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UNIVERSIDADE NILTON LINS UNILTON LINS INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA INPA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AQUICULTURA USO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Piper aduncum NA RAÇÃO PARA O CONTROLE DE NEMATÓIDES DE PIRARUCU (Arapaima gigas, SCHINZ, 1822) AMANDA CURIEL TRENTIN CORRAL Manaus Amazonas Março, 2014

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UNIVERSIDADE NILTON LINS – UNILTON LINS

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA – INPA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AQUICULTURA

USO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Piper aduncum NA RAÇÃO PARA

O CONTROLE DE NEMATÓIDES DE PIRARUCU (Arapaima gigas,

SCHINZ, 1822)

AMANDA CURIEL TRENTIN CORRAL

Manaus – Amazonas

Março, 2014

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AMANDA CURIEL TRENTIN CORRAL

USO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Piper aduncum NA RAÇÃO PARA

O CONTROLE DE NEMATÓIDES DE PIRARUCU (Arapaima gigas,

SCHINZ, 1822)

ORIENTADORA: DRA. ELIZABETH GUSMÃO AFFONSO

Manaus – Amazonas

Março, 2014

Dissertação apresentada a

Uninversidade Nilton Lins em

ampla associação com o Instituto

Nacional de Pesquisas da Amazônia

como parte dos requisitos para

obtenção do Título de Mestre em

Aquicultura.

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Corral, Amanda Curiel Trentin

Uso do óleo essencial de Piper aduncum na ração para o controle de

nematóides de pirarucu (Arapaima gigas, Schinz, 1822).

Dissertação (mestrado) – UniNilton Lins/INPA, Manaus, 2014.

Orientador: Gusmão Affonso, Elizabeth

Área de concentração: Aquicultura 1. Arapaima gigas. 2. Sanidade. 3. Fitorerápico.

Sinopse:

Avaliou-se a eficácia do óleo essencial de Piper aduncum, administrado na ração, no controle de

nematódes de pirarucu (Arapaima gigas) e seus efeitos nas respostas fisiológicas dos peixes.

Palavras-chave:

Fitoterápico, nematoide, palatabilidade, perfil fisiológico, pirarucu.

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Dedico esta conquista a minha família, que

sempre me apoiou e me deu forças para

lutar.

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AGRADECIMENTOS

A FAPEAM pela bolsa de estudos concedida pelo POSGRAD N° 028/2012

durante o período de realização do mestrado.

A Universidade Nilton Lins e ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

pela oportunidade de cursar a Pós-graduação em Aquicultura, pela estrutura e pelos

professores.

A Dra. Elizabeth Gusmão Affonso pela orientação e pela oportunidade de

desenvolvimento deste trabalho.

A Embrapa Ocidental em nome do Dr. Célio pelo auxilio e orientação na coleta

e secagem, e pela disponibilização da estrutura e do material vegetal.

A Estação Experimental de Silvicultura Tropical, em nome do Dr. Antenor, por

disponibilizar a usina para a realização das extrações do óleo.

Ao laboratório de fitoquímica do INPA, em nome da Dra. Ana Cristina Pinto e

Karla Lagos, pela auxilio nas análises do óleo.

A Coordenação de Tecnologia e Inovação (COTI) e ao Laboratório de Fisiologia

Aplicada à Piscicultura (LAFAP) do INPA.

A Ione Castro, secretária do PPG-AQUI, pela dedicação e auxilio prestado.

Aos membros da banca da aula de qualificação Dra. Edisandra Chagas

(EMBRAPA-AM), Dr. José Celso (INPA), Dra Cleusa Suzana (UNINILTON LINS) e

plano de dissertação, Dr. Marcos Tavares (EMBRAPA-PA), Dr. Mauricio Laterça

(UFSC) e Dr. Gilberto Pavanelli (UEM) pelo auxilio e sugestões.

As minhas “co-orientadoras informais” Sanny Maria de Andrade Porto e Marieta

do Nascimento Queiroz pelas orientações.

Aos colegas César Oishi, Elenice Martins Brasil, Renata Silva, Jaqueline Inês

Alves de Andrade, Marieta do Nascimento Queiroz, Tamara Morais, Andressa Marinho,

Bento Monteiro Siqueira, Sanny Maria, Jeffson Nobre, Andreza Batista Lopes, Paula

Corrêa, Jandiara Kelly, Carlos Eduardo de Freitas e Francisco da Chagas Figueira de

Brito Filho pela colaboração durante as análises.

A Luciana Curiel Trentin Corral, Luiz Henrique Suarez Lopez e Gabriel

Henrique de Oliveira Suarez pela ajuda durante o experimento.

Aos colegas da turma PPG-AQUI 2012, pelo companheirismo, e pelos

momentos de alegria e descontração, Andreza Batista Lopes, Jeffson Nobre Pereira,

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Tomás Igo Muñoz Sanches, Daniel Bernardes da Silva, Elen Carla dos Santos, Jean

Felipe de Abreu, Diogo Campos e Paulo César de Sena Costa.

A Maria Inês Pereira, Suzana Kawashima, Ana Socorro, Marcos Makiyama,

Dona Fatinha, Sr Joaquim, Atílio Storti-Filho, Sr. Fininho, Sr. Roberto, Gabriel,

Valdelira Lia Fernandes e Daniel pela prontidão em ajudar em todos os momentos.

A minha família que acreditou e confiou em mim, sempre me apoiando e

encorajando para que eu pudesse passar por mais esta etapa.

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RESUMO

Este estudo avaliou a eficácia do óleo essencial de Piper aduncum no controle de

nematóides de juvenis de pirarucus. Para isso, foram realizados testes de palatabilidade

e de eficácia da planta administrada na ração comercial com 45% de proteína bruta. No

teste de palatabilidade foi avaliada a capacidade palatável das concentrações de óleo na

ração: 0, 32, 48, 64 e 80 ml/kg, durante 7 e 15 dias de alimentação, sendo estas

administradas pela manhã, e a ração sem medicamento à tarde. Foram utilizados 60

peixes (25,4±3,5 g), em uma densidade de estocagem de 4 peixes/cone, com fluxo

contínuo de água. Não houve diferença significativa (p>0,05) entre os tratamentos com

32, 48 e 64 ml/kg e o controle (sem medicamento) em 7 e 15 dias. Entretanto, em 80

ml/kg, apresentou a menor taxa de ingestão da ração, 65% e 61% em 7 e 15 dias

respectivamente, e uma diferença significativa (p<0,05) em relação ao controle. A

mortalidade foi maior nos peixes do controle (16,7%), seguidas por 32 e 80 ml/kg com

8,3% e 25% em 7 e 15 dias respectivamente. Para a ração sem medicamento,

administrada à tarde, não houve diferença significativa (p>0,05) entre os peixes dos

tratamentos e o controle. Com estes resultados, foram definidas as concentrações do

óleo essencial de P. aduncum para o teste de eficácia (0, 32, 48, 56, 64 ml/kg), em 7 e

15 dias, sendo avaliados os parâmetros sanguíneos e os índices parasitários dos juvenis

de pirarucus, após os tratamentos. Foram utilizados 135 animais (52±3,2g), em uma

densidade de 9 peixes/tanque, em sistema de fluxo contínuo de água. Dos parâmetros

sanguíneos analisadas, somente os valores de hematócrito (Ht), volume cospuscular

médio (VCM) e hemoglobina corpuscular média (HCM) apresentaram diferenças

significativas (p<0,05) em 7 dias de tratamento, e, em 15 dias, os valores de proteínas

totais apresentaram diferenças significativas (p<0,05) entre os tratamentos e o controle.

Os índices parasitários mostraram prevalência de 100% de nematóides em todas as

concentrações e períodos testados. Em 7 e 15 dias, a intensidade média, a abundância

média e a intensidade de parasitos apresentaram diminuição de acordo com a

concentração do óleo, e, em 15 dias, estes índices foram significativamente menores

(p<0,05) entre os tratamentos e o controle, sendo 64 ml/kg a concentração de óleo que

apresentou maior redução da carga parasitária. Nos testes de eficácia, em 7 e 15 dias de

tratamento, não foram observadas mortalidades de peixes. Em 7 dias não houve

diferença significativa (p>0.05) entre os tratamentos (32, 48, 56, 64 ml/kg) e o controle,

sendo observada uma baixa eficácia da P. aduncum contra os nematóides. Entretanto,

em 15 dias, embora sem diferenças entre os tratamentos com óleo, estes foram

significativamente diferentes (p<0,05) em relação ao controle, no qual 64 ml/kg

promoveu 76,21% de eficácia. Assim, os resultados indicam que o óleo essencial de P.

aduncum apresenta potencial anti-helmíntico, de acordo com a concentração e o tempo

de exposição, contra nematóides de pirarucu, sem prejuízo à homeostase dos peixes.

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ABSTRACT

This study evaluated the efficacy of Piper aduncum essential oil in control of nematodes

parasitising juvenile pirarucus. For this, palatability and efficacy tests were performed

with plant given on the commercial ration with 45 % crude protein. In the palatability

test was evaluated palatable capacity of the oil concentrations: 0, 32, 48, 64 and 80

ml/kg for 7 and 15 days of feeding, which was administered in the morning, and in the

afternoon feed without drug. 60 fish (25.4 ± 3.5 g) were used at a stocking density of 4

fish/cone, with a continuous flow of water. There was no significant difference (p >

0.05) between treatments with 32, 48 and 64 ml/kg and the control (no drug) at 7 and 15

days. However, at 80 ml/kg, had the lowest rate of feed intake, 65% and 61% at 7 and

15 days respectively, and a significant difference (p < 0.05) compared to control.

Mortality was higher in the control fish ( 16.7% ) , followed by 32 and 80 ml/kg with

8.3% and 25% at 7 and 15 days respectively. To diet without medication, administered

in the afternoon, there was no significant difference (p > 0.05) between treatments and

control. With these results, the concentrations of P. aduncum essential oil to efficacy

test were defined (0, 32, 48, 56, 64 ml/kg), 7 and 15 days, being evaluated blood

parameters and parasitic indices of juvenile pirarucus after treatments. 135 animals (52

± 3.2 g) were used at a density of 9 fish/tank for continuous water flow system. In blood

parameters analyzed, only the values of hematocrit ( Ht ) , mean cospuscular volume

(MCV ) and mean corpuscular hemoglobin (MCH ) showed significant differences (p <

0.05) after 7 days of treatment, and in 15 days, values of total proteins showed

significant differences ( p < 0.05 ) between treatments and control.The parasite indexes

showed 100 % prevalence of nematodes in all concentrations and times tested. In 7 and

15 days, the mean intensity, mean abundance and intensity of parasites showed

decreased according to the concentration of oil, and, in 15 days, these ratios were

significantly lower (p < 0.05) between control and treatment, 64 ml/kg averaged

concentration of oil, which exhibited a greater reduction in parasite load. In efficacy

trials, at 7 and 15 days of treatment were not observed fish mortalities. In 7 days, no

significant difference (p > 0.05), between treatments (32, 48, 56, 64 ml/kg) and the

control and low efficacy of P. aduncum against nematodes was observed. However, at

15 days, although no differences among treatments with oil, these were significantly

different (p < 0.05) compared to the control, where 64 ml/kg promoted 76.21%

efficiency. Thus, the results indicate that the P. aduncum essential oil has potential

anthelmintic, according to the concentration and exposure time, against pirarucu

nematodes, without prejudice to the homeostasis of the fish.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Folhas de Piper aduncum. (Queiroz, 2012) .....................................................8

Figura 2. Variação da taxa de ingestão da ração medicada (%) com diferentes

concentrações de óleo de Piper aduncum para Arapaima gigas, durante 15 dias de teste

de palatabilidade..............................................................................................................24

Figura 3: Taxa de mortalidade, em porcentagem, de Arapaima gigas tratados com

ração medicada em diferentes concentrações de óleo de Piper aduncum, durante os 7 e

15 dias de teste de palatabilidade....................................................................................25

Figura 4. Visão geral da superfície externa do intestino de pirarucu com grande número

de larvas de nematóides...................................................................................................30

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Composição química do óleo essencial de Piper aduncum..............................9

Tabela 2. Estudos sobre a Piper aduncum......................................................................10

Tabela 3. Variáveis físicas e químicas da água das unidades experimentais com

Arapaima gigas, antes dos experimentos (aclimatação) e após alimentação com e sem

ração medicada com: 0 (controle); 32; 48; 56 e 80 ml/kg do óleo essencial de Piper

aduncum, por 7 e 15 dias, no teste de palatabilidade. Condutividade Elétrica (CE); gás

carbônico (CO2); alcalinidade (AL); dureza (D) e amônia total (AT). Média ± desvio

padrão..............................................................................................................................21

Tabela 4: Variáveis físicas e químicas da água das unidades experimentais com

Arapaima gigas alimentados com e sem ração medicada contendo: 0 (controle); 32; 48;

56 e 64 ml/kg d óleo de P. aduncum por 7 e 15 dias no teste de eficácia. Condutividade

Elétrica (CE); gás carbônico (CO2); alcalinidade (mg/L CaCo3); dureza (mg/L CaCo3) e

amônia total (AT). Média ± desvio padrão......................................................................22

Tabela 5: Taxa de ingestão da ração nas unidades experimentais com Arapaima gigas

alimentado com ração medicada com diferentes concentrações de óleo essencial de

Piper aduncum (32; 48; 64 e 80 ml/kg) e o controle (sem medicamento), em 7 e 15 dias.

Porcentagem da ingestão de ração medicada, ofertada de manhã - 9:00 h (manhã) e sem

medicamento, ofertada de tarde – 16:00 h (tarde). Média ± desvio

padrão..............................................................................................................................24

Tabela 6: Parâmetros sanguíneos de peixes nativos de cultivo expostos a diferentes produtos.

