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Esta publicação celebra a relevante importância adquirida pelo Zoológico ao longo desses mais de 50 anos. Para além de um espaço de recreação, o Parque Zoológico, com seus mais de mil espécimes, tem a função primordial de conservação e preservação da biodiversidade. Milhares de animais se reproduziram neste espaço, conferindo importante reposição genética, inclusive de espécies ameaçadas de extinção, atendendo às demandas de um zoológico moderno e preocupado com a conservação e a preservação da biodiversidade. Porém, a realização de pesquisas científicas em variadas áreas do conhecimento – zoologia, medicina veterinária, comportamento animal e epidemiologia aplicada – ainda precisa ser mais incentivada.
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ZooRio Grande do SulRio Grande do Sul
Biodiversidade Conservação LazerBiodiversidade Conservação Lazer
ZooRio Grande do SulRio Grande do Sul
Biodiversidade Conservação LazerBiodiversidade Conservação Lazer
2014
OrganizaçãoDaniel dos Santos Hammes
Projeto Gráfico Camila Domingues
Fotografia Camila Domingues, Claudio Fachel, Eduardo Seidl, Sérgio Neglia Bavaresco e Acervo do Parque Zoológico
ColaboradoresAcácia Britto Winter, André de Mendonça-Lima, Claudio Giacomini, Eduardo Sérgio Borsato, Emanuelle Pasa, Felippe Simões Pires Netto, Flávio Flores Pires, Glayson A. Bencke, Henrique Feix (in memorian), Ketlen Stueber, Leandro Dal Ri, Lilian Sander Hoffmann, Luciano de A. Moura, Luiz Carlos de Lima Leite, Marcelo Linck, Marcia Jardim, Marcia Maria Weber, Maria do Carmo Both, Maria Tereza Queiroz Melo, Moema Leitão de Araujo, Raquel Von Hohendorff, Renato Petry Leal, Tyelli dos Santos Ramos.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SULSecretaria do Meio Ambiente/Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul Secretaria de Comunicação
Distribuição gratuita
Zoo RS - Biodiversidade, Conservação e Lazer Rio Grande do Sul. Secretaria do Meio Ambiente, Fundação Zoobotânica; Secretaria de Comunicação; Daniel dos Santos Hammes, organizador. – Porto Alegre : CORAG, 2014 . 228 p. : il.
ISBN: 978-85-7770-260-2
1. Zoológico (Rio Grande do Sul) 2. Fauna Sul-brasileira . 3.Espécies nativas. 4. Espécies exóticas I. Secretaria do Meio Ambiente: Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. II. Secretaria de Comunicação. III. Hammes, Daniel dos Santos. IV Título
591.981.65 Z83
Elaborado pela bibliotecária: Ketlen Stueber CRB: 10/2221
O livro é dedicado à memória de Henrique Feix, jornalista do Parque
Zoológico por 36 anos, falecido em 12 de junho de 2012. Seu
trabalho foi fundamental para a concretização desta obra.
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Apresentação
Conhecer para entender, respeitar e conservar
Os zoológicos no mundo
Categorias de ameaça
O Bioma Pampa e sua fauna ameaçada
Espécies Nativas Mamíferos Aves Répteis
Espécies Exóticas Mamíferos Aves
Espécies do Zoo
Direção do Parque
Bibliografia
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Os primeiros zoológicos existiram há milhares de anos e tinham a intenção de proporcionar entretenimento à classe dominante. Durante muito tempo foram desfrutados apenas pelos seus proprietários e convivas. Em meados do século XIX começaram a surgir os zoológicos abertos à visitação pública. O primeiro zoológico reconhecido no país foi fundado em 1888 pelo Barão de Drummond, no bairro de Vila Isabel, cidade do Rio de Janeiro.
O Parque Zoológico instalado em Sapucaia do Sul foi inaugurado em 1o de maio de 1962 pelo então governador Leonel de Moura Brizola. Foi o primeiro dos órgãos que viriam a compor a Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, criada posteriormente.
Esta publicação celebra a relevante importância adquirida pelo Zoológico ao longo desses mais de 50 anos. Para além de um espaço de recreação, o Parque Zoológico, com seus mais de mil espécimes, tem a função primordial de conservação e preservação da biodiversidade.Milhares de animais se reproduziram neste espaço, conferindo importante reposição genética, inclusive de espécies ameaçadas de extinção, atendendo às demandas de um zoológico moderno e preocupado com a conservação e a preservação da biodiversidade. Porém, a realização de pesquisas científicas em variadas áreas do conhecimento – zoologia, medicina veterinária, comportamento animal e epidemiologia aplicada – ainda precisa ser mais incentivada.
Apesar das muitas dificuldades, os “guardiões do zoológico” – funcionários, terceirizados, bolsistas e estagiários – têm mantido seu bom funcionamento, tanto no cuidado com os animais, quanto com o espaço que abriga o Parque Zoológico. No entanto, muito ainda há por ser feito em melhorias e inovações.
O Zoológico é também um espaço lúdico, de quem busca a intimidade do homem com a natureza, e de educação ambiental. Acolhe milhares de visitantes todo ano, crianças e adultos de todas as idades, que se empolgam e se emocionam frente à oportunidade de conhecer animais até então vistos apenas através de livros ou da televisão. O colorido das plumas, o movimento peculiar, o canto jamais ouvido, o rugido que estremece, representam experiências nunca antes vividas.
Apresentação
ARLETE IEDA PASQUALETTOpresidente da Fundação Zoobotânica
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Existem algumas palavras extraordinárias que têm o mesmo significado em quase todos os idiomas. Uma delas é “zoo” (sufixo grego) ou “sôo” (tupi-guarani), que significa “animal”. Esse também é o nome que identifica os parques que mantêm animais vivos em exposição, atualmente observando condições de cativeiro estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). É o caso do Zoo gaúcho – o Parque Zoológico, situado em Sapucaia do Sul –, que nos seus pouco mais de 50 anos construiu uma história importante na trajetória da conservação da biodiversidade no Rio Grande do Sul. Desde a sua fundação, o Zoo desempenha importante trabalho voltado à proteção da fauna. E, graças a um corpo técnico especializado, desenvolve pesquisas na área do comportamento animal, conservação e educação ambiental, além de lazer e turismo. Prioritariamente, seu foco são as espécies nativas ameaçadas ou raras. É um órgão sob a gerência da Fundação Zoobotânica, vinculada à Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema). O papel dos zoos, atualmente, é motivo de reflexão. Muitos destes locais espalhados pelo planeta ainda hoje não significam muito mais do que depósitos de animais. São ambientes tristes, mal geridos e completamente dissociados dos compromissos universais para a conservação da biodiversidade. Por outro lado, felizmente, já identificamos várias destas instituições que, hoje, representam uma tábua de salvação para muitas espécies que vivem às portas da extinção. São zoos comprometidos com um trabalho apoiado na ciência e na ética que devem reger as relações do homem com os demais seres vivos. Pois o nosso Parque Zoológico pertence a este último grupo, para orgulho do Estado. E a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, através da Fundação Zoobotânica, busca qualificar ainda mais o papel do Zoo no cenário da conservação. Trata-se de uma tarefa desafiadora, que exige cada vez mais recursos humanos altamente capacitados e recursos materiais dispendiosos. Agora que você já sabe um pouco mais sobre o Parque Zoológico do Estado, venha conhecer alguns dos que lá vivem. Boa visita!
Conhecer para entender, respeitar
e conservar
NEIO LÚCIO FRAGA PEREIRAsecretário do Meio Ambiente
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Tentativas de domesticação ou aclimatação de animais remontam a vários séculos antes de Cristo - em países como Egito, Síria e Índia, além de países da Europa. O foco principal da organização de coleções faunísticas era utilitarista, embora alguns plantéis pudessem ser criados a partir da curiosidade científica, ou visando o divertimento das pessoas. Ou ainda, no caso de reis e príncipes, para exibir riqueza e poder. Durante os primeiros anos do Renascimento (século 13) vigoraram na Europa os zoológicos com pouco ou nenhum propósito científico. Mas o crescente interesse pelas ciências naturais levou à instalação de instituições que passaram a servir, além da recreação e curiosidade dos visitantes, à pesquisa de estudiosos e cientistas. Neste contexto, apareceram zoológicos como o de Schönbrunn (Viena) em 1752, os de Madrid, Londres, Paris e outros, cujos objetivos eram semelhantes aos dos melhores estabelecimentos congêneres de hoje. Mais tarde, nos séculos 19 e 20, surgiram muitos dos zoos que foram e continuam sendo referência mundial. No Brasil, o século 20 marcou a inauguração de numerosas entidades no território nacional incluindo-se, entre as de maior prestígio, as de São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e Sapucaia do Sul.
O ZOOLÓGICO EM SAPUCAIAOs cerca de 900 hectares situados em São Leopoldo pertenciam à Companhia Geral de Indústrias e em 1930 foi adquirida pelo Estado. Em 1934, consolidava-se como uma propriedade da antiga Viação Férrea do Rio Grande do Sul, cuja escritura fora lavrada no dia 28 de fevereiro do mesmo ano. Além das terras, o patrimônio se resumia a apiário, galpões, veículos e outros pertences.
