Uso da acupuntura e fitoterapia para tratamento do estresse de professores da rede pública.

1. INTRODUÇÃO

O estresse é um tema muito estudado e pesquisado de maneiras diferentes, é considerado um fenômeno da vida moderna, que pode estar presente na vida de todas as pessoas. Ele pode ser causado por diversos fatores e ter importante impacto na qualidade de vida tanto profissional como social.

Visando essas características, percebemos que o estresse está muito presente na vida das pessoas, pois nos dias atuais há uma grande sobrecarga de trabalho e quase não se encontra tempo para cuidar de si próprio e se divertir.

Ao longo do curso de acupuntura escutamos muito falar sobre o estresse e durante a prática no ambulatório atendemos pacientes com varias queixas, físicas e psicológicas, o qual contribuiu muito para a realização dessa pesquisa.

Através disso, surgiu a ideia de estudar o tratamento dos estresses por meio da acupuntura e da fitoterapia.

E através desse estudo demonstrar a eficácia da acupuntura e descobrir se aliada com a fitoterapia os resultados melhorariam ou se serio o mesmo.

A presente pesquisa é caracterizada por ser um estudo de campo, com intuito de colocar em prática todo o tratamento e acompanhar os seus resultados. Por se tratar de um tema muito amplo, delimitamos a professores de escola publica e municipal que apresente sintomatologia de estresse.

A parte teórica desse estudo, inicia com uma revisão bibliográfica sobre: saúde do trabalhador, o estresse no ambiente de trabalho, o estresse entre os professores. Buscamos explanar o assunto acupuntura, fitoterapia e fitoterapia chinesa, afim de facilitar o entendimento.

Depois descrevemos as justificativas, objetivos e métodos e finalizamos apresentando a discussão e os resultados.

2. SAÚDE DO TRABALHADOR

À saúde, como direito universal é dever do Estado, sendo expressa na Constituição Federal de 1988 e regulamentada pela Lei Orgânica de Saúde. Nesse âmbito encontra-se a saúde do trabalhador (BRASIL, 2012).

De acordo com o Ministério da Saúde, o termo Saúde do Trabalhador se refere a um campo do saber que visa compreender as relações entre o trabalho e o processo saúde e doença tendo por objetivo o desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase na vigilância, visando à promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras assim como a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos (BRASIL, 2017).

A qualidade de vida é algo que está diretamente ligada à saúde do trabalhador. A boa qualidade de vida do trabalhador reflete em um profissional saudável, desde a saúde física, cultural, espiritual até a saúde profissional, intelectual e social. Considera-se atualmente que as empresas que desejarem estar entre as melhores do mercado devem incluir em suas missões, visões e valores a qualidade de vida de seus contribuintes, pois através destas que se procede toda sorte de benefícios ou malefícios que futuramente resultarão em lucro ou prejuízo para a organização (BARBOSA, 2016).

Estudos recentes têm demonstrado consideráveis impactos na saúde do trabalhador, em decorrência da intensificação do ritmo de trabalho e aumento de exigências sobre o trabalhador, trazendo evidências sobre a necessidade de responder aos anseios de melhoria nas condições de vida e de saúde dos trabalhadores (SOUZA et al., 2011).

2.1 O estresse no ambiente de trabalho

Tem-se observado que o ambiente de trabalho tem sofrido muitas mudanças, a fim de que acompanhe as transformações tecnológicas do mercado, aumentando a pressão sob os colaboradores, visto que são cobrados por um bom desempenho, não só em sua vida profissional, mas também pela sociedade. Contudo tem-se denotado o aparecimento de estresse ocupacional (FERRAZ; FRANCISCO; OLIVEIRA, 2014).

O estresse é considerado um fenômeno de vida moderna, que pode estar presente na vida de todas as pessoas, independente de idade, sexo, classe social ou profissão. Consiste em uma alteração psicofisiológica do organismo, que pode ser observável por meio de sintomas tanto físicos como psíquicos, para reagir a situações tanto de tensão como de opressão (GOMES et al., 2012).

De frente ao estresse a meta desejada é a adaptação que consiste em uma mudança ou alteração destinada a auxiliar o indivíduo no ajuste a uma nova situação ou ambiente, sendo que a adaptação é inerente ao processo de enfrentamento. Esse processo considerado como compensatório apresenta tantos componentes fisiológicos e psicológicos e tem por objetivo fazer com que o indivíduo alcance a adaptação de tal modo que se atinja o equilíbrio novamente e tenha energia e capacidade de satisfazer às novas demandas assim como alcançar o bem-estar (BRUNNER, 2012).

A Medicina tradicional chinesa (MTC), relaciona as causas patológicas interiores como sendo de fundo emocional. Possui a visão dos órgãos internos como uma esfera físico, mental e emocional. Assim, na medicina chinesa, o corpo, a mente, emoções estão integrados como um todo sem início ou fim, no qual os órgãos internos são a maior esfera de influência (MACIOCIA, 2015).

