
´ esios 4:29:
“N ˜ ao saia da vossa boca nenhuma palavra perver-
tida.” Mesmo assim, eu n ˜ ao consegui isso de ime-
diato. O que me ajudou foi meditar nas palavrasde Isa
´ ıas 40:26. Referindo-se aos c
´ eus estrelados,
esse vers ´ ıculo diz: “Levantai ao alto os vossos olhos
e vede. Quem criou estas coisas? Foi Aquele qufaz sair o ex
´ ercito delas at
´ e mesmo por n
´ umero
chamando a todas elas por nome. Devido ` a abun
d ˆ ancia de energia din ˆ amica, sendo ele tamb ´ em vgoroso em poder, n
˜ ao falta nem sequer uma delas
Pensei: se Deus teve o poder de criar o vasto Un verso, que eu gosto tanto de observar, com certezele pode me dar for ¸ cas para fazer mudan ¸ cas a fimde agrad
´ a-lo. Com muita ora ¸ c
˜ ao e esfor ¸ co, conse
gui aos poucos controlar minha l ´ ıngua.
COMO FUI BENEFICIADO: Nas fazendas em qutrabalhei, n
˜ ao havia muitas pessoas e por isso e
n ˜ aotinha tantas oportunidades para conversar. Ma
o treinamento dado nas reuni ˜ oes das Testemunha
de Jeov ´ a me ensinou a me expressar melhor. Dentr
outras coisas, esse treinamento me ajudou a falacom outros sobre as boas novas do Reino de Deu— Mateus 6:9, 10; 24:14.
Faz v ´ arios anos que tenho a alegria de servi
como anci ˜ ao na congrega ¸ c
˜ ao. Considero um priv
l ´ egio fazer tudo o que posso para ajudar meus com
panheiros de adora ¸ c ˜ ao. Mas minha maior alegria
servir a Jeov
´
a junto com minha amada e fiel espose nossos queridos filhos.Agrade ¸ co a Jeov
´ a por dar a uma pessoa pouc
instru ´ ıda como eu a oportunidade de aprender so
bre ele. (Isa ´ ıas 54:13) Concordo plenamente com a
palavras de Prov ´ erbios 10:22, que diz: “A b
ˆ en ¸ c
˜ ao d
Jeov ´ a — esta
´ e o que enriquece.” Eu e minha fam
´ ıli
ansiamos aprender mais sobre Jeov ´ a e servir a el
para sempre. ˇ
“Percebi que eu precisava
mudar minha maneira
de pensar”
1.° DE AGOSTO DE 2013
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A SENTINELA
No livro b ´ ıblico de Rute, um homem que se recu-
sou a cumprir seu dever de acordo com a Lei mo-
saica foi simplesmente chamado de Fulano. (Rute
4:1-12) Devemos concluir ent ˜ ao que a B
´ ıblia n
˜ ao
menciona o nome de algumas pessoas porque
elas eram m ´ as ou n
˜ ao tinham import
ˆ ancia?
N ˜ ao. Veja outro exemplo. Em prepara ¸ c
˜ ao para
sua ´ ultima refei ¸ c
˜ ao de P
´ ascoa, Jesus disse a seus
disc ´ ıpulos que fossem
` a cidade,
` a casa de “fulano”
[“um certo homem”, Almeida, revista e corrigida].
(Mateus 26:18) Devemos concluir que esse “fula-no” era um homem mau ou era t
˜ ao insignifican-
te que seu nome n ˜ ao devia ser mencionado? De
jeito nenhum; o “certo homem” mencionado aqui
sem d ´ uvida era um disc
´ ıpulo de Jesus. J
´ a que seu
nome n ˜ ao era essencial no relato, foi omitido.
Al ´ em disso, o registro b
´ ıblico cont
´ em o nome
de muitas pessoas perversas, ao passo que dei-
xa de mencionar o nome de muitas pessoas fi ´ eis.