Mais de 25 anos depois, no dia 16 de março de 1957, foi promulgada pelo presidente Juscelino Kubitschek a Lei Federal no 3.115 e todos os
bens da Viação Férrea foram transferidos para a União. Somente a área onde está o Zoo permaneceu sob domínio do Rio Grande do Sul. Por pouco, o local onde está o Parque Zoológico não se tornou zona urbana, com a criação de um conjunto habitacional ou até um distrito industrial. O debate ocorreu no Governo Estadual, entre o final da década de 1950 e o início dos anos 1960. Depois de tomar posse, o Governador Leonel Brizola mudou este destino.
No dia 27 de julho de 1959, João Caruso, secretário de Obras Públicas na ocasião, entregou um estudo contendo sugestões para criar um parque público. Uma das ações era o Parque Zoológico. A responsabilidade da área ficou com a Comissão Estadual de Prédios Escolares (CEPE), sob a denominação de Grupos de Parques e Jardins. A sede era em São Leopoldo, no próprio Horto Florestal.
Os zoológicos no mundo
Recintos utilizados para abrigar os macacos na década de 1960, nos primeiros anos do Parque Zoológico
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No dia 1o de maio de 1962, o Parque Zoológico, situado em Sapucaia do Sul (área que antes pertencia a São Leopoldo) foi inaugurado. O início do plantel reunia poucos e pequenos animais que estavam em uma praça, em São Leopoldo. Paralelamente, foram adquiridos grandes animais como felinos e elefantes. Atualmente o Zoo possui animais oriundos da América, Ásia, Europa e Oceania. São 145 espécies que somam mais de mil exemplares. Desde 1972, é um órgão vinculado à Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, assim como o Museu de Ciências Naturais e o Jardim Botânico, em Porto Alegre.
LOCALIZAÇÃOO Parque Zoológico está situado nos municípios de São Leopoldo e Sapucaia do Sul, às margens da BR 116. As instalações do Zoo estão distribuídas em aproximadamente 160 hectares. Trata-se de uma área no interior de um parque, onde o visitante pode passar o dia; além de constituir um espaço de lazer ao ar livre, a estrutura oferece estacionamento para mais de mil veículos, churrasqueiras, sanitários e praça infantil.
PARA QUE SERVE UM ZOOLÓGICO?O zoológico não é somente um local onde são expostos animais silvestres para a observação e entretenimento dos visitantes. A manutenção destes animais, sob tutela humana, fora do seu ambiente natural, implica numa responsabilidade que acarreta várias obrigações: fornecer ambientes adequados para viver, alimentação e água conforme suas necessidades e um cuidado capacitado do ponto de vista biológico, veterinário e de manejo.
O Zoo também contribui para a manutenção e salvaguarda da biodiversidade global. A isso se chama conservação ex situ. Dentro do mesmo princípio deve haver o entrosamento contínuo com instituições similares e com estabelecimentos de ensino em todos os níveis, visando ao aprendizado e à educação voltada ao meio ambiente. O Parque Zoológico é campo aberto para uma pesquisa muitas vezes difícil de ser levada a efeito em ambiente natural. Esta pesquisa deve, portanto, ser incentivada e facilitada a seus funcionários e a pesquisadores externos credenciados, pois o conhecimento das peculiaridades da fauna resulta na sua melhor proteção. O trabalho com animais no zoológico, altamente profissional e especializado, não é ensinado em bancos escolares. É fundamental, então, muita dedicação, estudo e mesmo empatia com a vida animal.
OS BASTIDORES DO ZOOA maioria das pessoas não imagina a estrutura humana e material envolvida para manter o Parque Zoológico em funcionamento. Para se ter uma ideia, somente de alimento para os animais, todo mês
Os 160 hectares de área do Parque Zoológico
estão situados na região metropolitana de Porto Alegre, capital gaúcha.
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são consumidas quatro toneladas de carne, 17 de ração de diversas formulações, 30 de pasto verde, grande quantidade de frutas, legumes e hortaliças. Administrativamente, o Zoo é subdividido em cinco grandes seções que, entre suas atribuições, inclui-se a pesquisa, o subsídio para ações de educação ambiental e a orientação para bolsas de estudo e estágio:
A Seção de Zoologia controla o acervo faunístico da instituição, tanto sob o aspecto científico como educacional. Tal atividade se desdobra, entre outras coisas, no manejo dos animais em cativeiro, especialmente ao que se refere à criação e reprodução de espécies.
A Seção de Veterinária é responsável pelos serviços de prevenção e pelo atendimento clínico e cirúrgico dos animais do Zoo. Dispõe de um hospital com laboratório, local para quarentena e serviço radiológico. Possui ainda um Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), que presta assistência a animais silvestres provenientes de apreensões e resgates.
À Seção de Nutrição compete elaborar as dietas dos animais e manusear os recipientes onde os alimentos são transportados da cozinha até o recinto onde o animal está instalado. Neste setor os alimentos são recebidos, qualificados, quantificados, estocados, preparados e distribuídos aos animais do Zoo. Também realiza a criação dos animais de biotério.
A Seção de Manutenção e Conservação tem como atribuições básicas: executar estudos, projetos e
fiscalização de obras; coordenar a construção e conservação de recintos, prédios, móveis e utensílios; conduzir a conservação dos equipamentos e veículos, a produção de madeira e a fabricação de telas de arame; administrar o transporte, a limpeza e o setor de hidráulica e elétrica.
A Seção de Áreas Verdes efetua trabalhos de ajardinamento, manutenção de gramados e canteiros e produção de forragem para os animais. Mantém um viveiro para o cultivo de mudas ornamentais e essências florestais utilizadas na área do Zoo.
Fêmea de elefante-indiano está entre os animais exóticos expostos no Zoo.
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Ao longo da publicação, alguns animais nativos (mamíferos e aves) terão um selo que informará a categoria de ameaça que a espécie está no Brasil e/ou no Rio Grande do Sul.
Atualmente, são 20 espécies incluídas nas categorias “Vulnerável”, “Em perigo” e “Criticamente em perigo”, conforme critérios adotados na elaboração da Lista das Espécies Ameaçadas de Extinção:
Extinto – quando inventários exaustivos em seu habitat conhecido e/ ou esperado em tempos apropriados (diurno, noturno ou sazonal) ao longo de toda a sua distribuição histórica não registram qualquer indivíduo.
Extinto na natureza – quando se sabe que ele existe somente em cativeiro ou em populações inseridas na natureza em áreas completamente distintas de sua distribuição original.
Criticamente em perigo – quando o animal enfrenta um risco extremamente alto de extinção na natureza.
Em perigo – quando enfrenta perigo muito alto de extinção na natureza.
Vulnerável – quando o animal possui pelo menos 10% de chances de ser extinto da natureza. A inclusão nesta categoria está condicionada a outros fatores, tais como a taxa de redução populacional.
Quase Ameaçada – quando os levantamentos realizados não a qualificam nas duas categorias anteriores, mas está em vias de entrar para uma destas em um futuro próximo.
De menor risco – quando não se encontram nas quatro categorias superiores de ameaça. Preferiu-se adotar este critério para as espécies que possuem distribuição ampla e grande abundância.
Deficiente em dados – quando os dados são inadequados para se fazer uma avaliação direta ou indireta sobre seu risco de extinção e/ou o status de suas populações.
Categorias de ameaça
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A palavra “pampa” faz parte do vocabulário de quem vive no Rio Grande do Sul e de letras de músicas regionais. Apesar disso, nem todo mundo associa a palavra ao Bioma (Pampa) que está presente em 63% do território – na “metade sul” do Rio Grande do Sul –, e que também se estende por todo o Uruguai e parte da Argentina e do Paraguai. No Brasil, esse bioma continental está presente apenas no nosso Estado. A exemplo de outras regiões do país, o Rio Grande do Sul possui, também, o bioma Mata Atlântica.
O Pampa, com predominância de campos naturais, sofre constante pressão por parte da agricultura extensiva e da silvicultura e, por consequência, muitos animais e vegetais também são afetados por perderem o ambiente em que originalmente viviam.
Segundo a Reavaliação da Lista da Fauna Ameaçada de Extinção do Rio Grande do Sul, das 280 espécies ameaçadas e 10 extintas, 86 ocorrem no Pampa e 47 são exclusivas desse bioma no Estado. As demais, ocorrem nos biomas Mata Atlântica ou Marinho, ou em mais de um bioma (minoria). Das 86 espécies ameaçadas no Estado que ocorrem no Pampa, 19 são endêmicas, ou seja, não ocorrem em nenhuma outra parte do mundo que não seja no Rio Grande do Sul. Em sua maioria são peixes anuais.
Proteger os ambientes naturais significa garantir a perpetuação de um ecossistema equilibrado e do conjunto de espécies que nele vivem. Garantir a conservação do Bioma Pampa poderá significar uma contagem mais otimista do número de animais que correm o riscode deixarem de existir. Uma lista de espécies ameaçadas serve como termômetro para medir como o ser humano vem se relacionando com a fauna. Até agora, os dados nos dizem para ficarmos alerta e agirmos com mais responsabilidade.
O Bioma Pampa e sua fauna ameaçada
EspéciesNativas
Um animal é considerado nativo quando se encontra dentro de sua distribuição geográfica original. No Parque Zoológico da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul o grupo com maior representatividade é o das aves nativas, atualmente com 57 espécies. Os mamíferos somam 29 e os répteis 10, totalizando 95 espécies nativas.
A maioria dos animais nativos do Zoo nasceu no Parque, outros foram permutados com zoológicos ou chegaram pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) da instituição, sem condições de retornarem à natureza. Nenhum animal é capturado na natureza pelo Zoo.