Maciocia (2015), faz menção a relação entre os efeitos de sobrecarga de trabalho em relação ao QI e ao Yin, referindo a sobrecarga de trabalho não como esforço físico, mas como trabalhar excessivamente, muitas horas por muitos anos. No entanto o autor da ênfase à importância de um equilibro adequado entre o trabalho e descanso, trabalho e relaxamento e a importância de um ritmo adequado de trabalho e descanso.

Sempre que trabalhamos ou nos exercitamos gastamos o QI e sempre que descansamos o QI é restaurado. Há dois tipos de QI a serem considerados: QI pós celestial: que é formado a partir do alimento pelo estômago e pelo baço diariamente, este é constantemente preenchido e provê energia para as nossas atividades diárias; Substâncias Yin: que sendo a fundação e a nutrição do corpo, determinam nossa nutrição corporal básica e nossa resistência às doenças em longo prazo. Quando uma pessoa trabalha excessivamente, conduz a uma deficiência de Yin de rim (MACIOCIA, 2015).

2.2 O estresse entre os professores

Goulart Junior e Lipp (2007), refere o magistério como uma profissão estressante. O mesmo traz em seu estudo a definição do estresse dos professores como uma síndrome de respostas de sentimentos negativos, tais como a raiva e depressão, geralmente acompanhada de mudanças fisiológicas e bioquímicas potencialmente patogênicas, mediadas pela percepção de que as exigências profissionais constituem uma ameaça à autoestima ou bem-estar desses profissionais.

Alguns estudos demonstram que o estresse do professor, no Brasil, parece estar associado a alguns fatores como: baixos salários, à precariedade das condições de trabalho, às atribuições burocráticas muitas vezes desgastantes, elevado número de alunos na sala de aula, ao despreparo do professor diante de situações emergenciais, às pressões exercidas pelos pais dos alunos e pela sociedade em geral, à violência nas escolas, dentre outros fatores.

Silveira et al. (2014), evidenciaram em seu estudo que muitas vezes o excesso de demanda no trabalho pode exceder as habilidades pessoais de enfrentamento de problemas e de manejo do estresse, visto que muitos docentes têm de conciliar as demandas do ambiente escolar com suas demandas pessoais ou familiares, tornando o trabalho mais exaustivo.

3. ACUPUNTURA

Desde 1974 há como proposta a inclusão das naturopatias como forma de resolver os problemas de saúde com eficiência e eficácia. Em 2000 a Organização Mundial de Saúde (OMS), em Genebra, reporta-se à necessidade de se criar estratégias mundiais no sentido de ajudar países a regulamentar as terapias não alopatas. Em 2002 a OMS em seu documento: “Estratégia da OMS sobre Medicina Tradicional 2002-2005” ressalta métodos de eficácia comprovada quando empregadas adequadamente como a acupuntura, homeopatia, hipnose e técnicas de relaxamento como yoga, tai-chi e etc (SOUZA et al., 2011).

Dentre essas terapias citadas, a acupuntura pertence a MTC, que consiste na aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo e em diferentes profundidades, com o objetivo de equilibrar o corpo através dos pontos de acupuntura ou acupontos, que se localizam ao longo de linhas conhecidas como meridianos (OLIVEIRA, 2012)

A MTC visa a integração do ser humano e da natureza, buscando o equilíbrio energético. Para a MTC as doenças são vistas como desequilíbrios energéticos, que podem ser consideradas de origem interna ou externa (interna: se manifesta no interior do corpo atingindo Zang Fu, medula, ossos, xue e Qi; Externa: desarmonias se encontram entre pele e músculos.)

Visando os desequilíbrios, a acupuntura tem como proposito reestabelecer o livre fluxo do Qi dos meridianos, órgãos e vísceras para promover a harmonia entre energia e matéria. (COSTA et al, 2012)

Para uma boa pratica de acupuntura, é necessário a compreensão energética dos meridianos, dos pontos de acupuntura, suas funções e a dos zang fu, dessa maneira é possível obter bons resultados no tratamento, evitando ou prevenindo a doença. (COSTA et al,2012).