Por exemplo, o nome da primeira mulher, Eva, ´ e
bem conhecido. Mas seu ego
´
ısmo e desobedi
ˆ
en-cia contribu
´ ıram para o pecado de Ad
˜ ao, o que
trouxe terr ´ ıveis consequ
ˆ encias para todos n
´ os. (Ro-
manos 5:12) Em contraste, o nome da esposa de
No ´ e n
˜ ao
´ e mencionado nas Escrituras, mas n
´ os
devemos muito a seu esp ´ ırito altru
´ ısta e obedien-
te ao apoiar seu marido em sua obra vital. Obvia-
mente, ter seu nome omitido n ˜ ao indica que ela
n ˜ ao era importante ou que Deus n
˜ ao a apoiava.
Outras pessoas tamb ´ em n
˜ ao foram menciona-
das por nome no registro b
´
ıblico, mas desempe-nharam um papel importante, e at ´ e mesmo he-
roico, no prop ´ osito de Jeov
´ a. Pense na menina
israelita que era escrava na casa de Naam ˜ a, um
chefe do ex ´ ercito s
´ ırio. Ela corajosamente falou
com sua senhora, a esposa de Naam ˜ a, sobre o
profeta de Jeov ´ a em Israel. Isso levou a um grande
milagre. (2 Reis 5:1-14) A filha do juiz israelita Jef-
t ´ e tamb
´ em deu um excelente exemplo de f
´ e. Para
cumprir um voto que seu pai havia feito, ela se dis
p ˆ os a desistir da perspectiva de casar-se e ter f
lhos. (Ju ´ ızes 11:30-40) Do mesmo modo, a B
´ ıblia
n ˜ ao menciona o nome de compositores de mais de
40 salmos e de profetas que fielmente cumpriram
importantes designa ¸ c ˜ oes. — 1 Reis 20:37-43.
Talvez um exemplo mais impressionante seja
o dos anjos fi ´ eis. H
´ a centenas de milh
˜ oes deles
mas somente dois s ˜ ao mencionados por nome na
B ´ ıblia: Gabriel e Miguel. (Daniel 7:10; Lucas 1:19
Judas 9) Os outros permanecem an ˆ onimos nos relatos b
´ ıblicos. Por exemplo, Mano
´ a, o pai de San
s ˜ ao, perguntou a um anjo: “Qual
´ e teu nome, para
que certamente te honremos quando se cumprir a
tua palavra?” Em resposta, o anjo lhe disse: ‘Po
que ´ e que me perguntas pelo meu nome?’ Modes
tamente, esse anjo se recusou a aceitar a honra
que cabia apenas a Deus. — Ju ´ ızes 13:17, 18.
A B ´ ıblia n
˜ ao d
´ a detalhes sobre o motivo de a
gumas pessoas serem mencionadas por nome e
outras n ˜ ao. Mas podemos aprender muito dessas
pessoas e dos anjos fi ´ eis que serviram a Deus
sem nenhuma pretens ˜ ao de conseguir fama o
prest ´ ıgio. ˇ
NOSSOS LEITORES PERGUNTAM . . .
Por que a B ´ ıblia n
˜ ao menciona o nome de algumas pessoas?
8/18/2019 A Sentinela 08/2013
11/16
Voc ˆ e acredita em Deus? Em caso afirmativo, pode
provar que ele existe? Na realidade, estamos cer-
cados de evid ˆ encias de que existe um Criador s
´ a-
bio, poderoso e amoroso. Que evid ˆ encias s
˜ ao essas?
Elas s ˜ ao convincentes? Encontramos a resposta ao
considerar as palavras do ap ´ ostolo Paulo em sua
carta aos crist ˜ aos em Roma.
Referindo-se a Deus, Paulo disse: “As suas quali-
dades invis ´ ıveis s ˜ ao claramente vistas desde a cria- ¸ c
˜ ao do mundo em diante, porque s
˜ ao percebidas por
meio das coisas feitas, mesmo seu sempiterno po-
der e Divindade, de modo que eles s ˜ ao inescus
´ a-
veis.” (Romanos 1:20) O Criador deixou sua marca
em suas obras, como Paulo destacou. Vejamos mais
a fundo as palavras de Paulo.
As qualidades de Deus podem ser vistas “desde
a cria ¸ c ˜ ao do mundo em diante”, observa Paulo. Nes-
se contexto, a palavra grega traduzida “mundo” n ˜ ao
se refere ao planeta Terra, mas
`
a humanidade.1
Por- tanto, Paulo estava dizendo que, a partir do momen-
to em que foram criados, os humanos podiam ver as
qualidades do Criador evidentes nas coisas que ele
fez.