Os dois maiores felinos da fauna brasileira – o puma e a onça-pintada – estão em exposição. Raramente são vistos no Rio Grande do Sul, mesmo que ainda ocorram registros de sua presença.
O bugio (tanto o ruivo como o preto) habita pequenas porções de florestas, alimentando-se basicamente de folhas. Embora ameaçado de extinção, também pode ser visto no Rio Grande do Sul. Este primata também é um tipo de guardião da saúde dos humanos, pois serve de alerta para a presença do mosquito transmissor da febre-amarela. É importante lembrar que ele não transmite a doença, mais um motivo para ser protegido e conservado.
No grupo das aves nativas, registram-se o papagaio-charão e o papagaio-de-peito-roxo como espécies que reproduziram no Zoo e encontram-se ameaçadas de extinção. Outros exemplos de reprodução que tiveram sucesso são o cisne-de-pescoço-preto, a capororoca e a ema.
No grupo dos répteis, o jacaré-do-papo-amarelo contribuiu com exemplares nascidos a partir da postura de ovos no Parque. As crias, além de permutadas com outras instituições, serviram também para o repovoamento em algumas propriedades gaúchas.
Para todos os grupos de animais, a alteração, fragmentação e perda do habitat são ameaças à sua conservação.
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MamíferosNo Brasil são registradas mais de 700 espécies de mamíferos. No Parque Zoológico estão representadas 28 espécies que são nativas. Destas, 14 estão ameaçadas de extinção no Estado e/ou no Brasil. Os primatas e carnívoros estão proporcionalmente mais ameaçados: os primeiros por possuírem hábito exclusivamente florestal e os últimos por serem predominantemente predadores, com baixas densidades populacionais e alta necessidade de espaço (área de vida). Além disso, ambos sofrem com pressão de caça: os primatas são procurados para o comércio ilegal de espécies. Os carnívoros, pelos prejuízos que, supostamente, causam à população.
Os mamíferos desempenham importantes funções ecológicas. Os carnívoros, como as onças e a jaguatirica, são predadores, podendo regular as populações de suas presas e estruturar as comunidades naturais. Já os mamíferos que se alimentam de vegetais (herbívoros) e os que se alimentam de frutas (frugívoros) integram a cadeia alimentar como presas e também servem para a regulagem de pastagens e dispersão de sementes.
Foto: Eduardo SeidlFoto: Eduardo SeidlFoto: Eduardo Seidl
25MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
26 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
A espécie é conhecida por suas vocalizações (o “ronco do bugio”),
usadas para diversos fins, como defesa de recursos, disputas territoriais e
comunicação entre indivíduos.
BUGIO-RUIVOAlouatta guariba clamitans
Família: AtelidaePeso: 5 a 10 kgLongevidade: 20 anosGestação: 180 a 195 diasCrias por parto: 1Alimentação: HerbívoraHabitat: FlorestasDistribuição: América do Sul
Foto: Camila Domingues
27MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
28 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
BUGIO-PRETOAlouatta caraya
Família: AtelidaePeso: 5 a 8 kgLongevidade: 20 anosGestação: 180 a 190 diasCrias por parto: 1Alimentação: HerbívoraHabitat: FlorestasDistribuição: América do Sul
Foto: Sérgio Neglia Bavaresco
Vivem em bandos de 4 a 13 indivíduos. Também emitem
vocalização que podem ser ouvidas a grandes distâncias. São animais de hábitos florestais e, por isso, o
desmatamento é a principal causa da vulnerabilidade de suas populações.
29MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
30 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
MACACO-PREGOSapajus Nigritus
Família: CebidaePeso: 1,5 a 5 kgLongevidade: 40 anosGestação: 180 diasCrias por parto: 1Alimentação: OmnívoraHabitat: Florestas, Caatinga e CerradoDistribuição: América do Sul
Foto: Eduardo Seidl
São macacos arborícolas, altamente sociáveis Vivem em grupos de até 30
indivíduos. A dieta é bastante flexível. São importantes dispersores de sementes.
Quando têm fome podem se alimentar em roças e pomares, correndo risco de
serem ameaçados pelo homem.
31MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
32 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
São animais diurnos, vivendo emgrupos de até 30 animais. Sua
característica mais marcante é a longacauda preênsil, que pode atingir 85centímetros de comprimento. Sua
maior ameaça é a perda do habitat devido ao desmatamento.
MACACO-ARANHAAteles chamek
Família: AtelidaePeso: 7 a 9 kgLongevidade: 20 anosGestação: Em torno de 220 diasCrias por parto: 1Alimentação: OmnívoraHabitat: FlorestasDistribuição: América do Sul
Foto: Eduardo Seidl
33MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
34 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
35MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
SAGUI-PINCEL-PRETOCallithrix penicillata
Família: CallithrichidaePeso: 230 a 350 g
Longevidade: 12 anosGestação: 140 a 150 dias
Crias por parto: 2Alimentação: OmnÌvora
Habitat: Floresta, Cerrado e Caatinga
Distribuição: Brasill
Foto: Eduardo Seidl
Apresenta ampla distribuição na região central e parte do nordeste e sudeste brasileiro. Alimenta-se de uma grande variedade de itens, mas é especializada em perfurar as árvores para obter a resina (goma). Vivem nas florestas da Caatinga e do Cerrado. Raramente descem ao solo.
MICO-LEÃO-DE-CARA-DOURADALeontopithecus chrysomelas
Família: CallithricidaeOrdem: PrimatasLongevidade: 15 anosPeso: 0,5 a 0,7 kgGestação: 120 a 140 diasCrias: 1 a 2Alimentação: OmnívoraHabitat: FlorestasDistribuição: América do Sul
Foto: Camila Domingues
É uma das espécies de primatas mais ameaçadas de extinção no mundo devido à destruição das florestas e
o comércio ilegal. Vivem em grupos familiares de até 12 indivíduos.
36 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
37MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
38 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
É uma espécie de grande felino menos exigente do que a onça em termos
de ambiente, mas sofre com a caça e com a perda de habitat. Pode ser vista
com frequência na região serrana do Rio Grande do Sul.
PUMA, SUÇUARANA ou ONÇA-PARDAPuma concolor
Família: FelidaePeso: 30 a 90 kgLongevidade: 20 anosGestação: 84 a 98 diasCrias por parto: 2 a 4Alimentação: CarnívoraHabitat: Florestas e MontanhasDistribuição: Américas
Foto: Camila Domingues
39MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
40 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
41MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
42 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
ONÇAPanthera onca
Família: FelidaePeso: 35 a 140 kg
Longevidade: 20 anosGestação: 90 a 110 dias
Crias por parto: 1 a 3Alimentação: Carnívora
Habitat: Florestas, Cerrado, Caatinga e Pantanal
Distribuição: América do Sul e Central
Foto: Eduardo Seidl
O maior e mais forte predador onde vive. Necessita de grandes áreas para sobreviver. Pode atacar animais domésticos, inclusive gado adulto. Fora da Amazônia, poucos são os locais onde ainda sobrevive.
ONÇA-PRETAPanthera onca
Família: FelidaePeso: 35 a 140 kgLongevidade: 20 anosGestação: 90 a 110 diasCrias por parto: 1 a 3Alimentação: CarnívoraHabitat: Florestas, Cerrado, Caatinga e PantanalDistribuição: América do Sul e Central
Foto: Camila Domingues
É o maior felídeo neotropical. É a mesma onça-pintada numa
variação melânica que a torna preta. No sol, geralmente pode-se visualizar sob o preto as manchas
características da espécie.
43MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
44 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
Possui o padrão de coloração semelhante ao da onça-pintada,
mas atinge, no máximo, 1,3 m. Como tantos outros animais, sofre
com a caça e destruição de seu ambiente natural.
JAGUATIRICALeopardus pardalis
Família: FelidaePeso: 7 a 15 kgLongevidade: 21 anosGestação: 70 a 85 diasCrias por parto: 1 ou 4Alimentção: CarnívoraHabitat: Florestas, Cerrado, Caatingas e PantanalDistribuição: Américas
Foto: Claudio Fachel
45MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
46 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
47MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
LOBO-GUARÁChrysocyon brachyurus
Família: CanidaePeso: 20 a 23 kg
Longevidade: 12 a 15 anosGestação: 62 a 66 dias
Crias por parto: 1 a 5 Alimentação: Omnívora
Habitat: Florestas, Campos, Cerrado e Pantanal
Distribuição: América do Sul
Foto: Claudio Fachel
Maior canídeo da América do Sul, é um animal com hábitos solitários e,como o graxaim, tem hábito noturno. Espécie que sofre com a perda de áreas naturais.
É uma espécie típica do Bioma Pampa, com hábitos solitários.
Pode ser visto mais facilmente no crepúsculo ou à noite.
GRAXAIM-DO-CAMPOPseudalopex gymnocercus
Família: CanidaePeso: 3 a 6 kgLongevidade: 11 anosGestação: 55 a 60 diasCrias por parto: 2 a 5Alimentação: OmnívoraHabitat: Campos e FlorestasDistribuição: América do Sul
Foto: Claudio Fachel
48 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
49MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
50 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
51MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
52 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
QUATINasua nasua
Família: ProcyonidaePeso: 3 a 7 kg
Longevidade: 15 anosGestação: 75 a 80 dias
Crias por parto: 3 a 8 Alimentação: Omnívora
Habitat: Florestas, Cerrado e Caatinga
Distribuição: América do Sul
Foto: Eduardo Seidl
São diurnos. Bons escaladores. À noite dormem em árvores. Os machos geralmente são solitários, mas as fêmeas vivem em bandos.
53MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
Durante o mergulho, tem a capacidade de fechar as narinas para permanecer sob a água. Vivem em rios, lagos e banhados,
onde geralmente se alimentam de peixes, crustáceos e moluscos. Possuem tanto
hábitos diurnos como noturnos.
LONTRALontra longicaudis
Família: MustelidaePeso: 5 a 14 kgLongevidade: 20 anosGestação: 60 diasCrias por partos: 1 a 5Alimentação: CarnívoraHabitat: Corpos d’águaDistribuição: América do Sul e Central
Foto: Eduardo Seidl
54 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
55MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
56 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
57MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
58 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
Vivem em grupos de até 20 indivíduos. Costumam ignorar os
humanos, mas, se acuados, podem se defender com suas presas. Na
natureza sofrem com a caça e com a perda do ambiente.
CATETOPecari tajacu
Família: TayassuidaePeso: 17 a 30 kgLongevidade: 20 anosGestação: 142 a 149 diasCrias por parto: 2Alimentação: OmnívoraHabitat: Florestas e Ambientes ÁridosDistribuição: Américas
Foto: Claudio Fachel
ANTATapirus terrestris
Família: TapiridaePeso: 220 a 250 kg
Longevidade: 30 anosGestação: 360 a 400 dias
Crias por parto: 1Alimentação: Herbívora
Habitat: Florestas e CerradoDistribuição: América do Sul
Foto: Eduardo Seidl
Tem nariz comprido que usa de forma semelhante à tromba do elefante. Noturno e solitário é o maior mamífero terrestre brasileiro. No Zoo já nasceram mais de 20 filhotes.
59MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
60 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
61MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
62 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
Marcam seus territórios pelo cheiro, através da urina, fezes ou com a
glândula localizada no topo da cabeça. Os exemplares em exposição foram
resgatados órfãos e reproduziram no Zoo.
VEADO-VIRÁMazama gouazoubira
Família: Cervidae Peso: 17 a 23 kgLongevidade: 15 anosGestação: 220 diasCrias por parto: 1Alimentação: HerbívoraHabitat: FlorestasDistribuição: América do Sule Central
Foto: Sérgio Neglia Bavaresco
QUEIXADATayassu pecari
Família: TayassuidaePeso: 25 a 50 kg
Longevidade: 21 anosGestação: 156 a 162 dias
Crias por parto: 1 a 4Alimentação: Onívora
Habitat: Florestas, Savanas e Chaco
Distribuição: Sul do México ao Nordeste da Argentina
Foto: Claudio Fachel
Vive em bandos. Se um indivíduo estiver ferido, os outros membros o defendem. Conhecido também como porco-do-mato, porco-queixada e pecari-tayssu, palavra de origem Tupi que significa “dente grande”.
63MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
64 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
65MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
66 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
Comuns nas áreas de mata, mesmo próximas das cidades.
São frequentemente trazidos ainda bebês ao Zoo, após perderem a
mãe devido ao ataque de cães ou atropelamento.
OURIÇO-CACHEIROCoendou spinosus
Família: ErethizontidaeAlimentação: Folhas, Flores, Sementes e FrutasHabitat: Arborícolas, vivem no alto das árvores em matas.Distribuição: Norte da América do Sul, grande parte do Brasil e Norte da Argentina
Foto: Camila Domingues
CAPIVARAHydrochoerus hydrochaeris
Família: HydrochaeridaeAlimentação: Herbívora
Habitat: Banhado, rios e lagosDistribuição: América do Sul
e Central
Foto: Eduardo Seidl
Maior roedor do mundo, possui apenas uma cauda vestigial. Excelente nadador. Na natureza podem ser encontrados em grupos com mais de 100 indivíduos.
67MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
68 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
69MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
TAMANDUÁ-BANDEIRAMyrmecophaga tridactyla
Família: MyrmecophagidaePeso: 18 a 39 kg
Longevidade: 14 anosGestação: 183 a 190 dias
Crias por parto: 1Alimentação: Insetívora
Habitat: Campos e FlorestasDistribuição: América do Sul
e Central
Foto: Camila Domingues
É um animal de hábitos solitários. Sua cauda ajuda na camuflagem e na conservação da temperatura corporal. Com seu longo focinho pode farejar formigueiros e cupinzeiros. Sua forte garra é usada para ter acesso aos insetos.
70 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
AvesDas 145 espécies de animais representadas no zoológico, 57 são de aves originárias do território brasileiro. É, portanto, o maior grupo de espécies do Zoo. Atualmente o Brasil contabiliza mais de 1,8 mil espécies de aves nativas. Até hoje, duas foram consideradas extintas (arara-azul-pequena e maçarico-esquimó) e outras duas podem ser encontradas somente em cativeiro (mutum-de-alagoas e ararinha-azul). No momento, 156 estão sob risco de extinção no país, das quais o papagaio-charão, papagaio-de-peito-roxo e a guarajuba estão representadas no Zoo. Entre essas espécies, o charão ocorre no Rio Grande do Sul e em um pequeno trecho de Santa Catarina, ostentando as cores da bandeira gaúcha: verde, amarelo e vermelho.
A ameaça mais importante às aves é a perda do habitat, com a destruição de florestas, campos nativos e outros ecossistemas. Também a beleza e o canto da maioria das aves nativas leva o ser humano à prática da caça para o comércio ilegal. Entre as funções ecológicas desempenhadas pelas aves está a regeneração de florestas a partir da dispersão de sementes e o controle de insetos, contribuindo para o equilíbrio dos ecossistemas.
Foto: Sérgio Neglia Bavaresco
71MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
72 ANIMAIS NATIVOS AVES
Como nas demais espécies de araras, forma casais estáveis.
Impressiona pelo colorido.
ARARA-VERMELHA-E-AMARELA, ARARACANGAAra macao
Família: PsittacidaeAlimentação: Sementes e FrutosHabitat: Floresta, Cerrado e CaatingaDistribuição: América do Sul e Central
Foto: Camila Domingues
73MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
74 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
75MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
76 ANIMAIS NATIVOS AVES
Além de possuir as mesmas cores da bandeira do Brasil, é
uma espécie endêmica, ou seja, ocorre apenas em nosso país.
GUARAJUBA, ARARAJUBAGuaruba guarouba
Família: PsittacidaeAlimentação: Frutos, Brotos, Flores e SementesHabitat: FlorestaDistribuição: Região Amazônica
Foto: Camila Domingues
PAPAGAIO-CHARÃOAmazona pretrei
Família: PsittacidaeAlimentação: Frutos
e SementesHabitat: Mosaicos de Campos e Florestas
Distribuição: Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Foto: Camila Domingues
Típica do sul do Brasil, onde ocupaáreas com araucária durante o inverno,alimentando-se principalmente depinhões. Sofre com a perda de ambientenatural e com a captura dos filhotes.
77MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
78 ANIMAIS NATIVOS AVES
Também chamado de papagaio-do-mangue, pois chega até os manguezais
do litoral amazônico. O nome “curica” foi dado pela semelhança com o som
de sua voz: “curic-curic”.
PAPAGAIO-CURICAAmazona amazonica
Família: PsittacidaeAlimentação: Sementes, Frutos e BrotosHabitat: FlorestasDistribuição: Centro e Norte da América do Sul
Foto: Camila Domingues
79MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
80 ANIMAIS NATIVOS AVES
Espécie que sofre com a captura e tráfico. No sul do Brasil, ocorre em
florestas com araucárias.
PAPAGAIO-DE-PEITO-ROXOAmazona vinacea
Família: PsittacidaeAlimentação: Frutos e SementesHabitat: FlorestasDistribuição: Leste do Brasil à Argentina e Paraguai.
Foto: Eduardo Seidl
81MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
82 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
83MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
84 ANIMAIS NATIVOS AVES
Comum como ave de cativeiro, pois imita a voz humana. Os filhotes são
capturados ainda nos ninhos: de cada dez, apenas dois sobrevivem depois
de retirados do habitat.
PAPAGAIO-VERDADEIROAmazona aestiva
Família: PsittacidaeAlimentação: Frutos e SementesHabitat: Cerrado e FlorestasDistribuição: Nordeste, Leste e Centro do Brasil à Argentina, Paraguai e Bolívia
Foto: Camila Domingues
ARARA-AZUL-E-AMARELA, ARARA-CANINDÉ
Ara ararauna
Família: PsittacidaeAlimentação: Sementes,
Frutos e FloresHabitat: Floresta e Cerrado
Distribuição: Centro da América do Sul até o
Panamá
Foto: Camila Domingues
Colocam os ovos em ocos de árvores. Por isso, sofrem com o desmatamento. Os filhotes são capturados ainda nos ninhos. É uma das araras mais apreciadas em cativeiro.
85MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
86 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
87MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
88 ANIMAIS NATIVOS AVES
Belo gavião de grande porte. Pode atingir 65 centímetros. Encontrado no
Chile, é chamado de águia-chilena, estando inclusive no brasão do país.