3.1 Mecanismo de ação da acupuntura

Em relação ao mecanismo de ação da acupuntura Santos et.al (2017), afirma que a acupuntura atua no eixo hipotálamo- pituitário- adrenal, através da ativação de centros corticais e da liberação de substâncias anti-inflamatórias e analgésicas. Wen 1898 descreveu vários mecanismos de ações ao se aplicar a acupuntura: 1- A acupuntura alterna a circulação sanguínea a partir da estimulação de acupontos, gerando alteração da dinâmica da circulação regional por meio de microdilatações, podendo ocorrer também relaxamento muscular sanando o espasmo, diminuindo a inflamação e a dor. 2- A estimulação de alguns pontos pode promover a liberação de hormônios como cortisol e endorfinas promovendo analgesia. 3- A Acupuntura ajuda a aumentar a resistência do hospedeiro. Quando há agressão externa, alguns sistemas orgânicos são prejudicados. Há uma regulação interna para oferecer resistência à doença. A Acupuntura exacerba estes mecanismos para que em menos tempo o equilíbrio e a saúde sejam restabelecidos. 4- A Acupuntura promove o metabolismo. O metabolismo é fundamental na manutenção da vida. Em certas condições de doença, há alteração do metabolismo dos diversos órgãos, com conseqüente prostração e deficiência do organismo. A Acupuntura permite a recuperação desse metabolismo, importante no processo de cura.

3.2 Indicações e benéficos da acupuntura

A acupuntura não é indicada somente para o controle da dor. A OMS em 1966 elaborou um relatório sobre a pratica clinica da acupuntura, baseado em vários estudos clínicos controlados, sendo considerada as seguintes categorias de desordens: dor, infecções, desordens neurológicas, respiratórias, digestivas, ginecológicas, obstétricas, cardiovasculares, mentais, pediátricas, sensórias e de pele, dentre outras. Destas categorias de desordens foram estudadas 107 doenças, sendo que as doenças, sintomas ou condições em que a acupuntura provou ser um tratamento eficaz, através de ensaios clínicos controlados foram: reacções adversas à radioterapia e/ou quimioterapia; rinite alérgica (incluindo a febre dos fenos); cólica biliar; depressão (incluindo neurose depressiva e depressão pós-AVC); disenteria bacilar aguda, dismenorreia primária; epigastralgia aguda (úlcera péptica, gastrite aguda e crónica, e gastroespasmo); dor facial (incluindo desordens temporo-mandibulares); dor de cabeça; hipertensão essencial; hipotensão primária; indução do parto; dor no joelho; leucopenia; dor lombar; lombalgia; má posição do feto, correcção da Posição do Feto; enjoo matinal; náuseas e vómitos; dor no pescoço; dor em odontologia (incluindo dor dentária e disfunção temporo-mandibular); periartrite do ombro; dor pós-operatória; cólica renal; artrite reumatoide; ciática; entorse; AVC; cotovelo de tenista; dor abdominal (em gastroenterite aguda ou devido a espasmos gastrointestinais); acne vulgaris; dependência do álcool e desintoxicação; paralisia de Bell; bronquite asmática; Diabetes mellitus não-insulino-dependente entre outras. (RIBEIRO,2016)

Como vantagens Wen 1988 cita algumas como: 1- as inúmeras possibilidades de aplicação: sendo útil em qualquer doença, não importando sua localização, oferecendo auxílio de uma maneira ou de outra em todas as faixas etárias e independentemente do sexo, podendo ainda ser facilmente associada a outras modalidades terapêuticas. Sendo recomendado patologias cirúrgicas a fim de melhorar o estado imunológico do paciente e apressar a recuperação no período pós-operatório. 2- Diminuição do uso de medicamentos: considerando que atualmente, o uso de drogas está se tornando abusivo, ocorrendo com frequência intoxicações sem que se consigam resultados terapêuticos ideais. A Acupuntura propõe a regulação e o equilíbrio do organismo, melhorando a circulação sanguínea, aumentando a resistência corpórea e sendo capaz de mudar a constituição corporal; por isso, reduz ao mínimo a necessidade de drogas e aumenta a eficácia terapêutica. Além disso, constitui-se num tratamento mais econômico em relação ao tradicional método da alopatia. 3- Simplicidade na instrumentação necessária: a Acupuntura utiliza materiais simples, de fácil transporte. 4. Segurança no tratamento: a acupuntura é uma prática extremamente segura, exigindo apenas uma eficiente esterilização das agulhas e um bom nível técnico do terapeuta.

4. FITOTERAPIA E FITOTERAPIA CHINESA

A Fitoterapia faz parte da medicina natural, imagina se que desde que surgiram as doenças o homem tentou combate lá com o que tinha em mãos, e a natureza era esse recurso. (TREZZA, 2018)

O termo fitoterapia, apesar de traduzido geralmente como medicina herbal, ela também faz uso de ingredientes de origem animal ou mineral para a elaboração das formulas. Há muito tempo já se fazia uso desse tipo de tratamento, as primeiras descobertas foram feitas por estudos arqueológicos em ruinas do Irã. (REZENDE, COCCO 2002)

Na china por volta de 3000 a.C, há relatos de um herbário criado por um imperador chinês que catalogou 365 ervas e venenos. (NARDI, BONAPARTE, 2014)