Essas evid ˆ encias est
˜ ao
` a nossa volta. N
˜ ao est
˜ ao
escondidas na natureza, mas s ˜ ao “claramente vis-
tas”. Da maior ` a menor, as cria ¸ c
˜ oes revelam clara-
mente n ˜ ao apenas que existe um Criador, mas tam-
b ´ em que ele tem qualidades maravilhosas. Projetos
inteligentes t ˜ ao
´ obvios na natureza nos revelam a sa-
bedoria de Deus. Os c ´ eus estrelados e a rebenta ¸ c ˜ aodas ondas do mar mostram o poder de Deus. A va-
riedade de alimentos que tanto apreciamos e a bele-
za do nascer e do p ˆ or do sol revelam o amor de Deus
pela humanidade. — Salmo 104:24; Isa ´ ıas 40:26.
1 A B ´ ıblia tamb
´ em fala do “mundo” como culpado de pecado e
necessitando de um salvador, mostrando claramente que em con-
textos assim o termo se aplica ` a humanidade e n
˜ ao
` a Terra. — Jo
˜ ao
1:29; 4:42; 12:47.
´ E f
´ acil reconhecer essas evid
ˆ encias? Elas s
˜ ao t
˜ a
claras que os que n ˜ ao as veem e os que se recusam
a acreditar em Deus “s ˜ ao inescus
´ aveis”, ou seja, n
˜ a
t ˆ em desculpa. Um erudito ilustra isso da seguint
maneira: imagine um motorista que ignora uma pla
ca com o aviso: “Desvio — vire ` a esquerda”. Um po
cial pede para o motorista parar e come ¸ ca a mult a
lo. O motorista tenta argumentar dizendo que n ˜ ao v
a placa. Mas suas palavras n ˜ ao convencem o po
cial porque a placa ´ e bem vis
´ ıvel, e o motorista n
˜ a
tem nenhum problema na vista. Al ´ em disso,
´ e res
ponsabilidade do motorista prestar aten ¸ c
˜
ao nas placas. O mesmo acontece com as evid ˆ encias de Deu
na natureza, que s ˜ ao como uma placa bem vis
´ ıve
Como criaturas racionais, somos capazes de v ˆ e-las
N ˜ ao h
´ a desculpas para ignor
´ a-las.
De fato, o “livro” da cria ¸ c ˜ ao revela muito sobre no
so Criador. Mas h ´ a outro livro que revela muito ma
sobre ele: a B ´ ıblia. Por meio de suas p
´ aginas, pode
mos saber a resposta a esta importante pergunta
Qual ´ e o prop
´ osito de Deus para a Terra e a human
dade? Saber a resposta pode nos ajudar a nos apr
ximar do Deus cujas “qualidades invis ´ ıveis s ˜ ao clara
mente vistas” no mundo ao nosso redor. ˇ
ACHEGUE-SE A DEUS
“Suas qualidades invis ´ ıveis
s
˜
ao claramente vistas”
O Criador deixou sua
marca em suas obras
SUGEST ˜ AO DE LEITURA DA B
´ IBLIA
PARA O M ˆ ES DE AGOSTO
Romanos 1-16
8/18/2019 A Sentinela 08/2013
12/16
12
A SENTINELA
NO ´ E e sua fam
´ ılia est
˜ ao juntos, assustados, en-
quanto cai um temporal l ´ a fora. A luz tr
ˆ emula
de uma l ˆ ampada faz com que o contorno de seus
rostos apare ¸ ca na escurid ˜ ao. Seus olhos est
˜ ao arre-
galados enquanto escutam a ´ agua caindo no telha-do e batendo contra as paredes da arca. O barulho ´ e ensurdecedor.