ÁGUIA-CHILENAGeranoaetus melanoleucus
Família: AccipitridaeAlimentação: Pequenos VertebradosHabitat: Montanhas e CamposDistribuição: América do Sul
Foto: Claudio Fachel
CARCARÁ, CARANCHOCaracara plancus
Família: FalconidaeAlimentação: Carniça e Pequenos Vertebrados
CarnívorosHabitat: Zonas arborizadas,
Estepes e CamposDistribuição: Amazônia ao
sul da América do Sul
Foto: Claudio Fachel
Ave bastante conhecida. Habita regiões abertas. No Zoo, é “visitado” por exemplares de vida livre.
89MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
90 ANIMAIS NATIVOS AVES
91AVES ANIMAIS NATIVOS
CHIMANGOMilvago chimango
Família: FalconidaeAlimentação: Animais em
decomposição, ovos, filhotes de aves, répteis, anfíbios, mamíferos debilitados e
invertebradosHabitat: Campos abertos,
encontrado da beira-mar até grandes altitudes.
Distribuição: Ocorre no Brasil de SP ao RS, na Bolívia, Paraguai,
Argentina, Chile e Uruguai.
Foto: Claudio Fachel
Espécie comum nos campos do sul do Brasil. Ao entardecer, dezenas de indivíduos costumam reunir-se em banhados ou outros locais protegidos, para dormir.
92 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
93AVES ANIMAIS NATIVOS
Ocorre em locais alagados e lagoas costeiras, principalmente no sul do Rio
Grande do Sul. Os lagos do Zoo são ambientes adequados à reprodução.
CAPOROROCA, COSCOROBACoscoroba coscoroba
Família: AnatidaeAlimentação: Vegetais eInvertebrados AquáticosHabitat: Banhados e lagoasDistribuição: Sul da América do Sul
Foto: Camila Domingues
URUBU-REISarcoramphus papa
Família: CathartidaeAlimentação: Animais
debilitados ou mortosHabitat: Florestas e CamposDistribuição: América do Sul
e Central
Foto: Claudio Fachel
Ave rara no Rio Grande do Sul devido à perda de habitats naturais em bom estado de conservação.
94 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
95MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
96 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
97MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
98 ANIMAIS NATIVOS AVES
Ocorre nos banhados do Rio Grande do Sul. No Zoo, faz seus
ninhos nas ilhas dos lagos.
CISNE-DE-PESCOÇO-PRETOCygnus melancoryphus
Família: AnatidaeAlimentação: Vegetais e Invertebrados AquáticosHabitat: Banhado e lagoasDistribuição: Sul da América do Sul
Foto: Camila Domingues
MARRECA-PIADEIRADendrocygna viduata
Família: AnatidaeAlimentação: Sementes,
Vegetais e Invertebrados Aquáticos
Habitat: Banhados e lagosDistribuição: África e
América do Sul
Foto: Camila Domingues
Alguns exemplares do Zoo foram resgatados ainda filhotes de áreas de risco. Aves de vida livre também costumam pousar às margens dos lagos do parque.
99MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
100 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
101MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
102 ANIMAIS NATIVOS AVES
PATO-DO-MATOCairina moschata
Família: AnatidaeAlimentação: Gramíneas,
Sementes, Raízes, Invertebrados
Habitat: Ambientes aquáticos e Florestas alagáveis
Distribuição: América do Sul e Central
Foto: Sérgio Neglia Bavaresco
No Zoo circula livremente entre os lagos e entre o público. Pode ser visto acompanhado pelos filhotes.
103AVES ANIMAIS NATIVOS
MARRECA-CANELEIRADendrocygna bicolor
Família: AnatidaeAlimentação: Sementes, Vegetais e Invertebrados AquáticosHabitat: Banhados e lagosDistribuição: África e América do Sul
Foto: Claudio Fachel
O Zoo recebe visitantes de vida livre. Eles frequentam os lagos e
aproveitam o alimento fornecido aos exemplares do cativeiro.
104 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
105MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
106 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
107AVES ANIMAIS NATIVOS
É a maior coruja do continente, sendo capaz de abater animais
do porte de uma garça ou de um gambá adulto. Vive na borda de
matas e no campo. Também em parques nas grandes cidades.
JACURUTUBubo virginianus
Família: StrigidaeAlimentação: Vertebrados (Aves e Mamíferos)Habitat: Florestas abertas e banhadosDistribuição: Américas
Foto: Sérgio Neglia Bavaresco
CORUJA-DAS-TORRESTyto alba
Família: TytonidaeAlimentação: Pequenos
VertebradosHabitat: Áreas arborizadas
e cidadesDistribuição: Cosmopolita
Foto: Eduardo Seidl
As corujas-das-torres que habitam o Zoo foram resgatadas ainda quando filhotes. São aves visíveis mesmo dentro das cidades grandes, onde consomem roedores.
108 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
109MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
110 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
111MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
112 ANIMAIS NATIVOS AVES
Um dos mais belos pássaros do plantel do Zoo devido ao seu variado colorido. Pode ser vista próximo a cidades, onde
busca principalmente alimento.
SAÍRA-PRECIOSATangara preciosa
Família: ThraupidaeAlimentação: Frutos e artrópodes Habitat: Interior e bordas de matasDistribuição: Sul do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai
Foto: Sérgio Neglia Bavaresco
CORUJA-ORELHUDARhinoptynx clamator
Família: StrigidaeAlimentação: Invertebrados e
Pequenos VertebradosHabitat: Florestas e áreas abertas
Distribuição: América do Sul e Central
Foto: Camila Domingues
Como a maioria das corujas, possui hábitos noturnos. As "orelhas" são tufos de penas com função de camuflagem, nada tendo a ver com a audição. Os ouvidos, como em outras aves, estão nos lados da cabeça, ocultos por penas.
113MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
114 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
115MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
116 ANIMAIS NATIVOS AVES
Espécie visada pelo tráfico devido à beleza de sua plumagem e voz potente e variada. Habita áreas de
banhados e arredores.
CORRUPIÃOIcterus jamacaii
Família: IcteridaeAlimentação: frutas, néctar, pétalas, pequenos insetos
Habitat: Caatinga, matas secas, áreas abertas com
árvores esparsasDistribuição: Nordeste
do Brasil
Foto: Claudio Fachel
Muito procurado como ave de estimação. Além de ter uma linda plumagem, imita vários sons.
CARDEAL-DO-BANHADOAmblyramphus holosericeus
Família: IcteridaeAlimentação: Sementes e InvertebradosHabitat: Banhados e Áreas AlagadasDistribuição: Centro-sul da América do Sul
Foto: Eduardo Seidl
117AVES ANIMAIS NATIVOS
118 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
119AVES ANIMAIS NATIVOS
CARDEALParoaria coronata
Família: ThraupidaeAlimentação: Sementes
Habitat: Orla de mata e campoDistribuição: Sul do Brasil,
Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia
Foto: Eduardo Seidl
É um dos pássaros mais comuns em apreensões. É capturado ilegalmente devido ao seu canto e colorido da plumagem.
120 ANIMAIS NATIVOS AVES
Diferente dos demais psitacídeos, constrói imensos ninhos comunitários
com gravetos. É muito visada para o comércio ilegal.
CATURRITAMyiopsitta monachus
Família: PsittacidaeAlimentação: Sementes, Frutos e FolhasHabitat: Campo, Savana e BosqueDistribuição: Centro e Sul da América do Sul
Foto: Sérgio Neglia Bavaresco
121MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
122 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
123AVES ANIMAIS NATIVOS
TUCANO-DE-BICO-VERDERamphastos dicolorus
Família: RamphastidaeAlimentação: Frutos,
Artrópodes e Pequenos Vertebrados
Habitat: Áreas FlorestadasDistribuição: Sudeste e Sul do
Brasil, Argentina e Paraguai
Foto: Camila Domingues
Habitante comum das matas gaúchas, inclusive próximas a cidades serranas. É frequentemente capturado e mantido ilegalmente em cativeiro.
TUCANUÇURamphastos toco
Família: RamphastidaeAlimentação: Frutos, Insetos e Pequenos VertebradosHabitat: Florestas abertas, Cerrado e CamposDistribuição: América do Sul
Foto: Eduardo Seidl
O maior dos tucanos reproduz com sucesso no Zoo. Utiliza um tronco oco no recinto, imitando
seu ninho na natureza.
124 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
125MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
126 ANIMAIS NATIVOS AVES
127AVES ANIMAIS NATIVOS
O nome popular "Socó-boi" faz alusão a uma de suas vozes, que lembra o mugido de um boi distante. Ao contrário da maioria das garças e socós, é uma ave solitária que não forma grandes agregações nos locais de alimentação, dormitórios ou ninhais coletivos.
SOCÓ-BOITigrisoma lineatum
Família: ArdeidaeAlimentação: Invertebrados e
Pequenos VertebradosHabitat: Vegetação Ribeirinha
e BanhadoDistribuição: América Central
e do Sul
Foto: Camila Domingues
Não voa. É a maior e mais pesada ave brasileira. O macho é quem
choca os ovos e cuida dos filhotes. No Zoo, ocupam uma área ampla
onde circulam com liberdade.
EMARhea americana
Família: RheidaeAlimentação: Folhas, Sementes, Frutos, Raízes, Invertebrados e Pequenos Vertebrados. Habitat: Campo e CerradoDistribuição: Centro e Sul da América do Sul
Foto: Claudio Fachel
128 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
129MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
130 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
131AVES ANIMAIS NATIVOS
CUJUBIPipile cujubi
Família: CracidaeAlimentação: Frutas, Folhas,
Pequenos AnimaisHabitat: Matas ribeirinhas
Distribuição: Norte e Centro do Brasil
Foto: Eduardo Seidl
A família de cujubis do Zoo reproduz-se com facilidade no parque. Fazem ninho em uma caixa suspensa no recinto.
