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Região Administrativa de Presidente Prudente Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupos do IPRS

V9 IPRS 2014 Presidente Prudente 2Prova - ALESPindices-ilp.al.sp.gov.br/view/pdf/iprs/reg691.pdf · No que se refere ao ranking ... que se caracteriza por baixa riqueza e um dos 2012

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Região Administrativa dePresidente Prudente

Grupo 1

Grupo 2

Grupo 3

Grupo 4Grupo 5

Grupos do IPRS

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IPRS

Apresentação

A Região Administrativa de Presidente Prudente, com população de 833 mil habitantes Em 2012, a Região Administrativa de Presidente Prudente, com população de 839 mil habitantes – 2,0% do total do Estado, ocupou a quarta melhor posição em longevidade comparativamente às demais regiões do Estado de São Paulo. No que se refere ao ranking de cada dimensão do IPRS, a RA situa-se na 14a posição em riqueza, na 4a em longevidade e na 11a em escolaridade.

O PIB da RA de Presidente Prudente foi de R$ 15,7 bilhões em 2011, o que corres-ponde a 1,2% da riqueza gerada no Estado. A despeito de possuir uma economia com importantes polos do setor sucroalcooleiro e de bovinocultura, seu indicador de riqueza (35) está 11 pontos abaixo da média estadual (46). Essa grande defasagem resulta da presença de municípios muito pobres, com pontuação que se aproxima à metade do valor da média estadual – como é o caso de Nova Guataporanga (23), Santo Expedito (25) e Pracinha (25) –, e também de indicadores de riqueza abaixo da média estadual, mesmo entre os municípios mais bem posicionados, como Presidente Prudente (40), Sandovalina (40), Narandiba (39) e Rosana (39).

Na dimensão longevidade, em contraste com a riqueza, a RA tem indicador con-siderado alto (71 pontos), ultrapassando a média estadual em um ponto, o que mostra que avanços importantes podem ser alcançados em municípios relativamente pobres. Esse descolamento de dimensões evidencia-se quan-do observa-se que das dez cidades mais pobres da região, com indicadores de riqueza de no máximo 26, seis apresentam indicadores de longevidade alto (70 ou mais pontos). No que se refere à escolaridade, a RA apresenta indicador sintético médio (55 pontos), superando a média estadual (52).

A distribuição dos municípios da RA de Presi-dente Prudente entre os cinco diferentes grupos do IPRS mostra uma grande concentração nos Grupos 3 e 4: dos 53 municípios que compõem a região, 44 fazem parte desses dois grupos – 26 pertencem ao Grupo 4, que se caracteriza por baixa riqueza e um dos

2012RA de

Presidente Prudente

População total (em mil habitantes) 839,5

Taxa de crescimento anual da população (%) 2010/2012 0,38

Razão de sexos (homens por 100 mulheres) 99,83

População com menos de 15 anos (%) 19,07

População com 60 anos ou mais (%) 14,95

Fonte: IBGE; Fundação Seade.

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IPRS

A RA de Presidente Prudente localiza-se na região oeste do Estado, na divisa com o Paraná e Mato Grosso do Sul, ocupando uma área de 23.776,58 km², corres-pondente a 9,6% do território paulista. É formada por 53 municípios distribuídos em três regiões de governo – Adamantina, Dracena e Presidente Prudente.

O município-sede, Presidente Prudente, é o maior polo da RA, com 210 mil pessoas, o equivalente a 25% da população regional, sendo o único da RA com mais de 100 mil habitantes. Entre 2010 e 2012, a população da RA cresceu apro-ximadamente 0,4% ao ano, ritmo inferior à média estadual de 0,9%, apresen-tando uma taxa de urbanização igual a 89,3% (2012), também abaixo da média estadual de 96,1%.

Constitui um entroncamento viário de grande importância, como tradicional porta de acesso para o Centro-Oeste. Além dos transportes ferroviário e rodoviário, a RA está às margens da hidrovia Tietê-Paraná, o que facilita o escoamento de seus produtos para os países do Mercosul. A região marca presença na agropecu-ária, sobretudo como uma notável produtora de carne bovina para exportação.

indicadores sociais (longevidade ou escolaridade) baixo, e 18 estão no Grupo 3, que apresenta baixa riqueza, contrapondo bons indicadores sociais. Os nove municípios restantes pertencem ao Grupo 5, com baixos indicadores de riqueza, longevidade e escolaridade. Os Grupos 1 e 2, caracterizados por possuir alto indicador de riqueza, não têm re-presentante nesta RA. Dessa forma, a distribuição dos municípios da RA pelos grupos do IPRS é bem distinta da estadual, apresentando como principais diferenças o maior peso do Grupo 4 (49,1%, contra 31,9% do Estado) e a ausência dos Grupos 1 e 2, que no Estado representam 23,6%.

