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UNIVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM ENGENHARIA CIVIL
LUCIMARA FERREIRA DE LIMA
PROCESSO AQUA DE CERTIFICACcedilAtildeO DE EDIFICACcedilOtildeES
SUSTENTAacuteVEIS NA FASE OPERACcedilAtildeO E USO ESTUDO DE CASO
DO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR
DISSERTACcedilAtildeO
CURITIBA 2013
LUCIMARA FERREIRA DE LIMA
PROCESSO AQUA DE CERTIFICACcedilAtildeO DE EDIFICACcedilOtildeES
SUSTENTAacuteVEIS NA FASE OPERACcedilAtildeO E USO ESTUDO DE CASO
DO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR
Dissertaccedilatildeo apresentada como requisito parcial para
obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Engenharia Civil do
Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil
Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Aacuterea de
Concentraccedilatildeo Meio Ambiente e Sustentabilidade
Orientador Prof Eloy F Casagrande Jr PhD
CURITIBA 2013
Dados Internacionais de Catalogaccedilatildeo na Publicaccedilatildeo
L732 Lima Lucimara Ferreira de
Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR Lucimara Ferreira de Lima ndash 2013
104 f il 30 cm
Orientador Eloy Fassi Casagrande Juacutenior Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Programa de
Poacutes-graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Curitiba 2013 Bibliografia f 95-101
1 Processo AQUA 2 Construccedilotildees sustentaacuteveis 3 Construccedilatildeo civil ndash Certificaccedilatildeo
4 Desempenho ndash Avaliaccedilatildeo 5 Gestatildeo ambiental 6 Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Escritoacuterio Verde ndash Estudo de casos 7 Engenharia civil ndash Dissertaccedilotildees I Casagrande Juacutenior Eloy Fassi orient II Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Engenharia Civil III Tiacutetulo
CDD (22 ed) 624
Biblioteca Central da UTFPR Campus Curitiba
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por oportunizar a realizaccedilatildeo de um sonho
Ao professor Ph D Eloy Fassi Casagrande Jr pela orientaccedilatildeo durante todo esse
tempo
Ao professor Doutor Cezar Augusto Romano pelo amor aacute profissatildeo que tornam suas
aulas especiais
Ao professor Doutor Aloiacutesio Leoni Schmid da Universidade Federal do Paranaacute pela
contribuiccedilatildeo nos ensaios acuacutesticos
Agrave Fundaccedilatildeo Vanzolini pelo fornecimento do material utilizado neste estudo o
referencial teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso
Agrave Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute e ao Programa de Poacutes Graduaccedilatildeo
em Engenharia Civil pela formaccedilatildeo acadecircmica e infraestrutura fornecida para o
trabalho
A CAPES - Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de niacutevel Superior pela
concessatildeo da bolsa
Ao meu esposo Alexandre pelo amor incentivo e compreensatildeo
Agrave minha matildee Marlene e irmatilde Letiacutecia pelo amor e incentivo
Agrave minha amiga Arquiteta Daniela Vidal pela forccedila em todos os momentos de alegria
e tristeza e pela compreensatildeo da minha ausecircncia em alguns momentos de
comemoraccedilatildeo
Agrave minha amiga Arquiteta Lorreine Vaccari pelos ensinamentos
A todos que de alguma forma contribuiacuteram para realizaccedilatildeo desse trabalho
Muito obrigada
ldquoQuanto mais aumenta nosso
conhecimento mais evidente
fica nossa ignoracircnciardquo
(John F Kennedy)
RESUMO LIMA Lucimara F de Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso Estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR 2013 p 106 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Curitiba Paranaacute 2013 Os desequiliacutebrios ambientais oriundos da incompatibilidade entre crescimento populacional e esgotabilidade dos recursos naturais trazem grandes desafios Neste contexto destaca-se a induacutestria da construccedilatildeo civil que utiliza na sua cadeia produtiva grande quantidade de recursos natildeo renovaacuteveis As atuais praacuteticas de produccedilatildeo utilizadas pela construccedilatildeo civil necessitam de ajustes imediatos para que o setor possa contribuir adequadamente com o desenvolvimento sustentaacutevel do paiacutes Infelizmente satildeo comuns ainda processos artesanais nas frentes de trabalho uso de mateacuterias-primas sem manejo sustentaacutevel e a aplicaccedilatildeo de produtos industrializados desconsiderando os aspectos de conservaccedilatildeo de aacutegua energia e a necessaacuteria reduccedilatildeo de resiacuteduos e desperdiacutecios O surgimento dos sistemas de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo da construccedilatildeo civil em diferentes partes do mundo vem minimizando os impactos negativos que o setor da construccedilatildeo origina Nos uacuteltimos anos o movimento ganhou novos adeptos e os nuacutemeros tornam-se expressivos apontando uma demanda urgente de novas atitudes por parte dos profissionais e empresas do ramo O estudo realizado consiste em analisar o Relatoacuterio Teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2010 como versatildeo provisoacuteria que no momento encontra-se em processo de revisatildeo Essa anaacutelise foi utilizada como base para a realizaccedilatildeo de um estudo de caso sobre a construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde da UTFPR O resultado dessa pesquisa eacute a avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental do escritoacuterio quanto agrave conformidade com os requisitos definidos no referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios bem como o tratamento das natildeo conformidades e a tomada de accedilotildees corretivas e preventivas para alcance de um desempenho satisfatoacuterio Assim esta dissertaccedilatildeo eacute uma siacutentese de um processo de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis e busca realccedilar a importacircncia da certificaccedilatildeo na construccedilatildeo civil como modo de garantir que edifiacutecios sejam planejados projetados construiacutedos e principalmente utilizados seguindo os princiacutepios da sustentabilidade aspectos teacutecnicos econocircmicos sociais ambientais e culturais que devem interagir de forma holiacutestica Palavras-chave Processo AQUA avaliaccedilatildeo de desempenho do Escritoacuterio Verde certificaccedilatildeo ambiental de edifiacutecios
ABSTRACT LIMA Lucimara F de The AQUA process for certification of sustainable buildings in the operation and use phases Case Study the UTFPR Green Office 2013 p 106 Thesis (Masteracutes Degree in Civil Engineering) ndash Post -graduate Program in Civil Engineering of Federal Technological University of Paranaacute Curitiba Brazil 2013 Environmental imbalances resulting from the lack of compatibility between the population growth and the exhaustibility of natural resources bring out great challenges In such a context the industry of civil engineering must be pointed out for the use of great quantities of non-renewable resources in its production chain The current production practices used in civil construction need immediate adjustments so that the sector may contribute appropriately for the sustainable development of the country Unfortunately it is still rather common to find artisanal processes on work fronts use of raw materials without sustainable handling and the application of industrialized products with disregard to aspects such as water conservation energy and the necessary reduction of residues and waste The appearance of assessment and certification systems of civil construction in different parts of the world has reduced the negative impacts caused by the construction sector Over the last years such movement has gained new supporters and numbers have become more expressive pointing towards a pressing demand for new actions by professionals and corporations in the field The study performed consists of analyzing the AQUAacutes Technical Report of Operation and Use designed by the Vanzolini Foundation in 2010 as a temporary version which is currently being revised Such analysis has been used as the basis for the undertaking of a case study on the construction of the Green Office at UTFPR The outcome of such research is the assessment of the officeacutes environmental performance as for conformity with requirements defined on the AQUA standard of buildings operation as well as the treatment of non-conformities and undertaking of corrective and preventive actions in order to achieve satisfactory performance Thus such thesis is the summary of a certification process of sustainable buildings and aims to emphasize the importance of certification in civil construction as a way of assuring that buildings are planned designed built and primarily used according to the principles of sustainability technical economic social environmental and cultural aspects which must interact holistically Keywords AQUA Process assessment of the Green Office performance
environmental certification of buildings
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos
estrateacutegicos 46
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50
Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59
Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60
Figura 20 - Manta de PET reciclado 60
Figura 21- Manta de pneu reciclado 60
Figura 22 - Painel Smartside 61
Figura 23 - Siding Vinilico 61
Figura 24 - Painel TechShield 61
Figura 25 ndash Painel Decowall 62
Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62
Figura 27 ndash Vigas I 63
Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64
Figura 31 ndash Piso elevado modular 65
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73
Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75
Figura 39 ndash Piso plast floor 76
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87
Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios
ambientais estabelecidos 53
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39
Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71
Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida
AQUA Alta Qualidade Ambiental
ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura
BEE Building Environmental Efficiency
BRE Building Research Establishment
BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method
CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental
Efficiency
CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo
CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel
CQI Controle da qualidade intriacutenseca
COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis
CO Dioacutexido de Carbono
EV Escritoacuterio Verde
GBC Green Building Council
HQE Haute Qualiteacute Environnementale
HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica
LCA Life cicle assessment
LEED Leadership in Energy amp Environmental Design
MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca
NBR Norma brasileira
ONU Naccedilotildees Unidas
PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente
QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio
QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
QAP Qualidade ambiental das praacuteticas
QI Qualidade intriacutenseca
SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute
SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede
SFI Sistema fotovoltaico isolado
SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento
SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
USGBC US Green Building Council
UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute
WWF World Wildlife Fund
WRI World Resources Institute
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 17
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17
12 OBJETIVOS 19
121 Objetivo Principal 19
122 Objetivos Especiacuteficos 19
13 DELIMITACcedilOtildeES 19
14 JUSTIFICATIVA 20
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37
3 METODOLOGIA 43
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92
6 CONCLUSOtildeES 94
REFEREcircNCIAS 99
ANEXOS 106
17
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso
Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se
passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de
hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo
generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)
Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a
taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com
dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em
2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil
cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria
ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua
esgoto e limpeza urbana (36)
Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da
Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da
Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do
Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil
Fonte CBIC (2011)
18
Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do
desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as
praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham
tamanho crescimento
Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo
ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo
Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade
ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela
Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional
Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR
155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens
ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os
sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer
pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute
necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e
preventiva (ASBEA 2013)
Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de
edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro
apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas
sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as
edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil
Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do
processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado
em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada
sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do
Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da
Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a
realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute
Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida
internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila
Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da
SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE
2009)
19
Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado
pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases
que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e
realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de
operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010
atualmente em processo de revisatildeo
Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos
referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR
construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando
a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho
ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios
12 OBJETIVOS
121 Objetivo Principal
Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo
como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini
122 Objetivos Especiacuteficos
Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em
operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010
Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA
para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso
Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de
edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil
13 DELIMITACcedilOtildeES
Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de
certificaccedilatildeo
20
Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010
ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0
(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo
consideradas na presente dissertaccedilatildeo
14 JUSTIFICATIVA
O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010
SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and
Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment
Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built
Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees
Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema
Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo
(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por
resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees
referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas
dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)
a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de
desenvolvimento econocircmico do Paiacutes
os programas governamentais de desenvolvimento social como o
Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do
Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo
a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e
ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua
biodiversidade e recursos naturais
Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo
ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos
decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil
Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram
edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados
21
Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos
pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)
O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees
Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos
gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia
verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do
bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz
significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica
ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios
jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem
resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no
mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees
realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)
Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel
Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de
uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo
dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de
ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio
em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80
agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e
consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos
adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno
(ARQUITETURA 2011)
Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as
certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem
um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos
gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a
aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo
Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de
edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do
desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil
22
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO
O trabalho foi estruturado da seguinte forma
deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo
histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas
de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas
apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo
Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia
AQUA na fase operaccedilatildeo e uso
conclusotildees e consideraccedilotildees finais
23
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante
decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a
populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu
a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do
2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33
anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para
atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o
equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza
natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)
Fonte Population Reference Bureau (2011)
A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World
Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com
esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)
seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93
bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada
24
ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar
necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados
estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de
territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se
sustentar
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)
Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012
Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo
apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos
carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees
de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela
absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo
- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a
produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a
produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha
- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo
de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde
- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o
fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha
25
- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por
infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e
reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica
- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria
necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em
dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da
natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais
denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a
partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em
1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira
conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a
Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em
1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a
incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo
e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo
ldquoser humano e meio ambienterdquo
Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento
sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees
futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para
discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento
econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)
Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o
Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo
desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees
principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a
Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo
da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima
A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi
registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e
26
globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-
governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo
de soluccedilotildees para os problemas socioambientais
Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e
construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes
no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros
assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia
energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de
materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente
Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo
Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas
sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos
usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo
O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado
no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um
documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo
27
Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel
podem ser vistos no Quadro 1
ANO EVENTO RESUMO
1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma
Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos
componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos
naturais e sociais que formam o sistema global
1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento
Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as
tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez
catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de
contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos
1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano em Estocolmo Sueacutecia
A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as
consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram
113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a
criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
(PNUMA)
1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso
Futuro Comumrdquo
Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o
desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e
estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o
desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento
sustentaacutevel
1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra
Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro
mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de
integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais
concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel
Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e
mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21
1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima
A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a
decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento
tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das
emissotildees de gases do efeito estufa
1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto
Realizado em New York teve como objetivo analisar a
implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o
aquecimento global que causa o efeito estufa
2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash
Rio + 10
Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro
procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela
Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu
compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel
2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima
Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do
Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do
segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees
europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute
2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050
2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima
A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e
verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento
das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de
Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho
2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima
O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente
dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo
estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente
de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi
considerada em grande parte decepcionante
2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima
Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do
Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais
essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais
2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como
modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees
2012 Rio + 20
A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla
participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado
oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que
Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil
organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705
compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash
incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel
Fonte A autora 2012
28
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL
No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em
desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo
holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os
ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a
dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do
desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade
ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a
adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades
(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)
As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes
e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de
forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los
preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os
problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)
ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou
melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a
cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e
os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da
capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do
edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)
A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o
Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees
apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os
quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)
proveitamento de condiccedilotildees naturais locais
tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural
mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno
atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno
ualidade ambiental interna e externa
estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra
daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios
29
so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do
processo
educcedilatildeo do consumo energeacutetico
educcedilatildeo do consumo de aacutegua
eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos
ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel
ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo
Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute
relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho
ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o
de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de
edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS
Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de
reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses
desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de
analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building
(SILVA 2007)
O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da
deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building
Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das
edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)
Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais
de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a
Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de
fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de
pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas
satildeo denominadas eco-labellings
Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre
o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente
340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por
aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)
30
Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de
Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto
por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o
desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de
gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes
responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso
operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas
(DEGANI 2010)
l
Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de
doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia
Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a
sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo
sistema de certificaccedilatildeo
A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em
operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso
de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das
edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para
melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do
desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre
outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema
considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das
edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir
esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas
informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o
planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de
31
desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo
incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV
O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado
primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de
ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar
produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir
objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)
A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um
instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem
conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo
indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos
naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou
reciclados (BARBIERI 2004)
A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos
e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima
ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri
(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo
final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias
como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios
Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas
tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de
ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem
de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as
abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN
2002)
Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o
desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que
32
mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo
possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo
Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se
eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas
sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de
condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO
GOUVINHAS 2004)
Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM
(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que
dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE
EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building
Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -
HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building
Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED
(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)
A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que
durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos
ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a
viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute
promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas
direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do
edifiacutecio (CBCS 2011)
O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua
funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado
tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas
especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade
(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham
referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da
edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente
regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas
de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de
edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)
Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e
monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo
33
bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de
metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser
melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se
o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser
estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)
No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em
conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA
na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser
representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA
Fonte IBENP (2011)
O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas
de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo
34
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)
Fonte A autora (2012)
BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method
wwwbreeamorg
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE
Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de
certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The
Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM
Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)
BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM
Comunidades BREEAM Em Uso
Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)
Outstanding (Excepcional)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema
CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency
wwwibecorjpCASBEEenglish
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)
Abrangecircncia Aacutesia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas
Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade
de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)
Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a
melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)
L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo
hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)
Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)
Ambiente Interno
Green Star
wwwgbcaorgaugreen-star
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia
Abrangecircncia Austraacutelia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star
- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio
Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo
Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified
Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte
Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de
acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas
LEED - Leadership in Energy and Environmental Design
wwwusgbcorgLEED
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council
Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores
Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades
Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79
pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis
Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso
pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais
35
HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method
wwwhk-beamorghk
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society
Abrangecircncia Principalmente Hong Kong
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees
Existentes
Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze
(Bronze - Acima da Meacutedia)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance
ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua
qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees
HQE - Haute Qualiteacute Environnementale
assohqeorghqe
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)
Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia
Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo
Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor
praacutetica)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente
imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do
uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de
manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de
controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle
da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)
DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen
wwwdgnbde_en
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel
(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)
Abrangecircncia Alemanha
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio
Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais
tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de
maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio
A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais
LIDER A
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade
Abrangecircncia Portugal
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes
construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem
trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios
Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)
B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho
ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)
traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
36
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil
No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo
O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da
Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta
as principais caracteriacutesticas destes selos
PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo
wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais
Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E
Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e
condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a
envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios
multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc
SELO CASA AZUL DA CAIXA
downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil
Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25
criteacuterios sendo 6 de livre escolha)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana
Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais
LEED - BRASIL
wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil
Abrangecircncia Brasil
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados
LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro
LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo
LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes
LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais
Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera
materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)
Fonte A autora (2012)
37
AQUA - Alta Qualidade Ambiental
wwwvanzoliniorgbr
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais
Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha
integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da
energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho
ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos
ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo
7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada
ao contexto brasileiro satildeo
ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado a dados nacionais relevantes
ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais
ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo
deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas
investidores empreendedoresconstrutores e projetistas
ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no
meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo
Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade
Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema
de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos
Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de
Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e
o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)
Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de
amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de
algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade
38
do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A
metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao
contexto brasileiro
O processo AQUA abrange as seguintes fases
programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de
construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental
concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a
construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada
ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa
a construccedilatildeo sustentaacutevel
peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos
as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede
ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental
esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o
maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto
ambiental
Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos
escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e
hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo
encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede
esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de
empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos
O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas
de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um
perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo
eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias
e subcategorias avaliadas no sistema AQUA
39
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno
Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel
Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios
Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila
2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo
Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)
3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental
Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras
Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras
4) Gestatildeo da energia
Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica
Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados
5) Gestatildeo da aacutegua
Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel
Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais
6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
40
8) Conforto higroteacutermico
Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial
9) Conforto acuacutestico
Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos
Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes
10) Conforto visual
Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)
Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel
11) Conforto olfativo
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de odores desagradaacuteveis
12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas
13) Qualidade sanitaacuteria do ar
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de poluiccedilatildeo
14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas
Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas
Controle da temperatura na rede interna
Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom
superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas
fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos
trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema
natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
41
2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso
A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para
edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em
fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute
dividido em cinco partes
I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)
Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho
II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)
Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio
III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)
Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento
IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)
Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio
V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)
Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo
Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a
Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E
Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis
Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12
Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4
Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI
Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI
Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5
Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI
Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI
Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4
Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI
Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI
Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI
Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI
Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI
SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis
QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)
42
Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em
todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o
niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a
letra ldquoSrdquo
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA
Fonte Referencial AQUA (2010)
43
3 METODOLOGIA
A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois
visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a
tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando
haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por
ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma
de um estudo de caso (GIL 2008)
A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o
objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer
pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura
Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia
utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa
fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente
descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode
humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do
fenocircmeno (GEPHART 2004)
Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em
algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo
Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de
Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue
Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR
estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para
avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais
anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso
fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave
construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde
referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura
realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio
Verde
44
Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso
Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da
presente dissertaccedilatildeo
45
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados
Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados
Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo
relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa
convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas
atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou
ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis
nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das
Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus
tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino
Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo
uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se
posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a
sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas
praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal
do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute
localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a
Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com
quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de
Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do
terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo
desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das
atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio
tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de
Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro
46
aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee
uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo
para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos
Fonte Google Earth (2011)
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE
A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr
e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo
com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda
responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame
baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas
do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do
Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2
47
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV
Fonte A autora (2012)
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV
Fonte A autora (2012)
48
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
49
A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a
parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de
produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental
estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem
contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o
DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo
O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica
possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para
captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o
conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros
O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra
concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV
necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram
ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de
resiacuteduos
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
50
Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de
acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se
pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico
foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)
que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas
sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo
iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde
conforme Figuras 13 e 14
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
51
A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No
revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil
no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada
suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com
carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas
LED
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de
2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash
Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril
em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a
ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o
Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por
contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade
52
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV
Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a
mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash
Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas
pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a
parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente
buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)
exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna
vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade
ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos
itens
comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade
ambiental desejado o qual deve ser justificado
implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de
competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo
documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo
gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade
ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas
aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos
definidos no perfil de qualidade ambiental
Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o
modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para
hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais
estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2
A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com
os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade
urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV
53
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
Fonte A autora (2012)
Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados
apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade
acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida
como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que
priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade
urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida
Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos
desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser
visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel
excelente
54
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV
Fonte A autora (2011)
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo
A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca
Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da
Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos
exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se
ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo
que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior
detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo
55
Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno
1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo
QI 11
Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de
desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende
QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende
QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende
QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende
QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende
QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende
QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende
QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende
QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende
QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende
QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
1 Avaliaccedilatildeo
CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende
CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende
CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica
CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de
condicionamento de ar Natildeo se aplica
Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13
QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos
meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende
Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para
estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com
dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA
Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar
Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir
de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar
Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios
ciclistasS E 4 X
Garantir a proximidade com
os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende
NA - Natildeo se aplica
X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo
Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento
especialmente os menos poluentes
Veiacuteculos particulares
Favorecer o uso de veiacuteculos
limpos
Favorecer o uso de modos de
deslocamento menos
poluentes
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13
Fonte Referencial AQUA (2010)
56
O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba
possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de
transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da
cidade
A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com
embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de
ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade
A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas
accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os
serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do
transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de
Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano
Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte
interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos
Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios
Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba
responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e
internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada
ou de escala
O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente
164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos
Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido
aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de
ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena
localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de
Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a
implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos
da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos
Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade
QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave
funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva
Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de
conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva
Acessibilidade
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
57
O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se
trata de um item obrigatoacuterio
O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR
90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas
Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados
dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas
Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual
Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio
Item 7314 - Bacia com altura inferior
Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos
Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades
podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para
acesso ao mezanino
Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos
O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo
descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo
2 Avaliaccedilatildeo
QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende
QI 22
Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no
empreendimento Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
2 Avaliaccedilatildeo
MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 23
Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas
de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 26
Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos
revestimentos internos Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
58
Criteacuterios avaliados no item QI 22
QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do
empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a
incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de
recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para
o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia
de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil
considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material
reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a
destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
E 5 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende
A partir do
inventaacuterio de
materiais de
construccedilatildeo
(desenvolvido no
SGO) apresentar
para a famiacutelia de
produtos da obra
limpa (definidas
B
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Atende
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a
construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios
econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do
Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das
americanas utilizam esta tecnologia
Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a
concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora
alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso
a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase
de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel
com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos
resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS
CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou
59
apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel
montar a estrutura do EV in loco
A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de
toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para
o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em
Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees
No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando
concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)
sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este
procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para
evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em
funccedilatildeo de uma chuva mais forte
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado
(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de
pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois
de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP
Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga
utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da
chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e
aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding
60
Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do
telhado
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame
Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)
Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como
isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do
fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de
vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de
pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida
quando em processo de combustatildeo
61
Figura 22 - Painel Smartside
Fonte LP BRASIL (2012)
Figura 23 - Siding Vinilico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 24 - Painel TechShield
Fonte LP BRASIL (2012)
62
Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso
como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo
pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no
contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a
degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere
ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato
de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa
No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras
horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e
ranhuras a cada 200 mm
Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces
com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente
dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em
paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97
da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza
a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no
formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm
Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia
(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram
as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)
Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)
63
Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)
As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino
satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes
cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e
constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando
a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de
63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame
Fonte LP BRASIL (2012)
A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada
em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras
64
telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia
mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por
estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural
que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha
Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura
O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO
de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus
reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo
possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva
sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela
empresa Cebrace
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta
Fonte MADO (2012)
No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso
elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de
loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo
mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza
65
maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio
rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na
mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento
Figura 31 ndash Piso elevado modular
Fonte REMASTER (2012)
O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular
reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)
que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do
carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma
instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso
Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes
aleacutergicos
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile
Fonte Interface FLOR (2012)
Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da
empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta
Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da
66
empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande
flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex
Fonte EPEX (2012)
Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental
3 Avaliaccedilatildeo
CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende
CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
Canteiro de obra com baixo impacto ambiental
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)
pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio
O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos
resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens
plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de
gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo
civil
67
Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia
4 Avaliaccedilatildeo
QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios
QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas
QI 43
Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao
aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende
QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende
QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende
QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende
CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende
CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende
CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende
CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende
CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica
Gestatildeo de Energia
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no item QI 44
QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da
porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel
(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade
escolhida
E 2 Atende
- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias
renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de
aacuterea uacutetil em energia primaacuteria
E 1 Atende
- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA
NA - Natildeo se aplica
Pontos
complementares
desempenho da
modalidade
explorada
Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44
Fonte Referencial AQUA (2010)
68
O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave
rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos
KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados
em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal
(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de
dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse
painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que
converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um
inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo
e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o
sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo
elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento
automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2010)
O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10
moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T
sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do
tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias
respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas
fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo
utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
69
O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga
banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem
acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para
atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica
da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia
gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de
irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo
incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes
iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e
fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)
Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de
junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite
projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute
proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior
incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de
inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta
os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a
energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2012)
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
70
Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica
(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida
pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro
desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um
funcionamento ininterrupto limpo e silencioso
Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua
5 Avaliaccedilatildeo
QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende
QI 52
Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou
outros usos Atende
QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende
QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica
QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende
MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende
CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende
CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende
CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende
CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua
CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2
71
Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53
QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende
nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio
uso do edifiacutecioE 1 NA
nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA
QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
20 a 40E 2 Atende
lt 20 E 5 -----
2 a 10
E 2 -----
gt 10
E 5 Atende
NA - Natildeo se aplica
Medidas tomadas
para economizar
aacutegua
Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes
Coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
presente (para local
pouco urbanizado)
Percentual de
melhoria do
coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
em relaccedilatildeo agrave
situaccedilatildeo anterior agrave
construccedilatildeo do
empreendimento
(para local
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53
Fonte Referencial AQUA (2010)
O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio
foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a
quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada
pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de
telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros
foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a
zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua
potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por
pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos
nuacutemeros levantados no escritoacuterio
Aacutegua Fonte consumidora Local
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino
Reuso Torneira de jardim Jardim
Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua
72
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV
Fonte NOVAES(2013)
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial
Fonte NOVAES (2013)
O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de
accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e
pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal
da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de
1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta
73
colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta
de aacutegua pluvial
O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma
boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba
pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a
aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a
funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
74
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV
Fonte A autora (2012)
Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua
com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que
eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas
pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico
Fonte SIMEPAR (2012)
Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo
Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era
ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)
75
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)
Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em
057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui
aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)
Deck frontal 633
Concreto lateral direita 2061
Deck Fundos 3283
Concreto lateral esquerda 1944
Entrada carro 7752
Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819
Total (msup2) 23864
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057
Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)
Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por
piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de
lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se
destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu
Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)
76
o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e
mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser
preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras
Figura 39 ndash Piso plast floor
Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)
iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma
prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto
permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran
Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)
Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
6 Avaliaccedilatildeo
CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende
CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
77
Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira
Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos
entre outros)
Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista
plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida
latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)
Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico
guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas
esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos
banheiros
O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e
baterias
O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos
REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico
Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do
Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos
departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta
armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um
plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental
ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo
Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de
computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam
espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam
a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a
comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de
extensatildeo universitaacuteria
Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
7 Avaliaccedilatildeo
QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende
QI 72
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante
a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 73
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a
operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 74
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso
do edifiacutecio
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
78
7 Avaliaccedilatildeo
MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
7 Avaliaccedilatildeo
CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar
CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar
CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar
CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar
CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar
CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no CQI 71
(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo
Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivasB Implantar
Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento
abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas
Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e
corretivas
S Implantar
A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que
permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar
A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana
para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71
Fonte Referencial AQUA (2010)
79
Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico
8 Avaliaccedilatildeo
QI 81
Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto
no inverno Atende
QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende
QI 83
Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no
veratildeo
QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende
QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende
Conforto Higroteacutermico
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
8 Avaliaccedilatildeo
CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica
CQI 82
Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento
resfriamento Natildeo se aplica
CQI 83
Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto
higroteacuternico Natildeo se aplica
Conforto Higroteacutermico
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) S
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2
Identificar os
espaccedilos sensiacuteveis
agrave velocidade do
ar no inverno
como no veratildeo E
velocidade
maacutexima do ar no
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com
temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e
julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC
Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo
Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba
a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas
desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o
calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012
80
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno
Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila
6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228
712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292
722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267
732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14
742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063
752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196
762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006
772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259
782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086
792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244
7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156
7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08
7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376
7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105
7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11
7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173
7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189
7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098
As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as
temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom
desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo
das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e
fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo
com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente
O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais
baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou
uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a
temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura
externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC
81
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima
O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de
temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este
aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1
minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de
operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade
relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa
Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos
Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico
9 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende
QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende
Conforto acuacutestico
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
9 Avaliaccedilatildeo
MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva
MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos
Conforto acuacutestico
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
82
9 Avaliaccedilatildeo
CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos
CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes
CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende
CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos
CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende
Conforto acuacutestico
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos
Fonte Referencial AQUA (2007)
As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas
por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo
haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se
esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de
placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o
escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os
ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de
elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao
salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios
em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha
o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes
83
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados
Fonte GREGORI (2011)
No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando
que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma
atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos
pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio
demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem
de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao
mesmo
Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o
cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e
conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se
mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a
construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor
medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de
incerteza superior
84
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do
paracircmetro
conforme2142 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034
acima do paracircmetro
conforme640 abaixo do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do
paracircmetro
conforme3098 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme1965
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605
Natildeo conforme5120
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2096
acima do paracircmetro
Resultados obtidos em dB(A)
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro Normativo
Mediccedilatildeo Incerteza
Fonte GREGORI (2011)
Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado
superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto
poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave
aceitabilidade
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573
acima do paracircmetro
conforme1542 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891
acima do paracircmetro
conforme027 acima do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636
acima do paracircmetro
conforme2637 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2715
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635
Natildeo conforme5870
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2696
acima do paracircmetro
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)
Mediccedilatildeo Incerteza
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Fonte GREGORI (2011)
No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de
atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas
Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da
Universidade Federal do Paranaacute
Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma
das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do
centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA
Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de
pressatildeo sonora de 705 dBA
85
Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e
Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera
mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo
Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de
referecircncia
desvio
da curva
desvios
desfavoraacuteveis
curva de
referecircncia
deslocada
de 24 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
curva de
referecircncia
deslocada de
28 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
625 155
125 233 36 -127 -127 12 113 8 153
250 238 45 -212 -212 21 28 17 68
500 305 52 -215 -215 28 25 24 65
1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07
2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86
1207 173 93
meacutedia 2414
Meacutedia dos
negativos 346
Meacutedia dos
negativos 186
meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado
Fonte SCHMID (2013)
O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se
que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo
de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas
autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O
resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica
Fonte SCHMID (2013)
86
A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo
estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento
acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees
Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em
velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de
80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem
ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de
Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500
veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a
serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave
velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA
Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo
de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA
Categoria 10 ndash Conforto visual
10 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende
QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende
QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende
QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto
QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial
QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende
Conforto visual
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
10 Avaliaccedilatildeo
CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
Conforto visual
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101
QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
BAtende
Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz
do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende
Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende
No caso de
edifiacutecios
comerciais
Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou
recepccedilatildeo principal
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
87
O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto
de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para
captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao
ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a
finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED
(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras
Categoria 11 ndash Conforto olfativo
11 Avaliaccedilatildeo
QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo
QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende
QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
88
11 Avaliaccedilatildeo
CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
S
B
E 2
E 2
E 4 Atende
Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis
sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo
Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo
mecacircnica ou natural controlada)
Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo
prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta
Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja
pertinente
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual
de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de
janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo
natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser
previsto
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112
Fonte Referencial AQUA (2010)
A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da
ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila
de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar
interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado
Figura 43 ndash Efeito chamineacute
Fonte LAMBERTS (2004)
89
Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
12 Avaliaccedilatildeo
QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende
QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende
CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
provenientes do entorno imediato B
provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S
Para as fontes - energia e fontes
telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das
fontes emissoras de ondas
eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia
e das fontes de radiofrequecircncia
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121
Fonte Referencial AQUA (2010)
O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios
campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se
necessaacuterio um estudo especiacutefico
A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal
Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos
campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente
Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de
Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues
comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a
principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele
os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os
maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios
90
equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador
raacutedio e TV (STF 2013)
Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar
13 Avaliaccedilatildeo
QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende
QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende
QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende
CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende
CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende
CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende
CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
91
MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B
Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende
Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos
internos renovadosE 2
Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores
de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que
tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou
naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos
renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo
E 2
Piso 1000 e Parede 1000 E 1
Piso 250 e Parede 500 E 2
Piso 625 e Parede 125 E 1
Piso e parede 40 E 2
Piso e parede 20 E 3
Piso e parede 10 E 4
5 E 1
25 E 2
1 E 2
E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos
internos renovados
Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de
acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em
contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3
Taxa de COV piso e
paredes
Formaldeiacutedos piso
e paredes
Canceriacutegenos ou
substacircncias
causadoras de
efeitos geneacuteticos
hereditaacuterios ou
causadoras de
impotecircncia
reprodutiva o
conjunto de
produtos
constituintes das
Na ocasiatildeo de
renovaccedilatildeo de
revestimentos
internos (pisos
paredes tetos
materiais de
acabamento)
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131
Fonte Referencial AQUA (2010)
A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV
(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a
rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um
grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou
registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo
de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio
da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida
que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases
na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo
abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem
utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem
(VANZOLINI 2013)
92
Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
14 Avaliaccedilatildeo
QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas
QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende
QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
14 Avaliaccedilatildeo
CQI 141
Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo
preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica
CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica
CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende
CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B
SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro
Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No
caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na
aacutegua
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141
Fonte Referencial AQUA (2010)
Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX
(Polietileno de alta densidade reticulado)
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas
O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP
gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52
93
QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS
Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma
economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos
produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)
1- 4
Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na
conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o
meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e
limpeza)
2- 6
QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS
boas praacuteticas no consumo de energia 1
boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1
reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1
poliacutetica de compras 1
QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes
ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5
Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de
um contrato com um produtor de energia3
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao
periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3
Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de
reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de
sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)
1 - 3
RESIacuteDUOS
ENERGIA
PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA
Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de
sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes
AacuteGUA
MATERIAL ELEacuteTRICO
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP
Fonte Referencial AQUA (2010)
O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar
poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais
requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento
Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas
sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio
vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana
do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se
interessarem pelo assunto sustentabilidade
94
6 CONCLUSOtildeES
Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a
avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no
estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho
ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees
Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a
forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra
dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e
subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do
item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre
outros
Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no
detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa
projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor
Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da
categoria energia
QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel
Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da
envoltoacuteria Uedif (Wm2K)
Uedif lt Uedif-base + 40
B
Melhorar a aptidatildeo da
envoltoacuteria para limitar
desperdiacutecios
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41
Fonte Referencial AQUA (2010)
Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo
ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado
menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio
(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo
convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado
com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia
mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os
admissiacuteveis
Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos
precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de
95
variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias
no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo
Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de
COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes
ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no
momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria
Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando
oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns
edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn
As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar
na construccedilatildeo deste referencial
Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees
corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns
requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no
iniacutecio do estudo de caso conclui-se que
Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade
Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante
da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor
de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a
maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos
materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por
isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil
demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito
estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses
produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas
Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos
resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no
EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de
obra
Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida
o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na
96
geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema
estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em
tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia
Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no
entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua
potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a
coleta de dados
Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV
ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus
universitaacuterio
Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel
excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer
sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes
anos
Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV
Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom
Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo
em relaccedilatildeo ao ofuscamento
Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para
niacutevel bom
Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes
de campos eletromagneacuteticos
Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo
mantida atende a legislaccedilatildeo vigente
Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo
mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada
pelo sistema de coleta pluvial
97
A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima
QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial
para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima
Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de
fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um
bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil
Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios
exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado
para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV
SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS
Como proposta para trabalhos futuros sugere-se
pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas
elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV
avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV
98
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104
ANEXO 1
Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR
105
ANEXO 2
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
Gestatildeo
4 Energia
41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F
42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo
5 Aacutegua
51 Economia de aacutegua potaacutevel F
52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F
53 Esgotamento sanitaacuterio F
6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F
62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F
63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F
64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F
7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo
71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F
72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F
73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo
74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F
Conforto
8 Conforto higroteacutermico
81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F
82 No veratildeo F
9 Conforto acuacutestico
91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F
92 Isolamento acuacutestico F F F
93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F
94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F
10 Conforto visual
101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F
102 Iluminaccedilatildeo artificial F
103 Relaccedilatildeo visual com o exterior
104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F
11 Conforto olfativo
111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F
112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F
Sauacutede
12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F
13 Qualidade sanitaacuteria do ar
131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F
132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F
14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F
142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo
143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
106
ANEXO 3
Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010
LUCIMARA FERREIRA DE LIMA
PROCESSO AQUA DE CERTIFICACcedilAtildeO DE EDIFICACcedilOtildeES
SUSTENTAacuteVEIS NA FASE OPERACcedilAtildeO E USO ESTUDO DE CASO
DO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR
Dissertaccedilatildeo apresentada como requisito parcial para
obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Engenharia Civil do
Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil
Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Aacuterea de
Concentraccedilatildeo Meio Ambiente e Sustentabilidade
Orientador Prof Eloy F Casagrande Jr PhD
CURITIBA 2013
Dados Internacionais de Catalogaccedilatildeo na Publicaccedilatildeo
L732 Lima Lucimara Ferreira de
Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR Lucimara Ferreira de Lima ndash 2013
104 f il 30 cm
Orientador Eloy Fassi Casagrande Juacutenior Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Programa de
Poacutes-graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Curitiba 2013 Bibliografia f 95-101
1 Processo AQUA 2 Construccedilotildees sustentaacuteveis 3 Construccedilatildeo civil ndash Certificaccedilatildeo
4 Desempenho ndash Avaliaccedilatildeo 5 Gestatildeo ambiental 6 Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Escritoacuterio Verde ndash Estudo de casos 7 Engenharia civil ndash Dissertaccedilotildees I Casagrande Juacutenior Eloy Fassi orient II Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Engenharia Civil III Tiacutetulo
CDD (22 ed) 624
Biblioteca Central da UTFPR Campus Curitiba
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por oportunizar a realizaccedilatildeo de um sonho
Ao professor Ph D Eloy Fassi Casagrande Jr pela orientaccedilatildeo durante todo esse
tempo
Ao professor Doutor Cezar Augusto Romano pelo amor aacute profissatildeo que tornam suas
aulas especiais
Ao professor Doutor Aloiacutesio Leoni Schmid da Universidade Federal do Paranaacute pela
contribuiccedilatildeo nos ensaios acuacutesticos
Agrave Fundaccedilatildeo Vanzolini pelo fornecimento do material utilizado neste estudo o
referencial teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso
Agrave Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute e ao Programa de Poacutes Graduaccedilatildeo
em Engenharia Civil pela formaccedilatildeo acadecircmica e infraestrutura fornecida para o
trabalho
A CAPES - Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de niacutevel Superior pela
concessatildeo da bolsa
Ao meu esposo Alexandre pelo amor incentivo e compreensatildeo
Agrave minha matildee Marlene e irmatilde Letiacutecia pelo amor e incentivo
Agrave minha amiga Arquiteta Daniela Vidal pela forccedila em todos os momentos de alegria
e tristeza e pela compreensatildeo da minha ausecircncia em alguns momentos de
comemoraccedilatildeo
Agrave minha amiga Arquiteta Lorreine Vaccari pelos ensinamentos
A todos que de alguma forma contribuiacuteram para realizaccedilatildeo desse trabalho
Muito obrigada
ldquoQuanto mais aumenta nosso
conhecimento mais evidente
fica nossa ignoracircnciardquo
(John F Kennedy)
RESUMO LIMA Lucimara F de Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso Estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR 2013 p 106 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Curitiba Paranaacute 2013 Os desequiliacutebrios ambientais oriundos da incompatibilidade entre crescimento populacional e esgotabilidade dos recursos naturais trazem grandes desafios Neste contexto destaca-se a induacutestria da construccedilatildeo civil que utiliza na sua cadeia produtiva grande quantidade de recursos natildeo renovaacuteveis As atuais praacuteticas de produccedilatildeo utilizadas pela construccedilatildeo civil necessitam de ajustes imediatos para que o setor possa contribuir adequadamente com o desenvolvimento sustentaacutevel do paiacutes Infelizmente satildeo comuns ainda processos artesanais nas frentes de trabalho uso de mateacuterias-primas sem manejo sustentaacutevel e a aplicaccedilatildeo de produtos industrializados desconsiderando os aspectos de conservaccedilatildeo de aacutegua energia e a necessaacuteria reduccedilatildeo de resiacuteduos e desperdiacutecios O surgimento dos sistemas de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo da construccedilatildeo civil em diferentes partes do mundo vem minimizando os impactos negativos que o setor da construccedilatildeo origina Nos uacuteltimos anos o movimento ganhou novos adeptos e os nuacutemeros tornam-se expressivos apontando uma demanda urgente de novas atitudes por parte dos profissionais e empresas do ramo O estudo realizado consiste em analisar o Relatoacuterio Teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2010 como versatildeo provisoacuteria que no momento encontra-se em processo de revisatildeo Essa anaacutelise foi utilizada como base para a realizaccedilatildeo de um estudo de caso sobre a construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde da UTFPR O resultado dessa pesquisa eacute a avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental do escritoacuterio quanto agrave conformidade com os requisitos definidos no referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios bem como o tratamento das natildeo conformidades e a tomada de accedilotildees corretivas e preventivas para alcance de um desempenho satisfatoacuterio Assim esta dissertaccedilatildeo eacute uma siacutentese de um processo de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis e busca realccedilar a importacircncia da certificaccedilatildeo na construccedilatildeo civil como modo de garantir que edifiacutecios sejam planejados projetados construiacutedos e principalmente utilizados seguindo os princiacutepios da sustentabilidade aspectos teacutecnicos econocircmicos sociais ambientais e culturais que devem interagir de forma holiacutestica Palavras-chave Processo AQUA avaliaccedilatildeo de desempenho do Escritoacuterio Verde certificaccedilatildeo ambiental de edifiacutecios
ABSTRACT LIMA Lucimara F de The AQUA process for certification of sustainable buildings in the operation and use phases Case Study the UTFPR Green Office 2013 p 106 Thesis (Masteracutes Degree in Civil Engineering) ndash Post -graduate Program in Civil Engineering of Federal Technological University of Paranaacute Curitiba Brazil 2013 Environmental imbalances resulting from the lack of compatibility between the population growth and the exhaustibility of natural resources bring out great challenges In such a context the industry of civil engineering must be pointed out for the use of great quantities of non-renewable resources in its production chain The current production practices used in civil construction need immediate adjustments so that the sector may contribute appropriately for the sustainable development of the country Unfortunately it is still rather common to find artisanal processes on work fronts use of raw materials without sustainable handling and the application of industrialized products with disregard to aspects such as water conservation energy and the necessary reduction of residues and waste The appearance of assessment and certification systems of civil construction in different parts of the world has reduced the negative impacts caused by the construction sector Over the last years such movement has gained new supporters and numbers have become more expressive pointing towards a pressing demand for new actions by professionals and corporations in the field The study performed consists of analyzing the AQUAacutes Technical Report of Operation and Use designed by the Vanzolini Foundation in 2010 as a temporary version which is currently being revised Such analysis has been used as the basis for the undertaking of a case study on the construction of the Green Office at UTFPR The outcome of such research is the assessment of the officeacutes environmental performance as for conformity with requirements defined on the AQUA standard of buildings operation as well as the treatment of non-conformities and undertaking of corrective and preventive actions in order to achieve satisfactory performance Thus such thesis is the summary of a certification process of sustainable buildings and aims to emphasize the importance of certification in civil construction as a way of assuring that buildings are planned designed built and primarily used according to the principles of sustainability technical economic social environmental and cultural aspects which must interact holistically Keywords AQUA Process assessment of the Green Office performance
environmental certification of buildings
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos
estrateacutegicos 46
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50
Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59
Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60
Figura 20 - Manta de PET reciclado 60
Figura 21- Manta de pneu reciclado 60
Figura 22 - Painel Smartside 61
Figura 23 - Siding Vinilico 61
Figura 24 - Painel TechShield 61
Figura 25 ndash Painel Decowall 62
Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62
Figura 27 ndash Vigas I 63
Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64
Figura 31 ndash Piso elevado modular 65
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73
Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75
Figura 39 ndash Piso plast floor 76
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87
Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios
ambientais estabelecidos 53
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39
Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71
Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida
AQUA Alta Qualidade Ambiental
ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura
BEE Building Environmental Efficiency
BRE Building Research Establishment
BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method
CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental
Efficiency
CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo
CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel
CQI Controle da qualidade intriacutenseca
COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis
CO Dioacutexido de Carbono
EV Escritoacuterio Verde
GBC Green Building Council
HQE Haute Qualiteacute Environnementale
HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica
LCA Life cicle assessment
LEED Leadership in Energy amp Environmental Design
MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca
NBR Norma brasileira
ONU Naccedilotildees Unidas
PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente
QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio
QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
QAP Qualidade ambiental das praacuteticas
QI Qualidade intriacutenseca
SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute
SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede
SFI Sistema fotovoltaico isolado
SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento
SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
USGBC US Green Building Council
UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute
WWF World Wildlife Fund
WRI World Resources Institute
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 17
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17
12 OBJETIVOS 19
121 Objetivo Principal 19
122 Objetivos Especiacuteficos 19
13 DELIMITACcedilOtildeES 19
14 JUSTIFICATIVA 20
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37
3 METODOLOGIA 43
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92
6 CONCLUSOtildeES 94
REFEREcircNCIAS 99
ANEXOS 106
17
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso
Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se
passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de
hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo
generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)
Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a
taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com
dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em
2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil
cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria
ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua
esgoto e limpeza urbana (36)
Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da
Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da
Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do
Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil
Fonte CBIC (2011)
18
Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do
desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as
praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham
tamanho crescimento
Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo
ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo
Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade
ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela
Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional
Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR
155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens
ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os
sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer
pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute
necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e
preventiva (ASBEA 2013)
Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de
edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro
apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas
sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as
edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil
Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do
processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado
em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada
sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do
Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da
Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a
realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute
Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida
internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila
Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da
SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE
2009)
19
Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado
pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases
que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e
realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de
operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010
atualmente em processo de revisatildeo
Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos
referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR
construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando
a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho
ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios
12 OBJETIVOS
121 Objetivo Principal
Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo
como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini
122 Objetivos Especiacuteficos
Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em
operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010
Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA
para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso
Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de
edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil
13 DELIMITACcedilOtildeES
Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de
certificaccedilatildeo
20
Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010
ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0
(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo
consideradas na presente dissertaccedilatildeo
14 JUSTIFICATIVA
O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010
SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and
Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment
Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built
Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees
Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema
Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo
(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por
resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees
referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas
dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)
a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de
desenvolvimento econocircmico do Paiacutes
os programas governamentais de desenvolvimento social como o
Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do
Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo
a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e
ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua
biodiversidade e recursos naturais
Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo
ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos
decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil
Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram
edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados
21
Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos
pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)
O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees
Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos
gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia
verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do
bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz
significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica
ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios
jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem
resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no
mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees
realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)
Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel
Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de
uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo
dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de
ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio
em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80
agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e
consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos
adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno
(ARQUITETURA 2011)
Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as
certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem
um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos
gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a
aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo
Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de
edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do
desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil
22
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO
O trabalho foi estruturado da seguinte forma
deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo
histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas
de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas
apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo
Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia
AQUA na fase operaccedilatildeo e uso
conclusotildees e consideraccedilotildees finais
23
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante
decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a
populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu
a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do
2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33
anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para
atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o
equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza
natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)
Fonte Population Reference Bureau (2011)
A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World
Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com
esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)
seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93
bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada
24
ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar
necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados
estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de
territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se
sustentar
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)
Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012
Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo
apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos
carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees
de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela
absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo
- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a
produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a
produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha
- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo
de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde
- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o
fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha
25
- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por
infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e
reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica
- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria
necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em
dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da
natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais
denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a
partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em
1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira
conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a
Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em
1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a
incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo
e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo
ldquoser humano e meio ambienterdquo
Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento
sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees
futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para
discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento
econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)
Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o
Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo
desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees
principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a
Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo
da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima
A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi
registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e
26
globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-
governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo
de soluccedilotildees para os problemas socioambientais
Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e
construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes
no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros
assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia
energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de
materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente
Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo
Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas
sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos
usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo
O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado
no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um
documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo
27
Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel
podem ser vistos no Quadro 1
ANO EVENTO RESUMO
1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma
Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos
componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos
naturais e sociais que formam o sistema global
1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento
Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as
tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez
catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de
contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos
1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano em Estocolmo Sueacutecia
A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as
consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram
113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a
criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
(PNUMA)
1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso
Futuro Comumrdquo
Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o
desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e
estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o
desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento
sustentaacutevel
1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra
Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro
mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de
integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais
concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel
Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e
mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21
1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima
A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a
decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento
tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das
emissotildees de gases do efeito estufa
1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto
Realizado em New York teve como objetivo analisar a
implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o
aquecimento global que causa o efeito estufa
2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash
Rio + 10
Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro
procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela
Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu
compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel
2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima
Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do
Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do
segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees
europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute
2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050
2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima
A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e
verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento
das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de
Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho
2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima
O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente
dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo
estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente
de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi
considerada em grande parte decepcionante
2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima
Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do
Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais
essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais
2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como
modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees
2012 Rio + 20
A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla
participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado
oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que
Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil
organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705
compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash
incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel
Fonte A autora 2012
28
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL
No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em
desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo
holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os
ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a
dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do
desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade
ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a
adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades
(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)
As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes
e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de
forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los
preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os
problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)
ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou
melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a
cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e
os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da
capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do
edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)
A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o
Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees
apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os
quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)
proveitamento de condiccedilotildees naturais locais
tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural
mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno
atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno
ualidade ambiental interna e externa
estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra
daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios
29
so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do
processo
educcedilatildeo do consumo energeacutetico
educcedilatildeo do consumo de aacutegua
eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos
ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel
ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo
Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute
relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho
ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o
de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de
edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS
Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de
reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses
desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de
analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building
(SILVA 2007)
O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da
deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building
Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das
edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)
Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais
de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a
Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de
fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de
pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas
satildeo denominadas eco-labellings
Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre
o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente
340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por
aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)
30
Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de
Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto
por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o
desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de
gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes
responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso
operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas
(DEGANI 2010)
l
Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de
doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia
Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a
sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo
sistema de certificaccedilatildeo
A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em
operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso
de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das
edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para
melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do
desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre
outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema
considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das
edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir
esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas
informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o
planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de
31
desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo
incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV
O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado
primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de
ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar
produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir
objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)
A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um
instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem
conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo
indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos
naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou
reciclados (BARBIERI 2004)
A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos
e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima
ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri
(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo
final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias
como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios
Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas
tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de
ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem
de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as
abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN
2002)
Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o
desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que
32
mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo
possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo
Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se
eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas
sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de
condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO
GOUVINHAS 2004)
Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM
(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que
dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE
EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building
Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -
HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building
Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED
(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)
A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que
durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos
ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a
viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute
promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas
direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do
edifiacutecio (CBCS 2011)
O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua
funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado
tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas
especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade
(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham
referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da
edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente
regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas
de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de
edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)
Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e
monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo
33
bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de
metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser
melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se
o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser
estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)
No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em
conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA
na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser
representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA
Fonte IBENP (2011)
O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas
de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo
34
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)
Fonte A autora (2012)
BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method
wwwbreeamorg
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE
Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de
certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The
Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM
Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)
BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM
Comunidades BREEAM Em Uso
Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)
Outstanding (Excepcional)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema
CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency
wwwibecorjpCASBEEenglish
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)
Abrangecircncia Aacutesia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas
Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade
de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)
Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a
melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)
L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo
hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)
Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)
Ambiente Interno
Green Star
wwwgbcaorgaugreen-star
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia
Abrangecircncia Austraacutelia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star
- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio
Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo
Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified
Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte
Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de
acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas
LEED - Leadership in Energy and Environmental Design
wwwusgbcorgLEED
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council
Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores
Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades
Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79
pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis
Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso
pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais
35
HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method
wwwhk-beamorghk
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society
Abrangecircncia Principalmente Hong Kong
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees
Existentes
Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze
(Bronze - Acima da Meacutedia)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance
ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua
qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees
HQE - Haute Qualiteacute Environnementale
assohqeorghqe
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)
Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia
Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo
Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor
praacutetica)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente
imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do
uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de
manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de
controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle
da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)
DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen
wwwdgnbde_en
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel
(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)
Abrangecircncia Alemanha
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio
Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais
tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de
maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio
A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais
LIDER A
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade
Abrangecircncia Portugal
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes
construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem
trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios
Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)
B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho
ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)
traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
36
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil
No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo
O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da
Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta
as principais caracteriacutesticas destes selos
PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo
wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais
Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E
Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e
condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a
envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios
multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc
SELO CASA AZUL DA CAIXA
downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil
Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25
criteacuterios sendo 6 de livre escolha)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana
Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais
LEED - BRASIL
wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil
Abrangecircncia Brasil
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados
LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro
LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo
LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes
LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais
Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera
materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)
Fonte A autora (2012)
37
AQUA - Alta Qualidade Ambiental
wwwvanzoliniorgbr
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais
Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha
integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da
energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho
ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos
ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo
7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada
ao contexto brasileiro satildeo
ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado a dados nacionais relevantes
ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais
ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo
deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas
investidores empreendedoresconstrutores e projetistas
ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no
meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo
Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade
Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema
de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos
Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de
Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e
o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)
Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de
amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de
algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade
38
do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A
metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao
contexto brasileiro
O processo AQUA abrange as seguintes fases
programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de
construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental
concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a
construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada
ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa
a construccedilatildeo sustentaacutevel
peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos
as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede
ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental
esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o
maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto
ambiental
Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos
escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e
hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo
encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede
esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de
empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos
O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas
de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um
perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo
eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias
e subcategorias avaliadas no sistema AQUA
39
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno
Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel
Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios
Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila
2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo
Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)
3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental
Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras
Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras
4) Gestatildeo da energia
Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica
Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados
5) Gestatildeo da aacutegua
Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel
Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais
6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
40
8) Conforto higroteacutermico
Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial
9) Conforto acuacutestico
Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos
Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes
10) Conforto visual
Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)
Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel
11) Conforto olfativo
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de odores desagradaacuteveis
12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas
13) Qualidade sanitaacuteria do ar
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de poluiccedilatildeo
14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas
Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas
Controle da temperatura na rede interna
Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom
superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas
fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos
trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema
natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
41
2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso
A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para
edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em
fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute
dividido em cinco partes
I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)
Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho
II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)
Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio
III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)
Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento
IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)
Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio
V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)
Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo
Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a
Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E
Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis
Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12
Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4
Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI
Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI
Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5
Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI
Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI
Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4
Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI
Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI
Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI
Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI
Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI
SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis
QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)
42
Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em
todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o
niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a
letra ldquoSrdquo
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA
Fonte Referencial AQUA (2010)
43
3 METODOLOGIA
A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois
visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a
tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando
haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por
ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma
de um estudo de caso (GIL 2008)
A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o
objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer
pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura
Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia
utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa
fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente
descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode
humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do
fenocircmeno (GEPHART 2004)
Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em
algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo
Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de
Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue
Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR
estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para
avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais
anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso
fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave
construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde
referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura
realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio
Verde
44
Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso
Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da
presente dissertaccedilatildeo
45
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados
Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados
Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo
relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa
convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas
atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou
ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis
nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das
Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus
tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino
Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo
uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se
posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a
sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas
praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal
do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute
localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a
Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com
quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de
Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do
terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo
desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das
atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio
tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de
Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro
46
aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee
uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo
para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos
Fonte Google Earth (2011)
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE
A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr
e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo
com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda
responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame
baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas
do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do
Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2
47
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV
Fonte A autora (2012)
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV
Fonte A autora (2012)
48
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
49
A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a
parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de
produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental
estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem
contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o
DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo
O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica
possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para
captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o
conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros
O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra
concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV
necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram
ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de
resiacuteduos
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
50
Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de
acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se
pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico
foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)
que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas
sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo
iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde
conforme Figuras 13 e 14
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
51
A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No
revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil
no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada
suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com
carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas
LED
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de
2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash
Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril
em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a
ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o
Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por
contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade
52
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV
Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a
mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash
Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas
pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a
parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente
buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)
exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna
vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade
ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos
itens
comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade
ambiental desejado o qual deve ser justificado
implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de
competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo
documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo
gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade
ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas
aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos
definidos no perfil de qualidade ambiental
Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o
modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para
hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais
estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2
A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com
os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade
urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV
53
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
Fonte A autora (2012)
Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados
apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade
acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida
como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que
priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade
urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida
Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos
desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser
visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel
excelente
54
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV
Fonte A autora (2011)
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo
A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca
Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da
Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos
exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se
ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo
que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior
detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo
55
Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno
1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo
QI 11
Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de
desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende
QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende
QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende
QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende
QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende
QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende
QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende
QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende
QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende
QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende
QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
1 Avaliaccedilatildeo
CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende
CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende
CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica
CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de
condicionamento de ar Natildeo se aplica
Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13
QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos
meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende
Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para
estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com
dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA
Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar
Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir
de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar
Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios
ciclistasS E 4 X
Garantir a proximidade com
os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende
NA - Natildeo se aplica
X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo
Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento
especialmente os menos poluentes
Veiacuteculos particulares
Favorecer o uso de veiacuteculos
limpos
Favorecer o uso de modos de
deslocamento menos
poluentes
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13
Fonte Referencial AQUA (2010)
56
O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba
possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de
transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da
cidade
A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com
embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de
ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade
A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas
accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os
serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do
transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de
Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano
Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte
interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos
Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios
Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba
responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e
internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada
ou de escala
O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente
164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos
Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido
aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de
ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena
localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de
Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a
implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos
da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos
Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade
QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave
funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva
Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de
conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva
Acessibilidade
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
57
O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se
trata de um item obrigatoacuterio
O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR
90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas
Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados
dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas
Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual
Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio
Item 7314 - Bacia com altura inferior
Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos
Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades
podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para
acesso ao mezanino
Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos
O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo
descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo
2 Avaliaccedilatildeo
QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende
QI 22
Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no
empreendimento Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
2 Avaliaccedilatildeo
MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 23
Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas
de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 26
Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos
revestimentos internos Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
58
Criteacuterios avaliados no item QI 22
QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do
empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a
incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de
recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para
o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia
de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil
considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material
reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a
destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
E 5 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende
A partir do
inventaacuterio de
materiais de
construccedilatildeo
(desenvolvido no
SGO) apresentar
para a famiacutelia de
produtos da obra
limpa (definidas
B
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Atende
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a
construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios
econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do
Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das
americanas utilizam esta tecnologia
Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a
concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora
alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso
a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase
de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel
com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos
resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS
CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou
59
apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel
montar a estrutura do EV in loco
A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de
toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para
o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em
Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees
No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando
concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)
sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este
procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para
evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em
funccedilatildeo de uma chuva mais forte
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado
(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de
pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois
de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP
Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga
utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da
chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e
aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding
60
Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do
telhado
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame
Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)
Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como
isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do
fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de
vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de
pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida
quando em processo de combustatildeo
61
Figura 22 - Painel Smartside
Fonte LP BRASIL (2012)
Figura 23 - Siding Vinilico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 24 - Painel TechShield
Fonte LP BRASIL (2012)
62
Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso
como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo
pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no
contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a
degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere
ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato
de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa
No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras
horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e
ranhuras a cada 200 mm
Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces
com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente
dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em
paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97
da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza
a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no
formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm
Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia
(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram
as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)
Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)
63
Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)
As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino
satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes
cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e
constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando
a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de
63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame
Fonte LP BRASIL (2012)
A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada
em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras
64
telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia
mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por
estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural
que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha
Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura
O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO
de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus
reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo
possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva
sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela
empresa Cebrace
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta
Fonte MADO (2012)
No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso
elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de
loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo
mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza
65
maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio
rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na
mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento
Figura 31 ndash Piso elevado modular
Fonte REMASTER (2012)
O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular
reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)
que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do
carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma
instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso
Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes
aleacutergicos
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile
Fonte Interface FLOR (2012)
Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da
empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta
Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da
66
empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande
flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex
Fonte EPEX (2012)
Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental
3 Avaliaccedilatildeo
CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende
CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
Canteiro de obra com baixo impacto ambiental
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)
pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio
O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos
resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens
plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de
gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo
civil
67
Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia
4 Avaliaccedilatildeo
QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios
QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas
QI 43
Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao
aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende
QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende
QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende
QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende
CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende
CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende
CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende
CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende
CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica
Gestatildeo de Energia
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no item QI 44
QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da
porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel
(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade
escolhida
E 2 Atende
- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias
renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de
aacuterea uacutetil em energia primaacuteria
E 1 Atende
- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA
NA - Natildeo se aplica
Pontos
complementares
desempenho da
modalidade
explorada
Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44
Fonte Referencial AQUA (2010)
68
O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave
rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos
KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados
em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal
(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de
dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse
painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que
converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um
inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo
e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o
sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo
elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento
automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2010)
O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10
moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T
sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do
tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias
respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas
fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo
utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
69
O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga
banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem
acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para
atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica
da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia
gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de
irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo
incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes
iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e
fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)
Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de
junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite
projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute
proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior
incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de
inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta
os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a
energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2012)
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
70
Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica
(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida
pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro
desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um
funcionamento ininterrupto limpo e silencioso
Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua
5 Avaliaccedilatildeo
QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende
QI 52
Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou
outros usos Atende
QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende
QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica
QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende
MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende
CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende
CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende
CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende
CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua
CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2
71
Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53
QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende
nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio
uso do edifiacutecioE 1 NA
nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA
QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
20 a 40E 2 Atende
lt 20 E 5 -----
2 a 10
E 2 -----
gt 10
E 5 Atende
NA - Natildeo se aplica
Medidas tomadas
para economizar
aacutegua
Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes
Coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
presente (para local
pouco urbanizado)
Percentual de
melhoria do
coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
em relaccedilatildeo agrave
situaccedilatildeo anterior agrave
construccedilatildeo do
empreendimento
(para local
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53
Fonte Referencial AQUA (2010)
O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio
foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a
quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada
pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de
telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros
foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a
zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua
potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por
pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos
nuacutemeros levantados no escritoacuterio
Aacutegua Fonte consumidora Local
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino
Reuso Torneira de jardim Jardim
Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua
72
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV
Fonte NOVAES(2013)
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial
Fonte NOVAES (2013)
O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de
accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e
pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal
da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de
1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta
73
colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta
de aacutegua pluvial
O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma
boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba
pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a
aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a
funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
74
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV
Fonte A autora (2012)
Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua
com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que
eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas
pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico
Fonte SIMEPAR (2012)
Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo
Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era
ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)
75
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)
Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em
057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui
aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)
Deck frontal 633
Concreto lateral direita 2061
Deck Fundos 3283
Concreto lateral esquerda 1944
Entrada carro 7752
Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819
Total (msup2) 23864
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057
Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)
Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por
piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de
lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se
destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu
Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)
76
o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e
mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser
preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras
Figura 39 ndash Piso plast floor
Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)
iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma
prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto
permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran
Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)
Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
6 Avaliaccedilatildeo
CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende
CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
77
Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira
Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos
entre outros)
Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista
plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida
latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)
Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico
guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas
esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos
banheiros
O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e
baterias
O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos
REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico
Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do
Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos
departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta
armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um
plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental
ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo
Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de
computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam
espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam
a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a
comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de
extensatildeo universitaacuteria
Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
7 Avaliaccedilatildeo
QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende
QI 72
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante
a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 73
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a
operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 74
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso
do edifiacutecio
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
78
7 Avaliaccedilatildeo
MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
7 Avaliaccedilatildeo
CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar
CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar
CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar
CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar
CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar
CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no CQI 71
(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo
Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivasB Implantar
Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento
abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas
Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e
corretivas
S Implantar
A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que
permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar
A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana
para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71
Fonte Referencial AQUA (2010)
79
Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico
8 Avaliaccedilatildeo
QI 81
Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto
no inverno Atende
QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende
QI 83
Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no
veratildeo
QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende
QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende
Conforto Higroteacutermico
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
8 Avaliaccedilatildeo
CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica
CQI 82
Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento
resfriamento Natildeo se aplica
CQI 83
Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto
higroteacuternico Natildeo se aplica
Conforto Higroteacutermico
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) S
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2
Identificar os
espaccedilos sensiacuteveis
agrave velocidade do
ar no inverno
como no veratildeo E
velocidade
maacutexima do ar no
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com
temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e
julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC
Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo
Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba
a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas
desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o
calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012
80
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno
Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila
6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228
712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292
722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267
732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14
742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063
752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196
762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006
772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259
782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086
792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244
7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156
7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08
7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376
7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105
7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11
7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173
7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189
7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098
As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as
temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom
desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo
das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e
fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo
com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente
O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais
baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou
uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a
temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura
externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC
81
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima
O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de
temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este
aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1
minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de
operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade
relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa
Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos
Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico
9 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende
QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende
Conforto acuacutestico
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
9 Avaliaccedilatildeo
MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva
MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos
Conforto acuacutestico
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
82
9 Avaliaccedilatildeo
CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos
CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes
CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende
CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos
CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende
Conforto acuacutestico
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos
Fonte Referencial AQUA (2007)
As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas
por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo
haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se
esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de
placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o
escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os
ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de
elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao
salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios
em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha
o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes
83
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados
Fonte GREGORI (2011)
No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando
que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma
atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos
pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio
demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem
de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao
mesmo
Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o
cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e
conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se
mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a
construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor
medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de
incerteza superior
84
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do
paracircmetro
conforme2142 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034
acima do paracircmetro
conforme640 abaixo do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do
paracircmetro
conforme3098 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme1965
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605
Natildeo conforme5120
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2096
acima do paracircmetro
Resultados obtidos em dB(A)
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro Normativo
Mediccedilatildeo Incerteza
Fonte GREGORI (2011)
Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado
superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto
poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave
aceitabilidade
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573
acima do paracircmetro
conforme1542 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891
acima do paracircmetro
conforme027 acima do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636
acima do paracircmetro
conforme2637 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2715
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635
Natildeo conforme5870
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2696
acima do paracircmetro
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)
Mediccedilatildeo Incerteza
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Fonte GREGORI (2011)
No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de
atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas
Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da
Universidade Federal do Paranaacute
Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma
das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do
centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA
Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de
pressatildeo sonora de 705 dBA
85
Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e
Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera
mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo
Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de
referecircncia
desvio
da curva
desvios
desfavoraacuteveis
curva de
referecircncia
deslocada
de 24 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
curva de
referecircncia
deslocada de
28 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
625 155
125 233 36 -127 -127 12 113 8 153
250 238 45 -212 -212 21 28 17 68
500 305 52 -215 -215 28 25 24 65
1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07
2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86
1207 173 93
meacutedia 2414
Meacutedia dos
negativos 346
Meacutedia dos
negativos 186
meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado
Fonte SCHMID (2013)
O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se
que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo
de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas
autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O
resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica
Fonte SCHMID (2013)
86
A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo
estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento
acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees
Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em
velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de
80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem
ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de
Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500
veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a
serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave
velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA
Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo
de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA
Categoria 10 ndash Conforto visual
10 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende
QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende
QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende
QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto
QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial
QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende
Conforto visual
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
10 Avaliaccedilatildeo
CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
Conforto visual
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101
QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
BAtende
Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz
do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende
Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende
No caso de
edifiacutecios
comerciais
Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou
recepccedilatildeo principal
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
87
O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto
de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para
captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao
ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a
finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED
(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras
Categoria 11 ndash Conforto olfativo
11 Avaliaccedilatildeo
QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo
QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende
QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
88
11 Avaliaccedilatildeo
CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
S
B
E 2
E 2
E 4 Atende
Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis
sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo
Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo
mecacircnica ou natural controlada)
Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo
prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta
Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja
pertinente
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual
de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de
janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo
natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser
previsto
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112
Fonte Referencial AQUA (2010)
A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da
ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila
de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar
interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado
Figura 43 ndash Efeito chamineacute
Fonte LAMBERTS (2004)
89
Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
12 Avaliaccedilatildeo
QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende
QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende
CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
provenientes do entorno imediato B
provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S
Para as fontes - energia e fontes
telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das
fontes emissoras de ondas
eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia
e das fontes de radiofrequecircncia
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121
Fonte Referencial AQUA (2010)
O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios
campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se
necessaacuterio um estudo especiacutefico
A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal
Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos
campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente
Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de
Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues
comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a
principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele
os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os
maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios
90
equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador
raacutedio e TV (STF 2013)
Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar
13 Avaliaccedilatildeo
QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende
QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende
QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende
CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende
CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende
CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende
CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
91
MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B
Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende
Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos
internos renovadosE 2
Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores
de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que
tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou
naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos
renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo
E 2
Piso 1000 e Parede 1000 E 1
Piso 250 e Parede 500 E 2
Piso 625 e Parede 125 E 1
Piso e parede 40 E 2
Piso e parede 20 E 3
Piso e parede 10 E 4
5 E 1
25 E 2
1 E 2
E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos
internos renovados
Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de
acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em
contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3
Taxa de COV piso e
paredes
Formaldeiacutedos piso
e paredes
Canceriacutegenos ou
substacircncias
causadoras de
efeitos geneacuteticos
hereditaacuterios ou
causadoras de
impotecircncia
reprodutiva o
conjunto de
produtos
constituintes das
Na ocasiatildeo de
renovaccedilatildeo de
revestimentos
internos (pisos
paredes tetos
materiais de
acabamento)
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131
Fonte Referencial AQUA (2010)
A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV
(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a
rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um
grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou
registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo
de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio
da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida
que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases
na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo
abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem
utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem
(VANZOLINI 2013)
92
Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
14 Avaliaccedilatildeo
QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas
QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende
QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
14 Avaliaccedilatildeo
CQI 141
Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo
preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica
CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica
CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende
CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B
SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro
Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No
caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na
aacutegua
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141
Fonte Referencial AQUA (2010)
Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX
(Polietileno de alta densidade reticulado)
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas
O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP
gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52
93
QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS
Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma
economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos
produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)
1- 4
Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na
conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o
meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e
limpeza)
2- 6
QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS
boas praacuteticas no consumo de energia 1
boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1
reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1
poliacutetica de compras 1
QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes
ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5
Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de
um contrato com um produtor de energia3
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao
periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3
Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de
reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de
sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)
1 - 3
RESIacuteDUOS
ENERGIA
PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA
Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de
sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes
AacuteGUA
MATERIAL ELEacuteTRICO
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP
Fonte Referencial AQUA (2010)
O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar
poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais
requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento
Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas
sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio
vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana
do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se
interessarem pelo assunto sustentabilidade
94
6 CONCLUSOtildeES
Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a
avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no
estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho
ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees
Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a
forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra
dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e
subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do
item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre
outros
Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no
detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa
projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor
Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da
categoria energia
QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel
Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da
envoltoacuteria Uedif (Wm2K)
Uedif lt Uedif-base + 40
B
Melhorar a aptidatildeo da
envoltoacuteria para limitar
desperdiacutecios
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41
Fonte Referencial AQUA (2010)
Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo
ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado
menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio
(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo
convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado
com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia
mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os
admissiacuteveis
Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos
precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de
95
variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias
no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo
Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de
COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes
ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no
momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria
Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando
oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns
edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn
As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar
na construccedilatildeo deste referencial
Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees
corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns
requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no
iniacutecio do estudo de caso conclui-se que
Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade
Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante
da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor
de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a
maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos
materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por
isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil
demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito
estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses
produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas
Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos
resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no
EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de
obra
Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida
o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na
96
geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema
estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em
tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia
Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no
entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua
potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a
coleta de dados
Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV
ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus
universitaacuterio
Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel
excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer
sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes
anos
Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV
Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom
Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo
em relaccedilatildeo ao ofuscamento
Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para
niacutevel bom
Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes
de campos eletromagneacuteticos
Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo
mantida atende a legislaccedilatildeo vigente
Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo
mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada
pelo sistema de coleta pluvial
97
A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima
QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial
para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima
Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de
fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um
bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil
Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios
exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado
para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV
SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS
Como proposta para trabalhos futuros sugere-se
pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas
elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV
avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV
98
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104
ANEXO 1
Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR
105
ANEXO 2
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
Gestatildeo
4 Energia
41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F
42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo
5 Aacutegua
51 Economia de aacutegua potaacutevel F
52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F
53 Esgotamento sanitaacuterio F
6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F
62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F
63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F
64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F
7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo
71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F
72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F
73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo
74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F
Conforto
8 Conforto higroteacutermico
81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F
82 No veratildeo F
9 Conforto acuacutestico
91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F
92 Isolamento acuacutestico F F F
93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F
94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F
10 Conforto visual
101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F
102 Iluminaccedilatildeo artificial F
103 Relaccedilatildeo visual com o exterior
104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F
11 Conforto olfativo
111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F
112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F
Sauacutede
12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F
13 Qualidade sanitaacuteria do ar
131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F
132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F
14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F
142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo
143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
106
ANEXO 3
Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010
Dados Internacionais de Catalogaccedilatildeo na Publicaccedilatildeo
L732 Lima Lucimara Ferreira de
Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR Lucimara Ferreira de Lima ndash 2013
104 f il 30 cm
Orientador Eloy Fassi Casagrande Juacutenior Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Programa de
Poacutes-graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Curitiba 2013 Bibliografia f 95-101
1 Processo AQUA 2 Construccedilotildees sustentaacuteveis 3 Construccedilatildeo civil ndash Certificaccedilatildeo
4 Desempenho ndash Avaliaccedilatildeo 5 Gestatildeo ambiental 6 Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Escritoacuterio Verde ndash Estudo de casos 7 Engenharia civil ndash Dissertaccedilotildees I Casagrande Juacutenior Eloy Fassi orient II Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Engenharia Civil III Tiacutetulo
CDD (22 ed) 624
Biblioteca Central da UTFPR Campus Curitiba
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por oportunizar a realizaccedilatildeo de um sonho
Ao professor Ph D Eloy Fassi Casagrande Jr pela orientaccedilatildeo durante todo esse
tempo
Ao professor Doutor Cezar Augusto Romano pelo amor aacute profissatildeo que tornam suas
aulas especiais
Ao professor Doutor Aloiacutesio Leoni Schmid da Universidade Federal do Paranaacute pela
contribuiccedilatildeo nos ensaios acuacutesticos
Agrave Fundaccedilatildeo Vanzolini pelo fornecimento do material utilizado neste estudo o
referencial teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso
Agrave Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute e ao Programa de Poacutes Graduaccedilatildeo
em Engenharia Civil pela formaccedilatildeo acadecircmica e infraestrutura fornecida para o
trabalho
A CAPES - Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de niacutevel Superior pela
concessatildeo da bolsa
Ao meu esposo Alexandre pelo amor incentivo e compreensatildeo
Agrave minha matildee Marlene e irmatilde Letiacutecia pelo amor e incentivo
Agrave minha amiga Arquiteta Daniela Vidal pela forccedila em todos os momentos de alegria
e tristeza e pela compreensatildeo da minha ausecircncia em alguns momentos de
comemoraccedilatildeo
Agrave minha amiga Arquiteta Lorreine Vaccari pelos ensinamentos
A todos que de alguma forma contribuiacuteram para realizaccedilatildeo desse trabalho
Muito obrigada
ldquoQuanto mais aumenta nosso
conhecimento mais evidente
fica nossa ignoracircnciardquo
(John F Kennedy)
RESUMO LIMA Lucimara F de Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso Estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR 2013 p 106 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Curitiba Paranaacute 2013 Os desequiliacutebrios ambientais oriundos da incompatibilidade entre crescimento populacional e esgotabilidade dos recursos naturais trazem grandes desafios Neste contexto destaca-se a induacutestria da construccedilatildeo civil que utiliza na sua cadeia produtiva grande quantidade de recursos natildeo renovaacuteveis As atuais praacuteticas de produccedilatildeo utilizadas pela construccedilatildeo civil necessitam de ajustes imediatos para que o setor possa contribuir adequadamente com o desenvolvimento sustentaacutevel do paiacutes Infelizmente satildeo comuns ainda processos artesanais nas frentes de trabalho uso de mateacuterias-primas sem manejo sustentaacutevel e a aplicaccedilatildeo de produtos industrializados desconsiderando os aspectos de conservaccedilatildeo de aacutegua energia e a necessaacuteria reduccedilatildeo de resiacuteduos e desperdiacutecios O surgimento dos sistemas de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo da construccedilatildeo civil em diferentes partes do mundo vem minimizando os impactos negativos que o setor da construccedilatildeo origina Nos uacuteltimos anos o movimento ganhou novos adeptos e os nuacutemeros tornam-se expressivos apontando uma demanda urgente de novas atitudes por parte dos profissionais e empresas do ramo O estudo realizado consiste em analisar o Relatoacuterio Teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2010 como versatildeo provisoacuteria que no momento encontra-se em processo de revisatildeo Essa anaacutelise foi utilizada como base para a realizaccedilatildeo de um estudo de caso sobre a construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde da UTFPR O resultado dessa pesquisa eacute a avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental do escritoacuterio quanto agrave conformidade com os requisitos definidos no referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios bem como o tratamento das natildeo conformidades e a tomada de accedilotildees corretivas e preventivas para alcance de um desempenho satisfatoacuterio Assim esta dissertaccedilatildeo eacute uma siacutentese de um processo de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis e busca realccedilar a importacircncia da certificaccedilatildeo na construccedilatildeo civil como modo de garantir que edifiacutecios sejam planejados projetados construiacutedos e principalmente utilizados seguindo os princiacutepios da sustentabilidade aspectos teacutecnicos econocircmicos sociais ambientais e culturais que devem interagir de forma holiacutestica Palavras-chave Processo AQUA avaliaccedilatildeo de desempenho do Escritoacuterio Verde certificaccedilatildeo ambiental de edifiacutecios
ABSTRACT LIMA Lucimara F de The AQUA process for certification of sustainable buildings in the operation and use phases Case Study the UTFPR Green Office 2013 p 106 Thesis (Masteracutes Degree in Civil Engineering) ndash Post -graduate Program in Civil Engineering of Federal Technological University of Paranaacute Curitiba Brazil 2013 Environmental imbalances resulting from the lack of compatibility between the population growth and the exhaustibility of natural resources bring out great challenges In such a context the industry of civil engineering must be pointed out for the use of great quantities of non-renewable resources in its production chain The current production practices used in civil construction need immediate adjustments so that the sector may contribute appropriately for the sustainable development of the country Unfortunately it is still rather common to find artisanal processes on work fronts use of raw materials without sustainable handling and the application of industrialized products with disregard to aspects such as water conservation energy and the necessary reduction of residues and waste The appearance of assessment and certification systems of civil construction in different parts of the world has reduced the negative impacts caused by the construction sector Over the last years such movement has gained new supporters and numbers have become more expressive pointing towards a pressing demand for new actions by professionals and corporations in the field The study performed consists of analyzing the AQUAacutes Technical Report of Operation and Use designed by the Vanzolini Foundation in 2010 as a temporary version which is currently being revised Such analysis has been used as the basis for the undertaking of a case study on the construction of the Green Office at UTFPR The outcome of such research is the assessment of the officeacutes environmental performance as for conformity with requirements defined on the AQUA standard of buildings operation as well as the treatment of non-conformities and undertaking of corrective and preventive actions in order to achieve satisfactory performance Thus such thesis is the summary of a certification process of sustainable buildings and aims to emphasize the importance of certification in civil construction as a way of assuring that buildings are planned designed built and primarily used according to the principles of sustainability technical economic social environmental and cultural aspects which must interact holistically Keywords AQUA Process assessment of the Green Office performance
environmental certification of buildings
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos
estrateacutegicos 46
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50
Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59
Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60
Figura 20 - Manta de PET reciclado 60
Figura 21- Manta de pneu reciclado 60
Figura 22 - Painel Smartside 61
Figura 23 - Siding Vinilico 61
Figura 24 - Painel TechShield 61
Figura 25 ndash Painel Decowall 62
Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62
Figura 27 ndash Vigas I 63
Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64
Figura 31 ndash Piso elevado modular 65
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73
Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75
Figura 39 ndash Piso plast floor 76
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87
Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios
ambientais estabelecidos 53
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39
Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71
Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida
AQUA Alta Qualidade Ambiental
ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura
BEE Building Environmental Efficiency
BRE Building Research Establishment
BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method
CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental
Efficiency
CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo
CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel
CQI Controle da qualidade intriacutenseca
COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis
CO Dioacutexido de Carbono
EV Escritoacuterio Verde
GBC Green Building Council
HQE Haute Qualiteacute Environnementale
HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica
LCA Life cicle assessment
LEED Leadership in Energy amp Environmental Design
MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca
NBR Norma brasileira
ONU Naccedilotildees Unidas
PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente
QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio
QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
QAP Qualidade ambiental das praacuteticas
QI Qualidade intriacutenseca
SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute
SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede
SFI Sistema fotovoltaico isolado
SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento
SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
USGBC US Green Building Council
UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute
WWF World Wildlife Fund
WRI World Resources Institute
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 17
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17
12 OBJETIVOS 19
121 Objetivo Principal 19
122 Objetivos Especiacuteficos 19
13 DELIMITACcedilOtildeES 19
14 JUSTIFICATIVA 20
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37
3 METODOLOGIA 43
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92
6 CONCLUSOtildeES 94
REFEREcircNCIAS 99
ANEXOS 106
17
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso
Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se
passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de
hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo
generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)
Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a
taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com
dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em
2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil
cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria
ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua
esgoto e limpeza urbana (36)
Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da
Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da
Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do
Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil
Fonte CBIC (2011)
18
Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do
desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as
praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham
tamanho crescimento
Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo
ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo
Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade
ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela
Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional
Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR
155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens
ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os
sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer
pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute
necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e
preventiva (ASBEA 2013)
Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de
edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro
apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas
sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as
edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil
Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do
processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado
em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada
sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do
Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da
Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a
realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute
Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida
internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila
Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da
SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE
2009)
19
Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado
pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases
que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e
realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de
operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010
atualmente em processo de revisatildeo
Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos
referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR
construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando
a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho
ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios
12 OBJETIVOS
121 Objetivo Principal
Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo
como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini
122 Objetivos Especiacuteficos
Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em
operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010
Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA
para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso
Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de
edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil
13 DELIMITACcedilOtildeES
Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de
certificaccedilatildeo
20
Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010
ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0
(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo
consideradas na presente dissertaccedilatildeo
14 JUSTIFICATIVA
O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010
SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and
Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment
Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built
Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees
Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema
Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo
(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por
resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees
referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas
dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)
a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de
desenvolvimento econocircmico do Paiacutes
os programas governamentais de desenvolvimento social como o
Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do
Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo
a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e
ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua
biodiversidade e recursos naturais
Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo
ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos
decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil
Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram
edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados
21
Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos
pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)
O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees
Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos
gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia
verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do
bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz
significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica
ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios
jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem
resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no
mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees
realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)
Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel
Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de
uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo
dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de
ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio
em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80
agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e
consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos
adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno
(ARQUITETURA 2011)
Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as
certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem
um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos
gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a
aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo
Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de
edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do
desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil
22
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO
O trabalho foi estruturado da seguinte forma
deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo
histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas
de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas
apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo
Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia
AQUA na fase operaccedilatildeo e uso
conclusotildees e consideraccedilotildees finais
23
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante
decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a
populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu
a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do
2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33
anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para
atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o
equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza
natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)
Fonte Population Reference Bureau (2011)
A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World
Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com
esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)
seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93
bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada
24
ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar
necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados
estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de
territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se
sustentar
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)
Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012
Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo
apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos
carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees
de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela
absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo
- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a
produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a
produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha
- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo
de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde
- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o
fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha
25
- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por
infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e
reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica
- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria
necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em
dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da
natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais
denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a
partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em
1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira
conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a
Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em
1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a
incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo
e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo
ldquoser humano e meio ambienterdquo
Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento
sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees
futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para
discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento
econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)
Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o
Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo
desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees
principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a
Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo
da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima
A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi
registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e
26
globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-
governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo
de soluccedilotildees para os problemas socioambientais
Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e
construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes
no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros
assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia
energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de
materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente
Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo
Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas
sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos
usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo
O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado
no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um
documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo
27
Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel
podem ser vistos no Quadro 1
ANO EVENTO RESUMO
1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma
Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos
componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos
naturais e sociais que formam o sistema global
1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento
Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as
tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez
catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de
contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos
1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano em Estocolmo Sueacutecia
A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as
consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram
113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a
criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
(PNUMA)
1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso
Futuro Comumrdquo
Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o
desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e
estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o
desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento
sustentaacutevel
1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra
Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro
mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de
integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais
concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel
Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e
mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21
1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima
A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a
decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento
tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das
emissotildees de gases do efeito estufa
1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto
Realizado em New York teve como objetivo analisar a
implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o
aquecimento global que causa o efeito estufa
2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash
Rio + 10
Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro
procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela
Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu
compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel
2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima
Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do
Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do
segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees
europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute
2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050
2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima
A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e
verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento
das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de
Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho
2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima
O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente
dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo
estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente
de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi
considerada em grande parte decepcionante
2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima
Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do
Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais
essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais
2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como
modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees
2012 Rio + 20
A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla
participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado
oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que
Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil
organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705
compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash
incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel
Fonte A autora 2012
28
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL
No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em
desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo
holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os
ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a
dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do
desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade
ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a
adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades
(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)
As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes
e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de
forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los
preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os
problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)
ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou
melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a
cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e
os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da
capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do
edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)
A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o
Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees
apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os
quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)
proveitamento de condiccedilotildees naturais locais
tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural
mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno
atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno
ualidade ambiental interna e externa
estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra
daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios
29
so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do
processo
educcedilatildeo do consumo energeacutetico
educcedilatildeo do consumo de aacutegua
eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos
ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel
ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo
Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute
relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho
ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o
de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de
edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS
Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de
reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses
desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de
analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building
(SILVA 2007)
O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da
deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building
Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das
edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)
Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais
de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a
Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de
fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de
pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas
satildeo denominadas eco-labellings
Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre
o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente
340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por
aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)
30
Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de
Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto
por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o
desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de
gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes
responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso
operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas
(DEGANI 2010)
l
Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de
doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia
Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a
sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo
sistema de certificaccedilatildeo
A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em
operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso
de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das
edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para
melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do
desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre
outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema
considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das
edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir
esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas
informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o
planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de
31
desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo
incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV
O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado
primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de
ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar
produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir
objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)
A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um
instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem
conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo
indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos
naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou
reciclados (BARBIERI 2004)
A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos
e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima
ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri
(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo
final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias
como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios
Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas
tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de
ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem
de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as
abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN
2002)
Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o
desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que
32
mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo
possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo
Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se
eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas
sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de
condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO
GOUVINHAS 2004)
Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM
(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que
dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE
EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building
Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -
HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building
Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED
(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)
A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que
durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos
ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a
viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute
promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas
direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do
edifiacutecio (CBCS 2011)
O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua
funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado
tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas
especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade
(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham
referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da
edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente
regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas
de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de
edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)
Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e
monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo
33
bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de
metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser
melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se
o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser
estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)
No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em
conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA
na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser
representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA
Fonte IBENP (2011)
O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas
de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo
34
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)
Fonte A autora (2012)
BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method
wwwbreeamorg
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE
Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de
certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The
Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM
Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)
BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM
Comunidades BREEAM Em Uso
Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)
Outstanding (Excepcional)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema
CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency
wwwibecorjpCASBEEenglish
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)
Abrangecircncia Aacutesia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas
Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade
de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)
Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a
melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)
L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo
hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)
Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)
Ambiente Interno
Green Star
wwwgbcaorgaugreen-star
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia
Abrangecircncia Austraacutelia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star
- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio
Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo
Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified
Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte
Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de
acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas
LEED - Leadership in Energy and Environmental Design
wwwusgbcorgLEED
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council
Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores
Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades
Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79
pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis
Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso
pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais
35
HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method
wwwhk-beamorghk
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society
Abrangecircncia Principalmente Hong Kong
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees
Existentes
Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze
(Bronze - Acima da Meacutedia)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance
ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua
qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees
HQE - Haute Qualiteacute Environnementale
assohqeorghqe
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)
Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia
Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo
Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor
praacutetica)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente
imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do
uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de
manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de
controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle
da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)
DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen
wwwdgnbde_en
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel
(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)
Abrangecircncia Alemanha
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio
Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais
tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de
maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio
A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais
LIDER A
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade
Abrangecircncia Portugal
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes
construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem
trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios
Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)
B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho
ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)
traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
36
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil
No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo
O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da
Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta
as principais caracteriacutesticas destes selos
PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo
wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais
Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E
Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e
condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a
envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios
multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc
SELO CASA AZUL DA CAIXA
downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil
Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25
criteacuterios sendo 6 de livre escolha)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana
Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais
LEED - BRASIL
wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil
Abrangecircncia Brasil
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados
LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro
LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo
LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes
LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais
Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera
materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)
Fonte A autora (2012)
37
AQUA - Alta Qualidade Ambiental
wwwvanzoliniorgbr
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais
Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha
integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da
energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho
ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos
ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo
7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada
ao contexto brasileiro satildeo
ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado a dados nacionais relevantes
ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais
ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo
deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas
investidores empreendedoresconstrutores e projetistas
ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no
meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo
Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade
Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema
de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos
Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de
Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e
o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)
Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de
amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de
algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade
38
do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A
metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao
contexto brasileiro
O processo AQUA abrange as seguintes fases
programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de
construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental
concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a
construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada
ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa
a construccedilatildeo sustentaacutevel
peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos
as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede
ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental
esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o
maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto
ambiental
Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos
escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e
hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo
encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede
esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de
empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos
O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas
de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um
perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo
eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias
e subcategorias avaliadas no sistema AQUA
39
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno
Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel
Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios
Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila
2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo
Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)
3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental
Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras
Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras
4) Gestatildeo da energia
Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica
Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados
5) Gestatildeo da aacutegua
Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel
Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais
6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
40
8) Conforto higroteacutermico
Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial
9) Conforto acuacutestico
Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos
Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes
10) Conforto visual
Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)
Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel
11) Conforto olfativo
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de odores desagradaacuteveis
12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas
13) Qualidade sanitaacuteria do ar
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de poluiccedilatildeo
14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas
Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas
Controle da temperatura na rede interna
Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom
superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas
fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos
trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema
natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
41
2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso
A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para
edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em
fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute
dividido em cinco partes
I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)
Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho
II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)
Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio
III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)
Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento
IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)
Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio
V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)
Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo
Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a
Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E
Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis
Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12
Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4
Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI
Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI
Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5
Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI
Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI
Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4
Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI
Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI
Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI
Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI
Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI
SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis
QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)
42
Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em
todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o
niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a
letra ldquoSrdquo
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA
Fonte Referencial AQUA (2010)
43
3 METODOLOGIA
A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois
visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a
tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando
haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por
ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma
de um estudo de caso (GIL 2008)
A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o
objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer
pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura
Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia
utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa
fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente
descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode
humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do
fenocircmeno (GEPHART 2004)
Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em
algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo
Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de
Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue
Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR
estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para
avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais
anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso
fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave
construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde
referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura
realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio
Verde
44
Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso
Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da
presente dissertaccedilatildeo
45
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados
Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados
Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo
relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa
convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas
atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou
ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis
nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das
Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus
tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino
Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo
uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se
posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a
sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas
praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal
do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute
localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a
Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com
quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de
Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do
terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo
desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das
atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio
tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de
Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro
46
aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee
uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo
para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos
Fonte Google Earth (2011)
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE
A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr
e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo
com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda
responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame
baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas
do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do
Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2
47
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV
Fonte A autora (2012)
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV
Fonte A autora (2012)
48
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
49
A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a
parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de
produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental
estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem
contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o
DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo
O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica
possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para
captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o
conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros
O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra
concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV
necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram
ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de
resiacuteduos
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
50
Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de
acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se
pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico
foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)
que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas
sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo
iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde
conforme Figuras 13 e 14
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
51
A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No
revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil
no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada
suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com
carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas
LED
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de
2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash
Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril
em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a
ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o
Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por
contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade
52
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV
Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a
mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash
Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas
pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a
parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente
buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)
exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna
vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade
ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos
itens
comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade
ambiental desejado o qual deve ser justificado
implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de
competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo
documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo
gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade
ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas
aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos
definidos no perfil de qualidade ambiental
Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o
modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para
hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais
estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2
A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com
os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade
urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV
53
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
Fonte A autora (2012)
Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados
apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade
acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida
como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que
priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade
urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida
Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos
desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser
visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel
excelente
54
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV
Fonte A autora (2011)
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo
A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca
Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da
Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos
exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se
ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo
que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior
detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo
55
Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno
1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo
QI 11
Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de
desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende
QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende
QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende
QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende
QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende
QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende
QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende
QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende
QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende
QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende
QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
1 Avaliaccedilatildeo
CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende
CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende
CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica
CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de
condicionamento de ar Natildeo se aplica
Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13
QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos
meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende
Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para
estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com
dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA
Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar
Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir
de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar
Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios
ciclistasS E 4 X
Garantir a proximidade com
os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende
NA - Natildeo se aplica
X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo
Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento
especialmente os menos poluentes
Veiacuteculos particulares
Favorecer o uso de veiacuteculos
limpos
Favorecer o uso de modos de
deslocamento menos
poluentes
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13
Fonte Referencial AQUA (2010)
56
O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba
possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de
transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da
cidade
A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com
embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de
ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade
A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas
accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os
serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do
transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de
Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano
Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte
interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos
Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios
Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba
responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e
internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada
ou de escala
O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente
164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos
Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido
aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de
ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena
localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de
Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a
implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos
da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos
Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade
QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave
funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva
Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de
conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva
Acessibilidade
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
57
O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se
trata de um item obrigatoacuterio
O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR
90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas
Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados
dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas
Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual
Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio
Item 7314 - Bacia com altura inferior
Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos
Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades
podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para
acesso ao mezanino
Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos
O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo
descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo
2 Avaliaccedilatildeo
QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende
QI 22
Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no
empreendimento Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
2 Avaliaccedilatildeo
MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 23
Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas
de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 26
Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos
revestimentos internos Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
58
Criteacuterios avaliados no item QI 22
QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do
empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a
incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de
recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para
o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia
de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil
considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material
reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a
destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
E 5 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende
A partir do
inventaacuterio de
materiais de
construccedilatildeo
(desenvolvido no
SGO) apresentar
para a famiacutelia de
produtos da obra
limpa (definidas
B
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Atende
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a
construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios
econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do
Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das
americanas utilizam esta tecnologia
Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a
concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora
alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso
a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase
de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel
com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos
resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS
CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou
59
apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel
montar a estrutura do EV in loco
A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de
toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para
o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em
Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees
No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando
concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)
sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este
procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para
evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em
funccedilatildeo de uma chuva mais forte
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado
(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de
pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois
de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP
Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga
utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da
chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e
aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding
60
Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do
telhado
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame
Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)
Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como
isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do
fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de
vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de
pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida
quando em processo de combustatildeo
61
Figura 22 - Painel Smartside
Fonte LP BRASIL (2012)
Figura 23 - Siding Vinilico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 24 - Painel TechShield
Fonte LP BRASIL (2012)
62
Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso
como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo
pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no
contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a
degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere
ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato
de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa
No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras
horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e
ranhuras a cada 200 mm
Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces
com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente
dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em
paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97
da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza
a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no
formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm
Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia
(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram
as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)
Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)
63
Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)
As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino
satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes
cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e
constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando
a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de
63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame
Fonte LP BRASIL (2012)
A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada
em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras
64
telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia
mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por
estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural
que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha
Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura
O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO
de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus
reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo
possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva
sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela
empresa Cebrace
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta
Fonte MADO (2012)
No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso
elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de
loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo
mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza
65
maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio
rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na
mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento
Figura 31 ndash Piso elevado modular
Fonte REMASTER (2012)
O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular
reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)
que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do
carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma
instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso
Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes
aleacutergicos
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile
Fonte Interface FLOR (2012)
Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da
empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta
Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da
66
empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande
flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex
Fonte EPEX (2012)
Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental
3 Avaliaccedilatildeo
CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende
CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
Canteiro de obra com baixo impacto ambiental
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)
pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio
O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos
resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens
plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de
gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo
civil
67
Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia
4 Avaliaccedilatildeo
QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios
QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas
QI 43
Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao
aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende
QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende
QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende
QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende
CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende
CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende
CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende
CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende
CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica
Gestatildeo de Energia
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no item QI 44
QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da
porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel
(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade
escolhida
E 2 Atende
- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias
renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de
aacuterea uacutetil em energia primaacuteria
E 1 Atende
- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA
NA - Natildeo se aplica
Pontos
complementares
desempenho da
modalidade
explorada
Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44
Fonte Referencial AQUA (2010)
68
O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave
rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos
KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados
em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal
(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de
dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse
painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que
converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um
inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo
e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o
sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo
elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento
automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2010)
O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10
moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T
sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do
tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias
respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas
fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo
utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
69
O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga
banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem
acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para
atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica
da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia
gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de
irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo
incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes
iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e
fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)
Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de
junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite
projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute
proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior
incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de
inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta
os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a
energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2012)
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
70
Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica
(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida
pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro
desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um
funcionamento ininterrupto limpo e silencioso
Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua
5 Avaliaccedilatildeo
QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende
QI 52
Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou
outros usos Atende
QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende
QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica
QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende
MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende
CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende
CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende
CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende
CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua
CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2
71
Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53
QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende
nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio
uso do edifiacutecioE 1 NA
nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA
QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
20 a 40E 2 Atende
lt 20 E 5 -----
2 a 10
E 2 -----
gt 10
E 5 Atende
NA - Natildeo se aplica
Medidas tomadas
para economizar
aacutegua
Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes
Coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
presente (para local
pouco urbanizado)
Percentual de
melhoria do
coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
em relaccedilatildeo agrave
situaccedilatildeo anterior agrave
construccedilatildeo do
empreendimento
(para local
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53
Fonte Referencial AQUA (2010)
O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio
foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a
quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada
pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de
telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros
foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a
zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua
potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por
pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos
nuacutemeros levantados no escritoacuterio
Aacutegua Fonte consumidora Local
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino
Reuso Torneira de jardim Jardim
Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua
72
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV
Fonte NOVAES(2013)
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial
Fonte NOVAES (2013)
O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de
accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e
pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal
da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de
1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta
73
colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta
de aacutegua pluvial
O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma
boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba
pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a
aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a
funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
74
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV
Fonte A autora (2012)
Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua
com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que
eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas
pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico
Fonte SIMEPAR (2012)
Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo
Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era
ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)
75
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)
Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em
057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui
aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)
Deck frontal 633
Concreto lateral direita 2061
Deck Fundos 3283
Concreto lateral esquerda 1944
Entrada carro 7752
Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819
Total (msup2) 23864
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057
Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)
Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por
piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de
lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se
destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu
Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)
76
o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e
mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser
preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras
Figura 39 ndash Piso plast floor
Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)
iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma
prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto
permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran
Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)
Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
6 Avaliaccedilatildeo
CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende
CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
77
Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira
Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos
entre outros)
Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista
plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida
latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)
Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico
guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas
esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos
banheiros
O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e
baterias
O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos
REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico
Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do
Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos
departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta
armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um
plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental
ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo
Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de
computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam
espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam
a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a
comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de
extensatildeo universitaacuteria
Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
7 Avaliaccedilatildeo
QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende
QI 72
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante
a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 73
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a
operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 74
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso
do edifiacutecio
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
78
7 Avaliaccedilatildeo
MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
7 Avaliaccedilatildeo
CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar
CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar
CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar
CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar
CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar
CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no CQI 71
(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo
Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivasB Implantar
Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento
abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas
Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e
corretivas
S Implantar
A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que
permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar
A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana
para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71
Fonte Referencial AQUA (2010)
79
Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico
8 Avaliaccedilatildeo
QI 81
Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto
no inverno Atende
QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende
QI 83
Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no
veratildeo
QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende
QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende
Conforto Higroteacutermico
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
8 Avaliaccedilatildeo
CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica
CQI 82
Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento
resfriamento Natildeo se aplica
CQI 83
Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto
higroteacuternico Natildeo se aplica
Conforto Higroteacutermico
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) S
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2
Identificar os
espaccedilos sensiacuteveis
agrave velocidade do
ar no inverno
como no veratildeo E
velocidade
maacutexima do ar no
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com
temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e
julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC
Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo
Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba
a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas
desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o
calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012
80
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno
Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila
6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228
712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292
722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267
732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14
742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063
752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196
762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006
772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259
782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086
792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244
7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156
7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08
7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376
7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105
7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11
7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173
7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189
7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098
As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as
temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom
desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo
das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e
fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo
com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente
O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais
baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou
uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a
temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura
externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC
81
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima
O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de
temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este
aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1
minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de
operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade
relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa
Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos
Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico
9 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende
QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende
Conforto acuacutestico
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
9 Avaliaccedilatildeo
MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva
MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos
Conforto acuacutestico
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
82
9 Avaliaccedilatildeo
CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos
CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes
CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende
CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos
CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende
Conforto acuacutestico
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos
Fonte Referencial AQUA (2007)
As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas
por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo
haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se
esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de
placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o
escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os
ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de
elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao
salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios
em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha
o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes
83
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados
Fonte GREGORI (2011)
No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando
que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma
atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos
pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio
demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem
de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao
mesmo
Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o
cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e
conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se
mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a
construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor
medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de
incerteza superior
84
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do
paracircmetro
conforme2142 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034
acima do paracircmetro
conforme640 abaixo do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do
paracircmetro
conforme3098 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme1965
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605
Natildeo conforme5120
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2096
acima do paracircmetro
Resultados obtidos em dB(A)
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro Normativo
Mediccedilatildeo Incerteza
Fonte GREGORI (2011)
Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado
superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto
poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave
aceitabilidade
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573
acima do paracircmetro
conforme1542 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891
acima do paracircmetro
conforme027 acima do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636
acima do paracircmetro
conforme2637 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2715
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635
Natildeo conforme5870
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2696
acima do paracircmetro
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)
Mediccedilatildeo Incerteza
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Fonte GREGORI (2011)
No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de
atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas
Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da
Universidade Federal do Paranaacute
Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma
das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do
centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA
Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de
pressatildeo sonora de 705 dBA
85
Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e
Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera
mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo
Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de
referecircncia
desvio
da curva
desvios
desfavoraacuteveis
curva de
referecircncia
deslocada
de 24 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
curva de
referecircncia
deslocada de
28 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
625 155
125 233 36 -127 -127 12 113 8 153
250 238 45 -212 -212 21 28 17 68
500 305 52 -215 -215 28 25 24 65
1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07
2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86
1207 173 93
meacutedia 2414
Meacutedia dos
negativos 346
Meacutedia dos
negativos 186
meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado
Fonte SCHMID (2013)
O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se
que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo
de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas
autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O
resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica
Fonte SCHMID (2013)
86
A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo
estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento
acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees
Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em
velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de
80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem
ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de
Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500
veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a
serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave
velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA
Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo
de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA
Categoria 10 ndash Conforto visual
10 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende
QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende
QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende
QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto
QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial
QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende
Conforto visual
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
10 Avaliaccedilatildeo
CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
Conforto visual
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101
QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
BAtende
Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz
do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende
Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende
No caso de
edifiacutecios
comerciais
Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou
recepccedilatildeo principal
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
87
O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto
de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para
captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao
ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a
finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED
(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras
Categoria 11 ndash Conforto olfativo
11 Avaliaccedilatildeo
QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo
QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende
QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
88
11 Avaliaccedilatildeo
CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
S
B
E 2
E 2
E 4 Atende
Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis
sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo
Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo
mecacircnica ou natural controlada)
Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo
prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta
Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja
pertinente
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual
de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de
janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo
natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser
previsto
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112
Fonte Referencial AQUA (2010)
A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da
ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila
de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar
interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado
Figura 43 ndash Efeito chamineacute
Fonte LAMBERTS (2004)
89
Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
12 Avaliaccedilatildeo
QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende
QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende
CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
provenientes do entorno imediato B
provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S
Para as fontes - energia e fontes
telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das
fontes emissoras de ondas
eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia
e das fontes de radiofrequecircncia
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121
Fonte Referencial AQUA (2010)
O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios
campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se
necessaacuterio um estudo especiacutefico
A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal
Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos
campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente
Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de
Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues
comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a
principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele
os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os
maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios
90
equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador
raacutedio e TV (STF 2013)
Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar
13 Avaliaccedilatildeo
QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende
QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende
QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende
CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende
CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende
CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende
CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
91
MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B
Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende
Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos
internos renovadosE 2
Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores
de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que
tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou
naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos
renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo
E 2
Piso 1000 e Parede 1000 E 1
Piso 250 e Parede 500 E 2
Piso 625 e Parede 125 E 1
Piso e parede 40 E 2
Piso e parede 20 E 3
Piso e parede 10 E 4
5 E 1
25 E 2
1 E 2
E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos
internos renovados
Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de
acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em
contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3
Taxa de COV piso e
paredes
Formaldeiacutedos piso
e paredes
Canceriacutegenos ou
substacircncias
causadoras de
efeitos geneacuteticos
hereditaacuterios ou
causadoras de
impotecircncia
reprodutiva o
conjunto de
produtos
constituintes das
Na ocasiatildeo de
renovaccedilatildeo de
revestimentos
internos (pisos
paredes tetos
materiais de
acabamento)
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131
Fonte Referencial AQUA (2010)
A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV
(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a
rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um
grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou
registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo
de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio
da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida
que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases
na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo
abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem
utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem
(VANZOLINI 2013)
92
Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
14 Avaliaccedilatildeo
QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas
QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende
QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
14 Avaliaccedilatildeo
CQI 141
Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo
preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica
CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica
CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende
CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B
SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro
Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No
caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na
aacutegua
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141
Fonte Referencial AQUA (2010)
Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX
(Polietileno de alta densidade reticulado)
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas
O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP
gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52
93
QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS
Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma
economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos
produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)
1- 4
Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na
conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o
meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e
limpeza)
2- 6
QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS
boas praacuteticas no consumo de energia 1
boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1
reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1
poliacutetica de compras 1
QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes
ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5
Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de
um contrato com um produtor de energia3
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao
periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3
Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de
reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de
sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)
1 - 3
RESIacuteDUOS
ENERGIA
PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA
Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de
sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes
AacuteGUA
MATERIAL ELEacuteTRICO
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP
Fonte Referencial AQUA (2010)
O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar
poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais
requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento
Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas
sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio
vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana
do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se
interessarem pelo assunto sustentabilidade
94
6 CONCLUSOtildeES
Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a
avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no
estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho
ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees
Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a
forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra
dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e
subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do
item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre
outros
Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no
detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa
projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor
Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da
categoria energia
QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel
Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da
envoltoacuteria Uedif (Wm2K)
Uedif lt Uedif-base + 40
B
Melhorar a aptidatildeo da
envoltoacuteria para limitar
desperdiacutecios
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41
Fonte Referencial AQUA (2010)
Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo
ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado
menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio
(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo
convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado
com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia
mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os
admissiacuteveis
Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos
precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de
95
variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias
no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo
Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de
COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes
ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no
momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria
Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando
oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns
edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn
As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar
na construccedilatildeo deste referencial
Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees
corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns
requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no
iniacutecio do estudo de caso conclui-se que
Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade
Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante
da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor
de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a
maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos
materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por
isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil
demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito
estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses
produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas
Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos
resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no
EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de
obra
Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida
o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na
96
geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema
estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em
tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia
Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no
entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua
potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a
coleta de dados
Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV
ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus
universitaacuterio
Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel
excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer
sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes
anos
Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV
Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom
Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo
em relaccedilatildeo ao ofuscamento
Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para
niacutevel bom
Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes
de campos eletromagneacuteticos
Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo
mantida atende a legislaccedilatildeo vigente
Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo
mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada
pelo sistema de coleta pluvial
97
A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima
QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial
para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima
Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de
fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um
bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil
Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios
exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado
para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV
SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS
Como proposta para trabalhos futuros sugere-se
pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas
elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV
avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV
98
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104
ANEXO 1
Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR
105
ANEXO 2
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
Gestatildeo
4 Energia
41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F
42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo
5 Aacutegua
51 Economia de aacutegua potaacutevel F
52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F
53 Esgotamento sanitaacuterio F
6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F
62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F
63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F
64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F
7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo
71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F
72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F
73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo
74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F
Conforto
8 Conforto higroteacutermico
81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F
82 No veratildeo F
9 Conforto acuacutestico
91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F
92 Isolamento acuacutestico F F F
93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F
94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F
10 Conforto visual
101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F
102 Iluminaccedilatildeo artificial F
103 Relaccedilatildeo visual com o exterior
104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F
11 Conforto olfativo
111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F
112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F
Sauacutede
12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F
13 Qualidade sanitaacuteria do ar
131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F
132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F
14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F
142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo
143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
106
ANEXO 3
Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por oportunizar a realizaccedilatildeo de um sonho
Ao professor Ph D Eloy Fassi Casagrande Jr pela orientaccedilatildeo durante todo esse
tempo
Ao professor Doutor Cezar Augusto Romano pelo amor aacute profissatildeo que tornam suas
aulas especiais
Ao professor Doutor Aloiacutesio Leoni Schmid da Universidade Federal do Paranaacute pela
contribuiccedilatildeo nos ensaios acuacutesticos
Agrave Fundaccedilatildeo Vanzolini pelo fornecimento do material utilizado neste estudo o
referencial teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso
Agrave Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute e ao Programa de Poacutes Graduaccedilatildeo
em Engenharia Civil pela formaccedilatildeo acadecircmica e infraestrutura fornecida para o
trabalho
A CAPES - Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de niacutevel Superior pela
concessatildeo da bolsa
Ao meu esposo Alexandre pelo amor incentivo e compreensatildeo
Agrave minha matildee Marlene e irmatilde Letiacutecia pelo amor e incentivo
Agrave minha amiga Arquiteta Daniela Vidal pela forccedila em todos os momentos de alegria
e tristeza e pela compreensatildeo da minha ausecircncia em alguns momentos de
comemoraccedilatildeo
Agrave minha amiga Arquiteta Lorreine Vaccari pelos ensinamentos
A todos que de alguma forma contribuiacuteram para realizaccedilatildeo desse trabalho
Muito obrigada
ldquoQuanto mais aumenta nosso
conhecimento mais evidente
fica nossa ignoracircnciardquo
(John F Kennedy)
RESUMO LIMA Lucimara F de Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso Estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR 2013 p 106 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Curitiba Paranaacute 2013 Os desequiliacutebrios ambientais oriundos da incompatibilidade entre crescimento populacional e esgotabilidade dos recursos naturais trazem grandes desafios Neste contexto destaca-se a induacutestria da construccedilatildeo civil que utiliza na sua cadeia produtiva grande quantidade de recursos natildeo renovaacuteveis As atuais praacuteticas de produccedilatildeo utilizadas pela construccedilatildeo civil necessitam de ajustes imediatos para que o setor possa contribuir adequadamente com o desenvolvimento sustentaacutevel do paiacutes Infelizmente satildeo comuns ainda processos artesanais nas frentes de trabalho uso de mateacuterias-primas sem manejo sustentaacutevel e a aplicaccedilatildeo de produtos industrializados desconsiderando os aspectos de conservaccedilatildeo de aacutegua energia e a necessaacuteria reduccedilatildeo de resiacuteduos e desperdiacutecios O surgimento dos sistemas de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo da construccedilatildeo civil em diferentes partes do mundo vem minimizando os impactos negativos que o setor da construccedilatildeo origina Nos uacuteltimos anos o movimento ganhou novos adeptos e os nuacutemeros tornam-se expressivos apontando uma demanda urgente de novas atitudes por parte dos profissionais e empresas do ramo O estudo realizado consiste em analisar o Relatoacuterio Teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2010 como versatildeo provisoacuteria que no momento encontra-se em processo de revisatildeo Essa anaacutelise foi utilizada como base para a realizaccedilatildeo de um estudo de caso sobre a construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde da UTFPR O resultado dessa pesquisa eacute a avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental do escritoacuterio quanto agrave conformidade com os requisitos definidos no referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios bem como o tratamento das natildeo conformidades e a tomada de accedilotildees corretivas e preventivas para alcance de um desempenho satisfatoacuterio Assim esta dissertaccedilatildeo eacute uma siacutentese de um processo de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis e busca realccedilar a importacircncia da certificaccedilatildeo na construccedilatildeo civil como modo de garantir que edifiacutecios sejam planejados projetados construiacutedos e principalmente utilizados seguindo os princiacutepios da sustentabilidade aspectos teacutecnicos econocircmicos sociais ambientais e culturais que devem interagir de forma holiacutestica Palavras-chave Processo AQUA avaliaccedilatildeo de desempenho do Escritoacuterio Verde certificaccedilatildeo ambiental de edifiacutecios
ABSTRACT LIMA Lucimara F de The AQUA process for certification of sustainable buildings in the operation and use phases Case Study the UTFPR Green Office 2013 p 106 Thesis (Masteracutes Degree in Civil Engineering) ndash Post -graduate Program in Civil Engineering of Federal Technological University of Paranaacute Curitiba Brazil 2013 Environmental imbalances resulting from the lack of compatibility between the population growth and the exhaustibility of natural resources bring out great challenges In such a context the industry of civil engineering must be pointed out for the use of great quantities of non-renewable resources in its production chain The current production practices used in civil construction need immediate adjustments so that the sector may contribute appropriately for the sustainable development of the country Unfortunately it is still rather common to find artisanal processes on work fronts use of raw materials without sustainable handling and the application of industrialized products with disregard to aspects such as water conservation energy and the necessary reduction of residues and waste The appearance of assessment and certification systems of civil construction in different parts of the world has reduced the negative impacts caused by the construction sector Over the last years such movement has gained new supporters and numbers have become more expressive pointing towards a pressing demand for new actions by professionals and corporations in the field The study performed consists of analyzing the AQUAacutes Technical Report of Operation and Use designed by the Vanzolini Foundation in 2010 as a temporary version which is currently being revised Such analysis has been used as the basis for the undertaking of a case study on the construction of the Green Office at UTFPR The outcome of such research is the assessment of the officeacutes environmental performance as for conformity with requirements defined on the AQUA standard of buildings operation as well as the treatment of non-conformities and undertaking of corrective and preventive actions in order to achieve satisfactory performance Thus such thesis is the summary of a certification process of sustainable buildings and aims to emphasize the importance of certification in civil construction as a way of assuring that buildings are planned designed built and primarily used according to the principles of sustainability technical economic social environmental and cultural aspects which must interact holistically Keywords AQUA Process assessment of the Green Office performance
environmental certification of buildings
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos
estrateacutegicos 46
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50
Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59
Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60
Figura 20 - Manta de PET reciclado 60
Figura 21- Manta de pneu reciclado 60
Figura 22 - Painel Smartside 61
Figura 23 - Siding Vinilico 61
Figura 24 - Painel TechShield 61
Figura 25 ndash Painel Decowall 62
Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62
Figura 27 ndash Vigas I 63
Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64
Figura 31 ndash Piso elevado modular 65
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73
Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75
Figura 39 ndash Piso plast floor 76
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87
Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios
ambientais estabelecidos 53
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39
Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71
Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida
AQUA Alta Qualidade Ambiental
ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura
BEE Building Environmental Efficiency
BRE Building Research Establishment
BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method
CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental
Efficiency
CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo
CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel
CQI Controle da qualidade intriacutenseca
COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis
CO Dioacutexido de Carbono
EV Escritoacuterio Verde
GBC Green Building Council
HQE Haute Qualiteacute Environnementale
HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica
LCA Life cicle assessment
LEED Leadership in Energy amp Environmental Design
MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca
NBR Norma brasileira
ONU Naccedilotildees Unidas
PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente
QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio
QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
QAP Qualidade ambiental das praacuteticas
QI Qualidade intriacutenseca
SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute
SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede
SFI Sistema fotovoltaico isolado
SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento
SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
USGBC US Green Building Council
UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute
WWF World Wildlife Fund
WRI World Resources Institute
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 17
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17
12 OBJETIVOS 19
121 Objetivo Principal 19
122 Objetivos Especiacuteficos 19
13 DELIMITACcedilOtildeES 19
14 JUSTIFICATIVA 20
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37
3 METODOLOGIA 43
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92
6 CONCLUSOtildeES 94
REFEREcircNCIAS 99
ANEXOS 106
17
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso
Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se
passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de
hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo
generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)
Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a
taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com
dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em
2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil
cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria
ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua
esgoto e limpeza urbana (36)
Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da
Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da
Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do
Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil
Fonte CBIC (2011)
18
Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do
desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as
praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham
tamanho crescimento
Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo
ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo
Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade
ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela
Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional
Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR
155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens
ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os
sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer
pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute
necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e
preventiva (ASBEA 2013)
Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de
edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro
apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas
sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as
edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil
Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do
processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado
em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada
sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do
Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da
Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a
realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute
Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida
internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila
Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da
SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE
2009)
19
Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado
pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases
que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e
realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de
operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010
atualmente em processo de revisatildeo
Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos
referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR
construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando
a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho
ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios
12 OBJETIVOS
121 Objetivo Principal
Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo
como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini
122 Objetivos Especiacuteficos
Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em
operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010
Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA
para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso
Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de
edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil
13 DELIMITACcedilOtildeES
Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de
certificaccedilatildeo
20
Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010
ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0
(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo
consideradas na presente dissertaccedilatildeo
14 JUSTIFICATIVA
O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010
SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and
Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment
Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built
Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees
Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema
Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo
(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por
resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees
referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas
dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)
a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de
desenvolvimento econocircmico do Paiacutes
os programas governamentais de desenvolvimento social como o
Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do
Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo
a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e
ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua
biodiversidade e recursos naturais
Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo
ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos
decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil
Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram
edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados
21
Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos
pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)
O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees
Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos
gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia
verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do
bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz
significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica
ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios
jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem
resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no
mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees
realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)
Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel
Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de
uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo
dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de
ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio
em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80
agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e
consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos
adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno
(ARQUITETURA 2011)
Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as
certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem
um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos
gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a
aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo
Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de
edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do
desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil
22
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO
O trabalho foi estruturado da seguinte forma
deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo
histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas
de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas
apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo
Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia
AQUA na fase operaccedilatildeo e uso
conclusotildees e consideraccedilotildees finais
23
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante
decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a
populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu
a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do
2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33
anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para
atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o
equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza
natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)
Fonte Population Reference Bureau (2011)
A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World
Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com
esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)
seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93
bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada
24
ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar
necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados
estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de
territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se
sustentar
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)
Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012
Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo
apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos
carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees
de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela
absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo
- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a
produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a
produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha
- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo
de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde
- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o
fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha
25
- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por
infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e
reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica
- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria
necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em
dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da
natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais
denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a
partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em
1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira
conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a
Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em
1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a
incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo
e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo
ldquoser humano e meio ambienterdquo
Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento
sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees
futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para
discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento
econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)
Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o
Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo
desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees
principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a
Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo
da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima
A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi
registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e
26
globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-
governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo
de soluccedilotildees para os problemas socioambientais
Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e
construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes
no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros
assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia
energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de
materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente
Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo
Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas
sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos
usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo
O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado
no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um
documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo
27
Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel
podem ser vistos no Quadro 1
ANO EVENTO RESUMO
1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma
Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos
componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos
naturais e sociais que formam o sistema global
1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento
Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as
tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez
catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de
contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos
1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano em Estocolmo Sueacutecia
A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as
consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram
113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a
criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
(PNUMA)
1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso
Futuro Comumrdquo
Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o
desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e
estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o
desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento
sustentaacutevel
1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra
Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro
mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de
integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais
concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel
Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e
mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21
1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima
A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a
decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento
tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das
emissotildees de gases do efeito estufa
1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto
Realizado em New York teve como objetivo analisar a
implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o
aquecimento global que causa o efeito estufa
2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash
Rio + 10
Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro
procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela
Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu
compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel
2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima
Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do
Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do
segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees
europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute
2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050
2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima
A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e
verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento
das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de
Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho
2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima
O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente
dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo
estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente
de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi
considerada em grande parte decepcionante
2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima
Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do
Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais
essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais
2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como
modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees
2012 Rio + 20
A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla
participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado
oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que
Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil
organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705
compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash
incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel
Fonte A autora 2012
28
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL
No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em
desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo
holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os
ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a
dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do
desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade
ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a
adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades
(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)
As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes
e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de
forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los
preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os
problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)
ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou
melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a
cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e
os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da
capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do
edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)
A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o
Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees
apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os
quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)
proveitamento de condiccedilotildees naturais locais
tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural
mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno
atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno
ualidade ambiental interna e externa
estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra
daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios
29
so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do
processo
educcedilatildeo do consumo energeacutetico
educcedilatildeo do consumo de aacutegua
eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos
ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel
ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo
Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute
relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho
ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o
de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de
edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS
Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de
reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses
desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de
analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building
(SILVA 2007)
O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da
deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building
Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das
edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)
Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais
de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a
Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de
fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de
pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas
satildeo denominadas eco-labellings
Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre
o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente
340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por
aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)
30
Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de
Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto
por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o
desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de
gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes
responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso
operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas
(DEGANI 2010)
l
Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de
doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia
Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a
sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo
sistema de certificaccedilatildeo
A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em
operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso
de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das
edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para
melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do
desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre
outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema
considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das
edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir
esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas
informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o
planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de
31
desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo
incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV
O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado
primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de
ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar
produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir
objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)
A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um
instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem
conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo
indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos
naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou
reciclados (BARBIERI 2004)
A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos
e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima
ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri
(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo
final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias
como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios
Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas
tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de
ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem
de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as
abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN
2002)
Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o
desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que
32
mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo
possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo
Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se
eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas
sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de
condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO
GOUVINHAS 2004)
Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM
(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que
dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE
EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building
Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -
HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building
Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED
(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)
A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que
durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos
ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a
viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute
promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas
direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do
edifiacutecio (CBCS 2011)
O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua
funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado
tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas
especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade
(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham
referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da
edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente
regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas
de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de
edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)
Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e
monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo
33
bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de
metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser
melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se
o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser
estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)
No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em
conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA
na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser
representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA
Fonte IBENP (2011)
O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas
de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo
34
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)
Fonte A autora (2012)
BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method
wwwbreeamorg
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE
Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de
certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The
Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM
Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)
BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM
Comunidades BREEAM Em Uso
Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)
Outstanding (Excepcional)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema
CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency
wwwibecorjpCASBEEenglish
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)
Abrangecircncia Aacutesia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas
Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade
de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)
Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a
melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)
L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo
hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)
Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)
Ambiente Interno
Green Star
wwwgbcaorgaugreen-star
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia
Abrangecircncia Austraacutelia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star
- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio
Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo
Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified
Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte
Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de
acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas
LEED - Leadership in Energy and Environmental Design
wwwusgbcorgLEED
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council
Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores
Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades
Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79
pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis
Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso
pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais
35
HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method
wwwhk-beamorghk
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society
Abrangecircncia Principalmente Hong Kong
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees
Existentes
Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze
(Bronze - Acima da Meacutedia)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance
ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua
qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees
HQE - Haute Qualiteacute Environnementale
assohqeorghqe
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)
Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia
Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo
Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor
praacutetica)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente
imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do
uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de
manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de
controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle
da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)
DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen
wwwdgnbde_en
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel
(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)
Abrangecircncia Alemanha
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio
Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais
tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de
maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio
A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais
LIDER A
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade
Abrangecircncia Portugal
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes
construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem
trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios
Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)
B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho
ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)
traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
36
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil
No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo
O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da
Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta
as principais caracteriacutesticas destes selos
PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo
wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais
Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E
Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e
condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a
envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios
multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc
SELO CASA AZUL DA CAIXA
downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil
Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25
criteacuterios sendo 6 de livre escolha)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana
Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais
LEED - BRASIL
wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil
Abrangecircncia Brasil
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados
LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro
LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo
LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes
LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais
Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera
materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)
Fonte A autora (2012)
37
AQUA - Alta Qualidade Ambiental
wwwvanzoliniorgbr
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais
Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha
integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da
energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho
ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos
ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo
7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada
ao contexto brasileiro satildeo
ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado a dados nacionais relevantes
ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais
ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo
deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas
investidores empreendedoresconstrutores e projetistas
ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no
meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo
Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade
Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema
de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos
Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de
Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e
o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)
Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de
amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de
algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade
38
do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A
metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao
contexto brasileiro
O processo AQUA abrange as seguintes fases
programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de
construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental
concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a
construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada
ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa
a construccedilatildeo sustentaacutevel
peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos
as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede
ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental
esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o
maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto
ambiental
Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos
escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e
hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo
encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede
esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de
empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos
O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas
de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um
perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo
eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias
e subcategorias avaliadas no sistema AQUA
39
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno
Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel
Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios
Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila
2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo
Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)
3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental
Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras
Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras
4) Gestatildeo da energia
Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica
Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados
5) Gestatildeo da aacutegua
Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel
Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais
6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
40
8) Conforto higroteacutermico
Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial
9) Conforto acuacutestico
Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos
Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes
10) Conforto visual
Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)
Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel
11) Conforto olfativo
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de odores desagradaacuteveis
12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas
13) Qualidade sanitaacuteria do ar
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de poluiccedilatildeo
14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas
Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas
Controle da temperatura na rede interna
Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom
superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas
fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos
trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema
natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
41
2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso
A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para
edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em
fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute
dividido em cinco partes
I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)
Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho
II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)
Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio
III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)
Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento
IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)
Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio
V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)
Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo
Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a
Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E
Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis
Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12
Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4
Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI
Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI
Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5
Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI
Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI
Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4
Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI
Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI
Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI
Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI
Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI
SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis
QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)
42
Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em
todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o
niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a
letra ldquoSrdquo
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA
Fonte Referencial AQUA (2010)
43
3 METODOLOGIA
A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois
visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a
tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando
haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por
ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma
de um estudo de caso (GIL 2008)
A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o
objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer
pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura
Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia
utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa
fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente
descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode
humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do
fenocircmeno (GEPHART 2004)
Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em
algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo
Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de
Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue
Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR
estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para
avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais
anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso
fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave
construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde
referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura
realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio
Verde
44
Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso
Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da
presente dissertaccedilatildeo
45
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados
Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados
Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo
relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa
convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas
atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou
ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis
nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das
Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus
tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino
Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo
uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se
posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a
sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas
praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal
do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute
localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a
Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com
quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de
Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do
terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo
desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das
atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio
tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de
Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro
46
aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee
uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo
para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos
Fonte Google Earth (2011)
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE
A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr
e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo
com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda
responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame
baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas
do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do
Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2
47
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV
Fonte A autora (2012)
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV
Fonte A autora (2012)
48
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
49
A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a
parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de
produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental
estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem
contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o
DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo
O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica
possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para
captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o
conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros
O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra
concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV
necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram
ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de
resiacuteduos
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
50
Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de
acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se
pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico
foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)
que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas
sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo
iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde
conforme Figuras 13 e 14
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
51
A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No
revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil
no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada
suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com
carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas
LED
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de
2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash
Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril
em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a
ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o
Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por
contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade
52
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV
Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a
mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash
Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas
pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a
parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente
buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)
exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna
vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade
ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos
itens
comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade
ambiental desejado o qual deve ser justificado
implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de
competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo
documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo
gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade
ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas
aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos
definidos no perfil de qualidade ambiental
Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o
modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para
hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais
estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2
A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com
os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade
urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV
53
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
Fonte A autora (2012)
Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados
apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade
acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida
como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que
priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade
urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida
Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos
desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser
visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel
excelente
54
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV
Fonte A autora (2011)
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo
A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca
Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da
Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos
exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se
ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo
que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior
detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo
55
Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno
1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo
QI 11
Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de
desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende
QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende
QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende
QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende
QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende
QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende
QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende
QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende
QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende
QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende
QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
1 Avaliaccedilatildeo
CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende
CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende
CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica
CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de
condicionamento de ar Natildeo se aplica
Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13
QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos
meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende
Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para
estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com
dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA
Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar
Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir
de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar
Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios
ciclistasS E 4 X
Garantir a proximidade com
os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende
NA - Natildeo se aplica
X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo
Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento
especialmente os menos poluentes
Veiacuteculos particulares
Favorecer o uso de veiacuteculos
limpos
Favorecer o uso de modos de
deslocamento menos
poluentes
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13
Fonte Referencial AQUA (2010)
56
O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba
possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de
transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da
cidade
A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com
embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de
ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade
A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas
accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os
serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do
transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de
Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano
Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte
interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos
Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios
Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba
responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e
internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada
ou de escala
O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente
164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos
Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido
aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de
ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena
localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de
Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a
implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos
da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos
Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade
QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave
funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva
Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de
conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva
Acessibilidade
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
57
O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se
trata de um item obrigatoacuterio
O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR
90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas
Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados
dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas
Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual
Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio
Item 7314 - Bacia com altura inferior
Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos
Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades
podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para
acesso ao mezanino
Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos
O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo
descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo
2 Avaliaccedilatildeo
QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende
QI 22
Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no
empreendimento Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
2 Avaliaccedilatildeo
MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 23
Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas
de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 26
Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos
revestimentos internos Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
58
Criteacuterios avaliados no item QI 22
QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do
empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a
incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de
recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para
o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia
de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil
considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material
reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a
destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
E 5 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende
A partir do
inventaacuterio de
materiais de
construccedilatildeo
(desenvolvido no
SGO) apresentar
para a famiacutelia de
produtos da obra
limpa (definidas
B
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Atende
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a
construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios
econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do
Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das
americanas utilizam esta tecnologia
Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a
concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora
alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso
a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase
de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel
com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos
resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS
CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou
59
apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel
montar a estrutura do EV in loco
A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de
toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para
o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em
Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees
No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando
concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)
sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este
procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para
evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em
funccedilatildeo de uma chuva mais forte
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado
(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de
pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois
de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP
Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga
utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da
chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e
aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding
60
Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do
telhado
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame
Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)
Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como
isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do
fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de
vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de
pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida
quando em processo de combustatildeo
61
Figura 22 - Painel Smartside
Fonte LP BRASIL (2012)
Figura 23 - Siding Vinilico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 24 - Painel TechShield
Fonte LP BRASIL (2012)
62
Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso
como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo
pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no
contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a
degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere
ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato
de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa
No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras
horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e
ranhuras a cada 200 mm
Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces
com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente
dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em
paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97
da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza
a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no
formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm
Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia
(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram
as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)
Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)
63
Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)
As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino
satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes
cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e
constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando
a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de
63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame
Fonte LP BRASIL (2012)
A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada
em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras
64
telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia
mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por
estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural
que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha
Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura
O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO
de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus
reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo
possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva
sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela
empresa Cebrace
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta
Fonte MADO (2012)
No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso
elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de
loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo
mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza
65
maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio
rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na
mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento
Figura 31 ndash Piso elevado modular
Fonte REMASTER (2012)
O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular
reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)
que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do
carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma
instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso
Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes
aleacutergicos
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile
Fonte Interface FLOR (2012)
Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da
empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta
Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da
66
empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande
flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex
Fonte EPEX (2012)
Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental
3 Avaliaccedilatildeo
CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende
CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
Canteiro de obra com baixo impacto ambiental
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)
pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio
O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos
resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens
plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de
gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo
civil
67
Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia
4 Avaliaccedilatildeo
QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios
QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas
QI 43
Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao
aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende
QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende
QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende
QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende
CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende
CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende
CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende
CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende
CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica
Gestatildeo de Energia
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no item QI 44
QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da
porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel
(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade
escolhida
E 2 Atende
- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias
renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de
aacuterea uacutetil em energia primaacuteria
E 1 Atende
- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA
NA - Natildeo se aplica
Pontos
complementares
desempenho da
modalidade
explorada
Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44
Fonte Referencial AQUA (2010)
68
O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave
rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos
KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados
em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal
(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de
dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse
painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que
converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um
inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo
e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o
sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo
elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento
automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2010)
O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10
moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T
sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do
tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias
respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas
fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo
utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
69
O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga
banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem
acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para
atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica
da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia
gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de
irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo
incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes
iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e
fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)
Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de
junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite
projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute
proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior
incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de
inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta
os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a
energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2012)
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
70
Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica
(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida
pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro
desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um
funcionamento ininterrupto limpo e silencioso
Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua
5 Avaliaccedilatildeo
QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende
QI 52
Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou
outros usos Atende
QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende
QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica
QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende
MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende
CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende
CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende
CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende
CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua
CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2
71
Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53
QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende
nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio
uso do edifiacutecioE 1 NA
nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA
QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
20 a 40E 2 Atende
lt 20 E 5 -----
2 a 10
E 2 -----
gt 10
E 5 Atende
NA - Natildeo se aplica
Medidas tomadas
para economizar
aacutegua
Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes
Coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
presente (para local
pouco urbanizado)
Percentual de
melhoria do
coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
em relaccedilatildeo agrave
situaccedilatildeo anterior agrave
construccedilatildeo do
empreendimento
(para local
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53
Fonte Referencial AQUA (2010)
O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio
foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a
quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada
pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de
telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros
foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a
zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua
potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por
pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos
nuacutemeros levantados no escritoacuterio
Aacutegua Fonte consumidora Local
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino
Reuso Torneira de jardim Jardim
Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua
72
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV
Fonte NOVAES(2013)
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial
Fonte NOVAES (2013)
O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de
accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e
pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal
da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de
1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta
73
colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta
de aacutegua pluvial
O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma
boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba
pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a
aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a
funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
74
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV
Fonte A autora (2012)
Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua
com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que
eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas
pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico
Fonte SIMEPAR (2012)
Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo
Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era
ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)
75
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)
Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em
057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui
aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)
Deck frontal 633
Concreto lateral direita 2061
Deck Fundos 3283
Concreto lateral esquerda 1944
Entrada carro 7752
Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819
Total (msup2) 23864
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057
Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)
Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por
piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de
lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se
destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu
Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)
76
o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e
mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser
preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras
Figura 39 ndash Piso plast floor
Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)
iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma
prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto
permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran
Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)
Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
6 Avaliaccedilatildeo
CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende
CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
77
Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira
Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos
entre outros)
Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista
plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida
latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)
Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico
guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas
esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos
banheiros
O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e
baterias
O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos
REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico
Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do
Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos
departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta
armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um
plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental
ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo
Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de
computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam
espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam
a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a
comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de
extensatildeo universitaacuteria
Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
7 Avaliaccedilatildeo
QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende
QI 72
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante
a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 73
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a
operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 74
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso
do edifiacutecio
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
78
7 Avaliaccedilatildeo
MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
7 Avaliaccedilatildeo
CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar
CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar
CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar
CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar
CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar
CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no CQI 71
(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo
Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivasB Implantar
Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento
abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas
Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e
corretivas
S Implantar
A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que
permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar
A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana
para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71
Fonte Referencial AQUA (2010)
79
Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico
8 Avaliaccedilatildeo
QI 81
Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto
no inverno Atende
QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende
QI 83
Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no
veratildeo
QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende
QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende
Conforto Higroteacutermico
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
8 Avaliaccedilatildeo
CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica
CQI 82
Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento
resfriamento Natildeo se aplica
CQI 83
Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto
higroteacuternico Natildeo se aplica
Conforto Higroteacutermico
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) S
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2
Identificar os
espaccedilos sensiacuteveis
agrave velocidade do
ar no inverno
como no veratildeo E
velocidade
maacutexima do ar no
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com
temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e
julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC
Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo
Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba
a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas
desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o
calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012
80
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno
Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila
6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228
712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292
722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267
732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14
742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063
752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196
762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006
772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259
782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086
792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244
7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156
7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08
7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376
7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105
7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11
7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173
7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189
7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098
As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as
temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom
desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo
das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e
fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo
com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente
O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais
baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou
uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a
temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura
externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC
81
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima
O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de
temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este
aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1
minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de
operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade
relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa
Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos
Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico
9 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende
QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende
Conforto acuacutestico
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
9 Avaliaccedilatildeo
MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva
MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos
Conforto acuacutestico
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
82
9 Avaliaccedilatildeo
CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos
CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes
CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende
CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos
CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende
Conforto acuacutestico
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos
Fonte Referencial AQUA (2007)
As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas
por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo
haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se
esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de
placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o
escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os
ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de
elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao
salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios
em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha
o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes
83
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados
Fonte GREGORI (2011)
No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando
que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma
atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos
pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio
demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem
de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao
mesmo
Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o
cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e
conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se
mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a
construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor
medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de
incerteza superior
84
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do
paracircmetro
conforme2142 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034
acima do paracircmetro
conforme640 abaixo do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do
paracircmetro
conforme3098 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme1965
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605
Natildeo conforme5120
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2096
acima do paracircmetro
Resultados obtidos em dB(A)
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro Normativo
Mediccedilatildeo Incerteza
Fonte GREGORI (2011)
Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado
superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto
poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave
aceitabilidade
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573
acima do paracircmetro
conforme1542 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891
acima do paracircmetro
conforme027 acima do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636
acima do paracircmetro
conforme2637 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2715
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635
Natildeo conforme5870
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2696
acima do paracircmetro
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)