132 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
133AVES ANIMAIS NATIVOS
Espécie de ave pernalta que anda em bandos em lagoas rasas. Fazem
ninho no solo, onde colocam apenas um ovo. Não se reproduzem em
liberdade no Brasil.
FLAMINGOPhoenicopterus chilensis
Família: PhoenicopteridaeAlimentação: Invertebrados Aquáticos e AlgasHabitat: Lagoas rasas, preferencialmente salobrasDistribuição: Sul da América do Sul
Foto: Eduardo Seidl
MUTUM-CAVALOMitu tuberosum
Alimentação: Frutos, Sementes e Grãos
Habitat: FlorestasDistribuição Geográfica: Norte
da América do Sul
Foto: Camila Domingues
É o maior mutum brasileiro. Reproduz no Zoo. Os filhotes são cuidados carinhosamente pelos pais, que mostram-lhes o alimento com o bico.
134 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
135MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
136 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
RépteisOs répteis são animais ectotérmicos, ou seja, a temperatura de seu corpo é semelhante à temperatura do ambiente em que vivem, sendo necessária uma fonte externa de calor. Outra característica importante destes animais é o corpo coberto por escamas. A Classe dos Répteis abrange as diversas espécies de lagartos, serpentes, anfisbenas, quelônios (cágados, jabotis e tartarugas) e jacarés.
Segundo a Sociedade Brasileira de Herpetologia, o Brasil possui 721 espécies de répteis. Destas, 117 ocorrem no Rio Grande do Sul sendo o grupo das serpentes o mais numeroso com 79 espécies. Completam esta lista, uma espécie de jacaré, 11 de tartarugas, 6 de anfisbenas e 20 de lagartos.Apesar das crenças populares, a grande maioria dos répteis não apresenta riscos à população, e todos desempenham um importante papel no ecossistema. Entre os répteis, apenas 12 espécies (todas de serpentes) são peçonhentas.
No Parque Zoológico pode-se observar 13 espécies de répteis, destas, 5 são nativas do Estado.
Foto: Camila Domingues
137MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
138 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
139MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
140 ANIMAIS NATIVOS RÉPTEIS
CÁGADO-DE-BARBICHASPhrynops hilarii
Família: ChelidaeAlimentação: Vegetais, Invertebrados e PeixesHabitat: Ambientes de
água doceDistribuição: Nordeste da
Argentina, Uruguai, Região Sul do Brasil e Sul do Paraguai
Foto: Sérgio Neglia Bavaresco
Habitante comum dos rios e lagoas do Rio Grande do Sul. No Zoo reproduz livremente, desovando próximo aos lagos, onde pode ser visto tomandosol às margens.
141RÉPTEIS ANIMAIS NATIVOS
JABOTI-CABEÇA-VERMELHAChelonoidis carbonaria
Família: TestudinidaeAlimentação: Omnívoro, alimenta-se principalmente de vegetais e frutasHabitat: Floresta e CampoDistribuição: América do Sul e Central; no Brasil ocorre do Sudeste ao Norte
Foto: Sérgio Neglia Bavaresco
Muitas vezes confundido com tartarugas, os jabotis possuem hábitos terrestres, podendo pesar até 18 kg e vivendo aproximadamente 100 anos.
142 ANIMAIS NATIVOS RÉPTEIS
143MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
144 ANIMAIS NATIVOS RÉPTEIS
TIGRE-D’ÁGUATrachemys dorbigni
Família: EmydidaeAlimentação: Vegetais, invertebrados e pequenos vertebradosHabitat: Ambientes de água doceDistribuição: Nordeste da Argentina, Uruguai e Sul do Brasil, restringindo-se ao Rio Grande do Sul.
Foto: Camila Domingues
Tartaruga comum em nossos rios, banhados e lagoas. Os filhotes são
capturados para a venda como mascotes, o que é proibido por lei.
145RÉPTEIS ANIMAIS NATIVOS
146 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
147MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
148 ANIMAIS NATIVOS RÉPTEIS
JIBOIABoa constrictor
Família: BoidaeAlimentação: Vertebrados
Habitat: FlorestasDistribuição: México até
Norte da Argentina; no Brasil ocorre no Centro-Oeste,
Norte e Nordeste
Foto: Claudio Fachel
Pode atingir 4 m de comprimento, porém não é peçonhenta. Utiliza a força do seu corpo para matar suas presas.
149RÉPTEIS ANIMAIS NATIVOS
JACARÉ-DE-PAPO-AMARELOCaiman latirostris
Família: AlligatoridaeAlimentação: Invertebrados e pequenos vertebradosHabitat: Lagos, rios e banhadosDistribuição: Sudeste do Brasil ao Norte da Argentina
Foto: Claudio Fachel
Única espécie de jacaré do Rio Grande do Sul. Atinge em média 2 m de
comprimento. Pode ser visto na Região Metropolitana de Porto Alegre.
150 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
151MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
152 ANIMAIS NATIVOS RÉPTEIS
Alguns exemplares que estão no Zoo foram apreendidos. Estavam
dentro de caixas, remetidas ilegalmente pelo correio.
IGUANA-VERDEIguana iguana
Alimentação: Frutas e VegetaisHabitat: Florestas Úmidas e CaatingaDistribuição Geográfica: América Central e América do Sul até o Paraguai
Foto: Sérgio Neglia Bavaresco
EspéciesExóticas
Considerando a fauna exótica mundial, o Parque Zoológico abriga 49 espécies. Alguns têm a preferência do público visitante: chimpanzés, tigres-de-bengala e ursos-de-óculos - quase todos nascidos em Sapucaia do Sul ou permutados com outras instituições. O intercâmbio é uma ação realizada desde a organização de seu primeiro plantel. Isso é prática comum entre zoológicos adequadamente estruturados, para os quais, de certa forma, não existem diferenças entre espécies nativas e exóticas; todas têm valor, todas apresentam necessidades semelhantes e devem ser tratadas e cuidadas com idêntico zelo, sem considerar seu local de nascimento ou distribuição geográfica na natureza.
O trabalho de reprodução e conservação de animais não nativos, mais as atividades de intercâmbio (incluindo criatórios especializados e refúgios/reservas nacionais) têm possibilitado não apenas a sobrevivência de um grande número deles, mas contribuído para que eles se multipliquem e tenham, em certos casos, deixado de ser considerados ameaçados de extinção.
Para se ter uma ideia, um casal de urso-de-óculos que chegou ao Zoo na década de 1970, vem reproduzindo desde então. Seus descendentes foram enviados para diversas partes do Brasil e até mesmo para o Japão. Outros exemplos são os chimpanzés, com cinco filhos, camelídeos, avestruzes e hipopótamos.
Esta é uma função relativamente nova entre os zoológicos - a de fiadores da fauna. Adicionado ao potencial educativo, cultural e de pesquisa que oferecem a estudiosos e ao público em geral, estas organizações, antes voltadas majoritariamente à recreação e ao lazer, vêm desempenhando um papel cada vez mais importante e indispensável na manutenção do equilíbrio ecológico. E o Zoo da Fundação Zoobotânica nunca deixou de cumprir com este tipo de atividade conservacionista, que é intrínseco a seus principais objetivos institucionais e razão de ser de sua existência.
156 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
MamíferosO termo exótico é utilizado em diferentes contextos. Neste livro, refere-se aos animais que possuem seu habitat natural fora do Brasil. O Zoo possui exemplares de mamíferos de todos os continentes, exceto da Antártida. Das 145 espécies em exposição, 26 mamíferos são exóticos. Com exceção de algumas espécies de aves e de répteis, os mamíferos constituem um especial pólo de atração para os visitantes do Parque Zoológico. Dentre eles o leão, o urso, o elefante e o quase humano chimpanzé. É em grande parte, devido a sua presença que o público procura o Zoo - e que eles são, desde 1962, imprescindíveis ao seu patrimônio faunístico.
Um importante aspecto relativo aos mamíferos exóticos, antes do entretenimento ao público, é a conservação destas espécies. Com a alimentação balanceada e sem os riscos da vida natural, o tempo de vida destes animais tende a ser maior, o que possibilita o incremento de novos indivíduos às espécies ameaçadas de extinção.
Um exemplo de conservação genética dos zoológicos é o rinoceronte-negro, que integrava o plantel do Zoo e foi enviado à África visando à conservação de sua espécie. Esta permuta resultou no recebimento de um casal de rinoceronte-branco.
Foto: Camila Domingues
157MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
158 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
159MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
160 ANIMAIS EXÓTICOS MAMÍFEROS
CHIMPANZÉPan troglodythes
Família: HominidaePeso: 40 a 60 kg
Longevidade: 60 anosGestação: 240 dias
Crias por parto: 1Alimentação: Omnívora
Habitat: Florestas e SavanasDistribuição: África
Foto: Camila Domingues
Suas populações diminuíram de forma acelerada pela destruição das matas e pela caça para a venda de filhotes ou partes do corpo.
161MAMÍFEROS ANIMAIS EXÓTICOS
No Zoo, encontram-se instalados numa ilha. A família de mandris é composta pelo macho “Tubino”,
a fêmea “Sabrina” e mais três filhotes de idades diferentes.