[Hb] = Concentração de hemoglobina (g/dl); Ht =hematócrito (%); VCM= Volume corpuscular

médio (fL); HCM= Hemoglobina corpuscular média (pg); CHCM =Concentração de

hemoglobina corpuscular média (g/dL); GL = Glicose plasmática (mg/dl); PT =Proteínas

plasmáticas totais (g/dL); COL = Colesterol plasmático total (mg/L); Eficácia (%).................27

Tabela 7. Parâmetros sanguíneos de Arapaima gigas, alimentados por 7 e 15 dias com

ração medicada contendo diferentes concentrações do óleo de Piper aduncum.

Hematócrito (Ht), Número de eritrócitos (RBC), Hemoglobina (Hb), Volume

corpuscular média (VCM), Hemoglobina corpuscular média (HCM), Concentração de

hemoglobina corpuscular (CHCM), glicose (Gl), proteína total (PT) e colesterol (Col).

Média ± desvio padrão, N=9...........................................................................................28

Tabela 8. Prevalência (P%), Intensidade média (IM) ± desvio padrão, Abundância

média (AM) ± desvio padrão e Intensidade (I) de parasitos em Arapaima gigas do grupo

controle e após 7 e 15 dias de tratamento com diferentes concentrações do óleo

essencial de P. aduncum..................................................................................................31

Tabela 9. Eficácia (%) do tratamento com óleo de P. aduncum administrado na nação e

o controle (sem o óleo) de nematóides de Arapaima gigas.............................................34

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................1

1.1. Sanidade na Aquicultura........................................................................................1

1.2. O pirarucu, Arapaima gigas...................................................................................2

1.3. Parasitismo por nematóides....................................................................................4

1.4. Uso da fitoterapia na aquicultura...........................................................................5

1.5. Piper aduncum, no controle de parasitos...............................................................8

1.6. Avaliação dos efeitos tóxicos de fármacos e seus indicadores.............................12

1.7. Administrando o fármaco.....................................................................................13

2. OBJETIVO...................................................................................................................14

2.1. Geral.....................................................................................................................14

2.2. Específicos............................................................................................................14

3. MATERIAL E MÉTODOS.........................................................................................15

3.1. Obtenção, condicionamento alimentar e aclimatação dos peixes........................15

3.2. Coleta e extração do óleo de P. aduncum.............................................................15

3.3. Preparo e adiminstração da ração medicada.........................................................16

3.4.Teste de palatabilidade...........................................................................................17

3.5. Teste de eficácia....................................................................................................17

3.6. Coleta de sangue e determinação dos parâmetros sanguíneos..............................18

3.7. Análises parasitológicas e de eficácia do tratamento............................................18

3.8. Monitoramento da qualidade da água...................................................................19

3.9. Análises estatísticas..............................................................................................19

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................19

4.1. Qualidade de água.................................................................................................19

4.2. Palatabilidade das rações medicadas....................................................................22

4.3. Efeitos do óleo P. aduncum na fisiologia de pirarucus.........................................25

4.4. Eficácia do óleo essencial de P. aduncum............................................................30

5. CONCLUSÃO..............................................................................................................36

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................37

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1. INTRODUÇÃO

1.1. Sanidade na Aquicultura Brasileira

Nos últimos anos, a aquicultura brasileira vem se destacando no cenário

internacional, ocupando o 12º lugar na produção mundial (FAO, 2013). Apesar disso, o

Brasil ainda não está preparado para enfrentar os problemas sanitários que, cada vez

mais, são frequentes nas pisciculturas de todas as regiões do país. Com raras exceções,

não existem laboratórios certificados para realizar um diagnóstico rápido e

recomendações para o controle das enfermidades, principalmente nas regiões mais

distantes do país (Campos, 2011).

Há mais de 20 anos já eram descritas infestações por nematóides em criações de

Pseudoplatystoma carruscans (Spix &. Agassiz, 1829) e hiperparasitose por cestoides

em pimelodídeos de diferentes regiões do Brasil (Rego et al. 1989). Um surto

epizoótico que abalou criadores de camarão no sul e sudeste do Brasil, em 2004, e no

nordeste, em 2005, foi o Vírus da Síndrome da Mancha Branca (WSSV, white spot

syndrome virus), colocando em alerta o setor produtivo da carcinicultura nacional

(Buchelli, 2005; Filho, 2005; Gesteira, 2006). Esse vírus, que ataca o sistema imune,

dizimou as criações de camarões, gerando prejuízos econômicos, sociais e ambientais

(Seiffert e Costa, 2005; Costa, 2008). Após seis anos do aparecimento desta doença no

estado de Santa Catarina, verificou-se a diminuição do número de fazendas produtoras

de camarão, em consequência de falhas na aplicação de medidas sanitárias e, ainda hoje,

a doença da mancha branca continua impactando a carcinicultura nesse estado (Costa,

2012).

Infecções por Aeromonas hydrophila (Schubert, 1974) são comuns em fazendas

de peixes nativos, assim como infestações causadas pelo parasito Ichthyophthirius

multifiliis (Fouquet, 1876) em fazendas especializadas em recria e engorda de tambaqui

(Colossoma macropomum Cuvier, 1818). Em 2009, foi identificado, em cultivos de

Pseudoplatystoma fasciatum (Linnaeus, 1766) x Rhamdia sebae (Cuvier, 1829), o

primeiro surto causado pela bactéria Streptococcus agalactiae (Lehmann & Neumann

1896) (Figueiredo et al. 2010). Em exemplares de pirarucu, Arapaima gigas (Schinz,

1822), obtidos no estado do Mato Grosso, foram identificados Trichodina sp. e

monogenóides em raspados da pele (Araújo et al. 2006); nematóides na vesícula gasosa

e no estômago, e acantocéfalos no intestino (Santos et al. 2008).

Na região Norte, tem sido cada vez mais comum à presença de diferentes

espécies de parasitas em peixes de cultivo. Durante a necropsia de juvenis de pirarucu,

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criados no município de Manacapuru, AM, foram identificados nematóides intestinais,

Camallanus tridentatus (Drasche, 1884) (Araujo et al. 2009). Alta infestação por

Acanthocephala Neoechinorhynchus buttnerae Golvan, 1956 causou a morte de 100%

dos tambaquis criados numa represa no município de Rio Preto da Eva, AM,

provavelmente em consequência da falta de avaliação prévia das condições sanitárias

dos peixes e da quarentena, além de problemas nas barragens (Malta et al. 2001). Em

juvenis de tambaqui, criados em sistema de tanques redes no lago Paru, em

Manacapuru, AM, foram identificadas quatro espécies de monogenóideos, do maior

para menor índice parasitológico, Anacanthorus spathulatus Kritsky, Thatcher &

Kayton, 1979, encontrada na pele e brânquias, Notozothecium janauachensis Belmont-

Jégu, Domingues & Martins 2004, nas fossas nasais e brânquias; Mymarothecium

boegeri Cohen & Kohn 2005, em filamentos branquiais, e Linguadactyloides

brinkmanni Thatcher & Kritsky, 1983 nas brânquias dos peixes (Morais et al. 2009).

Problemas sanitários relacionados à criação de pirarucu, principalmente nos

primeiros estágios de vida, ocasionando grandes perdas de alevinos, têm sido também,

um dos grandes desafios da pesquisa que visa o desenvolvimento de novas tecnologias

para a criação desta espécie em cativeiro (Ono, 2011). Andrade et al. (2009)

encontraram 100% de prevalência de Dawestrema cycloancistrium Price & Nowlin,

1967 nos raspados de pele e brânquias. Araújo et al. (2009a) observaram a presença de

Dawestrema cycloancistrioides Kritsky, Boeger & Thatcher, 1985, D. cycloancistrium,

Trichodina sp., Ichthyobodo sp. (Protozoa), Camallanus tridentatus, Terranova serrata

(Drasche, 1884), Goezia spinulosa (Diesing, 1939) (Nematoda), sendo as três primeiras

com maior intensidade parasitária e 96% de prevalência.

Andrade-Porto et al. (2011) registraram pela primeira vez larvas do nematoda

Hysterothylacium sp. em juvenis de pirarucu de cultivo, esse parasita pertence a familia

Anisakidae e possui potencial zoonótico. Os nematodas apresentaram uma prevalencia

de 98% e encontravam-se fixados e livres no lúmen intestinal e cecos pilórios.

1.2. O piracucu, Arapaima gigas

O pirarucu (Osteoglossiforme, Arapaimidae), é uma espécie endêmica da região

amazônica, com distribuição, no Brasil, nas bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins,

Equador, Peru, Bolívia, Venezuela, Colômbia e Guianas. É considerado o maior peixe

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de escamas de água doce do mundo, podendo medir até 3 m de comprimento e pesar

200 kg (Santos et al. 2008).

Uma característica evolutiva interessante desta espécie é sua respiração aérea

obrigatória, por meio da bexiga natatória altamente vascularizada como órgão acessório.

Possui comportamento gregário e não realiza migrações reprodutivas, sendo uma

espécie considerada monogâmica, que constrói ninhos e protege a prole. (Bard e Imbira,

1986; Santos et al. 2008; Monteiro et al. 2010). Possui hábito carnívoro, porém, sua

preferência alimentar muda de acordo com seus estágios de desenvolvimento,

alimentando-se de crustáceos e moluscos na fase inicial e, a partir do primeiro ano de

vida, os peixes passam a fazer parte da sua dieta, sendo este o item mais importante da

sua alimentação (Oliveira et al. 2005).

Devido ao grande potencial para criação em cativeiro, tais como: rápido

crescimento, tolerância ao adensamento, carne branca de alta qualidade e sem espinhas

intramusculares, rendimento de filé superior a 45% e alto valor no mercado, o pirarucu

tem sido a espécie cujos investimentos têm se intensificado nos últimos anos. Exemplos

como o Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia I e II (SEBRAE), o plano Safra,

entre vários outros financiados com recursos do Ministério da Pesca e Aquicultura,

Embrapa e FAPs.

Algumas barreiras ainda impedem a expansão na criação do pirarucu, que teve

uma produção de 1.137,1 t no ano de 2011 (MPA, 2013). Entre elas, a limitada oferta de

alevinos, que ainda são provenientes de desovas naturais, cuja falta de conhecimento

sobre o manejo da prole resulta na baixa sobrevivência (10 a 20%) (Ono, 2011).

Segundo Castillo (2012), outro desafio para aumentar produtividade dessa espécie está

relacionado à nutrição, pois ainda são poucas as informações sobre suas exigências

nutricionais, o que encarece a criação, já que a alimentação representa 50 a 80% dos

custos da produção.

O manejo alimentar do pirarucu, na fase inicial do seu desenvolvimento, é

fundamental para sua sobrevivência, além de ser responsável pelo alto índice da fauna

parasitária observada. Nessa fase, os peixes são alimentados com plânctons, hospedeiros

intermediários de alguns parasitos, que podem causar elevadas taxas de mortalidade dos

animais, causadas, principalmente, por monogenóideos, tricodinas, acantocéfalos, e

nematóides (Olmos, 2003; Gomes et al. 2007), sendo este último objeto do presente

estudo. Segundo Olmos (2003) e Gomes et al. (2007), o hábito alimentar é decisivo para

a composição da fauna parasitária, principalmente para os endoparasitos.

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1.3. Parasitismo por nematóides

Os nematóides são metazoários, triploblásticos, pseudocelomados com sistema

digestivo com boca e ânus. São dióicos, e, em alguns, há nítido dimorfismo sexual; não

possuem sangue, sistema circulatório nem sistema respiratório (Hickman et al. 2004).

A fertilização dos nematóides é interna e, assim como os artrópodes, realizam

mudas periodicamente. Há quatro estágios larvais, antes da fase adulta, no caso de

nematóides de peixes a primeira fase larval pode ser temporariamente livre na água.

Microcrustáceos (geralmente um copépoda) são necessários como hospedeiro

intermediário, pois os copépodas ingerem o primeiro estágio larval, natante, que se

desenvolve para a terceira ou quarta etapa no crustáceo. Os peixes se infectam quando

ingerem estes copepodes contendo o terceiro ou quarto estágio larval. Algumas espécies

de nematóides, como o Terranova serrata parasito de pirarucu, requerem dois

hospedeiros intermediários para completar o ciclo. O primeiro deles é um

microcrustáceo e o segundo um pequeno peixe. Em tais casos, as larvas não

amadurecem no primeiro peixe, mas podem penetrar seus tecidos, onde eles esperam

para se desenvolver no peixe que predar seu hospedeiro (Thatcher, 2006). Peixe da

Amazônia, geralmente, têm numerosas larvas de nematóides encistadas em seus tecidos

(especialmente no mesentério) (Pananelli et al. 2013). Algumas delas representam

espécies de Contracaecum, Multicaecum, Terranova, Dujardinascaris e Eustrongylides

que também podem utilizar aves e crocodilianos como hospedeiro intermediário

(Thatcher, 2006).

As primeiras descrições de nematóides parasitando peixes de água doce no

Brasil datam de 1839 e incluíam G. spinulosa e Gnathostoma gracile (Diesing, 1838)

coletados em pirarucu. Na literatura são descritas as seguintes espécies de nematóides

de pirarucu: G. spinulosa (Diesing, 1939); Philometra senticosa (Baylis, 1927);

Terranova serrata (Drasche, 1884); Camallanus tridentatus (Drasche, 1884);

Gnathostoma gracile (Diesing, 1838); Rumai rumai Travassos, 1960;

Capillostrongyloides arapaimae Santos, Moravec, Venturieri, 2008; Hysterothylacium

sp. Ward & Magath, 1917 (Santos, Moravec, Venturieri, 2008); Eutrongyides sp.

Jãgerskiold, 1909 (Luque et al. 2011).

A importância dos nematóides como patógenos de peixes tem aumentado com o

crescimento da piscicultura, podendo causar perdas econômicas significativas. Eles

podem afetar a fisiologia e o comportamento dos peixes, retardar o crescimento e a

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maturação sexual e também tornar os animais mais susceptíveis a poluentes, já que

alteram seu sistema imunológico (Pavanelli et al. 2013).