A distribuição da população da região é ligei-ramente diferente da distribuição dos municípios, mas também caracteriza-se pela maior representa-ção nos Grupos 3 e 4, que reúnem 30,4% e 60,3% da população, respectivamente. O Grupo 5 abriga apenas 9,3% da população.

Fonte: Fundação Seade.

Distribuição dos municípios, por grupos do IPRS2012

Estado

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5

Em %

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

10,912,7

30,131,9

14,4

0,0 0,0

34,0

49,1

17,0

RA de Presidente Prudente

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IPRS

Em 2012, dos 53 municípios dessa RA, 20 migraram para um grupo diferente daquele a que pertenciam em 2010, sendo que oito deles mudaram para grupos de características mais satisfatórias do que os que estavam no período anterior. Por outro lado, 12 municí-pios passaram a integrar grupos de características menos favoráveis, principalmente em função de pioras no indicador de escolaridade.

Riqueza

O crescimento do indicador agregado de riqueza da RA foi igual ao verificado na média do Estado (um ponto) entre 2010 e 2012, passando dos 34 para 35 pontos no perío-do. Dos 53 municípios da região, 22 apresentaram esse mesmo patamar de aumento e 20 cresceram dois pontos ou mais, com destaque para Sandovalina (quatro pontos) e Panorama, Monte Castelo, Paulicéia e Teodoro Sampaio, todos com três pontos. Por outro lado, em três municípios o indicador diminuiu um ponto (Flora Rica, Emilianópolis e Narandiba), enquanto em outros oito ele manteve-se estável. Em razão de todos os municípios encontrarem-se com resultado abaixo da média exibida pelo Estado (46) no indicador de riqueza, a RA de Presidente Prudente detém a terceira pior posição nessa dimensão, em 2012.

Não obstante, entre 2010 e 2012, a maioria dos componentes do indicador de riqueza da RA apresentou evolução superior à média estadual: o consumo de energia comercial e rural registrou expansão de 12,8% (contra 8,6% do Estado); o consumo de energia residencial, 6,6% (contra 3,9% do Estado) e a renda média dos postos de tra-balho, 6,5% (contra 4,5% do Estado). Apenas o valor adicionado fiscal per capita teve ligeira variação negativa de 0,7% na RA, porém um pouco mais intensa do que a de -0,4%, verificada no Estado. Apesar do desempenho positivo da RA com relação a três dos indicadores no período, todos os componentes do indicador de riqueza continuam situados em patamar inferior ao da média estadual.

A economia da RA baseia-se na agropecuária, especialmente na cana-de-açúcar e na criação de gado de corte e leiteiro. A agroindústria é o item mais destacado no setor industrial, com a produção alimentícia de origem animal e agrícola, bebidas, líquidos alcoólicos/vinagre e frigoríficos. O município de Presidente Prudente e seu entorno con-centram a maior parte dessas atividades.

Além das duas principais culturas da região – cana-de-açúcar e pecuária – destacam--se também soja, milho, mandioca e a fruticultura. Na estrutura industrial da região, predomina a agroindústria, ligada à produção de gêneros alimentícios de origem agrícola e animal e de bebidas, que têm como insumo a matéria-prima local. No município-sede, encontram-se as maiores indústrias, em termos de pessoal ocupado, voltadas princi-palmente à preparação de produtos alimentícios e à fabricação de artefatos de couro,

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IPRS

Fonte: IBGE; Fundação Seade.

População, por grupos etários, segundo sexoRA de Presidente Prudente − 2012

artigos para viagem e calçados. Sobressaem, ainda, a indústria moveleira, em Dracena e Osvaldo Cruz, e a indústria ceramista, em Panorama, Paulicéia e Indiana. O setor terciário caracteriza-se pela presença das atividades de comércio e serviços, que são desenvolvidas, em sua maioria, em empresas de pequeno porte.

