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.•xs»HM4.V? !W/5? nstrução 239: Lenha Seca na Fogueira da Inflação*' Texto na página .....¦ .._., . - . ,v æ.•. •¦'•¦. •¦';y-±> Forças Nacionalistas Mobilizam Todo ./ o Povo Para a Luta Contra a Política do FMI e Pelas Reformas de Base k k Reportagem na 8* página Assembléia contra a carestia Convócadu por uma oòmls- são dp combate'ã carestla e aos sonegadores, constituída pelas socledudes cie amigos ¦ rins bairros, será realizada domingo, dia 28, às 13 lio- ias, na sede da ACRIAPf. no conjunto residencial do 1AI'I em Del Castilho, uma assembléia paia debate dc medidas a serem tomadas na campanha contra <> ts.it- mento do custo d»; vida. A ordem do dia da reunião é a seguinte: l balanço da campanha rie recolhimohtò de assinaturas ao momo- rial dirigido ao presidente ria República; 2 elabora- ção de novo plano rir» ai.'ão contra a carestia e o dosem- prego. Espôra-se grande compa- reçiménto por parte dos re- preséntantcs das sociedades coligadas. 40% é confisco imposto a quem passa fome Porta-vozes do Go- vêrno *"no\ Càmfrgi-ji. reconhecem de público qUM-iraúmento de 40% ao funcionalismo civil e militar da União é um confisco. E é disso realmente que se tra- ta: um confisco puro e simples de pelo menos 30% nos vencimentos do funcionalismo, que do aumento ante- rior para ca o custo da vida se elevou no mi- nimo em 70%, con for- me as estatísticas ido próprio Governo. Quer dizer: conscienlemen- te, pretende-se confie- car um terço dos sala- rios do funcionalismo, isto é, aumentar em um terço as dificulda- des e, em muitos ca- sos, a fome dos servi- dores da União e suus familias. Por quê? Diz o mi- nistro San Tiago Dan-, tas: para conter a in- fiação é necessário ês- se confisco, pois de ou- tro modo o Governo terá de fazer grandes emissões. Admitida que seja u necessidade do confis- co, impõe-se a pergun- ta: —¦ Não é uma de- sumanidade confiscar de quem vive na miséria, por culpa da inflação? Que «esquer- da positiva» é esta que submete õs servidores públicos a tão cruel confisco e ao mesmo tempo doa bilhões de cruzeiros à IT&T e, por uma portaria da SUMOC, aumenta os lucros escandalosos dos exportadores? Por nue não «confiscam alguns bilhões do ca- pitai estrangeiro espo- liador, da indústria farmacêutica, da in- dústria uutomobUisii- ca, dos sonegadores de impostos, dos nababos da Associação Comer? ciai, que diziam, em junho do ano passado, estar em condições de emprestar 500 bilhões de cruzeiros ao Govêr- no? São admitir o dem- mano confisco dos ser- vidores públicos é um ¦¦crer di honra c unia CADERNOS DO POVO próxima texti-felri. dia *>. a partir das IR bo- ras, na Feira do Livro da Guanabara, haverá lança- mento festivo de novas pu- blicaçoes da Cotação Çader- nus do Povo, editada pela Civilização Brasileira. Meiga Holfman. Jorge Mlglioli. Sil- vlo Monteiro, Maria Augus ta Tibiriçá Miranda. Paulo Séliilllng o o padre Aluislo GtieiTa estarão presente* autografando seú* traba- lhos. Os autógrafos serão tilstrl- Iiuldos nas barracas da O- vili/.acãu Brnjllélra; Llvrá- ri» Prlinlipàl e Casa do Ks- tudante. wãwmm 1 I ,,mm 9-^^p— Rimo æ—U mm 11LIV JB*n*--aaa> . æSrliilling o o padre +IK ^B :^sw m m.ÆaV^^^ JtnV ' ^^ aWpresente* æpk ^^.A\ aaPtnv^t^tTÉn» -mmmmautografando traba- æ¦ ^^^*n^an^aa^anur*atsiaas***i^»-»"»»»---»---»^»-»----*--™Iiuldos nas barracas da O- CGT e PUA Jyntam-se los larna|áoV|íií - •^r<- ,*?•¦"* l--.fr" -'il-&tú -.¦,'X' ', ' . ' '-<:-- r ¦¦'¦ '&V;;;"' '¦" '.:'¦¦: ¦ •. Lv'i*aeao S favtt na I* página I ¦ ^C -EHt^^-àSC!' ffaanW . -1*aa JB ÍÉjki i . fUHÉav-pBL-«ol le ' Jp^P^aST"' ""7 ¦' w,l''''?'*;T.:'.':'. 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' v^ajà ^Ul ^ ¦// .1 ^aaVJBbWa. flIéT* ^Oannw i .:,-.- ... v^-sàs*í'- ¦ ¦¦ ¦• 'v -¦.'1.. yy..yi úi Unir I%ra Vencer Estamos assistindo nesses dias a um particular aguçamento da luta política no Pais. A cada dia pode-se até dlxer, a cada hora torna-se mais aceso o chique entre os interesses vitais dn esmagndoni maioria da Nação e os monstruoso* privi- léglos que resultam da t-spollaçã.0 impe- rlslista e da sobrevivência de uma estrutu- . ra econômieo-soclal cujos frutas sfio a miséria, o atraso e a Incultlira. A minoria antinaelonal e reacionária não admite que essea privilegias sejam .suprimidos, qiit ns massas ao povo elevem os seus padroc* dc vida. Quando sente que é necessário con- . ter a inflação não o Uir. retirando recursos dos que os nossuem em demasia, mas con- fiscando impledosamente uma parte sutis- tancia! dos vencimentos de loine do (un- cionalismo. Todos os integrantes dessa mi- norla se diziam partidários da reforma agrária, mas quando o assunto é posto na ordem-do-dia tiram a máscara, mosliam sua hedionda face de senhores hicdlèvals e alardeiam a chantagem de uma Imagina- ria abolição da propriedade privada. Fa- Iam em patriotismo, mas nao vacilam em alienar a soberania nacional em troca de migalhas concedidas sob compromissos que humilham o Pais. Exaltam a demoeni- cia representativa, mas não deixam de conspirar contra ás liberdades demnçráü- ca*, inclusive tentando implantar o "gòrl- llnuoí'. . . ., Há. contudo, uma realidade nova, no mundo e no Brasil.'Hoje. essa minoria de «Ócio* dos trastes norte-americanos e de. defensores do'latifúndio nâo consegue, co- mo pretende, mlstlflcar nem submeter a aos seu» Interesses, como. vinha .•íawV-há . alguns -anos. «;Uiri». parte da povo brasileiro,. adqui- á.oonscUncla dos.seus direitos naclo- nals e sociais, bem como a consciência de que tanto a razão como a força real estão do. seu lado E é cada dia maior o número desses homens e mulheres que. nor todo o Pais, ganham plena consciência do que devem e do que podem ser. Politicos reaclo- nários como Lacerda e Falcão, jornais ven- dldos como "O Olobo" e "O Estado de São Paulo" ou organizações de especuladores como oCONCLAPe a Sociedade Rural en- contram hoje pela frente uma opinião pú- hbllca qUe nào deixa facilmente enga- Tiélar. Também nio enganam ao povo os passes de hiágien de homens do Govêmo como o ministro San Tlaeo Dantas, que fala cm Independência, mas a condiciona ao Departamento de E.Uadu nortc-amerl- cano, e jura acabar com a Inflação, mas cria o dcseniDtégo na indústria e aumenta a miséria das massas, A obstinação da minoria entreguista e reacionária na defesa dc seus desumanos privilégios c, por outro lado. a determina- ção do nosso povo de por fini-à espoliação imperiallsta e conquistar mna fida melhor constituem o fundo .sobre o qual se desen-. rolam os agudos choques políticos de nos» sos dias Trata-se, para o povo, de - nlò permitir que aquela minoria antinaelonal impeça ou castre as reformas de estrutura, especialmente a reforma agrária, e con- iiuiie a levai á prática a atual política econòmico-liuanccira. que amarra o Bra- sil ás imposições colonialistas do FMI agenda do imperialismo ianque -- e agra- va as insuportáveis condições de vida das massas, As forças patrióticas e democráticas têm todas ás condições para a vitória nes- sa luta O que se faz necessário é dlnami- zar essas condições, utilizando-as com jus- teza e audácia. K para Isso é Indispensá- vrl. antes dc tudo. unir. Nos últimos dias. as correntes nacionalistas deram inicio a novos e significativos passos no sentido dessa unidade, que todos os verdadeiros patriotas podem saudar com entusiás- mo. Quanto mais ampla e mala solide for essa unidade tanto mais seguro e mais próximo será o êxito da luta pelas reter- mas, pelas liberdades democrática*, por -umft.i>oUilca inferna e ,e|híetn*"ique re> ,t«, ne 'i.Ua, as; asplràçó*r(A? Irnltf.wntíéacla e progresjjp do 'povo brafíDeln». Data cessidade de fe unirem as forças do pro- gresso por toda parte, desde as fabricas e os campos, ns csflo.làs e os quartéis, as repartições e os sindicatos até as bancadas parlamentares, nacionalistas e a* persona- lidades de convicções patriótíeas; . Fazer avançar essa unidade," sobre a base da mobilização e da ação das mais amplas camadas da sociedade brasileira por uma política dc conteúdo nacionalista e democrático patfc o nosso Pais. executada por.homens que inspirem confiança n" povo, é abrir o caminho pára a vitória. As "Esquerdas" do Professor San Tiago Artigo de GIQCONDO DIAS, na 3* página Pureza (foto) comanda a lula dos camponeses do imhé pela conquista da ter- ra. Velho batalhador. cam- pónès como os 300 acampa- dos nas terras açucarei ias fluminenses. Pureza oiien- ta-os, ensina-os como se lu- ta pela reforma agiáúa^ Èlip Parmigiani, repórter de NR. esteve no Imbí* com os -lavradores c seu líder. Conta em. reportagem que eàtá na 7n.' página, como vivem aqueles camponeses, como flsiíio organizados e qual é o caminho que esco- llieram para. pacificamente, obterem aquilo que e de di- reito: um pedaço de terra para lavrai. A sua iiarratl- va fi também um apelo a so- lidaricriarir de todos ope- rários, estudantes e pátrio- tas para que a lula dos acampados de Imbé seja mais uma vitória no cami- nho que os camponeses bra- silciro. 11 meenvam a n illi \yy-i <>¦.;< ' ''ir ;i xòrdudci- lu iciuiam agrária. 70 Mil Ferroviários Paulistas Lutam Por Aumento de Salários Texto na 2* página NR de Ia de Maio Circulará na próxima .«gunda-feira. dia 29, apresentando entre outras material de atualidade; ~- OS COMUNISTAS E AS REFORMAS OE BASE -~ AS LUTAS OPERÁRIAS NO BRASIL PRESTES FALA SOBRE OS CAMINHOS DA REVOLUÇÃO PRONUNCIAMENTO DOS COMUNISTAS SOBRE A SITUA- -¦• ¦ ÇAO POLÍTICA DO PAIS

W/5? - marxists.org · -1 NOVOS RUMOS lie dt Jonoiro, 26 o 30 do abril do 1963 — CGT e PUA Juntam-se Aos Barnabés Pára Derrotar 40% do FMI Toda a força do movimen. ¦o …

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Page 1: W/5? - marxists.org · -1 NOVOS RUMOS lie dt Jonoiro, 26 o 30 do abril do 1963 — CGT e PUA Juntam-se Aos Barnabés Pára Derrotar 40% do FMI Toda a força do movimen. ¦o …

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nstrução 239: Lenha Seca na Fogueira da Inflação*'Texto napágina

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Forças Nacionalistas Mobilizam Todo./

o Povo Para a Luta Contra a Políticado FMI e Pelas Reformas de Base

k k Reportagem na 8* página

Assembléia

contra a

carestiaConvócadu por uma oòmls-

são dp combate'ã carestla eaos sonegadores, constituídapelas socledudes cie amigos ¦rins bairros, será realizadadomingo, dia 28, às 13 lio-ias, na sede da ACRIAPf.no conjunto residencial do1AI'I em Del Castilho, umaassembléia paia debate dcmedidas a serem tomadasna campanha contra <> ts.it-mento do custo d»; vida. Aordem do dia da reunião éa seguinte: l — balanço dacampanha rie recolhimohtòde assinaturas ao momo-rial dirigido ao presidenteria República; 2 — elabora-ção de novo plano rir» ai.'ãocontra a carestia e o dosem-prego.

Espôra-se grande compa-reçiménto por parte dos re-preséntantcs das sociedadescoligadas.

40% é confisco

imposto a

quem

passa fomePorta-vozes do Go-

vêrno *"no\ Càmfrgi-ji.reconhecem de públicoqUM-iraúmento de 40%ao funcionalismo civile militar da União éum confisco. E é dissorealmente que se tra-ta: um confisco puro esimples de pelo menos30% nos vencimentosdo funcionalismo, jáque do aumento ante-rior para ca o custo davida se elevou no mi-nimo em 70%, con for-me as estatísticas idopróprio Governo. Querdizer: conscienlemen-te, pretende-se confie-car um terço dos sala-rios do funcionalismo,isto é, aumentar emum terço as dificulda-des e, em muitos ca-sos, a fome dos servi-dores da União e suusfamilias.

Por quê? Diz o mi-nistro San Tiago Dan-,tas: para conter a in-fiação é necessário ês-se confisco, pois de ou-tro modo o Governoterá de fazer grandesemissões.

Admitida que seja unecessidade do confis-co, impõe-se a pergun-ta: —¦ Não é uma de-sumanidade confiscarde quem já vive namiséria, por culpa dainflação? Que «esquer-da positiva» é esta quesubmete õs servidorespúblicos a tão cruelconfisco e ao mesmotempo doa bilhões decruzeiros à IT&T e,por uma portaria daSUMOC, aumenta oslucros escandalososdos exportadores? Pornue não «confiscamalguns bilhões do ca-pitai estrangeiro espo-liador, da indústriafarmacêutica, da in-dústria uutomobUisii-ca, dos sonegadores deimpostos, dos nababosda Associação Comer?ciai, que diziam, emjunho do ano passado,estar em condições deemprestar 500 bilhõesde cruzeiros ao Govêr-no?

São admitir o dem-mano confisco dos ser-vidores públicos é um¦¦crer di honra c unia

CADERNOSDO POVO

N» próxima texti-felri.dia *>. a partir das IR bo-ras, na Feira do Livro daGuanabara, haverá lança-mento festivo de novas pu-blicaçoes da Cotação Çader-nus do Povo, editada pelaCivilização Brasileira. MeigaHolfman. Jorge Mlglioli. Sil-vlo Monteiro, Maria Augusta Tibiriçá Miranda. PauloSéliilllng o o padre AluisloGtieiTa estarão presente*autografando seú* traba-lhos.

Os autógrafos serão tilstrl-Iiuldos nas barracas da O-vili/.acãu Brnjllélra; Llvrá-ri» Prlinlipàl e Casa do Ks-tudante.

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Unir I%ra VencerEstamos assistindo nesses dias a um

particular aguçamento da luta política noPais. A cada dia — pode-se até dlxer, acada hora — torna-se mais aceso o chiqueentre os interesses vitais dn esmagndonimaioria da Nação e os monstruoso* privi-léglos que resultam da t-spollaçã.0 impe-rlslista e da sobrevivência de uma estrutu- .ra econômieo-soclal cujos frutas sfio amiséria, o atraso e a Incultlira. A minoriaantinaelonal e reacionária não admite queessea privilegias sejam .suprimidos, qiit nsmassas ao povo elevem os seus padroc* dcvida. Quando sente que é necessário con- .ter a inflação não o Uir. retirando recursosdos que os nossuem em demasia, mas con-fiscando impledosamente uma parte sutis-tancia! dos vencimentos de loine do (un-cionalismo. Todos os integrantes dessa mi-norla se diziam partidários da reformaagrária, mas quando o assunto é posto naordem-do-dia tiram a máscara, mosliamsua hedionda face de senhores hicdlèvals ealardeiam a chantagem de uma Imagina-ria abolição da propriedade privada. Fa-Iam em patriotismo, mas nao vacilam emalienar a soberania nacional em troca demigalhas só concedidas sob compromissosque humilham o Pais. Exaltam a demoeni-cia representativa, mas não deixam deconspirar contra ás liberdades demnçráü-ca*, inclusive tentando implantar o "gòrl-llnuoí'. . • . .,

Há. contudo, uma realidade nova, nomundo e no Brasil.'Hoje. essa minoria de«Ócio* dos trastes norte-americanos e de.defensores do'latifúndio nâo consegue, co-mo pretende, mlstlflcar nem submeter a

aos seu» • Interesses, como. vinha.•íawV-há . alguns -anos. «;Uiri».

parte da povo brasileiro,. Já adqui-á.oonscUncla dos.seus direitos naclo-

nals e sociais, bem como a consciência deque tanto a razão como a força real estãodo. seu lado E é cada dia maior o númerodesses homens e mulheres que. nor todo oPais, ganham plena consciência do quedevem e do que podem ser. Politicos reaclo-nários como Lacerda e Falcão, jornais ven-dldos como "O Olobo" e "O Estado de SãoPaulo" ou organizações de especuladorescomo oCONCLAPe a Sociedade Rural en-contram hoje pela frente uma opinião pú-

hbllca qUe nào sé deixa facilmente enga-Tiélar. Também nio enganam ao povo os

passes de hiágien de homens do Govêmocomo o ministro San Tlaeo Dantas, quefala cm Independência, mas a condicionaao Departamento de E.Uadu nortc-amerl-cano, e jura acabar com a Inflação, mascria o dcseniDtégo na indústria e aumentaa miséria das massas,

A obstinação da minoria entreguista ereacionária na defesa dc seus desumanosprivilégios c, por outro lado. a determina-ção do nosso povo de por fini-à espoliaçãoimperiallsta e conquistar mna fida melhorconstituem o fundo .sobre o qual se desen-.rolam os agudos choques políticos de nos»sos dias Trata-se, para o povo, de - nlòpermitir que aquela minoria antinaelonalimpeça ou castre as reformas de estrutura,especialmente a reforma agrária, e con-iiuiie a levai á prática a atual políticaeconòmico-liuanccira. que amarra o Bra-sil ás imposições colonialistas do FMI —agenda do imperialismo ianque -- e agra-va as já insuportáveis condições de vidadas massas,

As forças patrióticas e democráticastêm todas ás condições para a vitória nes-sa luta O que se faz necessário é dlnami-zar essas condições, utilizando-as com jus-teza e audácia. K para Isso é Indispensá-vrl. antes dc tudo. unir. Nos últimos dias.as correntes nacionalistas deram inicio anovos e significativos passos no sentidodessa unidade, que todos os verdadeirospatriotas só podem saudar com entusiás-mo. Quanto mais ampla e mala solide foressa unidade tanto mais seguro e maispróximo será o êxito da luta pelas reter-mas, pelas liberdades democrática*, por-umft.i>oUilca inferna e ,e|híetn*"ique re>,t«, ne 'i.Ua, as; asplràçó*r(A? Irnltf.wntíéaclae progresjjp do 'povo brafíDeln». Data nècessidade de fe unirem as forças do pro-gresso por toda parte, desde as fabricase os campos, ns csflo.làs e os quartéis, asrepartições e os sindicatos até as bancadasparlamentares, nacionalistas e a* persona-lidades de convicções patriótíeas; .

Fazer avançar essa unidade," sobre abase da mobilização e da ação das maisamplas camadas da sociedade brasileirapor uma política dc conteúdo nacionalistae democrático patfc o nosso Pais. executadapor.homens que inspirem confiança n"povo, é abrir o caminho pára a vitória.

As "Esquerdas"do ProfessorSan Tiago

Artigo de GIQCONDO DIAS,na 3* página

Pureza (foto) comandaa lula dos camponeses doimhé pela conquista da ter-ra. Velho batalhador. cam-pónès como os 300 acampa-dos nas terras açucarei iasfluminenses. Pureza oiien-ta-os, ensina-os como se lu-ta pela reforma agiáúa^Èlip Parmigiani, repórterde NR. esteve no Imbí* comos -lavradores c seu líder.Conta em. reportagem queeàtá na 7n.' página, comovivem aqueles camponeses,como flsiíio organizados equal é o caminho que esco-llieram para. pacificamente,obterem aquilo que e de di-reito: um pedaço de terrapara lavrai. A sua iiarratl-va fi também um apelo a so-lidaricriarir de todos — ope-rários, estudantes e pátrio-tas — para que a lula dosacampados de Imbé sejamais uma vitória no cami-nho que os camponeses bra-silciro. 11 meenvam a n illi\yy-i <>¦.;< ' ''ir ;i xòrdudci-lu iciuiam agrária.

70 Mil FerroviáriosPaulistas Lutam PorAumento de Salários

Texto na 2* página

NR de Ia de MaioCirculará na próxima .«gunda-feira. dia 29, apresentando

entre outras material de atualidade;

~- OS COMUNISTAS E AS REFORMAS OE BASE-~ AS LUTAS OPERÁRIAS NO BRASILPRESTES FALA SOBRE OS CAMINHOS DA REVOLUÇÃOPRONUNCIAMENTO DOS COMUNISTAS SOBRE A SITUA-

-¦• ¦ • ÇAO POLÍTICA DO PAIS

Page 2: W/5? - marxists.org · -1 NOVOS RUMOS lie dt Jonoiro, 26 o 30 do abril do 1963 — CGT e PUA Juntam-se Aos Barnabés Pára Derrotar 40% do FMI Toda a força do movimen. ¦o …

-1 NOVOS RUMOS lie dt Jonoiro, 26 o 30 do abril do 1963 —

CGT e PUA Juntam-seAos Barnabés PáraDerrotar 40% do FMIToda a força do movimen.

¦o sindical brasileiro vai serisnçsda em socorro dos bar*nsbés federal», aos quais oGoverno procura negar umaumento de vencimentos emhsses Justas e dignas. OComando Geral dos Traba-lhadores há multo que estávinculado ao movimento eteus dirigentes encontram-se atualmente om Brasíliaparticipando da campanhacontra os 40 por cento, quees servidores rejeitam comoridículo. Na Guanabara reu-nlu-se ontem, quarta-feira, ocomando do poderoso Pai-to de Unidade e Ação, quan*do foram acertadas provi.déncias finais para a parti*tipação dos portuários, es.tivadores o ferroviário* nu-ma campanha do âmbito na-cional,

Diise um dirigente doPI'A:"A participação do Pactode Unidade e Ação nào se-rá apenas de apoio ou so-lldarledade moral. Vamospartir para medidas concre-tas. disposto a. derrubar aintransigência governamen-tai, que é ditada pelo Fun-do Monetário Internacional."FRENTE ÚNICA

Caíram por terra no dia19 passado as tentativasque há multo vinham sen-do feitas para dividir o mo-vimento, com a separaçãodos servidores federais emcivis e militares. Essa ma-nobra, que vinha sendoabertamente estimulada pe-Io Governo e que recebeugenerosa cobertura de ór-gàos da imprensa vincula-dos às correntes políticasmais retrógradas, foi repeli-da durante a manifestaçãorealizada por centenas debarnabés na Associação Bra-sileira de Imprensa, e àqual compareceram repre-smtantes das entidades dosmilitares, oficiais e sargen-tos.

Durante o vigoroso atorealizado na ABI foi seis-da a unldsde entre civis tmilitares, com a derrota dasmanobras divisionistas.

Quem procurava dividir osservidores ds União, jogan-do os militares contra osfuncionários civis?

Sm primeiro lugar, o pró*prio Governo, que so ser-viu do seu ministro daOuerra para hostllisar edastruir a união que as for-mava. Trabalhando em sto-tomátlia warmoalacom êsse grupo oflclsl, en-eontravam-se oa diretoresdo Clube Militar, perten-contas á Crussda Democrá-tica, gente ligada ao IBAD,Lacerda, Cordeiro de Farias,Pena Botto e outras flgu-ras físicas e Juridicss do gol-plsmo. Os clementes maisreacionárias da Marinha.também tiveram participa-çao destacada na tática dl-vislonlsta. Realizaram vá-rias reuniões no Clube Na-vai para elaboração de ta-belas que eram verdadeirosatentados sos direitos dopessoal civil, inclusive coma supressão de outras sen-tidas reivindicações destes.