Desde então o conhecimento sobre as plantas vem sendo passado de geração em geração. E atualmente tornou se popular entre as pessoas. (VIEIRA et al, 2018)

Nos dias atuais as pessoas estão investindo mais na qualidade de vida e com isso se preocupando mais com a sua saúde, passando a utilizar mais medicamento naturais, conhecidos como fitoterápicos. Percebemos isso ao analisar as prescrições médicas nos países industrializados que passaram a representar 24%, e nos países em desenvolvimento 80%, que mostra que a utilização de plantas medicinais vem crescendo novamente. (TREZZA, 2018)

A Organização mundial da saúde (OMS), vem estimulando cada vez mais a utilização da medicina tradicional chinesa nos sistemas de saúde, não apenas a fitoterapia, mas outras técnicas derivadas da medicina tradicional chinesa. (TREZZA, 2018)

Observamos que ultimamente, em reportagens na televisão muito tem se falado sobre a acupuntura e a fitoterapia chinesa, seu crescimento e os benefícios que elas nos trazem. Em uma reportagem do Globo repórter, foi exibido um hospital na China que utilizava a fitoterapia como meio de tratamento para diversas patologias, com intuito de tratar e prevenir doenças e até mesmo intervir e diminuir o índice de cirurgias. (MEDICINA...2010)

O ocidental tem uma perspectiva tecnicista, que vê o paciente de maneira fragmenta, de modo diferente do oriental que tem uma visão mais abrangente do homem como um todo. (REZENDE, COCCO, 2002).

Há várias formas de utilização das plantas para a preparação do fitoterápico, a maneira como ela será utilizada dependerá da duração do tratamento, posologia e eficiência. As formas mais comuns de utilização são a decocção e infusão, mais também temos a cataplasma, maceração, tintura, garrafada, vinho medicinal, pó e unguento. (TREZZA, 2018)

O método de classificação dos chineses é diferente da classificação da fitoterapia ocidental, enquanto o ocidental leva mais em consideração a parte fotoquímica das plantas, o oriental a classifica pelos cinco sabores, as quatro direções e a temperatura das ervas. (VERSOLATTO, 2017)

Para fitoterapia chinesa é necessário que haja um equilíbrio já que ela não se baseia na cura, mas na busca do organismo pelo auto cura. Cada planta pode possuir capacidades energéticas, curativas ou sinérgicas.

As formulas de fitoterapia chinesa consistem basicamente em:

Erva imperador, que determina a ação; erva ministro, que potencializa a ação da anterior; erva assistente, que ajuda no bem-estar e cuida do estomago; erva mensageiro, que faz com que as outras plantas ajam no local desejado. (NARDI, BONAPARTE, 2014).

A fitoterapia chinesa engloba na sua maioria 6 ou mais componentes, sendo um ou dois deles os agentes principais contra a causa do mal e os demais, desempenho um papel não menos essencial de impedir os efeitos colaterais indesejados ou ajudar o agente principal. (MOLON, 2004)

Para a escolha do fitoterápico é necessária uma avaliação detalhada afim de definir todos os desequilíbrios energéticos e dessa forma selecionar o melhor composto para o paciente. (XIMENES, 2014).

Os compostos possuem movimentos diferentes que podem auxiliar o movimento ascendente ou descendente; temperaturas diferente que indicam a qualidade térmica dos componentes e que podem ser divididas de acordo com seu grau, sendo elas, quente ou fria que apresentam naturezas opostas e corresponde ao grau máximo de yin e yang, os de temperatura tépida e morno possuem a mesma natureza mas em menor grau e os que não se enquadram em nenhum dos citados anteriormente, sendo considerados neutros. Também temos os sabores, que são: pungente, doce, ácido, amargo e salgado. (XIMENES, 2014)

Para essa pesquisa utilizamos a fórmula XIAO YAN SAN, que tem como ação harmonizar as energias do fígado e do baço, aliviar energia estagnada, restaurar o sangue, releva estado de ansiedade e depressão e regula a menstruação. Indicado para stress, insônia, depressão, ataques de pânico, síndrome pré menstrual, cansaço, fadiga, tontura, insônias, dores de cabeça, problemas digestivos. (BRASIL, acupuntura 2011).

Posologia: 30 gotas 3x ao dia com água, 30 minutos ou 1 hora antes das refeições. (BRASIL, acupuntura 2011).

Segundo Maciocia, 2015 a formula XIAO YAN SAN, conhecida como pó do caminhante livre e tranquilo é composta por:

Bo He – Herba Menthae Haplocalycis

Chai Hu – Radix Bupleuri

Dang Gui – Radix Angelicae Sinensis

Bai Shao – Radix Paeonia lactiflorae

Bai Zhu – Rhizoma Atractylodis Macrocephalae

Fu Ling – Sclerotium Poriae cocos

Gan Cao – Radix glycyrrhizae uralensis

Sheng Jiang – Rhizoma Zingiberis officinalis recens.