Quando No ´ e olha para sua querida fam
´ ılia — sua
fiel esposa, seus tr ˆ es filhos e as esposas deles — seu
cora ¸ c ˜ ao se enche de gratid
˜ ao. Naquele momento
sombrio, ele se sente aliviado por ver aqueles aquem mais ama bem ali junto de si. Est
˜ ao s
˜ aos e
salvos. No ´ e representa sua fam
´ ılia numa ora ¸ c
˜ ao de
agradecimento, falando alto para que eles possam
ouvi-lo apesar de todo aquele barulho.No
´ e era um homem de grande f
´ e. Foi por causa
dessa f ´ e que seu Deus, Jeov
´ a, decidiu proteger a ele
e sua fam ´ ılia. (Hebreus 11:7) Mas a necessidade de
ter f ´ e n
˜ ao acabou quando a chuva come ¸ cou. Pelo
contr ´ ario, essa qualidade foi ainda mais necess
´ aria
nos dias dif ´ ıceis
` a frente. O mesmo se d
´ a no nosso
caso, pois vivemos numa ´ epoca turbulenta. Veja-
mos o que podemos aprender da f ´ e de No
´ e.
“QUARENTA DIAS E QUARENTA NOITES”L ´ a fora, o aguaceiro prosseguiu “por quarentadias e quarenta noites”. (G
ˆ enesis 7:4, 11,12) A
´ agua
continuou a subir, subir e subir. ` A medida que isso
acontecia, No ´ e p
ˆ ode ver que seu Deus, Jeov
´ a, esta-
va tanto protegendo a justi ¸ ca como punindo a per- versidade.
O Dil ´ uvio deu fim a uma rebeli
˜ ao que havia sur-
gido entre os anjos. Influenciados pela atitude
ego ´ ısta de Satan
´ as, muitos anjos tinham abandona
do sua “moradia correta” no c ´ eu para ter rela ¸ c
˜ oe
sexuais com mulheres, produzindo assim uma descend
ˆ encia h
´ ıbrida chamada nefilins. (Judas 6; G
ˆ e
nesis 6:4) Satan ´ as sem d ´ uvida ficou muito satisfeito quando essa rebeli
˜ ao surgiu, pois ela degradou
ainda mais a humanidade, a obra-prima da cria ¸ c ˜ ao
de Jeov ´ a na Terra.
Mas, ao passo que as ´ aguas subiam, os anjos re
beldes se viram for ¸ cados a descartar seus corpof ´ ısicos e retornar ao dom
´ ınio espiritual. Eles nun
ca mais assumiriam a forma carnal. Deixaram paratr
´ as suas esposas e seus filhos, que morreram jun
to com toda a sociedade humana daquela ´ epoca.
Nos dias de Enoque, quase sete s ´ eculos antes Jeov
´ a tinha avisado a humanidade que iria destrui
as pessoas perversas. (G ˆ enesis 5:24; Judas 14, 15
Desde aquela ´ epoca, as pessoas s
´ o tinham piorado
arruinando a Terra e enchendo-a de viol ˆ encia. Ago
ra a destrui ¸ c ˜ ao delas havia chegado. Ser
´ a que No
e sua fam ´ ılia se alegraram com a execu ¸ c
˜ ao dessa
pessoas?N
˜ ao! Nem seu misericordioso Deus. (Ezequie
33:11) Jeov ´ a havia feito de tudo para salvar tanto
humanos quanto poss
´
ıvel. Ele havia comissionadoEnoque para avisar as pessoas e havia ordenado aNo
´ e que constru
´ ısse a arca. No
´ e e sua fam
´ ılia es
tavam trabalhando naquela imensa obra havia d ´ e
cadas, bem ` a vista das pessoas. E ainda mais, Jeov
instruiu No ´ e a servir como “pregador da justi ¸ ca”
(2 Pedro 2:5) Assim como Enoque antes dele, Noavisou as pessoas a respeito do julgamento que estava para ocorrer. E como elas reagiram? Jesus, que
IMITE A SUA F ´ E NO
´ E
Ele foi salvo“junto com mais sete”
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13/16
1.° DE AGOSTO DE 2013
1
testemunhou esses acontecimentos l ´ a do c
´ eu, mais
tarde lembrou como eram as pessoas nos dias deNo
´ e: “N
˜ ao fizeram caso, at
´ e que veio o dil
´ uvio e os
varreu a todos.” — Mateus 24:39.Imagine como deve ter sido para No
´ e e sua fa-
m ´ ılia durante aqueles primeiros 40 dias depois de
Jeov
´
a fechar a porta da arca.