Porsm os representantesdessas três facções, aparen-temente antagônicas, quepressionaram a diretoriado Clube Militar e consegui-ram com esta a proibiçãode ato da campanha peloaumento, que estava mar-cado para o auditório da-quela entidade. Poucos diasapós essa proibição o Govêr-no anunciava que o aumen-

to seria dt 40%, do oue esaproveitaram os mllltoreeda direita para tentar em*polgsr o movimento, agoracom a exclusão dos barna-

GUERRA AO FMIA luta doe barnabés, oue

Inicialmente tinha carátr-puramente relrlndlcatôrlo.evoluiu com ns Tjrotria*""sgovernamentais e eom a má*fé de que deu provus o oo-vérno, procurando engodaroa barnabés.

Hoje a campanha pe*tos 70% nio é mala de In-teréset apenas dos fundo*nários públicos, t a própriasorte do Pais que está emJogo e como tal é que o pro-blema será tratado. A rixa-"ão do •um*n,'i er\ 4f)' foiImposição dt Fundo Mone-tárlo internacional, au qualse curvou o ministro SanTiago Dantas para conseguiralguns dólares emprestadosna sua última viagem aosEstados Unidos. Isto quer dl-zer que os gringos Já estãointerferindo em setores maisÍntimos da vida nacional, es-tipulando até o salário dosfuncionários do Governobrasileiro.

Pois bem — acentuouo dirigente da UNSP que fa-lava por uma comissão defuncionários e lideres sln*dlcsis — isto não vai acon-tecer. Nós vsmos esmagaressa nova tentativa do FMIde intervir no Brasil. Nio setrata mais de uma luta rei-vlndlcatória, de uma eam*panha puramente salarial.

Nào nos Interessa se eomo aumento superior a 40%o Plano Trlenal será levadoao fracasso; náo nos inte-,ressa se eom o aumento de70% s política de conten-ção do ar. San Tiago Dan-tas será prejudicada. Sln-ceramente, estamos eonven-ridos de que tanto o PlanoTrlenal como a "austerida-de" do ministro da Fazen-di são «'mpKs determina-ções do FMI, e eomo tal se*ráo combatidas.MAIS MANOBRAS

Vendo suas áreas de açãoat encurtarem cada. vesmais, os homens do Govêr-no procuram faaer eoness*sôet aqui t ali, manobran-do no selo de grupos espe-cifleos a fim de confun*dlr a liderança do movi-mento, Ot preferência, ape-Iam os gc*ernaatae para nsfiupus militares, aos quaisacena tom melhorias e au-mento dt vantagens na ta-bela original. Antas, foitentada a transformação doaumento de 40% em "soo-no de emergência'', mano-bra Imediatamente repeti-da, pois os lideres da cam-panha náo mala levam emconsideração qualquer pro-posta em torno de 40%.

A mais recente tentativaoficial foi dirigida aoa ml*lltares. A lntensão. maisuma vez. era «.tender osmilitares, satisfasê-los eafastá-los da campanha,eliminando, assim, um In-dlgesto setor de atrito como Governo. Para isso o 11-der Oliveira Brito reuniu-st eom os três ministrosmilitares depois que o pre-sidente Joio Goulart em-bareou onra o Chile, dosquais recebeu "sugestões sõ*bre a.s emendas a seremintroduzidas."

Dis a nota oficial a ras*ptlto, distribuída pelo ga-binete do ministro da Atro-náutica:

"Ot ministros da Ousrra.Marinha t Aeronáutica as*tiveram rtunldos com odeputado Oliveira Brito, li*der do governo na Câmarados Deputados e relstor doprojeto dt aumento de ven-cimentes, para lht fastrtmentrega das sugestões sô*bre as emendas a serem in-trodusldss naquele do*eumento, ora om tramita-ção nas Casu do Congres*so. O sr. presidente da Rs-pública concordou com assut**-s'õ(N on» seriam nnre-sentadas pelos três mlnls-tros mhltares, as quais te-riam em vista elimlnsr in*correções Introduzidas na

. redação final do projetosubmetido á apreciação doCongresso.''

CEDE O GOVERNO!Atuando em diferentes

frentes, pressionando portodos os meios os círculosgovernamentais, os barna-bés receberam a nota acl*ma como .o sintoma maisevidente de que o Governovê a terra fugir aos seuspés, pois Inclusive no Par-lamento diminui a cada diao apoio com qut contava.Com efeito, quer por consl*derarem o aumento de 40%realmente ridículo, querpor nio desejarem se en*volver em assunto ds re-percussão eleitoral altamen*te negativa, deputados e se-nsdores evitam-pronunciar-se a respeito. Isto, porquenio desejam entrar em cho-que com o Palácio da Alvo*rada, ao mesmo tempo emque lhes poderia ser fatalqualquer palavra que viessea desgostar centenas de fun.clonérios. civis e militaresda União.FALAMOSSARGENTOS

Parcela importante dtqualquer agrupamento ml-litar, os sargentos dss fôr-Ças armadas do Brasil par-tlclpam com grande entu-siasmo e objetividade dacampanha por aumento embases dignas. Através dssuas entidades representa-tlvas. por intermédio dosparlamentarei* que elege-ram n«s últimas eleições, ossargentos da Exército, FABe Marinha levaram por dl-vsrças vêze- o que pensama respeito do assunto e en-vtaram memorial ao Con-gresso defendendo suas rei-vlndlcaçôcs.. .Nas reuniõesdt).* barhtuW á£'f*>:tmJ"ii-presentar cora delegaçõesnumerosas, ás quais os ser-vldores civis dispensam omala carinhoso tratamento.

Falhou, portanto, a tátl-ra oficial de amedrontar osmilitares inferiores e de ca-lar os superiores com pro-postas tentadoras.

Fassando para a área po-litica, o problema dos ser-vldores operou o fenômerode lançar desunas de ml*lhares ds sargentos na mi-htàncla política a desço-berto, arrancando da semi-clandestinidade uma ativi-dade que há muitos anos seoperava nos quartéis..

Oe pronunciamentos dossargentos são francos, dl*tetos e claros. Não aceitamos 40% oferecidos polo Ga-vêrno porque consideraminsuficiente para as suai,necessidades vitais o venci-mento que de tal aumentoresultaria.

Como se sentem na com-panhla de milhares de bar-nabésT

Camponesas do PiauíVao Ter Encontro: Maio

TERESINA iDo corres-ppndente) - As organiza-ções de trabalhadores agri-colas e pequenos proprletà-rios rurais deste Estado es-tão desenvolvendo intensosesforços visando aos prepa-ratlvos do PRIMEIRO EN-CONTRO DE CAMPOME-SES DO PIAUÍ, que se res-llzará no próximo mês demaio em Tereslna.

Essa concentração dasmassas camponesas do Es-tado visa a um necessáriacontato para o debate deproblemas e o encaminha-mento dos meios que pos-sam assegurar soluções àsmais sentidas reivindica-ções da numerosa classe.

BALANÇO

Em primeiro lugar, as As-soclações de Lavradores eTrabalhadores Agrícolas jáexistentes neste Estadopretendem efetuar, durantep ENCONTRO, um Datançirdás atividades Já dsssnvoi-fidas até o momen^) naImplantação e continuidade-*- -sovimsnto camponês no

farão apreciadas as pmi-«sita (ornadas.o sistema de•Ffsalgado e fundo-

HJtJtta <'" rJPIvdilCli'; eM dificuldades an*I t ai perseguiçõesd» parle dos lati-

«EFQBMA AGRARIA

Pretendem os organizado-res do IWCJONITRO quso mesmo #»rva, tauii-wr.vpara uma discussão do rs*

namsnto

SrJ

cento projeto de ReformeAgrária enviado ao Con-gresso pelo presidente, dsRepública, dando oportuni-dade a que os camponesesmanifestem a sua opiniãolivremente sôbre o mesmo.

Acham os lideres campo-neses piauienses que pro-Jetos de tais natureza nãodevem ficar mais restritosàs cúpulas governamentaise dss chamadas classesconservadoras, pois se adestlnação dos seus efeitosé para o camponês êste éque deve amplamente dis-cuti-ios, rejeitando ou aceUtando aS proposições con-tidas.l-NIAO DOSCAMPONESES

üm doa atos marcantesdo ENCONTRO será a fun-daçào da UNIÃO DOSCAMPONESES DO PIAUÍ,que será o órgão de cias-st destinado a centralizar

Io®. 9 movimento dc mo7olsfões do lavradores t Ira-balhadores agrícolas do Es*tado, fnnslonando tomo

suirá estatutos tlabpradosds acordo assa a realidade••jW ¦"WOTs"*^~r^W osj^esp v*,B?4BSsj**-^nesssnooujratpsltaaograudt entendimento e 4o par-tidpaeio, procurando sim-pliflosr o proesssa rtnrt*sentativo t dt nolltissçàoentra os mesmos, visando,sobretudo, k democratiza-ção ds convivência t que sstornem aptos para compre-ender os seus problemas,nas causas i de como sa-tirpá-las.

LIDERESPRESENTE»

Cs promotores do EN-CONTRO estão entrandoem entendimentos com en-idades representativas decamponeses de outros Esta-dos do pais. bem assim comlídties do movimento agra-rio nacional, no sentido deque se .façam representaiou compareçam, numa co-Iaboração da experiênciaposta em prática nouttasregiões do país e como umaforma de prestigiar as lu-tas dos camponeses piaui-enses, os quais somenteagora começam a despertarpara essa ação.

Vários dos convidados Járesponderam às solicitações,demonstrando desejo decompareclmento e lncenti-vando aos camponesespiauienses a que integrem-se cada vez mais e forte--merrtenrra causa que empol-ga ai ífrçtu progressistas eu camadas populares maisesclarecidas do nais.

PACTO

O ENCONTRO, aue estámarcado par» os dias 10, lie II de maio, culminarácom * assinatura do Pac-U» Camponês-Opsr4rlo-Es-tudantil, há multo deseja-do pelas principais órgãosdas WJtttlvaj sIsmsi, afim de ofieliljfar um eom-promisso de luta conjunta,que, desde certo tsm-xj.mesmo sth êsse ato. Já sevem efetuando de maneiraeficiente * proveitosa.

Responde umsargentoainda Jovem; diretor deuma entidade de âmbitonaclonsl:

— Estamos em boa com-panhla, com gentt que p**n*sa come r<>°, vive como nóit deseja somente aquilo quenós desejamos: ter uma vidadigna, ter meios paru daraos mus o mínimo sm dig-nldsde. Náo estamos dl vi-dldos em elvis e militares:'estamos unidos pelss nos*sas necessidades e pelo de-sejo rnmum de viver decen-ttmsntaTRABALHADORESA POSTOS

Dezenas de barnabés doBrasil .i.ieliu Ja tatao con-centrados em Brasília narapressionar os parlamenta-res e conseguir um aumen-to em bases Justas,"A paia vra está certa,companheiro, disse numareunião nm d'rígentF r"aUNSP, dirigindo-se a bar-liuoi-.-. « iiucrvs -mu ."Não -ame- - r • -ifazer outra coisa senãoprcjsivii-i o .'anai.r.ii.o. .-.ciam ru« serí uma oressiopacifica, legitima, será oexacicio ue um ulrc-io |U«ninguém noáo "o< 'leirar.Náo vamos agir sub-reptl-nainci;.i nâa vamos suuo*-

.nar ninguém, como fazemas classes chamadss produ-. toras. Nossa pressão seráás claras, de peito sberto,de viva voz. E a melhor pro*va de que estamos certos,' estamos agindo lealmente,é o apoio que nos.estão oíe-recendo os trabalhadores detodo o Brasil, pelss suasmais rcnrcen^tlvas e po-derosas entidades.'*

Os encontros entre tra-balhadores e lideres tor-na bés prosseguem t seamludam h medida aue o

problema ganha envergadu-ra. Tanto assim que um doslideres do Pacto de Unida-de e Ação nào fas segredodos objetivos qut os anima:"Não se trata de apoiomoral. Nossa colaboração épara conseguir o aumentode 70% para os barnab.-s,é para dar-lhes m;"> •»*«»• equebrar as garras do FMI."INFLAÇÃO?

Altas patentes militarestare bém estão empenhadasna campanha e em manl-festo firmado por cinco ge-nerais e um coronel-avla-dor contestaram as afirma-tiváí «né-sr.-San Tlag« H-.U-tas sôbre "a- repercussão in-flacionárla de um aunv-ntosuperior a 40%.

Se o assunto é Inflação,os generais Tácito LivioReis de Freitas, GilbertoSaturnino Alvim, CarlosHess de Melo, Newton Le-mos, Anderson Mascare-nhas é cel. av. Jacy Coelhoprestam esto esclareclmen-to ao Governo:. "t de ressaltar ainda queos militares, apesar de vol-tados para o* seus laboresprofissionais, têm plenaconsciência cia üraviçm-de que an'-e.' <i n «i r- r ri oPais a terrível onda infla-cionárla.

Entretanto estão tambémconscientes de que os seto-res de nossa economia ver-

.dadeiramente responsáveispela inflação permanecemintocados. E não é Justo quese deseje através do sacri-

fido da dedicada classe ml*litar — á qual se soma anio menos sacrificada elas*se dos servidores civis t tmnome dt um plsno pejado,de "teonomlsmo" e multasvêaes divorciado do realsentido social, se deseje, dl-riamos, lançar sôbrs seusombros quase que axclusl-vãmente o ônus da neres*sária política antllnflaclo-náns.

Agora mesmo a nossa em*baixada em Washington,pela palavra autorizada donosso embaixador, econo-mista Roberto de OliveiraCampos, mostrou cm do*rnmerto d» a*r>Tjln rtlvu'<*n-çio, da deterioração quevem sofrendo os preços dsnossos produtos de exporta*ção, c o n c o mltantementecom a valorização das mer-cadorlas importadas — oque repercute vigorosa en e g ativamente no nossosurto inflaetonárta.b Multa elucidativo é, tam*Mm. o discurso pronuncia-d» pelo economista Hum-horto Bastos, na rtcepcloM embaixador djg EstadosUnido», ao Conselho Na.alonai de Economia, noíual tossiu* "aliums- tri*

MMSns flrtsrnas dt tftflBf

isllelra.''A DOS» desastrosa poli.

tlea eafeeira, do financia*mento e estocagem de st*frts invendáveis, cujo total

8 orça em cerca dt M ml-

flts.de mu, provocaemissões fàiulossi t rtno*vadas cada ano. além deonerar nossa economia comtransportes e outros dis*péndlos absolutamente ócio-sos

Por outro lado. é sabidoati"1 o no*".o -/«•("¦"'ho a»"^-cadador é obsoleto e, emconseqüência, permite tre-menda evasão de rendas.Como uma decorrência — eisso foi abertamente con-fessado por um diretor deRevista que se fu de in-te-medlário — "brasileiros"detêm denórtto* d- r<*oed-*estrangeiras no exterior, esegunao o proinsoJo uro-oosto. çst»ri"m dispostos aotimo, desde que o Governodê garantias há multo ba-nldas doe paises autôno-mos.

Seria altamente proveito-so para conter a inflação,que as nossas autoridadesfinanceiras aplicassem comrigor, e Já, os dispositivosda nova "Lei de Remessade Lucros" * tamW-n,.,co-brassem daquelas: btasnel-ros riquíssimos que man-têm depósitos em bancosestrangeiros, no exterior,com o mesmo rigor e ur-gência, os Impostos sôbresuas rendas, que eles sone-gam ao patrimônio do Bra-sil.

AI estão, de passagem, ai-gumas das fontes em que onosso governo pode apoiar-se para enfrentar a bata-lha antiinflaclonárla.

Parece justo que aos se-tores historicamente res-ponsáveis pela inflação, eseus únicos benrficlárljs,cabe o ônus decorrente d*Indispensável política antl-inf laclonárla. Não seráatravés da redução do po-der aquisitivo dos militares-e civis que o Brasil poderáter um desenvolvimento in-dustrlal adequado -basede sua tão almejada emr.n-cipação econômica.

ISTO I CONFISCO SALARIAL I

.Anos

1W0 36,11940 35.01941 3<01942 30.81943 32.71944 35,8* WD •••••-••« 33,31946 37,51947 41.01948 35.71949 32.31950 34,0Em 1939 o funclúiiallsm-

absorvia 36,1% da» despe-sas da União; atualmente,apenas 18,6%. Enquanto is-so, apenas entre 1958 e 1962os gastos com subvençõescresceram de 22% para ..

%B/Despesa

totalc/funclonalismo

Anos%8/

Despesatotal

c/funcio*nslismo

1981 39,21952 34,71993 31,11954 36,11955 31,81956 14,81957 28,51988 28,11989 22,81960 21,91961 18,61962 18,6

70 MIL FERROVIÁRIOS PAULISTsAS MOBILIZADOS

NA LUTA POR AUMENTO DE SALÁRIOS

43%III A generosidade naentrega dessas subvençõese a espoliação do pais pe-los norte-americanos, sio acausa da inflação, afirmamos barnabés e altas paten-tes militares.

Trabalhadores Gaúchosjá ProgramaramComemorações do 1* de Maio

Perto Alegre (Do corres-pendentej — Uma série deImportantes atos~publlcos~está programada para co-memorar o 1.° de Maio nacapital gaúcha. Uma Co-missão Organizadora, inte-grada por lideres sindicais,foi criada para elaborar oplano de realizações: IvoSantos Amaral, do Sindica-to de Car ris, presidente;José Viana e Silva, da As-sociação dos Ferroviários,v i c e-presldente; Pabriclof/cais, do Sindicato dosBarcArios, secretário, Glè-nio Reis, do Sindicato dosl'ad'Ellstas, foi encarrega-do io setor de propaganda.O ponto alto das come-ir tirões será uma ;çr*.idecore,rtração no Pa*, nue

farroupilha, às 15 h o r a s,

qu. roc falarão quatro diri-re?ite! sindical* r> um lídercamponês," seguindo-se umhiow, com u partic.pavaode «rilstas r«* Rádio n dáTV, que se lnleisrá ás 16libras,

As C.30 da manhã, rep*-M-ntontes de iodos os Sln-cí'csto6 prestarão uma ho-menagem pcVuma ao lideraerovlário Auzler Capbeii-b». Irdo «>m -^m -ri *n Cemltério Sio Miguel. E às 16nulas, haverá a ínaug-na-çá) srlene da nova sede doEu «'cato dos «tan-àrios derr-ito Alegre.

A Omissão Organizadoratambrm está c-r-vldandotodos os Slndiiatos parauma visita \s >ni-'Flr"'i.ssda Fitrobrás, no uia 30 deabril, às 9,30 huitó.

S. PAULO (Da sucurssU— Trtt grandes assembléissem qua st reuniram repre-stntantos dt 70 mil ferre*viários deixaram claro aflrmt dtttrmlaaçio dessacategoria dt conquistar res-Justsmento Imediato dt ss*lários. Ao mesmo tampo,

foram feitos os msli vivosprotestos contra o er. SanTiago Dsntss que, tm nome«Io seu plsno tritnsi. so vemopondo so aumento do ven*cimentes «los ferroviários;

contra o sr. Ademar do Bar*ros, qut maltratou oa repro-sementes dos fmoviários omsndou militares tanquestreinarem s Força Públicapsra operações «ntlgreve:

e contra o fusllsmento deJullsn Grimsu pelo tiranoFrsnco.

A prlmelrs assembléiaresllzou-se sábado, nesta

capital e nels os ferrovia,rios ds Ssntos a Jundlsl(Rede Ferroviária FedereiIrejeitaram ¦ proposta de6.000 de aumento pars exi-glr o atendimento de seupedido de 8.000. Uma com's-sát vai tntendsf-jf com oediretores da.lUda e eom oministro ds VlÜrlo. SÍUWis-feira, *s 18 horas, rsunlr-se-ão o| trabalhadoreg pova-mente tm assembléia, podemdo dsertlsr imediatamentea trave, caso pif Mjam•tendidos ati então,

No domlngt. heuvf diissgrandes assembléias. A pri-mo'»s em Sorocaba, tpdemais de ,1.000 ferroviáriosdas empresas dq governodo Estado .(Sorocapana, Ãra-rsqusrense, Moglsns, ire-

maram, presente o própriodiretor da Sorocabana. umaresposta positiva ao seu pe-

dldo, uma Isbels decrescen-te dt KJi s 283 por centosòoro oi salários dt dezembro

s s partir dt Jantiro (o qutvale diser, também sôbre oabono concedido tm* outu-bro) • sslário-ísmllls. Ostrsbslhadores deixaram cis-ro qut cabia spsnas à dire*torta à responsabilidade po-los ds/ktíi apreeentados, tmalgumas dessss empreses,

não podendo êtas passar fo*me por «tesa nato.

CONTRA ADEVOLUÇÃO

No mesmo dis e à mesmahora reuniram-se nálhsrssde ferroviários da Paulistaem Itto Claro, spcovsndouma aliança dt htta com oo

trás «tõsjsjrosae «stditodossUsfaçio para suas relvln*dicsçôes dentro dt 30 dlss.Os fsrrovlãrlof da Paulistaexigem a demissão do Ins-petor-gersl Humberto Soa-res dt Camargo, a relnte-gração dos demitidos, oimediato funcionamento daCsrrUjMo «lo Pioasjaeles,

pSWVJrSl^Yoluçáq ás estrada aos MUIantigos proprietários, oe haue vem sendo anuncisdspelo sr. Ademar de Barros.Ao mesmo tempo, expressa»ram nu repúdio ao empre.

Klimo « prtteetsram eo».

j s compra de Iocomm(,Vis Diesel, pqv »CJ-em in.|>SStnômieas. man<f?sta>|s>IS pela gqulslção de mâflulnas elétricas (0,40 cruzeiros

Sr qullêmftrt eontra. 1,40

s I álet» t eontra aiiilaai lirifM do "ame-trenr, através dss qus's em-prêiss particulares de trans-porte se vêm locuplentando

o custa da ferrovia.Os ferroviários de todas

ss estrados estão flrmeminIt dispostos s Ir à luta porsuu reivindicações t tornnrrmedldss a fim dt assegurara vitoria t para Impedir nação dlvislonuta e repressl-Va do governo estadual.

TELEGRAMA

O Sindicato dos Trabalh.rdores em Emprêsss Feno-viárias do Estado de Sf.oPaulo (Santos a Jundlaii

enviou o seguinte telegra-ma ao presidente da Rcpú*blica, dando ao mesmo tem-po conhecimento do mos-

mo aos ministros da Ju.tl- at do Trabalho:

"Presidente. João Goulart— Psládo do Plsnslto —Brasília. Em nome dos íer-roviàrios da Stmtos a Jun-dial, tomando conhecimentode que na cidade dc Cam-pinas funcionários norte-americanos ministram Ins-

trações a oficiais da ForçaPública sôbre como massa-crar trabalhadores, aten-tando dessa forma contraas liberdades sindicais, vio-lando a soberania nacionale ferindo o regime demo-crátlco, vimos a presençad« V. Exa. protestar enèrgl-camente contra essa Inter-vençãó estrangeira nasquestões Internas de nossaPátria e solicitamos ao mes-mo tempo providências ime-dlatat e enérgicas a fim depôr termo a mais êsse abu-so dos gerentes do PontoIV no Brasil. Pela direto-ria do Sindicato dos Tra-balhadores nas EmpresasFerroviárias do Estado dcSão Paulo, Antônio Pe-transan."

Mulheres Trabalhadoras Marcaram Encontro

em S. Paulo: I Conferência NacionalS. PAULO (Da sueur-

sal) — Uma sala do Sindi-cato dos Bancários, em S.Paulo é palco de intensamovimentação nos ultimesdias. Mulheres que entram,mulheres que saem. Só seouve falar em teses, delega-das, reuniões, etc. * qut alise encontra instalada a Co*mlssáo Organlaadora daPrimeira Conferência Nado-nal da Mulher Trabalhado-ra. Poucas são as horas quenos separam da Instalação

do conclave e ainda há mui-to que. faaer.DETIDO O PAIS #

Mulheres trabalhadoras dttodo o Pais, pela primeiravez, reunir-se-ão nesta ca*pitai para debater seus pro-blemas, suas reivindicaçõese o caminho para alcança-Ias. A sede da Comissão che-gam, a todo momento, no-ticlas dos mais variados re-cantos do Brasil e dos Es-tados sôbre a eleição de de-legadas e o debate de teses.