5. JUSTIFICATIVA

Os locais escolhidos para a realização do estudo foram as escolas, devido as evidências de estudos que constataram que as escolas vêm assumindo cada vez mais características e modelos de gestão empresarial, não podendo ser considerada, hoje, apenas uma pequena empresa, devido à sua complexidade, organização, número de funcionários e clientes atendidos. (CARLOTTO; PALAZZO, 2006).

Ferraz, Francisco e Oliveira (2014), sugere que as empresas iniciem um programa que alivie o estresse constante sobre o trabalhador, efetivando melhoria na qualidade de vida do trabalhador e ganhos também a empresa, visto que quem sofre as consequências dos efeitos do estresse não é somente o trabalhador, mas a empresa também.

Em relação a terapêutica proposta, houve a reflexão das autoras sobre a convergência existente entre as duas racionalidades médicas: a ocidental e a oriental. A ênfase do pensamento ocidental voltado para a fragmentação e o uso da razão e o oriental voltado sobre o todo e o contato direto com a realidade.

Diante destas reflexões as autoras fizeram os seguintes questionamentos: É sensato tratar o paciente com tratamentos incompletos que atuam apenas nas consequências e não na causa da doença? É sensato tratar as dores que vêm do sentimento e das emoções somente com medicações e cirurgias que agem apenas no corpo? Haveria um resultado satisfatório ao paciente no tratamento associado de acupuntura e fitoterapia?

6. OBJETIVO

O objetivo do presente estudo será avaliar se há um resultado satisfatório no uso associado de acupuntura e fitoterapia na redução de níveis de estresse e melhora na qualidade de vida dos professores.

7. METODOLOGIA

Para definir a amostra dos sujeitos participantes, foi enviada uma carta convite a escolas públicas situadas em Sorocaba- SP e Machado-Mg. As escolas e os professores que aceitaram a participar da pesquisa assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXOS A e B).

A todos profissionais que manifestarem interesse a participar da pesquisa, foi aplicado como instrumento de pesquisa o Inventário sobre Estado de Estresse ou Lista de Sintomas de Stress- (LSS) de Covalan e Escala Analógica Visual (EAV) (ANEXO D e E).

Os critérios de inclusão dos sujeitos foram:

Participação voluntária no estudo com disponibilidade de horário para comparecer às sessões;

Os sujeitos que receberam o tratamento deveriam atingir escores médios (29 a 60 pontos), alto (61 a 120 pontos) ou altíssimo (>120 pontos);

Não estar grávida;

Não estar praticando outras terapias energéticas;

Ser professor atuante em escola pública dos municípios de Sorocaba (SP) ou Machado (MG);

Ser professor atuante.

Critérios de exclusão:

Entrar de férias ou licença durante o período de estudo;

Abandono e perda do seguimento dos atendimentos;

Questionários incompletos.

Após a seleção, as pesquisadoras avaliaram os pacientes através de uma anamnese inicial, constando as principais queixas do paciente, assim como o diagnóstico energético (8 critérios diagnóstico, síndrome das substâncias fundamentais, síndrome do Zang Fu e análise dos cinco elementos). Foi padronizada uma ficha de avaliação (ANEXO C).

Foi realizado o levantamento das principais queixas de estresse dos pacientes e discutido cada caso em um encontro previamente agendado pelas duas pesquisadoras, a qual foi elaborada a melhor categoria de pontos para o tratamento dos pacientes. Para o levantamento das queixas e elaboração do tratamento foi utilizado como instrumento o Planejamento Estratégico Situacional (PES).

A amostra foi constituída de dois grupos um grupo foi tratado somente com acupuntura e outro grupo foi tratado com acupuntura e fitoterapia.

O tratamento foi elaborado pelas duas pesquisadoras conjuntamente, levando em consideração que embora cada doença tenha uma característica própria, o foco da cura não deve ser a doença em sí e sim a pessoa. Dificilmente as causas de doenças de uma pessoa serão as mesmas pois cada ser é único em seu universo de pensamento, emoções, sentimentos e principalmente em sua memória espiritual (GIMENES, 2016).

Em relação ao tratamento, tanto a acupuntura quanto a fitoterapia foram baseados no diagnóstico energético obtido pelas pesquisadoras e por pesquisas que foram realizadas pelas mesmas em bancos de dados e livros.

Um dos instrumentos utilizados foi o PES, segue abaixo breve descrição sobre o mesmo:

O PES, foi proposto pelo economista chileno Carlos Matus como uma alternativa ao modelo de planejamento tradicional. Seu criador refere ao PES, como sendo à arte de governar em situações de poder compartilhado nas situações da nossa realidade, defendendo que o dirigente do planejamento faça parte da realidade planejada, coexistindo, interagindo e levando em consideração as causas e opiniões dos outros sujeitos presentes na instituição (KLEBA; KRAUSER; VENDRUSCOLO, 2011).

