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8/18/2019 Viol Let Leduc
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ApresentaçãoFicha Técnica Este trabalho tem como objetivoapresentar os princípios e conceitosrelacionados ao restauro arquitetônico,sobre a ótica de um dos principais teóricosda história da arquitetura europeia, EugéneEmmanuel Viollet-Le-Duc, apresentadas emsua obra L’Architecture no texto “Restauro”.
Le-duc atuou em uma época na qual arestauração se firmava como ciência, ondeas mudanças provocaram a ruptura entreo passado e o presente fazendo crescero sentimento de proteção de edifícios eambientes históricos.
Centro Universitário Jorge AmadoTurma de Arquitetura e Urbanismo - 6º SemestreOrientador Marcelo PiresDisciplina Construção e Restauração
AlunosChawana Bastos,Luciano Batista,Tamires Oliveira
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Nascido em Paris ede origem burguesadesenvolveu seutrabalho na área de
restauro de catedrais ecastelos medievais.Viollet-le-duc éum dos principaisteóricos da história daarquitetura europeia efoi um dos primeirosa teorizar sobrea preservação dopatrimônio histórico.
Vida e Obra
Apostava nas novastecnicas de construção
e na importância damáquina para a criação de
um novo estilo para o sec.XIX.
Este grandeteórico foi tambémarquiteto, desenhistae um escritor prolixoe polêmico em suaépoca.
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Igreja de Madeleine de Vezelay
Vida e Obra
Em 1840 foi indicado peloMinistro do Interior para
restaurar a igreja de Vezelay.Em 1846 é nomeadochefe de serviço dos
monumentos históricose arquiteto da igreja de
Saint Denis.
1858 inicia o restauro doCastelo de Pierrefonds.
Catedral de Notre-Dame, Paris
Castelo de Pierrefonds
Em 1845 ganhouo concurso para a
restauração da Catedral
de Notre Dame de Paris
Igreja de Saint Denis
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Restauro
da forma a função,da forma a estrtura,
da forma ao programa
“Nada é supérfluo, nenhuma forma que nãotenha sido prescrita pelas necessidades; tudo
é pensado, estudado, aplicado ao objeto.”
Foi Viollet-le-Duc um dos primeirosa se opor ao ornamento, que defendeu
veemente a estrita vinculação da formaa função, da forma a estrutura, da
forma ao programa.
Porte Narbonnaise em Carcassonne, França
Catedral de Notre-Dame, Paris
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Criticava o Historicismo Ecléticopor empregar a forma semanalisar a causa e a função.
“Então, ela - a arquitetura do séc. XIX -desprovida de luz que só a razão pode fornecer, tem
tentado se ligar ao medievo, ao renascimento; á
procura do emprego de certas formas sem as analisar,sem descer às causas que as determinaram, vendo
nelas unicamente os efeitos, se transformou em neo- grega, neo-romana, neo-gótica; ... se tornou sujeitaà moda ... O fato é que, só é possível ser original com
a verdade, que a originalidade não é outra coisasenão uma das formas assumidas pela verdade paramanifestar-se; e estas formas são afortunadamente
infinitas”.
Opera de Paris - Estilo Eclético
Quanto mais útil o elemento estrutural,mais aparente ele deve estar.
Na arquitetura existem duas formasnecessárias de ser verdadeiro, em relação aoprograma e em relação aos procedimentos.
Teto Catedral de Notre-Dame
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Conceito“RESTAURO - Restaurar um edifício nãoé conservá-lo, repará-lo ou refazê-lo, érestituí-lo a um estado de inteireza quepode jamais ter existido em um dadomomento.”
Castelo de Coucy
“Nenhuma civilização,nenhum povo, emépocas passadas, pretendeu fazer
restauros como nóscompreendemos hoje.”
Em relação ao passado Viollet-le-Duc fala que o seutempo procurou analisá-lo, compará-lo, classificá-lo e formulá-lo seguindo as transformações dahumanidade.
O que distingue a sua época é exatamente o estudomenos parcial do passado, provocando o renascimento
político, social, filosófico, artístico e literário
Para ele, ESTILO é a manifestação de umideal fundado sobre um principio, sendofundamental para a correta apreensãodas suas proposições restaurativas.
Para eleo estilo éum dadoestrutural.
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PrincípiosPara Viollet-le-Duc,Vitet foi o primeiro ase preocupar com orestauro criterioso dos
monumentos antigos.O primeiro núcleode artistas com ointuito de penetrarno conhecimentoíntimo das artesesquecidasformou-se emtorno dos teóricosVitet e P. Merimée.