Infc-ma-se a vinda de ex-pressivas delegações daGuanabara, do Estado doRio e de Pernambuco. Pes-soas chegadas de Minas,Rio Grande do Sul e de ou-tros Estados, exclarecemcomo transcorreram os atospreparatórios sm seus Esta-dos.

As informações de SãoPaulo, como o Istado-sede,sio mais detalhadas. A to-do vapor trabalham as ope-rárias têxteis, Mais de 300delegadas do setor, em todoo Estado, Já estão creden-

teada*. Só da capital, atln-WaW.à 10Í, ssptrando*se nú-

moro mais elevado até a ds-ta da instalação. Km 8. Cae-tarso, mais de 300 tecelãsreúnem-se e elegem 30 re-presontantes. Outras reu-nlões efetuam-se em Sto. An-dré, Jundial, Campinas, etc.As outras categorias pro-fisslonals, porém, não que-rem ficar ausentes: no se-tor químico, elegeram-se 14delegadas; 12 dos bancários;7 do setor de cames e derl-

vados, sabendo-se que prós-ceguem as atividades dc me-talúrgicos,' gráficos, laticí-nios e outros, no mesmo sen*tido.

COMPARECERÃOEM MASSA

Constitui preocupação daComissão Organizadora,além da presença de cento-nas de delegadas de todo oPais, o compareclmento dègrande número de trabalha-dores de ambos os sexos,para assistirem às sessõesda Conferência. Com êste

.objetivo, procuram utilizaros mais variados .meios depropaganda. Através de NO-VOS RUMOS à arte. EunlceLongo avisa: ''Estaremosreunidas a partir de 9 horasdo dia 37 até a tarde do dia28, no Sindicato dos Meta-lúrglcos. gentilmente cedido.Nà noite do dia 28, com.inicio às 20 horas realiza-remos a sessão de encerra-mento no Cine Paramount.Contamos cem todos".

CAMPONESES IRÃO A GREVE EM

SAO PAULO PELO SALÁRIO MÍNIMO8. PAULO (Da sucursal)

— Os moradores da peque-na cidade de Tapiratlbasuspreenderam-se, dia 24,com uma concentração demais de 800 camponesesnuma du ruas da localida-de. t que naquela tarde serealizaria a assembléia con-vocada pela Associação dosTrabalhadoras Agrícolas dsTapiratlba, 8. José do RioPardo e Mococa qut niopôde se efetuar no recintodo Sindicato dos Trabalha-dores em Alimentação, dadoo grande compareclmento.Mesmo depois de terminadaa reunião, às 20 horas, con*

.tlnuavam chegando cerni-nhões transportando cam-poneses de 8. José do RioPardo e de outros munici*pios.

SALÁRIO MÍNIMO

Os trabalhadores rurslsatendem prontamente àsconvocações da Associaçãode Tapiratlba, graças aoprestigio e à autoridadegrangeados por ela em vir*tude de sua atuação diáriaem defesa dos interesses doscamponeses. Passados ape-nas 8 mesea de sua funda-ção jà conta com mais de1.500 associados.

IRÃO A GREVEA noticia dessas êxitos,

atingiu rapidamente todasas fasendss do município edss adjacências. A assem-btéla marcada para debaterêsse assunto e a transforma-ção da Associação em sindi-esto velo para a praça pú-blica. Encontravam-se pre-sentes assalariados agrícolasde 20 fazendas de 4 muni-cipios. Eram os trabalhado-res dás fazendas Areias,Santa Isabel, 8. Joio, S.Paulo t de multas outras,que continuam a remunerarseus empregados na base de160.00.

A discussão dá ordem do.dia foi animada, contandocom a colaboração de dire-tores da Federação das As-socisções de TrabalhadoresAgrícolas do Estado de S.

Paulo (FATABBP). Decidiu-se a convocação dos patrõespara mesas-redondas peran-te o promotor público de ca-da localidade. Caso os fazen-delros nào se disponham acumprir a lei, os trabalha-dores cruzarão os braços. Oslideres camponeses pediramque os participantes da as*sembléia não se dispersas-sem, que os trabalhadoresde cada fazenda se reunls-sem à parte. Naquela mes*ma tarde os colonos elege-ram, democraticamente, acomissão que vai liderar aluta pelo pagamento do sa-lárlo mínimo nas fazendasém que trabalham, e quedirigirá também a greve, stela se tornar necessária.

Uma das grandes bata*lhas travadas pela entlda-

.de é a do pagamento do sa*lárlo mínimo, que os fazen-delros da região nio respei-tam. Apenas uma fazendapagava-o integralmente.Duas outras o faziam comos descontos. Enquanto umquilo d» carne ultrapassade 300 cruzeiros, os latifun*diários nio pagavam a seus.empregados mais do que aridícula Importância de ..

180,00 por dia. A Associaçãopartiu para a luta, moblll-zou suas forças e obteve vi-tórlas: as fazendas Rosei-rlnha e Santo Antônio pai-*"r?m a cumprir o dispostona lei.

NOVOS RUMOSDiretor

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Page 3: W/5? - marxists.org · -1 NOVOS RUMOS lie dt Jonoiro, 26 o 30 do abril do 1963 — CGT e PUA Juntam-se Aos Barnabés Pára Derrotar 40% do FMI Toda a força do movimen. ¦o …

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-*Ȑstonsk*o, Mm 90do abril * 1963

Títere Car dona Confirma:Invasão Estava Preparada

NOVOS RUMOS i —

A renuncia do Miro Car-dona à Presidência do cha.mado Conselho Revolucto-nário de Cuba nfto teriamatar significação se nftofossem as circunstancias emque se deu. ftsse Conselho»eomo se sabe, reúne um pu-nhado de antigos latlfun-<Uários, banqueiros, grandescomerciantes e proxenetasque antes oprimiam o povocubano e nfto suportaramviver à lui do dia. traba-lhando e produzindo em seupróprio pais, uma ves vito-riosa a revolução. Fugirampara Miami onde vivem, namaioria, como limpa-botasde seus antigos sócios oupatrões, ou como assalaria-dos da CIA. mercenáriosprontos para apunhalar aterra onde nasceram. Car-dona era o lider desse ban-do de traidores.

Acontece, entretanto, queas coisas não estão corren-do como eles, a CIA e o go-vérno dos EUA imaginavam.Tinham a ilusão de restau-rar a antiga orde mde coisasem Cuba, isto é, transformara ilha, mais uma vez, nasemala e prostibulo de luxoque era até 1959. Tentaram-

no em várias oportunidades, >inclusive mediante uma in-vasfto armada, fracassaramvtrgonhosamente, apesardos milhões de dólares, dostanques, aviões, soldados eÍeneral»

lançados nessa in-ame aventura pelo presi-

dente Kennedy. Em menosde 73 horas a extraordlná-ria resistência do povo cuba-no, contando eom a solida-rledade dos povo. de todo omundo, obrigou-os a voltar,batidos e desmascarados di-ante de todo o mundo.

Nova tentativa, dessa vesem maior escala, foi feitaem outubro do ano passado.Divisões Inteiras de soldadosnorte-americanos estavamprontas para entrar emação. Esquadrilha, de aviõesaguardavam ordens nas pis-tas, enquanto numerosasunidades navais entraramem manobras, sob o pre-texto de um criminoso b!o-quelo. Encontraram porémum novo fracasso. Pela pa-lavra de seu lider, ride! Cas-tro, os cubanos advertiram:responderemos á altura aagressão. E a União Sovlé-tica deixou parfeltamenteclaro; se Cuba fór agredida,

Lacerda, a República e as EleiçõesDois discursos foram pro-

nuiicittdos este mes pelo ti-.luhete Carlos Lacetda, jánu que éle Imagina ser aaua campanha eleitoralp&ra a Presidência da Re-publica, em 1963. Em Itu, naconvenção do PR paulista,e na ouanabara, na conven-çao da UDN, o raivoso ceia-tor repetiu os seus velhos ebatidos chavões reaciom.-tiÔL.

Quanto á República, temado relambórlo de Itu, achao 'governador mata-inendi-gos que o sonho dos brasl-leiros é a volta á época an-terior a 1930, Isto é, quan-do os privilegiados explora-vam e oprimiam impune-mente os trabalhadores con-siderando que a "ques*ãosocial é um caso de policia".Policial Irrecuperável, quese baba de furioso prazer aocensurar Jornais e invadirsindicatos, Lacerda nfto po-de conclUar-se eom umarealidade social em què ostrabalhadores adquiriram a

ssassinaulian

consciência de seus direitose de sua força e em que umpoderoso movimento naclo-nallsta se ergue contra ostrastes estrangeiro»'e Inclu-slve lhes Inflige derrotas.

No mais, o títere da em-baixada Ianque não fés se-náo replsar mentiras e ca-lúnlas, insultar os trabalha-dores, defender a carcomidaestrutura econômica que aiesta. responsável pelo atraso•e a miséria do Pai.* agredir.os estudantes brasileiros e,por fim, repetir as provoca-ções urdidas por seu patrãoOordon sobre a 'infiltraçãocomunista no Governo".

Imagine-se que é nessabase que o tlrenete nreten-de apresentar-se ao eleitora-do ü'ásiici'fò em i-'6ó c mocandidato à Presidência daRepública. Que o faça, pie-cisomente assim, se conse-guir alguma legenda que lhedè abrigo. O povo brasilei-ro terá então uma excelen-

¦te oportunidade para esma-gar definitivamente êssetriste e repulsivo corvo.

o» agressores norte-america-nos serão castigados exem-Rlarmente

em seu próprio•rrltórlo. O governo sovlé-tico. numa brilhante com-provação de sua política depaz, propôs uma solução deentendimento para por fimao extremo perigo que umaagressão a Cuba represen-tava para a pas mundial.Kennedy teve de curvar-seà evidência dos fatos: emtroca da retirada dos fogue-tes soviéticos, comprometeu-se solenemente a não Inva-dlr Cuba e a nfto permitirque partissem Invasões doterritório ianque.

Houve, na ocasião, pes-soas Inclusive bem intendo-nadas que puseram em dú-vida o acerto da posição as-sumida pela União Soviética,alegando que a Invasão nftopassava de um "bluff", eque o certo seria respondera essa chantagem com atosde força.

Agora, a carta através daqual Miro Cardona se des-pediu de seu vergonhosoemprego lança uma nova luzsobre a realidade: o chefemercenário se dis desampa-rado em Miami e afirma,cem todas as letras, queKennedy havia garantidooue a segunda Invasão a;-ria feita, cm grandes pro-porções, com o propósito deesmagar a revolução cuba-na. 'Tomos traídos por Ken-nedy". chora Cardona emsua carta.

Duas conclusões principaispodem ser tiradas desses fa-tos. A primeira, refere-se aque houve realmente umagravíssima ameaça de inva-são armada de Cuba porff-rçag dos Estados Unidos.Ninguém ped: ter a ilusão,hoje. de acreditar que taisameaças tenham desaparc-cldo para sempre er que ogoverno imperialista dosEUA tenha renunciado dc-finltivamente a seus planosagressivos. A segunda con-clusf.o é a que leva à com-provação de justeza da atl-tude assumida pelo camposocialista, particularmente aUnião Soviética, que apli-cando rigorosamente a poli-tica de coexistência pacificanão permitiu fosse ateado oincêndio da agressão a Cuba.que inevitavelmente se es-tenderia a todo o mundo, eao mesmo tempo -preserveuas conquistas revoluciona-rias do povo cubano.

A do

GririmauNa madrugada de sábado, 20 do cor-

rente, foi fuzilado em Madri, pelo governofascista de Franco, Julian Orimau Garcia,membro do Comitê Central do Partido Co-munlsta Espanhol. Grimau, após ser cruel-mente torturado, meses a fio, nos cárceresfranqülstas, foi submetido a um proces-so-farsa e condenado por "crimes cometidosdurante a guerra civil de 1930" e por ser"artlcuiador de uma rebelião militar con-tlnua" contra a tirania que há mais deduas dezenas de anos oprime o povo espa-nhol. ,

Somente um governo completamente amargem das normas do direito Internado-nal, déspota e medieval, poderia Invocarpretexto de tão ostensiva Inconsistência.Não existe qualquer "rebelião, militar con-tlnua" (antes houvesse...) contra a íamige-rada ditadura espanhola, e quanto aos Ima-ginários crimes cometidos por Grimau em1936, estariam, de acordo com as leis inter-nacionais, todos prescritos há alguns anos.

Na verdade, Julian Grimau foi assassi-nado pelo tirano falanglsta por ser umlider do povo oprimido de Espanha na lutapor sua libertação. E é doloroso saber-seque não foi a última vitima do slcário. To-davla, terá sido uma das últimas, já que oregime de terror do ridículo "generalisslmo"tem os dias contados. Por tentar remarcontra a historia e por constituir umaafronta aos povos.

O fuherer espanhol recebeu, em favorda vida do lider revolucionário, apelos depersonalidades mundiais das mais variadastendências políticas e doutrinárias — des-de o primeiro-ministro da URSS, NlkttaKruschiov, ao prefeito da cidade Italiana deFlorença, o democreta-cristao Glorgio LaPira; do cardeal Feltlh, de Paris, a DanielMayer, presidente da Liga dos Direitos doHomem. Também o governo brasileiro, porintermédio da nossa representação diplo-mátlca em Madri, solicitou clemência paraGrimau,- A todos, Franco permaneceu ta-sensível. Respondendo ao premier soviéticoafirmou cinicamente que a sentença seriacumprida, "a despeito das campanhas depropaganda organizada, que tem por ftaall-dade embalr a opinião pública." Um órgãode sua Imprensa, o diário "Arriba", che-gou á Inigualável desumanidade de escre-ver em editorial comentando a execução atenebrosa zombaria de que

"os heróis cria-dos pelos comunistas nao resistem à pro-va do tempo../'.

Julian Garcia Grimau, que segundo osdespachos telègráficos morreu oom Inexce-diveis dignidade e tranqüilidade, era mem-bro do Comitê Central do Partido Comunis-ta de Espanha desde 1954. Teve uma vidapor inteiro dedicada à libertação de seupovo e ao socialismo. Residia, por último,em Paris, oní,-* amargam mais que todos ador de sua perda a. companheira e duas fi-ihas ainda meninas. Em fins de 1961 Gri- *.mau entrara clandestinamente na Espanha.Velo a ser preso em novembro de 1962. Doeve sofreu na prisão dão bem uma medidaestas palavras do médico britânico AaronR ppaport, que o viu no dia 26 de marçointimo, quando a policia da ditadura, depoisr i espancá-lo barbaramente, atirou-o á rua,c ••• uma janela da Direção Geral de Segu-r. nça, julgando-o nos últimos estertores:"Grimau está parecendo um fantasma. Tô-da a parte esquerda de seu rosto está des-fr-urada. Na fronte exibe uma profundacicatrlz, conseqüência de uma ferida queevidentemente lhe afetou também o cera*»,

bro. Grimcu parece atualmente um homemque perdeu a memória. Suas mãos estãoparalisados, em conseqüência da rupturados ossos".

O assassinio do lider comunista vemprovocando os mais vigorosos protestos detodos os povos. Condenando mais esta ino-minável atrocidade do verdugo madrilhenotêm lugar na maioria das grandes clda-des manifestações de rua e pronunciamen-to de personalidades e entidades impor-tentes.

Em Paris a imprensa foi quase unánl-me, numa severa reprovação. Em Londresoperários, estudantes e Intelectuais realiza-ram gigantesca passeata de protesto, si-lenclosa. Em frente da embaixada espa-nhola foi depositada uma coroa de flores.Participaram da manifestação antigos com-ponentes das brigadas internacionais quelutaram contra 0 nazismo na guerra civilespanhola.

Na Itália foram realizadas concentra-ções públicas de protesto contra a exe-cução de Grimau nas cidades de Roma,Milão e Gênova. Marisa Togllattl, filha dosecretário-geral do Partido Comunista Ita-llano, foi a oradora principal da manifes-tação havida em Roma. O lider socialistaPietro Nennl disse que o fuzilamento deGrimau foi um crime repugnante.

Em Genebra uma multidão reuniu-seem frente à sede européia da Organizaçãodas Nações Unidas para condenar com vigoro assassinio perpetrado por Franco. A ma-nifestação foi dissolvida, com violência,pela policia suiça.

Em boletim especial a Rádio de Mos-cou, suspendendo sua programação normal,noticiou a execução do dirigente comunis-ta, quallflcando-a de "mais um crime re-pugnante do regime fascista espanhol". NaRepública. Democrática Jüejnã_a_exeçuçãofoi anunciada pela agencia oficial, a ADN,que disse em seu comunicado: "foi um as-sassimo que provocou surpresa e indigna-ção em todo o mundo".

Em Budapeste, o governo húngaro eml-tiu uma nota oficial na qual se diz que amorte de Grimau foi um ato de terrorismorevestido de falsas formalidades jurídicas.Na Tchecoslováquia, a Rádio de Praga co-mentou a consumação da sentença Ignóbilcomo sendo mais "um nefando crime daInterminável lista de delitos cometidos peloregime fascista da Espanha".

Em Brasília, discursando na CâmaraFederal, o deputado Adão Pereira Nunesafirmou: "O mundo está enlutado commais um crime hediondo do ditador espa-nhol, general Franco. Mas não será commedidas terroristas como essa que o govêr-no de Franco permanecerá muito tempo emsua pátria".

As "Esquerdas" co Professor c« ¦> ,< *j.

Wüll lõgOGltcsndo Dias

Nfto e apenas um arilllilu verbal .i distinçãodas esquerda* brasileira*, feita pelo profemor SanTiago Dantas, em "esquerda poilãva" r "esquerdanegativa". ».»»•• aparento Jó-jo de palavras encobre,em verdade, um objetivo o uma tática política parao. qual. precisam estar advertida» hh corrente» deesquerda e, em geral, a. forcas nacloimllHtas e de-mociállca. do Pai»,

Em que consiste a distinção estabelecida poloministro da Kuzomla? Em que atuam hoje no Bra-kll dois agrupamentos de e.querdu, preconizandoorientações política» não só divergentes, mu. atémesmo contrupo.tas. "Esquerda poslilvir" «criu, »«•¦guiidu o critério do prufrosor San Tiago, aquelaque se acha hmyi ilmcnte identificada com o atual(inverno e, mal» do que Uso, orienta o» seu» pa»*sos. traça t> executa a sua política. Contrariamente,a "esquenta negativa" estaria empenhada cm for*çar soluções radicais (que o ministro considera lua*dequadas), em desfechar atuque. contra a orienta*ção do Governo e. dêsic modo, desacredita Io, atéconseguir alcançar ns seus propósito» "nr-gativo.".Naturalmente, o dlvlior de águas que o ministroda Fazenda tem em vista ao formular essa lmagl-nárla distinção é, principalmente, a política econó*mlco-financelra, por êle próprio defendida e levu*da à prática.

Mas nem mesmo a leitcjada eloqüência do pro-fessor San Tiago Danta. consegue ocultar o artl*ficiali.mo de.se esquema. Ante» de mal. nada, éfalso dividlr-ie o processo político brasileiro de nos-so. dias em esquerda e direita, para em seguidasubdividir a esquerda por .Inala matemáticos. Na*turalmcnte, existem no Brasil correntes de esquer*da e correntes dc direita. Entretanto, o que carne*tcrlza fundamentalmente o quadro político de nos*.o Pais, hoje, é a existência, de um lado, das am*pia. força, nacionalista» e democráticas e, de ou*tro lado, dc uma minoria entreguista e reacloná*ria. Não é uma condição necessária que alguémseja esquerdista para Incorporar-se á luta pela II*bertação nacional e a democracia, Esse movlmen*to não se esgota na. corrente, de esquerda, que são,entretanto, suo força motriz e sua vanguarda. Maisfalso ainda será, portanto, diferenciar as forçaspolíticas nos termos de uma pretensa subdivisãodas esquerdas: uma "bem comportada" e a outra"subversiva".

A verdade é que o professor San Tiago Danta.está tentando impor um conceito pessoal, nbsolu-tamente seu. de esquerda, que foge por completoá lógica mais elementar. Senão, vejamos: em queconsistiria a política realizada pela suposta "es-qúcrda positiva"? E por que seria- "negativa" apolítica reivindicada pela outra "esquerda"?

Como «o Milie, o professor Sun Tiago Dmn«».quu «s Inclui por si mesmo na "esquenta positiva",v um» ilgura de primeiro plano do atual Governono oual reponde petioalmente pela política eco-iiómlea c flnaneelru. Pergunta-*-?: onde pode o «r.San Tiago Dantas, ou quem quer qu» .eja. en-contrar nessa política elemento* de mquerdu —«•ja ela "positiva", "nekatívn" ou neutra? N» rei-nlclo de rclaçiW com n FMI, a agência através daqual os imperialista. norte-americanos intervémbrutalmente, na economia do» palne. que batemás .us» porta.? Na defesa que íéz o embaixadorLincoln Uordon no momento em que esse agentedos tru.ies ianque, te Imiscuía da maneira maisinsuieiiie em assuntos político. Internos do Brasil?Nu Intui iliantc'capitulação á IT A Tque, segundose siilie agora pelas revelações da "Hanson". Let-ter", não se limito- á doação de 1 bilhão e 300itillluW de cruzeiro., ma. envolve a entrega de 30milhões dc dotai.'* dos Si milhões conseguidos peloministro cm sua última viagem aos Estados Uni*dos? Nu» 21 compromissos assumidos públlcamen-te pelo titular da Fazenda para fazer jus o Brasili» uma "ajuda" que, além de Insignificante, é mal.do que duvidosa? Na orientação antloperária e an*tlpoputar dada ao plano de combate à inflação,que corta na carne da. massa, assalariadas e dei*xa Intacto, o. privilégio, da minoria espoliadora,especialmente os monopólios imperialista. norte*americano.? Na intransigência em conceder aofuncionalismo público civil e militar um aumentode apenas 40 por cento, quando o próprio Governoreconhece que, desde o aumento anterior, o custoda vida se elevou em cerca de TO por cento? Naemenda favorável aos banco» estrangeiros feitapelo ministro da Fazenda no anteprojeto de re*forma bancária, acentuando desse modo ss susscaracterística, reacionárias? No fantasioso lema"não compre hoje, para comprar mais barato ama*nha", quando os fatos mostram, cruamente, que oque se compra cada dia «Vmals caro?

Não há, evidentemente, nenhuma lógica emrotular-se de positiva — e mais ainda, de esquerda— uma política econõmlcc-f inancelra que se carac*teriza predsámente por manter • subordinação aoimperlall.mo norte-americano o por lançar sóbreas massas do povo os resultados desastrosos da In*fiação ou das medida, tomadas em nome do com*bate a Inflação.

Ne..e caso, por que o professor San Tiagoinsiste naquele rotulo e, além disso, aponta li exe*cração, a chamada "esquerda negativa"? Não sepode acreditar, como dissemos de Inicio, que exis*te aqui um simples jogo de palavra. A termlnolo*gla e os concdtos arbitrariamente criados pelo ml*nlstro da Fazenda revelam objetivos determinados:dar prosseguimento á atual política econômico-fl*nanecira pespegando-lhe uma etiqueta esquerdis*

u» para confundir caio* seioics du opinião inVUllca e, para que és>c ohj-.tlvii m»jn alcuiiçadu, i*olar na tronto única nacionalista e democrática assuas forcas mais oiclarccldiia c conseqüentes.Como é natural, m- nio entro ns força» maiscombativa, dá freiua u.i.e.i .;, ,im divergências,O» comnnlslas, por e.vir.p.i, :ini ci! lendo, inclu*si\e píililleain» nie, ou niilu.,0. dúbiiu, nvn (temosprecipitados e voluntarlstui ,u< personalidade» q *jparticipam da luta comuni du nosso povo p*?|«libertação nacional o ppln <„ nweiacia. ain» o r.lv<jque temos cm vista é semp e o dc encontrar o en*minho mais Justo, o de íliellilor a coordenação <|,-rsforça, progressista», fortalecendo a sua unidade semque cada uma das diferentes correntes perca por it*»o a sua própria Independi una. K Asse é um deverque diz respeito principalmente ás forças de esquerd» — a esquerda verdadeira, sem qualificativosimaginário. — que integram n frente única. '

Qualquer tentativa de dividir nrtlfclnlmcnteo movimento nacionalista e democrático, apreseri*te-se com a roupagem que fór. serve apenas ao.interesse» do» inimigos da emancipação de nossoPai» e do» cruéis espolladurcs no nosso povo, quepretendem eternizar a subordinação do Brasil tiosmonopólios norte-americanos e impedir — ou, emúltimo caso, castrar — as reformas de estmturaJA agora absolutamente inadiáveis.