Espécies como Camallanus sp. podem causar obstrução intestinal em animais de

pequeno porte e afetar sua taxa de crescimento, ocasionando reação inflamatória local e

anemia pela perda de sangue. Os nematóides com espinhos cuticulares invadem a

mucosa intestinal, e alguns colocam toda ou a maior parte do corpo dentro da parede do

intestino do hospedeiro, causando graves inflamações, como G. spinulosa, um

ascarioide (Thatcher, 2006).

Segundo Freitas e Lent (1946), a mortalidade de larvas e juvenis de Astronottus

ocellatus Agassiz, 1831 e A. gigas infectados por G. spinulosa, numa estação de

piscicultura no estado do Ceará, foi a responsável pelo fracasso da criação. Além disso,

as perdas econômicas também foram causadas pela presença de larvas de nematóides

que podem ser vistas a olho nu, tornando a produção não comercializável. Essa mesma

espécie foi observada parasitando pirarucus adultos que, embora não tenham sido

verificados sinais clínicos do parasitismo, apresentaram várias lesões ulcerativas no

estômago, com a presença de grande número de nematóides adultos (Pavanelli et al.

2013).

Vários produtos para o controle de parasitas de peixes em sistemas de cultivo

têm sido citados na literatura, tais como formalina, cloreto de sódio, verde malaquita,

eritromicina, flumequina, oxitetraciclina, florfenicol, cloranfenicol, ácido acético, iodo,

permanganato de potássio, sulfato de cobre, praziquantel, paration, levamisol,

febendazole, sulfato de cobre, entre outros (Parra et al. 1997; Affonso et al. 2002;

Tavares-Dias et al. 2002; Araújo et al. 2004; Andrade et al. 2005; Gieseker et al. 2006;

Sanches et al. 2007; Silva, 2007; Cruz et al. 2008; Pavanelli et al. 2008; Maciel, 2009;

Carraschi et al. 2011; Chagas et al. 2012). Entretanto, a maioria desses produtos pode

ser tóxico para o animal ou para o ser humano, bem como causar sérios riscos ao

ambiente. Assim, produtos a partir de plantas medicinais têm sido uma alternativa

prática, econômica e eficaz que, cada vez mais, vêm ganhando destaque na aquicultura

mundial.

1.4. Uso da fitoterapia na aquicultura

No final da década de 70, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou o

“Programa de Medicina Tradicional” para promover a saúde mundial, incentivando a

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cultura popular e os conhecimentos sobre plantas medicinais. Em 2006, no Brasil, foi

criado o “Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápico”, promovendo o uso

sustentável da biodiversidade para o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria

nacional (MMA, 2006), já que a ocorrência de fármacos residuais no meio ambiente

pode apresentar efeitos adversos em organismos aquáticos e terrestres.

Diversos produtos fitoterápicos vêm sendo testados para o controle e prevenção

de doenças na aquicultura. Segundo a ANVISA (2014), são considerados medicamentos

fitoterápicos aqueles obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas

vegetais. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que inclui, na sua

composição, substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem as associações

dessas com extratos vegetais.

Sendo o Brasil detentor da maior floresta tropical do mundo, com a maior

biodiversidade de plantas do planeta, aproveitar esse potencial para produzir

fitoterápicos, capazes de controlar as doenças, tem sido estimulado nos diferentes

setores da produção animal. Vale et al. (2006) utilizaram o extrato bruto de Jatropha

gossypiifolia Linnaeus, 1753, na cicatrização de hemorragias gástricas em ratos.

Segundo Acergo (2005), para tratamento de doenças do gado leiteiro, vem sendo usada

Araucaria augustifolia Kuntze, 1898, no controle do carrapato e do berne; como

bactericidas na desinfecção da sala de ordenha Baccharis trimera e Casearia sylvestris;

como cicatrizantes e anti-inflamatórias Plantago major, Symphytunn officinale, Arctium

lappa, Leonorus Sibiricus e Calendula officinaIis. Henrique et al. (2010) testaram

Matricaria camomila na ração para codornas, e verificaram que, durante a fase de

postura, não houve diferença nos parâmetros de desempenho, comportamento e

fisiologia dos animais. A bananeira (Musa spp. Linnaeus, 1753) usada para caprinos,

bovinos, camundongos como anti-helmíntico (Escosteguy, 2000; Braga et al. 2001;

Amorim, 1987) e para cães como remédio para sarna (Lans e Browm, 1998).

Diversos estudos na literatura têm demonstrado a eficácia dos fitoterápicos no

controle das enfermidades em peixes. O extrato aquoso da amendoeira, Terminalia

catappa Linnaeus, 1753, na concentração de 200 ppm, reduziu a infecção por fungos

nos ovos de tilápias do nilo (Oreochromis niloticus Linnaeus, 1758) e, em 800 ppm,

eliminou Trichodina sp. em juvenis desta espécie, após dois dias de tratamento

(Chitmanat et al. 2005). O alho (Allium sativum Linnaeus,1756) é outra planta que vem

sendo utilizada no tratamento de peixes contra bactérias, fungos, protozoários e vírus,

além de ser de fácil obtenção. Essas propriedades do alho se devem a alicina, que

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também é responsável pelo odor característico da planta, sendo usada,

preferencialmente, crua, pois altas temperaturas desnaturam esta substância (Tavechio

et al. 2009).

O aumento da resistência à infecção bacteriana por Pseudomonas fluorenscens

(Migula, 1895), em 91,3%, foi verificado quando adicionado 3% de alho/kg de ração,

durante três meses em tilápias do nilo (Diab et al. 2008). Martins et al. (2002)

verificaram a redução de 95% da infecção por monogenóides (Anacanthorus

penilabiatus Boeger, Husak & Martins, 1995) em pacu (Piaractus mesopotamicus

Holmberg, 1887), usando 2,0 g/kg de alho na ração, por 45 dias.

O efeito do extrato metanólico de sementes de Piper guineense Schumach,1827,

sobre parasitas monogenóides de Carassius auratus Linnaeus, 1758, foi testado por

Ekanem et al. (2004). Cruz, (2005), utilizando extrato aquoso de nim (Azadirachta

indica), obteve o controle de 89% de Anacanthorus penilabiatus em pacu. Segundo

Tavechio et al. (2009), outras plantas que vêm sendo utilizadas, experimentalmente,

como fitoterápicas na piscicultura são: goiaba (Psidium guajava Linnaeus, 1758), visco-

branco (Viscum álbum) e urtiga (Urtica dioica Linnaeus, 1758). Liu et al. (2010)

descreveram o uso do extrato de sementes da Semen pharbitidis contra Dactylogyrus

intermedius Weger, 1910, em C. auratus e Wu et al. (2010) testaram o potencial anti-

helmíntico de Radix Bupleuri chinensis contra Dactylogyrus intermedius em C. auratus.

O goji (Lycium sp.) é utilizado como imunoestimulante e confere resistência à

Edwardsiella tarda Ewing, 1965 em tilápias do nilo. O ginseng (Eleutherococcus

senticosus) também aumenta a resistência à E. tarda e Vibrio anguillarum Pacini, 1854

em linguados. O alecrim (Rosmarinus officinalis), no tratamento de tilápias, serve como

imunoestimulante e bacteriostático. O capim bermuda (Cynodon dactylon Linnaeus,

1753) tem atividade viricida usado no tratamento do vírus da mancha branca, em

camarões (Penaeus monodon Fabricius, 1798) (Figueiredo et al. 2011).

Considerando o potencial das espécies medicinais brasileiras, os estudos

fitoterápicos ainda são incipientes e, portanto, são um campo vasto para pesquisas sobre

o uso destes no controle de doenças nas pisciculturas de todo o país. Com este objetivo,

grupos de pesquisas do INPA e da Universidade Nilton Lins vêm desenvolvendo

estudos relacionados à fitoterapia em peixes. Dentre eles, o uso de cipó-alho

(Adenocalymna alliacea) na ração e o extrato aquoso de mastruz (Chenopodium

Ambrosioides Linnaeus, 1753) para o controle de monogenóides de tambaqui (Viana,

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2012; Monteiro, 2012), o extrato de Piper aduncum no controle de monogenóides de

pirarucu (Queiroz, 2012) e de A. hydrophila em tambaqui (Brasil, 2013)

1.5. Piper aduncum no controle de parasitos

Piper aduncum, que pertence à família Piperaceae, é originária do Peru, com

ampla distribuição nos trópicos americanos, se estendendo por toda América do Sul, sul

do México, Caribe e Polinésia. É popularmente conhecida como pimenta-de-macaco,

matico, erva de soldado, pimenta-longa, pimenta-de-fruto-ganchoso, aperta-ruão, tapa-

buraco, e jaguarandi (Yuhncker, 1975; Maia et al. 2001).

Esta piperácea é um arbusto, considerada “erva daninha” por ocupar,

rapidamente, áreas desflorestadas, medindo entre 1 e 8 metros (Figura 1). Possui caule

delgado e ereto, de coloração amarelada com protuberâncias e nós no caule, de onde

saem os galhos. As folhas são pecioladas, simples e alternadas, medindo de 12 a 22 cm,

apresentando uma textura áspera com nervuras. A inflorescência é uma espiga floral que

nasce de forma oposta às folhas e medem de 6 a 16 cm de comprimento (Ribeiro e

Bendo, 1999).

Figura 1. Folhas de Piper aduncum. (Queiroz, 2012)

Diversos trabalhos já foram realizados para avaliar o rendimento do óleo essencial

da P. aduncum que, de acordo com os resultados obtidos, podem variar de 0,25 a 4%

(Maia et al. 2000; Martínez et al. 2003; Rali et al. 2007; Gaia et al. 2010; Brazão, 2012;

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Potzernheim et al. 2012; Silva et al. 2013). Estas variações nas extrações de óleo da P.

aduncum indicam que este depende do local de coleta, da idade da planta e do período

de colheita (Pimentel et al. 1998; Silva e Oliveira 2000; Bergo et al. 2005).

Vários metabólitos secundários já foram identificados na sua composição (Tabela

1), porém, o óleo essencial fenilpropanóide dilapiol é o composto majoritário da planta,

podendo variar de 58 a 88,4%, (Smith e Kassim, 1979; Gottied et al. 1981; Fazolin et

al. 2005). As concentrações dos metabólitos secundários das plantas sofrem variações

qualitativas e quantitativas decorrentes de fatores bióticos e abióticos, tais como,

temperatura, sazonalidade, ciclo circadiano, disponibilidade de água, qualidade do solo,

poluição atmosférica, lesões, ataques por insetos, entre outros (Gobbo-Neto e Lopes,

2007). Em geral, boa parte das propriedades farmacêuticas descritas para plantas

medicinais são creditadas aos óleos essenciais, os quais podem ser extraídos de

diferentes formas, tais como hidrodestilação, destilação a vapor, CO2 supercrítico, ou

com a utilização de solventes orgânicos ou gorduras. Além da sua importância como

medicamento, os óleos essenciais são amplamente difundidos na fabricação de

cosméticos e perfumes.

Tabela 1. Composição química do óleo essencial de Piper aduncum.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA REFERÊNCIA

Dilapiol, monoterpenos e sesquiterpenos Gottlieb et al. 1981

Dilapiol, ácido p-hidroxibenzóico prenilado,

miristicina e sesquiterpenos

Orjala et al. 1993a

Dihochalconas Orjala et al. 1993a

Monoterpenos, sesquiterpenos, cromenos, ácido

benzoico, flavonoides e diidrochaclona

Burke e Nair, 1986; Orjala et

al. 1993a;

Ácido 2.2 – dimetil-2H-leromeno-6-carboxílico e 3-

(3’.7’-dimetil-2’.6’-octadienil)-4-metoxibenzóico

Baldoqui et al. 1999

2’.6’- Dihidroxi-4’-metoxichalcona Torres-Santos et al.1999a

Dilapiol Maia et al. 2001; Pino et al.

2004

Derivado de ácido benzoico Lago et al.2004

Dilapiol e o derivado do ácido benzoico prenilado

metil 4-hidroxi-3-(3’-metil-2’-butenil) benzoato

Oliveira et al. 2005

Dilapiol, safrol e sarisan Estrela et al.2006

Na literatura são descritos inúmeros estudos sobre a ação dos diferentes

compostos de P. aduncum realizados no Brasil e em outros lugares do mundo (Tabela

2). O óleo essencial tem grande eficácia no controle de pragas e microrganismo, sendo

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importante para a agricultura, devido suas características inseticidas, fungicidas,

bactericida, acaricida, moluscicida e parasiticida (Fazolin 2005; Estrela 2006; Rapado

2007; Silva 2008). Em humanos, esse óleo tem sido utilizado no tratamento de úlceras

crônicas, diurético, antiblenorrágico, carminativo, excitante digestivo, males do fígado,

combate a erisipela, controle da atividade antibacteriana de Streptococcus mutans e

Streptococcus sanguis causadoras de cáries dentárias e de formas epimastigotas de

Trypanosoma cruzy (Lorenzi e Matos 2002; Passerini 2008; Souza et al. 2008;

Magalhães 2010).

Na medicina veterinária, Silva (2008) verificou que o extrato hexânico de folhas

de P. aduncum induziu mais de 50% de mortalidade de larvas de Rhipicephalus

microplius em 10, 15 e 20 mg/ml do extrato por 24 h, com 75% de eficácia na maior

concentração. Segundo Queiroz (2012), 80 ml/L do extrato aquoso de P. aduncum foi

80% eficaz no tratamento de monogenóideos de A. gigas, durante banhos longos (24 h),

sem comprometer sua homeostase fisiológica. Brasil (2013) verificou que o extrato

hidroalcoólico dessa planta, a partir de 5 µg/mL, é bacteriostático para A. hydrophila, e

as concentrações abaixo de 80 µg/mL apresentam baixa toxicidade e não

comprometeram o equilíbrio homeostático do tambaqui.

Tabela 2. Estudos sobre a Piper aduncum.