O diagnóstico administrativo situacional é considerado como uma das fases do planejamento estratégico em saúde a qual Matus sistematizou quatro etapas: Explicativo, Normativo, Estratégico, Tático e Operacional

Entende-se por diagnóstico administrativo situacional ou organizacional como o resultado de um processo de coleta, tratamento e análise de dados colhidos em um local especifico, onde se pretende realiza-lo com o objetivo de identificar problemas e fatores limitantes de desenvolvimento, estabelecer prioridades, identificação e reorganização de área física, número de pessoal e horário de trabalho entre outros fatores que permitam a observação da realidade da instituição, possibilitando planejamento, controle e coordenação corretamente (REZENDE et al., 2010; RIBEIRO et al., 2008).

No diagnóstico o elemento central é a produção de um quadro de problemas para a identificação dos problemas mais relevantes para uma instituição ou situação em um determinado momento. Para Matus, um problema não pode ser apenas um mal-estar ou uma necessidade sentida pela população, um problema deve gerar uma ação (ARTMANN, [20-?]; ÁVILA; MEIRA, 2012).

O PES, pode ser utilizado e adaptado em áreas como saúde e educação, permitindo sua aplicação em níveis setoriais, sem deixar de situar os problemas em um contexto amplo, mantendo a riqueza da análise de viabilidade e possibilidade de intervenções (KLEBA; KRAUSER; VENDRUSCOLO, 2011).

Etapa 1- Definição das informações necessárias:

Foram coletadas informações referentes a variáveis sociodemográficas, de trabalho e de saúde estilo de vida, conforme proposto por Santos e Marques (2013). As variáveis sociodemográficas incluirão: gênero, idade, cor da pele, estado civil e classe econômica. As variáveis relacionadas ao trabalho compreenderão: ao nível de formação acadêmica, tempo de docência no município, quantidade de escolas em que o professor leciona, carga horária de trabalho semanal, turnos trabalhados, absenteísmo no último ano e possuir outra ocupação remunerada (diferente da docência pelo município). As informações referentes ao estilo de vida e saúde constarão a pratica de atividade física, percepção de saúde e hábitos alimentares, além da percepção do stress.

Etapa 2- Levantamento de dados:

A segunda etapa foi realizada em duas etapas. Na primeira etapa foi realizada a coleta de dados nas escolas selecionadas nos municípios de Machado- Mg e Sorocaba- SP. Os instrumentos utilizados para a coleta constarão foram: LSS, EAV, questionário contendo variáveis sociodemográficas, de trabalho e de saúde estilo de vida e Anamnese.

Para realização da anamnese, seguimos as etapas do diagnostico que consiste em:

1° Inspeção e observação, que tem grande importância, pois permite avaliar a expressão do rosto, cor da tez, porte geral do corpo, inspeção da língua. Esse tipo de inspeção nos permite visualizar alterações de Qi, Xue, Yin ou Yang.

2° Interrogatório permite conhecer o aparecimento e evolução da doença, e dessa maneira conseguimos saber órgãos e canais de energia com comprometimento. O interrogatório foi baseado na “canção das 10 perguntas”

Calor e Frio

Transpiração

Dores

Cabeça

Tórax e abdome

Fezes e urina

Sono

Alimentos e sabor

Sede e bebidas

Audição e tinidos

3° Auscultação e olfação, ouvir o som da voz e os diversos ruídos do paciente e sentir os odores do seu corpo.

4° Palpação pulso, pontos de acupuntura e meridianos.

Em um segundo momento os dados levantados foram analisados pelas duas pesquisadoras a qual determinarão a caracterização da clientela assim como as suas principais queixas e outros dados pertinentes de cada instituição analisada.

Etapa 3- Identificação dos problemas:

Será realizado a descrição dos problemas identificados pelo planejamento.

Etapa 4 – Priorização dos problemas:

Será realizado a priorização dos problemas levantados por meio de auxilio de fluxogramas como instrumentos de facilitação da análise.

Etapa 5- Seleção e desenhos das operações dos nós críticos:

Será estabelecido os nós críticos, operação/ ação a ser realizado, resultados esperados e recursos necessários de cada nó crítico.

8. RESULTADOS

A amostra do presente estudo constitui-se de 27 professores atuantes em escolas públicas dos municípios de Machado-Mg ou Sorocaba-SP. 96% é constituído do gênero feminino; declaram-se 77% branco, 18,5% pardo, 3,7% negro; 25,9% possuem curso superior, 70,3% pós-graduação e 3,7% ensino técnico.

A média de tempo de exercício da profissão entre os descentes é de 27 anos. Não se observou uma relação entre o nível de estresse e o tempo de exercício da profissão entre os docentes.