Repelir e levar ao fracasso (ais tentativas é,assim, uma obrigação imperiosa, pois está antes detudo na unidade a garantia do triunfo dc nossaluta. Os acontecimentos políticos mais importantesdos últimos tempos demonstram, com a maiorclareza, que sempre que surgem ameaças no nossopovo, e ás forças nacionalistas e democráticas secontrapõem a essas ameaças apresentando uni-das as suas fileiras, a vitória pertence ao povo.Apesar de certos equívocos manifestados em ai-guns setores, essa experiência se comprovou maisuma vez no» primeiros dias dc abril: a manobregolpista dos "gorilas" não se consumou porquediante dela se ergueu a unidade dás forças pa*triótlcR. e populares.

Unir e coordenar para a ação ás nossas fór*ças, e não dividi-las nem permitir quaisquer ma*nobras visando A sua divisão, é nosso dever pri-mordlal. Êsse é o caminho que pode levar, pelapressão da» massas, á substituição da aluai po*Ótica económico-financcira por uma outra orlen*tação — independente, democrática e progressis*ta —-, á conquista das verdadeiras reformas deestrutura, à contenção da carestia de vida, á con*solldação o ampliação das liberdades democráticas,à conquista de um Governo nacionalista e demo*critico. Sempre ao lado e à frente do povo, o.scomunistas não poupam nem pouparão esforço»nesse sentido.

Acordo Com a URSS: TerceiroMercado Brasileiro no Mundo

Desmentido Iugoslavo: TitoNão Será Presidente Perpétuo

Foi, finalmente, assina-do sábado último, no Ml-nlstérlo das Relações Ex-teriores, o acordo comer-ciai entre o Brasil e a UniãoSoviética. Prolongaram-seos negociações por mais detrês meses, delas resultan-do, afinal, o acordo por umprazo de cinco anos, emtrês doe quais está progra-matfa; uma troca'«e merca-dorias, nós don' sentidos,no valor de 160 milhões dedólares, no primeiro ano,200 milhões no segundo e225 milhões, no terceiro, to-talizando 585 milhões notriénio.

Os volumes comerciaisestabelecidos no acordo,que não são llmltatlvos,mas podem ser ampliados,representam um avançoconsiderável nas relaçõeseconômicas entre os doispaises. Desde 1058, e con-siderando as trocas globaisentre o Brasil e a URSS,foi a seguinte a evoluçãodo comércio brasllelro-so-viétlco: 1 milhão de dóla-res. em 1958; 5 milhões, em1959; 25 milhões, em 1960;42 milhões, em 1961 e nv„lsde 70 milhões, em 1962. Des-de que' cumpridas as me-tas mínimas previstas nopresente acordo, atingire-mos em 1963 a 160 milhões,o que Indica que no perio-do considerado o nosso co-mércio com o pais lider daárea socialista se desenvol-veu quase que em progres-são geométrica, t total ocontraste que esse quadroapresenta em relação ásdemais áreas em que serealiza o nosso comércioexterior. Nestas, ao contra--

rio, o que se constata é aestagnação ou a retraçãodas nossas receitas cam-blals de exportação. Acres-cente-se que as cifras es-tlpuradas no acordo nloconstituem um teto ao in-tercámblo, mesmo porque,como afirmou com todaprocedência o ministro SanTiago Dantas, "o Brasil en-contra na União. Soviéticaum- mercado de posenciall-dade' Imprevisível.'' •••

O cumprimento do acordoora firmado fará da URSSo terceiro grande parceirocomercial do Brasil em to-do o mundo, somente su-perado, em 1963, pelos Es-tados Unidos e a AlemanhaOcidental.

Marcando um novo pro-gresso nas relações entreos dois paises, o acordo oreassinado estabelece explicl-tamente diversas transa-ções que constituem, porassim dizer, o núcleo dastrocas comerciais até 1965.Assim, são especificadasquantidades fixas de pe-tróleo cru e derivados, as-sim come de trigo, a ser-rem compradas pelo Bra-sll á URSS, no trlênlo. Em1963, o Brasil deverá lm-portar da URSS 21 milhõesde dólares de petróleo crue derivados e 500 a 700 miltoneladas de trigo, no va-lor aproximado de 35 a 50milhões de dólares. De talmodo, somente em petróleoe trigo os fornecimentos so-vlétlcos ascenderão a 55 ou70 milhões de dólares. Ecomo o acordo é feito pre-vendo equilíbrio no valordas transações, a URSS de-verá comprar ao Brasilmercadorias pelo menos de

valor equivalente. Em con-seqüência, somente ai, ter-se-á um movimento nosdois sentidos de 110 a 140milhões de dólares, em ..1063, algo que se aproximado total mencionado parao primeiro ano de vigênciado Instrumento.

Entretanto, de acordocom as listas de mercado-rias a serem lntercambta-'das a'URSS poderá vender-nos multas outras coisas,dependendo, pois, em últl-ma análise, das provldên-das a serem adotadas pe-Io Governo e pelos empre-sários brasileiros no senti-do de que haja mercadoriaspara a URSS comprar-nos.

O novo acordo comercialcontém, pelo menos, duasInovações importantes. Aprimeira é a que estabele-ce uma espécie de áreamultllateral constituída pe-Ia URSS e outros paisessocialistas. De acordo comisso, se o Brasil dispuserde saldos no seu lntercám-bio com os soviéticos, pode-rá utilizá-los comprandomercadorias que lhe conve-nham a outros paises so-clallstas que delas dispo-nham. A outra é a que es-tabelece maior diversidadede contes bancárias, o quevirá facilitar em multo oIntercâmbio, de vez que.uma série de despesas atéaqui feitas em moedas for-tes, como o dólar america-no, a libra, o franco, etc,poderão agora ser feitasnas moedas nacionais dosdois paises — o cruzeiro eo rublo, sem que se tornepreciso, mesmo nesses cn-sos, despender dividas dedifícil obtenção.

Desmentindo noticiárioveiculado por agências no-tlciosa» ocidentais, segundoas quais o marechal Tito te-ria sido proclamado prcsl-dente vitalício da Iugoslária, a embaixada daquelepais amigo distribuiu umanota á imprensa. O escla-recimento frisa que a noti-cia é Inveridica e contrariafrontalmente os dispositivosda nova constituição iugos-lava, promulgada a 7 de•'o impedimento do exercíciode mandato eletivo por doisperíodos consecutivos" e a

SinvalPalmeirano Méier

O escritório eleitoral dodeputado Sinval Palmeira,no Méler, receberá, sábado,dia 27, a visite de seu p'a-trono, que proferirá umapalestra sóbre o 1" de Maioe dará audiências aos seusamigos e eleitores.

Para o ato estão sendoconvidados os moradoresdo bairro. O escritório estálocalizado . à rua TenenteCerquelra Leite, 15, sala201. A conferência terá ini-cio às 17 horas.'-

Fora de Rumo

impossibilidade de perma*nêncin em posto importan*te da administração pormais de quatro anos. E' foi-Ia uma única õxoéssào: és*ses dispositivos não incidi*rã o sóbre a pessoa do pri*meiro presidente da. Repú*blica. "Isto significa — aflr.ma a nota — que o presi*dente Tlto poderá cândida*tar-se à reeleição, ao têrmi-no do seu período, ma« demaneira alguma?' significa

„ q«e tenha/rftfflTfíHMárrfàdopresidente vitalício.", j'..VOZ DO POVO ; • '

A nova carta magna lugoslava- foi elaborada poruma comissão especial - do-Congresso Federal, quele-vou dois anos redigindo umanteprojeto. Êste foi publi*eado e submetido a um pro-cesso de dlscussAo públicaria qual participou quase tô-da a população, em comi*cios, assembléias, nos sindi-catos, associações, organiza*ções juvenis, na Liga dosComunistas da Iugoslávia ena Aliança Socialista rio Po-vo Trabalhador. Essa discus-sâo resultou na apresenta-çao de centenas de milharesde emendas, muitas' dasquais foram aproveitadaspela comissão quando da

redação definitiva da lei pro-mulgada no Inicio deste mês.

Puttt MtHt Uni

Chuva di oura sobra ts trutlM Ianques

SUMOC Agravará a InflaçãoCom a Instrução 230 da

SUMOC. baixada segunda»feira Ultima, o governo Ian»çou toneladas de lenha secana fornalha da Inflação. Odólar, no mercado oficial decâmbio, passou a ser cota-do a 600 cruzeiros para acompra e 025 cruzeiros paraa venda, ao invés dos 460 o475 cruzeiros, respectiva-mente, que estavam em vi-gor.

Por que o governo decre-ta esta nova e violenta des-valorização externa do cru»zelro, da ordem de 3U%tO pretexto alegado é que sefazia necessário estimular aexportação de uma série deprodutos, a qual, suposta-mente, seria Inviável a texa~de 460/475. Examinaremosmais detalhadamente nopróximo número outras lm-plicações da Instrução 239,mas, desde Já, desejamosdeixar claro que considera-mos a explicação oficial co-mo uma tentativa de enga-nar a opinião pública. Comefeito, por que o cacau e oaçúcar, por exemplo, pred-savam de melhor taxa cam-bial. quando seus preços-ou-ro são agora mais altos? Oaçúcar, particularmente, es-tá, no momento, com osseus preços em dólar trêsvezes mais altos do que háum ano e qús,nt<i.'».*» c-tiu** perspectivas são de pre-

ços firmes. O mesmo se po-de dizer do algodão. Em rea-lidade, os exportadores(leia-se "Sanbra" e "Ander-son Clayton") não precisa-vam de um tostão a maispara exportarem o algodãode que já dispõem, eles quecompraram a safra aosbaixos preços anteriores.Apesar disso, pela Instrução239, vão receber mala 100cruzeiros por dólar de ai-godão exportado.

Vinha sustentando o go-vêmo — vide Plano Trie-nal, vide carta do sr. SanTiago Dantas ao sr. DavldBell — que não alteraria astaxas de câmbio senão naproporção do encarecimento~clõ custo-deTrlda-no-B»síOra, desde Janeiro, apesarde todos os pesares, nao seregistrou uma elevação de31,5% no custo de vida. Setomarmos um período maislongo, de 1.° de Janeiro de62 a 23 de abril de 1963, ve-remos que a desvalorizaçãoexterna do cruzeiro terá sidode cerca de 30% mais altado que a elevação do custode vida. Isto significa, por-tanto, que o governo aca-ba de conceder a amplosgrupos de exportadoresmuito mais cruzeiros do queo que eles poderiam dese-jar para compensar o en-cíirp<-i»"«mto do custo devida. E uma absurda trans-

ferência de renda dé todaa Nação para grupos expor-tadores, inclusive america-nos, a continuação da mes-misslma política que o Pia-no Trienal submeto k cri-tica...

Diante disso, é simples-mente criminoso insistir emquerer conceder ao fundo-nalismo apenas 40% de au-mento, quando o custo devida terá aumentado demais de 60%. Dois pesos eduas medidas, então? Paraos tubarões da exportaçãomais do que a alta do custode vida e para os funciona-rios rebaixamento violentodo nível devida?

Por outro lado, a decanta-litica-antiinflaclonárla-

está reduzida a pó. Só a di-ferença de cambio corres-pondente aos atrasados co-mercials obrigará o govêr-no a emitir ou tirar de ai-guma parte cerca de 10 a15 bilhões de cruzeiros paracomprar a 600 o dólar queêle Já vendeu a 475 cruzei-ros. E os aumentos do trl-go e do petróleo, implícitosna filosofia trienal de queo combate a inflação se de-ve fazer começando pela eli-minação dos subsídios aoconsumo?

Em suma: a nova Instru-cê o pode agradar ao FMI,mas va' Hçggraçar aindamais o Pais,

Os mesmos senhores que em 1961 gostosamente acei-taram a pressão dos aprendizes de gorila do general Cor-deiro e partejaram, no curto espaço de tempo de uma sim-pies madrugada, a emenda parlamentarista, são hoje osanimadores da grita contra o "movimento de pressão" emfavor das reformas de base."Movimento de pressão"? O que vem a -ser isso? Dá-seêsse nome ã articulação das forças populares, a começarpela classe operária, no sentido de que se leve o Congresso,extremamente heterogêneo, a votar a reforma agrária cmtermos de eficiência, além de outros projetos necessários àalteração da atual estrutura econômica e social.

Em pronunciamento no Núcleo Bandeirante ri" Brasi-lia, o sr. João Goulart, pouco antes de embarcar para oChile, manifestou o pensamento dc que a pressão popularsobre o Congresso é legitima.

O Presidente, que. nas últimas semanas andou tomando'posições bastante impopulares, dessa vez produziu uniaafirmação positiva. Por que não seriam legítimas as pre.-,-soes populares sobre o Congresso? Será o Congresso muaassembléia agasalhada em torre de marfim e completamen-te Isolada do mundo?

Ora, sabemos que o Congresso brasileiro, bem comotodos os Parlamentos, em todos os p.;i:es e sob iodos usregimes, agem à mercê de influência.; c pressies variáveis,ora positivas, ora negativas.

E o nosso? Não sofre pressões? Preücúe.s è'.e stíre.iiütoda sorte, principalmente pressões reacionárias, o pro-prio Interesse de classes e setores anüprógresslstas esta re-presentado na maioria dos coiiponentes cio Congresso, lio-mens ligados á econmia latifundiária p. i\ indústria çumo

_por exemplo a de automóveis, que se distingue por .sua ii-nha de esperteza e ganftnüfirde a.ia ¦cHtmh-a-i^h-ir

Pressões, boas e más, não sofre apenas o Legislativo.Sóbre os ombros do presidente da República desabam pres-soes de toda sorte. O Ministério da Fazencia, pontó-chaveda política interna e externa, é uma caldeira sempre aniea-cada de explodir ao efeito de altas pressões. O ministro daFazenda pontifica pressionado.Hoje o gabinete do sr. San Tiano Dantas é um iormi-Bueiro de agentes que exercem pressões. Dentre é.ste.s di »•'-taca-se o Impressionante embaixador Lincoln Oordon, eu; shistóricas declarações na Câmara dos Estados Unidos so-bre a "Infiltração comunista" no guvõrno Gouíart vale ir mcomo forte pressão durante as demnrciies que o ministro ciaFazenda realizou na Casa Branca, na Wall Street e em ruastransversais.

Por que todos haveriam de f.v/er pressões contrárias aointeresse np"ion?l e so o.s grupos ligados ao povo não po--derlam furüitr c;.i s,;a .-'licole os vendilhões do ter.iyloarretfimeniudus cm ürasüiaV

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Page 4: W/5? - marxists.org · -1 NOVOS RUMOS lie dt Jonoiro, 26 o 30 do abril do 1963 — CGT e PUA Juntam-se Aos Barnabés Pára Derrotar 40% do FMI Toda a força do movimen. ¦o …

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— 4 NOVOS RUMOS Rio de Janeiro» 26 a 30 de abril de 1963 —

RACIONAMENTO É CRIMEENCAMPAÇÃO É LEI

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Dfienove horas do dia 17dc abril. A luz for».c dos re-11c. rs incide s',ore a me-sa operatória .Io hospitalX. em Botafogo once uma«cniiorf e submetida a de-litros cesariana. De repen-te. confusão, 'mprccauçõcsi» pedidos para i i.gacúoU'Mi-tc do geradir próprioda sp.a, agon Imersa erape.xaria escurdno A inter-'-enf&o cirúrgica pôde arcompletada com c*'to.

Or médica, ir almenteabrrrtos na op:rtçào. sòdepois compreenderam a•a'ti dc luz. a Light, semntnlium aviso po-iii. a ha-via cortado, «m sei- criml-noso sistema dc raciona-mento. que náo respeita nemmesmo os hospitais, cujosquartos, alguns com enfer-mos graves, passaram a seriluminados a vela. (Diga-se,entre parênteses, para quese alcance o absurdo da me-dlda, que a luz é retirada aahospitais, mas não aos ei-nemas, para não prejudicaras companhias exibldoras .

Como este caso, inúmerosoutros se verificaram ante,que a Light comunicasse oshorários do racionamento,deixando centenas de pes-soas presas em elevadores,arriscando a vida de mu!-tas outras, prejudicando aprodução industrial daGuanabara, deixando ases-curas as abandonados bair-ros cariocas.

RACIONAMENTODÁ LUCRO

Já de muitos anos que aLight vem racionando aenergia elétrica dos princi-ais antros Industriais dopaia, de va que, contrj-lando 60$ da produção deenergia elétrica nacional,oetém o monopólio da oro-Ou ção e distribuição naOuanabara. São Paulo (ca-pitai e mais 30 municípios

industriais importantes, taiscomo Santo André, Santos,8ko Bernardo, Ouarulhos.Jacarei, Sao José da Cam-pa Cacapava, Taubate,Plndamonhangaba, Guará-tlnguetá. Lorena e Crusei-ro). e mais de 10 munlci-pios do Estado do Rio.

Para Justificar o raciona-mento. a Light apela paraabsurdu desculpa, cornoude que u populações estãogastando lu em excesso,ou de que tem chovido pou-ío Mas Isso são cotias quedeveriam ar previstas -tanto o aumento de con>u-n.o fruto do desenvitvi-mento. como u fas?s de es-tibgem.

O que realmente aconteceé que a Light, em ves deadotar uma politlca de re-novar sua aparelhagem paracolocá-la ao nível das atuaisnecessidades, prefere reme-ter para o exterior seus gl-gantesca lucros e aplicarindevidamente bilhões decruzeiros em flnanclamentaou avais fornecida pelo go-vèrno.

O racionamento, na ra-Udade, favorece a Light, aoinvés de prejudicá-la. Oconsumo de eletricidade náoé uniforme durante o diatodo, havendo horas em queé maior e outras menor, fa-zendo com que a carga dasusinas em algumas horasaumente e em outras dlml-nua. Racionando, a Lightprocura uniformizar a car-ga durante o dia todo, dl-minulndo o fornecimentonas horas em que a cargaé máxima e forçando o con-sumo quando é mínima.

Deste modo, a Light for-nece o máximo de energiaque pode durante o dia In-teiro, utilizando, racional-mente para ela, da mesmamaneira, o emprego mâxl-mo de suas Instalações, eganha também o máximopossivel. Isso pode ar com-provado pelo fato da lucrosda empresa serem semprecrescentes, apesar do rado-namento.

Enquanto que para a

Light, longe de ser um pre-Juízo, o racionamento é lu-cro, a raultada para aindustria sao a mais terri-vels, como a pode aferlratravés ds um relatório daComissão Mista Brull-Etta-da Unida, absolutamenteinsuspeita no caso:"A atual escassa de ener-gta atá tendo toda a sortede conseqüência, onerosastodas para a Indústria, emtermos dt quantidade equalidade da produção, bemcomo de dinheiro.» Por oa-alio de séria sobrecarga narede, a Light nao tem alter-nativa senão desligar artoscircuita, conforme necessá-rio, sem aviso prévio. Talaartes causam prejuisa uindústrias, uma ves que aoperária permanecem Ina-tiva nu fábrleu durante aInterrupção... No fabrico depneumàticos. perde-a aprodução do dia quandoocorre Interrupção data na-cure», e consome-a o diaseguinte na limpem da ma-quinaria. Na foma paravidro, fia cortada a clrcu-(ação do ar de refrigeraçãodas paredes do forno, afe-tando-lha a resistência eduração. Tais Interrupçõespodem a tornar multo dis-pendlosas para u indústriu'químicas. No fabrico de po-llestlrénio, por exemplo, omaterial que se encontra emprocesso m solidifica deter-minando uma parada de dudlu. no mínimo, até trêssemanas, no máximo, en-quanto se retira manai-mente o poliestirénlo endu-recido. Uma dificuldade re-iulta du baixa de potén-da e de freqüência duranteot períodos de sobrecarga.Queimam-se motora e gran.de parte do equipamentofunciona de maneira Irregu-lar... Os tara trabalhamineficientemente nessu aa-slões porque u lançadelrasreduzem a marcha, o quetrat como resultado' tecidosde qualidade Inferior..."

A projeção disso é butan-te conhecida — dezena defábrleu paralisada, milha-

PPS — Problemas da Pai e do Sectarismo

¦ eWMt) PVffOfW • OQOfvTM ^^ ^3/63 vigorarão noves praça pora a aaliwturas (sCr$ 1000,00 e semestral Cr$ 600,00) e nemere(Cr$ 100,00), permanecendo as mesmas a condições ejwrapuium a reki(ôes cem agentes e diUribuWerat.

A GERÊNCIA

ra de operária daempre-gados, queda acentuada naprodução nacional, Ilumina-elo publica reduzida ou cor-tada, devedores psrsda,bairros ás escuras. Apeurdluo, a lucros da Light au-montando, e o governo as-slstlndo a tudo de braçoscruuda, ou propondo so-lueõts favoráveis ao trastee altamente ledvu aa In-teraas nacionais.

LUCROS

Instalada no Brasil logono Inicio do século, a histó-ria do movimento flnancel-ro da Light em au primei-roa anos entre nós é total-mente desconhecida. sêmen-te a partir de 1018 é que fo.ram publicada alguns da-da a respeito.

Dada daa época indl-cam que foi de cerca de 13milhões de dólares o apitaiInicialmente Invertido noais. Dai para cá, com aacumulação incessante dalucra, o capital foi crescen-do em térma gigantescos.De 1918 até 1M7, foi de550 milhões de dólares o to-tal da lucra da Light, queforam empregada da se-gulnte ' forma: 385 milhõespara o financiamento deampliações, e o restante dl-vldldo entre a acionistas.Isso significa que o patrlmó-nio da Light foi formado áscatas de seus própria lu-cros, auferida no pais, e nãocomo resultado de afluxo decapitais estrangeiros.

E de 1P47 em diante, oslucros começaram a subir,como mostra o quadro atai-xo:Ano Milhões

194819491950195110521953

• o o • • • o

de Cr$543 ..

, «31 ..«53 ..

. «95 ..7» ...845 ..

Mi-Ihões

VBÈ.. 39.. 33.. 35.. 37.. a.. 45

Vale lembrar que te tra-te de números confessadospela empresa, que se conse-gue se manter auferindo taislucros, fora do normal nopais, enquanto presta umserviço público em condi-ções tão precárias, é apenaspor culpa de uma politlcanefasta seguida por gover-nanta que, em vez de agirdentro dos meios legais quepossuem contra o trutte,ainda os financia e protege,esquecendo-se de fazer a em-presa cumprir suas obriga-ções contratuais.

A LIGHT E08 POLÍTICOS

O governo do tr. LeonelBrlzola no Rio Grande doSul mostrou, ao encampara serviços da 1T4T (Com-panhla Telefônica Nadonal),o caminho arreto a seguircontra as empresas conces-sumárias de serviços públl-ca que não cumprem seuscontrata.

Em atros Estada, po-rem, a historia tem sido bemoutra. Todos ainda estãolembrados de quando a Gua-abara era Distrito Federale, esn vez de Assembléia Le-gislatlva, postula a Câmarade Vereadores, mais conhe-cida como "Gaiola de Ou-ro".

Devido á alta desmorall-zação a que chegou a "Galo-

20 Dias de Greve:Gráficos Conquistama Sua Vitória

Reportagem de RJIfJo MoUla,correspondente de NR no Recife

Depois de 2o dias de greve geral (20 de março a 9 deabril) terminou vitoriosamente a parede dos trabalha- - -dores gráficos pern^e*^^

O QG DO MOVIMENTO

*, ^omoJn*° P0** tetatr de ar, a sede do Sindicato do*Trabalhadoraii nu Indústriu Gráflcu to Recife vdho c£arao localizado na ru* Direita, transfomou-se no QuartelGeneral do movimento. Desde o primeiro minuto de nevea pequena ala de sessões ficou superlotada de opeíários .'dT^Snm^SSS^ \T** M d,ve™> "mffiõesae greve, organizaram-se e deslocaram-s* nor* n. rn«aNn.setores de trabalho piqueta e1nataT5ustes?com s"tantede Impedir os possíveis fura-greves. os quais, no entantoSfiante.