Observando-se a composição do Valor Adicionado (VA) em relação aos três macros-setores de atividade econômica, é possível ter mais clareza da importância diferencial da agropecuária na geração de riqueza na região. A partir dos dados de 2011, tem-se que este setor era a atividade em que a região possuía maior participação no VA setorial do Estado, representando 5,5% da agropecuária paulista. Em contraste, tanto no setor de serviços quanto na indústria, a RA participava com 1,2% do total estadual. Sob o foco da distribuição do VA da região, segundo os macrossetores, a importância relativa altera-se, pois, seguindo a tendência geral, os serviços representavam a maior parte, com 64,8% do VA total da região, seguidos pela indústria, com 26,3%, e, por último, a agropecuá-ria, com uma participação de 8,9%, em 2011. Ainda com relação aos serviços, chama a atenção o grande peso da cidade de Presidente Prudente, que respondeu por 34,2% da geração de riqueza nesse setor, em 2011.

012345678

65- 70-

Homens

% 00-04 05- 0910- 1415- 1920- 2425- 2930- 3435- 3940- 4445- 4950- 5455- 5960- 64

6974

0 1 2 3 4 5 6 7 8

Mulheres

%

75 e +População: 839.464

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IPRS

Fonte: Fundação Seade. Fonte: Fundação Seade.

Taxa de fecundidade geral

2000-2012

Índice de envelhecimento

2000-2012

Longevidade

De 2010 a 2012, o indicador agregado de longevidade da RA de Presidente Prudente aumentou de 69 para 71 pontos, superando a média estadual, que era de 70 pontos, em 2012. Com isso, a RA passa a ocupar a 4a posição no ranking dessa dimensão. Registrou-se no período melhora relativa em quase todos os componentes da dimensão longevidade. Em comparação a 2010, a RA teve diminuição de 4,9% na taxa de mortalidade infantil, de 8,2% na taxa de mortalidade perinatal e de 1,7% na taxa de mortalidade de adultos de 15 a 39 anos. Já a mortalidade de pessoas de 60 a 69 anos manteve-se praticamente estável no período.

Houve melhora no indicador dessa dimensão em 28 dos 53 municípios da RA, com destaque para Nova Guataporanga, Martinópolis, Iepê, Rancharia e Álvares Machado, com aumentos de pelo menos 10 pontos no indicador. Entretanto, tais incrementos devem ser analisados com cautela em razão da pequena magnitude populacional desses municípios. O município de Emiliápolis, com o melhor resultado (92) da RA, alcançou o 2° lugar no ranking de longevidade estadual. Sete municípios da RA figuram entre os 50 municípios

Total do Estado

RA de Presidente Prudente

Presidente Prudente

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012

Em %

Total do Estado

RA de Presidente Prudente

Presidente Prudente

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012

Por mil mulheres entre 15 e 49 anos

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mais bem posicionados nesse ranking. Apesar de o indicador agregado do município de Presidente Prudente, que concentra 25% da população da região, ter apresentado recuo em relação a 2010, passando de 73 para 71 pontos, ele segue em patamar elevado e acima da média estadual.

Em relação ao crescimento populacional, a RA ficou abaixo da média estadual (0,9% ao ano) entre 2010 e 2012, com 0,4% ao ano. Ao analisar a pirâmide etária, observa-se que, além de possuir uma distribuição semelhante ao Estado, segue a tendência de es-treitamento da base e progressivo alargamento do topo, o que denota o envelhecimento da população. De fato, verificam-se diminuição da taxa de fecundidade e crescimento do índice de envelhecimento da população (razão porcentual entre a população de idade igual ou superior a 60 anos e aquela com menos de 15 anos). A taxa de fecundidade da RA, que era de 56,9 nascimentos por 1.000 mulheres entre 15 e 49 anos em 2000, passou para 46,1 em 2012, permanecendo menor do que a média estadual (51,9). Ao mesmo tempo, o índice de envelhecimento, que em 2000 era de 44,4%, atingiu 78,4%, em 2012, ficando acima da média estadual para o mesmo ano (58,9%). Na região, a proporção entre a população masculina e a feminina (razão de sexos, ou seja, o número de homens para cada 100 mulheres) é equilibrada (99,8), ficando acima da média estadual (94,8).