MANDRILMandrillus sphinx
Família: CercopithecidaePeso: 12 a 25 kgLongevidade: 45 anosGestação: 220 diasCrias por parto: 1Alimentação: OmnívoraHabitat: FlorestasDistribuição: África
Foto: Camila Domingues
162 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
163MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
164 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
165MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
166 ANIMAIS EXÓTICOS MAMÍFEROS
BABUÍNO-SAGRADOPapio hamadryas
Família: CercopithecidaePeso: 12 a 20 kg
Longevidade: 36 anosGestação: 165 a 174 dias
Crias por parto: 1Alimentação: Omnívora
Habitat: Savanas, Montanhas e Florestas abertas
Distribuição: África e Ásia
Foto: Camila Domingues
Vive em bandos que são altamente hierarquizados. O macho alfa (líder do grupo) possui um harém, no qual existe uma fêmea dominante.
167MAMÍFEROS ANIMAIS EXÓTICOS
URSO-DE-ÓCULOSTremarctos ornatus
Família: UrsidaePeso: 70 a 140 kgLongevidade: 30 anosGestação: 240 a 260 diasCrias por parto: 1 a 3Alimentação: OmnívoraHabitat: Florestas e MontanhasDistribuição: América do Sul
Foto: Eduardo Seidl
Tem capacidade de subir em altas árvores para se alimentar de frutas
e bromeliáceas. No alto, constróem plataformas de galhos quebrados
onde descansam e comem.
168 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
169MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
170 ANIMAIS EXÓTICOS MAMÍFEROS
Vive geralmente em grupos familiares.As fêmeas são responsáveis por caçar o alimento, entretanto, os machos querem ser os primeiros a comer. Encontram-se
no topo da cadeia alimentar.
LEÃOPanthera leo
Família: FelidaePeso: 180 a 220 kgLongevidade: 15 anosGestação: 100 a 120 diasCrias por parto: 1 a 4Alimentação: CarnívoraHabitat: SavanasDistribuição: África e Índia
Foto: Camila Domingues
171MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
172 ANIMAIS EXÓTICOS MAMÍFEROS
É o maior e mais forte de todos os felinos. O declínio populacional deve-se à perda de habitat e à caça predatória.
O casal “Pequeno” e “Carol” adoram entrar na água em dias de calor.
TIGRE-DE-BENGALAPanthera tigris
Família: FelidaePeso: 230 a 270 kgLongevidade: 20 anosGestação: 100 a 108 diasCrias por parto: 2 a 4Alimentação: CarnívoraHabitat: FlorestasDistribuição: Ásia
Foto: Camila Domingues
173MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
174 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
175MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
176 ANIMAIS EXÓTICOS MAMÍFEROS
Elegante, o macho chama a atenção pelos chifres espiralados. Tem coloração distinta da fêmea.
CERVICAPRAAntilope cervicapra
Família: BovidaeComprimento: 100 a 150 cmAltura: 70 a 80 cmPeso: 38 kgLongevidade: 15 anosGestação: 180 diasCrias por parto: 1 ou 2Habitat: BosquesAlimentação: HerbívoraDistribuição: Índia
Foto: Camila Domingues
SERVALLeptailurus serval
Família: FelidaePeso: Até 18 kg
Longevidade: 10 anosGestação: 74 dias
Crias por parto: 1 a 3 Alimentação: Carnívora
Habitat: SavanasDistribuição: África
Foto: Claudio Fachel
“Zumba”, o macho, nasceu no Zoo em 2003, vive com a fêmea “Luanda”.Esta espécie de felino possui pernas e orelhas longas bem características.
177MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
178 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
179MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
180 ANIMAIS EXÓTICOS MAMÍFEROS
CERVO-DAMADama dama
Família: CervidaePeso: 30 a 100 kg
Longevidade: 15 anosGestação: 230 a 240 dias
Crias por parto: 1Alimentação: Herbívora
Habitat: FlorestasDistribuição: Europa e Ásia
Foto: Eduardo Seidl
O macho tem chifres desenvolvidos, que caem anualmente após a temporada reprodutiva. Tem filhotes anualmente.
181MAMÍFEROS ANIMAIS EXÓTICOS
Somente o macho possui chifres, quecrescem e ganham mais ramificações
ao longo do ano, caindo após a época da reprodução. Na natureza, o macho
dominante forma um “harém” onde ficam as fêmeas e os filhotes mais novos.
CERVO-VERMELHOCervus elaphus
Família: CervidaePeso: 100 a 350 kgLongevidade: 18 anosGestação: 230 a 270 diasCrias por parto: 1Alimentação: HerbívoraHabitat: FlorestasDistribuição: Europa, Ásia, África e América do Norte
Foto: Camila Domingues
182 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
183MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
184 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
185MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
186 ANIMAIS EXÓTICOS MAMÍFEROS
CERVO-SAMBARCervus unicolor
Família: CervidaePeso: 150 a 270 kg
Longevidade: 18 anosGestação: 230 a 240 dias
Crias por parto: 1Alimentação: Herbívora
Habitat: FlorestasDistribuição: Ásia e Indonésia
Foto: Eduardo Seidl
São as presas preferidas dos tigres na natureza. No Zoo, convivem com os cervos-dama no mesmo recinto.
187MAMÍFEROS ANIMAIS EXÓTICOS
Animais muito ativos desde o nascimento. Os machos diferenciam-se
das fêmeas por serem bem maiores e por possuírem uma longa barba no
queixo, pescoço, peito e parte posterior dos membros dianteiros.
CABRA-DE-AOUDADAmmotragus lervia
Família: BovidaePeso: 50 a 120 kgLongevidade: 15 anosGestação: 150 a 160 diasCrias por parto: 1 ou 2 Alimentação: HerbívoraHabitat: Zonas áridas e rochosasDistribuição: África
Foto: Claudio Fachel
188 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
189MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
190 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
191MAMÍFEROS ANIMAIS EXÓTICOS
RINOCERONTE-BRANCOCeratotherium simum
Família: RhinocerotidaePeso: 3 ton
Longevidade: 45 anosGestação: 510 a 540 dias
Crias por parto: 1Alimentação: Herbívora
Habitat: SavanasDistribuição: África
Foto: Camila Domingues
Seu nome significa "cavalo de rio", por seus hábitos aquáticos. No
Zoo nasceram e se criaram dois gêmeos, fato raro de acontecer.
HIPOPÓTAMOHippopotamus amphibius
Família: HippopotamidaePeso: 1.400 a 3.200 kgLongevidade: 45 anosGestação: 210 a 255 diasCrias por parto: 1Alimentação: HerbívoraHabitat: Rios, Lagose CamposDistribuição: África
Foto: Camila Domingues
É a maior espécie de rinoceronte. O casal existente no Zoo foi permutado por um macho de rinoceronte negro, necessário para um projeto de recuperação da espécie na África.
192 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
193MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
194 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
195MAMÍFEROS ANIMAIS EXÓTICOS
Ao contrário das fêmeas do elefante-africano, as fêmeas
de elefante-indiano não possuem as presas de marfim.
A elefante Pink é o animal mais antigo do zoológico.
ELEFANTE-INDIANOElephas maximus
Família: ElephantidaePeso: 5 tonLongevidade: 60 a 80 anosGestação: 640 a 660 diasCrias por parto: 1Alimentação: HerbívoraHabitat: FlorestasDistribuição: Ásia e Indonésia
Foto: Camila Domingues
ZEBRA-GRANTEquus burchelli bohmi
Família: EquidaePeso: 230 a 320 kg
Longevidade: 25 a 30 anosGestação: 345 a 390 dias
Crias por parto: 1Alimentação: Herbívora
Habitat: SavanasDistribuição: África
Foto: Camila Domingues
Na natureza, vivem em grandes manadas, muitas vezes dentro de manadas ainda maiores de gnus. As duas fêmeas do plantel nasceram no Zoo. As listras de cada animal formam um padrão único e individual.
196 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
197MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
198 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
199MAMÍFEROS ANIMAIS EXÓTICOS
GUANACOLama guanicoe
Família: CamelidaePeso: 60 a 75 kg
Longevidade: 30 anosGestação: 345 a 360 dias
Crias por parto: 1Alimentação: Herbívora
Habitat: Cordilheira dos AndesDistribuição: América do Sul
Foto: Camila Domingues
Excelentes corredores e nadadores.Quando ameaçados, o grupo foge, mas o macho alfa se mantém entre o grupo e a ameaça. Todos os exemplares que vivem no Zoo nasceram no parque.
200 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
201MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
202 ANIMAIS EXÓTICOS MAMÍFEROS
Sua grossa pelagem as protegem do frio. Normalmente são muito calmas,
mas quando estressadas podem espirrar muco no “alvo” de sua atenção.
LHAMALama glama
Família: CamelidaePeso: 70 a 150 kgLongevidade: 22 anosGestação: 348 a 368 diasCrias por parto: 1Alimentação: HerbívoraHabitat: Cordilheira dos Andes Distribuição: América do Sul
Foto: Eduardo Seidl
CAMELO Camelus bactrianus
Família: CamelidaePeso: 450 a 550 kg
Longevidade: 40 anosGestação: 350 a 420 dias
Crias por parto: 1Alimentação: Herbívora
Habitat: Estepes e semi-desertos
Distribuição: Ásia
Foto: Camila Domingues
Podem suportar temperaturas extremas, tanto no frio como no calor. Também ficam grandes períodos sem comer ou beber.
203MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
204 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
AvesO plantel do Zoo privilegia os animais da fauna nativa, ou seja, aqueles originários do Brasil. Mesmo assim, as aves exóticas são representadas por 20 espécies, tais como cisnes-brancos, casuares, avestruzes, condores-andinos e pavões, que constituem um componente essencial de seu setor de exibição de aves. Elas são originárias de todos os continentes, exceto da Antártida.
As maiores aves do mundo estão no Zoo e pertencem ao grupo das “ratitas”: avestruz, casuar, ema (nativa), emu e kiwi (este, o único do grupo que o Zoo não possui). As ratitas são aves que perderam a capacidade de voar e apresentam o osso do peito achatado como uma característica marcante, diferente das aves que voam, que possuem esse osso dividido por uma quilha, em cujos lados acomoda-se a musculatura de voo.
O Zoo também abriga a maior ave voadora do planeta, o condor-dos-andes, que chega a pesar 12 quilos. Atualmente, são conhecidas mais de 10 mil espécies de aves no planeta.
Foto: Camila Domingues
205MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
206 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
207AVES ANIMAIS EXÓTICOS
PATO-MANDARIMAix galericulata
Família: AnatidaeAlimentação: Sementes,
Vegetais e Invertebrados Aquáticos
Habitat: Banhado e LagoaDistribuição: Ásia
Foto: Claudio Fachel
O macho e a fêmea são muito diferentes na coloração. Fazem ninho em caixas de madeira que imitam o oco de uma árvore.
208 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
209MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
210 ANIMAIS EXÓTICOS AVES
MARRECA-DA-CAROLINAAix sponsa
Família: AnatidaeAlimentação: Sementes e
Vegetais AquáticosHabitat: Banhado e lagoaDistribuição: América do
Norte e Central
Foto: Claudio Fachel
O macho é exuberante em sua plumagem adulta. A fêmea é parda.
CASUARCasuarius casuarius
Família: CasuariidaeAlimentação: Frutos, Fungos, Invertebrados e Pequenos VertebradosHabitat: FlorestasDistribuição: Austrália e Nova Guiné
Foto: Sérgio Neglia Bavaresco
Ave de hábitos florestais. É bastante agressiva. Usa as
patas para se defender.
211MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
212 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
213MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
214 ANIMAIS EXÓTICOS AVES
CISNE-BRANCOCygnus olor
Família: AnatidaeAlimentação: Sementes,
Vegetais e Invertebrados Aquáticos
Habitat: Ambientes aquáticosDistribuição: Europa e Ásia
Foto: Camila Domingues
É o maior cisne do Zoo. A maioria dos animais do plantel é nascida aqui.
CISNE-NEGROCygnus atratus
Família: AnatidaeAlimentação: Vegetais AquáticosHabitat: Banhado e lagoasDistribuição: Austrália
Foto: Sérgio Neglia Bavaresco
Apesar de não ser uma espécie nativa, encontra o ambiente ideal
para reprodução no Zoo.
215MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
216 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
217MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
218 ANIMAIS EXÓTICOS AVES
GANSO-EGÍPCIOAlopochen aegyptiaca
Família: AnatidaeAlimentação: Gramíneas,
Sementes, Folhas e Invertebrados
Habitat: Áreas úmidasDistribuição: África
Foto: Claudio Fachel
Este belo anatídeo de pernas longas, apesar do nome e de certa semelhança, não é um ganso típico.
219AVES ANIMAIS EXÓTICOS
É uma das maiores aves voadoras do mundo, cuja envergadura pode ser
superior a três metros. Está ameaçada devido à destruição do seu habitat e ao
envenenamento de carcaças de gado das quais se alimenta.
CONDOR-DOS-ANDESVultur gryphus
Família: CathartidaeAlimentação: Animais debilitados ou mortosHabitat: MontanhasDistribuição: Oeste da América do Sul
Foto: Claudio Fachel
220 ANIMAIS NATIVOS MAMÍFEROS
221MAMÍFEROS ANIMAIS NATIVOS
223
NATIVAS Mamíferos - Bugio-ruivo; bugio-preto; macaco-aranha-preto; macaco-aranha-da-cara-branca; macaco-prego; macaco-da-noite; sagui-pincel-preto; sagui-de-cara-branca; mico-leão-cara-da-dourada; tamanduá-bandeira; tamanduá-mirim; quati; furão; cutia; paca; ratão-do-banhado; ouriço-caixeiro; capivara; lontra; mão-pelada; graxaim-do-campo; lobo-guará; jaguatirica; puma; onça (pintada/preta); anta; porco-do-mato-cateto; porco-do-mato-queixada; veado-virá; Aves - ema; garça-vaqueira; socó-boi; flamingo-chileno; marreca-caneleira; marreca-piadeira; marreca-de-coleira; marreca-pé-vermelho; marreca-toucinho; cisne-pescoço-preto; coscoroba; pato-do-mato; urubu-de-cabeça-vermelha; urubu-rei; águia-chilena; gavião-de-rabo-branco; carancho; chimango; carrapateiro; jacuaçu; mutum-cavalo; mutum-pinima; cujubi; quero-quero; arara-azul-e-amarela; arara-vermelha-e-verde; arara-vermelha-e-amarela; caturrita; arara-azul; guarajuba; jandaia; periquito-tiriba; papagaio-charão; papagaio-papa-cacau; papagaio-verdadeiro; papagaio-curica; papagaio-moleiro; papagaio-de-peito-roxo; papagaio-chauá; coruja-das-torres; coruja-orelhuda; jacurutu; tucanuçu; tucano-de-peito-branco; tucano-de-bico-verde; cuiu-cuiu; pintassilgo; canário-da-terra; trinca-ferro-verdadeiro; saíra-sete-cores; coleirinho-de-gravata; coleiro-do-brejo; sanhaçu-frade; saíra-preciosa; cardeal; cardeal-do-banhado; corrupião; Répteis - tigre-d´água; jabuti-cabeça-vermelha; iguana; jabuti-tinga; cágado-de-barbichas; cágado-preto; jacaré-de-papo-amarelo; jiboia; sucuri; falsa-coral.
EXÓTICASMamíferos - Rhesus; babuíno-sagrado; mandril; chimpanzé; porco-espinho; porco-espinho; urso-de-óculos; tigre; leão; serval; elefante-indiano; zebra-grant; rinoceronte-branco; javali; hipopotamo; guanaco; lhama; alpaca; camelo; cervo-sambar; cervo-vermelho; cervo-dama; antílope-d´água-elipsen; cabra-de-aoudad; cervicapra; búfalo-mediterrâneo; Aves - avestruz; emu; casuar; cisne-branco; cisne-negro; ganso-sinaleiro; pato-mandarim; pato-colorado; ganso-egípcio; marreca-canadense; marreca-da-carolina; ganso-do-orinoco; ganso-canadense; condor; faisão-lady; faisão-de-coleira; pavão; pavão-branco; faisão-dourado-vermelho; periquito-barranqueiro; Répteis - tartaruga-americana; salamanta; piton.
Espécies do Zoo
225
Desde sua fundação, o Parque Zoológico foi conduzido pelos seguintes diretores:
Carlos Edmundo Arnt Netto – 1962 a 1963Francisco Ernesto Tavares Rebouças – Fevereiro a maio de 1963Valdir Francisco da Costa Marques – 1963 a 1964Ivo Sanguinetti – 1964 a 1965Ary Caldeira da Silva – 1965 a 1967Gilberto Conrado Mattes – 1967 a 1979José Luiz Bohrer – Março a junho de 1979 Hélio Fernando Saraiva – 1979 a 1981Ênio Correa – 1982 a 1983Cláudio Giacomini – 1983 a 1986Cláudio Marinho – Junho a dezembro de 1986Renato Petry Leal – Fevereiro a agosto de 1987Olisses Pedro Chitolina – 1987 a 1989Cláudio Giacomini – 1989 a 1991Miriam Simone Cardoso Colombo – 1991 a 1995Cláudio Giacomini – 1995 a 1998Clemara Goulart Rodrigues da Silva – Novembro e dezembro de 1998Gleide Marsicano – Janeiro a junho de 1999Luis Fernando da Silva Barrios – 1999 a 2002Jorge Cesarino Severo Dupont – Janeiro a abril de 2003Eduardo Martins Medeiros – Abril a dezembro de 2003Marcelo Linck – Janeiro a abril de 2004Carlos Rubem Schreiner – 2004 a 2005João Carlos Jardim – 2005 a 2009Ivo Roque Tomazeli – 2009 a 2011Sérgio Roberto Viero – 2011 a 2012Luiz Carlos de Lima Leite – Abril a julho de 2012Felipe Giron (interino) – Julho a outubro de 2012Sérgio Roberto Viero – Desde outubro de 2012
Direção do Parque
Belton, W. 2004. Aves Silvestres do Rio Grande do Sul. 4ed. Porto Alegre, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul.
Fontana, C. S.; Bencke, G. A. & Reis, R. E. Eds. 2003. Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Edipucrs.
Machado, A. B. M.; Martins, C. S. & Drummond, G. M. Eds. 2005. Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção: Incluindo as Listas das Espécies Quase Ameaçadas e Deficientes em Dados. Belo Horizonte, Fundação Biodiversitas.
MMA - Ministério do Meio Ambiente. 2008. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Brasília, Belo Horizonte, MMA, Fundação Biodiversitas.
Silva, F. 1994. Mamíferos Silvestres Rio Grande do Sul. 2ed. Porto Alegre, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul.
Bibliografia