^* ***"'tonm m númer° qu&8«"SJ

*rmíSnJ&Êt mtíf atutnt*« « iue tiveram um maiortrabalho foram a colocada em frente ás oficina* lin «íí»trabalhadores escalados pelo sindicato passavam ás vê-SS SírSSs*!mMaMt a ¦flm *• *:«Se4<.n«iJ^tf. «J»1*»*»*» déaa prédia Instalaram-se verdadeirascoztahu de campanha, com penelu de barro, f ogarolradeIfiSí* ? Pe^os de lenha, rade oa grevistas firmes' navigilância, preparavam su própria StaeTS^áriT

trões um novo reajustamento salarial.Durante todos estes dias, não circulou, no Recife, ne-nhum jornal, nem funcionou nenhuma gráfica, o que deaa-

perou ainda mais os setores reacionários das chamada cias-ses produtoras, que, através do rádio e da televisão, "exi-giam", a todo instante, do governo do sr. João Ooulart, umaintervenção federal em Pernambuco, que, segundo eles. atá"transformado num território vermelho". Ao lado dessasfôrçu estão os desmoralizados grupos de agitadores doIBAD, multo bem pagos pelo consulado norte-americanoaqui no Estado. No entanto nada abalou a consciência deluta da bravos trabalhadores gráficos que só voltaram aotrabalho depois de terem visto atendidas as reivindicaçõespor que tanto lutavam.

ótwài^M^SSíS* *2«4»peTlftf« <c*«a de 3 500 traulha-•T-S^LÍ01, gIfn*' S* J0™^»*». Por exemplo, entraram

S-»!? TefderBm os jornais vindos do Sul do País. os Jor-^RtaínlSf?1 ?» »"^»»«<>*oe?mÒral e financeira, tendoo Sindicato da Jornalistas Profissionais do Recife a decla-a!di^í."8embléh.penntnent« até ° M™'no da parede.ÍSuSf,d°'«P0r TártM TêM8' entrar ^Mu em grevToiradialistas fizeram o mesmo.A solidariedade maior partiu do Conselho SinHinai An.Trabalhadores XCONSíNTRA^ui^fereceu0aos greílsia,mais de cem mil cruzeiros de auxílio *»«»«ia.Por outro lado, individiuümentè, Inúmeru entidades

'* 'ifüf* tr" • di" •w in*o público não tomava co-nhecimento de um escánda-Io. de malt um vereador nobolso da Light, de subornaao Prefeito, etc. A empré-sa mantinha <e mantém)uma polpuda verba especial-mente para evitar que a Cá-mara controlasse o cumpri-mento das cláusulas contra-tuais. para evitar que fôt-sem cobradas as elevadasmultas prevlttas em contra-to contra o mau serviçoprestado.

Hoje, evidentemente, acoita continua a mesma, devez que não se tabe de ne-nhum» sanção imposta pelo£pvérno

atadual contra aIght. nenhuma exigência depagamento de multat decumprimento dot contratos.E malt. Está ai, fato Inédi-to, oficializado na Guanaba»ra, am a complacência dogovernador Lacerda, o"black-out" no Estado comhora marcada para faltarluz, para prejudicar a Indús-tria e particulares.

E a mesma atitude prote-cionista, absurda sob todotos aspectos, vem sendo ado-tada pelas autoridades fe-derais em relação á Light.que, apesar dos Imensos lu-cros já conseguidos, pleiteoue alcançou empréstimostubstanclosos para o desser-viço que presta ás popula-ções da Estados em quefunciona. Dentre eles pode-mos lembrar os 200 milhOesde cruzeiros concedidos pe-Io Banco do Brasil e mais90 milhões de dólares como aval do governo brasilei-ro.

PROTESTOS

Tds são os prejuízos cau-sados com o racionamento,que inúmeras têm tido asmanifestações de protestodes mais diversa setores dapopulação.,; f.Os industriais cariocas, fl-liados á Federação das In-dúttrias da Guanabara, lan-çaram nota pública pela Im-prensa protestando contra ocorte de luz sem aviso pré-vlo e sem justificativa, en-carregando dois de seus dl-retores para levar ás auto-rldadea suas queixas contrao trutte.

Também a Federação daIndúatria do Estado do Riose ergueu contra a medida,declara ndo-se em sessão per-manente e decidindo enviarum protesto ao presidenteda República.Acompanhado em suas de-claracões por vários outrosindustriais, o srmador LuizCarretelro afirmou estar, naiminência de ser obrigado adespedir centenas de opera-rios de seus estaleiros pornão poder mantê-los de bra-

cos cruzados grande partedo dia.Também de , vários bair-ros cariocas surgiram pro-testos dos habitantes, co-mo o caso de Ipanema, cujosmoradores formaram comis-

sâo e foram aos jornais pro-testar.

«O GLOBO»CONCORDA

A única voz favorável àmarotagem da Light foi a docomendador Marinho. "Etpour cause", para usar umaexpressão do agrado do mes-mo comendador.

Em primeira página, edi-torial, vém a Marinhos, emsu edição de 18 de abril,dizer qu o racionamentoera necessário, que a pobre-alnha da Light só o utilizoucomo último recurso, que aestiagem veio agravar adéflclts da empresa, etc.

E termina dizendo, comoo diriam a própria donada Light, afirmando: "Eco-nomlxar energia, sob todasu forma, é, portanto, a pa-lavra de ordem para toda aGuanabara. Será um «cri-ficlo de cada um em bene-fido de toda". O daejo evt-dente do comendador eradtaer "em beneficio de todaos acionistas da Light". Muai também já em uma con-fissão exagerada de amorao traste, amor qu a Ma-rinhos não conseguem a-conder.

COMPRA NAO;ENCAMPAÇÃO

O atual racionamento nionum momento em que estána ordem-do-dla a soluçãodo pro'u'ema de energia elé-trlca no pais, com os Inte-rêsses nacionais reclaman-do a encampação du em-presas t estas exigindo doOovèrtu.' uma compra que,por todos os aspectos, lnesserá benéfica.

O próprio presidente daRepública náo se pejou dedeclarar no Congresso nor-te-americaho que tinha In-terêsse na solução da com-?ra du companhias conces-sionárias de serviços públl-:os, para que atas aplica-sem a capitais em outrossetores mais rentáveis e me-na expostos ao público.Capitulando vergonhou-mente ás Imposições do "Po-relgn Aid Act" (Lei de Aju-da ao Exterior), lei tanqueque prevê o corte de qui-quer ajuda a pais que nacio-nallse empresa Ianques, ogoverno brasileiro ofereceueste verdadeiro maná que éa compra do material obso-teto da Light e da Bond andShare, por quantia que vai amala de 1 bilhão e melo decruzeiros, para que a ian-quês apliquem esse dinheiroem outras atividades indus-trials a salvo das manifes-tações populares.

Não é lstc que atende aosinteresses nacionais, comobem alertaram 170 deputa-dos na Câmara Federal queassinaram pedido de Comis-são Parlamentar de Inquéri-to pan examinar o assun-to e denunciar o Oovérno porcrime de responsabilidadecaso a transação seja feitaenvolvendo verbas da Elé-trobrás.

Os deputados, com suaação, esperam que o Oovêr-no envie á câmara um pe-dido de abertura de créditoespecial para a compra. Seisso acontecer, os deputadosdeverão recusar o crédito eelaborar um substitutivopara a encampação das em-presas, com o tombamentofísico e contábil das mes-mas.

Esta sim — a encampação"•>m o levantamento físicoe contábil — é a soluçãoque interessa ao pais. Pagar,a titulo de indenização, ape-nas o que o tombamento in-dlcar. E se o tombamentofor bem feito, é capaz daLight ser encamoada e ain-da ficar devendo...

?». "Jft d08 tr*balnadores enviaram á sede dos eráficossuas valiosas contribuições, estimulando deste modo^ouê?les homens que não faziam greve há mais de 30 anos.. Q

DA GUANABARA E OUTROS ESTADOSO Sindicato dos Trabalhadores Gráficos da QuanaimraBWV toporttaclaee «0 mil cruze ros; de PetrÓDolfs

mi?^S8.*0 locaLdos gráílcos remete" a torwrtância de 5mil cruzeiros; o Sindicato dos Gráfica de M«e ó Alaaoasremeteu a importância de 10 mil cruzeiros; no Recife eno^municípios vizinhos quase todos os sindicatos remeteramsuas contribuições financeiras para os grevistas adendottZr*Serfos»s,egulntes: Sindicato dos Trabalhador!vSIndustria de Moagens, Sindicato dos TtateilSres dSS,me„Sania Marla- Slndlcat° dos TmbtóSSrea nl In-dustrla do Fumo em Pernambuco. Sindica o dc. inunici-Pio de Caruaru, trabalhadores da Orla Marítima trnh*feouff06 $ Belt°ria da ül^S^tííea;

CAMPONESES AJUDARAM"^teí"1*0*1 Patent« de 1u* * uma realidade a aliança

SKl0;Camp0n?sa' Princ?P<»l™nte ™ momentos maismo£r Sarafna ^ SP6*1"* «o luta pelo direito de nãomorrer de fome, também os camponeses de Pernambucoajudaram moral e materialmente os trabalhadores eráfl-r.w0emi Ve\ duíante, 20 ""• Enviaram TSBre?ístes5ÍS? de £,m" ^o*6* alimentos, notadamente farinha.írabayjadores*8

' qUe> ÍOram <Ustribuld« «*£ oa

Timf^.inif valiosa a»Jud,a dos camponesa de Palmares.Lunao, Oallléia e Bom Jardim.AS CONQUISTAS

Finalm-nte; fracas á unidade dos trabalhadores grá-xicos, depois de marchas e contramarchas, de inúmeros en-

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e^mpregÜâdÓs'nir'd0' 11ü Pa!aCi° C° °°™n°> S^»trS

ri» 7^1? ojllí,,f firmado 0S gráficos receberão um aumentoDecializarínf *& °°m íxc?ca,°'tde alguns trabalhadores es-S?f*T como os "notlplstas e intertlplstas; os meno-adultSf

"f^^13-0^1;!0 a mctade d0 Sí,-!ári° majòrado SaS' ficando çxp.icito que nenhum operário atualmente

Per5abhe^sd^rf^^innfdPí.n^iaS f!"CaS em Pernambuco pSlatrosr Piont tSmw^ r a vmte, e um mil e oltocentos cru-fl/tl ^ assegurado no acordo a anistia totala todos quantos participaram. do movimento. *

HOMOLOGADO O ACORDO

Em memorável asembléiaL_gejsL_realizad^--nq-ní.u»-rf«_trlas da Construção Civil, gentilmente cedida nor"seu nrSSdente. sr. Sevcrino Araújo*os traba'hadoreà^gráfica^nomoílogaram, por unanimidade, o acordo, encerrando u traba-lhos entoando o Hino Nacional. *

" os :waMEstavam presentes, entre outros, o pre^ident? di Fp-deração Nacional dos Trabalhadores na5 Indústrias Gr!

H«asA Vdcr.sintílcal N^vton Eduardo ónveirftamb^i umdos baluartes da vitória conquistada: o presidente dôs"n-bofatodd°WnPnrc|,adOS no Comércl° d0 Recife, s João Bar-2°Sa™,deuVS5C2nccl0S- que representou o Conselho Sindical

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— Wo dt Jontiro, 26 a 30 dt abril dt 1963 NOVOS RUMOS

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Rua. dó Catete. Lã embaixo vinha o barulhodos bondes. Businas delotação. O riso do ho-mem veio até nós:Não me acostumeiem Copacabana. Aquinfto, sente-se o Rio. Denoite, os malandros bri-gani, mulheres lutam pe-Ia vida. Escuta-se a vi-oração do mundo chegaraté nós. Do Flamengopara cá o Rio se tornaverdadeiramente o Rio.

Profundamente iden-tificado com a vida, pro*fundamente identificadocom a nossa gente, DiCavalcanti tinha agu-çado todos os seus sen-tidos na procura do tipi-camente brasileiro.

Veja-se êste qua-dro, comentou, êste ho-mem, por acaso, fala-nosalguma coisa do nossopovo? Poderia ser dequalquer outro lugar.

Era a fotografia deum quadro de pintorbrasileiro.

Al mulatas de DiNa parede da sala, um

quadro com as caracte-rísticas mulatas de DiCavalcanti. A r r i squeiuma pergunta:Di, por que vocêsempre pinta mulatas?

Êle parou, ficouolhando para mim eriu: i

E' gozado... todomundo pensa que é por-que tenho muitas ama»-tes mulatas. Mas não éisso..: Quando era garototive uma ama-de-leite.Uma mulata grande. Foipraticamente quem mecriou.. Vieram rem iniscên-cias de infância. A bon-dade da ama-de-leite, osmoleques de rua comquem brincava, pessoasdo povo... Fomos co-nhecendo seus persona-gens.

Veio um vinho gosto-so. Toquei em sua via-gem a Europa. Tinhatido algum objetivo de-terminado?

Ora, respondeu-me,se houvesse um motivode interesse geral a via-gem teria perdido o en-canto. Fui a Paris co-memorar os 40 anos deminha vida de artistaindependente, iniciadanaquela ddade, em 1923.

E como você a co-memorou?

Comemorei a meumodo um acontecimentoque só a mim mesmo in-teressava. Era em de-zembro, durante o Na-tal, e eu o passei sòzi-

nho como há 40 anosatrás.Caminho t atalhos

Queria ver o que èletinha visto- de bom naEuropa. Um homem co-mo êle vê sempre mui-tas coisas interessantes.Fêz-se uns minutos desilêncio. Seu pensamen-to voltou para lá. Sorriu.O que eu vi debom... Encontrei . ve-lhos amigos pensando evivendo com dignidade,sem abdicar do passadoe unidos pelas grandescausas da humanidade.

Como era bom ouvirgente falando assim!Di me mostrou um livroque contava a vida deMontmartre. Encontra-mo-nos com pessoas quetinham feito muita coisa.Tinham pintado, escrito,lutado, sofrido. Começa-mos a falar de pinturana Europa.

Qual é a vinculaçãodo público na Europncom a pintura?O público europeusempre se interessa pelapintura. Os museus' es-tão sempre cheios.

Tive curiosidade desaber como era recebidanossa pintura na Eu-ropa.

Se a pintura é bem

RE VISTAS PÚIONMS

representativa do Brasil,o europeu gosta. Sobre-tudo, se existe perfeiçãotécnica e conteúdo hu-mano. Não se esqueça

t que na Europa ha umagrande seleção de va-lores.

E o que se pintaagora na Europa? inda-guei. Quais os novos ca-minhos da pintura euro-péia? Os novos caminhosda pintura na Europasão apenas atalhos numcaminho de identifica-ção constante da artecom a vida.Abstracionísmoe Kruschlov

Do homem foi surgin-do e tomando contaa faceta do artista. Aprincípio pouco a pouco,depois mais e mais, êlecomeçou a falar de pin-tura. Andamos por qua-dros e livros, e chega-mos, finalmente, ao abs-tracionismo. Sua crise.

Vem se notandouma diminuição crês-cente do interesse dospintores è do públicopor esta forma de ex-pressão, e explicou-me, acrise do abstracionísmodecorre de ser esta es-cola uma metafísica ne-bulosa indiscutivelmentede significação proble-

mática no contexto deuma cultura que se fixana permanência do hu-mano.

Dq a b s t r.acionismopassamos para a pintura -soviética. Referi-me aosdebates que se verifica-ram na URSS em relaçãoà pintura.Houve e está haven-do discussão entre Krus-chiov e os intelectuaissóbre pontos de vista re-ferentes à pintura atualda União Soviética.Kruschiov não é um es-teta. E' um chefe de Es-tado que naturalmentenão tem opinião muitoa favor de uma pinturametafísica para seupovo. prefere o objetivis-mo realista. Fêz valersua autoridade possível-mente no sentido deproteger os pintores po-pulares.Gente que nãose omite

Fazia um calor sufo-cante. Aproximamo-nosda janela.Como gosto dissoaqui! exclamou. Veja,até as caras não são di-ferentes? Há aqui umamocidade ativa, que so-fre a influência da UNE,que participa da vida po-litica do país. Que fazalguma coisa.

POLÔNIAPOLSKAPOLANDPÒLEN

aiONHSKHRIftPOLEN

uPOLOGNE

Mensal. Formo'0 26 cm. t 28 cm., 48 paginas ilustrcdas.Aparece em alemão, espanhol, francas, inglês, polonês • suecoRevista de al'o padrão grafuo, dá ampla cobertura aomovimento, cul urol, cientifico, artístico e ao desenvolvimentoindustrial da República Popular da Polônia.

ASSINATURA ANUAL CR.$ SOOfOO

Tudo isso era Di Ca-valcanti. Pintor, poeta,sorvendo a vida emgrandes tragos, amandoe acreditando ,nos ho-merus. -Integrado ao seupovo e por isso sentindoos seus problemas e nãose omitindo diante dê-les. De tudo isso nasceusua pintura, marcante-

.mente brasileira.Perguntei-lhe se pre-tendia voltar brevemen-

te à Europa.Voltarei em breve à

Europa para exibir umquadro meu no salJ.o deMaio. — E — acrescen-tou — Minhas viagens àEuropa são sempre im-portantes no sentido deme aperfeiçoar.

Olhei em volta. O ate-lier era calmo e espaço-so. Havia quadros nochão, encostados contraa parede. Tintas colori-das e um grande quadropor acabar. Eram figu-ras de mulheres. Mu-latas.

Veja, mostrou-nos,aquela mulher ali. Nãoconsegui ainda dar-lheum toque bem brasi-leiro.

Sorri.Da rua vinha o ba-

nilho dos bondes. O bur-burinho dos que saíamdo trabalho. Buzinas.Vozes humanas.

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'"1É11

Bimestral. Ilustrado. Destinada "olu^HrTttrde. Apo^exe-:—em polonês, inglês, alemão e sueco. Esporte e ciências.Mantêm uma seção de endereços com publicaçãode fotos poro intercâmbio epistolar Formcto 34 x 24 cm

ASSINATURA ANUAL CR $ 300|00 A LUTA 00S TRABALHADORES E 0 PARTIDO COMUNISTA

ESCREVA-NOSSOLICITANDO

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INFORMAÇÕES

fofa ftaja numa ms auiaalara, éaviaaaVaaa a vaiar aarchtqva bancário ou Valt foifcl.Tomamos também i u.natufai da outru ravlataa d» caréttr clan-Mico a técnico noa Idiomas p-lonéi, Inglês, t'ancés, alanião arusso, da República Pop ilar da Polônia.

EDITORIAL VITORIO LTOB.«. Juon osla Dir.rta, 50 • Sobrada - Til.: 22-1413 • 1 dt loT.rrt - 68

CARUARU, Pernambuco (Do eorrespon-dente) — Uma palestra do dirigente Gre-gório Bezerra marcou nesta cidade o pontaalto das comemorações do 41.° aniversáriode fundação do partido dos comunistas bra-slleiros. Ao ato, realizado na dia -5 dcmarço, compareceu grande assistência, Gre-gório /c/ou sobre "A luta dos trubalhedurese o Partido Comunistu".

Entre as personalidades presentes en-

contravam-se os tenentes Severino Ferrazc Ademar, os universitárias Arsénio Martinse Tércio, presidente do diretório acadêmicoda Faculdade de Direito, diversos dirigentessindicais e representantes da imprensa.

Após a conferência /oi servido um sara-¦ pãiel, prato tipico da cozinha nordestina, ehouve apresentação dc músicas folclóricascom acompanhamento de zabumba.

No /cio. o líder comunista Grcijório Be-zeriu quando projeria sua palestra.

-i VCanto de Pagino

Emida

:> .oifôr.

_j amigo

nua coiriTianeo etmiA conversa Masque trabalha desde

: a olhar a • .(..i semJuls cumprimentá-lo

FelUmrntr pnra mim, os leitores goMam de convennrcomigo, infcliimcme para mim nem ccnrpro tenho tempopara rc-ponder suas cartas, jamais podendo fazé-lo comodevia: trocar correspondência privndn. canvcr•<.n• eom osleitores dc NOV08 RUMOS um a ur.i em cartas intima*,citdó tempo.' Untucnndo mrtqulna i> -.r-murc com trabalhoe nuturnl que mr falte tempo pnra tanto, o que lamentomais do que ninguém. Mas, .-.oubc ' :i os que me . ••revemo quanto me fas bem receber esFu? cartas c, nauirrilmentcninguém se queixaria dc mim.

Um moço dc assinatura Ilegível,companheiro pcdlu-me com urgêncianem tem üúvida amiuo Alberto. Voc<o.% doze anos dc idade e que já aprkiulilentes falsas deve ser um ótimo papo,pelou seus vinte e um unos mas o dia pa^üu i-ti de teve-rclroí e esqueci. Lamento, mas sempre e tempo de dizerfelicidade.:-. Coragem, continue como é e, querendo, telefonepara este nosso jornal pedindo meu endereço. Conversa-remos enluo como companheiros e conterrâneo.,. A suacrença no socialismo não é como você pensa, um problemadv> personalidade, mas antes dc aquisição d<» consciênciada sua personalidade, já que no mundo dc boje, os' paísessocialistas demonstrar; m ao mundo .que é essa a únicaforma dc governo que dá ao homem o direito de viver comoser humano. Telefone Alberto, conversaremos.

Outra carta, muiuis outras. A moça Zulcika, quer sa*uer como deve lazer para compreender os problemas poli-ticos. Eu lho aconselharia, Zulelkg que tomasse parte emtodos os movimentos políticos e culturais desta cidade. Veja,ouça. procure ler tvocè diz que é leitora assídua de NOV08RUMOS) peça llVros socialistas emprestados se não pudercomprá-los e vá. asoim, lentamente conquistando o direitoa comprecn.sâo, á análise dc iates, até a aquisição comple-ta de julgamento. Apenas o livro não basta, se bem quecie ieja ultrancccssailo. Uilnlr a ação ao livro, essa é aquestão.Hoje falarei apenas dessas duas cartas (nen mal3 es-paço tenhoi pedindo aos meus queridos nml[. que des*culpem não responder logo como devia. Mas aqui estounâo pnra aconselhar ninguém (não .seu dc dr.- conselhos)mas sempre pronta a ajudar aqueles que pedem ajuda.

EDIÇÃOEXCEPCIONALDE PPS

Já nas bancas e livrariasde todo o pais a edição defevereiro de PP8 - PRO-BLEMAS DA PAZ E DO SO-CIALISMO. PPS é revistaque sé esgota facilmentenas bancas. Assim, procureadquirir logo seu exemplare se inteire da verdadeira,atitude do povo norte-ame-rlcano, o povo de operários cgrangclros brancos e ne-gros oprimidas pelos trustese lutando.também contra oma::ortismo. Ainda nesse nu-mero um bem lançado estu-do do sociclógo brasileiro.Jacob Oorender sobre "Con-tradições do desenvolvimen-to econômico no Brasil",além de outros trabalhos deinteresse. Agência e assina-t u r a s : rua da Assem-bléia. 34 sala 304. Rio (OB).Valores em nome de H. Cor-delro.

Frifzlançalivro

Sob o patrocínio da Rol*torta da Universidade dsMinas Gerais, foi lançadosexta-feira última o livrod i ¦ itor Fritz Teixeira deS. ; "Associações Rellglo-sas nn Ciclo de Ouro", pri-meira publicação do Centrode Estudos Mineiros. Naocasião, teve lugar tambéma Instalação da exposição"Pintores Brasileiros eiri Oo*leções Mineiras", com tra-balhos de artistas surgidosdesde 1922.