`
A medida que as chu- vas torrenciais ca ´ ıam sobre a arca dia ap ´ os dia, osoito devem ter criado uma rotina — cuidar uns dosoutros, de seu lar e dos animais em seus comparti-mentos. De repente, aquela imensa estrutura come- ¸ cou a tremer e a balan ¸ car. A arca estava se moven-do! Embalada pelas
´ aguas, ela foi subindo cada vez
mais, at ´ e ‘flutuar alto por cima da terra’. (G
ˆ enesis
7:17) Que impressionante demonstra ¸ c ˜ ao do poder
do Deus Todo-Poderoso, Jeov ´ a!
No ´ e deve ter se sentido muito grato — n
˜ ao apenas
por sua seguran ¸ ca e a de sua fam ´ ılia, mas tamb ´ empela miseric
´ ordia de Jeov
´ aemus
´ a-los para avisar as
pessoas que morreram fora da arca. Naquela ´ epo-
ca, eles talvez achassem que aqueles anos de tra-balho dif
´ ıcil tinham sido em v
˜ ao. As pessoas eram
t ˜ ao ap
´ aticas! Pense nisto: No
´ e provavelmente tinha
irm ˜ aos, irm
˜ as, sobrinhos e sobrinhas que estavam
vivos antes do Dil ´ uvio; mas ningu
´ em, exceto sua
fam ´ ılia imediata, o havia escutado. (G
ˆ enesis 5:30)
Agora, enquanto aqueles oito tripulantes estavam
seguros na arca, eles com certeza se sentiam conso-lados por pensar em todo o tempo que haviam gas-to dando
` as pessoas a chance de sobreviver.
Jeov ´ a n
˜ ao mudou desde ent
˜ ao. (Malaquias 3:6)
Jesus Cristo explicou que nossa ´ epoca seria bem pa-
recida com “os dias de No ´ e”. (Mateus 24:37) N
´ os
vivemos em tempos marcantes, uma ´ epoca cr
´ ıtica
que est ´ a prestes a terminar na destrui ¸ c
˜ ao de um sis-
tema mundial corrupto. Hoje, o povo de Deus tam-b
´ em est
´ a transmitindo uma mensagem de aviso a
todas as pessoas que querem escutar. Voc ˆ e agir
´ a de
acordo com essa mensagem salvadora de vidas? Se voc
ˆ e j
´ a aceitou a verdade dessa mensagem, falar
´ a
dela a outros? No ´ e e sua fam
´ ılia estabeleceram um
exemplo para todos n ´ os.
‘LEVADOS A SALVO ATRAV ´ ES DA
´ AGUA’
Ao passo que a arca flutuava nas ondas daqueleoceano em forma ¸ c
˜ ao, os que estavam dentro dela
No ´ e sem d
´ uvida realizava a adora ¸ c
˜ ao em fam
´ ılia
mesmo nas ´ epocas mais dif
´ ıceis
8/18/2019 A Sentinela 08/2013
14/16
sem d ´ uvida ouviam uma sinfonia de rangidos e es-
talos das pesadas vigas de madeira. Ser ´ a que No
´ e
ficou preocupado com o tamanho das ondas ou sea arca iria suport
´ a-las? N
˜ ao. Os c
´ eticos de hoje tal-
vez levantem esse tipo de pergunta, mas No ´ e n
˜ ao
era c ´ etico. A B
´ ıblia diz: “Pela f
´ e No
´ e . . . construiu
uma arca.” (Hebreus 11:7) F
´
e em qu
ˆ
e? Jeov
´
a haviafeito um pacto, um acordo formal, de preservar No ´ ee todos os com ele em seguran ¸ ca atrav
´ es do Dil
´ uvio.
(G ˆ enesis 6:18, 19) Ser
´ a que o Criador do Universo,
da Terra e de todas as coisas vivas n ˜ ao teria poder
para manter aquela embarca ¸ c ˜ ao intacta? Claro que
sim! No ´ e corretamente confiou que Jeov
´ a cumpri-
ria sua promessa. E, de fato, ele e sua fam ´ ılia foram
‘levados a salvo atrav ´ es da
´ agua’. — 1 Pedro 3:20.
