18
VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA DO PARAGUAI Adler Homero Fonseca de Castro IPHAN – IGHMB – CEPHiMEx - FUNCEB

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA DO PARAGUAI

Adler Homero Fonseca de CastroIPHAN – IGHMB – CEPHiMEx - FUNCEB

Page 2: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Introdução

• Projeto da FUNCEB– Foram publicados 3 volumes• 898 fortes já levantados

• Papel histórico e atual– Fortes são um atrativo

cultural importante• Visitas • Símbolos

Page 3: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Fortes e cultura

• Rio Grande do Sul• Fortes não são muito valorizados– Situação contrária ao dos outros estados do Brasil.• Florianópolis,• Rio de Janeiro,• Salvador

– Hoje em dia só se sabe da existência de três deles.• Caçapava, • S. Tecla,• Passo de Santana.

Page 4: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Fortes e cultura

• Fortificações – são uma contradição com a visão tradicional do gaúcho como soldado a cavalo.

• O Gaúcho, o peleador valente, é, certo, inimitável numa carga guerreira; precipitando-se, ao ressoar estrídulo dos clarins vibrantes, pelos pampas, com o conto da lança enristada, firme no estribo; atufando-se loucamente nos entreveros; desaparecendo, com um grito triunfal, na voragem do combate, onde espadanam cintilações de espadas; transmudando o cavalo em projétil e varando quadrados e levando de rojo o adversário no rompão das ferraduras ou tombando, prestes, na luta em que entra com despreo cupação soberana pela vida. (Os Sertões).

Page 5: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Fortes e Cultura

• Fortes foram importantes para a história do RS– Já foram localizados 98 fortes no estado .– Estamos lembrando os 150 anos do cerco de

Uruguaiana.

• As fortificações paraguaias não foram as primeiras da cidade

Page 6: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Uruguaiana – cidade fortificada

• Fortes da Revolução da Revolução Farroupilha– Porto Alegre, Rio Grande, São José do Norte,

Pelotas, Itapoã• Projeto do Barão de Caxias para controle da

Rebelião– Necessidade de maximizar a infantaria imperial– Fortificadas Bagé, Jaguarão, São Gabriel, Rio

Pardo, Cachoeira, Caçapava, Encruzilhada do Sul, Alegre e Uruguaiana.

Page 7: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Uruguaiana – base de operações

• Projeto de pós-guerra– Fortificações como base de apoio estratégicas em

caso de nova Revolução, intervenção estrangeira ou invasão.• Rio Grande;• Jaguarão;• Caçapava;• Uruguaiana.

Page 8: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Uruguaiana – base de operações

• Forte Caxias – 130 metros de linha magistral (16.900 m²);– Custo de 100.000.000$00 réis (550).

• Projeto de defesa do RS desativado (1851).– Prioridade da política militar: tropas móveis;– Guarda Nacional.

Page 9: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Uruguaiana - base de operações

Acampamento argentino em frente a Uruguaiana 22 de setembro de 1865. Pintura de Candido Lopez. A imagem mostra o trecho ao sul das fortificações de Uruguaiana, com o forte Barão de Caxias em primeiro plano, a esquerda.

Page 10: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Uruguaiana – Cidade fortificada

• Invasão paraguaia em 1865 - decisão de defender a cidade.

• O entrincheiramento, visto a aspereza do terreno pedregoso, pouco tempo, pessoal, não podia ser uma trincheira propriamente dita [Canabarro].

• A vila da Uruguaiana estava pessimamente fortificada (...) A guarnição que havia na Uruguaiana naquele tempo era de 200 homens, mais ou menos, porém, sem a mais pequena aparência de soldados, inclusive o seu próprio comandante; munição havia bastante e bocas de fogo lembro-me de ter visto duas (...) [Mena Barreto]

• Paraguaios ocupam Uruguaiana – “verdadeira calamidade nacional” [Gen.Chico Pedro]

Page 11: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Uruguaiana – Cidade fortificada

• Estigarribia – Amplia circuito fortificado– Melhora a construção das trincheiras– Libera o campo de fogo (demolição de casas extra-

muros).– Fortifica a Igreja de Santana

• Desenho amador e com problemas

Page 12: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Uruguaiana – Cidade fortificada

Page 13: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Page 14: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Uruguaiana – Cidade fortificada

Rendição de Uruguaiana, 18 de setembro de 1865, Candido Lopez. A imagem nos mostra uma série de detalhes importantes sobre as fortificações, tais como a falta de flancos em sua frente principal, como a igreja de Santana dominava o campo de batalha e o cemitério, que não foi utilizado pelos paraguaios como fortificação avançada. Lopez não ilustrou os redentes adiante da muralha, que também não aparecem na planta de Fausto de Souza. Observe-se também a formação aliada, extremamente próxima às defesas paraguaias.

Page 15: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Novas defesas

• Defesa do Chaco paraguaio– Risco de Guerra com a Argentina• Compra de armas (9.000 Chassepots, 48 Krupps, Javari

& Solimões).

• Transformação de Uruguaiana em base de operações– 6º Batalhão de infantaria– Construção dos fortes• Santana do Livramento, Pai Passo, Santana Velha, • Uruguaiana (10 canhões).

Page 16: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Novas defesas

Page 17: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Novas defesas

Page 18: VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança AS FORTIFICAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA NA GUERRA

VII Encontro Internacional de História sobre as operações bélicas na Guerra da Tríplice aliança

Desativação

• Prioridade de defesa retornou para as tropas móveis;

• Flotilha do Alto Uruguai (Itaqui – 2 fortes);• Defesas desarmadas em 1879;• Autorização de destruição das trincheiras em

1886;• Forte de Caxias aparece como comando até

1907.