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Tópicos Típicos

Pidro Sivtrino

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No Jornal do Brasil de 17-4-83, Pedro Muller anuncioucasamento do prof. Eugênio Gudln, oitentão, com uma

viúva chamada d, Violeta. Após a cerimônia, o casal seguiuem lua-de-mel para Paris. Consta que, na partida, os «ml-gos do professor Gudln, em lugar de lhe jogarem grãos dearroz, Jogaram-lhe pílulas de vitaminas.

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Calcula a Associated Press que o número de desempre-gados e semt-empregados na Argentina já chegou à casado meto milhão de pessoas, isto é, cerca de dez por centoda força de trabalho do país. A Argentina, como vocêssabem, é aquele pais Irmão onde os gorilas tomaram o podere estão pondo cm prática a política preconizada pelo FundoMonetário Internacional.

¦ * *¦ *

Segundo o New York Times, os Estados Unidos estiodiante de um dilema em face do pedido de empréstimo quelhes teria-'sido feito em 1061 por Cheddi Jagan, primeiro-ministro da Guiana (ainda) Inglesa: ou concedem o em*préstimo e correm o risco de ver Jagan aproveitar-se dissopara comunizar o pais, ou não o concedem e correm o riscode ver Jagan aproveitar-se disso para comunizar o pais.O problema é delicado. • •

Um cientista soviético conseguiu restitulr à «ida umtritào que encontrara congelado e que se calcula que tenhaestado congelado por várias centenas de anos. Estudos fel-tos sóbre a Idade do tritão levam à suposição de que o seucongelamento data do tempo em que viveu S. Tomas deAqüino, em plena Idade Média.

Sugiro que lhe dêem o nome de Tritão da Cunha.• •Gozação dr André Breton em Frcud, lendo O livro queeste último escrevera sóbre interpretação de sonhos: "As

preocupações'sexuais não desempenham, aparentemente,piijjcl algum nos sonhos pessoais do autor, ao passo quecontribuem dc maneira nitidamente preponderante na ela-boração dos sonhos dos- outros que èle tenta nos explicar"iLcs Vases Communicants, p. 36).* • •

O Srrvlco de Censura do D.P.S.P., Impediu a exibiçãode um lilme documentário sóbre 6 vôo espacial dos cosmo-muitas Nicolaiev e Popovitch, no Sindicato dos Jornalistasele Brasília, sob a alegação de que a documentação do filmenào eslava cm ordem. Quando soube da proibição, a em-baixada americana ofereceu um filme- sobre os vôos espa-• ciais dos Estados Unidos, para que a sessão programada uãoío.i.se suspensa. Os jornalistas agradeceram, mas não acei-taram o oferecimento. A platéia podia estranhar a substi-Uiição do épico pelo cômico — eu reação des espectadorespodia assumir íeição trágica. • •

No O Cruzeiro, de 4-5-63, o colunista Aastregésilo de ..Ataide escreve que Nicolaiev e Pop; viu-. í.ão passaram desimples 'cobaias humanas" que "não merecem admiração".Queria só ver se, no exercido eventual da profissão deastronauta,-ao ser mandado para a estratosfera dentro deuni foguete, o paspalhào do Austregé.silo não profanavasolenemente as calças que estivesse usando...

No mesmo artigo, aliás, o Austregésllo af::nn que opovo brasileiro sente vergonha de ser composto, em grandequantidade, de negros c mulatost_Sfl mesmo da cabeça do-AusUcüusüü é que pudiirsair umã~besteira dessas. Nós, bra-sileiros. temos orgulho de sermos um povo de mestiços. Já oproclamava o critico literário Silvio Romero: "Todo brasl-leiro é mestiço: se não no sangue, nas ic!c':as". E o cantorDorival Caymmi, sem constranginient ligum, respondendoa Fernando Lobo (que lhe pedira v ;ente emprestado),esclareceu que não usava pente, acrescentando com umlargo sorriso:— Já vim penteado ú.\ Bahia.-• •

Como faz todos os anos. esta coluna prepara-se cons-deliciosamente para escolher "a Mãe do Ano". Nestes últl-mos dias, contudo, a nossa tarefa para 1063 se simplificou.Com o assassinato do bravo dirigente or imi.;t.i espanholGrimau. a senhora cenitora do gem.raj '.;•., ic. Francoficou automaticamente designada "?'."-._• í'0'Ant.". a-fim deque ao seu Ilustre fiüio caiba plenr.r.ieny: o.titulo de "Filhoda Mãe do Ano".

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1 .•

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- 6 NOVOS RUMOS Rio da Janeiro, 26 a 30 de abril oo 1963 —

Operários Navais Fazem Reportagem Para NR

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FâU DE ACORDO COM 0 POVOFazendo as vezes de repórteres de NR, operários navalt daIlha de Macangui ouvem, na Prefeitura de Cachoeira deMacacu. o prefeito Vbirafara Muniz (na foto, ao centro). Ochefe do Executivo fiz veemente pronunciamento antilati-funditla e em favor das franquias democráticat.

Prefeito de Cachoeiro de Macacu• Pela Reforma Agrária, ElogiaOsvino e Critica o Plano Trienal

Durante sua estada emCachoeiro do Macacu osoperários navais de Mocan-guè visitaram o prefeitomunicipal, sr. Ubirajara Mu-nlz, que vem realizando fe-cunda administração na-quela cidade. Solicitaramde 8ua Excelência uma en-trevista para ser publicadaem NOVOS RUMOS, pron-tamente autorizada.

Assim respondeu o pre-feito Ubirajara Muniz àsperguntas dos nossos even-tuais repórteres:

Que pensa V. Exia. dosmovimentos vigorosos queas organizações camponesasde nosso Estado vêm empre-endendo ultimamente nasua luta pela reforma agra-ria?

Acho que todas as 11-gas e agrupamentos decamponeses devem promo-ver movimentos no sentidode aguçar as lutas pela re-' forma agrária, porque se fi-caímos na dependência dalei que o Congresso prometevotar não teremos reformaagrária alguma, pois comose sabe o Congresso é tor-mado na sua maioria porlatifundiários e grandes ca-" pltallstas.

: — Qual a sua opinião sô-bre o discurso proferido pelogeneral Osvino Ferreira Al-ves por ocasião do anlver-sário do Batalhão de Ouar-das? Foi o melhor discursoaté hoje proferido por ummilitar. O general Osvino éum autêntico nacionalista eamigo dos assalariados de' nossa pátria.

5 — Que diz da legalização| do Comando Geral dos Tra-

' balhadores, defendida peloatual ministro do Trabalho?

t de grande necesslda-de para os trabalhadores,pois através desse órgão ooperariado alcançará níveisainda mais altos de organi-

.: zação e unidade. O atual ml-; nlstro do Trabalho é . um

grande brasileiro, democratae nacionalista. Sua conduta 'ton sido a de um defensordos interesses do povo, par-Ucularmente das camadasmenos favorecidas.

Que pensa do direitode autodeterminação dospovos e da atitude do govér-

PROFESSORESOBTÊMREIVINDICAÇÕES

RECIFE íDo correspon.dente) — Durou precisamen-te 11 dias a greve geral dosprofessores do ciclo médio,paralisando todos os cole-glos secundários do Recife.A greve dirigida pelo Sindi-cato dos Professores Secun-dários de Pernambuco con-tou, logo no primeiro mi-nuto, com a solidariedadedos alunos, qüe, através desuas entidades, resolveramnào ir às' aulas até que osdonos de colégios acendes-sem as reivindicações dosseus mestres. Foi o primei-ro movimento de professo-res eclodldo em Pernambu-co.VITÓRIA NO FINAL

No dia 5 do corrente més<teve Inicio no dia 26 demarço) a greve dos profes-sores terminou, mediante aassinatura de um acordofeito à base de uma propôs-ta do vice-presidente do Tri-bunal Regional do Traba-lho, desembargador Armãri-do Rabelo.

O acordo especificou oseguinte: aumento de 70 poroento sobre os salários vi-gentes no ano letivo de 1962,com um minlmo de salário-aula de 270 cruzeiros (paraos colégios pequenos) e omáximo de 350 cruzeiros,acrescentandose ao mesmo40 por cento da receita teó-rica dos colégios; anuída-de gratuita para o filho doprofessor, na base de 1/3 docorpo docente de cada co-légfo; vigência a partir de1* de março.

no fluminense permitindo arealização em nosso Estadodo Congresso Continental deSolidariedade a Cuba?Sou favorável à auto-determinação dos povos equanto à posição do gover-nador Badger Silveira deconceder autorização para arealização em Niterói doCongresso de Solidariedadea Cuba só posso afirmar.queêle agiu bem, demonstran-

. do ter gabarito politico erespeitar a Constituição, ga-rantindo as franquias de-mocrá ticas.

E da posição tomadapelo governador Carlos La-cerda, proibindo a realiza-,ção do Congresso na Oua-nabara?

A proibição do Congres-so na Ouanabara somentefoi útil ao êxito marcanteque o conclave obteve.Quanto ao governador ca-rloca é uma figura que hámuito já deveria ter ido pa-ra o "paredão".

Que diz do Plano Trie-nal?

Estamos sentindo naprópria carne os seus efeitosmaléficos: em virtude dacontenção de despesas pelogoverno do Estado, obede-cendo à política daqueleplano, vimos prejudicado onosso plano de trabalho,porquanto as cotas que eramdestinadas ao município fo-ram suspensas.

E da situação educado-nal do município?

É precária. O munlci-pio é muito grande e lutan-do com grandes dlflculda-des financeiras não temoscondições de manter esco-Ias suficientes para a alfa-betização que se faz neces-sária. O latifúndio é o prin-cipal responsável pelo bal-xo índice educacional denosso povo. Aqui no nossomunicípio isso e notado comuma clareza meridiana. Nogoverno do sr. Roberto Sil-veira foram criadas 35 esco-linhas, das quais 25 foramfechadas no governo do sr.Celso Pcçanha. No nossomunicípio falta tudo: ma-terlal escolar, merenda e atéprofessoras, pois as nomea-das pelo Estado nào podemde forma alguma sujeitar-se aos baixíssimos venci-mentos e precarísslmas con-dições de vida a que têmde se submeter. Em virtudede tal situação temos querecorrer, como alfabetizado-res, a pessoas que fizeramapenas o terceiro ano pri-márlo, e que, evidentemen-te, só podem ministrar umensino deficiente

Uma caravana de operários do» esta-lelros navais da ilha de Mocanguê, esteve,sábado, 13 do corrente, na cidade fluml-nense de Cachoeiro de Macacu. Retribuíamuma visita qu« fizera aos estaleiros o pre-feito daquele município, sr. Ubirajara Mu-nlz. Os operários navais estenderam suaexcursão à fazenda São José da Boa Morte,onde os camponeses, a exemplo do que ocor-reu na semana passada em Imbé, ocuparam.vastas áreas de terras que não vinhamsendo devidamente aproveitadas pela gri-lageni que delas se apoderara, e que vinha

explorando, de maneira vil, todo um exêr*cito de lavradores.

Leitores constantes e ajudlstas de NO-VOS RUMOS, os operários do Mocanguêaproveitaram também a excursão para ex*perimentar um novo tipo de colaboração como Jornal dos trabalhadores: entrevistaramo prefeito de Cachoeiro de Macacu e flze-ram uma reportagem sobre a ocupação,pelos camponeses, da fazenda São José. En-trevista e reportagem vão publicadasabaixo

NA FAZENDA SÃO JOSÉ 0A BOA MORTECAMPONESES CONQUISTARAM A TERRAE TRABALHAM COMO UMA SÓ FAMÍLIASábado, 13 de abril, foi

dia de festa na fazenda SãoJosé da Boa Morte, muni-ciplo de Cachoeiro de Ma-cacu, Estado do Rio. Oscamponeses, legítimos donosdaquelas terras, recebiamseus irmãos operários dosestaleiros da ilha do Mocan-guê, que lhes haviam dadointegral e efetiva solldarie-dade quando da luta quetravaram contra grileiros,jagunços e policiais para fa-zer valer o direito de posseda área que hoje cultivam.

Houve assembléia na sededa Associação dos Lavrado-res, para debate em conjun-to dos problemas e reivin-dicaçôes de operários e cam-poneses. Houve depois umarecepção na escolinha cons-truída pelos próprios lavra--dores, dentro da fazenda,para que seus filhos nãocresçam analfabetos comoeles. E, mais tarde, um ai-moço de confraternização,ao ar livre, com música derádio de pilha e boa con-versa de companheiros damesma luta.

A CONQUISTADA TERRA

A fazenda São José daBoa Morte pertencia, antes,ao Instituto Nacional deImigração e Colonização, ofamoso INIC. celebrizado

por uma série de adminis-trações corruptas que porêle passaram. Como vivesse• cm estado de semi-abando-no, dela se apoderaram osgrileiros, passando a expio-rar os camponeses que lájà viviam.

Os pretensos donos daterra não permitiam que alise cultivasse sequer umapequena agricultura de sub-sistêncla: a produção teriade ser apenas carvão, como qual ganharam rios dedinheiro enquanto os tra-balhadores amargavam amaior miséria. O regime vi-gente era à medieval prá-tica da mela: os lavradoresderrubavam a madeira, cor-tavam, queimavam e trans-portavam o carvão vegetale entregavam a metade darenda aos patrões sangues-sugas, que jamais arreda-ram pé de sua doloe viu nacidade.

No ano passado os cam-poneses resolveram dizerum basta a tal situação:ocuparam a terra e expul-saram os grileiros. A policiainterveio. Como sempre, aserviço dos exploradores eusando da maior violência.Os camponeses não se lnti-midaram: aprisionaram vá-rios grileiros e os utilizaramcomo reféns até que a po-licla deixasse em paz a fa-zenda São José da Boa Mor-

te. Estava vitoriosa a pri*meira parte de sua luta.

NOVA ETAPAGarantida a posse da ter*

ra os lavradores marchamagora para novas conquis-tas. Trabalham de sol a sol,ordeiramente, em comunl-dade. Plantam principal-mente mandioca. Queremdiversificar a sua produçãoe necessitam, muito, de re-cursos. Pensam sobretudoem evitar que surjam expio-radores de novo tipo. Porisso reivindicam — no quecontam com o apoio do pre-feito Ubirajara Muniz, queestá sempre a seu lado —créditos do governo paraque possam montar elespróprios seus engenhos defarinha. Assim não se ve-riam mais na contingênciade entregar parte da sua co-lheita aos fazendeiros quemonopolizam oa engenhos,como paga pelo beneficia»mento da mandioca. . Que-rem também que lhes sejamfornecidas sementes de no-vas colheitas, pelas reparti-ções governamentais compe-tentes. Pleiteiam ainda crê-dito que lhes permita com-prar ferramentas de traba-lho e fugir ao extorsivo pa-gamento do transporte desua produção, quando a vãovender no mercado.

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DE IRMÃO PARA IRMA0Nos bancos da escolinha construída peloscamponeses para a alfabetização de seusfilhos, lavradores da fazenda São José da

Boa Marte e operários navais dos estaleirosdo Mocanguê realizaram uma assembléiapara o exame e discussão dos problemascomuns. Falaram de irmão para irmão.

C0MERCIÁR10S REINICIAM LUTA:QUEREM CUMPRIMENTO DO ACORDO

RECIFE (Do correspon-dente) — Os empregados nocomércio, tendo à frente oseu órgão de classe, o Sin-dieato dos Empregados noComércio do Recife, come-çaram a movimentar-se emluta pela aplicação, por par-te dos patrões, do acordofirmado quando do términodo último movimento gre-vista.

Nesse sentido, o presiden-te da entidade, sr. João Bar-bosa de Vasconcelos, convo-cará para breves dias umaassembléia geral extraordl»nária da classe, na qual se-rão escolhidos os represen-tantes da categoria que to-,marão parte na ComissãoParitária (de patrões e em-pregados), cuja criação estáprevista na cláusula décimado já referido acordo sala-rlal.

NOTA OFICIALTorquato, Morro dos Ala-

goanos e Mõrrõ~~dã~Penha m*s _atras, alertando asOm manifesto conclamando autorldadès~To-povo em ge-

CAPIXABASCONTRACARESTIA

VITÓRIA, ES (Do cones-pondentel — Com umgrande comício popular nodia 1» de maio. nar praçaOito, encerràr-sé-á .a "qulri-zena de luta contra a ca-réstia e por aumento fie sa-lário", promovida pelo Con-selho Sindical dos Trabalha-dores do Espirito Santo.Durante a "quinzena" vêmse . realizando assembléiasnos sindicatos e associaçõesprofissionais, comidos re-làmpagos nos mercados efeiras e concentrações demaior envergadura, comoas verificadas nos bairrosde Gurigica de Dentro, S5o

os trabalhadores, donasde-casa, estudantes e todo o po-vo a participar das manifes-tações programas foi am-piamente divulgado.

Como resoluções da "quin-zena" já foram decididos oenvio de um memorial aoCongresso Nacional, exigin-do a Imediata realização dasreformas de estrutura, e olançamento de uma procla-mação repelindo as ma-nobras golpistas engendra-das por Lacerda e outrosrobots do imperialismo.

ral sobre as manobras queos patrões pretendem fazercontra a classe, o presiden-te daquele sindicato fêz dis-tribuir à imprensa a seguin-te Nota Oficial:

"O Sindicato dos Empre-gados no Comércio do Re-clfe vem de público denun-ciar às autoridades e ao po-vo em geral, a posição as-sumida pelas cúpulas maisreacionárias de certos seto-res de representação da cias-se patronal do comércio dePernambuco por ocasião da

greve dos comerciados. Oproblema dos salários dosempregados no comércionâo foi considerado por es-sas cúpulas, que se negarama entendimentos com os di-rigentes dêste sindicato. Oproblema econômico foi co-locado em termos políticospor estas cúpulas que, de-sesperadas diante da unifi-cação e bravura da classecomerciaria, tentaram, pormeios antidemocráticos, per-turbar a ordem pública, compremeditada Intransigênciano atendimento das reivin-dicaçôes da classe.

Tais cúpulas, além de ex-piorar o consumidor com aremarcação diária dos prê-cos, com a qual obtêm lu-cros usurárlos, se enrique-cem dá manutenção da fo-me de seus empregados, comos quais não aceitam discu-tir as Inadiáveis reivindica-ções.

Dentro das circunstânciasgravíssimas para o Estado,causada pela Intransigênciapatronal, o Sindicato obte-ve. com a-mediação do-Ro-vernador. o máximo possi-vel, representado por umaumento de 45TÍ e um mi-nimo salarial de CrS ....22.654,00, além da obrigaçãode reajustar estes saláriosdentro de 180 dias.

Registrou-se uma vitóriainequívoca dos trabalhado-res em geral com a realiza-ção da primeira greve decomerciados dn BrasU. En-tretanto, w-Vem ^c in-justiças snchi' grayisslmnse a revolta mal contida da

classe ante a exploração deque continua vitima. Pios-segue, portanto, a luta doscomerciárlos pela justa re-muneração do seu trabalho,dentro das normas legais.

Alertamos a brava classecomerciaria do Recife e aosdemais trabalhadores, paraque se prevacenham contraás manobras dlvisionistas depatrões mal intencionados,que, aliados a políticos rea-cionários, visam dividir oSindicato para derrotar oscomerciárlos.

Cumpre ressaltar o com-portamento democrático doOovêrno do Estado, que, exl-gindo de ambas as partes ocumprimento da lei, nâo co-meteu as violências policiaisdesejadas pelos que preten-deram subverter a ordempública em nosso Estado,além de tentarem, também,Inutilmente, envolver o glo-rioso Exército Nacional.

Assim, deve a classe co-merclária manter-se unidaem torno das suas relvindi-cações, porque a luta con-tinuará. sob novas formas,até que se tornem realida-de as aspirações dos empre-gados no comércio, de sala-rios justos e condições hu-manas de trabalho.

Agradecemos a solldarie-dade irrestrita que darámos comerciárlos c ao seu Sin-dieato, os demais trabalha-dores de Pernambuco, porseus órgão? de classe e peloCONSTNTRA, certos de quenossa luta é comum e seráde vitória em vitória, co-berta de pleno êxito".

li HKifliBfl

REFORMAS DE IASE"Abro os Jornais e vejo que os setores

mais retrógrados e reacionários ousam falarem nome do povo nas jà célebres reformasde base. Como se atrevem esses vende-pà-trlas, com o velho e falso mandato de re-prcientantes do homem do campo — elesque sáo os maiores latifundiários e expio-radores destes sacrificados patrícios — lnti-tularcm-ae seus amigos e salvadores? Vejoque até o presente momento ainda nio seconformaram ou não querem se convencerque os trabalhadores sabem multo bem asúcia a que pertencem. O trabalhador bra-

ENCAMPAÇÃO PARA SALTODe Salto, Estado de 8ào Paulo, envia-

nos o leitor Antônio Moreira de Alencar umrecorte de sua autoria, tirado do jornal dacidade, no qual éle denuncia o procedimentoda Companhia de Eletricidade Sào Paulo eRio, fornecedora de energia elétrica paraesta localidade.

Afirma estarem as autoridades neces-sltando tomar providências sobre a mesma,"a qual propõe dispensar a seus consumi-

NOSSOS IRMA0ZINN0SJorge Fischer e Menalton Braff, do Rio

Orande do Sul, escreveram uma berceuse.Us a integra:

"Rostos corados,eles virão— os bem-amadosde mestre Corção.Sào nossos.Irmãos.Nossos Irmãos.Que vem do Nortenos "ajudar"nào saojde morte:sio de ínatar (ha, ha, ha)Duvidam ? Vejam:Ontem, Coréia.Enviaram tanques.Dentro de tanquesvinham ianques.

Ianques na Chinaforam espequede Chlang Kal-shek.Carnificina.Ianques no Laos.Na Asla, na Europa.Enviaram tropa,semearam caos.

LIVRE ESCOLHA"Li, reli e treli, atentamente, o artigo:" O Médico e o Trabalhador Diante da Livre

Escolha", lnserto no vosso jornal n.° 212 —Ano V — da semana de 15 a 21 de marçode 1963", diz o médico Augusto Maria Slsson,do Rio Orande do Sul. E, continua:"Artigo sem assinatura, redaclonal, por-tanto, provavelmente escrito por profisslo-nal, certamente médico do instituto que,também atende. clientes particulares quepor ventura o procurem, além de. que, teráou se pudesse teria, um ou dois "bicos"remunerados, como sói acontecer com a qua-se totalidade .dos médicos desta capital.

Se falho no pré-ajuizar, antecipada-mente, apresento as minhas escusas: erraré humano, preservar nele é que não seadmite, principalmente quando se temquase 70 anos.

Devo, antes de mais nada, confessar quesou fervoroso adepto da socialização Inte-gral da medicina, e nem ser-me-ia lícitopensar de outra forma.

Não compreenderia mesmo esta profis-são; sacerdócio, ciência e ganha-pão, foradesta Ideologia.

Assistência médica gratultaé direitoinerente ao próprio ser humano.

Quem não tiver amor ao próximo, nãose empolgar com o caso clinico e não fôrdado ao estudo diuturno, não encontraráfelicidade na medicina, não terá coragempara ir pára uma vila, galgar uma cidade eterminar numa capital; o que é tarefa muitoárdua, requer muita dedicação, desprendi-mento, estudo, vocação e vida modelar.

Tudo isto é o preço da conquista de umnome na medicina, o qual permite eníren- .tar o regime da "livre escolha" e viver comrelativa folga o reverso é a burocratlzaçãoda medicina.

Egresso da escola, ingresso num instl-tuto, e multas vezes em chefias, dependendodo plstolão, e, no entanto, há Inúmeras vilase cidades sem médico...

Não nos iludamos, a medicina como pro-

CONVÊNIO EM INGLÊS"Está agitando os corpos docente e

discente da Escola de Agronomia e Vete-íinària o convênio assinado pela direção eaprovado pêlo conselho técnico do educan-dario — sem que fossem tornados públicosseus termos — com o governo norte-ame-ricano, no qual, em uma das cláusulas estáprevista a substituição dos professores quese aposer. arem ou forem demitidos portécnicos dos EUA." Escreve-nos um leitor de

slleiro vem se polltiundo extraordinária*mente nestes últimos anos, agura já sabtmque seus verdadeiras representantes estàuIntegrados na Frente Parlamentar Naciona-lista, e assim nio ae Iludirão mais eom suassórdidas mentiras" Quem dis Isto é o leitorCarlos Felipe F. Don. do Klo de Janeiro,que conclui: — "Creio que só eom a extln-çào desses elementos, empregadlnho» malpagos dos trustes estrangeiros, é que pode*remos dar inicio à grande construção deum Brasil novo, de progresso, paz e Justiça".

dores uma energia, com UO Kwh, mas acerta hora do dia esta atinge apenas80 Kwh, sendo assim os seus consumidoresfraudados por ela". E prossegue: — "Acon-tece com Isso que um aparelho elétrico, porexemplo um ferro que consumiria 10 mlnu*tos para esquentar, leva mela boca, o quechega o trabalhador a pagar a Companhiauma vultosa quantia por uma energia quenio o satlsías''.