Era necessário ter conhecimento dasescolas, seus princípios e meios práticos,assim como dos tipos de cada período
de arte e dos estilos de cada época.
Cada edifício ou cada parte destedeve ser restaurado no estilo que lhe
é próprio não só como aparência,mas inclusive como estrutura.
No caso de se refazer partes de monumentosdos quais não restam vestígios, por
necessidades construtivas ou para completaruma obra mutilada, o arquiteto encarregado
deve se imbuir do estilo próprio domonumento cujo restauro lhe foi confiado.
Vitet
P. MeriméeNo começo do século
XIX a Inglaterrae a Alemanha já
ensaiavam técnicasde restauro sobre seus
edifícios.
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ExemplosEle afirmava categoricamente o perigo tanto de se
reproduzir exatamente o original como de substituí-lo por formas posteriores, e deixa claro que nada deveser encarado como um dogma, mas como algo relativo
e específico de cada obra.
Le-Duc não conseguia atuar com imparcialidadee sem dogmatismo, propondo soluções que não
respeitavam o edifício, suas marcas, sua história e suaspeculiaridades, mas que satisfaziam apenas a pureza
de estilo que ele próprio determinava.
Para restauraro Castelo de
Pierrefonds Le-Ducbuscou inspiração
no restauro doCastelo ded Coucy.
O restauro daIgreja de Saint-Denis foi baseadanos estudos deVitet.
Na arquitetura medieval cada
parte da obra cumpre uma funçãoe exerce uma ação. É para o
conhecimento exato do valor deuma e outra que o arquiteto devevoltar-se antes de empreender o
que quer que seja.
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PolêmicasA quetão do restauro sofreu um grande
preconceito sendo considerado uma fantasia,uma moda, provocando um estado de
desconforto moral na maioria das pessoasque na verdade tinham medo de sair da zonade conforto, acreditando que a descoberta do
novo era uma perda da tradição.
Se o fato é notável no seuconjunto, como poderia ser
irrelevante nos detalhes?
Viollet-le-Duc, baseadona teoria de AnatomiaComparada de Curveir
afirma que “a partirde um perfil é possíveldeduzir-se o elemento
arquitetônico, e doelemento arquitetônico, o
monumento.
Houve polêmica tambem entre classicos e góticos,onde Le-Duc afirmava que: “A construção gótica,
não é de fato como a construção antiga, monobloco,absoluta nos seus meios ; ela é dúctil, livre e
questionadora como o espírito moderno”
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AdvertênciasSegundo Viollet-le-Duc em uma restauração não sepode substituir as partes retiradas senão por outras,executadas com materiais melhores, mais duráveis
e perfeitos. É necessário que em seguida à operação
efetuada, o edifício restaurado, passe ao futuro comuma duração maior do que a que ele teve até então.
O melhor meio de conservar um edifício éencontrar-lhe uma destinação e satisfazer
plenamente todas as necessidades queesta destinação impõe.
No texto é destacado tambem arestauração como a melhor formade conservar o edifício e o uso dafotograa nos estudos ciêntícos.
“O arquiteto só deve ficar inteiramente satisfeitoe colocar os operários na obra quando encontrara combinação que melhor e mais simplesmentese adeque. (...) Decidir uma disposição a priori,sem tê-la confrontado com todas as informaçõesnecessárias, significa cair no hipotético, e nada é
mais perigoso que a hipótese”.
Le-Duc não se contentava emfazer uma reconstituição apenas,ele busca a pureza do estilo, fazreconstituição daquilo que teriasido feito, uma reformulação do
projeto.
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Conclusão O que é importante lembrar e atentar na obra de Viollet-le-Duc é a atualidade de muitas das suas formulações esua aplicabilidade nas intervenções de restauro atuais: arestauração tanto da função portante do edifício como desua aparência, o estudo do projeto original como fonte de
conhecimento para resolução de problemas estruturais, aimportância dos levantamentos detalhados da condiçãoexistente, a reutilização do edifício para sua sobrevivênciae principalmente, a atuação baseada em circunstâncias eespecificidades de cada projeto. Em toda a modernidade do conceito e da práticada restauração em sua época, podemos destacar a visãoracionalista e positivista em várias partes de sua fala,principalmente quando aborda o futuro das edificaçõesrestauradas.