ÁREA DE

ESTUDO

COMPOSTO LOCAL REFERÊNCIA

Adstringente,

Hemostática e

Antimicrobiana

Óleo essencial ND Costa, 1935

Antimicrobiana,

moluscicida

Preniladas derivadas de ácido

benzoico

Papua Nova Guiné Orjala et al.

1993a

Antimicrobiana,

citotóxica e

fitoquímico

Aduncamida Papua Nova Guiné Orjala et al.

1993b

Antimicrobiana e

citotóxica

Cromonas preniladas Papua Nova Guiné Orjala et al.

1993c

Antimicrobiana,

citotóxica e

fitoquímico

Extrato de éter de petróleo Papua Nova Guiné Orjala et al.

1993d

Antimicrobiana e

citotóxica

Dihydrochalcones Papua Nova Guiné Orjala et al. 1994

Inseticida

Extrato etanólico e dilapiol Costa Rica Bernard et al.

1995

Antimicrobiana Extrato alcoólico Guatemala Caceres et al.

1995

Antimicrobiana Extrato Honduras Lentz et al. 1998

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Antiprotozoária 2',6'-dihydroxy-4'-

Methoxychalcone

RJ – Brasil Torres-Santos et

al. 1999a

Antiprotozoária 2',6'-dihydroxy-4'-

Methoxychalcone

RJ – Brasil Torres-Santos et

al. 1999b

Antiviral e

Citotóxica

Extrato metanólico Indonésia Devehat et al.

2002

Antimicrobiana e

fitoquímico

Óleo essencial Indonésia Jamal e Praptiwi,

2003

Fitoquímico Óleo essencial Cuba Pino et al. 2004

Antimicrobiana e

fitoquímico

Flavonóides SP – Brasil Lago et al. 2004

Inseticida

Extrato metanólico Malasia Hidayatulfathi et

al.2004

Fitoquímico Óleo essencial Panamá e Bolívia Vila et al. 2005

Antimicrobiano,

análise circadiana

Cromonas preniladas SP – Brasil Morandim et al.

2005

Fitoquímico Óleo essencial MG – Brasil Mesquita et al.

2005

Antimicrobiana Extrato etanólico Perú Kloucek et

al.2005

Antimicrobiana Extrato metanólico MG – Brasil Braga et al. 2007

Antimicrobiana Óleo essencial SP – Brasil Duarte et al. 2007

Inseticida Óleo essencial AC – Brasil Fazolin et al.

2007

Moluscicida Extrato AM – Brasil Rapado, 2007

Alelopatia Extrato aquoso DF – Brasil Lustosa et al.

2007

Antiprotozoária Óleo essencial Cuba Sariego et

al.2008

Inseticida Óleo essencial Malásia Misni et al. 2009

Acaricida Extratos hexânico, etanólico,

etil acetato e óleo essencial

AM – Brasil Silva et al.2009

Antiprotozoária:

Antimalarial

Extrato etanólico Perú Valadeau et

al.2009

Antiparasitária Ácido benzoico Bolívia Flores et al, 2009

Antimicrobiana Extrato hexânico SP – Brasil Lago et al.2009

Inseticida Óleo essencial CE – Brasil Costa et al.2010

Acaricida e

fitoquímico

Óleo essencial RS – Brasil Ferraz et al.2010

Antiparasitário Extrato aquoso AM – Brasil Queiroz, 2012

Antimicrobiano Extrato hidroalcoólico AM- Brasil Brasil, 2013

Inseticida Óleo essencial ND Araujo et al.2012

Farmacobotânica Planta Cuba Orlando et

al.2012

Farmacologia Extrato hidroalcoólico Peru Zaa et al.2012

Antiparasitário Hidrolato AM – Brasil Corral, 2013

Farmacologia Extrato etanólico Perú Arroyo et al.2013

ND – não descrito

Em geral, o uso de medicamentos fitoterápicos no controle de doenças exige

precaução, pois, devido à presença de vários compostos na planta, o efeito de mais de

um princípio ativo, agindo sinergicamente, potencializa suas ações terapêuticas ou

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reações adversas. Portanto, os fitoterápicos devem ser avaliados, não somente sob o

ponto de vista de sua eficácia no tratamento de uma doença, mas sob os seus efeitos

adversos que podem causar sérios danos no organismo ou até a sua morte. No trabalho

de Queiroz (2012), a morte por asfixia, de exemplares de pirarucu, foi observada na

maior concentração do extrato de P. aduncum (100 ml/L), o que foi justificada pela

presença de alcalóides, cujo efeito anestésico, provavelmente, impediu os peixes de

subirem à superfície para respirar.

1.6. Avaliação dos efeitos tóxicos de fármacos e seus indicadores

A avaliação da toxicidade de um fármaco em organismos não-alvo, como o

peixe, é tão importante quanto a sua eficácia no controle de patógenos, o qual pode ser

estimada e monitorada por testes conduzidos em laboratório (USEPA 2002; Grisolia

2005). Em geral, durante esses testes, são avaliadas a sobrevivência ou a mortalidade

dos organismos, além das alterações comportamentais, hematológicas, histológicas,

parasitológicas ou genotóxicas (Chagas et al. 2006, Pavanelli et al. 2008; Affonso et al.

2009; Andrade et al. 2009; Maciel, 2009; Silva et al. 2009; Schalch, et al. 2009; França

et al. 2011; Tavares-Dias et al. 2011; Queiroz, 2012; Brasil, 2013).

Os parâmetros sanguíneos têm fornecido uma importante contribuição para

avaliar o bem-estar do animal durante os bioensaios laboratoriais (Schreck, 2000;

Urbinati e Carneiro, 2004; Maciel, 2009; Figueiredo, 2011; Santos et al. 2011, Queiroz,

2012; Viana, 2012). Esses parâmetros podem indicar efeitos adversos na homeostase

fisiológica do animal como uma resposta ao estresse, contribuindo para uma melhor

interpretação dos resultados.

Em situação de estresse, o organismo pode apresentar três respostas: primária

(sistema endócrino), secundária (alteração tecidual) e terciária (efeitos duradouros)

(Wedmayer, 1996). Nas respostas primárias ocorre a liberação de hormônios de

estresse, catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) e cortisol na corrente sanguínea.

Estes vão desencadear as respostas secundárias, onde ocorrem mudanças fisiológicas,

bioquímicas e estruturais. Sob estresse crônico, as respostas terciárias comprometem o

crescimento, as taxas de fecundidade, o comportamento e a resistência imunológica,

podendo causar até a morte do animal (Wedemeyer, 1996; Barton, 2002).

O estresse por infecções parasitárias, como a doença renal causada pela bactéria

Renibacterium salmoninarum, aumentou os níveis de cortisol plasmático e de lactato e

reduziu os níveis de glicose plasmática no salmão (Schreck, 2000). Araújo et al.

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(2009a) verificaram que o parasitismo causou aumento nas concentrações de glicose,

hemoglobina, concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM), número de

leucócitos e linfócitos, e redução nos níveis plasmáticos de proteínas totais e cloreto.

Sitja-Bobadilla e Pellitero-Alvarez (2009), testando métodos de transmissão de

Sparicotyle chrysophrii Van Beneden et Hesse, 1863 em Sparus aurata Linnaeus, 1758,

observaram variações nos níveis de anemia, de acordo com o grau da infestação. Maciel

(2009) observou um aumento significativo nas concentrações de glicose de tambaquis

expostos a diferentes concentrações de praziquantel.

Estudos relacionados à toxicidade do peróxido de hidrogênio (H2O2), aplicado

na forma de banhos, demonstraram aumento significativo na concentração de glicose

plasmática de tambaqui, em todas as concentrações do fármaco, em relação aos valores

basais (antes do experimento), retornando a estes após 24 h de recuperação (Affonso et

al. 2009). O teste de toxicidade aguda do extrato de P. aduncum, na forma de banho por

24 h, para pirarucus infectados com monogenóideos, não demonstrou alteração nos

valores dos parâmetros sanguíneos, comparados ao grupo controle, indicando que as

concentrações testadas foram de baixa toxicidade (Queiroz, 2012).

1.7. Administração do fármaco

O método mais comum para administrar um fármaco em peixes é na forma de

banho. Este tem a vantagem da simplicidade e indicado para medicamentos que devem

possuir características hidrossolúveis, nos quais não é possível a utilização de óleos

essenciais. Sua aplicação é recomendada quando o número de animais a ser tratado é

pequeno e a captura é simples (ex. aquariofilia, quarentena). Entretanto, nos viveiros

onde os peixes são criados, esta forma de aplicação não é possível, pois gera muito

efluente que pode causar impacto ambiental, grande desperdício do fármaco, o que

eleva o custo da aplicação, entre outros (Treves-Brown, 2000).

Uma alternativa para administrar os fármacos em peixes é o tratamento oral, que

pode ser utilizado pela adição das bases farmacológicas à ração. A via oral causa menos

desperdício que os banhos, e, por isso, é sempre adotada nas pisciculturas A

desvantagem desse método refere-se às doenças que causam inapetência ou anorexia

nos peixes, levando a menor ingestão ou mesmo a não ingestão da ração medicada.

Além disso, a ingestão do alimento pode ser prejudicada, caso o fármaco altere o

sabor da ração, sendo esta evitada pelo animal. Assim, para assegurar a eficácia de um

novo fármaco testado, é importante avaliar sua aceitação pelo animal. Isso é possível

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por meio de testes de palatabilidade, no qual são avaliados a concentração e o período

de aceitação dos animais ao fármaco (Lima,.2004; Shalaby et al.2006; Yamamoto et al.

2011; Ishimaru et al. 2013)

Diversos fármacos vêm sendo incorporados à ração para o tratamento de

doenças em peixes. Martins et al. (2002), utilizaram 2 g/kg de Allium sativum, por 45

dias em P. mesopotamicus, e obtiveram 95% de eficácia. John et al. (2007), misturando

alho e cominho preto a 3% na ração de tilápias, por 90 dias, observaram aumento na

resistência dos peixes à infecção bacteriana por Pseudomonas spp. Diab et al. (2008),

usando 3% de alho na ração, por 3 meses, observaram o aumento da resistência da

tilápia à bactéria Pseudomonas fluorenscens em 91,3%. Willians (2009), testando anti-

parasitários para Seriola lalandi Valenciennes, 1833, obteve 82,9% de eficácia com

0,05 g/kg de febendazol, por 6 dias, e 70,8% com 0,075 g/kg, em 3 dias e, com 0,1 g/kg,

alcançou 92,3% de eficácia. Este mesmo autor, testando oxfendazol, obteve eficácia de

87,4% com 0,05 g/kg, em 6 dias, e 78,9% com 0,075 g/kg, e a eficácia de 77,2% com

concentrações de 0,1 g/kg e 0,15 g/kg, em 3 dias. Boijink et al. (2011), testando 45 g/kg

de Adenocalymna aliacea para tratamento em tambaquis, por 45 dias, observaram

eficácia de 63%. Viana (2012), testando cipó-alho no tratamento de tambaquis, obteve

eficácia de 78,2% em 50 g/kg, por 30 dias.

Desenvolver novas tecnologias, que possam evitar problemas sanitários nos

peixes cultivados, ou prevenir a presença de patógenos, tem sido um dos objetivos das

pesquisas nesta área. Assim, com este trabalho, pretende-se contribuir com os estudos

sobre a saúde dos peixes de cultivo, fortalecendo os conhecimentos sobre o uso de

fitoterápicos, como o óleo essencial de P. aduncum, na aquicultura, particularmente

para espécies nativas como o pirarucu.

2. OBJETIVOS

2.1. Geral

Avaliar o efeito do óleo essencial de Piper aduncum na ração para o tratamento de

endoparasitos nematóides de pirarucu, Arapaima gigas.

2.2. Específicos

1. Avaliar a palatabilidade das rações com óleo essencial;

2. Determinar o efeito das diferentes concentrações do óleo nas respostas

fisiológicas dos pirarucus infectados com nematoides: e

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3. Avaliar a eficácia do tratamento, via oral, para o controle dos nematóides.

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Obtenção, condicionamento alimentar e aclimata ção dos peixes.

Os juvenis de pirarucu (5,8±0,7g) foram obtidos de uma piscicultura local e

transportados para a Estação Experimental de Piscicultura da Coordenação de

Tecnologia e Inovação (COTI) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

em Manaus, AM, onde foram mantidos em tanques de 2000 L, com renovação

constante de água de poço artesiano. Foi realizada uma avaliação nos exemplares de

pirarucu adquiridos para detectar a presença de nematoides.

O condicionamento alimentar dos alevinos foi realizado durante 15 dias. Nos

sete primeiros dias, foram alimentados com 2000 ml de plâncton, misturados com ração

comercial com 45% de proteína bruta (PB), em pó, em intervalos de duas horas. Após

isso, o plâncton foi substituído por 200 ml de água e acrescentado mais ração na

alimentação. Após 15 dias, os peixes passaram a se alimentar apenas com a ração em pó

e, gradativamente, o tamanho dos grânulos foi aumentado, até a ingestão da ração com 4

mm.

Durante o período de aclimatação, os peixes foram alimentados ad libitum, duas

vezes ao dia, com ração extrusada comercial para peixes carnívoros (45% PB) de 4 mm,

até atingirem 25,4 ± 3,5 g e 14,2 ± 0,7 cm. Como prevenção contra fungos e bactérias, a

cada dois dias, eram aplicados 8 g/L de sal agropecuário na água dos tanques. Vinte e

quatro horas antes do início dos experimentos, os peixes passaram por privação

alimentar para o esvaziamento gastrointestinal e os banhos terapêuticos foram

interrompidos.

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Uso Animal

(CEUA) do INPA, protocolo 023/2013.

3.2. Coleta e extração do óleo essencial de P. aduncum

As folhas de P. aduncum foram coletadas na Embrapa Ocidental, Rodovia AM

010 Km 29, onde permaneceram por sete dias sobre uma lona para secagem e, em

seguida, transportadas ao INPA. Para a retirada da umidade, estas permaneceram em

estufas de circulação contínua de ar, a 45°C, por 48 h, e, quando secas, foram

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armazenadas em sacos de ráfia e mantidas em sala climatizada (20°C) até a extração do

óleo essencial.