A toda parteenviaram tanques.Dentro de tanquesvinham Ianques.

Hoje, a matilhaInsatisfeitaespreita, espreita:"Quando é que vesooetomar a Ilha ?"

E, mesmo à Ilhaenviaram tanques.Dentro dos tanquesiam Ianques.

Ontem, Coréiae VietnãHoje, a pequen*ilha cubana.Mas amanha ?"Quiçás mafianasea ei BrasU".Rostos corados,è!es virão— os bem-amadosde mestn* Corção.

E, após os Ianques,virão os tanques.São nossos irmãos ?"

fissão liberal tem seus dias contados, e desa-parecerá, tanto mais rapidamente, quantomator a inflação, e a medida que foremmelhorando os serviços gratuitos.A "Uvre escolha", regulamentada e fls-calizada, desempenhará o papel de acicatepara o aprimoramento doe serviços médicosassistências. .

O que não resta a menor dúvida é aue,se os médicos dos Institutos, das caixas deprevidência • os dos serviços médicos gra*tuítos atendessem, com humanidade eomprobidade e eficiência, não haveria

'lugar,para médicos particulares nem a "llvrasa-colha" teria razão de ter. =.-:*?'Infelizmente, aqui em nossa cidade upessoas que procuram tala serviços gratul-tos. via de regra, são mal atendidas, è asamlogicamente, vão à custa de sacrifícios detoda ordem, a procura de profissional que,também, à custa de sacrifícios, tornou-sepelo seu saber, sua honestidade e sobretudopela humanidade com que socorre seu pa*ciente, tanto no corpo como na alma. umaesperança para os doentes. ¦ "

Que os serviços médicos assistsncialsdeixam muito a desejar, cendo sem dúvidade má qualidade, não carece demonstrar.—e isto porque, os profissionais burocrattsa-dos as mais das vezes têm os cargos como"bicos", e com bico aqui, outro ali, perfazemuma boa féria no fim de cada mês.

Ê claro, claríssimo mesmo, que.assim,lutarão com unhas e dentes, tal como qual-quer oficial das forças armadas, ou comoos membros dos instituições religiosas, paraque não se mude este estado-de-colsas, queestá de "colher" para eles.

Desta forma, para os médicos burocra-tizados a Uvre escolha é: "isca dourada",reacionarismo próprio das classes.domlnan-tes e outras quejandas.

Assim pensando, li cem surpresa, ereli, e treli com tristeza o artigo contra alivre escolha".

Porto Alegre, confirmando denúncia publi-cada em vespertino de Porto Alegre.Além de redigido em inglês, o convênio

contém uma cláusula destinada a concederbolsas "a fim de enviar professores da Es-cola aos EUA, onde serão "reeducados" emnovas técnicas agrícolas, organização decursos de pós-graduação e mestre em clên-cia para suprir as deficiências e falta deconhecimentos dos agrônomos brasileiros.

ENTRE 0 SUPÉRFLUO E 0 NECESSÁRIOOsasco, em São Paulo, tem um prefeito

como tantos outros pelo Brasil afora: gastaverbas para fazer fontes luminosas (já man-dou construir 3 desde sua eleição), enquantonãò presta a menor atenção aos problemasfundamentais do povo de seu município.

O leitor A. Dorival Ferreira, de Osasco,enviou-nos uma carta na qual se dirige aoprefeito abordando justamente este aspecto:"Eu que acompanho sua política de^de aépoca em qu« V. Ex.a era candidato à ve-reança da capital paulista, quando nosso

CORRESPONDÊNCIA— Recebemos o convite para as solt-ni-

dades comemorativas do aniversário de "AVoz Operária", órgão Informativo do Sin-dlcato dos Empregados Vendedores e Via-lantes do Comércio do Estado da Guena-bara. Nossos agradecimentos e votos de con-tlnuados sucessos em sua luta.

CUBA, A PIONEIRA"O Congresso de Solidariedade a Cub;i é

uma manifestação eloqüente de aprov.çãoaos atos de Fidel Castro, à dinamização queadota para endereçar o Pais à prática deum socialismo humano, construtivo. Pio-nelra de insurreição contra a usurpf-roalienígena, Cuba, vem dando exemplo edi-ficante aos povos do mundo, em particularaos dêste Continente. Sua tomada de posi-ção sincroniza-se, em potencial, com a dequantos pasmam ante uma humanidadeinjustiçada, dirigida cm sua maioria porgrupos ve hf>cos e prepotentes, protótiposdo "bluíf", da ganância e do egoísmo", es-

município não era ainda emancipado, nãome esqueci das promessas feitas. Agora veioo largo de Osasco alagado de tal maneira,entrando água nas casas comerciais e resl-denclals atrás do mercado, que já se estátornando demasiado e até parece estarmossofrendo as marés do litoral... Senhor pre-feito, olhe para as necessidades de maiorImportância do povo osasuuense, e deixe delado as,bc'e',:?s das fontes luminosas, porquena lama e a nado ninguém irá ver suasobras".

— Solicitamos ao leitor Francisco Ml*gray escrever-nos novamente dando-nosnoüci?s mais especificas de seu endereço.

—i Recebemos igualmente mais um nú-mero do Areai, de Salvador, assim como umexòmp'ar da publlcrção feita na "Gazeta doSul de Minas", edição de 11-4-1963, da au-teria do dr. Edmundo Cardillo.

creve-aos o leitor Francisco Máximo de OH-veira e prossegue abordando a situação demiséria e opressão em que ainda vive grandeparte da humanidade, para concluir:

E contra o superegoísmo, n ganânciasur^c f mo um fsrol sceso ao b rco que con-diiz a Humanidade, psra aue esta tão cedonr.o venha a nr.ufragar. Tai posição, tcm».dano repelr a exploração dn home"m pelo :io-mem. atua com a expoéncia de qualquer fei*to notável que mereça ovação eo aplauso dagente sofredora que passa fome às fraldasdas colinas da opulèncla e da prodigaU-dade".

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Page 7: W/5? - marxists.org · -1 NOVOS RUMOS lie dt Jonoiro, 26 o 30 do abril do 1963 — CGT e PUA Juntam-se Aos Barnabés Pára Derrotar 40% do FMI Toda a força do movimen. ¦o …

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ELESSÂO OS DONOSDA TERRA

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VbF ¦ ¦¦ ^^W^V IIÉN^^»>>rwl Vsxi aVVtli 1^'*^ '^^B BT^^b™3PP\ -^5bbbbT*

IIH r?l-í%l P*SW IKli^l fc'^1 IPí •¦". «.W«tf.i-,-" * >•$ / **

•BtpOM ÚÊ MfWRtT60 quilômetros sofrendo ocastigo da estrada, chegava-mu ao sopé da Serra du

¦\ A du metros da picadaf"

es. u u>tpoj»esu,i,Wrama mata, começa, a terra

, virgem. Nunca ninguém der-subou urna árvore. Pouco»

.jbor lá passaram. Entretan-"to èlá tam dono, e podero-,so..., s Usina Cupim, contra-

, Isda pelo grupo francês Su-ereries Bresillénes. Eramterras devolutas, agora sãoferras griladas. Não impor-ta que seja mata virgem, énecessário que haja um"dono": e êsse mecanismo édifícil de explicar ao cam-

A OCUPAÇÃO

Depois de uma troca deMetas eom oe camponesesda região, uma Comissão dedirigentes da Federação duTrabalhadores Agricolas doRatado do Rio, coordenado»pelo Tesoureiro da ULTAB,o camponês José Pureza vi-sttou u terras gritadas eoonssguiu sutorlnção doproprietário du terras vlzl-nhu para que ficassemaeámpados até entrarem numatai da usina.

Mo dia S de abril pela ma-atai chegaram u pioneiro»,eram cerca de 50 homen»dtapostos a esperar e sguen-tar o que fosse necessáriopare obterem um lugar aosol onde trabalhar.

QUIM SAO

A noticia da ocupação duterras alutrou-u. Correuna boca du mascates, dutropeiros, e chegou a tôduu fazendas do norte fluml-nsnse. No dia seguinte che-gavsm u primeiros voluntá-riu para a batalha que eo-mecaria em seguida, a lutapela terra.

São homens que traba-lham nas UBlais recebendo300 cruzeiros por dia, semdireito a nenhum descanso.Tem mulher e muitos íllhus não querem terminar suuvidu como a cana que cul-ti vam: bagaços. Vieram pa-n o Imbé em buca do lotede terra a ur repartido.

O mecanismo repete-sediariamente. Chega o lavra-dor, conversa com o encar-regado du registros doacampamento, deixa o nomee o número de familiares,dis quantos alqulres guta-ria ds cultivar e vai emboratriste pois no acampamen-to há pouca alimentação enão podem ficar todu. Muo camponês volta sempreque tem uma folga para sa-ber como está a situação,sempre pedindo psra virmorar no acampamento atéa partição das terras.

O QUE QUEREM

As terras do Imbé são mmais férteis de Csrapos, temu baixadas para plantaçãode arroz a terra preta paraa m:pd'o,-a e tudo o que sepuder plantar.

Os lavradores não querem

receber seu lotas pare pian-tar cana, êle» sabem queaquela terra é para a lavou-ra branca (feijão, milho,

. laranja). Quase' todo8 secontentam com 2 ou 3 ai-?iueires psra cultivar arras,,èljâo,' mandioca, criarem

algumas cabeças de gado eainda restaria uma peque-na mata para a exploraçãoda madeira.

tsse desejo de cultivar oque é seu significa a llber-tação do camponês de cer-tas relações feudais como ocanhão, a mela e medidasespollativas como os valesdc pagamento que só podemser descontados no barracoda fazenda.

A PROVOCAÇÃO

Logo que os usinelros sou-beram do objetivo daquelaconcentração, foram ao de-legado de Campos, Ivo Ora-ça — um dos policiais maisarbitrários que passarampor aquela cidade — queprontamente rumou aoacampamento, acompanha-do por 70 soldados da Po-licia, fortemente armados.

Chegando ao Imbé, cerca-ram o acampamento emoperação de guerra. Sob oolhar espantado dos cam-poneses destruíram os bar-recos de sapê e levaramtudo que havia nu palho-ças.

Interpelado pelo lider doscamponeses, o delegado dis-u que levaria as armas en-contradas por não estaremregistradas. De nada adian-tou que lhe fosse exibidauma cobra surucucu comdois metros que fora mortanaquele dia. O delegado aflr-mou que levaria consigo to-du os que "desejassem se-gurança". Perdeu seu tem-po, pois dois que o acomps-nhsram, voltaram no meiodo caminho.

Segundo u camponeses,toda aquela encenação nãopassou do grosseira arbitra-rledade visando provocarum conflito no qual os la-vradores certamente não le-variam a melhor.

O DELEGADOVALENTE

No dia seguinte, acompa-nhado de três jagunços, odelegado Ivo tentou invadira casa do camponês JoãoGuarda, amigo dos seuscompanheiros do Imbé. Sóquem estava em casa era ofilho do camponês, rapazolaainda, que ao ouvir barulholevantou-se e foi ver o quehavia. Encontrou um ja-gunço forçando a porta. Nãopensou duas vezes, passouuma carga de chumbo navisita inoportuna. Com o ho-mem caldo, o delegado eseus acompanhantes fugi-ram deixando as armas ea carteira com todo o dinhei-ro do delegado.

Não sabendo de nada, orapaz foi levar o ferido etodos os pertences para adelegacia julgando que fôs-sem dos ladrões. O policialquando o viu deu-lhe voz deprisão, que não sp. consumouom virtude da intervenção'do vereador Jacyr Barbeto.

A GREVEDA LEOPOLDINA

Não satisfeito, continuouo delegado s procurar JoãoGuarda nu lugares menuindicado». Invadiu o-Sindica-*to do» Ferroviário», e ence-nou novamente a buacs...

No dia seguinte a Leopol-dina parou. E os ferrovia-rios sò voltaram ao traba-lho depois qu o governodo Estado garantiu s remo-Cão do delegado dentro deum mês, assim como o res-peito aos camponeses doImbé.

Há dia» o delegado enviouao secretário de Segurançado Estado um pedido detransferencie em termo» ir-revogávei» (psra o* ferro-viários), mas sô fêz lno de-pois de queimar até o últi-mo cartucho. Inclusive pro-pondo aos operários umaretratação.

VOLTA A CALMAAO IMBÉ

Depoic de todo» êste» at-on-tecimento», o» camponesesdescansaram um pouco evoltaram novamente a> seu»esforço» para melhorar ascondições do núcleo, queconstruíram.

Nesta altura já encontra-mos acampado» quase 100lavradores, divididos em 7comissões de trabalho, sob adireção de José Pureza. Nln-guém fica sem fazer nadano Imbé, há serviço para to-dos e todos trabalham, poisnão vieram para outra coi-sa.

AS COMISSÕESCada comissão é respon-

sável por uma frente de tra-balho visando melhorar ascondições do acampamento.

A comissão de estradas jáabriu dois quilômetros depassagem em plena mata,construiu cinco pontes sobreos córregos, e vai levandoa estrada em direção aoacampamento numa razãode 200 metros por dia. Osmembros da Frente de Tra-balho são os responsáveispela construção do barracãode estuque, de novas palho-cas, fogões de barro e atémesmo de apanhar a lenhapara a cozinha.

A Comissão mais perigo-sa é a de vigilância. Isto orepórter constatou, dandoguarda no acampamento du-iante toda a noite. Os qua-tro "rondas" slo as sentine-Ias para prevenir contra umataque de jagunços ou o pe-rigo dos animais da mata,cobra e até onças.

A cozinha, dispensa esolidariedade estão direta-mente ligadas. A solidarie-dade recebe os donativos quediariamente chegam dasmãos do» trabalhadores detodo o Estado, entrega ádispensa que é encarregadade controlar os gastos nacozinha.

A menos favorecida é aComissão de Remédios. Ospoucos frascos de amostrasque têm não resolvem o pro-hlemn que aflige a todos,poib para cada pessoa deve-

ria haver um fresco de ms-dícamento contra vermlno-se. anemls s até para febre»palúdica».

Com sim direção total-mente centralizada e com o-trabalho a^yjdMoIgualmente-,entre todoe. ejtá'u solldlfl-iindo o espirito de compa-nhelrismo dos acsmpsntes, epouco a pouco o tratamentoformal de "senhor" uudopor todos o» camponeie», vaicedendo lugar ao ''compa-nheiro". E é ai, neua uni-uade entre o» camponeie»,<iue o» inimigos de sua» rei-\ Indicações encontrarão umamuralha intransponível.

OS BARRACOS;COLETIVOS EPARTICULARES, O problema da moradiafoi resolvido com algumasfolhas de sapê e vara» debambu.

Há no acampamento doisbarracões coletivo», cincoparticulares, uma eus dedispensa com a cozinha aolado. Apenu um barracocoletivo, que é chamado dsEstado Maior, por ur a se-de do Registro de Pedidos eda Comissão de Remédio»,está coberto com um ence-rado, os demais usam folhasde bananeira e palhas desapé tanto para teto comopára colchão.

As barracas particularesnão chegam a ser moradlu,Mais baixas que um homeme bastante estreitas. A pes-soa tem de se agachar paraconseguir entrar, e lá den-tro a única posição possívelé ficar deitado. Explicou-nos o camponês que quan-to menor é a choça, menosfrio sente-se. Nesse pontoconvém lembrar que oacampamento passou 14 diascom dois cobertores e o friona serra durante a noite édos mais rigorosos.

Um detalhe interessante éa bandeira nacional hastes-da na frente do EstadoMaior, subindo às 8 é bal-xando às 18 horas.

O CANCIONEIROi

Apesar de todas as aper-turás, os camponeses depoisdo jantar juntam-se emvolta da fogueira, e de co-coras cantarolam, ajudadospor um violão e um pandM-ro. Entretanto o assunto dascanções mudou, e mesmodurante a brincadeira, ucamponeses desafiam o ia-tifúndlo.

Sai de casa,arrumei a mala.E pro ImbeAi dos grileirosiá do CupimQue não quer dar terra,Pra não libertarAdeus galego,Que este terrapra ti não vai ficar.Se tu quer me matarO caminho vai errar.Eu vim a serviçoNão vim exaltar.

CONVERSADE CAMPONÊS

MrnrgJ, um r.pirro dequase dois metros de altu-.

ra, nosso eompanhelro desentlnela. respondeu quan-do perguntamos qual» eramuu planos:— t seu moço, eu ficoaqui pra ver o fim disso,uma rajada de jagunço oume/ lote de terra e a mes-ma coisa, porque lá fora éque não trabalho mais.Deus quando féz o mundonão deu terra pra ninguém.

. Dona Maria e Seu Scra-pião são os responsáveispela dispensa e pela cosinha,dlr-se-la que eles trabalha-vam em algum barracão defazenda. Mas a verdade éoutiu, êle era vendedor decestas de vime e ela pariajuda Io pedia esmolas nasruas de Campos, pois já ti-nhsm passado por Inúmeras,fazendas e sempre eram lu-dibrlados pelo administra-dor. Êste casal Já teve 18 fi-lhu dos quais só restamcinco, e uma menina e es-tava bastante doente noacampamento. Foram o»primeiros a chegar e dizemque só sairão de lá quandofôr para ir tomar posse daterra,

CHEGA A SUPRADurante a semana passa-

da estiveram no acampa-mento dois técnicos daSUPRA, enviados em nomedo presidente da República,com determinações no sen-tido de anunciar aos cam-poneses a desapropriaçãodas terras griladas e Iniciara medição para que seja le-vada a cabo a divisão comas 350 famílias que já se ins-creveram.

Os técnicos anunciaramque o problema jã estava re-solvldo. A terra seria dadaaos camponeses dentro dedois meses, os acampantevpodiam se retirar para suascasas e aguardar a chama-da do Qovêrno.

Os lavradores gostarammuito da noticu mas só to-marlam a decisão que JoséPureza indicasse. Êste expli-cou aos representantes doGoverno a necessidade da-quele acampamento, e queera Impossível a sua disso-lução. Mas, se a SUPRA de-sejasse ajudar poderia pro-vldenciar uma pequena ver-ba para a alimentação detodos, pois os Sindicatos,apesar de estarem prestan-do toda a ajuda necessária,não são feito» para isso.

Os funcionários promete-ram voltar no~tnicio desta_semana para iniciar defini-tivamente a marcação etambém para trazer umaresposta do Governo sóbrea ajuda de custo pleiteada.

A SOLIDARIEDADEOs camponeses deverão

aguardar no acampamento adivisão das terras, e isso vaidemorar cerca de dois me-ses. Todos chegaram com aroupa do corpo carregando osaco de estopa com os uten-silios. Nâo têm de que vi-ver até que lhu seja dadoo lote de mata.

Os sindicatos fluminensesmobilizaram-se pm ajuda aosseus companheiro* do cam-po.

Durante nuas sstadis neacampamento, o presidentedo Sindicato de Extração doSal de Cabo Frio, vereadorAldlr José du Santos, e re-presentante» do Sindicatode Produto» Químico» de Ca-ho Frio, da Asiodaçlo deCamponeses de São Pedro,lavaram cobertore» e allmen-tos para uma semana.

Todo» o» dias chegam co-missões de solidariedade tra-zendo a ajuda do» operários,'tanto material como moral.

NAVAIS ESARGENTOS

Domingo, chegou um ca-minhão com cinqüenta re-presentante» do Sindicato deOperários Naval» com ajudaem alimentos e dinheiro.Depot» do almoço, o chefeda caravana, vereador gon-çalcnse Horst José Bezerra,dirigiu-se aos camponeseslembrando-lhes que a »o]|.dn rledade vai continuar, poisnão será por falta de ajudaque o Imbé vai »er ameaça-do pelos uslneiros. E que sealguma arbitrariedade fôrpraticada contra os lavrado-res, os sindicatos flumlnen-ses imediatamente concla-marão seus operário» à gre-ve. pois o latifúndio e ogrande inimigo.

Foi anunciado que, nestedomingo, o deputado-sar-gento Garcia irá levar a so-lidariedwlc dc seus compa-nheiros de farda aos campo-neses do Imbé, o deputadoserá acompanhado por 50sargentos. A comissão de co-sinlia está alvoroçada, parapreparar o churrasco queserá oferecido às visitas.Entretanto até nossa salda acarne para o churrasco aln-da estava no projeto. Ma»,temos certeza, será conae*guida.OS DEPUTADOSDO POVO

Desde que os camponesessc instalaram na mata osdeputados federais Demis-tóclides Baptista e Adão Pe-rcira Nunes levaram todoauxilio, juntamente com re-presentantes da AssembléiaLegislativa, particularmenteo deputado Afonso Celso quepassou varias noites noacampamento, dos acampa-dos de Imbé. A ajuda dosdeputados foi fundamenta!paia a remoção do delega-do e desmontou junto aoGoverno Estadual toda a~"trítrr>3JÍ£jabotagem

urdidacontra os íwananeses.

O vereador campista Jacyr-Barbeto — o mais votado doEstado do Rio — teve lnclu-sive seu mandato ameaçadopela Câmara local, que jáaprovara um voto de louvorao delegado. Mas sua deci-dida intervenção em defesados lavradores impediumaiores manobras dos usi-nelros. Junto ao prefeito deCampos, que tomou uma posição bastante sensata e Jus-ta, não colocando-se em ne-nhum momento contra o.povo que o elegeu.

Os mineiros organizaramum comício dc repúdio aoscamponeses, Mas, comidodc usineüo é castelo de car*

tas. Ns hora meresde atohavia mal» qu 90 Jagunço»ns praça, e a emissora locslcomunicou s Buspensão doato "por motivo da JorsamMor',PUREZA ;" •'-^'"-

Nascido no município dePilar em Alagoas, veio Je-vem lavrar a terra fluml-nense em Caxias, e ai foifundador da Associação deLavradores Fluminenses. Em1959 era fundador da Fede-ração de lavradores e em1962 foi eleito tesoureiro daULTAB e procurador-geralda Federação.

Pureza já participou dequase todo» o» movimentoscamponeses do Estado doRio, e nunca entrou num quenão terminasse dando terraaos camponeses. Isso já lhevaleu muitos atropelos, maspara êle não passam de epl-sôdlos. Sua luta é em def.?sada massa camponesa, poiscomo seus companheiros, êleJá perdeu doi» filhos commeno» de um ano de Idade,e vivendo com o» lavradoressente diariamente a de-«Igualdade impingida ao ho-mem do campo,

Foi a calma de Purezaque Impediu o choque entreos camponeses e o delegado,quando este derrubou os ca-sebres do acampamento. E éPureza quem orienta a vidalocal. Todos os pretendentesãs terras (que já vão a2 000), vém a êle expor seucaso. Até agora nenhum te-ve seu pedido negado.

Pureza foi o responsávelpelos entendimentos cem osrepresentantes da SUPRA,com os deputados, é élequem administra os gêneros,que dá as instruções poronde passar a estrada. Etudo Isso tendo apenas umgrande conhecimento davida e o 1.° ano primário,pois êle mesmo nas disse:"Eu sou quase analfabeto".

APELOEnquanto os camponeses

estiverem no Imbé, os usi-nelros continuarão a plane-jar a repressão. Ontem foi odelegado, amanhã poderãoser os Jagunços que o de-putado Simão Mansur —representante dos usinelros— está prometendo aos seusamigos.

Os latifundiários podemfazer o que quiserem, sem-pre encontrarão no Imbétoda a resistência que os la-vradores possam opor. Oprazo estipulado pela SU-PRA até que sejam repar-tidas as terras, é de trè- me-ses. Os lavradores não po-dem plantar nada nesse pe-ríodo. E ai está c trunfo dosuslneiros, ile. esperam ven»cer o acampamento pe!»fome. Farão todo o possívelpara sustar a verba proms-tida pela SUPRA, e Impedirtoda e qualquer ajuda aoslavradores.