Depois de 40 dias e 40 noites, a chuva finalmen-
te parou. Pelo nosso calend
´
ario, isso aconteceu por volta de dezembro de 2370 AEC. Mas a aventura da-quela fam
´ ılia a bordo da arca estava longe de ter-
minar. A embarca ¸ c ˜ ao cheia de criaturas vivas flu-
tuava sozinha num oceano global, bem acima dotopo das montanhas. (G
ˆ enesis 7:19, 20) Podemos
imaginar No ´ e organizando o trabalho pesado para
que ele e seus filhos, Sem, C ˜ a e Jaf
´ e, mantivessem
os animais alimentados, limpos e saud ´ aveis. Deus
havia feito com que todas aquelas criaturas selva-gens se tornassem d
´ oceis o bastante para entrar na
arca. Portanto, n ˜ ao ´ e de admirar que esse mesmoDeus tenha sido capaz de mant
ˆ e-las nesse estado
pelo tempo em que o Dil ´ uvio durou.1
Pelo visto, No ´ e manteve um di
´ ario de bordo de-
talhado. Esse registro conta quando a chuva tevein
´ ıcio e quando parou. Tamb
´ em revela que as
´ aguas
cobriram a Terra por 150 dias. Por fim, as ´ aguas co-
me ¸ caram a baixar. Num dia hist ´ orico, a arca suave-
mente pousou “nos montes de Ararate”, localiza-dos na atual Turquia. Isso deve ter sido em abril de2369 AEC. Foi s ´ o 73 dias depois, em junho, que otopo das montanhas se tornou vis
´ ıvel. Tr
ˆ es meses
mais tarde, em setembro, No ´ e decidiu remover uma
1 Alguns levantam a possibilidade de que Deus tenha man-tido os animais num estado de relativo entorpecimento, se-melhante
` a hiberna ¸ c
˜ ao, reduzindo assim a necessidade de se
alimentarem. Qualquer que tenha sido o caso, ele certamentecumpriu sua promessa, garantindo a seguran ¸ ca e a sobreviv
ˆ en-
cia de todos a bordo da arca.
parte do telhado da arca. Com certeza seu trabalho ´ arduo foi recompensado quando a luz e o ar frescoentraram. Antes disso, No
´ e tamb
´ em havia come ¸ ca
do a testar o ambiente para ver se era seguro e habit
´ avel. Ele soltou um corvo, que foi e voltou duran
te algum tempo, talvez pousando na arca entre o
voos; da
´
ı ele soltou uma pomba, que continuou voltando a No ´ e at ´ e que finalmente encontrou um lugar para pousar. — G
ˆ enesis 7:24–8:13.
No entanto, a rotina de No ´ e sem d
´ uvida se con
centrava em assuntos espirituais. Podemos imaginar a fam
´ ılia sempre se reunindo para orar e para
falar sobre seu Pai celestial. No ´ e confiava em Jeov
em cada decis ˜ ao importante. At
´ e mesmo quando
viu que a Terra finalmente tinha “secado” — depoide mais de um ano a bordo da arca —, ele n
˜ ao abriu
a porta dela para que todos os confinados ali sa
´
ıssem. (G ˆ enesis 8:14) N ˜ ao, No ´ e esperou pela ordemde Jeov
´ a.
Os chefes de fam ´ ılia hoje podem aprender mui
to desse homem fiel. Ele era organizado, trabalhador, paciente e protegia a todos sob seus cuidadosMas, acima de tudo, ao tomar qualquer decis
˜ ao el
considerava primeiro a vontade de Jeov ´ a. Se imitar
mos a f ´ e de No
´ e nesses aspectos, traremos b
ˆ en ¸ c
˜ ao
a todos a quem amamos.