Para a extração do óleo essencial, foi utilizado o método padrão de arraste por

vapor d’água. Para isso, as folhas foram trituradas em um triturador (modelo DPM-4

marca Nogueira) na Estação Experimental de Silvicultura Tropical (EEST) do INPA,

localizada na BR 174 Km 43. A hidrodestilação do material foi realizada em usina de

escala semi-industrial com capacidade para 20 kg, abastecida por um gerador de vapor

modelo MGV 70 (70 kg/h) da Maritec, a uma pressão de 4 kgf/cm², e o vapor de água

injetado numa pressão de 0,5 kgf/cm². Nesse sistema, o óleo das folhas foi arrastado e o

vapor passou por um condensador. O hidrolato (material com a maior parte da água) foi

desviado para um recipiente coletor e o óleo foi armazenado no separador. A cada 60

minutos, retirou-se o óleo do condensador para verificar a eficiência da extração. Foram

realizadas três usinagens, com duração de cinco horas cada, sendo extraídos, de cada 8,0

kg de matéria seca, cerca de 250 ml de óleo, resultando em um alto rendimento de

extração do óleo de 3,12%.

O óleo coletado foi filtrado em algodão hidrófilo e armazenado sob-refrigeração.

A retirada total da água foi feita com sulfato de sódio anidro (2 g/50 ml de óleo),

utilizando funil de separação e posterior filtragem com papel filtro para separar o sal do

óleo essencial. Foram calculados a umidade do material e o rendimento de óleo de

acordo com o peso total de matéria seca/total de óleo coletado.

Para garantir a qualidade das três extrações isoladas, foi feito um teste de

cromatografia de camada delgada para verificar a composição dos óleos obtidos, de

acordo com Collins e Braga (1997). Após isso, as amostras de óleo foram armazenadas

em uma garrafa de vidro âmbar sob-refrigeração.

3.3. Preparo e administração da ração medicada

Cada concentração de óleo testada (32, 48, 64 e 80 ml/kg) foi calculada a partir

da biomassa total dos peixes. O óleo essencial foi diluído em álcool de cereais 1:7,5

(óleo:álcool) e pulverizado, uniformemente, sobre os pellets de ração comercial

extrusada para peixes carnívoros (45% PB), utilizando frascos pulverizadores de

gatilho. Seguindo a metodologia sugerida por Williams (2009), as rações foram

preparadas no dia anterior e secas no período da noite. Para a ração controle, realizou-se

o mesmo procedimento, mas sem adição do óleo essencial.

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As rações medicadas (com diferentes concentrações de óleo essencial) e o

controle (sem o óleo essencial) foram administrados por 7 e 15 dias. Os peixes

receberam a ração medicada uma vez ao dia, pela manhã (9:00 h), sendo ofertada a

ração sem medicamento no período da tarde (16:00 h). A quantidade de ração ofertada,

em cada unidade experimental, foi definida com relação à biomassa presente,

determinada com base nos valores da biometria inicial.

Dos 5% de seu peso vivo (PV), consumidos diariamente de ração pelo pirarucu,

foram preparados 2% do PV em ração medicada. Este preparo, em menor quantidade de

ração medicada, garantiu que todos os peixes, durante o arraçoamento matinal,

pudessem consumir essa ração.

3.4. Teste de palatabilidade

Para o teste de palatabilidade, foram utilizados 60 peixes (25,4±3,5 g),

distribuídos em cones de 60 L, na densidade de estocagem de 4 peixes/cone, com fluxo

de água contínuo, segundo Viana (2012), durante 7 e 15 dias. O delineamento

experimental foi constituído por quatro concentrações do óleo essencial: 32, 48, 64 e 80

ml/kg de ração, seguindo a metodologia de Queiroz (2012) e o controle (sem o óleo),

em triplicatas.

Durante a alimentação, foi observada a palatabilidade por meio da

aceitação/ingestão da ração em todas as concentrações e registrada a quantidade de

ração ofertada por unidade experimental. A taxa de ingestão (porcentagem de ração

ingerida) foi calculada segundo Barros et al. (1998): Taxa de ingestão (%) = ração

ingerida x 100 / ração administrada.

3.5. Teste de eficácia

Foram utilizados 135 juvenis de pirarucu, pesando 52±3,2g, os quais foram

distribuídos em tanques de polietileno (unidades experimentais) de 310 L cada, em uma

densidade de 9 peixes/unidade experimental, em um sistema de fluxo contínuo de água

(taxa de renovação de 175 ml/min). O delineamento experimental foi inteiramente

casualizado, constituído por quatro tratamentos com ração medicada com óleo essencial,

a partir dos resultados de palatabilidade: 32, 48, 56 e 64 ml/kg de ração e o controle

(sem óleo essencial), em triplicatas. Os peixes foram alimentados com as rações

medicadas, exceto o grupo controle, por um período de 7 e 15 dias.

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Ao final de cada período, três peixes de cada unidade experimental, foram

amostrados para determinação dos parâmetros sanguíneos (item 3.7), e posterior análise

parasitológica (item 3.7)

Durante todo o período experimental, foram realizados os procedimentos de

manejo de rotina, como: limpeza dos tanques e monitoramento da qualidade da água

(item 3.8).

3.6. Coleta de sangue e determinação dos parâmetros sanguíneos

O sangue foi coletado por punção da veia caudal, utilizando seringas de 3 ml

rinsadas com EDTA (ácido etilenodiaminotetraacético) 10%, e as amostras armazenadas

em tubos de eppendorf de 2 ml, sob refrigeração a 4°C.

A partir do sangue total, foram analisados: hematócrito (Ht%), pelo método de

microhematócrito; contagem de eritrócitos (RBC-eritrócitos/µL), utilizando a câmara de

Neubauer®

em solução de Natt e Herrick (1952), concentração de hemoglobina ([Hb]-

g/dl) pelo método da cianometahemoglobina. Os índices hematimétricos: volume

corpuscular médio (VCM fL), concentração de hemoglobina corpuscular média

(CHCM%) e hemoglobina corpuscular média (HCM pg) foram calculados a partir dos

valores de Ht, RBC e [Hb], segundo Wintrobe, (1934).

Posteriormente, as amostras de sangue foram centrifugadas para separar o

plasma, que foi utilizado para as análises de glicose (mg/dL) pelo método enzimático-

colorimétrico da glicose oxidase, colesterol, pelo método colorimétrico e proteínas

totais (PPT – g/dL), pelo método de biureto. Essas análises foram realizadas em

espectrofotômetro UV/Visível (BIOPLUS 2000).

3.7. Análises parasitológicas e de eficácia do tratamento

As análises parasitológicas foram realizadas antes e após os tratamentos. Em

cada unidade experimental, três peixes, randomicamente selecionados, foram

eutanásiados por concussão cerebral, seguido de perfuração craniana para retirada de

material biológico. Os órgãos internos (intestino e estômago) foram removidos,

colocados em coletores universais e fixados com formalina 10% (Moravec, 1998;

Jerônimo et al. 2012). Após a fixação, foi feita a contagem total dos parasitos para

estimar a carga parasitária, utilizando estereomicroscópio (Zeiss®).

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Os índices parasitários foram calculados de acordo com Bush et al. (1997): a)

Prevalência = N° de hospedeiros infectados / N° total de peixes x 100; b) Intensidade =

valor mínimo e máximo de parasitos encontrados; c) Intensidade média = N° de

parasitos / N° de hospedeiros infectados e; d) Abundância média = N° de parasitos / N°

total de hospedeiros infectados ou não.

Segundo Martins et al. (2001) e Onaka et al. (2003) foram calculadas para os

tratamentos a eficácia = N° de parasitos do grupo controle - N° de parasitos após o

tratamento / n° de parasitos do grupo controle x 100.

3.8. Monitoramento da qualidade da água

Foram monitoradas as variáveis físicas e químicas da água dos tanques durante

todo o período experimental. Diariamente, às 8:00 horas, foram determinados: oxigênio

dissolvido (OD – mg/L), temperatura (T - ºC) e condutividade elétrica (CE - µ.S/cm)

por meio de um oxímetro digital da marca YSI modelo 85 e o potencial hidrogeniônico

(pH), utilizando um pHmetro digital da marca YSI modelo 60.

No início e no final dos experimentos, foram coletadas amostras de água em

garrafas de 1 L e armazenadas sob refrigeração para as análises colorimétricas:

concentração de amônia total (NH3 + NH4+) determinada segundo Verdouw et al.

(1978), nitrito (NO2 - mg/L), gás carbônico (CO2 - mg/L), dureza (mg de CaCO3/L) e

alcalinidade (mg de CaCO3/L) segundo Boyd e Tucker (1992).

3.9. Análises estatísticas

O teste de palatabilidade, os parâmetros sanguíneos dos juvenis de pirarucu, os

índices parasitológicos, assim como as análises das variáveis físicas e químicas da água

foram comparados mediante análise de variância (ANOVA) de dois fatores (tempo de

exposição e concentrações), seguido pelo teste de Tukey, quando as diferenças foram

significativas a 5% de probabilidade, utilizando o programa Statsoft Statistica 6.0®.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Qualidade de água

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O acompanhamento das variáveis físicas e químicas da água das unidades

experimentais é realizado para assegurar a qualidade dos bioensaios, frente a fatores

exógenos que podem interferir nos resultados dos experimentos (Atta-ur-Rahman et al.

2001)

Os resultados obtidos nas variáveis físicas e químicas da água das unidades

experimentais, no teste de palatabilidade e de eficácia, estão representados nas Tabelas

3 e 4. Não foram verificadas diferenças significativas (p>0,05) em nenhuma das

variáveis analisadas nos experimentos, sejam elas comparadas entre as concentrações,

no mesmo período, ou entre os períodos (aclimatação = 0, 7 e 15 dias). A alta taxa de

renovação (175 ml/min) do fluxo contínuo de água e a limpeza de manutenção, nas

unidades experimentais, foram responsáveis pela estabilidade dos valores nas variáveis

analisadas em todos os tratamentos.

Comparando com os valores de qualidade da água descritos para peixes tropicais

(Kubitza 2003), alguns valores, como, por exemplo, pH, estão abaixo dos considerados

adequados. Classificadas como águas pretas (ex. Rio Negro), brancas (ex. rio Solimões)

e claras (ex. rio Tapajós), o pH destes rios variam de 3,8-4,9; 6,2 -7,2 e 4,5 – 7,8

respectivamente (Sioli 1992). Portanto, estão dentro das variações naturais que a espécie

tolera no seu ambiente natural (Ono 2011).

Por ser um peixe de respiração aérea obrigatória, o pirarucu não depende dos

níveis de oxigênio da água, entretanto, quando estes diminuem, podem afetar outras

variáveis químicas da água como, por exemplo, o CO2, cujos valores, neste estudo,

estiveram sempre constantes e sem prejuízo ao animal. Os índices mínimos e máximos

de alcalinidade e dureza foram respectivamente 1,83 e 2,84 CaCO3/L e 1,00 e 1,91

CaCO3/L, corroborando os valores de pH que variaram entre 4,01 e 4,44.

Nas análises colorimétricas, foram detectados baixos níveis de nitrito e de

amônia total, provavelmente em função da renovação contínua da água e da limpeza

diária dos tanques. Os valores médios de temperatura (26,62 e 28,3oC), determinados

em todos os experimentos, estão dentro da zona de conforto para o cultivo das espécies

tropicais, que oscilam entre 26 e 30 oC.

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Tabela 3. Variáveis físicas e químicas da água das unidades experimentais com Arapaima gigas, antes dos experimentos (aclimatação) e após

alimentação com e sem ração medicada com: 0 (controle); 32; 48; 56 e 80 ml/kg do óleo essencial de Piper aduncum, por 7 e 15 dias, no teste de

palatabilidade. Condutividade Elétrica (CE); gás carbônico (CO2); alcalinidade (AL); dureza (D) e amônia total (AT). Média ± desvio padrão.

Variáveis Aclimatação Ração com óleo de Piper aduncum (7 dias)

Controle 32 (ml/kg) 48 (ml/kg) 64 (ml/kg) 80 (ml/kg)

pH 4,47 ± 0,07 4,42 ± 0,11 4,41 ± 0,09 4,41 ± 0,10 4,39 ± 0,10 4,46 ± 0,27

O2 (mg/L) 5,47 ± 0,22 5,48 ± 0,16 5,38 ± 0,28 5,33 ± 0,30 5,44 ± 0,17 5,44 ± 0,20

CE (µS/cm) 28,9 ± 0,81 28,85 ± 0,51 29,11 ± 0,63 29,08 ± 0,46 29,02 ± 0,38 29,01 ± 0,53

Temperatura (°C) 27,63 ± 0,57 28, 04 ± 0,31 28,05 ± 0,30 28,04 ± 0,31 28,05 ± 0,33 28,01 ± 0,28

CO2 (mg/L) 5,0 ± 0,0 8,33 ± 2,89 8,33 ± 2,89 10 ± 0,0 8,33 ± 2,89 8,33 ± 2,89

AL (mg/ L CaCo3) 0,55 ± 0 0,64 ± 0,16 0,83 ± 0,28 0,92 ± 0,32 0,73 ± 0,16 0,92 ±0,32

DT (mg/ L CaCo3) 2,5 ± 0 2,17 ± 0,29 2,09 ± 0,52 2,17 ± 0,29 2,25 ± 0,25 2,09 ± 0,52

AT (mg/L) 0,35 ± 0,01 0,42 ± 0,02 0,39 ± 0,03 0,39 ± 0,05 0,40 ± 0,01 0,39 ± 0,05

Nitrito (mg/L) 0,008 ± 0,004 0,003 ± 0,004 0,002 ± 0,001 0,001 ± 0,001 0,001 ± 0,001 0,001 ± 0,0

Ração com óleo de Piper aduncum (15 dias)

pH 4,42 ± 0,02 4,41 ± 0,02 4,40 ± 0,02 4,41 ± 0,04 4,44 ± 0,05

O2 (mg/L) 5,35 ± 0,05 5,35 ± 0,10 5,31 ± 0,05 5,30 ± 0,06 5,33 ± 0,05

CE (µS/cm) 28,61 ± 0,23 28,78 ± 0,09 28,73 ± 0,23 28,66 ± 0,15 28,63 ± 0,27

Temperatura (°C) 27,91± 0,02 27,92 ± 0,07 27,90 ± 0,02 27,92 ± 0,05 27,88 ± 0,05

CO2 (mg/L) 10 ± 0,0 10 ± 0,0 10 ± 0,0 10 ± 0,0 10 ± 0,0

AL (mg/ L CaCo3) 1,28 ± 0,42 0,92 ± 0,32 0,92 ± 0,42 1,01 ± 0,57 1,01 ± 0,16

DT (mg/ L CaCo3) 2,17 ± 0,38 1,84 ± 0,52 2,00 ± 0,25 2,00 ± 0,0 1,75 ± 0,25

AT (mg/L) 0,40 ± 0,07 0,41 ± 0,07 0,35 ± 0,02 0,37 ± 0,01 0,40 ± 0,05

Nitrito (mg/L) 0,006 ± 0,003 0,004 ± 0,0 0,004 ± 0,0 0,004 ± 0,0 0,004 ± 0, 001

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Tabela 4: Variáveis físicas e químicas da água das unidades experimentais com

Arapaima gigas alimentados com e sem ração medicada contendo: 0 (controle); 32; 48;

56 e 64 ml/kg d óleo de P. aduncum por 7 e 15 dias no teste de eficácia. Condutividade

Elétrica (CE); gás carbônico (CO2); alcalinidade (mg/L CaCo3); dureza (mg/L CaCo3) e

amônia total (AT). Média ± desvio padrão.