Mas enganam-se os usi-nelros se pensam que oscemponeses de Imbé estãosozinhos. Isso ja pudciposcopsthtar por tuf'o que Járeceberam como ajuda.

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Ê necessário que essa so-lidariedude seja mantidadurante o tempo necessárioQue todos os sindicatos eassociações profissionais en-vlem alguma coisa em rou-pps, mantlmentos ou dl-nheiro aos lavradores, Aajuda pode ser remetida %tòda.s as Associações de La-vradores, aos Sindicatos daLeopoldlna e ás Federaçõesde Camponeses filiadas üULTAB.

É rTssn ojuda nue vai r"n-n?n.':9r. n completo triunfodu acampamento dc junte.

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Page 8: W/5? - marxists.org · -1 NOVOS RUMOS lie dt Jonoiro, 26 o 30 do abril do 1963 — CGT e PUA Juntam-se Aos Barnabés Pára Derrotar 40% do FMI Toda a força do movimen. ¦o …

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Forças Nacionalistas Mobilizam Todoo Povo Para a Luta Contra a Políticado FMI e Pelas Reformas Imediat fí\

«Soou a hora da organização para a luta pelasreformas, a defesa das liberdades democráticas, ac<iM|..!stn dc melhores condições de vida e o combate.sem li\,,'.';i au processo espolia tivo.., A convocaçãoé geral; convocamos os deputados e vereadores na*cionalisliis, os trabalhadores, os estudantes, os cam*poneses... pata :jue organizem em cada Estado, emcada município, In., to. rua, .fábrica e em cada es*cuia. comitês de ni(ibili..;r,;io popular, de modo a for*mar o mais poderoso movimento de opinião públicada história Pátria, único meio de conduzir o Brasilao encontro du seu grande destino de país indepen*dento — assinado por parlamentares nacionalistas,representantes da FI'N, do ('ornando Geral dos Tra*balhadores, dá UNE e da IIJES foi lançado a todoo país o manifesto convocando o povo brasileiro a seorganizar e mobilizar para a luta pela conquista dasreformas de base e contra o processo espoliativo.

Convocsrão geralO manifesto foi levado ao poVo através de uma

grande cadeia de emissoras, em programa de Ian*camento da Vrente de Mobilização Popular, durante o

qual falaram parlamentares, lideres operários e es-tudanti.".

O deputado Sérgio Magalhães, presidente daFrente Parlamentar Nacionalista, criticou a políticaéconúmico-financeiia filiada à orientação dn FundoMonetário Internacional e encareceu a necessidade daimediata aprovação das reformas de base, medida

0 Último ApeloO memorial endereçado aos deputados e senadores, pelo

CGT. reunido em Brasília, tem o seguinte teor:"Exmos. srs. presidentes do Senado Federal e da Câ-

mara dos Deputados.Exmos, srs. Senadores e Deputados.Exas.Reunidos em Brasília em 22 e 23 do corrente, repre-

sentando á granetc maioria dos trabalhadores brasileiros ede seu movimento sindical, o COMANDO GERAL DOS TRA-BALHADORES dirige-se a VV. Exas,, para solicitar, maisuma vez, a aprovação de leis das quais depende a salva-Ção dc nosso pais, o desenvolvimento independente e a ma-nutcnçâo e ampliação das conquistas e dos direitos da mas-sá laboriosa dc nossa pátria-.

Eslá em vossas mãos a realização da Reforma Agrária,som a qual o povo definhará á mingua, ficando comprome-tido o desenvolvimento econômico do pais pela falta de mer.cudo consumidor.

VV. Exas. ja devem sentir quo em várias regiões a mas-sa camponesa vai tomando em suas mãos a terra abando-nada- ou aquela que sc tornou produtiva por seu exclusivoesforço, A Reforma Agrária é um imperativo que não acl-mito mais delongas. Luta-se, cm todo o Brasil, pela distri-buição da terra, pela ajuda financeira e técnica aos quenela- trabalham o pela venda do seus produtos sem inter-media rios. Reclamamos a modificação do parágrafo 16 doart, -111 da Constituição Federal, relativamente ao sistemadè desapropriação da terra, sem o que não se fará umajusla alteração na arcaica estrutura agrária de nosso país.O Congresso Nacional tem. neste instante, uma enormeresponsabilidade perante os trabalhadores e o povo brasi-leiro, A demora em aprovar a Reforma Agrária dará motivoa um movimento popular que, pelo seu impeto e amplitude,tornará uma realidade esta reivindicação de todo o povo.Unira reivindicação que fazemos é a aprovação imedia-ia da? wformas Bancária, Tributária-, Urbana e Universitá-ria. Em nome dos trabalhadores também "já oferecemos asnus-.' sugestões a fim de contribuir para a mais rápidatramitação dos projetos já existentes nessa Casa Legislativa.

PRECONIZAMOS REFORMAS PROGRESSISTAS QUEREALMENTE CORRESPONDAM AOS INTERESSES DüPOVO. DEIXAMOS BEM CLARO QUE JAMAIS CONCOR-DAREMOS COM FALSAS REFORMAS.

Por outro lado. insistimos em que se aprove o projetoque concedo o salário-familia a Iodos os trabalhadores, semas mutilações u restriçõe;; que já se pretende introduzirc unida quo sr estabeleça que a aposentadoria e o auxilio-doença jamais sejam inferiores ao salário-mtnimo regional.Estas reivindicações sc constituem em reclamo unitário demilhões de brasileiros.

Ao mesmo tempo .eonliamos em que VV. Exas. aten-dam aos justos reclamos do funcionalismo civil e militar,concedendo-lhe o reajuslamento na base mínima de 70 por

.cento, do vez quo o irrisório aumento previsto no PlanoTrienal não corresponde, absolutamente, á queda do poderaquisitivo decorrente da inflação.

Senhores parlamentares,No momento em que aumenta sem cessar o custo de

vlda...'çm que o recrudeseimento do desemprego é uma roa-lidade. de um lado por manobras reacionárias dos em-pregarores o do outro.devido ás restrições cie crédito, con-seqüência Inevitável-da política preconizada pelo FMI, pos-Ia em'prática em nosso pais através do. Plano Trienal doGoverno, surge como necessidade inadiável a realização dasreformai: do base.

Salientamos a VV. Exas.. que não podemos assistir im-passíveis á condução cio país á catástrofe econômica, soba orientação de poderosas forças dos monopólios imperia-listas.

Ao reclamai do VV. Exas. a aprovação das reformas bá-' sieas, asseguramos que estamos prontos a emprestar-vos to-do o calor de nossa luta para vê-las realizadas.

.Estas' foram as decisões da reunião realizada nesta ca-pitai, em cumprimento ã vontade dos trabalhadores brasi--jeiros, Ernicada local de trabalho, em cada organizaçãosindicai, manteTeTnxjsTióiSsa-niòbüizafião, nossa permanenteunidade o vigilância, para qne juntos com VV. Exas.—pos-samos ver concretizadas as modificações estruturais recla-macias por toda a Nação.

Brasília, em 23 de abril de 1963.O COMANDO GERAL DOS TRABALHADORES."

indispensável contra o estrangulamento a que estásendo submetida a sociedade brasileira.

Também o governador Mauro Uoiges. de (ióiás,acentuou a inadiabilidade das reformas estruturais,além de transmitir uma série de experiências realiza*das em seu Estadc

BrasíliaDiretamente da Capital Federal, a cadeia de

emissoras transmitiu a palavra de deputados da 1'Í'N.Benedito Cerqueira leu a carta do CGT enlie*

gue ao Senado e á Câmara, mostrando aos parla*mentai es que aos trabalhadores se vai tornando cadavez mais difícil suportar o peso da política governa*mental, que não procura apressar a solução dos pro*blemas populares com a aprovação imediata das re-formas de base, a começar pela mudança da eslru*tura agrária.

O deputado Adão Pereira Nunes, eleito pelo Es*tado do Kio, deteve*se particularmente na reformaagrária, citando os recentes acontecimentos de Imbé,no município de Campos, como um exemplo nessesentido. .

O sargento Garcia Filho abordou principalmentea questão do aumento do funcionalismo civil e mi*litar, mostrando o absurdo de pretender-se concederuma elevação salarial de apenas 40%, quando o custode vida no período aumentou em 70%. Anunciou queapresentará emendas ao anteprojeto de aumento vi-sando corrigir injustiças e assegurar direitos, par-ticularmente no setor militar.

Falaram ainda os deputados Neiva Moreira e Fer*nando Santana. Enquanto o primeiro prendeu-se maisà legitimidade das pressões populares para alcançarsuas reivindicações, o segundo desmascarou a cam-panha que vem sendo feita pelo «O Globo» e quei-jandos contra a reforma agrária como uma ameaçaao direito de propriedade, mostrando que o que sepassa é justamente o contrário; a reforma agráriavirá assegurar o direito de propriedade à maioria dopovo brasileiro.

Unidadi

O presidente em exercício da UNE, Geraldo Mo-ruis, e o presidente da União Brasileira dos Estii-dantes Secundários, Políbio Braga, que falaram emseguida, enfatizaram a questão da unidade entre osoperários, camponeses e estudantes, fundamentalpara a conquista das reformas necessárias.

A transmissão foi encerrada com o discurso dodeputado Leonel Brizolá, que também falou sobre aunidade na mobilização popular para a organizaçãoe a ação em defesa das reformas básicas e contra oprocesso espoliativo a que o imperialismo noite-ame*rica.no submete a nação. O ex-governador do KioGrande do Sul anunciou o prosseguimento da cam-panha até sua vitória definitiva.

0 manifestoÉ o seguinte o texto do manifesto de convoca-

ção da,Frente de Mobilização Popular:«A difícil e decisiva situ:: .t> a que chegou o Pais,

engolfado numa crise éconiV.n.co-financcira de conse*qüèncias imprevisíveis, exige a imediata mobilização

de todo o povo, numa frente única da qual não po*uciá deixai- de participar i.*..iium patriota, cons*ciente de seus deveres para com a comunidade brasi*leira. A ascensão fulminante do custo cie vida estácondenando a níveis de ini ra*existência humana gran*des camadas da população. Os salários estão sendoimpiedosanit-nte conliscados. Os empresários, por suavez, eslão sentindo a ameaça direta da estagnaçãode suas iniciativas. O capital estrangeiro cada vezmais deita seus tentáculos,-absorvendo as empresasnacionais. O parque industrial se désnacionaliza, en*quanto milhares de trabalhadores sáo atirados aodesemprego. Militares e civis, ao reclamarem ajustessalariais ao nível da carestia ascendente, vêem bar*radas as suas mais justas reivindicações. O processoespoliativo expande-se como se representasse umapolítica de terra arrazada.

O Pais está paralisado em seu desenvolvimento.Há crise de aumentos, crise de escolas, de hospitais,de energia e de transportes e comunicações, enfimde todos os bens e serviços essenciais à vida do povo.As classes privilegiadas ura procuram atrasar a efe-livaçáo das reformas de base, das quais dependem oprogresso e o desenvolvimenlo autônomo do Pais, oraprocuram frustrá-los através de projetos mistificado*res, como está ocorrendo, precisamente agora, com areforma agrária.

Frente a essa realidade, não é mais possível aação isolada dus que desejam o progresso econômicoe social do Brasil. Esta é a hora da organização dopovo para a luta pelas reformas autênticas e ime*diatas, que eCeinunienle permitam a desapropriaçãopor interesse social. Êste é o momento da mobiliza-ção popular para a conquista da verdade salarial,para exigir a correta aplicação da lei que limita aremessa de lucros, e o exercício de uma eficaz re*pressão aos abusos do poder econômico. Êste é, so*In-etudo, o instante para o combate à política econô-mico-financeira inspirada nas diretrizes do FundoMonetário Internacional e paia consolidação da po-lítica externa independente, com base no principioda autodeterminação dos povos.

Para o desempenho de tarefa tão fundamental,convocamos todas as forças populares do Brasil. Sooua hora da organização para a luta pelas reformas, adefesa das liberdades democráticas, a conquista demelhores condições de vida e n combate sem tréguaao processo espoliativo. De cada patriota esperamosa combativa solidariedade para á resistência que aPátria está reclamando de cada um de nós. A convo-,eação é geral: convocamos os deputados e vereadoresnacionalistas, os trabalhadores, os estudantes, os cam*poneses. os intelectuais, os militares, a mulher bra-sileira, Iodos os patriotas, enfim* para que.organizemem cada Estado, em cada município, bairro, rua, fá-brica e em cada escola, comitês de mobilização po*pular, de modo a formar o mais poderoso movimentode opinião pública da história Pátria, único meio deconduzir o Brasil ao encontro de seu grande destinode país independente e progressista.

(aa) Dep. Sérgio Magalhães, dep. Leonel Brizolá,dep. Neiva Moreira, dep. Max da Costa Santos, dep.sargento Antônio Garcia Filho, comandante MelloBastos, dep. Hércules Corrêa. Dante Petacani, Osval-do Pacheco. Geraldo Morais. Theodoio Botinelly, Po-libio Braga, Olímpio Mendes.

Á (ondamacãoÉ esta a Integra do manifesto dirigido ao povo, aos

trabalhadores e às organizações sindicais, pelo ComandoGeral dos Trabalhadores, após a reunião de 22 e 23 do mesem curso em Brasília:"AOS TRABALHADORES E AO POVO DO BRASILAS ORGANIZAÇÕES SINDICAIS

Companheiros:

Como advertimos cm nossas declarações anteriores, apolítica econômica e financeira ditada pelos trüstés e mu-nopólios internacionais que dirigem o FMI, que orientouo Plano Trienal do Governo, já começou a dar suas fu-nestas conseqüências: inicio do desemprego em massa,atraso dc pagamentos, manobras reacionárias contra ossalários e vencimentos, sob o pretexto de falta tíe cre-ditos.

Aplica-se, claramente, a política dc congelamento dcsalários e vencimentos e obstina-se o Governo em mantersua proposta de aumento máximo de um pouco mais cie40% nos vencimentos dos funcionários civis e militares.Enquanto isso ocorre, o custo de vida aumenta sem freios,sem que nenhuma medida por parte, do Governo seja to-mada para coibir a exploração.

Já se manifestam as medidas repressivas contra o povoque não deseja subm.ete.v-se a essa situação de angústia ede inquietações, com o objetivo de atemorizar o povo. Ostrabalhadores, porém, não se submeterão a essas ameaçase responderão à política de fome com novas c renovadaslutas pela majoração constante dos salários.

Reunido em Brasília o Comando Geral dos Trabalha-dores, constatamos o aumento sem cessar do espirito deluta e do ânimo dos trabalhadores, dos camponeses, dosestudantes e de todos os patriotas civis e militares, contratodos esses atentados ao nosso desenvolvimento econômico eàs liberdades democráticas. E reforçamos nossa convicção deque somente com nossa luta e vigilância podemos desba-ratar os golpes e conspirações dos "gorilas". Firmados ne.ssaforça, em nossa unidade e ação, lançamos uma conela-mação a todos os trabalhadores e ao povo:

Unidos e mobilizados, reclamemos a aprovação imedia1ta da reforma agrária, com a expropriacão de terras doslatifundiários, Rara o que deverá ser modificado o para-grafo 16 do artigo 141 da Constituição Federal.

Unidos e mobilizados, reclamemos medidas contra odesemprego .por uma justa politieu de crcdlt-ss seleciona-dos, contra a política financeira do Plano Trienal dirigida

pelo FMI. pára anular o nosso desenvolvimento econômico.Unidos e organizados exijamos do Governo a execução

real cia lei ue ..emeaMi iiC muros ao exterior e ua anil-trustes. '"•.¦..

Unidos e mobilizados, exijamos que o Parlamento Na-cional aprove o salário-íamilia, para que melhor possamoseducar nossos filhos.

Unidos e mobilizados reclamemos as leis progressistasde reformas bancária, tributária, universitária e urb'ana.

Unidos e mobilizados, reivindiquemos que o CongressoNacional aprove, com á maior rapidez, o aumento mínimode 70'.;, para Iodos os funcionários civis e militares, náoconsentindo que os parlamentares deixem de atender essajusta porcentagem,

Unidos c mobilizados, reclamemos do Governo a rea-lização das obras públicas c u consolidação de Brasília comoCapital da Republica.

Unidos e mobilizados, defendamos as liberdades demo-crálicas, pois cias são as garantias da defesa de nossasreivindicações e direitos.

Companheiros.Nossa conclamáção é dirigida a todos os trabalhado-

res. sem nenhuma distinçãp. A no.ssa força tem que seapoiar em nossa unidade. Mas é necessário mais ação, maismobilização.

Devemos continuar preparando nossas forças com ra-pidez e firmeza. As nossas resoluções tém que *ser discuti-das nos locais de trabalho e nas entidades sindicais.

Devemos intensificar nossa organização, exigindo, tam-bém, o direito à sindicalizacão de todos os funcionários pú-blicos.

Estas são as decisões do Comando Geral dos Traba-lhadores, tomados em Brasília. Elas pertencem aos traba-lhadores. Unamos nossas forças com ás dos camponeses,dos-estudantes, dos parlamentares, dos patriotas civis emilitares formando uma frente poderosa e invencível, quederrotará a. reação e o "gorilismd", garantindo a consti-tuição tíe um governo democrático e nacionalista, que le-vara o Brasil pelo caminho do progresso, de .sua indepen-dència econômica.

Com estas palavras de ordem, comemoremos entusiàs-Ocamente o PRIMEIRO DE MAIO e caminhemos para arealização do nosso IV CONGRESSO SINDICAL NACIO-NAL. i.mde ciaremos a estrutura definitiva da organizaçãocentral dos trabalhadores brasileiros.

Brasília. 23 de abri! de 1963.

: O COMANDO GERAL DOS TRABALHADORES".

Tamperanl Pireira na Câmara ;

PRESSÃO POPULAR É LEGÍTÍMA

E REFORMAS SÃO INADIÁVEIS

O grande expediente da Câmara Federal, tôrea*fejra23. foi ocupado em grande pane poi' importante discursodo deputado Temperani Pereira, du 1'Tli gaúcho, defendeu*do a legitimidade das pressões populares sob todos os as-p.-ctos, mesmo quando assume a turma de greves políticas,classificando as pressões de "ação din ia que as democra*cias sempre admitiram".

Depois de lembrar qu.; e.ssii açõo popular .sempre e\is-tlu como um postulado básico da democracia, o parlameii*lar ressaltou o exemplo da imprensa, livre de externar suascriticas e preferências, direito legitimo que só foi mutila-du por ocasião do Eslario Novo.

"Se é verdade que há uma mobilização' nacional em lór-no das reformas — afirmou — se é verdade que ,i pressãoameaça os fundamentos das nossa-; instituições, sp é legi-lima a conclusão dita e proclamada rle bòa té. a Câmaradeve fazer as reformas já, sob pena de m- auti.destruir, dese automutilar".

Afirmando que surgiram no Brasil "lideranças dispas-tas u tirar da tocaia os reacionário*,, que serão os respon*sáveis e os autores du violência, se cia houver no Brasil";u deputado gaúcho salientou que extremistas são aquelesque se manifestam contra as reformas,, dizendo ainda quea acusação dc que são comunistas os que defendem us ie-< íamos populares pelas reformas de base não passa ''•'"liemenda contradição no selti das classes conservadorase das classes diligentes do país", de vez que os interessesdas classes produtoras, da indústria brasileira, se beneficierao das reformas. Ainda mostrando essa incoerência,' o rlepulado disso que "reforma agrária é o hrojrãu mais capila-lisia, mais burguês que existe"; rei "-bondo o apoio dasforças de vanguarda por significar um estágio de evolução.

O parlamentar gaúcho terminou seu discurso, dizendoque "u Brasil não pode continuar como e.siá, em nome donenhum principio, de nenhuma moral. Não- há natla quepossa justificar c'sto crime que cometemos, não realizandoa reforma agrária e ficando no neutralismo tom subteríú-gios de ordem jurídica".

CGT REUNIDO EM BRASÍLIA

ANUNCIA A MOBILIZAÇÃO

NACIONAL PELAS R=FORM£$

Reportagem dc Roberto Morena

Durante ns dias 22 e 23 rij-ic mes o Coftianxlo Geraldos Trabalhadores realizou em Urasilia uma reunião histó-rica, de acerto de medidas paia a urgente mobilização na-cional para a aprovação, já, das reformas de base. Do êxitocia arregimentação uma excelente amostragem foi dada logona noite do dia 23, quando mais dc tres mil trabalhadoresreuniram-se em praça pública na orna capital improvisandoum comício para saudar as decisões do encontro do CGT.

Nos dois dias do reunião os líderes dos trabalhadoresdiscutiram os problemas nacionais que estão na ordem dodia, principalmente as conseqüências da aplicação da po-litiea econômica e financeira do Governo, orientada o diri*gicia pelo fundo Monetário Internacional e expressa noPlano Trienal: em todos os listados principia a onda dedesempregos, intensifica-se o aumento clesmosurado do eus*Io rie vida c recrudescem a exploração e a especulação.

Os dirigentes sindicais constataram o crescimento daslutas roivindieatórias em tudo o Pais. tanto na cidade quan-tu no campo, o que demonstra que as massas trabalhadorasnfto aceitam essa política do nsfomeanienln que lhes queremimpor os autores e executores do Plano Trienal do Governo,

Participaram da reunião do CGT representantes doAmazonas. Pará, Rio Grande cio Noite. Pernambuco, Ala*goas, Bahia, Minas Gerais', Espirito Santo, Estado do Rio,Guanabara, Sáo Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Gran*de do Sul, Goiás e Brasília.

Foram aprovados dois documentos: ttm dirigido aosdeputados o senadores, outro aos trabalhadores c ao movi-mento sindical. (Ambos vãe. reproduzidos na integra nestapagina). A reunião resolveu também emprestar a total so-lidariedade dos trabalhadores brasileiros ao governador Ml*guel Arraes. alvo de uma conspiração reacionária em an-(lamento. Foram aprovadas ainda moção fie apoio a. umagreve reivindicatória dos trabalhadores de Manaus e umasaudação ao proletariado da União Soviética, ria China Po-pular e da Tchecoslováquia. ria qual será portador o pre-sldente. do CGT. Dante Pclacanl,-que viajará pròxiniamen-te para aqueles paises.

FRENTE PARLAMENTAR NACIONALISTA

Todo o Comando incorporado manteve uma longa con-ferèneia com a Frente Parlamentar Nacionalista, represen-tada por II deputados.. Na oportunidade falaram em nomerio Comando os lideres Osvaldo Pacheco e Dante Pelacani;e pela Frente os deputados Temperani Pereira. Mário Lima,Benedito Cerqueira. Paulo de Tarso e Peruando Santana.Ficou estabelecido que CGT <• I-TX agirão unidos na lulapela aprovação das reformas de base.

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CÂMARA ESENADO

Logo após os participantes da reunião fizeram entregapresidente ria Câmara dos Deputados o ao secretárioSenado Federai rins documentos aprovados no encontroCGT. Representantes'da Câmara o do Senado afirmarna ocasião que o memorial será objeto i'e estudo ime.dijficando desde logo acertado que <> projeto .que ihstitusalário-familia paiu todos os trabalhadores será aprovem regime de urgiincia ainda õsía semana.

Outro problema que mereceu séria atenção foi o rioaumento dos servidores públicos civis o militares. O Co-mando, acompanhado de numerosa delegação rio ftinciuna*¦Iismo, reiterou a necessidade do .aumento sèr aprovado ime-diatamente, c na base de 70 por cento,

1° DE MAIO

Sóbre as comemorações da da*a do operariado os rii-vigentes rio CGT votaram uma eoiielaniaçãó aos trabalha-rinros e ao movimento sindical no sentido de quo n I rieMaio se.ia celebrado em unidack' com todas as fôi ¦;*-• na-rio-niilistas c ('ei¦¦< râlicii;-'. dentro do.c :p'.rinr c..\ 1 vani-id-'s nó \r. - sto aos opeaos deputados e senadores.

rios e no memorial