Escolaridade

O indicador agregado dessa dimensão para a RA de Presidente Prudente aumentou de 52, em 2010, para 55 pontos, em 2012, enquanto o Estado de São Paulo passou de 48 para 52. A maioria dos municípios (30) mostrou crescimento nessa dimensão, com destaque para as cidades de Sagres, Presidente Bernardes e Caiuá, que, em que pese sua sensibi-lidade à variação em razão de sua baixa magnitude populacional, registraram aumento de mais de 15 pontos. Nos extremos, os municípios de Estrela do Norte, Tupi Paulista e Presidente Venceslau, detêm a maior pontuação (todos com 66 pontos) e Marabá Paulista, com 37, representa o menor indicador em escolaridade.

Vale ressaltar que a RA apresenta 18 municípios que, embora apresentem nível baixo em riqueza, registraram alto índice de escolaridade: Estrela do Norte, Tupi Paulista, Presidente Venceslau, Junqueirópolis, Adamantina, Alfredo Marcondes, Piquerobi, Ouro Verde, Rancharia, Sagres, Dracena, Lucélia, Flora Rica, São João do Pau d’Alho, Narandiba, Monte Castelo, Regente Feijó e Osvaldo Cruz.

Quanto à distribuição dos municípios nas classes desta dimensão, a RA apresenta 50,9%, 15,1% e 34,0% deles nas categorias de baixa, média e alta escolaridade, respec-tivamente. Quando considera-se a população municipal alocada segundo essas classes, observa-se a seguinte distribuição: 56,9%, 9,8% e 33,3% da população em municípios classificados em baixa, média e alta escolaridade, respectivamente.

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A RA, com uma taxa de atendimento às crianças de quatro e cinco anos de 93,8%, possui cobertura escolar ligeiramente inferior à do Estado (96,8%). O crescimento bruto, entre 2010 e 2012, da taxa de atendimento na região foi de 10,5 pontos porcentuais e, portanto, semelhante ao do Estado, de 12. Quanto aos municípios da região, nota-se rela-tiva heterogeneidade no comportamento da taxa de atendimento entre 2010 e 2012. Um total de 16 cidades atingiu 100% de atendimento, ao passo que três municípios (Marabá Paulista, Pracinha e Mariápolis) detêm taxa de atendimento pré-escolar abaixo de 75%.

Com relação ao desempenho escolar, entre 2010 e 2012,1 a região de Presidente Prudente exibiu ligeira melhora na média das proporções de alunos do 5o ano do ensino fundamental que atingiram pelo menos o nível adequado nas avaliações nacionais de português e matemática (de 46,4% para 47,9%) e, assim, manteve-se acima da média estadual (42,9%, em 2012). Já o indicador relativo aos alunos do 9o ano exibiu pequeno recuo (de 20,9% para 19,1%), ficando praticamente igual ao do Estado (19,2%). Espe-cificamente no que se refere ao 5o ano, os municípios com melhores resultados escolares (acima de 75%) foram Piquerobi, Junqueirópolis, Presidente Venceslau e Estrela do Norte, e os piores, Emilianópolis, Caiabu, Euclides da Cunha Paulista e Inúbia Paulista, com no máximo 30% de média. Quanto ao 9o ano, os melhores desempenhos são representados por Narandiba, Ouro Verde, Adamantina, São João do Pau d’Alho, Tarabaí, Lucélia, Alfredo Marcondes, Flora Rica, Santo Expedito e Tupi Paulista, com médias acima de 25%, em-bora não ultrapassem os 31%. Os piores foram observados em Ribeirão dos Índios, Santa Mercedes, Marabá Paulista, Pracinha e Salmourão, com porcentuais inferiores a 10%.

Por fim, no que diz respeito ao fluxo escolar no ensino médio, a taxa de distorção idade-série da RA (11,7%) é menor do que a do Estado (16,3%). Os municípios de Nan-tes, Anhumas, Osvaldo Cruz e Ribeirão dos Índios destacam-se pelas mais baixas taxas de distorção idade-série (inferiores a 7%), enquanto Caiuá, Santa Mercedes, Caiabu, Marabá Paulista, Tarabaí e Sandovalina exibiram os piores resultados nesse indicador (acima de 20%), em 2012.

1. Os dados são referentes aos anos de 2009 e 2011, conforme notas metodológicas.