Pereira et al. (2014), faz relação entre o tempo de docência dos professores com a percepção dos mesmos através da análise de dois estudos. No primeiro estudo foi detectado que a percepção de estresse do professor aumentava de acordo com o aumento do tempo de magistério. Já no segundo estudo foi detectado menor nível de estresse entre os professores em final de carreira comparados com os de início de carreira, talvez devido ao fato deles, a partir de sua experiência conseguirem lidar melhor com as adversidades da profissão. No entanto o autor conclui que um maior tempo de docência, não é, necessariamente um fator de proteção para o estresse nesta categoria profissional.

Em relação a carga horária profissional, Pereira et al. (2014), observou maior nível de alto desgaste entre os docentes com carga horária elevada de trabalho, afirmando que os somatórios das demandas profissionais com as tarefas extraclasse propiciaria ao surgimento de efeitos sobre a saúde mental dos docentes.

A média inicial obtida no grupo acupuntura foi de 78,07, após o

tratamento houve uma melhora, o grupo acupuntura apresentou média 63,08.

Já o grupo acupuntura associada a fitoterapia obteve uma média inicial de 73,6

e final de 55,8. Comparando os dois grupos notamos a maior diminuição dos

níveis de estresse no grupo de tratamento de acupuntura associado a

fitoterapia.

9. DISCUSSÃO

SOUZA, LUZ (2011), considera inadequado e inapropriado que os critérios de uma racionalidade sejam imediatamente aplicáveis a outra, uma vez que para a compreensão de fato de uma racionalidade médica distinta, é necessário aprender a pensar como um praticante dela, ou seja tornar-se um nativo. O mesmo autor destaca que ao aplicar os critérios de validação do modelo biomédico sobre a MTC ocorre a oposição sobre à forma clássica de se praticar a mesma trazendo consequências como a classificação de doenças como forma prioritária da diagnose, criações terapêuticas padronizadas, com fitoterápicos e pontos de acupuntura pré- selecionados e fixos para cada doença, e a avaliação da terapêutica com base na mensuração objetiva de dados, frequentemente colhidos por instrumentos de alta tecnologia. Contudo ocorre a oposição da forma clássica de atuação do acupunturista, a qual o terapeuta: se baseia no sistema diagnóstico de determinação de padrões de desarmonias energéticas, com base na interpretação de sinais colhidos na língua e no pulso, por exemplo; prescreve tratamentos singularizados para cada paciente, e utiliza ampla variedade de práticas terapêuticas de acordo com a resposta e necessidade terapêutica como por exemplo as massagens, exercícios físicos orientais, dietoterapia chinesa, fitoterapia, auriculoterapia, dentre outras.

Durante a prática tivemos alguns percalços devidos a imposição dos critérios metodológicos ocidentais que limitam a terapêutica do terapeuta durante a prática clínica, nos quais não respeitam a singularidade dos pacientes da amostra do estudo, fator primordial durante a execução do tratamento do indivíduo na visão oriental. O primeiro percalço em relação a essa temática ocorreu durante o atendimento de um participante do sexo masculino, pertencente ao grupo de não uso de fitoterápico chinês, a qual após uma sessão de acupuntura no dia seguinte o mesmo apresentou um episódio de cólica devido ao diagnóstico médico ocorrido de litíase biliar. O segundo percalço ocorreu com uma participante do sexo feminino pertencente ao grupo de não uso do fitoterápico chinês a qual apresentou desconfortos durante determinados períodos de seu ciclo menstrual ao não ser considerado uma escolha adequada de pontos que atuasse no foco principal de nosso estudo: a atuação sobre o estresse, mas que ao mesmo tempo beneficiasse a paciente nos desconfortos daquele período e não causasse nenhum desconforto.

Diante desses vieses trazemos em pauta as considerações de SOUZA, LUZ (2011) que considera que as prescrições durante a prática da MTC, deve ser bastante flexível, sendo adequado variar de acordo com a evolução do quadro de desarmonia, o horário de aplicação, estação climática em relação ao padrão de enfermidade dentre outros fatores inerentes ao pensamento oriental. No entanto acreditamos assim como o autor que ao considerarmos um grupo de tratamento cujo terapeuta não pode interferir em sua formulação, estamos limitando suas possibilidades terapêuticas em nome da padronização, conforme comprovação em um estudo realizado apresentado por esse mesmo autor na qual foi observado que apenas os pacientes que tiveram o tratamento individualizado, respeitando a sua singularidade mantiveram as melhoras obtidas, comparados aos pacientes que tiveram a elaboração de tratamento por padronizações.