“SAI DA ARCA”
Por fim, a ordem de Jeov ´ a veio. “Sai da arca”, dis
se ele a No ´ e, “tu e tua esposa, e teus filhos, e a
esposas de teus filhos contigo”. Obedientementea fam
´ ılia saiu, e depois todos os animais. Como
Numa debandada? De jeito nenhum! O registro dique “sa
´ ıram da arca segundo as suas fam
´ ılias”. (G
ˆ e
nesis 8:15-19) Depois de sair, respirar o ar fresco econtemplar as montanhas do Ararate, No
´ e e sua fa
m ´ ılia viram diante de si uma Terra purificada. O
nefilins, a viol ˆ encia, os anjos rebeldes e toda aquela sociedade perversa j
´ a n
˜ ao existiam mais!1 A hu
manidade tinha ent ˜ ao a oportunidade de recome
¸ car.
1 Tamb ´ em havia desaparecido da Terra qualquer vest
´ ıgio d
jardim do ´ Eden original, que provavelmente foi varrido pela
´ aguas. Se esse foi o caso, os querubins que guardavam a entraddo jardim estavam livres para retornar ao c
´ eu, tendo finalment
conclu ´ ıdo sua designa ¸ c
˜ ao de 1.600 anos. — G
ˆ enesis 3:22-24.
14
A SENTINELA
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No ´ e sabia o que fazer. Ele come ¸ cou pela adora-
¸ c ˜ ao. Construiu um altar e usou alguns dos animais
que Deus encarava como limpos — que haviam sido
levados a bordo “de sete em sete” — e ofereceu a Jeov ´ a um sacrif ´ ıcio queimado. (G ˆ enesis 7:2; 8:20) Jeov
´ a se agradou desse ato de adora ¸ c
˜ ao?
A B ´ ıblia responde nestas palavras encorajado-
ras: “Jeov ´ a come ¸ cou a sentir um cheiro repousan-
te.” Tinha sido muito doloroso para Deus ver ahumanidade encher o mundo de viol
ˆ encia. Mas
essa dor foi substitu ´ ıda pela repousante e agra-
d ´ avel sensa ¸ c
˜ ao de ver na Terra uma fam
´ ılia fiel
determinada a ador ´ a-lo. Jeov
´ a n
˜ ao esperava que
eles fossem perfeitos. O mesmo vers
´
ıculo conti-nua: “A inclina ¸ c ˜ ao do cora ¸ c ˜ ao do homem ´ e m ´ a des-de a sua mocidade.” (G
ˆ enesis 8:21) Veja o que mais
Jeov ´ a fez para expressar sua compaix
˜ ao paciente
pela humanidade.Deus retirou a maldi ¸ c
˜ ao do solo. Nos dias de
Ad ˜ ao e Eva, Deus havia amaldi ¸ coado o solo, tornan-
do seu cultivo extremamente dif ´ ıcil. Lameque cha-
mou seu filho de No ´ e, que provavelmente significa
“descanso” ou “consolo”, e predisse que ele levaria
a humanidade a uma
´
epoca de descanso dessa mal-di ¸ c ˜ ao. No ´ e deve ter ficado muito feliz quando sou-be que veria o cumprimento dessa profecia e que osolo passaria a ser mais produtivo. N
˜ ao
´ e de ad-
mirar que ele logo come ¸ casse a plantar! — G ˆ enesis
3:17, 18; 5:28, 29; 9:20.Ao mesmo tempo, Jeov
´ a deu a todos os descen-
dentes de No ´ e algumas leis claras e simples para
gui ´ a-los — incluindo a proibi ¸ c
˜ ao contra assassinato
e o mau uso do sangue. Deus tamb ´ em estabelece
um pacto com a humanidade, prometendo nuncmais trazer um dil
´ uvio para destruir toda a vida n
Terra. Como sinal de que a humanidade podericonfiar em sua palavra, Jeov ´ a fez aparecer pela prmeira vez um magn
´ ıfico fen
ˆ omeno natural — o arco
´ ıris. At
´ e hoje, cada vez que vemos um arco-
´ ıris, no
lembramos da consoladora e amorosa promessa d Jeov
´ a. — G
ˆ enesis 9:1-17.