Variáveis Ração com óleo de Piper aduncum (7 dias)

Controle 32 (ml/kg) 48 (ml/kg) 58 (ml/kg) 64 (ml/kg)

pH 4,44 ± 0,14 4,01 ±0,81 4,44 ± 0,13 4,35 ± 4,8 4,43 ± 0,11

O2 (mg/L) 6,53 ± 0,44 6,51 ± 0,64 6,43 ± 0,48 6,50 ± 0,76 6,49 ± 0,45

CE (µS/cm) 25,45 ± 0,8 26,01 ± 0,03 25,8 ± 0,64 25,7 ± 0,79 25,9 ± 0,97

T (°C) 27,5 ± 0,85 26,62 ± 2,96 27,7 ± 0,92 27,4 ± 1,09 27,4 ± 0,86

CO2 (mg/L) 10± 0,0 10± 0,0 10± 0,0 10± 0,0 10± 0,0

Alcalinidade 2,84 ± 0,42 2,65 ± 0,15 2,75 ± 0 2,56 ± 0,15 2,47 ± 0,27

Dureza 1,25 ± 0 1,00 ± 0,25 1,03 ± 0,2 1,16 ± 0,5 1,08 ± 0,1

AT (mg/L) 0,03 ± 0,0 0,04 ± 0,0 0,02 ± 0,0 0,06 ± 0,01 0,05 ± 0,02

Nitrito (mg/L) 0,00 ± 0,00 0,00 ± 0,00 0,00 ± 0,00 0,00 ± 0,00 0,00 ± 0,00

Ração com óleo de Piper aduncum (15 dias)

pH 4,43 ± 0,13 4,44 ± 0,55 4,4 ± 0,13 4,39 ± 0,45 4,44 ± 0,13

O2 (mg/L) 6,49 ± 0,49 6,55 ± 0,49 6,52 ± 0,43

6,44 ± 0,55 6,40 ± 0,47

CE (µS/cm) 25,3 ± 0,81 24,83 ± 1,42 25,97 ± 0,8 25,8 ± 0,93 25,87 ± 1,06

T (°C) 27,6 ± 0,86 27,50 ± 1,29 27,7 ± 0,84 27,6 ± 0,98 27,7 ± 0,98

CO2 (mg/L) 10± 0,0 10± 0,0 10± 0,0 10± 0,0 10± 0,0

Alcalinidade 2,10 ± 0,79 2,29 ± 0,31 2,29 ± 0,15 1,83 ± 0,42 1,74 ± 0,15

Dureza 1,7 ± 0,43 1,8 ± 0,14 1,5 ± 0,25 1,91 ± 0,14 1,50 ± 0,25

AT (mg/L) 0,04 ± 0,00 0,04 ±0,00 0,04 ± 0,00 0,04 ± 0,00 0,057 ± 0,01

Nitrito (mg/L) 0,00 ± 0,00 0,00 ± 0,00 0,00 ± 0,00 0,00 ± 0,00 0,00 ± 0,00

4.2. Palatabilidade das rações medicadas

Em estudos de bioensaios com rações medicadas, é comum avaliar apenas a

palatabilidade aparente, sem a preocupação de verificar se esta continua atrato-palatável

e por quanto tempo pode ser administrada sem alterar a ingestão dos peixes (Willians

2009; Boijink et al. 2011; Viana 2012).

No presente estudo, os valores da taxa de ingestão da ração medicada estão

representados na Tabela 5 e na Figura 2. Não foram verificadas diferenças significativas

(p>0,05) na ingestão da ração no período da tarde (ração sem medicamento), analisadas

em 7 e 15 dias de experimento. Entretanto, na ingestão da ração administrada durante a

manhã (ração com medicamento), diferenças significativas (p<0,05) foram observadas

na maior concentração (80 ml/kg), em 7 e 15 dias de experimento.

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Tabela 5: Taxa de ingestão do Arapaima gigas alimentados com ração medicada com

diferentes concentrações de óleo essencial de Piper aduncum (32; 48; 64 e 80 ml/kg) e o

controle (sem medicamento), em 7 e 15 dias. Porcentagem da ingestão de ração

medicada, ofertada de manhã - 9:00 h (manhã) e sem medicamento, ofertada de tarde –

16:00 h (tarde). Média ± desvio padrão.

Letras diferentes na mesma linha indicam médias significativamente diferentes dentro do

mesmo tempo de exposição (p<0,05).

Figura 2. Variação da taxa de ingestão da ração medicada (%) com diferentes

concentrações de óleo essencial de Piper aduncum para Arapaima gigas, durante 15

dias de teste de palatabilidade.

Na maior concentração (80 ml/kg), a taxa de ingestão da ração medicada foi

inferior a 60% nos dois períodos (7 e 15 dias). Foi possível observar, ainda, nessa

concentração, alterações comportamentais, tais como agitação e rejeição aos pellets

medicados, logo após a oferta da ração. Tal comportamento não foi observado no

período da tarde, quando era ofertada a ração sem medicamento, porém, os animais se

aproximavam mais vagarosamente dos pellets, o que não interferiu na taxa de ingestão

no período da tarde. Esse comportamento não foi verificado nas demais concentrações,

Período Ingestão (%) das rações com óleo de Piper aduncum (7 dias)

Controle 32 (ml/kg) 48 (ml/kg) 64 (ml/kg) 80 (ml/kg) Manhã 95,95 ± 2,83

a 94,38 ± 7,89a 88,33 ± 5,69

a 86,42 ± 9,13a 64,28 ± 6,73

b Tarde (%) 95,23 ± 1,38 94,28 ± 5,17 92,38 ± 2,21 92,38 ± 3,71 89,52 ± 9,71

Ingestão (%) das rações com óleo de Piper aduncum (15 dias)

Manhã (%) 92,22 ± 2,06a 87,67 ± 4,71

a 82,11± 5,06a 78, 3 ± 6,4

a 60,11 ± 6,22b

Tarde (%) 96,44 ± 2,18 89,55 ± 2,47 87,89 ± 3,59 87,3± 1,4 85,55 ± 5,94

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portanto, os resultados indicam a baixa palatabilidade das rações com 80 ml/kg de P.

aduncum.

A taxa de mortalidade dos pirarucus, durante o teste de palatabilidade, está

representada na Figura 3. Em 7 dias de teste, os peixes do controle (0 ml/kg)

apresentaram maior mortalidade (16,7%), seguidos por aqueles com 32 e 80 ml/kg,

ambos com 8,3%; sem mortalidade em 48 e 64 ml/kg. Em 15 dias, a taxa de mortalidade

foi 25% para o controle e para 32 e 80 ml/kg, 8,3% em 48 mg/kg e sem mortalidade em

64 ml/kg.

Figura 3: Taxa de mortalidade, em porcentagem, de Arapaima gigas tratados com

ração medicada em diferentes concentrações de óleo essencial de Piper aduncum,

durante os 7 e 15 dias de teste de palatabilidade.

Schreck e Moffitt (1987), realizando tratamento com antibiótico, verificaram que

as rações medicadas com 10 e 12 μg/mg de eritromicina tiveram sua palatabilidade

reduzida para Oncorhynchus tshawytscha Walbaum, 1792. De acordo com os autores,

os peixes levavam mais tempo para ingerir os pelletes, aumentando a taxa de ejeção

com o aumento das concentrações do antibiótico, e a taxa de ingestão diminuiu quanto

maior a concentração.

Hustvedt et al. (1991) observaram redução de 17% na ingestão da ração

medicada com ácido oxolínico, e 61% na ração medicada com oxitetraciclina

comparados ao grupo controle. Segundo Prak et al. (1994), a adição de sarafloxacin-

HCl também causou uma diminuição da palatabilidade das rações medicadas para

Penaeus vannamei Boone, 1931. De acordo com Mohney et al. (1997), houve uma

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sensível redução no consumo de dieta medicada por camarões Litopenaeus. Lima

(2004), usando dietas formuladas com diferentes doses de oxitetraciclina (4, 8, 12, 16,

20 μg.g-1

), aplicadas no tratamento, verificou que houve redução da palatabilidade nas

dosagens testadas, contudo, foi observada uma sensível relação inversa entre o consumo

e a dosagem de oxitetraciclina no alimento, concluindo que a adição de antibiótico à

ração influenciou a palatabilidade.

Assim, os resultados obtidos no presente estudo confirmam a importância dos testes

prévios de palatabilidade da ração medicada com a espécie-alvo. Para os testes de

eficácia, as rações medicadas com óleo essencial de P. aduncum podem ser aplicadas

com até 64 ml/kg, uma vez que não difere significativamente (p>0,05) destas com a

taxa de ingestão dos peixes do controle (sem medicação) e obteve 100% de

sobrevivências dos peixes em 7 e 15 dias de experimento.

4.3. Efeitos do óleo essencial de P. aduncum na fisiologia de pirarucus

Os parâmetros fisiológicos vêm se tornando cada vez mais frequente nos estudos

sobre os efeitos tóxicos de medicamentos em organismos aquáticos, principalmente em

peixes de interesse para a aquicultura (Tabela 6) (Tavares-Dias et al. 2002b; Araújo et

al. 2004; Farah et al. 2006; Chagas et al. 2006; Winkaler et al. 2007; Affonso et al.

2009; Maciel, 2009; Bicudo 2010; Kavitha et al. 2011; Figueiredo 2011; Tavares-Dias

et al. 2011; Monteiro 2012; Queiroz 2012; Viana 2012; Brasil 2013). Isso porque, sob

condições de estresse, o animal pode sofrer adaptações fisiológicas para manter o seu

equilíbrio homeostático (Bardon 2002).

No presente estudo, os resultados destes parâmetros, obtidos para os peixes

alimentados com e sem inclusão de óleo essencial de P. aduncum na ração, por 7 e 15

dias, estão representados na tabela 7. Foram observadas alterações nos valores de Ht,

VCM, HCM com 7 dias e, alteração nos valores de proteínas totais dos pirarucus após

15 dias de tratamento.

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Tabela 6. Parâmetros sanguíneos de peixes nativos de cultivo expostos a diferentes produtos. [Hb] = Concentração de hemoglobina (g/dl); Ht =hematócrito

(%); VCM= Volume corpuscular médio (fL); HCM= Hemoglobina corpuscular média (pg); CHCM =Concentração de hemoglobina corpuscular média

(g/dL); GL = Glicose plasmática (mg/dl); PT =Proteínas plasmáticas totais (g/dL); COL = Colesterol plasmático total (mg/L); Eficácia (%).

Espécie Produto Concentração Tempo [Hb] Ht VCM HCM CHCM GL PT COL Eficácia Referências

Piaractus mesopotamicus Sulfato de cobre

(CuSO4)

0,0005g/L 1 dia 7,4 27,7 146,6 - 26,7 96,5 -- - 78,76

Tavares-Dias et al., 2002b 0,001g/L 1 dia 8,1 31,0 153,0 - 26,2 107,8 - - 58,21

0,001g/L 8 dias 8,4 30,4 156,2 - 27,6 142,0 - - -

0,001g/L 15 dias 6,5 25,5 124,2 - 25,7 92,7 - - -

Colossoma macropomum Formalina 0,2g/L 30 min - - - - - 89,57 - - - Araújo et al., 2004

Colossoma macropomum Mebendazol 0,3g/L 120 min 11,01 33,1 154,85 45,12 29,66 73,13 - - - Chagas et al., 2006

Colossoma macropomum Praziquantel 0,0125g/L 24 h 8,9 27 198,0 63,0 34,0 63,0 2,8 - 61,8 Sado e bicudo, 2010

Piaractus mesopotamicus Levamisol 0,1g/kg 30 dias 8,93 - - - 26,8 84,1 - - - Bicudo, 2010

Colossoma macropomum

Sulfato de

cobre

(CuSO4)

0,004g/L 48h 6,7 20,1 351,3 - 34,2 37,2 1,4 255,8 100 Tavares-Dias et al., 2011

0,008g/L 48h 7,2 23,8 351,2 - 30,9 38,1 1,8 - 100

Colossoma macropomum Cipó-alho

(A. alliacea)

30 g/kg

30 dias

8,0 22,67 149,47 52,33 35,25 43,25 2,22 57,12 38,7

Viana, 2012 40 g/kg 9,44 24,78 149,44 57,03 37,86 54,42 2,4 76,35 66,4

50g/kg 8,72 24,56 145,43 57,69 35,31 39,56 2,38 66,81 78,2

Arapaima gigas

Pimenta de

macaco

Piper aduncum

60 ml/L 24 horas

9,9 33,0 181,8 54,6 30,2 86,9 1,59 - 58,4 Queiroz, 2012

80 ml/L 10,1 33,8 208,3 61,4 30,6 88,7 1,72 - 100

Colossoma macropomum Mastruz

(Chenopodium

ambrosioides) 3,9 ml/L

60 min 6,88 24,2 144,3 40,8 28,6 59,5 2,17 67,5 46,8 Monteiro, 2012

24 h 8,21 28,2 149,2 43,2 29,7 94,2 2,76 29,8 54,4

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Tabela 7. Parâmetros sanguíneos de Arapaima gigas, alimentados por 7 e 15 dias com ração medicada contendo diferentes concentrações de

óleo essencial de Piper aduncum. Hematócrito (Ht), Número de eritrócitos (RBC), Hemoglobina (Hb), Volume corpuscular média (VCM),

Hemoglobina corpuscular média (HCM), Concentração de hemoglobina corpuscular (CHCM), glicose (Gl), proteína total (PT) e colesterol (Col).