Outra contradição dos critérios metodológicos ocidentais ao serem utilizados durante a prática da MTC é que se expuséssemos a um praticante de

medicina chinesa um grupo de pacientes para a elaboração de um tratamento levando em consideração esses mesmos critérios, dificilmente ele observaria sinais comuns suficientes para enquadrar várias pessoas em um mesmo grupo.

Em relação a essa temática ressaltamos ainda a importância de repensar os critérios metodológicos durante a pratica da medicina tradicional chinesa, considerando insatisfatória as pesquisas realizadas até o momento, o desafio metodológico em realizar pesquisas em medicina chinesa e a importância de se realizar pesquisas na área vista atualmente a crítica do conselho de medicina em nosso país em relação as práticas integrativas de saúde, justificando a não comprovação cientifica.

Durante o tratamento observou se a dificuldade de alguns pacientes de agregar na sua vida diária o regime terapêutico. Percebeu se que os mesmos tinham a percepção do seu estado saúde e do seu nível de estresse, expressando durante a anamnese o desejo e a necessidade de que sentiam de cuidar de sua saúde. Embora apresentaram falta aos compromissos agendados, não adesão ou adesão parcial do tratamento e capacidade prejudicada de modificar o estilo de vida. Foi constatado que esses apresentaram resultados não efetivos ou parcialmente efetivos. Alguns pacientes demonstraram sua autopercepção de saúde prejudicada, sendo observado que algumas mulheres não têm percepção de seu ciclo menstrual e alterações em seu corpo. Houve relatos de melhora em relação ao padrão de sono, ao desempenho profissional, autoestima, relacionamentos familiares e profissionais após o tratamento.

Estudos para verificar a qualidade de vida dos docentes tem revelado problemas relacionados ao sono, abuso de medicamentos, quadros de depressão e esgotamento. Em relação aos fatores causais de adoecimento dos professores destacam-se: fatores comportamentais dos alunos, pouco acompanhamento familiar, falta de reconhecimento e problemas relacionados ao ambiente físico (ergonomia, mobiliário, equipamentos e condições de ruídos e temperatura) entre outros (DIEHL; MARIN, 2016).

Nosso estudo demonstrou entre os docentes prevalência do uso de ansiolíticos, alterações no padrão alimentar, altos níveis de estresse levando em consideração a escala de lista de sintomas de estresse assim como a escala analógica visual e desconfortos relacionados ao ciclo reprodutivo feminino. Em relação aos possíveis fatores causais de estresse durante o tratamento houve a menção de alguns temas como: os fatores comportamentais dos alunos (o uso de drogas ilícitas, violência verbal aos professores); falta de participação dos pais com a educação dos filhos; baixa remuneração salarial; falta de recursos, apoio e capacitação ao trabalhar com alunos especiais e alguns fatores burocráticos).

Braun e Carlotto (2014), consideram que os professores de educação especial são mais susceptíveis a ocorrência ao Burnout do que os professores de escolas regulares. Sendo a Sindrome de Burnout considerado como um fenômeno psicossocial que surge em resposta aos estressores crônicos no trabalho. Os docentes que trabalham com alunos especiais ressaltaram durante a pesquisa os desafios no trabalho no dia a dia referente muitas vezes a falta de preparo em saber lidar com uma diversidade e alto número de alunos especiais, a falta de apoio de uma equipe multiprofissional e os desafios da política de inclusão social.

Algumas ocorrências importantes durante o período da realização dessa pesquisa merecem ressalva como a greve dos professores da rede estadual de

Minas Gerais, os quais reivindicaram melhores condições salariais e de carreira e ao mesmo tempo a realização de concurso do Estado de Minas desses mesmos profissionais para obtenção da vaga do cargo de professor do Estado.

Oliveira et al. (2016), define o fator trabalho e espaço total de vida como ao tempo que o profissional possui para se dedicar a família e ao lazer, sendo que o trabalho não deve absorver tempo e energia em detrimento dos momentos de descanso do trabalhador. Embora não se mostrou nos resultados desse estudo relação entre a carga horária de trabalho e o nível de estresse Oliveira et.al (2016), considera que a baixa remuneração do docente pode levar ao prejuízo de momentos de lazer visto que não sobra dinheiro e tempo para aproveitamento dos momentos de folga.

Sugerimos a possível elaboração de um projeto de assistência de saúde aos servidores públicos municipais e/ou estaduais, tendo como dispositivo a acupuntura e outras técnicas orientais com a finalidade não somente reabilitativa como também de promoção a saúde, visto que se evidenciou mudanças nítidas não somente na redução do estresse como também na percepção da saúde em geral.

Tendo como relatos o aumento da disposição no trabalho, maior habilidade em lidar com situações difíceis no trabalho, melhora da concentração, sensação de tranquilidade e bem-estar, sendo inclusive percebido por alguns servidores maior desempenho e aumento da disposição dos alunos em aprender quando os mesmos se sentiam mais tranquilos no trabalho.

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