Se a hist ´ oria de No
´ e fosse apenas fic ¸ c
˜ ao, ela po
deria muito bem ter terminado naquele arco- ´ ıri
Mas No ´ e era uma pessoa real, e sua vida n
˜ ao er
f ´ acil. Naqueles dias em que as pessoas viviam mu
tos anos, esse homem fiel teve de perseverar outros 350 anos, que lhe trouxeram muita dor. Elcometeu um erro grave quando se embriagou emcerta ocasi
˜ ao, mas seu neto Cana
˜ a cometeu um
erro mais grave ainda — um pecado que trouxterr
´ ıveis consequ
ˆ encias para a fam
´ ılia de Cana
˜a
No ´ e viveu o suficiente para ver alguns de seus des
cendentes cometerem pecados como a idolatria a viol
ˆ encia dos dias de Ninrode. Mas, por outr
lado, No ´ e p
ˆ ode ver seu filho Sem estabelecer um
grande exemplo de f
´
e para sua fam
´
ılia. — G
ˆ
enes9:21-28; 10:8-11; 11:1-11.Como No
´ e, n
´ os tamb
´ em precisamos persevera
num proceder de f ´ e. Quando outros
` a nossa volt
desprezam o Deus verdadeiro, ou at ´ e mesmo de
xam de servi-lo, precisamos continuar firmes comNo
´ e. Jeov
´ a valoriza muito essa perseveran ¸ ca fie
Como Jesus Cristo disse, “quem tiver perseveradat
´ e o fim
´ e o que ser
´ a salvo”. — Mateus 24:13. ˇ
No ´ e e sua fam
´ ılia sa
´ ıram da arca para uma Terra purificada
1.° DE AGOSTO DE 2013
1
8/18/2019 A Sentinela 08/2013
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O QUE
A B ´ IBLIA
Realmente ENSINA?
Deus ouve todas
as ora ¸ c ˜ oes?
Pessoas de todas as na ¸ c
˜
oes podem orar a Deuse ser ouvidas por ele. (Salmo 145:18, 19) Sua Pa-
lavra, a B ´ ıblia, nos incentiva a falar com ele sobre
qualquer coisa que nos preocupe. (Filipenses 4:6, 7)
No entanto, Deus n ˜ ao aprova todas as ora ¸ c
˜ oes. Por
exemplo, repetir ora ¸ c ˜ oes decoradas
´ e algo que n
˜ ao
agrada a ele. — Leia Mateus 6:7.
Tamb ´ em, Jeov
´ a n
˜ ao gosta de ora ¸ c
˜ oes de pessoas
que intencionalmente desrespeitam sua lei. (Prov ´ er-
bios 28:9) Por exemplo, nos tempos b ´ ıblicos, Deus
se recusava a ouvir qualquer israelita que fosse cul-
pado de assassinato. Assim, fica claro que preci-samos preencher certos requisitos para que Deus
ou ¸ ca nossas ora ¸ c ˜ oes. — Leia Isa
´ ıas 1:15.
O que devemos fazer
para que Deus nos ou ¸ ca?
N ˜ ao podemos orar a Deus se n
˜ ao tivermos f
´ e. (Tia-
go 1:5, 6) Precisamos estar convencidos de que ele
existe e que se importa conosco. Podemos fortale-
cer nossa f ´ e por estudar a B
´ ıblia, pois a verdadeira
f ´ e
´ e baseada em evid
ˆ encias e garantias encontra-
das na Palavra de Deus. — Leia Hebreus 11:1, 6.
Devemos ser sinceros e humildes ao orar. At ´ e
mesmo o Filho de Deus, Jesus, era humilde em suas
ora ¸ c ˜ oes. (Lucas 22:41, 42) Por isso, em vez de dizer
a Deus o que fazer, devemos tentar entender seus
requisitos por ler a B ´ ıblia. S
´ o ent
˜ ao podemos orar
em harmonia com a vontade de Deus. — Leia 1 Jo ˜ ao
5:14.
PERGUNTAS B ´ IBLICAS RESPONDIDAS
VEJA MAIS RESPOSTAS A
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Por que algumas ora ¸ c ˜ oes
talvez n ˜ ao agradem a Deus?
Para mais informa ¸ c ˜ oes
veja o cap ´ ıtulo 17 dest
livro, publicado pelasTestemunhas de Jeov
´ a
Dispon ´ ıvel para downlo
em www.jw.org
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B ´ ıblia dispon
´ ıvel
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