Média ± desvio padrão, N=9.

Parâmetros Ração com óleo de Piper aduncum (7 dias)

Controle 32 (ml/kg) 48 (ml/kg) 56 (ml/kg) 64 (ml/kg)

Ht (%) 24,33 ± 6,24b 26,83 ± 6.22

ab 25,61 ± 5,94

ab 30,89 ± 3,12

a 28,88 ± 1,31

a

RBC (erit./uL) 1,46 ± 0,31 1,33 ± 0,29 1,63 ± 0,13 1,52 ± 0,25 1,50 ± 0,15

Hb (g/dl) 9,98 ± 1,83 11,60 ± 2,16 9,96 ± 3,22 11,63 ± 2,85 12,58 ± 1,66

VCM (fL) 170,6 ± 47,8ab

208,42 ± 65,7a 159,18 ± 43,6

b 206,7 ± 31,6

a 193,9 ± 14,4

ab

HCM (pg) 69,9 ± 15,4ab

89,85 ± 22,62b 62,55 ± 22,87

a 77,8 ± 22,3

ab 85,49 ± 20,5

ab

CHCM (g/dL) 42,33 ± 9,07 43,91 ± 4,56 38,82 ± 8,29 37,35 ± 7,39 43,83 ± 7,88

Gl (mg/dl) 37,61 ± 3,03 36,28 ± 6,38 39,11 ± 2,86

38,78 ± 6,92

38,63 ± 2,26

PT (g/dL) 1,45 ± 0,53 1,60 ± 0,44 1,31 ± 0,50 1,37 ± 0,43 1,49 ± 0,24

Col (mg/L) 52,17 ± 17,91 60,42 ± 14,84 52,45 ± 17,93 55,04 ± 12,8 51,33 ± 5,45

Ração com óleo de Piper aduncum (15 dias)

Ht (%) 31,22 ± 5,23 29,63 ± 4,21 25,02 ± 4,75 27,35 ± 5,93 28,00 ± 9,08

RBC (erit./uL) 1,91 ± 0,25 1,61 ± 0,15 1,45 ± 0,13 1,59 ± 0,20 1,80 ± 0,16

Hb (g/dl) 12,15 ± 1,52 11,44 ± 0,93 10,24 ± 1,93 11,26 ± 1,92 11,59 ± 2,45

VCM (fL) 164,4 ± 31,47 185,8 ± 40,05 180,35 ± 18,6 171,7 ± 32, 163,4 ± 33,4

HCM (pg) 63,83 ± 7,52 71,29 ± 9,68 70,82 ± 12,06 70,88 ± 10,47 64,57 ± 12,80

CHCM (g/dL) 39,30 ± 3,12 39,18 ± 5,83 44,55 ± 4,39 41,80 ± 3,54 43,22 ± 7,84

Gl (mg/dl) 37,22 ± 5,77 41,50 ± 3,03

37,78 ± 3,53

41,08 ± 6,16

37,35 ± 6,51

PT (g/dL) 1,60 ± 0,30 a 1,58 ± 0,09

ab 1,53 ± 0,28

ab 1,30 ± 0,30

a 1,18 ± 0,37

b

Col (mg/L) 56,55 ± 11,81 49,11 ± 14,66 57,01 ± 10,76 59,90 ± 13,77 52,26 ± 12,38 Letras diferentes, na mesma linha, indicam médias significativamente diferentes (p< 0,05) entre o controle e os tratamentos, dentro do mesmo tempo de

exposição.

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Segundo Fujimoto et al. (2009), a presença de parasitas nos peixes pode causar

alterações nos valores hematológicos. Tavares-Dias et al. (2002) compararam

espécimes de tilápias parasitadas e não parasitadas e observaram que a [Hb], o Ht e a

CHCM dos peixes infectados foram significativamente (p<0,01) menores que os

observados no grupo controle, sugerindo que o parasitismo provocou anemia nos peixes

parasitados. De acordo com Tavares-Dias e Moraes (2004), a exposição aos agentes

patogênicos pode gerar respostas fisiológicas semelhantes àquelas que ocorrem na

presença de outros agentes estressores e assim deprimir respostas de defesa nos

hospedeiros. Azevedo et al. (2006) observaram que o baixo nível de parasitismo não é

capaz de causar alterações hematológicas.

No presente estudo, as alterações nos valores de hematócrito nas maiores

concentrações de P. aduncum, após 15 dias em relação ao controle, podem ter ocorrido

devido, provavelmente, à entrada de água nos eritrócitos, causando hemodiluição dos

eritrócitos, como verificada pelos valores de VCM (Tavares-Dias et al. 2002b).

Segundo Queiroz (2012), as diferentes concentrações do extrato aquoso de P. aduncum,

em juvenis de pirarucus, induziram a diminuição nos valores de Ht em relação ao

controle, causadas pela diminuição do número e não no tamanho dos eritrócitos.

Para o número de eritrócitos de pirarucus infectados por nematóides, nos

diferentes tempos (7 e 15 dias) e concentrações (0, 32, 48, 56, 64 mg/kg) de óleo

essencial de P. aduncum, sugere-se que: 1) o efeito da ração medicada é de baixa

toxicidade e 2) esta não alterou a capacidade de transporte do sangue. Esses são

corroborados com os resultados obtidos nas concentrações de hemoglobina e de HCM.

Na literatura, outro importante parâmetro indicador de estresse é a glicose, que

demonstra diferentes respostas em decorrência do tipo de estímulo, do tempo de

administração, da idade e da espécie de peixe estudada (Hori et al. 2008; Maciel, 2009;

Winkaler et al. 2007; Kavitha et al. 2011; Rosa et al. 2012). Em geral, sob condições de

estresse, é comum ocorrer hiperglicemia nos peixes, visto que estes necessitam de mais

energia para manter sua homeostase fisiológica. Estudos realizados sob efeito da

formalina (Araujo et al. 2004), do praziquantel (Maciel, 2009) e do mebendazol

(Chagas et al. 2006) em tambaquis, e levamisol para pacu (Sado e Bicudo, 2010),

demonstraram níveis elevados de glicose no plasma. Para Rosas et al. (2010), os valores

de glicose não foram diferentes significativamente em pirarucus tratados com óleo de

alfavaca, óleo de cipó-alho e óleo de alho, mostrando que esta espécie é tolerante a

rações suplementadas com estes óleos essenciais. Nesse estudo, os níveis de glicose não

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foram alterados entre os diferentes tratamentos com P. aduncum, o tempo (7 e 15 dias)

de alimentação com o medicamento (7 e 15 dias) e nem com a infecção pelo parasita.

Esses resultados corroboram aqueles obtidos por Queiroz (2012) para pirarucus

infectados por monogenóideos e expostos ao banho de P. aduncum, onde não houve

alterações nos valores de glicose.

Outro parâmetro que contribui com a avaliação do estado de saúde dos peixes

são as proteínas totais plasmáticas (Zhou et al. 2009). Essas estão relacionadas às

inúmeras proteínas no sangue, entretanto, cerca de 40 a 60% é constiuida de albumina.

Muitas delas podem ser afetadas por processos patológicos, por isso são importantes

indicadores para várias doenças.

Em geral, os valores de proteínas totais, neste estudo, estão abaixo daqueles

descritos para esta mesma espécie por Souza (2007), Castillo (2012) e Silva, (2013),

mas corroboram com Queiroz (2012), cujos exemplares de pirarucus também estavam

parasitados. Essa diminuição pode se uma conseqüência do grande número de parasitos

presentes na cavidade externa do estômago e do intestino (item 4.4), que, segundo a

literatura, causa alterações teciduais na região, disponibilizando, na corrente sanguínea,

fragmentos do tecido, devido ao aumento da permeabilidade dos capilares.

Além da ação infecciosa causada pelo parasito, as diferentes concentrações de

óleo essencial de P. aduncum acentuaram a diminuição nos níveis de proteínas totais

plasmáticas de pirarucus neste estudo (Tabela 7). A hipoproteinemia tem sido observada

em estudos sob efeito de quiomio e fitoteráficos em peixes (Inoue et al. 2005; Sudová et

al. 2008).

O colesterol tem sido determinado em estudos sob o efeito de diferentes agentes

estressores em peixes. Esse faz parte da composição nas membranas celulares, além de

ser precursor de hormônios esteróides e dos ácidos biliares. A alteração no colesterol

está relacionada com o metabolismo do fígado (Sifa et al. 2000). Para os valores de

colesterol plasmático no presente estudo, não foram observadas diferenças significativas

(p>0.05) entre os tratamentos e o controle, porém, estes estão abaixo daqueles descritos

para esta espécie por Souza (2007), Castillo (2012) e Silva (2013).

Além da ação contra patógenos, P. aduncum tem sido citada na literatura por seu

efeito anestésico, devido à presença de alcalóides que atuam no sistema nervoso central

dos animais (Lorenzi e Matos 2002). Queiroz (2012), testando o efeito de P. aduncum

em juvenis de pirarucu, observou a diminuição nos movimentos dos peixes, e, em

alguns exemplares, impediu a subida à superfície para respirar, o que resultou na morte

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por asfixia. Para Honczark e Inoue (2009) o uso de anestésicos em pirarucus, que

utilizam, obrigatoriamente, a respiração aérea, pode causar a morte dos animais por

asfixia. Diferente dos resultados descritos por Queiroz (2012), no presente estudo, o

tratamento oral com o óleo essencial de P. aduncum não causou letargia nos peixes,

entretanto, foi observada, durante o arraçoamento com ração medicada, agitação dos

animais, o que pode ser explicado pelo efeito termogênico da piperina presente nas

piperáceas (Estrela et al. 2006; Dewick, 2009). Pelo exposto, pode-se sugerir que, tanto

a forma de administrar, como usar partes da planta, podem atuar no comportamento

e/ou na fisiologia do animal teste, sendo esta uma informação importante para a

aplicação farmacológica desta planta em espécies com adaptações morfológicas para

respirar, como o pirarucu.

4.4. Eficácia do óleo essencial de P. aduncum

A análise parasitológica realizada antes do experimento revelou uma prevalência

de 100% de larvas de nematóides no trato digetório e uma intensidade de 2 a 615.

Após o tratamento com P. aduncum, foi registrada a presença de larvas de

nematóides em todos os peixes analisados, prevalência de 100%, nos dois períodos

experimentais (7 e 15 dias). As larvas foram registradas na cavidade externa do

estômago e no intestino dos peixes (figuras 4). A intensidade parasitária por peixe,

avaliada em 7 e 15 dias, variou de 5 a 949 e 9 a 1221 respectivamente. Os índices

parasitários durante os dois períodos experimentais estão descritos na tabela 8.

Figura 4. Visão geral da superfície externa do intestino de pirarucu com grande número

de larvas de nematóides.

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A prevalência parasitária nas cinco concentrações (0, 32, 48, 56 e 64 ml/kg), nos

dois períodos de tratamento (7 e 15 dias), foi de 100%. Os resultados da atividade

antiparasitária do óleo essencial de P. aduncum, em 7 e 15 dias, estão representados na

tabela 8. Durante os testes de eficácia (7 e 15 dias), não foram observadas mortalidade

de peixes. Os índices de intensidade média, abundância média e intensidade de parasitos

não apresentaram diferenças significativas (p>0,05) entre os tratamentos (32, 48, 56, 64

ml/kg) durante os 7 dias, porém, todos apresentaram diferença significativa (p<0,05) em

relação ao controle. Em 15 dias, esses índices apresentaram diferenças significativas

(p<0,05) entre as diferentes concentrações de P. aduncum e o controle. Diferença

significativa (p<0,05) também foi observada entre os tratamentos com 32, 48, 56 ml/kg

e o tratamento com 64 ml/kg.

Tabela 8. Prevalência (P%), Intensidade média (IM) ± desvio padrão, Abundância

média (AM) ± desvio padrão e Intensidade (I) de parasitos em Arapaima gigas do grupo

controle e após 7 e 15 dias de tratamento com diferentes concentrações de óleo essencial

de P. aduncum.

Letras diferentes, na mesma coluna, indicam médias significativamente diferentes (p<0,05)

entre o controle e os tratamentos dentro do mesmo tempo de exposição.

Em geral, no ambiente de cultivo a manifestação de uma doença nos peixes pode

estar relacionada às práticas de manejo incorretas, como altas densidades de estocagem,

má nutrição, qualidade da água inadequada, além de fatores genéticos (Pavanelli et al.

2013). Para o pirarucu, tem sido verificado que os fatores que causam doenças estão

relacionados ao manejo inadequado dos alevinos, principalmente quando são retirados

do cuidado parental, o período de transição alimentar (alimento vivo x ração) e a

qualidade da água do ambiente (Araújo et al. 2009a; Araújo et al. 2009b; Ono 2011;

Queiroz 2012).

Concentrações

(ml/kg)

7 Dias

P(%) IM AM I

0 100 536,22±19,66a 536,22±19,66

a 20-702

a

32 100 519,67±26,65b 519,67±26,65

b 5-949

b

48 100 498,44±23,4b 498,44±23,46

b 112-856

b

56 100 456,44±22,79b 456,44±22,79

b 100-760

b

64 100 450,67±23,55b 450,67±23,55

b 11-798

b

15 Dias

0 100 567±36,05a 567±36,05

a 9-1221

a

32 100 401,67±20,63b 401,67±20,63

b 20-600

b

48 100 338,67±18,10b 338,67±18,10

b 124-708

b

56 100 260,11±18,00b 260,11±18,00

b 9-603

b

64 100 134,89±10,43c 134,89±10,43

c 9-288

c

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Estes fatores ainda são motivo de vários estudos, entretanto, os resultados das

pesquisas ainda não são conclusivos para que se desenvolvam técnicas que minimizem

os problemas sanitários enfrentados pela espécie nos primeiros estágios de

desenvolvimento. A elevada intensidade de parasitas nesse estudo é um bom exemplo

da atual situação que a maioria dos produtores enfrenta e que levam a grandes perdas

dos animais. Além disso, a variação no número de parasitos (2 – 615) encontrados por

peixe, antes do tratamento, pode estar relacionada a uma característica específica do

organismo animal, já que estes eram da mesma prole e estavam sob as mesmas

condições ambientais.

Os nematóides são parasitos comuns em peixes de água doce, que podem servir

de hospedeiro definitivo ou intermediário (Williams e Jones 1994). Quando adultos, os

nematóides habitam, preferencialmente, o tubo digestivo, entretanto, as formas larvais

podem ser encontradas na musculatura e na cavidade mesentérica, muitas vezes

encistadas (Pavanelli et al. 2013). A capacidade dos nematóides de se instalar na

cavidade mesentérica no corpo do hospedeiro foi observada neste estudo, cujas larvas

estavam localizadas na camada exterior do estômago e do intestino dos pirarucus.

Gomes (2007) verificou a presença de nematóides no intestino, nos cecos pilóricos e nas

brânquias de pirarucus. Andrade-Porto et al. (2011) registraram nematóides de pirarucu

no lumem intestinal e nos cecos pilóricos. Quando em grandes quantidades, os

nematóides se fixam em determinado local do estômago e do intestino do hospedeiro,

causando lesões crônicas e, consequentemente perfurações (Kent et al. 2002). Em

salmonídeos, Philonema spp foram observados, na maioria dos casos, aderidos na

cavidade visceral e mesentérica (Nagasaw, 1985; Garnick e Margolis 1990).

Na literatura são descritos efeitos devastadores de infecções por nematóides.

Molnár et al. (1993) relatou a morte de enguias no lago Balaton, Hungria, devido a A.

crassus. Moravec e Gut (1982) e Moravec et al. (1984) relataram a mortalidade de

peixes ornamentais devido à infecção com Pseudocapillaria brevispicula Linstow, 1873

e Capillaria pterophylli Heinze, 1933. Freitas e Lents (1946) citam a presença de

nematóides em alevinos de apaiarís e pirarucus no Posto de Piscicultura, estado do

Ceará, sugerindo que este parasito seria responsável pelo insucesso na criação destas

espécies.

Segundo Gomes (2007), os parasitos coexistem com os pirarucus tanto no

ambiente natural como no ambiente de cultivo. Esse autor, estudando a comunidade de

parasitos do A. gigas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá – AM,

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encontrou uma intensidade de 1 a 116 nematóides em peixes com aproximadamente um

metro. Santos et al. (2008), estudando os helmintos parasitos de pirarucu no rio

Araguaia, no estado do Mato Grosso, relataram uma intensidade de 41 a 198 parasitos.

Neste estudo, os valores de intensidade foram elevados (5 a 1121 parasitos/peixe) ao

comparar com aqueles descritos por Araújo et al. (2009a), que encontraram uma

intensidade de 2 a 10 parasitos por peixe infectado e com o mesmo tamanho,

aproximadamente 17 cm, dos exemplares utilizados no presente trabalho.

Outro exemplo de abundância parasitária no pirarucu foi descrito por Andrade-

Porto et al. (2011) quando foram coletadas 590 larvas de Hysterothylacium sp. no

intestino, no estômago e nos cecos pilóricos de pirarucus. A intensidade média foi de

6,02, variando de 1 a 40 larvas por hospedeiro, e a abundância média foi de 5,9 em

peixes com aproximadamente 14,5 cm.

Além da possível ação do fitoterápico sobre os nematóides, a capacidade de

defesa do organismo animal também contribui, em uma menor proporção, para a

eliminação deste parasito. De acordo com a literatura, os nematóides estimulam a

produção de anticorpos específicos nos hospedeiros e a migração das larvas para a

cavidade mesentérica e tecido dos peixes pode causar alterações no sistema imune do

animal e, consequentemente, a eliminação ou a morte do parasito (Molnár et al. 2006).

Em enguias europeias foi observada a produção de anticorpos específicos contra

Anguillicoloides crassus (Buchmann et al., 1991; Höglund e Pilström, 1994; Békési et

al. 1997; Nielsen e Buchmann, 1997; Knopf et al. 2000). Dois tipos principais de

antígenos são, geralmente, reconhecidos nas infecções por nematóides, a excreção e

secreção solúvel (E/S). Os antígenos somáticos estão associados com superfícies no

exterior dos parasitos, geralmente as reações celulares desempenham um papel

importante na proteção do hospedeiro contra nematóides. Segundo Coscia e Oreste,

(1998), teleósteos da Antártida produzem anticorpos específicos contra Contracaecum

osculatum Rudolphi, 1908.

Na tabela 9 estão representados os valores do cálculo de eficácia (%) do óleo

essencial da P. aduncum contra os nematóides, após 7 e 15 dias de tratamento. Foram

calculadas a eficácia de cada tratamento, de acordo com Martins et al. (2001) e Onaka

et al. (2003). Nos dois períodos experimentais, não foi registrada mortalidade dos

peixes. Após 7 dias de experimento, não houve diferença estatística (p>0,05) entre os

tratamentos, exceto na maior concentração (64 ml/kg), e entre estes com o grupo

controle e verificou-se a baixa eficácia da P. aduncum contra os nematóides, inclusive

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na maior concentração (Figura 7). Em 15 dias, os tratamentos foram significativamente

diferentes (p<0,05) em relação ao grupo controle e houve diferença na maior

concentração (64 ml/L) que promoveu 76,21% de eficácia.

Tabela 9. Porcentagem de Eficácia (%) do óleo essencial de P. aduncum administrado

na ração e o controle (sem o óleo essencial) contra nematóides de Arapaima gigas em 7

e 15 dias de experimento.

Tratamento

(ml/kg)

Eficácia (%)

7 dias 15 dias

Controle 0 0

32 3,08 29,15

48 7,04 40,27

56 14,87 54,12

64 15,95 76,21

Para ser considerado um fármaco anti-helmíntico, uma droga precisa atuar na

cutícula do verme, podendo causar alterações nas atividades neuromusculares do

parasito ou lesar a cutícula. Essa ação pode resultar na digestão parcial do verme ou sua

eliminação através dos mecanismos imunológicos do hospedeiro (Molnár et al. 2006).

Entretanto, nenhum composto antiparasitário é eficaz contra todos os estádios de

desenvolvimento dos parasitas (Atta-ur-Rahman et al. 2005).

Substâncias presentes nas piperáceas interferem no metabolismo energético das

células, no ciclo de Krebs, ocasionando uma diminuição do armazenamento de energia,

do metabolismo de glicose e da respiração celular (Oliveira et al. 1963; Oliveira et al.

2003). Segundo Rafael (2008), o uso de dilapiol em larvas de Aedes aegypti causou

alterações cromossômicas. Bano et al. (1991) descrevem que a piperina, composto

presente na família Piperaceae, promove uma rápida absorção de nutrientes no trato

gastrointestinal, devido seu caráter lipofílico (afinidade com o tecido adiposo), podendo

interagir com os componentes lipídicos da membrana da célula intestinal, facilitando a

permeabilidade e a entrada de nutrientes. O que facilitou a permeabilidade do óleo,

permitando, assim, uma maior absorção do medicamento. Fazendo com que estes

metabólitos secundários encontrados no óleo essencial entressem em contato com a

cutícula dos nematóides.

O potencial de ação de alguns quimioterápicos anti-helmínticos sobre os

parasitos tem sido descrito na literatura: benzimidazóis (mebendazol, tiabendazol e o

albendazol) são agentes de amplo espectro, que interferem na captação de glicose

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dependente de microtúbulos, impedindo a função microtubular dos helmintos. O

praziquantel atua na homeostasia do cálcio nas células dos helmintos, o que provoca

uma contração muscular, paralisia e morte dos parasitos. A piperazina e a ivermectina

atuam como agentes inibidores de neurotransmissores sobre os canais de cloreto no

músculo do nematóide, que, depois de paralisados, são expelidos ainda vivos dos

hospedeiros. O pirantel e o levamisol atuam na despolarização neuromuscular dos

helmintos, causando espasmos e paralisia. (Rang, 2001; Fuches, 2004; Constanzo, 2004;

Craig e Stitzel, 2005; Gilmam, 2005; Katung, 2006; Golan 2009).

Na literatura são descritos diversos produtos de origem vegetal incorporados na

dieta para tratar patógenos em peixes, entre eles os nematóides (Amorim, 1987;

Escosteguy, 2000; Braga et al., 2001; Chitmanat et al. 2005; Diab et al. 2008; Tavechio

et al. 2009). A P. aduncum, apesar da vasta literatura acerca de seus efeitos

farmacológicos, não tem sido citada para controle de nematóides em peixes. Entretanto,

essa espécie já foi utilizada no controle de Meloidogyne incógnita Kofoid & White,

1919, um fitonematóide de tomateiro (Silva et al., 2006). A concentração de 80 ml/L do

extrato aquoso de P. aduncum foi eficaz no tratamento de D. cycloancistrium e D.

cycloancistrioides, ectoparasitas do pirarucu (Queiroz, 2012).

Em geral, as parasitoses na piscicultura têm sido tratadas com produtos químicos

compostos, entre eles, destacam-se: eritromicina, flumequina, oxitetraciclina,

florafenicol, cloranfenicol, praziquantel, levamisol, entre outros (Parra et al., 1997;

Pavanelli et al., 2008; Carraschi et al., 2011). Entretanto, pelas vantagens conferidas aos

fitoterápicos, as pesquisas vêm avançando para que estes se tornem acessíveis ao

produtor. Exemplos de resultados satisfatórios com diferentes fitoterápicos no controle

parasitário de peixes são descritos na literatura. Martins et al. (2002) testaram, em

juvenis de tilápias do Nilo, 2 g/kg de alho (A. sativum) na ração, por 45 dias, e

observaram redução em 95% da infestação por monogenóides de pacus. Chitmanat et al.

(2005) realizaram experimentos utilizando o extrato do alho em banhos, por dois dias,

com a concentração de 0,8 g/L, e obtiveram 100% de eficácia no controle de Trichodina

spp. Magalhães (2010) testou cipó-alho na concentração de 40 g/L em banhos de 60

minutos em tambaquis, e obteve média de 4,7 monogenóides vivos e 92,2 mortos.

Boijink et al. (2011) obtiveram 63% de eficácia, adicionando 45 g/kg de cipó-alho na

ração para tambaqui, por 45 dias, no tratamento de monogenóides. Abd El-Galil e

Aboelhadid (2012) verificaram que banhos com 3 ppt. do óleo de alho, durante 1 h, e

300 mg.L-1

de dentes de alho recém esmagados em banhos, por tempo indeterminado,

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impediram a infecção por tricodinídeos e monogenóideos em O. niloticus. Fujimoto et

al. (2012) testaram sementes de abóbora em Astyanax zonatus e obtiveram 95,26% e

92,48% de eficácia no controle de nematóides no intestino e no estômago dos peixes e,

para aqueles alimentados com sementes de mamão, a eficácia foi de 72% no controle de

monogenóides.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA),

Portaria n° 48, de 12/05/1997, através de sua Secretaria da Defesa Agropecuária, o

registro de produtos antiparasitários para mamíferos domésticos só é possível se sua

eficácia estiver acima de 90%. Entretanto, não existe uma legislação que defina a

eficácia de um medicamento para peixes e outros organismos aquáticos. Segundo Onaka

et al. (2003) isso pode gerar um prejuízo na avaliação destes produtos para peixes, pois

o objetivo dos tratamentos é o controle dos parasitos, de maneira significativa, e não,

necessariamente, sua eliminação acima de 90%.

Em geral, estudos sobre eficácia de diferentes produtos vegetais têm mostrado a

relação destes com a espécie testada, o tempo de exposição ao fármaco e sua forma de

administração. Portanto, a eficácia de P. aduncum, aplicado, via oral na alimentação,

pode representar um importante anti-helmíntico dessa e de outras espécies, mas devem

ser observadas as recomendações acima quanto à forma, período, e concentração

aplicada no animal.

5. CONCLUSÃO

Com os resultados obtidos, pode-se concluir que, nas concentrações testadas, o

óleo essencial de P. aduncum, no controle de nematóides, é de baixa toxicidade,

garantindo o bem estar do animal, evidenciado pelo equilíbrio fisiológico dos juvenis de

pirarucus. Foi constatado o potencial anti-helmíntico desse óleo, principalmente na

maior concentração (64 ml/kg) e tempo de exposição (15 dias) testados, cuja

porcentagem foi de 76,21% no controle de nematóides nos peixes. Supõe-se que,

concentrações acima de 64 ml/kg poderiam gerar melhores resultados, o que

recomenda-se futuros estudos com adição de ingredientes que possam tornar a ração

medicada mais palatével.

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