Mediccedilatildeo Incerteza
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Fonte GREGORI (2011)
No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de
atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas
Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da
Universidade Federal do Paranaacute
Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma
das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do
centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA
Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de
pressatildeo sonora de 705 dBA
85
Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e
Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera
mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo
Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de
referecircncia
desvio
da curva
desvios
desfavoraacuteveis
curva de
referecircncia
deslocada
de 24 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
curva de
referecircncia
deslocada de
28 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
625 155
125 233 36 -127 -127 12 113 8 153
250 238 45 -212 -212 21 28 17 68
500 305 52 -215 -215 28 25 24 65
1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07
2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86
1207 173 93
meacutedia 2414
Meacutedia dos
negativos 346
Meacutedia dos
negativos 186
meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado
Fonte SCHMID (2013)
O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se
que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo
de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas
autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O
resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica
Fonte SCHMID (2013)
86
A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo
estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento
acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees
Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em
velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de
80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem
ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de
Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500
veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a
serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave
velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA
Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo
de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA
Categoria 10 ndash Conforto visual
10 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende
QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende
QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende
QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto
QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial
QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende
Conforto visual
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
10 Avaliaccedilatildeo
CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
Conforto visual
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101
QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
BAtende
Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz
do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende
Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende
No caso de
edifiacutecios
comerciais
Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou
recepccedilatildeo principal
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
87
O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto
de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para
captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao
ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a
finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED
(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras
Categoria 11 ndash Conforto olfativo
11 Avaliaccedilatildeo
QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo
QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende
QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
88
11 Avaliaccedilatildeo
CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
S
B
E 2
E 2
E 4 Atende
Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis
sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo
Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo
mecacircnica ou natural controlada)
Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo
prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta
Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja
pertinente
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual
de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de
janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo
natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser
previsto
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112
Fonte Referencial AQUA (2010)
A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da
ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila
de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar
interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado
Figura 43 ndash Efeito chamineacute
Fonte LAMBERTS (2004)
89
Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
12 Avaliaccedilatildeo
QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende
QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende
CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
provenientes do entorno imediato B
provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S
Para as fontes - energia e fontes
telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das
fontes emissoras de ondas
eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia
e das fontes de radiofrequecircncia
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121
Fonte Referencial AQUA (2010)
O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios
campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se
necessaacuterio um estudo especiacutefico
A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal
Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos
campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente
Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de
Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues
comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a
principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele
os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os
maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios
90
equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador
raacutedio e TV (STF 2013)
Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar
13 Avaliaccedilatildeo
QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende
QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende
QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende
CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende
CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende
CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende
CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
91
MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B
Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende
Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos
internos renovadosE 2
Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores
de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que
tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou
naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos
renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo
E 2
Piso 1000 e Parede 1000 E 1
Piso 250 e Parede 500 E 2
Piso 625 e Parede 125 E 1
Piso e parede 40 E 2
Piso e parede 20 E 3
Piso e parede 10 E 4
5 E 1
25 E 2
1 E 2
E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos
internos renovados
Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de
acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em
contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3
Taxa de COV piso e
paredes
Formaldeiacutedos piso
e paredes
Canceriacutegenos ou
substacircncias
causadoras de
efeitos geneacuteticos
hereditaacuterios ou
causadoras de
impotecircncia
reprodutiva o
conjunto de
produtos
constituintes das
Na ocasiatildeo de
renovaccedilatildeo de
revestimentos
internos (pisos
paredes tetos
materiais de
acabamento)
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131
Fonte Referencial AQUA (2010)
A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV
(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a
rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um
grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou
registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo
de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio
da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida
que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases
na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo
abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem
utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem
(VANZOLINI 2013)
92
Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
14 Avaliaccedilatildeo
QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas
QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende
QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
14 Avaliaccedilatildeo
CQI 141
Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo
preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica
CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica
CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende
CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B
SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro
Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No
caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na
aacutegua
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141
Fonte Referencial AQUA (2010)
Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX
(Polietileno de alta densidade reticulado)
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas
O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP
gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52
93
QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS
Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma
economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos
produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)
1- 4
Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na
conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o
meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e
limpeza)
2- 6
QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS
boas praacuteticas no consumo de energia 1
boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1
reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1
poliacutetica de compras 1
QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes
ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5
Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de
um contrato com um produtor de energia3
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao
periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3
Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de
reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de
sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)
1 - 3
RESIacuteDUOS
ENERGIA
PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA
Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de
sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes
AacuteGUA
MATERIAL ELEacuteTRICO
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP
Fonte Referencial AQUA (2010)
O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar
poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais
requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento
Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas
sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio
vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana
do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se
interessarem pelo assunto sustentabilidade
94
6 CONCLUSOtildeES
Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a
avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no
estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho
ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees
Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a
forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra
dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e
subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do
item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre
outros
Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no
detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa
projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor
Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da
categoria energia
QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel
Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da
envoltoacuteria Uedif (Wm2K)
Uedif lt Uedif-base + 40
B
Melhorar a aptidatildeo da
envoltoacuteria para limitar
desperdiacutecios
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41
Fonte Referencial AQUA (2010)
Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo
ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado
menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio
(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo
convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado
com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia
mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os
admissiacuteveis
Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos
precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de
95
variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias
no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo
Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de
COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes
ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no
momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria
Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando
oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns
edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn
As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar
na construccedilatildeo deste referencial
Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees
corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns
requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no
iniacutecio do estudo de caso conclui-se que
Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade
Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante
da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor
de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a
maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos
materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por
isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil
demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito
estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses
produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas
Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos
resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no
EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de
obra
Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida
o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na
96
geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema
estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em
tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia
Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no
entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua
potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a
coleta de dados
Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV
ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus
universitaacuterio
Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel
excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer
sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes
anos
Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV
Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom
Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo
em relaccedilatildeo ao ofuscamento
Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para
niacutevel bom
Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes
de campos eletromagneacuteticos
Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo
mantida atende a legislaccedilatildeo vigente
Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo
mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada
pelo sistema de coleta pluvial
97
A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima
QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial
para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima
Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de
fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um
bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil
Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios
exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado
para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV
SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS
Como proposta para trabalhos futuros sugere-se
pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas
elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV
avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV
98
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104
ANEXO 1
Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR
105
ANEXO 2
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
Gestatildeo
4 Energia
41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F
42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo
5 Aacutegua
51 Economia de aacutegua potaacutevel F
52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F
53 Esgotamento sanitaacuterio F
6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F
62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F
63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F
64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F
7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo
71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F
72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F
73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo
74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F
Conforto
8 Conforto higroteacutermico
81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F
82 No veratildeo F
9 Conforto acuacutestico
91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F
92 Isolamento acuacutestico F F F
93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F
94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F
10 Conforto visual
101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F
102 Iluminaccedilatildeo artificial F
103 Relaccedilatildeo visual com o exterior
104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F
11 Conforto olfativo
111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F
112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F
Sauacutede
12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F
13 Qualidade sanitaacuteria do ar
131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F
132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F
14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F
142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo
143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
106
ANEXO 3
Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010
ldquoQuanto mais aumenta nosso
conhecimento mais evidente
fica nossa ignoracircnciardquo
(John F Kennedy)
RESUMO LIMA Lucimara F de Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso Estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR 2013 p 106 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Curitiba Paranaacute 2013 Os desequiliacutebrios ambientais oriundos da incompatibilidade entre crescimento populacional e esgotabilidade dos recursos naturais trazem grandes desafios Neste contexto destaca-se a induacutestria da construccedilatildeo civil que utiliza na sua cadeia produtiva grande quantidade de recursos natildeo renovaacuteveis As atuais praacuteticas de produccedilatildeo utilizadas pela construccedilatildeo civil necessitam de ajustes imediatos para que o setor possa contribuir adequadamente com o desenvolvimento sustentaacutevel do paiacutes Infelizmente satildeo comuns ainda processos artesanais nas frentes de trabalho uso de mateacuterias-primas sem manejo sustentaacutevel e a aplicaccedilatildeo de produtos industrializados desconsiderando os aspectos de conservaccedilatildeo de aacutegua energia e a necessaacuteria reduccedilatildeo de resiacuteduos e desperdiacutecios O surgimento dos sistemas de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo da construccedilatildeo civil em diferentes partes do mundo vem minimizando os impactos negativos que o setor da construccedilatildeo origina Nos uacuteltimos anos o movimento ganhou novos adeptos e os nuacutemeros tornam-se expressivos apontando uma demanda urgente de novas atitudes por parte dos profissionais e empresas do ramo O estudo realizado consiste em analisar o Relatoacuterio Teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2010 como versatildeo provisoacuteria que no momento encontra-se em processo de revisatildeo Essa anaacutelise foi utilizada como base para a realizaccedilatildeo de um estudo de caso sobre a construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde da UTFPR O resultado dessa pesquisa eacute a avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental do escritoacuterio quanto agrave conformidade com os requisitos definidos no referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios bem como o tratamento das natildeo conformidades e a tomada de accedilotildees corretivas e preventivas para alcance de um desempenho satisfatoacuterio Assim esta dissertaccedilatildeo eacute uma siacutentese de um processo de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis e busca realccedilar a importacircncia da certificaccedilatildeo na construccedilatildeo civil como modo de garantir que edifiacutecios sejam planejados projetados construiacutedos e principalmente utilizados seguindo os princiacutepios da sustentabilidade aspectos teacutecnicos econocircmicos sociais ambientais e culturais que devem interagir de forma holiacutestica Palavras-chave Processo AQUA avaliaccedilatildeo de desempenho do Escritoacuterio Verde certificaccedilatildeo ambiental de edifiacutecios
ABSTRACT LIMA Lucimara F de The AQUA process for certification of sustainable buildings in the operation and use phases Case Study the UTFPR Green Office 2013 p 106 Thesis (Masteracutes Degree in Civil Engineering) ndash Post -graduate Program in Civil Engineering of Federal Technological University of Paranaacute Curitiba Brazil 2013 Environmental imbalances resulting from the lack of compatibility between the population growth and the exhaustibility of natural resources bring out great challenges In such a context the industry of civil engineering must be pointed out for the use of great quantities of non-renewable resources in its production chain The current production practices used in civil construction need immediate adjustments so that the sector may contribute appropriately for the sustainable development of the country Unfortunately it is still rather common to find artisanal processes on work fronts use of raw materials without sustainable handling and the application of industrialized products with disregard to aspects such as water conservation energy and the necessary reduction of residues and waste The appearance of assessment and certification systems of civil construction in different parts of the world has reduced the negative impacts caused by the construction sector Over the last years such movement has gained new supporters and numbers have become more expressive pointing towards a pressing demand for new actions by professionals and corporations in the field The study performed consists of analyzing the AQUAacutes Technical Report of Operation and Use designed by the Vanzolini Foundation in 2010 as a temporary version which is currently being revised Such analysis has been used as the basis for the undertaking of a case study on the construction of the Green Office at UTFPR The outcome of such research is the assessment of the officeacutes environmental performance as for conformity with requirements defined on the AQUA standard of buildings operation as well as the treatment of non-conformities and undertaking of corrective and preventive actions in order to achieve satisfactory performance Thus such thesis is the summary of a certification process of sustainable buildings and aims to emphasize the importance of certification in civil construction as a way of assuring that buildings are planned designed built and primarily used according to the principles of sustainability technical economic social environmental and cultural aspects which must interact holistically Keywords AQUA Process assessment of the Green Office performance
environmental certification of buildings
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos
estrateacutegicos 46
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50
Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59
Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60
Figura 20 - Manta de PET reciclado 60
Figura 21- Manta de pneu reciclado 60
Figura 22 - Painel Smartside 61
Figura 23 - Siding Vinilico 61
Figura 24 - Painel TechShield 61
Figura 25 ndash Painel Decowall 62
Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62
Figura 27 ndash Vigas I 63
Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64
Figura 31 ndash Piso elevado modular 65
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73
Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75
Figura 39 ndash Piso plast floor 76
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87
Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios
ambientais estabelecidos 53
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39
Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71
Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida
AQUA Alta Qualidade Ambiental
ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura
BEE Building Environmental Efficiency
BRE Building Research Establishment
BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method
CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental
Efficiency
CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo
CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel
CQI Controle da qualidade intriacutenseca
COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis
CO Dioacutexido de Carbono
EV Escritoacuterio Verde
GBC Green Building Council
HQE Haute Qualiteacute Environnementale
HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica
LCA Life cicle assessment
LEED Leadership in Energy amp Environmental Design
MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca
NBR Norma brasileira
ONU Naccedilotildees Unidas
PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente
QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio
QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
QAP Qualidade ambiental das praacuteticas
QI Qualidade intriacutenseca
SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute
SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede
SFI Sistema fotovoltaico isolado
SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento
SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
USGBC US Green Building Council
UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute
WWF World Wildlife Fund
WRI World Resources Institute
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 17
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17
12 OBJETIVOS 19
121 Objetivo Principal 19
122 Objetivos Especiacuteficos 19
13 DELIMITACcedilOtildeES 19
14 JUSTIFICATIVA 20
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37
3 METODOLOGIA 43
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92
6 CONCLUSOtildeES 94
REFEREcircNCIAS 99
ANEXOS 106
17
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso
Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se
passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de
hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo
generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)
Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a
taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com
dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em
2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil
cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria
ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua
esgoto e limpeza urbana (36)
Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da
Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da
Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do
Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil
Fonte CBIC (2011)
18
Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do
desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as
praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham
tamanho crescimento
Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo
ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo
Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade
ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela
Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional
Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR
155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens
ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os
sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer
pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute
necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e
preventiva (ASBEA 2013)
Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de
edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro
apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas
sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as
edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil
Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do
processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado
em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada
sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do
Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da
Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a
realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute
Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida
internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila
Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da
SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE
2009)
19
Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado
pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases
que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e
realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de
operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010
atualmente em processo de revisatildeo
Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos
referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR
construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando
a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho
ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios
12 OBJETIVOS
121 Objetivo Principal
Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo
como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini
122 Objetivos Especiacuteficos
Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em
operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010
Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA
para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso
Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de
edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil
13 DELIMITACcedilOtildeES
Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de
certificaccedilatildeo
20
Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010
ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0
(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo
consideradas na presente dissertaccedilatildeo
14 JUSTIFICATIVA
O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010
SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and
Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment
Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built
Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees
Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema
Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo
(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por
resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees
referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas
dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)
a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de
desenvolvimento econocircmico do Paiacutes
os programas governamentais de desenvolvimento social como o
Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do
Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo
a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e
ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua
biodiversidade e recursos naturais
Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo
ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos
decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil
Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram
edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados
21
Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos
pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)
O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees
Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos
gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia
verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do
bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz
significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica
ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios
jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem
resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no
mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees
realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)
Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel
Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de
uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo
dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de
ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio
em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80
agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e
consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos
adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno
(ARQUITETURA 2011)
Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as
certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem
um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos
gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a
aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo
Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de
edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do
desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil
22
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO
O trabalho foi estruturado da seguinte forma
deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo
histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas
de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas
apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo
Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia
AQUA na fase operaccedilatildeo e uso
conclusotildees e consideraccedilotildees finais
23
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante
decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a
populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu
a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do
2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33
anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para
atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o
equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza
natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)
Fonte Population Reference Bureau (2011)
A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World
Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com
esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)
seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93
bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada
24
ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar
necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados
estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de
territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se
sustentar
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)
Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012
Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo
apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos
carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees
de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela
absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo
- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a
produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a
produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha
- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo
de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde
- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o
fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha
25
- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por
infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e
reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica
- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria
necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em
dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da
natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais
denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a
partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em
1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira
conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a
Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em
1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a
incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo
e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo
ldquoser humano e meio ambienterdquo
Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento
sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees
futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para
discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento
econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)
Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o
Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo
desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees
principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a
Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo
da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima
A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi
registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e
26
globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-
governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo
de soluccedilotildees para os problemas socioambientais
Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e
construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes
no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros
assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia
energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de
materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente
Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo
Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas
sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos
usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo
O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado
no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um
documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo
27
Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel
podem ser vistos no Quadro 1
ANO EVENTO RESUMO
1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma
Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos
componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos
naturais e sociais que formam o sistema global
1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento
Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as
tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez
catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de
contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos
1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano em Estocolmo Sueacutecia
A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as
consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram
113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a
criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
(PNUMA)
1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso
Futuro Comumrdquo
Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o
desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e
estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o
desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento
sustentaacutevel
1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra
Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro
mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de
integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais
concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel
Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e
mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21
1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima
A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a
decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento
tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das
emissotildees de gases do efeito estufa
1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto
Realizado em New York teve como objetivo analisar a
implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o
aquecimento global que causa o efeito estufa
2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash
Rio + 10
Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro
procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela
Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu
compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel
2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima
Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do
Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do
segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees
europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute
2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050
2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima
A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e
verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento
das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de
Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho
2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima
O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente
dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo
estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente
de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi
considerada em grande parte decepcionante
2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima
Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do
Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais
essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais
2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como
modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees
2012 Rio + 20
A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla
participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado
oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que
Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil
organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705
compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash
incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel
Fonte A autora 2012
28
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL
No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em
desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo
holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os
ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a
dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do
desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade
ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a
adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades
(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)
As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes
e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de
forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los
preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os
problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)
ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou
melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a
cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e
os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da
capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do
edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)
A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o
Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees
apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os
quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)
proveitamento de condiccedilotildees naturais locais
tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural
mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno
atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno
ualidade ambiental interna e externa
estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra
daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios
29
so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do
processo
educcedilatildeo do consumo energeacutetico
educcedilatildeo do consumo de aacutegua
eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos
ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel
ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo
Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute
relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho
ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o
de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de
edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS
Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de
reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses
desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de
analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building
(SILVA 2007)
O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da
deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building
Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das
edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)
Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais
de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a
Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de
fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de
pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas
satildeo denominadas eco-labellings
Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre
o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente
340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por
aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)
30
Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de
Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto
por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o
desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de
gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes
responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso
operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas
(DEGANI 2010)
l
Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de
doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia
Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a
sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo
sistema de certificaccedilatildeo
A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em
operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso
de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das
edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para
melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do
desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre
outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema
considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das
edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir
esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas
informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o
planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de
31
desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo
incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV
O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado
primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de
ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar
produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir
objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)
A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um
instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem
conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo
indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos
naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou
reciclados (BARBIERI 2004)
A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos
e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima
ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri
(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo
final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias
como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios
Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas
tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de
ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem
de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as
abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN
2002)
Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o
desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que
32
mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo
possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo
Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se
eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas
sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de
condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO
GOUVINHAS 2004)
Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM
(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que
dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE
EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building
Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -
HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building
Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED
(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)
A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que
durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos
ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a
viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute
promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas
direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do
edifiacutecio (CBCS 2011)
O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua
funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado
tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas
especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade
(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham
referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da
edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente
regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas
de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de
edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)
Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e
monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo
33
bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de
metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser
melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se
o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser
estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)
No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em
conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA
na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser
representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA
Fonte IBENP (2011)
O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas
de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo
34
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)
Fonte A autora (2012)
BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method
wwwbreeamorg
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE
Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de
certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The
Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM
Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)
BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM
Comunidades BREEAM Em Uso
Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)
Outstanding (Excepcional)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema
CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency
wwwibecorjpCASBEEenglish
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)
Abrangecircncia Aacutesia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas
Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade
de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)
Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a
melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)
L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo
hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)
Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)
Ambiente Interno
Green Star
wwwgbcaorgaugreen-star
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia
Abrangecircncia Austraacutelia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star
- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio
Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo
Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified
Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte
Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de
acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas
LEED - Leadership in Energy and Environmental Design
wwwusgbcorgLEED
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council
Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores
Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades
Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79
pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis
Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso
pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais
35
HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method
wwwhk-beamorghk
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society
Abrangecircncia Principalmente Hong Kong
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees
Existentes
Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze
(Bronze - Acima da Meacutedia)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance
ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua
qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees
HQE - Haute Qualiteacute Environnementale
assohqeorghqe
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)
Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia
Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo
Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor
praacutetica)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente
imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do
uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de
manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de
controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle
da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)
DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen
wwwdgnbde_en
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel
(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)
Abrangecircncia Alemanha
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio
Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais
tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de
maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio
A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais
LIDER A
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade
Abrangecircncia Portugal
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes
construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem
trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios
Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)
B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho
ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)
traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
36
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil
No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo
O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da
Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta
as principais caracteriacutesticas destes selos
PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo
wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais
Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E
Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e
condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a
envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios
multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc
SELO CASA AZUL DA CAIXA
downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil
Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25
criteacuterios sendo 6 de livre escolha)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana
Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais
LEED - BRASIL
wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil
Abrangecircncia Brasil
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados
LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro
LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo
LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes
LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais
Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera
materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)
Fonte A autora (2012)
37
AQUA - Alta Qualidade Ambiental
wwwvanzoliniorgbr
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais
Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha
integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da
energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho
ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos
ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo
7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada
ao contexto brasileiro satildeo
ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado a dados nacionais relevantes
ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais
ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo
deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas
investidores empreendedoresconstrutores e projetistas
ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no
meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo
Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade
Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema
de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos
Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de
Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e
o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)
Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de
amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de
algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade
38
do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A
metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao
contexto brasileiro
O processo AQUA abrange as seguintes fases
programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de
construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental
concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a
construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada
ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa
a construccedilatildeo sustentaacutevel
peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos
as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede
ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental
esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o
maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto
ambiental
Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos
escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e
hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo
encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede
esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de
empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos
O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas
de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um
perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo
eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias
e subcategorias avaliadas no sistema AQUA
39
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno
Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel
Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios
Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila
2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo
Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)
3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental
Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras
Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras
4) Gestatildeo da energia
Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica
Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados
5) Gestatildeo da aacutegua
Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel
Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais
6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
40
8) Conforto higroteacutermico
Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial
9) Conforto acuacutestico
Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos
Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes
10) Conforto visual
Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)
Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel
11) Conforto olfativo
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de odores desagradaacuteveis
12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas
13) Qualidade sanitaacuteria do ar
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de poluiccedilatildeo
14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas
Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas
Controle da temperatura na rede interna
Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom
superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas
fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos
trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema
natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
41
2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso
A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para
edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em
fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute
dividido em cinco partes
I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)
Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho
II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)
Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio
III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)
Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento
IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)
Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio
V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)
Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo
Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a
Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E
Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis
Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12
Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4
Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI
Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI
Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5
Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI
Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI
Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4
Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI
Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI
Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI
Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI
Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI
SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis
QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)
42
Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em
todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o
niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a
letra ldquoSrdquo
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA
Fonte Referencial AQUA (2010)
43
3 METODOLOGIA
A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois
visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a
tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando
haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por
ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma
de um estudo de caso (GIL 2008)
A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o
objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer
pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura
Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia
utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa
fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente
descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode
humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do
fenocircmeno (GEPHART 2004)
Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em
algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo
Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de
Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue
Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR
estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para
avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais
anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso
fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave
construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde
referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura
realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio
Verde
44
Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso
Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da
presente dissertaccedilatildeo
45
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados
Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados
Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo
relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa
convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas
atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou
ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis
nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das
Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus
tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino
Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo
uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se
posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a
sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas
praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal
do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute
localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a
Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com
quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de
Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do
terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo
desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das
atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio
tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de
Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro
46
aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee
uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo
para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos
Fonte Google Earth (2011)
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE
A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr
e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo
com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda
responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame
baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas
do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do
Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2
47
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV
Fonte A autora (2012)
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV
Fonte A autora (2012)
48
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
49
A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a
parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de
produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental
estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem
contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o
DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo
O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica
possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para
captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o
conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros
O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra
concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV
necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram
ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de
resiacuteduos
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
50
Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de
acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se
pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico
foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)
que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas
sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo
iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde
conforme Figuras 13 e 14
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
51
A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No
revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil
no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada
suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com
carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas
LED
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de
2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash
Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril
em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a
ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o
Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por
contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade
52
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV
Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a
mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash
Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas
pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a
parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente
buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)
exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna
vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade
ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos
itens
comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade
ambiental desejado o qual deve ser justificado
implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de
competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo
documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo
gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade
ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas
aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos
definidos no perfil de qualidade ambiental
Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o
modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para
hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais
estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2
A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com
os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade
urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV
53
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
Fonte A autora (2012)
Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados
apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade
acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida
como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que
priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade
urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida
Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos
desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser
visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel
excelente
54
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV
Fonte A autora (2011)
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo
A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca
Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da
Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos
exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se
ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo
que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior
detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo
55
Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno
1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo
QI 11
Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de
desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende
QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende
QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende
QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende
QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende
QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende
QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende
QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende
QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende
QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende
QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
1 Avaliaccedilatildeo
CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende
CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende
CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica
CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de
condicionamento de ar Natildeo se aplica
Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13
QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos
meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende
Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para
estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com
dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA
Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar
Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir
de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar
Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios
ciclistasS E 4 X
Garantir a proximidade com
os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende
NA - Natildeo se aplica
X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo
Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento
especialmente os menos poluentes
Veiacuteculos particulares
Favorecer o uso de veiacuteculos
limpos
Favorecer o uso de modos de
deslocamento menos
poluentes
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13
Fonte Referencial AQUA (2010)
56
O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba
possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de
transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da
cidade
A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com
embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de
ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade
A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas
accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os
serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do
transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de
Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano
Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte
interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos
Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios
Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba
responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e
internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada
ou de escala
O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente
164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos
Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido
aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de
ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena
localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de
Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a
implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos
da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos
Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade
QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave
funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva
Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de
conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva
Acessibilidade
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
57
O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se
trata de um item obrigatoacuterio
O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR
90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas
Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados
dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas
Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual
Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio
Item 7314 - Bacia com altura inferior
Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos
Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades
podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para
acesso ao mezanino
Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos
O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo
descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo
2 Avaliaccedilatildeo
QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende
QI 22
Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no
empreendimento Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
2 Avaliaccedilatildeo
MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 23
Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas
de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 26
Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos
revestimentos internos Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
58
Criteacuterios avaliados no item QI 22
QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do
empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a
incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de
recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para
o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia
de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil
considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material
reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a
destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
E 5 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende
A partir do
inventaacuterio de
materiais de
construccedilatildeo
(desenvolvido no
SGO) apresentar
para a famiacutelia de
produtos da obra
limpa (definidas
B
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Atende
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a
construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios
econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do
Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das
americanas utilizam esta tecnologia
Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a
concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora
alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso
a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase
de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel
com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos
resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS
CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou
59
apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel
montar a estrutura do EV in loco
A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de
toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para
o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em
Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees
No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando
concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)
sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este
procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para
evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em
funccedilatildeo de uma chuva mais forte
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado
(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de
pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois
de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP
Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga
utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da
chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e
aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding
60
Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do
telhado
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame
Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)
Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como
isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do
fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de
vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de
pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida
quando em processo de combustatildeo
61
Figura 22 - Painel Smartside
Fonte LP BRASIL (2012)
Figura 23 - Siding Vinilico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 24 - Painel TechShield
Fonte LP BRASIL (2012)
62
Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso
como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo
pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no
contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a
degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere
ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato
de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa
No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras
horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e
ranhuras a cada 200 mm
Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces
com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente
dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em
paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97
da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza
a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no
formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm
Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia
(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram
as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)
Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)
63
Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)
As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino
satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes
cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e
constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando
a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de
63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame
Fonte LP BRASIL (2012)
A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada
em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras
64
telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia
mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por
estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural
que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha
Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura
O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO
de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus
reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo
possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva
sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela
empresa Cebrace
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta
Fonte MADO (2012)
No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso
elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de
loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo
mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza
65
maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio
rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na
mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento
Figura 31 ndash Piso elevado modular
Fonte REMASTER (2012)
O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular
reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)
que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do
carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma
instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso
Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes
aleacutergicos
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile
Fonte Interface FLOR (2012)
Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da
empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta
Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da
66
empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande
flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex
Fonte EPEX (2012)
Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental
3 Avaliaccedilatildeo
CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende
CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
Canteiro de obra com baixo impacto ambiental
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)
pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio
O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos
resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens
plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de
gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo
civil
67
Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia
4 Avaliaccedilatildeo
QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios
QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas
QI 43
Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao
aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende
QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende
QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende
QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende
CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende
CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende
CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende
CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende
CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica
Gestatildeo de Energia
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no item QI 44
QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da
porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel
(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade
escolhida
E 2 Atende
- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias
renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de
aacuterea uacutetil em energia primaacuteria
E 1 Atende
- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA
NA - Natildeo se aplica
Pontos
complementares
desempenho da
modalidade
explorada
Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44
Fonte Referencial AQUA (2010)
68
O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave
rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos
KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados
em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal
(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de
dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse
painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que
converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um
inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo
e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o
sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo
elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento
automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2010)
O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10
moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T
sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do
tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias
respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas
fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo
utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
69
O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga
banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem
acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para
atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica
da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia
gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de
irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo
incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes
iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e
fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)
Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de
junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite
projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute
proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior
incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de
inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta
os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a
energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2012)
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
70
Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica
(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida
pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro
desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um
funcionamento ininterrupto limpo e silencioso
Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua
5 Avaliaccedilatildeo
QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende
QI 52
Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou
outros usos Atende
QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende
QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica
QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende
MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende
CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende
CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende
CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende
CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua
CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2
71
Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53
QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende
nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio
uso do edifiacutecioE 1 NA
nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA
QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
20 a 40E 2 Atende
lt 20 E 5 -----
2 a 10
E 2 -----
gt 10
E 5 Atende
NA - Natildeo se aplica
Medidas tomadas
para economizar
aacutegua
Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes
Coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
presente (para local
pouco urbanizado)
Percentual de
melhoria do
coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
em relaccedilatildeo agrave
situaccedilatildeo anterior agrave
construccedilatildeo do
empreendimento
(para local
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53
Fonte Referencial AQUA (2010)
O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio
foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a
quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada
pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de
telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros
foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a
zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua
potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por
pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos
nuacutemeros levantados no escritoacuterio
Aacutegua Fonte consumidora Local
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino
Reuso Torneira de jardim Jardim
Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua
72
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV
Fonte NOVAES(2013)
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial
Fonte NOVAES (2013)
O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de
accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e
pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal
da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de
1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta
73
colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta
de aacutegua pluvial
O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma
boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba
pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a
aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a
funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
74
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV
Fonte A autora (2012)
Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua
com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que
eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas
pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico
Fonte SIMEPAR (2012)
Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo
Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era
ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)
75
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)
Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em
057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui
aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)
Deck frontal 633
Concreto lateral direita 2061
Deck Fundos 3283
Concreto lateral esquerda 1944
Entrada carro 7752
Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819
Total (msup2) 23864
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057
Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)
Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por
piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de
lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se
destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu
Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)
76
o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e
mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser
preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras
Figura 39 ndash Piso plast floor
Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)
iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma
prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto
permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran
Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)
Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
6 Avaliaccedilatildeo
CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende
CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
77
Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira
Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos
entre outros)
Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista
plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida
latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)
Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico
guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas
esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos
banheiros
O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e
baterias
O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos
REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico
Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do
Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos
departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta
armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um
plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental
ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo
Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de
computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam
espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam
a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a
comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de
extensatildeo universitaacuteria
Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
7 Avaliaccedilatildeo
QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende
QI 72
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante
a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 73
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a
operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 74
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso
do edifiacutecio
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
78
7 Avaliaccedilatildeo
MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
7 Avaliaccedilatildeo
CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar
CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar
CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar
CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar
CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar
CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no CQI 71
(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo
Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivasB Implantar
Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento
abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas
Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e
corretivas
S Implantar
A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que
permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar
A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana
para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71
Fonte Referencial AQUA (2010)
79
Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico
8 Avaliaccedilatildeo
QI 81
Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto
no inverno Atende
QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende
QI 83
Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no
veratildeo
QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende
QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende
Conforto Higroteacutermico
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
8 Avaliaccedilatildeo
CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica
CQI 82
Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento
resfriamento Natildeo se aplica
CQI 83
Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto
higroteacuternico Natildeo se aplica
Conforto Higroteacutermico
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) S
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2
Identificar os
espaccedilos sensiacuteveis
agrave velocidade do
ar no inverno
como no veratildeo E
velocidade
maacutexima do ar no
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com
temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e
julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC
Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo
Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba
a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas
desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o
calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012
80
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno
Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila
6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228
712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292
722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267
732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14
742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063
752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196
762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006
772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259
782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086
792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244
7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156
7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08
7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376
7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105
7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11
7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173
7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189
7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098
As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as
temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom
desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo
das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e
fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo
com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente
O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais
baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou
uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a
temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura
externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC
81
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima
O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de
temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este
aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1
minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de
operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade
relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa
Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos
Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico
9 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende
QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende
Conforto acuacutestico
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
9 Avaliaccedilatildeo
MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva
MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos
Conforto acuacutestico
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
82
9 Avaliaccedilatildeo
CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos
CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes
CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende
CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos
CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende
Conforto acuacutestico
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos
Fonte Referencial AQUA (2007)
As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas
por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo
haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se
esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de
placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o
escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os
ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de
elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao
salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios
em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha
o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes
83
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados
Fonte GREGORI (2011)
No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando
que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma
atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos
pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio
demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem
de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao
mesmo
Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o
cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e
conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se
mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a
construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor
medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de
incerteza superior
84
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do
paracircmetro
conforme2142 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034
acima do paracircmetro
conforme640 abaixo do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do
paracircmetro
conforme3098 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme1965
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605
Natildeo conforme5120
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2096
acima do paracircmetro
Resultados obtidos em dB(A)
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro Normativo
Mediccedilatildeo Incerteza
Fonte GREGORI (2011)
Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado
superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto
poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave
aceitabilidade
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573
acima do paracircmetro
conforme1542 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891
acima do paracircmetro
conforme027 acima do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636
acima do paracircmetro
conforme2637 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2715
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635
Natildeo conforme5870
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2696
acima do paracircmetro
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)
Mediccedilatildeo Incerteza
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Fonte GREGORI (2011)
No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de
atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas
Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da
Universidade Federal do Paranaacute
Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma
das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do
centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA
Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de
pressatildeo sonora de 705 dBA
85
Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e
Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera
mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo
Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de
referecircncia
desvio
da curva
desvios
desfavoraacuteveis
curva de
referecircncia
deslocada
de 24 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
curva de
referecircncia
deslocada de
28 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
625 155
125 233 36 -127 -127 12 113 8 153
250 238 45 -212 -212 21 28 17 68
500 305 52 -215 -215 28 25 24 65
1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07
2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86
1207 173 93
meacutedia 2414
Meacutedia dos
negativos 346
Meacutedia dos
negativos 186
meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado
Fonte SCHMID (2013)
O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se
que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo
de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas
autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O
resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica
Fonte SCHMID (2013)
86
A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo
estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento
acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees
Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em
velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de
80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem
ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de
Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500
veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a
serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave
velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA
Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo
de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA
Categoria 10 ndash Conforto visual
10 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende
QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende
QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende
QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto
QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial
QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende
Conforto visual
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
10 Avaliaccedilatildeo
CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
Conforto visual
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101
QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
BAtende
Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz
do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende
Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende
No caso de
edifiacutecios
comerciais
Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou
recepccedilatildeo principal
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
87
O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto
de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para
captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao
ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a
finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED
(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras
Categoria 11 ndash Conforto olfativo
11 Avaliaccedilatildeo
QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo
QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende
QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
88
11 Avaliaccedilatildeo
CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
S
B
E 2
E 2
E 4 Atende
Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis
sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo
Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo
mecacircnica ou natural controlada)
Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo
prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta
Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja
pertinente
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual
de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de
janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo
natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser
previsto
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112
Fonte Referencial AQUA (2010)
A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da
ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila
de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar
interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado
Figura 43 ndash Efeito chamineacute
Fonte LAMBERTS (2004)
89
Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
12 Avaliaccedilatildeo
QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende
QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende
CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
provenientes do entorno imediato B
provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S
Para as fontes - energia e fontes
telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das
fontes emissoras de ondas
eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia
e das fontes de radiofrequecircncia
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121
Fonte Referencial AQUA (2010)
O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios
campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se
necessaacuterio um estudo especiacutefico
A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal
Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos
campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente
Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de
Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues
comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a
principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele
os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os
maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios
90
equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador
raacutedio e TV (STF 2013)
Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar
13 Avaliaccedilatildeo
QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende
QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende
QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende
CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende
CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende
CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende
CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
91
MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B
Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende
Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos
internos renovadosE 2
Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores
de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que
tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou
naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos
renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo
E 2
Piso 1000 e Parede 1000 E 1
Piso 250 e Parede 500 E 2
Piso 625 e Parede 125 E 1
Piso e parede 40 E 2
Piso e parede 20 E 3
Piso e parede 10 E 4
5 E 1
25 E 2
1 E 2
E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos
internos renovados
Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de
acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em
contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3
Taxa de COV piso e
paredes
Formaldeiacutedos piso
e paredes
Canceriacutegenos ou
substacircncias
causadoras de
efeitos geneacuteticos
hereditaacuterios ou
causadoras de
impotecircncia
reprodutiva o
conjunto de
produtos
constituintes das
Na ocasiatildeo de
renovaccedilatildeo de
revestimentos
internos (pisos
paredes tetos
materiais de
acabamento)
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131
Fonte Referencial AQUA (2010)
A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV
(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a
rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um
grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou
registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo
de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio
da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida
que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases
na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo
abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem
utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem
(VANZOLINI 2013)
92
Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
14 Avaliaccedilatildeo
QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas
QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende
QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
14 Avaliaccedilatildeo
CQI 141
Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo
preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica
CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica
CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende
CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B
SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro
Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No
caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na
aacutegua
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141
Fonte Referencial AQUA (2010)
Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX
(Polietileno de alta densidade reticulado)
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas
O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP
gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52
93
QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS
Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma
economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos
produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)
1- 4
Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na
conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o
meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e
limpeza)
2- 6
QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS
boas praacuteticas no consumo de energia 1
boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1
reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1
poliacutetica de compras 1
QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes
ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5
Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de
um contrato com um produtor de energia3
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao
periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3
Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de
reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de
sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)
1 - 3
RESIacuteDUOS
ENERGIA
PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA
Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de
sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes
AacuteGUA
MATERIAL ELEacuteTRICO
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP
Fonte Referencial AQUA (2010)
O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar
poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais
requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento
Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas
sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio
vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana
do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se
interessarem pelo assunto sustentabilidade
94
6 CONCLUSOtildeES
Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a
avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no
estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho
ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees
Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a
forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra
dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e
subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do
item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre
outros
Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no
detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa
projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor
Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da
categoria energia
QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel
Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da
envoltoacuteria Uedif (Wm2K)
Uedif lt Uedif-base + 40
B
Melhorar a aptidatildeo da
envoltoacuteria para limitar
desperdiacutecios
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41
Fonte Referencial AQUA (2010)
Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo
ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado
menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio
(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo
convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado
com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia
mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os
admissiacuteveis
Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos
precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de
95
variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias
no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo
Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de
COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes
ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no
momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria
Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando
oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns
edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn
As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar
na construccedilatildeo deste referencial
Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees
corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns
requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no
iniacutecio do estudo de caso conclui-se que
Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade
Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante
da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor
de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a
maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos
materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por
isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil
demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito
estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses
produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas
Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos
resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no
EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de
obra
Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida
o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na
96
geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema
estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em
tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia
Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no
entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua
potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a
coleta de dados
Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV
ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus
universitaacuterio
Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel
excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer
sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes
anos
Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV
Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom
Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo
em relaccedilatildeo ao ofuscamento
Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para
niacutevel bom
Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes
de campos eletromagneacuteticos
Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo
mantida atende a legislaccedilatildeo vigente
Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo
mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada
pelo sistema de coleta pluvial
97
A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima
QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial
para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima
Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de
fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um
bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil
Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios
exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado
para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV
SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS
Como proposta para trabalhos futuros sugere-se
pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas
elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV
avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV
98
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104
ANEXO 1
Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR
105
ANEXO 2
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
Gestatildeo
4 Energia
41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F
42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo
5 Aacutegua
51 Economia de aacutegua potaacutevel F
52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F
53 Esgotamento sanitaacuterio F
6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F
62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F
63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F
64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F
7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo
71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F
72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F
73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo
74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F
Conforto
8 Conforto higroteacutermico
81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F
82 No veratildeo F
9 Conforto acuacutestico
91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F
92 Isolamento acuacutestico F F F
93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F
94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F
10 Conforto visual
101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F
102 Iluminaccedilatildeo artificial F
103 Relaccedilatildeo visual com o exterior
104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F
11 Conforto olfativo
111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F
112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F
Sauacutede
12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F
13 Qualidade sanitaacuteria do ar
131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F
132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F
14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F
142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo
143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
106
ANEXO 3
Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010
RESUMO LIMA Lucimara F de Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso Estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR 2013 p 106 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Curitiba Paranaacute 2013 Os desequiliacutebrios ambientais oriundos da incompatibilidade entre crescimento populacional e esgotabilidade dos recursos naturais trazem grandes desafios Neste contexto destaca-se a induacutestria da construccedilatildeo civil que utiliza na sua cadeia produtiva grande quantidade de recursos natildeo renovaacuteveis As atuais praacuteticas de produccedilatildeo utilizadas pela construccedilatildeo civil necessitam de ajustes imediatos para que o setor possa contribuir adequadamente com o desenvolvimento sustentaacutevel do paiacutes Infelizmente satildeo comuns ainda processos artesanais nas frentes de trabalho uso de mateacuterias-primas sem manejo sustentaacutevel e a aplicaccedilatildeo de produtos industrializados desconsiderando os aspectos de conservaccedilatildeo de aacutegua energia e a necessaacuteria reduccedilatildeo de resiacuteduos e desperdiacutecios O surgimento dos sistemas de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo da construccedilatildeo civil em diferentes partes do mundo vem minimizando os impactos negativos que o setor da construccedilatildeo origina Nos uacuteltimos anos o movimento ganhou novos adeptos e os nuacutemeros tornam-se expressivos apontando uma demanda urgente de novas atitudes por parte dos profissionais e empresas do ramo O estudo realizado consiste em analisar o Relatoacuterio Teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2010 como versatildeo provisoacuteria que no momento encontra-se em processo de revisatildeo Essa anaacutelise foi utilizada como base para a realizaccedilatildeo de um estudo de caso sobre a construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde da UTFPR O resultado dessa pesquisa eacute a avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental do escritoacuterio quanto agrave conformidade com os requisitos definidos no referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios bem como o tratamento das natildeo conformidades e a tomada de accedilotildees corretivas e preventivas para alcance de um desempenho satisfatoacuterio Assim esta dissertaccedilatildeo eacute uma siacutentese de um processo de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis e busca realccedilar a importacircncia da certificaccedilatildeo na construccedilatildeo civil como modo de garantir que edifiacutecios sejam planejados projetados construiacutedos e principalmente utilizados seguindo os princiacutepios da sustentabilidade aspectos teacutecnicos econocircmicos sociais ambientais e culturais que devem interagir de forma holiacutestica Palavras-chave Processo AQUA avaliaccedilatildeo de desempenho do Escritoacuterio Verde certificaccedilatildeo ambiental de edifiacutecios
ABSTRACT LIMA Lucimara F de The AQUA process for certification of sustainable buildings in the operation and use phases Case Study the UTFPR Green Office 2013 p 106 Thesis (Masteracutes Degree in Civil Engineering) ndash Post -graduate Program in Civil Engineering of Federal Technological University of Paranaacute Curitiba Brazil 2013 Environmental imbalances resulting from the lack of compatibility between the population growth and the exhaustibility of natural resources bring out great challenges In such a context the industry of civil engineering must be pointed out for the use of great quantities of non-renewable resources in its production chain The current production practices used in civil construction need immediate adjustments so that the sector may contribute appropriately for the sustainable development of the country Unfortunately it is still rather common to find artisanal processes on work fronts use of raw materials without sustainable handling and the application of industrialized products with disregard to aspects such as water conservation energy and the necessary reduction of residues and waste The appearance of assessment and certification systems of civil construction in different parts of the world has reduced the negative impacts caused by the construction sector Over the last years such movement has gained new supporters and numbers have become more expressive pointing towards a pressing demand for new actions by professionals and corporations in the field The study performed consists of analyzing the AQUAacutes Technical Report of Operation and Use designed by the Vanzolini Foundation in 2010 as a temporary version which is currently being revised Such analysis has been used as the basis for the undertaking of a case study on the construction of the Green Office at UTFPR The outcome of such research is the assessment of the officeacutes environmental performance as for conformity with requirements defined on the AQUA standard of buildings operation as well as the treatment of non-conformities and undertaking of corrective and preventive actions in order to achieve satisfactory performance Thus such thesis is the summary of a certification process of sustainable buildings and aims to emphasize the importance of certification in civil construction as a way of assuring that buildings are planned designed built and primarily used according to the principles of sustainability technical economic social environmental and cultural aspects which must interact holistically Keywords AQUA Process assessment of the Green Office performance
environmental certification of buildings
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos
estrateacutegicos 46
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50
Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59
Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60
Figura 20 - Manta de PET reciclado 60
Figura 21- Manta de pneu reciclado 60
Figura 22 - Painel Smartside 61
Figura 23 - Siding Vinilico 61
Figura 24 - Painel TechShield 61
Figura 25 ndash Painel Decowall 62
Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62
Figura 27 ndash Vigas I 63
Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64
Figura 31 ndash Piso elevado modular 65
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73
Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75
Figura 39 ndash Piso plast floor 76
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87
Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios
ambientais estabelecidos 53
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39
Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71
Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida
AQUA Alta Qualidade Ambiental
ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura
BEE Building Environmental Efficiency
BRE Building Research Establishment
BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method
CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental
Efficiency
CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo
CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel
CQI Controle da qualidade intriacutenseca
COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis
CO Dioacutexido de Carbono
EV Escritoacuterio Verde
GBC Green Building Council
HQE Haute Qualiteacute Environnementale
HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica
LCA Life cicle assessment
LEED Leadership in Energy amp Environmental Design
MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca
NBR Norma brasileira
ONU Naccedilotildees Unidas
PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente
QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio
QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
QAP Qualidade ambiental das praacuteticas
QI Qualidade intriacutenseca
SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute
SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede
SFI Sistema fotovoltaico isolado
SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento
SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
USGBC US Green Building Council
UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute
WWF World Wildlife Fund
WRI World Resources Institute
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 17
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17
12 OBJETIVOS 19
121 Objetivo Principal 19
122 Objetivos Especiacuteficos 19
13 DELIMITACcedilOtildeES 19
14 JUSTIFICATIVA 20
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37
3 METODOLOGIA 43
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92
6 CONCLUSOtildeES 94
REFEREcircNCIAS 99
ANEXOS 106
17
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso
Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se
passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de
hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo
generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)
Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a
taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com
dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em
2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil
cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria
ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua
esgoto e limpeza urbana (36)
Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da
Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da
Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do
Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil
Fonte CBIC (2011)
18
Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do
desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as
praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham
tamanho crescimento
Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo
ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo
Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade
ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela
Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional
Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR
155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens
ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os
sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer
pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute
necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e
preventiva (ASBEA 2013)
Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de
edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro
apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas
sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as
edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil
Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do
processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado
em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada
sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do
Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da
Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a
realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute
Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida
internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila
Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da
SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE
2009)
19
Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado
pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases
que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e
realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de
operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010
atualmente em processo de revisatildeo
Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos
referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR
construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando
a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho
ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios
12 OBJETIVOS
121 Objetivo Principal
Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo
como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini
122 Objetivos Especiacuteficos
Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em
operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010
Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA
para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso
Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de
edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil
13 DELIMITACcedilOtildeES
Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de
certificaccedilatildeo
20
Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010
ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0
(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo
consideradas na presente dissertaccedilatildeo
14 JUSTIFICATIVA
O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010
SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and
Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment
Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built
Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees
Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema
Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo
(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por
resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees
referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas
dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)
a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de
desenvolvimento econocircmico do Paiacutes
os programas governamentais de desenvolvimento social como o
Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do
Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo
a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e
ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua
biodiversidade e recursos naturais
Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo
ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos
decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil
Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram
edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados
21
Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos
pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)
O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees
Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos
gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia
verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do
bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz
significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica
ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios
jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem
resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no
mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees
realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)
Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel
Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de
uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo
dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de
ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio
em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80
agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e
consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos
adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno
(ARQUITETURA 2011)
Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as
certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem
um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos
gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a
aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo
Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de
edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do
desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil
22
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO
O trabalho foi estruturado da seguinte forma
deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo
histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas
de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas
apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo
Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia
AQUA na fase operaccedilatildeo e uso
conclusotildees e consideraccedilotildees finais
23
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante
decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a
populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu
a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do
2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33
anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para
atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o
equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza
natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)
Fonte Population Reference Bureau (2011)
A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World
Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com
esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)
seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93
bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada
24
ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar
necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados
estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de
territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se
sustentar
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)
Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012
Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo
apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos
carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees
de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela
absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo
- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a
produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a
produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha
- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo
de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde
- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o
fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha
25
- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por
infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e
reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica
- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria
necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em
dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da
natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais
denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a
partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em
1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira
conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a
Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em
1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a
incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo
e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo
ldquoser humano e meio ambienterdquo
Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento
sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees
futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para
discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento
econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)
Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o
Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo
desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees
principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a
Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo
da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima
A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi
registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e
26
globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-
governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo
de soluccedilotildees para os problemas socioambientais
Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e
construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes
no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros
assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia
energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de
materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente
Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo
Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas
sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos
usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo
O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado
no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um
documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo
27
Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel
podem ser vistos no Quadro 1
ANO EVENTO RESUMO
1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma
Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos
componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos
naturais e sociais que formam o sistema global
1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento
Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as
tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez
catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de
contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos
1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano em Estocolmo Sueacutecia
A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as
consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram
113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a
criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
(PNUMA)
1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso
Futuro Comumrdquo
Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o
desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e
estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o
desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento
sustentaacutevel
1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra
Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro
mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de
integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais
concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel
Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e
mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21
1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima
A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a
decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento
tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das
emissotildees de gases do efeito estufa
1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto
Realizado em New York teve como objetivo analisar a
implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o
aquecimento global que causa o efeito estufa
2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash
Rio + 10
Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro
procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela
Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu
compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel
2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima
Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do
Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do
segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees
europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute
2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050
2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima
A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e
verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento
das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de
Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho
2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima
O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente
dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo
estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente
de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi
considerada em grande parte decepcionante
2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima
Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do
Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais
essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais
2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como
modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees
2012 Rio + 20
A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla
participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado
oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que
Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil
organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705
compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash
incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel
Fonte A autora 2012
28
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL
No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em
desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo
holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os
ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a
dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do
desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade
ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a
adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades
(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)
As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes
e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de
forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los
preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os
problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)
ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou
melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a
cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e
os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da
capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do
edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)
A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o
Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees
apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os
quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)
proveitamento de condiccedilotildees naturais locais
tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural
mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno
atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno
ualidade ambiental interna e externa
estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra
daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios
29
so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do
processo
educcedilatildeo do consumo energeacutetico
educcedilatildeo do consumo de aacutegua
eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos
ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel
ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo
Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute
relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho
ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o
de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de
edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS
Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de
reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses
desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de
analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building
(SILVA 2007)
O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da
deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building
Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das
edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)
Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais
de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a
Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de
fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de
pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas
satildeo denominadas eco-labellings
Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre
o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente
340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por
aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)
30
Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de
Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto
por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o
desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de
gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes
responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso
operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas
(DEGANI 2010)
l
Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de
doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia
Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a
sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo
sistema de certificaccedilatildeo
A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em
operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso
de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das
edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para
melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do
desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre
outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema
considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das
edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir
esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas
informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o
planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de
31
desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo
incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV
O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado
primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de
ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar
produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir
objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)
A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um
instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem
conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo
indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos
naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou
reciclados (BARBIERI 2004)
A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos
e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima
ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri
(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo
final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias
como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios
Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas
tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de
ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem
de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as
abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN
2002)
Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o
desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que
32
mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo
possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo
Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se
eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas
sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de
condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO
GOUVINHAS 2004)
Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM
(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que
dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE
EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building
Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -
HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building
Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED
(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)
A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que
durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos
ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a
viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute
promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas
direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do
edifiacutecio (CBCS 2011)
O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua
funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado
tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas
especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade
(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham
referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da
edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente
regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas
de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de
edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)
Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e
monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo
33
bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de
metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser
melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se
o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser
estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)
No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em
conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA
na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser
representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA
Fonte IBENP (2011)
O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas
de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo
34
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)
Fonte A autora (2012)
BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method
wwwbreeamorg
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE
Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de
certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The
Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM
Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)
BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM
Comunidades BREEAM Em Uso
Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)
Outstanding (Excepcional)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema
CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency
wwwibecorjpCASBEEenglish
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)
Abrangecircncia Aacutesia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas
Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade
de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)
Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a
melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)
L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo
hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)
Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)
Ambiente Interno
Green Star
wwwgbcaorgaugreen-star
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia
Abrangecircncia Austraacutelia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star
- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio
Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo
Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified
Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte
Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de
acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas
LEED - Leadership in Energy and Environmental Design
wwwusgbcorgLEED
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council
Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores
Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades
Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79
pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis
Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso
pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais
35
HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method
wwwhk-beamorghk
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society
Abrangecircncia Principalmente Hong Kong
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees
Existentes
Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze
(Bronze - Acima da Meacutedia)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance
ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua
qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees
HQE - Haute Qualiteacute Environnementale
assohqeorghqe
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)
Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia
Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo
Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor
praacutetica)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente
imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do
uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de
manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de
controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle
da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)
DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen
wwwdgnbde_en
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel
(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)
Abrangecircncia Alemanha
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio
Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais
tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de
maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio
A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais
LIDER A
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade
Abrangecircncia Portugal
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes
construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem
trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios
Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)
B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho
ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)
traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
36
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil
No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo
O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da
Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta
as principais caracteriacutesticas destes selos
PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo
wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais
Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E
Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e
condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a
envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios
multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc
SELO CASA AZUL DA CAIXA
downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil
Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25
criteacuterios sendo 6 de livre escolha)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana
Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais
LEED - BRASIL
wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil
Abrangecircncia Brasil
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados
LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro
LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo
LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes
LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais
Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera
materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)
Fonte A autora (2012)
37
AQUA - Alta Qualidade Ambiental
wwwvanzoliniorgbr
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais
Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha
integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da
energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho
ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos
ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo
7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada
ao contexto brasileiro satildeo
ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado a dados nacionais relevantes
ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais
ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo
deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas
investidores empreendedoresconstrutores e projetistas
ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no
meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo
Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade
Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema
de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos
Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de
Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e
o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)
Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de
amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de
algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade
38
do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A
metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao
contexto brasileiro
O processo AQUA abrange as seguintes fases
programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de
construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental
concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a
construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada
ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa
a construccedilatildeo sustentaacutevel
peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos
as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede
ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental
esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o
maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto
ambiental
Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos
escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e
hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo
encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede
esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de
empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos
O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas
de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um
perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo
eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias
e subcategorias avaliadas no sistema AQUA
39
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno
Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel
Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios
Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila
2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo
Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)
3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental
Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras
Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras
4) Gestatildeo da energia
Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica
Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados
5) Gestatildeo da aacutegua
Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel
Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais
6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
40
8) Conforto higroteacutermico
Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial
9) Conforto acuacutestico
Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos
Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes
10) Conforto visual
Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)
Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel
11) Conforto olfativo
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de odores desagradaacuteveis
12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas
13) Qualidade sanitaacuteria do ar
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de poluiccedilatildeo
14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas
Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas
Controle da temperatura na rede interna
Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom
superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas
fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos
trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema
natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
41
2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso
A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para
edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em
fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute
dividido em cinco partes
I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)
Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho
II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)
Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio
III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)
Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento
IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)
Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio
V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)
Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo
Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a
Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E
Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis
Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12
Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4
Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI
Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI
Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5
Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI
Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI
Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4
Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI
Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI
Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI
Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI
Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI
SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis
QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)
42
Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em
todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o
niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a
letra ldquoSrdquo
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA
Fonte Referencial AQUA (2010)
43
3 METODOLOGIA
A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois
visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a
tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando
haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por
ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma
de um estudo de caso (GIL 2008)
A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o
objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer
pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura
Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia
utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa
fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente
descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode
humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do
fenocircmeno (GEPHART 2004)
Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em
algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo
Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de
Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue
Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR
estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para
avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais
anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso
fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave
construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde
referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura
realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio
Verde
44
Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso
Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da
presente dissertaccedilatildeo
45
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados
Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados
Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo
relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa
convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas
atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou
ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis
nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das
Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus
tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino
Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo
uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se
posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a
sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas
praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal
do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute
localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a
Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com
quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de
Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do
terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo
desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das
atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio
tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de
Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro
46
aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee
uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo
para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos
Fonte Google Earth (2011)
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE
A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr
e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo
com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda
responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame
baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas
do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do
Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2
47
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV
Fonte A autora (2012)
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV
Fonte A autora (2012)
48
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
49
A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a
parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de
produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental
estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem
contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o
DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo
O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica
possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para
captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o
conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros
O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra
concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV
necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram
ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de
resiacuteduos
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
50
Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de
acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se
pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico
foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)
que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas
sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo
iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde
conforme Figuras 13 e 14
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
51
A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No
revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil
no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada
suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com
carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas
LED
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de
2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash
Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril
em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a
ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o
Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por
contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade
52
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV
Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a
mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash
Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas
pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a
parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente
buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)
exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna
vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade
ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos
itens
comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade
ambiental desejado o qual deve ser justificado
implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de
competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo
documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo
gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade
ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas
aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos
definidos no perfil de qualidade ambiental
Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o
modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para
hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais
estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2
A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com
os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade
urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV
53
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
Fonte A autora (2012)
Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados
apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade
acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida
como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que
priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade
urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida
Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos
desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser
visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel
excelente
54
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV
Fonte A autora (2011)
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo
A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca
Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da
Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos
exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se
ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo
que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior
detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo
55
Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno
1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo
QI 11
Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de
desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende
QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende
QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende
QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende
QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende
QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende
QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende
QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende
QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende
QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende
QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
1 Avaliaccedilatildeo
CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende
CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende
CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica
CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de
condicionamento de ar Natildeo se aplica
Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13
QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos
meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende
Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para
estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com
dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA
Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar
Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir
de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar
Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios
ciclistasS E 4 X
Garantir a proximidade com
os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende
NA - Natildeo se aplica
X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo
Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento
especialmente os menos poluentes
Veiacuteculos particulares
Favorecer o uso de veiacuteculos
limpos
Favorecer o uso de modos de
deslocamento menos
poluentes
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13
Fonte Referencial AQUA (2010)
56
O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba
possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de
transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da
cidade
A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com
embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de
ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade
A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas
accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os
serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do
transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de
Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano
Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte
interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos
Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios
Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba
responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e
internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada
ou de escala
O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente
164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos
Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido
aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de
ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena
localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de
Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a
implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos
da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos
Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade
QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave
funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva
Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de
conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva
Acessibilidade
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
57
O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se
trata de um item obrigatoacuterio
O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR
90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas
Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados
dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas
Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual
Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio
Item 7314 - Bacia com altura inferior
Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos
Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades
podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para
acesso ao mezanino
Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos
O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo
descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo
2 Avaliaccedilatildeo
QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende
QI 22
Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no
empreendimento Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
2 Avaliaccedilatildeo
MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 23
Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas
de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 26
Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos
revestimentos internos Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
58
Criteacuterios avaliados no item QI 22
QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do
empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a
incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de
recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para
o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia
de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil
considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material
reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a
destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
E 5 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende
A partir do
inventaacuterio de
materiais de
construccedilatildeo
(desenvolvido no
SGO) apresentar
para a famiacutelia de
produtos da obra
limpa (definidas
B
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Atende
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a
construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios
econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do
Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das
americanas utilizam esta tecnologia
Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a
concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora
alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso
a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase
de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel
com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos
resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS
CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou
59
apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel
montar a estrutura do EV in loco
A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de
toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para
o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em
Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees
No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando
concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)
sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este
procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para
evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em
funccedilatildeo de uma chuva mais forte
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado
(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de
pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois
de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP
Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga
utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da
chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e
aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding
60
Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do
telhado
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame
Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)
Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como
isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do
fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de
vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de
pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida
quando em processo de combustatildeo
61
Figura 22 - Painel Smartside
Fonte LP BRASIL (2012)
Figura 23 - Siding Vinilico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 24 - Painel TechShield
Fonte LP BRASIL (2012)
62
Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso
como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo
pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no
contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a
degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere
ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato
de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa
No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras
horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e
ranhuras a cada 200 mm
Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces
com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente
dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em
paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97
da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza
a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no
formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm
Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia
(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram
as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)
Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)
63
Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)
As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino
satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes
cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e
constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando
a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de
63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame
Fonte LP BRASIL (2012)
A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada
em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras
64
telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia
mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por
estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural
que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha
Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura
O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO
de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus
reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo
possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva
sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela
empresa Cebrace
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta
Fonte MADO (2012)
No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso
elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de
loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo
mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza
65
maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio
rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na
mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento
Figura 31 ndash Piso elevado modular
Fonte REMASTER (2012)
O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular
reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)
que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do
carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma
instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso
Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes
aleacutergicos
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile
Fonte Interface FLOR (2012)
Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da
empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta
Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da
66
empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande
flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex
Fonte EPEX (2012)
Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental
3 Avaliaccedilatildeo
CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende
CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
Canteiro de obra com baixo impacto ambiental
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)
pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio
O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos
resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens
plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de
gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo
civil
67
Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia
4 Avaliaccedilatildeo
QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios
QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas
QI 43
Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao
aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende
QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende
QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende
QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende
CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende
CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende
CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende
CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende
CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica
Gestatildeo de Energia
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no item QI 44
QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da
porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel
(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade
escolhida
E 2 Atende
- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias
renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de
aacuterea uacutetil em energia primaacuteria
E 1 Atende
- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA
NA - Natildeo se aplica
Pontos
complementares
desempenho da
modalidade
explorada
Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44
Fonte Referencial AQUA (2010)
68
O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave
rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos
KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados
em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal
(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de
dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse
painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que
converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um
inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo
e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o
sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo
elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento
automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2010)
O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10
moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T
sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do
tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias
respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas
fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo
utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
69
O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga
banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem
acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para
atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica
da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia
gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de
irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo
incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes
iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e
fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)
Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de
junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite
projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute
proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior
incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de
inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta
os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a
energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2012)
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
70
Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica
(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida
pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro
desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um
funcionamento ininterrupto limpo e silencioso
Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua
5 Avaliaccedilatildeo
QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende
QI 52
Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou
outros usos Atende
QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende
QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica
QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende
MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende
CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende
CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende
CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende
CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua
CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2
71
Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53
QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende
nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio
uso do edifiacutecioE 1 NA
nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA
QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
20 a 40E 2 Atende
lt 20 E 5 -----
2 a 10
E 2 -----
gt 10
E 5 Atende
NA - Natildeo se aplica
Medidas tomadas
para economizar
aacutegua
Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes
Coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
presente (para local
pouco urbanizado)
Percentual de
melhoria do
coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
em relaccedilatildeo agrave
situaccedilatildeo anterior agrave
construccedilatildeo do
empreendimento
(para local
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53
Fonte Referencial AQUA (2010)
O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio
foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a
quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada
pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de
telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros
foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a
zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua
potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por
pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos
nuacutemeros levantados no escritoacuterio
Aacutegua Fonte consumidora Local
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino
Reuso Torneira de jardim Jardim
Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua
72
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV
Fonte NOVAES(2013)
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial
Fonte NOVAES (2013)
O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de
accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e
pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal
da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de
1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta
73
colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta
de aacutegua pluvial
O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma
boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba
pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a
aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a
funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
74
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV
Fonte A autora (2012)
Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua
com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que
eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas
pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico
Fonte SIMEPAR (2012)
Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo
Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era
ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)
75
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)
Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em
057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui
aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)
Deck frontal 633
Concreto lateral direita 2061
Deck Fundos 3283
Concreto lateral esquerda 1944
Entrada carro 7752
Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819
Total (msup2) 23864
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057
Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)
Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por
piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de
lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se
destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu
Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)
76
o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e
mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser
preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras
Figura 39 ndash Piso plast floor
Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)
iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma
prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto
permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran
Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)
Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
6 Avaliaccedilatildeo
CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende
CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
77
Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira
Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos
entre outros)
Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista
plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida
latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)
Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico
guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas
esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos
banheiros
O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e
baterias
O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos
REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico
Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do
Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos
departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta
armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um
plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental
ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo
Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de
computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam
espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam
a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a
comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de
extensatildeo universitaacuteria
Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
7 Avaliaccedilatildeo
QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende
QI 72
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante
a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 73
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a
operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 74
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso
do edifiacutecio
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
78
7 Avaliaccedilatildeo
MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
7 Avaliaccedilatildeo
CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar
CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar
CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar
CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar
CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar
CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no CQI 71
(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo
Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivasB Implantar
Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento
abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas
Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e
corretivas
S Implantar
A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que
permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar
A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana
para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71
Fonte Referencial AQUA (2010)
79
Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico
8 Avaliaccedilatildeo
QI 81
Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto
no inverno Atende
QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende
QI 83
Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no
veratildeo
QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende
QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende
Conforto Higroteacutermico
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
8 Avaliaccedilatildeo
CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica
CQI 82
Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento
resfriamento Natildeo se aplica
CQI 83
Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto
higroteacuternico Natildeo se aplica
Conforto Higroteacutermico
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) S
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2
Identificar os
espaccedilos sensiacuteveis
agrave velocidade do
ar no inverno
como no veratildeo E
velocidade
maacutexima do ar no
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com
temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e
julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC
Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo
Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba
a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas
desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o
calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012
80
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno
Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila
6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228
712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292
722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267
732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14
742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063
752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196
762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006
772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259
782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086
792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244
7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156
7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08
7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376
7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105
7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11
7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173
7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189
7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098
As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as
temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom
desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo
das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e
fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo
com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente
O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais
baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou
uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a
temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura
externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC
81
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima
O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de
temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este
aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1
minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de
operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade
relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa
Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos
Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico
9 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende
QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende
Conforto acuacutestico
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
9 Avaliaccedilatildeo
MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva
MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos
Conforto acuacutestico
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
82
9 Avaliaccedilatildeo
CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos
CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes
CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende
CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos
CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende
Conforto acuacutestico
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos
Fonte Referencial AQUA (2007)
As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas
por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo
haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se
esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de
placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o
escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os
ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de
elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao
salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios
em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha
o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes
83
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados
Fonte GREGORI (2011)
No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando
que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma
atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos
pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio
demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem
de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao
mesmo
Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o
cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e
conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se
mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a
construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor
medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de
incerteza superior
84
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do
paracircmetro
conforme2142 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034
acima do paracircmetro
conforme640 abaixo do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do
paracircmetro
conforme3098 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme1965
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605
Natildeo conforme5120
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2096
acima do paracircmetro
Resultados obtidos em dB(A)
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro Normativo
Mediccedilatildeo Incerteza
Fonte GREGORI (2011)
Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado
superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto
poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave
aceitabilidade
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573
acima do paracircmetro
conforme1542 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891
acima do paracircmetro
conforme027 acima do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636
acima do paracircmetro
conforme2637 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2715
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635
Natildeo conforme5870
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2696
acima do paracircmetro
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)
Mediccedilatildeo Incerteza
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Fonte GREGORI (2011)
No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de
atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas
Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da
Universidade Federal do Paranaacute
Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma
das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do
centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA
Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de
pressatildeo sonora de 705 dBA
85
Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e
Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera
mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo
Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de
referecircncia
desvio
da curva
desvios
desfavoraacuteveis
curva de
referecircncia
deslocada
de 24 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
curva de
referecircncia
deslocada de
28 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
625 155
125 233 36 -127 -127 12 113 8 153
250 238 45 -212 -212 21 28 17 68
500 305 52 -215 -215 28 25 24 65
1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07
2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86
1207 173 93
meacutedia 2414
Meacutedia dos
negativos 346
Meacutedia dos
negativos 186
meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado
Fonte SCHMID (2013)
O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se
que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo
de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas
autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O
resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica
Fonte SCHMID (2013)
86
A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo
estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento
acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees
Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em
velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de
80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem
ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de
Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500
veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a
serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave
velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA
Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo
de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA
Categoria 10 ndash Conforto visual
10 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende
QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende
QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende
QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto
QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial
QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende
Conforto visual
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
10 Avaliaccedilatildeo
CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
Conforto visual
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101
QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
BAtende
Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz
do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende
Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende
No caso de
edifiacutecios
comerciais
Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou
recepccedilatildeo principal
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
87
O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto
de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para
captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao
ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a
finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED
(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras
Categoria 11 ndash Conforto olfativo
11 Avaliaccedilatildeo
QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo
QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende
QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
88
11 Avaliaccedilatildeo
CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
S
B
E 2
E 2
E 4 Atende
Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis
sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo
Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo
mecacircnica ou natural controlada)
Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo
prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta
Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja
pertinente
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual
de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de
janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo
natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser
previsto
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112
Fonte Referencial AQUA (2010)
A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da
ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila
de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar
interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado
Figura 43 ndash Efeito chamineacute
Fonte LAMBERTS (2004)
89
Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
12 Avaliaccedilatildeo
QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende
QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende
CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
provenientes do entorno imediato B
provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S
Para as fontes - energia e fontes
telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das
fontes emissoras de ondas
eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia
e das fontes de radiofrequecircncia
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121
Fonte Referencial AQUA (2010)
O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios
campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se
necessaacuterio um estudo especiacutefico
A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal
Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos
campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente
Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de
Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues
comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a
principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele
os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os
maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios
90
equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador
raacutedio e TV (STF 2013)
Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar
13 Avaliaccedilatildeo
QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende
QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende
QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende
CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende
CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende
CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende
CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
91
MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B
Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende
Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos
internos renovadosE 2
Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores
de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que
tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou
naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos
renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo
E 2
Piso 1000 e Parede 1000 E 1
Piso 250 e Parede 500 E 2
Piso 625 e Parede 125 E 1
Piso e parede 40 E 2
Piso e parede 20 E 3
Piso e parede 10 E 4
5 E 1
25 E 2
1 E 2
E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos
internos renovados
Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de
acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em
contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3
Taxa de COV piso e
paredes
Formaldeiacutedos piso
e paredes
Canceriacutegenos ou
substacircncias
causadoras de
efeitos geneacuteticos
hereditaacuterios ou
causadoras de
impotecircncia
reprodutiva o
conjunto de
produtos
constituintes das
Na ocasiatildeo de
renovaccedilatildeo de
revestimentos
internos (pisos
paredes tetos
materiais de
acabamento)
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131
Fonte Referencial AQUA (2010)
A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV
(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a
rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um
grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou
registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo
de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio
da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida
que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases
na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo
abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem
utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem
(VANZOLINI 2013)
92
Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
14 Avaliaccedilatildeo
QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas
QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende
QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
14 Avaliaccedilatildeo
CQI 141
Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo
preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica
CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica
CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende
CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B
SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro
Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No
caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na
aacutegua
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141
Fonte Referencial AQUA (2010)
Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX
(Polietileno de alta densidade reticulado)
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas
O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP
gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52
93
QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS
Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma
economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos
produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)
1- 4
Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na
conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o
meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e
limpeza)
2- 6
QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS
boas praacuteticas no consumo de energia 1
boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1
reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1
poliacutetica de compras 1
QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes
ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5
Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de
um contrato com um produtor de energia3
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao
periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3
Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de
reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de
sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)
1 - 3
RESIacuteDUOS
ENERGIA
PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA
Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de
sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes
AacuteGUA
MATERIAL ELEacuteTRICO
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP
Fonte Referencial AQUA (2010)
O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar
poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais
requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento
Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas
sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio
vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana
do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se
interessarem pelo assunto sustentabilidade
94
6 CONCLUSOtildeES
Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a
avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no
estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho
ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees
Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a
forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra
dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e
subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do
item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre
outros
Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no
detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa
projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor
Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da
categoria energia
QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel
Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da
envoltoacuteria Uedif (Wm2K)
Uedif lt Uedif-base + 40
B
Melhorar a aptidatildeo da
envoltoacuteria para limitar
desperdiacutecios
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41
Fonte Referencial AQUA (2010)
Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo
ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado
menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio
(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo
convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado
com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia
mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os
admissiacuteveis
Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos
precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de
95
variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias
no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo
Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de
COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes
ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no
momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria
Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando
oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns
edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn
As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar
na construccedilatildeo deste referencial
Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees
corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns
requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no
iniacutecio do estudo de caso conclui-se que
Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade
Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante
da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor
de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a
maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos
materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por
isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil
demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito
estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses
produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas
Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos
resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no
EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de
obra
Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida
o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na
96
geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema
estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em
tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia
Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no
entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua
potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a
coleta de dados
Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV
ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus
universitaacuterio
Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel
excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer
sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes
anos
Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV
Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom
Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo
em relaccedilatildeo ao ofuscamento
Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para
niacutevel bom
Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes
de campos eletromagneacuteticos
Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo
mantida atende a legislaccedilatildeo vigente
Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo
mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada
pelo sistema de coleta pluvial
97
A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima
QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial
para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima
Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de
fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um
bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil
Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios
exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado
para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV
SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS
Como proposta para trabalhos futuros sugere-se
pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas
elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV
avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV
98
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104
ANEXO 1
Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR
105
ANEXO 2
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
Gestatildeo
4 Energia
41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F
42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo
5 Aacutegua
51 Economia de aacutegua potaacutevel F
52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F
53 Esgotamento sanitaacuterio F
6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F
62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F
63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F
64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F
7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo
71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F
72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F
73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo
74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F
Conforto
8 Conforto higroteacutermico
81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F
82 No veratildeo F
9 Conforto acuacutestico
91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F
92 Isolamento acuacutestico F F F
93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F
94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F
10 Conforto visual
101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F
102 Iluminaccedilatildeo artificial F
103 Relaccedilatildeo visual com o exterior
104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F
11 Conforto olfativo
111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F
112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F
Sauacutede
12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F
13 Qualidade sanitaacuteria do ar
131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F
132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F
14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F
142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo
143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
106
ANEXO 3
Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010
ABSTRACT LIMA Lucimara F de The AQUA process for certification of sustainable buildings in the operation and use phases Case Study the UTFPR Green Office 2013 p 106 Thesis (Masteracutes Degree in Civil Engineering) ndash Post -graduate Program in Civil Engineering of Federal Technological University of Paranaacute Curitiba Brazil 2013 Environmental imbalances resulting from the lack of compatibility between the population growth and the exhaustibility of natural resources bring out great challenges In such a context the industry of civil engineering must be pointed out for the use of great quantities of non-renewable resources in its production chain The current production practices used in civil construction need immediate adjustments so that the sector may contribute appropriately for the sustainable development of the country Unfortunately it is still rather common to find artisanal processes on work fronts use of raw materials without sustainable handling and the application of industrialized products with disregard to aspects such as water conservation energy and the necessary reduction of residues and waste The appearance of assessment and certification systems of civil construction in different parts of the world has reduced the negative impacts caused by the construction sector Over the last years such movement has gained new supporters and numbers have become more expressive pointing towards a pressing demand for new actions by professionals and corporations in the field The study performed consists of analyzing the AQUAacutes Technical Report of Operation and Use designed by the Vanzolini Foundation in 2010 as a temporary version which is currently being revised Such analysis has been used as the basis for the undertaking of a case study on the construction of the Green Office at UTFPR The outcome of such research is the assessment of the officeacutes environmental performance as for conformity with requirements defined on the AQUA standard of buildings operation as well as the treatment of non-conformities and undertaking of corrective and preventive actions in order to achieve satisfactory performance Thus such thesis is the summary of a certification process of sustainable buildings and aims to emphasize the importance of certification in civil construction as a way of assuring that buildings are planned designed built and primarily used according to the principles of sustainability technical economic social environmental and cultural aspects which must interact holistically Keywords AQUA Process assessment of the Green Office performance
environmental certification of buildings
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos
estrateacutegicos 46
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50
Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59
Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60
Figura 20 - Manta de PET reciclado 60
Figura 21- Manta de pneu reciclado 60
Figura 22 - Painel Smartside 61
Figura 23 - Siding Vinilico 61
Figura 24 - Painel TechShield 61
Figura 25 ndash Painel Decowall 62
Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62
Figura 27 ndash Vigas I 63
Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64
Figura 31 ndash Piso elevado modular 65
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73
Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75
Figura 39 ndash Piso plast floor 76
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87
Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios
ambientais estabelecidos 53
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39
Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71
Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida
AQUA Alta Qualidade Ambiental
ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura
BEE Building Environmental Efficiency
BRE Building Research Establishment
BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method
CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental
Efficiency
CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo
CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel
CQI Controle da qualidade intriacutenseca
COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis
CO Dioacutexido de Carbono
EV Escritoacuterio Verde
GBC Green Building Council
HQE Haute Qualiteacute Environnementale
HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica
LCA Life cicle assessment
LEED Leadership in Energy amp Environmental Design
MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca
NBR Norma brasileira
ONU Naccedilotildees Unidas
PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente
QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio
QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
QAP Qualidade ambiental das praacuteticas
QI Qualidade intriacutenseca
SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute
SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede
SFI Sistema fotovoltaico isolado
SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento
SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
USGBC US Green Building Council
UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute
WWF World Wildlife Fund
WRI World Resources Institute
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 17
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17
12 OBJETIVOS 19
121 Objetivo Principal 19
122 Objetivos Especiacuteficos 19
13 DELIMITACcedilOtildeES 19
14 JUSTIFICATIVA 20
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37
3 METODOLOGIA 43
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92
6 CONCLUSOtildeES 94
REFEREcircNCIAS 99
ANEXOS 106
17
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso
Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se
passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de
hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo
generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)
Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a
taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com
dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em
2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil
cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria
ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua
esgoto e limpeza urbana (36)
Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da
Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da
Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do
Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil
Fonte CBIC (2011)
18
Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do
desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as
praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham
tamanho crescimento
Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo
ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo
Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade
ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela
Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional
Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR
155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens
ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os
sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer
pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute
necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e
preventiva (ASBEA 2013)
Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de
edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro
apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas
sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as
edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil
Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do
processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado
em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada
sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do
Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da
Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a
realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute
Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida
internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila
Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da
SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE
2009)
19
Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado
pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases
que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e
realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de
operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010
atualmente em processo de revisatildeo
Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos
referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR
construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando
a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho
ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios
12 OBJETIVOS
121 Objetivo Principal
Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo
como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini
122 Objetivos Especiacuteficos
Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em
operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010
Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA
para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso
Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de
edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil
13 DELIMITACcedilOtildeES
Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de
certificaccedilatildeo
20
Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010
ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0
(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo
consideradas na presente dissertaccedilatildeo
14 JUSTIFICATIVA
O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010
SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and
Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment
Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built
Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees
Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema
Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo
(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por
resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees
referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas
dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)
a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de
desenvolvimento econocircmico do Paiacutes
os programas governamentais de desenvolvimento social como o
Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do
Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo
a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e
ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua
biodiversidade e recursos naturais
Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo
ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos
decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil
Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram
edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados
21
Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos
pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)
O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees
Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos
gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia
verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do
bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz
significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica
ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios
jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem
resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no
mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees
realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)
Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel
Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de
uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo
dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de
ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio
em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80
agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e
consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos
adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno
(ARQUITETURA 2011)
Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as
certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem
um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos
gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a
aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo
Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de
edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do
desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil
22
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO
O trabalho foi estruturado da seguinte forma
deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo
histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas
de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas
apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo
Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia
AQUA na fase operaccedilatildeo e uso
conclusotildees e consideraccedilotildees finais
23
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante
decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a
populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu
a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do
2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33
anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para
atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o
equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza
natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)
Fonte Population Reference Bureau (2011)
A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World
Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com
esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)
seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93
bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada
24
ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar
necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados
estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de
territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se
sustentar
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)
Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012
Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo
apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos
carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees
de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela
absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo
- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a
produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a
produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha
- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo
de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde
- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o
fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha
25
- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por
infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e
reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica
- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria
necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em
dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da
natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais
denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a
partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em
1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira
conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a
Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em
1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a
incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo
e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo
ldquoser humano e meio ambienterdquo
Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento
sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees
futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para
discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento
econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)
Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o
Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo
desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees
principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a
Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo
da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima
A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi
registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e
26
globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-
governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo
de soluccedilotildees para os problemas socioambientais
Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e
construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes
no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros
assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia
energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de
materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente
Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo
Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas
sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos
usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo
O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado
no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um
documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo
27
Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel
podem ser vistos no Quadro 1
ANO EVENTO RESUMO
1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma
Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos
componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos
naturais e sociais que formam o sistema global
1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento
Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as
tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez
catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de
contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos
1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano em Estocolmo Sueacutecia
A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as
consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram
113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a
criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
(PNUMA)
1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso
Futuro Comumrdquo
Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o
desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e
estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o
desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento
sustentaacutevel
1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra
Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro
mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de
integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais
concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel
Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e
mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21
1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima
A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a
decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento
tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das
emissotildees de gases do efeito estufa
1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto
Realizado em New York teve como objetivo analisar a
implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o
aquecimento global que causa o efeito estufa
2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash
Rio + 10
Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro
procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela
Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu
compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel
2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima
Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do
Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do
segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees
europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute
2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050
2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima
A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e
verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento
das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de
Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho
2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima
O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente
dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo
estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente
de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi
considerada em grande parte decepcionante
2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima
Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do
Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais
essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais
2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como
modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees
2012 Rio + 20
A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla
participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado
oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que
Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil
organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705
compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash
incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel
Fonte A autora 2012
28
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL
No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em
desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo
holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os
ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a
dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do
desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade
ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a
adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades
(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)
As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes
e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de
forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los
preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os
problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)
ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou
melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a
cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e
os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da
capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do
edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)
A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o
Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees
apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os
quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)
proveitamento de condiccedilotildees naturais locais
tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural
mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno
atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno
ualidade ambiental interna e externa
estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra
daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios
29
so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do
processo
educcedilatildeo do consumo energeacutetico
educcedilatildeo do consumo de aacutegua
eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos
ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel
ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo
Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute
relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho
ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o
de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de
edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS
Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de
reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses
desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de
analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building
(SILVA 2007)
O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da
deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building
Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das
edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)
Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais
de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a
Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de
fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de
pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas
satildeo denominadas eco-labellings
Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre
o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente
340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por
aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)
30
Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de
Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto
por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o
desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de
gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes
responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso
operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas
(DEGANI 2010)
l
Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de
doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia
Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a
sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo
sistema de certificaccedilatildeo
A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em
operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso
de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das
edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para
melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do
desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre
outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema
considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das
edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir
esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas
informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o
planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de
31
desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo
incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV
O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado
primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de
ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar
produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir
objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)
A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um
instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem
conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo
indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos
naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou
reciclados (BARBIERI 2004)
A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos
e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima
ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri
(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo
final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias
como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios
Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas
tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de
ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem
de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as
abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN
2002)
Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o
desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que
32
mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo
possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo
Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se
eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas
sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de
condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO
GOUVINHAS 2004)
Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM
(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que
dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE
EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building
Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -
HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building
Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED
(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)
A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que
durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos
ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a
viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute
promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas
direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do
edifiacutecio (CBCS 2011)
O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua
funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado
tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas
especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade
(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham
referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da
edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente
regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas
de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de
edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)
Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e
monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo
33
bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de
metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser
melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se
o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser
estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)
No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em
conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA
na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser
representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA
Fonte IBENP (2011)
O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas
de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo
34
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)
Fonte A autora (2012)
BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method
wwwbreeamorg
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE
Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de
certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The
Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM
Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)
BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM
Comunidades BREEAM Em Uso
Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)
Outstanding (Excepcional)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema
CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency
wwwibecorjpCASBEEenglish
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)
Abrangecircncia Aacutesia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas
Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade
de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)
Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a
melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)
L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo
hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)
Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)
Ambiente Interno
Green Star
wwwgbcaorgaugreen-star
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia
Abrangecircncia Austraacutelia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star
- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio
Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo
Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified
Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte
Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de
acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas
LEED - Leadership in Energy and Environmental Design
wwwusgbcorgLEED
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council
Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores
Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades
Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79
pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis
Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso
pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais
35
HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method
wwwhk-beamorghk
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society
Abrangecircncia Principalmente Hong Kong
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees
Existentes
Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze
(Bronze - Acima da Meacutedia)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance
ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua
qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees
HQE - Haute Qualiteacute Environnementale
assohqeorghqe
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)
Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia
Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo
Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor
praacutetica)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente
imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do
uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de
manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de
controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle
da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)
DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen
wwwdgnbde_en
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel
(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)
Abrangecircncia Alemanha
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio
Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais
tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de
maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio
A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais
LIDER A
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade
Abrangecircncia Portugal
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes
construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem
trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios
Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)
B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho
ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)
traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
36
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil
No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo
O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da
Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta
as principais caracteriacutesticas destes selos
PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo
wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais
Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E
Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e
condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a
envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios
multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc
SELO CASA AZUL DA CAIXA
downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil
Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25
criteacuterios sendo 6 de livre escolha)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana
Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais
LEED - BRASIL
wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil
Abrangecircncia Brasil
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados
LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro
LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo
LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes
LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais
Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera
materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)
Fonte A autora (2012)
37
AQUA - Alta Qualidade Ambiental
wwwvanzoliniorgbr
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais
Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha
integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da
energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho
ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos
ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo
7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada
ao contexto brasileiro satildeo
ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado a dados nacionais relevantes
ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais
ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo
deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas
investidores empreendedoresconstrutores e projetistas
ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no
meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo
Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade
Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema
de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos
Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de
Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e
o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)
Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de
amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de
algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade
38
do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A
metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao
contexto brasileiro
O processo AQUA abrange as seguintes fases
programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de
construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental
concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a
construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada
ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa
a construccedilatildeo sustentaacutevel
peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos
as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede
ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental
esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o
maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto
ambiental
Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos
escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e
hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo
encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede
esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de
empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos
O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas
de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um
perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo
eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias
e subcategorias avaliadas no sistema AQUA
39
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno
Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel
Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios
Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila
2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo
Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)
3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental
Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras
Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras
4) Gestatildeo da energia
Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica
Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados
5) Gestatildeo da aacutegua
Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel
Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais
6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
40
8) Conforto higroteacutermico
Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial
9) Conforto acuacutestico
Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos
Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes
10) Conforto visual
Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)
Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel
11) Conforto olfativo
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de odores desagradaacuteveis
12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas
13) Qualidade sanitaacuteria do ar
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de poluiccedilatildeo
14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas
Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas
Controle da temperatura na rede interna
Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom
superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas
fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos
trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema
natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
41
2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso
A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para
edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em
fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute
dividido em cinco partes
I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)
Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho
II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)
Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio
III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)
Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento
IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)
Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio
V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)
Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo
Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a
Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E
Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis
Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12
Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4
Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI
Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI
Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5
Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI
Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI
Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4
Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI
Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI
Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI
Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI
Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI
SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis
QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)
42
Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em
todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o
niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a
letra ldquoSrdquo
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA
Fonte Referencial AQUA (2010)
43
3 METODOLOGIA
A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois
visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a
tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando
haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por
ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma
de um estudo de caso (GIL 2008)
A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o
objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer
pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura
Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia
utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa
fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente
descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode
humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do
fenocircmeno (GEPHART 2004)
Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em
algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo
Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de
Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue
Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR
estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para
avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais
anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso
fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave
construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde
referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura
realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio
Verde
44
Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso
Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da
presente dissertaccedilatildeo
45
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados
Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados
Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo
relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa
convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas
atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou
ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis
nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das
Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus
tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino
Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo
uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se
posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a
sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas
praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal
do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute
localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a
Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com
quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de
Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do
terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo
desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das
atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio
tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de
Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro
46
aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee
uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo
para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos
Fonte Google Earth (2011)
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE
A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr
e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo
com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda
responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame
baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas
do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do
Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2
47
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV
Fonte A autora (2012)
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV
Fonte A autora (2012)
48
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
49
A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a
parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de
produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental
estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem
contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o
DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo
O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica
possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para
captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o
conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros
O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra
concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV
necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram
ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de
resiacuteduos
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
50
Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de
acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se
pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico
foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)
que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas
sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo
iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde
conforme Figuras 13 e 14
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
51
A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No
revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil
no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada
suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com
carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas
LED
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de
2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash
Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril
em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a
ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o
Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por
contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade
52
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV
Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a
mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash
Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas
pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a
parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente
buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)
exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna
vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade
ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos
itens
comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade
ambiental desejado o qual deve ser justificado
implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de
competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo
documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo
gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade
ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas
aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos
definidos no perfil de qualidade ambiental
Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o
modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para
hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais
estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2
A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com
os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade
urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV
53
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
Fonte A autora (2012)
Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados
apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade
acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida
como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que
priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade
urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida
Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos
desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser
visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel
excelente
54
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV
Fonte A autora (2011)
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo
A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca
Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da
Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos
exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se
ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo
que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior
detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo
55
Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno
1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo
QI 11
Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de
desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende
QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende
QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende
QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende
QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende
QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende
QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende
QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende
QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende
QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende
QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
1 Avaliaccedilatildeo
CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende
CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende
CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica
CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de
condicionamento de ar Natildeo se aplica
Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13
QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos
meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende
Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para
estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com
dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA
Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar
Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir
de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar
Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios
ciclistasS E 4 X
Garantir a proximidade com
os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende
NA - Natildeo se aplica
X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo
Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento
especialmente os menos poluentes
Veiacuteculos particulares
Favorecer o uso de veiacuteculos
limpos
Favorecer o uso de modos de
deslocamento menos
poluentes
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13
Fonte Referencial AQUA (2010)
56
O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba
possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de
transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da
cidade
A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com
embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de
ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade
A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas
accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os
serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do
transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de
Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano
Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte
interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos
Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios
Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba
responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e
internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada
ou de escala
O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente
164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos
Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido
aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de
ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena
localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de
Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a
implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos
da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos
Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade
QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave
funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva
Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de
conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva
Acessibilidade
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
57
O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se
trata de um item obrigatoacuterio
O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR
90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas
Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados
dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas
Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual
Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio
Item 7314 - Bacia com altura inferior
Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos
Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades
podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para
acesso ao mezanino
Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos
O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo
descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo
2 Avaliaccedilatildeo
QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende
QI 22
Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no
empreendimento Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
2 Avaliaccedilatildeo
MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 23
Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas
de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 26
Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos
revestimentos internos Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
58
Criteacuterios avaliados no item QI 22
QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do
empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a
incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de
recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para
o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia
de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil
considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material
reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a
destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
E 5 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende
A partir do
inventaacuterio de
materiais de
construccedilatildeo
(desenvolvido no
SGO) apresentar
para a famiacutelia de
produtos da obra
limpa (definidas
B
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Atende
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a
construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios
econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do
Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das
americanas utilizam esta tecnologia
Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a
concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora
alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso
a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase
de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel
com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos
resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS
CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou
59
apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel
montar a estrutura do EV in loco
A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de
toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para
o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em
Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees
No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando
concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)
sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este
procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para
evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em
funccedilatildeo de uma chuva mais forte
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado
(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de
pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois
de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP
Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga
utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da
chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e
aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding
60
Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do
telhado
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame
Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)
Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como
isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do
fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de
vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de
pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida
quando em processo de combustatildeo
61
Figura 22 - Painel Smartside
Fonte LP BRASIL (2012)
Figura 23 - Siding Vinilico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 24 - Painel TechShield
Fonte LP BRASIL (2012)
62
Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso
como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo
pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no
contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a
degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere
ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato
de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa
No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras
horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e
ranhuras a cada 200 mm
Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces
com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente
dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em
paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97
da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza
a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no
formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm
Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia
(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram
as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)
Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)
63
Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)
As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino
satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes
cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e
constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando
a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de
63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame
Fonte LP BRASIL (2012)
A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada
em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras
64
telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia
mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por
estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural
que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha
Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura
O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO
de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus
reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo
possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva
sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela
empresa Cebrace
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta
Fonte MADO (2012)
No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso
elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de
loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo
mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza
65
maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio
rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na
mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento
Figura 31 ndash Piso elevado modular
Fonte REMASTER (2012)
O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular
reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)
que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do
carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma
instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso
Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes
aleacutergicos
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile
Fonte Interface FLOR (2012)
Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da
empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta
Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da
66
empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande
flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex
Fonte EPEX (2012)
Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental
3 Avaliaccedilatildeo
CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende
CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
Canteiro de obra com baixo impacto ambiental
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)
pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio
O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos
resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens
plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de
gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo
civil
67
Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia
4 Avaliaccedilatildeo
QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios
QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas
QI 43
Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao
aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende
QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende
QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende
QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende
CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende
CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende
CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende
CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende
CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica
Gestatildeo de Energia
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no item QI 44
QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da
porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel
(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade
escolhida
E 2 Atende
- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias
renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de
aacuterea uacutetil em energia primaacuteria
E 1 Atende
- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA
NA - Natildeo se aplica
Pontos
complementares
desempenho da
modalidade
explorada
Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44
Fonte Referencial AQUA (2010)
68
O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave
rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos
KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados
em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal
(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de
dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse
painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que
converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um
inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo
e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o
sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo
elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento
automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2010)
O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10
moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T
sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do
tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias
respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas
fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo
utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
69
O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga
banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem
acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para
atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica
da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia
gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de
irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo
incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes
iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e
fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)
Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de
junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite
projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute
proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior
incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de
inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta
os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a
energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2012)
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
70
Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica
(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida
pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro
desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um
funcionamento ininterrupto limpo e silencioso
Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua
5 Avaliaccedilatildeo
QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende
QI 52
Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou
outros usos Atende
QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende
QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica
QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende
MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende
CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende
CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende
CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende
CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua
CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2
71
Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53
QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende
nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio
uso do edifiacutecioE 1 NA
nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA
QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
20 a 40E 2 Atende
lt 20 E 5 -----
2 a 10
E 2 -----
gt 10
E 5 Atende
NA - Natildeo se aplica
Medidas tomadas
para economizar
aacutegua
Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes
Coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
presente (para local
pouco urbanizado)
Percentual de
melhoria do
coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
em relaccedilatildeo agrave
situaccedilatildeo anterior agrave
construccedilatildeo do
empreendimento
(para local
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53
Fonte Referencial AQUA (2010)
O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio
foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a
quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada
pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de
telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros
foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a
zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua
potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por
pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos
nuacutemeros levantados no escritoacuterio
Aacutegua Fonte consumidora Local
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino
Reuso Torneira de jardim Jardim
Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua
72
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV
Fonte NOVAES(2013)
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial
Fonte NOVAES (2013)
O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de
accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e
pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal
da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de
1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta
73
colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta
de aacutegua pluvial
O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma
boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba
pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a
aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a
funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
74
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV
Fonte A autora (2012)
Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua
com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que
eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas
pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico
Fonte SIMEPAR (2012)
Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo
Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era
ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)
75
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)
Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em
057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui
aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)
Deck frontal 633
Concreto lateral direita 2061
Deck Fundos 3283
Concreto lateral esquerda 1944
Entrada carro 7752
Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819
Total (msup2) 23864
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057
Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)
Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por
piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de
lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se
destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu
Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)
76
o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e
mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser
preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras
Figura 39 ndash Piso plast floor
Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)
iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma
prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto
permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran
Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)
Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
6 Avaliaccedilatildeo
CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende
CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
77
Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira
Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos
entre outros)
Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista
plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida
latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)
Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico
guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas
esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos
banheiros
O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e
baterias
O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos
REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico
Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do
Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos
departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta
armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um
plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental
ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo
Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de
computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam
espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam
a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a
comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de
extensatildeo universitaacuteria
Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
7 Avaliaccedilatildeo
QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende
QI 72
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante
a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 73
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a
operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 74
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso
do edifiacutecio
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
78
7 Avaliaccedilatildeo
MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
7 Avaliaccedilatildeo
CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar
CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar
CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar
CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar
CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar
CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no CQI 71
(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo
Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivasB Implantar
Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento
abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas
Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e
corretivas
S Implantar
A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que
permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar
A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana
para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71
Fonte Referencial AQUA (2010)
79
Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico
8 Avaliaccedilatildeo
QI 81
Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto
no inverno Atende
QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende
QI 83
Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no
veratildeo
QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende
QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende
Conforto Higroteacutermico
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
8 Avaliaccedilatildeo
CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica
CQI 82
Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento
resfriamento Natildeo se aplica
CQI 83
Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto
higroteacuternico Natildeo se aplica
Conforto Higroteacutermico
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) S
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2
Identificar os
espaccedilos sensiacuteveis
agrave velocidade do
ar no inverno
como no veratildeo E
velocidade
maacutexima do ar no
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com
temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e
julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC
Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo
Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba
a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas
desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o
calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012
80
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno
Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila
6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228
712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292
722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267
732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14
742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063
752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196
762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006
772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259
782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086
792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244
7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156
7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08
7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376
7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105
7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11
7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173
7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189
7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098
As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as
temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom
desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo
das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e
fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo
com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente
O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais
baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou
uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a
temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura
externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC
81
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima
O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de
temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este
aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1
minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de
operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade
relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa
Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos
Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico
9 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende
QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende
Conforto acuacutestico
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
9 Avaliaccedilatildeo
MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva
MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos
Conforto acuacutestico
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
82
9 Avaliaccedilatildeo
CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos
CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes
CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende
CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos
CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende
Conforto acuacutestico
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos
Fonte Referencial AQUA (2007)
As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas
por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo
haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se
esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de
placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o
escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os
ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de
elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao
salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios
em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha
o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes
83
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados
Fonte GREGORI (2011)
No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando
que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma
atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos
pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio
demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem
de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao
mesmo
Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o
cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e
conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se
mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a
construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor
medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de
incerteza superior
84
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do
paracircmetro
conforme2142 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034
acima do paracircmetro
conforme640 abaixo do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do
paracircmetro
conforme3098 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme1965
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605
Natildeo conforme5120
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2096
acima do paracircmetro
Resultados obtidos em dB(A)
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro Normativo
Mediccedilatildeo Incerteza
Fonte GREGORI (2011)
Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado
superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto
poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave
aceitabilidade
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573
acima do paracircmetro
conforme1542 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891
acima do paracircmetro
conforme027 acima do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636
acima do paracircmetro
conforme2637 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2715
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635
Natildeo conforme5870
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2696
acima do paracircmetro
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)
Mediccedilatildeo Incerteza
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Fonte GREGORI (2011)
No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de
atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas
Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da
Universidade Federal do Paranaacute
Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma
das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do
centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA
Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de
pressatildeo sonora de 705 dBA
85
Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e
Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera
mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo
Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de
referecircncia
desvio
da curva
desvios
desfavoraacuteveis
curva de
referecircncia
deslocada
de 24 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
curva de
referecircncia
deslocada de
28 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
625 155
125 233 36 -127 -127 12 113 8 153
250 238 45 -212 -212 21 28 17 68
500 305 52 -215 -215 28 25 24 65
1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07
2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86
1207 173 93
meacutedia 2414
Meacutedia dos
negativos 346
Meacutedia dos
negativos 186
meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado
Fonte SCHMID (2013)
O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se
que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo
de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas
autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O
resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica
Fonte SCHMID (2013)
86
A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo
estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento
acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees
Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em
velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de
80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem
ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de
Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500
veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a
serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave
velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA
Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo
de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA
Categoria 10 ndash Conforto visual
10 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende
QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende
QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende
QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto
QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial
QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende
Conforto visual
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
10 Avaliaccedilatildeo
CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
Conforto visual
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101
QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
BAtende
Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz
do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende
Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende
No caso de
edifiacutecios
comerciais
Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou
recepccedilatildeo principal
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
87
O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto
de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para
captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao
ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a
finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED
(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras
Categoria 11 ndash Conforto olfativo
11 Avaliaccedilatildeo
QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo
QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende
QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
88
11 Avaliaccedilatildeo
CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
S
B
E 2
E 2
E 4 Atende
Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis
sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo
Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo
mecacircnica ou natural controlada)
Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo
prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta
Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja
pertinente
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual
de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de
janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo
natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser
previsto
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112
Fonte Referencial AQUA (2010)
A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da
ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila
de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar
interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado
Figura 43 ndash Efeito chamineacute
Fonte LAMBERTS (2004)
89
Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
12 Avaliaccedilatildeo
QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende
QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende
CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
provenientes do entorno imediato B
provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S
Para as fontes - energia e fontes
telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das
fontes emissoras de ondas
eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia
e das fontes de radiofrequecircncia
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121
Fonte Referencial AQUA (2010)
O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios
campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se
necessaacuterio um estudo especiacutefico
A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal
Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos
campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente
Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de
Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues
comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a
principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele
os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os
maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios
90
equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador
raacutedio e TV (STF 2013)
Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar
13 Avaliaccedilatildeo
QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende
QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende
QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende
CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende
CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende
CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende
CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
91
MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B
Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende
Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos
internos renovadosE 2
Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores
de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que
tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou
naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos
renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo
E 2
Piso 1000 e Parede 1000 E 1
Piso 250 e Parede 500 E 2
Piso 625 e Parede 125 E 1
Piso e parede 40 E 2
Piso e parede 20 E 3
Piso e parede 10 E 4
5 E 1
25 E 2
1 E 2
E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos
internos renovados
Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de
acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em
contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3
Taxa de COV piso e
paredes
Formaldeiacutedos piso
e paredes
Canceriacutegenos ou
substacircncias
causadoras de
efeitos geneacuteticos
hereditaacuterios ou
causadoras de
impotecircncia
reprodutiva o
conjunto de
produtos
constituintes das
Na ocasiatildeo de
renovaccedilatildeo de
revestimentos
internos (pisos
paredes tetos
materiais de
acabamento)
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131
Fonte Referencial AQUA (2010)
A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV
(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a
rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um
grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou
registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo
de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio
da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida
que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases
na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo
abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem
utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem
(VANZOLINI 2013)
92
Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
14 Avaliaccedilatildeo
QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas
QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende
QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
14 Avaliaccedilatildeo
CQI 141
Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo
preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica
CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica
CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende
CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B
SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro
Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No
caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na
aacutegua
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141
Fonte Referencial AQUA (2010)
Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX
(Polietileno de alta densidade reticulado)
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas
O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP
gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52
93
QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS
Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma
economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos
produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)
1- 4
Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na
conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o
meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e
limpeza)
2- 6
QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS
boas praacuteticas no consumo de energia 1
boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1
reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1
poliacutetica de compras 1
QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes
ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5
Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de
um contrato com um produtor de energia3
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao
periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3
Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de
reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de
sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)
1 - 3
RESIacuteDUOS
ENERGIA
PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA
Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de
sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes
AacuteGUA
MATERIAL ELEacuteTRICO
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP
Fonte Referencial AQUA (2010)
O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar
poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais
requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento
Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas
sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio
vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana
do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se
interessarem pelo assunto sustentabilidade
94
6 CONCLUSOtildeES
Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a
avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no
estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho
ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees
Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a
forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra
dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e
subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do
item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre
outros
Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no
detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa
projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor
Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da
categoria energia
QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel
Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da
envoltoacuteria Uedif (Wm2K)
Uedif lt Uedif-base + 40
B
Melhorar a aptidatildeo da
envoltoacuteria para limitar
desperdiacutecios
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41
Fonte Referencial AQUA (2010)
Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo
ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado
menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio
(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo
convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado
com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia
mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os
admissiacuteveis
Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos
precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de
95
variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias
no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo
Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de
COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes
ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no
momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria
Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando
oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns
edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn
As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar
na construccedilatildeo deste referencial
Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees
corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns
requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no
iniacutecio do estudo de caso conclui-se que
Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade
Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante
da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor
de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a
maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos
materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por
isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil
demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito
estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses
produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas
Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos
resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no
EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de
obra
Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida
o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na
96
geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema
estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em
tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia
Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no
entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua
potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a
coleta de dados
Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV
ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus
universitaacuterio
Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel
excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer
sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes
anos
Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV
Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom
Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo
em relaccedilatildeo ao ofuscamento
Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para
niacutevel bom
Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes
de campos eletromagneacuteticos
Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo
mantida atende a legislaccedilatildeo vigente
Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo
mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada
pelo sistema de coleta pluvial
97
A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima
QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial
para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima
Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de
fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um
bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil
Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios
exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado
para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV
SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS
Como proposta para trabalhos futuros sugere-se
pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas
elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV
avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV
98
REFEREcircNCIAS
AAKER D A et al Pesquisa de marketing 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 745 p
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de normas teacutecnicas ISO14040 de 2004 NBR 15575 de 2008 e NBR 9050 de 2004 Disponiacutevel em httpwwwabntorgbr Acesso em 09 de outubro de 2011
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104
ANEXO 1
Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR
105
ANEXO 2
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
Gestatildeo
4 Energia
41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F
42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo
5 Aacutegua
51 Economia de aacutegua potaacutevel F
52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F
53 Esgotamento sanitaacuterio F
6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F
62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F
63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F
64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F
7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo
71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F
72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F
73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo
74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F
Conforto
8 Conforto higroteacutermico
81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F
82 No veratildeo F
9 Conforto acuacutestico
91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F
92 Isolamento acuacutestico F F F
93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F
94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F
10 Conforto visual
101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F
102 Iluminaccedilatildeo artificial F
103 Relaccedilatildeo visual com o exterior
104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F
11 Conforto olfativo
111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F
112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F
Sauacutede
12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F
13 Qualidade sanitaacuteria do ar
131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F
132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F
14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F
142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo
143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
106
ANEXO 3
Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos
estrateacutegicos 46
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50
Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59
Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60
Figura 20 - Manta de PET reciclado 60
Figura 21- Manta de pneu reciclado 60
Figura 22 - Painel Smartside 61
Figura 23 - Siding Vinilico 61
Figura 24 - Painel TechShield 61
Figura 25 ndash Painel Decowall 62
Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62
Figura 27 ndash Vigas I 63
Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64
Figura 31 ndash Piso elevado modular 65
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73
Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75
Figura 39 ndash Piso plast floor 76
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87
Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios
ambientais estabelecidos 53
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39
Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71
Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida
AQUA Alta Qualidade Ambiental
ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura
BEE Building Environmental Efficiency
BRE Building Research Establishment
BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method
CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental
Efficiency
CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo
CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel
CQI Controle da qualidade intriacutenseca
COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis
CO Dioacutexido de Carbono
EV Escritoacuterio Verde
GBC Green Building Council
HQE Haute Qualiteacute Environnementale
HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica
LCA Life cicle assessment
LEED Leadership in Energy amp Environmental Design
MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca
NBR Norma brasileira
ONU Naccedilotildees Unidas
PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente
QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio
QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
QAP Qualidade ambiental das praacuteticas
QI Qualidade intriacutenseca
SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute
SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede
SFI Sistema fotovoltaico isolado
SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento
SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
USGBC US Green Building Council
UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute
WWF World Wildlife Fund
WRI World Resources Institute
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 17
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17
12 OBJETIVOS 19
121 Objetivo Principal 19
122 Objetivos Especiacuteficos 19
13 DELIMITACcedilOtildeES 19
14 JUSTIFICATIVA 20
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37
3 METODOLOGIA 43
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92
6 CONCLUSOtildeES 94
REFEREcircNCIAS 99
ANEXOS 106
17
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso
Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se
passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de
hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo
generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)
Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a
taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com
dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em
2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil
cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria
ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua
esgoto e limpeza urbana (36)
Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da
Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da
Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do
Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil
Fonte CBIC (2011)
18
Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do
desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as
praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham
tamanho crescimento
Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo
ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo
Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade
ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela
Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional
Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR
155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens
ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os
sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer
pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute
necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e
preventiva (ASBEA 2013)
Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de
edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro
apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas
sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as
edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil
Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do
processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado
em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada
sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do
Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da
Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a
realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute
Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida
internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila
Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da
SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE
2009)
19
Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado
pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases
que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e
realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de
operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010
atualmente em processo de revisatildeo
Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos
referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR
construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando
a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho
ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios
12 OBJETIVOS
121 Objetivo Principal
Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo
como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini
122 Objetivos Especiacuteficos
Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em
operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010
Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA
para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso
Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de
edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil
13 DELIMITACcedilOtildeES
Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de
certificaccedilatildeo
20
Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010
ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0
(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo
consideradas na presente dissertaccedilatildeo
14 JUSTIFICATIVA
O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010
SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and
Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment
Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built
Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees
Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema
Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo
(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por
resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees
referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas
dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)
a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de
desenvolvimento econocircmico do Paiacutes
os programas governamentais de desenvolvimento social como o
Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do
Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo
a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e
ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua
biodiversidade e recursos naturais
Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo
ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos
decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil
Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram
edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados
21
Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos
pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)
O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees
Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos
gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia
verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do
bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz
significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica
ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios
jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem
resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no
mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees
realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)
Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel
Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de
uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo
dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de
ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio
em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80
agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e
consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos
adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno
(ARQUITETURA 2011)
Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as
certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem
um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos
gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a
aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo
Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de
edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do
desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil
22
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO
O trabalho foi estruturado da seguinte forma
deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo
histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas
de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas
apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo
Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia
AQUA na fase operaccedilatildeo e uso
conclusotildees e consideraccedilotildees finais
23
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante
decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a
populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu
a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do
2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33
anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para
atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o
equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza
natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)
Fonte Population Reference Bureau (2011)
A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World
Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com
esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)
seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93
bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada
24
ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar
necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados
estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de
territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se
sustentar
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)
Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012
Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo
apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos
carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees
de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela
absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo
- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a
produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a
produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha
- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo
de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde
- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o
fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha
25
- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por
infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e
reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica
- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria
necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em
dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da
natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais
denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a
partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em
1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira
conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a
Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em
1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a
incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo
e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo
ldquoser humano e meio ambienterdquo
Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento
sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees
futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para
discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento
econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)
Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o
Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo
desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees
principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a
Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo
da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima
A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi
registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e
26
globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-
governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo
de soluccedilotildees para os problemas socioambientais
Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e
construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes
no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros
assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia
energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de
materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente
Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo
Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas
sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos
usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo
O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado
no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um
documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo
27
Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel
podem ser vistos no Quadro 1
ANO EVENTO RESUMO
1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma
Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos
componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos
naturais e sociais que formam o sistema global
1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento
Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as
tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez
catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de
contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos
1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano em Estocolmo Sueacutecia
A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as
consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram
113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a
criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
(PNUMA)
1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso
Futuro Comumrdquo
Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o
desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e
estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o
desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento
sustentaacutevel
1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra
Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro
mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de
integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais
concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel
Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e
mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21
1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima
A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a
decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento
tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das
emissotildees de gases do efeito estufa
1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto
Realizado em New York teve como objetivo analisar a
implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o
aquecimento global que causa o efeito estufa
2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash
Rio + 10
Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro
procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela
Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu
compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel
2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima
Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do
Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do
segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees
europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute
2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050
2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima
A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e
verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento
das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de
Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho
2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima
O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente
dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo
estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente
de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi
considerada em grande parte decepcionante
2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima
Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do
Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais
essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais
2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como
modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees
2012 Rio + 20
A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla
participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado
oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que
Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil
organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705
compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash
incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel
Fonte A autora 2012
28
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL
No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em
desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo
holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os
ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a
dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do
desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade
ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a
adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades
(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)
As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes
e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de
forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los
preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os
problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)
ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou
melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a
cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e
os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da
capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do
edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)
A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o
Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees
apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os
quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)
proveitamento de condiccedilotildees naturais locais
tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural
mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno
atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno
ualidade ambiental interna e externa
estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra
daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios
29
so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do
processo
educcedilatildeo do consumo energeacutetico
educcedilatildeo do consumo de aacutegua
eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos
ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel
ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo
Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute
relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho
ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o
de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de
edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS
Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de
reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses
desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de
analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building
(SILVA 2007)
O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da
deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building
Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das
edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)
Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais
de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a
Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de
fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de
pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas
satildeo denominadas eco-labellings
Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre
o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente
340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por
aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)
30
Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de
Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto
por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o
desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de
gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes
responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso
operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas
(DEGANI 2010)
l
Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de
doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia
Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a
sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo
sistema de certificaccedilatildeo
A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em
operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso
de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das
edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para
melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do
desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre
outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema
considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das
edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir
esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas
informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o
planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de
31
desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo
incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV
O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado
primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de
ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar
produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir
objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)
A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um
instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem
conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo
indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos
naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou
reciclados (BARBIERI 2004)
A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos
e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima
ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri
(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo
final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias
como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios
Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas
tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de
ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem
de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as
abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN
2002)
Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o
desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que
32
mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo
possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo
Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se
eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas
sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de
condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO
GOUVINHAS 2004)
Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM
(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que
dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE
EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building
Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -
HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building
Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED
(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)
A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que
durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos
ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a
viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute
promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas
direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do
edifiacutecio (CBCS 2011)
O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua
funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado
tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas
especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade
(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham
referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da
edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente
regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas
de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de
edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)
Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e
monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo
33
bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de
metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser
melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se
o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser
estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)
No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em
conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA
na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser
representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA
Fonte IBENP (2011)
O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas
de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo
34
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)
Fonte A autora (2012)
BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method
wwwbreeamorg
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE
Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de
certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The
Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM
Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)
BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM
Comunidades BREEAM Em Uso
Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)
Outstanding (Excepcional)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema
CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency
wwwibecorjpCASBEEenglish
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)
Abrangecircncia Aacutesia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas
Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade
de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)
Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a
melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)
L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo
hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)
Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)
Ambiente Interno
Green Star
wwwgbcaorgaugreen-star
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia
Abrangecircncia Austraacutelia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star
- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio
Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo
Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified
Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte
Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de
acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas
LEED - Leadership in Energy and Environmental Design
wwwusgbcorgLEED
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council
Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores
Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades
Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79
pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis
Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso
pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais
35
HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method
wwwhk-beamorghk
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society
Abrangecircncia Principalmente Hong Kong
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees
Existentes
Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze
(Bronze - Acima da Meacutedia)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance
ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua
qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees
HQE - Haute Qualiteacute Environnementale
assohqeorghqe
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)
Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia
Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo
Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor
praacutetica)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente
imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do
uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de
manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de
controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle
da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)
DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen
wwwdgnbde_en
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel
(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)
Abrangecircncia Alemanha
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio
Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais
tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de
maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio
A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais
LIDER A
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade
Abrangecircncia Portugal
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes
construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem
trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios
Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)
B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho
ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)
traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
36
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil
No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo
O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da
Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta
as principais caracteriacutesticas destes selos
PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo
wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais
Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E
Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e
condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a
envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios
multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc
SELO CASA AZUL DA CAIXA
downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil
Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25
criteacuterios sendo 6 de livre escolha)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana
Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais
LEED - BRASIL
wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil
Abrangecircncia Brasil
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados
LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro
LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo
LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes
LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais
Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera
materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)
Fonte A autora (2012)
37
AQUA - Alta Qualidade Ambiental
wwwvanzoliniorgbr
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais
Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha
integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da
energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho
ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos
ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo
7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada
ao contexto brasileiro satildeo
ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado a dados nacionais relevantes
ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais
ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo
deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas
investidores empreendedoresconstrutores e projetistas
ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no
meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo
Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade
Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema
de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos
Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de
Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e
o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)
Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de
amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de
algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade
38
do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A
metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao
contexto brasileiro
O processo AQUA abrange as seguintes fases
programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de
construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental
concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a
construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada
ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa
a construccedilatildeo sustentaacutevel
peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos
as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede
ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental
esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o
maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto
ambiental
Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos
escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e
hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo
encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede
esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de
empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos
O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas
de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um
perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo
eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias
e subcategorias avaliadas no sistema AQUA
39
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno
Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel
Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios
Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila
2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo
Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)
3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental
Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras
Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras
4) Gestatildeo da energia
Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica
Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados
5) Gestatildeo da aacutegua
Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel
Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais
6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
40
8) Conforto higroteacutermico
Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial
9) Conforto acuacutestico
Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos
Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes
10) Conforto visual
Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)
Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel
11) Conforto olfativo
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de odores desagradaacuteveis
12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas
13) Qualidade sanitaacuteria do ar
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de poluiccedilatildeo
14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas
Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas
Controle da temperatura na rede interna
Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom
superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas
fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos
trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema
natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
41
2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso
A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para
edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em
fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute
dividido em cinco partes
I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)
Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho
II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)
Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio
III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)
Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento
IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)
Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio
V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)
Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo
Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a
Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E
Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis
Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12
Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4
Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI
Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI
Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5
Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI
Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI
Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4
Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI
Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI
Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI
Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI
Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI
SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis
QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)
42
Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em
todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o
niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a
letra ldquoSrdquo
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA
Fonte Referencial AQUA (2010)
43
3 METODOLOGIA
A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois
visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a
tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando
haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por
ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma
de um estudo de caso (GIL 2008)
A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o
objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer
pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura
Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia
utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa
fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente
descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode
humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do
fenocircmeno (GEPHART 2004)
Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em
algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo
Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de
Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue
Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR
estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para
avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais
anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso
fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave
construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde
referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura
realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio
Verde
44
Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso
Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da
presente dissertaccedilatildeo
45
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados
Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados
Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo
relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa
convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas
atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou
ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis
nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das
Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus
tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino
Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo
uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se
posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a
sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas
praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal
do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute
localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a
Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com
quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de
Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do
terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo
desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das
atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio
tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de
Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro
46
aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee
uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo
para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos
Fonte Google Earth (2011)
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE
A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr
e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo
com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda
responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame
baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas
do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do
Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2
47
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV
Fonte A autora (2012)
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV
Fonte A autora (2012)
48
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
49
A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a
parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de
produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental
estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem
contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o
DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo
O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica
possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para
captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o
conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros
O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra
concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV
necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram
ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de
resiacuteduos
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
50
Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de
acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se
pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico
foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)
que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas
sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo
iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde
conforme Figuras 13 e 14
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
51
A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No
revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil
no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada
suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com
carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas
LED
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de
2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash
Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril
em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a
ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o
Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por
contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade
52
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV
Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a
mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash
Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas
pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a
parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente
buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)
exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna
vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade
ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos
itens
comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade
ambiental desejado o qual deve ser justificado
implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de
competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo
documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo
gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade
ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas
aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos
definidos no perfil de qualidade ambiental
Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o
modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para
hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais
estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2
A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com
os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade
urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV
53
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
Fonte A autora (2012)
Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados
apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade
acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida
como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que
priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade
urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida
Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos
desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser
visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel
excelente
54
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV
Fonte A autora (2011)
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo
A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca
Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da
Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos
exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se
ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo
que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior
detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo
55
Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno
1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo
QI 11
Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de
desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende
QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende
QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende
QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende
QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende
QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende
QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende
QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende
QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende
QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende
QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
1 Avaliaccedilatildeo
CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende
CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende
CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica
CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de
condicionamento de ar Natildeo se aplica
Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13
QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos
meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende
Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para
estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com
dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA
Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar
Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir
de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar
Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios
ciclistasS E 4 X
Garantir a proximidade com
os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende
NA - Natildeo se aplica
X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo
Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento
especialmente os menos poluentes
Veiacuteculos particulares
Favorecer o uso de veiacuteculos
limpos
Favorecer o uso de modos de
deslocamento menos
poluentes
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13
Fonte Referencial AQUA (2010)
56
O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba
possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de
transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da
cidade
A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com
embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de
ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade
A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas
accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os
serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do
transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de
Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano
Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte
interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos
Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios
Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba
responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e
internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada
ou de escala
O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente
164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos
Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido
aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de
ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena
localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de
Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a
implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos
da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos
Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade
QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave
funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva
Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de
conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva
Acessibilidade
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
57
O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se
trata de um item obrigatoacuterio
O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR
90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas
Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados
dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas
Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual
Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio
Item 7314 - Bacia com altura inferior
Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos
Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades
podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para
acesso ao mezanino
Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos
O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo
descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo
2 Avaliaccedilatildeo
QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende
QI 22
Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no
empreendimento Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
2 Avaliaccedilatildeo
MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 23
Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas
de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 26
Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos
revestimentos internos Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
58
Criteacuterios avaliados no item QI 22
QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do
empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a
incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de
recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para
o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia
de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil
considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material
reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a
destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
E 5 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende
A partir do
inventaacuterio de
materiais de
construccedilatildeo
(desenvolvido no
SGO) apresentar
para a famiacutelia de
produtos da obra
limpa (definidas
B
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Atende
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a
construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios
econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do
Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das
americanas utilizam esta tecnologia
Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a
concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora
alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso
a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase
de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel
com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos
resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS
CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou
59
apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel
montar a estrutura do EV in loco
A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de
toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para
o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em
Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees
No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando
concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)
sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este
procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para
evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em
funccedilatildeo de uma chuva mais forte
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado
(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de
pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois
de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP
Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga
utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da
chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e
aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding
60
Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do
telhado
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame
Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)
Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como
isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do
fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de
vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de
pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida
quando em processo de combustatildeo
61
Figura 22 - Painel Smartside
Fonte LP BRASIL (2012)
Figura 23 - Siding Vinilico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 24 - Painel TechShield
Fonte LP BRASIL (2012)
62
Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso
como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo
pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no
contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a
degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere
ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato
de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa
No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras
horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e
ranhuras a cada 200 mm
Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces
com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente
dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em
paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97
da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza
a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no
formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm
Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia
(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram
as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)
Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)
63
Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)
As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino
satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes
cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e
constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando
a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de
63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame
Fonte LP BRASIL (2012)
A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada
em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras
64
telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia
mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por
estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural
que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha
Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura
O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO
de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus
reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo
possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva
sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela
empresa Cebrace
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta
Fonte MADO (2012)
No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso
elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de
loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo
mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza
65
maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio
rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na
mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento
Figura 31 ndash Piso elevado modular
Fonte REMASTER (2012)
O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular
reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)
que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do
carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma
instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso
Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes
aleacutergicos
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile
Fonte Interface FLOR (2012)
Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da
empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta
Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da
66
empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande
flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex
Fonte EPEX (2012)
Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental
3 Avaliaccedilatildeo
CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende
CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
Canteiro de obra com baixo impacto ambiental
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)
pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio
O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos
resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens
plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de
gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo
civil
67
Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia
4 Avaliaccedilatildeo
QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios
QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas
QI 43
Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao
aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende
QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende
QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende
QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende
CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende
CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende
CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende
CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende
CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica
Gestatildeo de Energia
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no item QI 44
QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da
porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel
(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade
escolhida
E 2 Atende
- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias
renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de
aacuterea uacutetil em energia primaacuteria
E 1 Atende
- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA
NA - Natildeo se aplica
Pontos
complementares
desempenho da
modalidade
explorada
Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44
Fonte Referencial AQUA (2010)
68
O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave
rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos
KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados
em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal
(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de
dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse
painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que
converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um
inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo
e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o
sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo
elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento
automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2010)
O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10
moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T
sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do
tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias
respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas
fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo
utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
69
O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga
banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem
acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para
atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica
da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia
gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de
irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo
incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes
iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e
fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)
Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de
junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite
projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute
proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior
incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de
inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta
os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a
energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2012)
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
70
Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica
(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida
pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro
desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um
funcionamento ininterrupto limpo e silencioso
Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua
5 Avaliaccedilatildeo
QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende
QI 52
Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou
outros usos Atende
QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende
QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica
QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende
MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende
CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende
CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende
CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende
CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua
CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2
71
Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53
QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende
nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio
uso do edifiacutecioE 1 NA
nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA
QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
20 a 40E 2 Atende
lt 20 E 5 -----
2 a 10
E 2 -----
gt 10
E 5 Atende
NA - Natildeo se aplica
Medidas tomadas
para economizar
aacutegua
Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes
Coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
presente (para local
pouco urbanizado)
Percentual de
melhoria do
coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
em relaccedilatildeo agrave
situaccedilatildeo anterior agrave
construccedilatildeo do
empreendimento
(para local
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53
Fonte Referencial AQUA (2010)
O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio
foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a
quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada
pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de
telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros
foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a
zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua
potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por
pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos
nuacutemeros levantados no escritoacuterio
Aacutegua Fonte consumidora Local
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino
Reuso Torneira de jardim Jardim
Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua
72
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV
Fonte NOVAES(2013)
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial
Fonte NOVAES (2013)
O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de
accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e
pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal
da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de
1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta
73
colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta
de aacutegua pluvial
O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma
boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba
pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a
aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a
funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
74
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV
Fonte A autora (2012)
Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua
com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que
eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas
pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico
Fonte SIMEPAR (2012)
Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo
Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era
ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)
75
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)
Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em
057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui
aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)
Deck frontal 633
Concreto lateral direita 2061
Deck Fundos 3283
Concreto lateral esquerda 1944
Entrada carro 7752
Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819
Total (msup2) 23864
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057
Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)
Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por
piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de
lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se
destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu
Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)
76
o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e
mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser
preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras
Figura 39 ndash Piso plast floor
Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)
iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma
prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto
permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran
Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)
Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
6 Avaliaccedilatildeo
CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende
CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
77
Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira
Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos
entre outros)
Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista
plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida
latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)
Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico
guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas
esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos
banheiros
O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e
baterias
O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos
REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico
Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do
Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos
departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta
armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um
plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental
ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo
Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de
computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam
espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam
a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a
comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de
extensatildeo universitaacuteria
Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
7 Avaliaccedilatildeo
QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende
QI 72
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante
a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 73
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a
operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 74
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso
do edifiacutecio
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
78
7 Avaliaccedilatildeo
MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
7 Avaliaccedilatildeo
CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar
CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar
CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar
CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar
CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar
CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no CQI 71
(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo
Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivasB Implantar
Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento
abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas
Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e
corretivas
S Implantar
A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que
permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar
A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana
para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71
Fonte Referencial AQUA (2010)
79
Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico
8 Avaliaccedilatildeo
QI 81
Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto
no inverno Atende
QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende
QI 83
Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no
veratildeo
QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende
QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende
Conforto Higroteacutermico
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
8 Avaliaccedilatildeo
CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica
CQI 82
Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento
resfriamento Natildeo se aplica
CQI 83
Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto
higroteacuternico Natildeo se aplica
Conforto Higroteacutermico
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) S
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2
Identificar os
espaccedilos sensiacuteveis
agrave velocidade do
ar no inverno
como no veratildeo E
velocidade
maacutexima do ar no
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com
temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e
julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC
Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo
Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba
a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas
desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o
calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012
80
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno
Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila
6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228
712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292
722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267
732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14
742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063
752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196
762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006
772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259
782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086
792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244
7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156
7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08
7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376
7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105
7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11
7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173
7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189
7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098
As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as
temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom
desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo
das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e
fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo
com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente
O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais
baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou
uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a
temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura
externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC
81
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima
O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de
temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este
aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1
minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de
operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade
relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa
Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos
Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico
9 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende
QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende
Conforto acuacutestico
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
9 Avaliaccedilatildeo
MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva
MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos
Conforto acuacutestico
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
82
9 Avaliaccedilatildeo
CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos
CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes
CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende
CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos
CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende
Conforto acuacutestico
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos
Fonte Referencial AQUA (2007)
As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas
por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo
haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se
esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de
placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o
escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os
ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de
elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao
salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios
em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha
o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes
83
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados
Fonte GREGORI (2011)
No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando
que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma
atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos
pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio
demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem
de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao
mesmo
Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o
cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e
conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se
mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a
construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor
medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de
incerteza superior
84
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do
paracircmetro
conforme2142 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034
acima do paracircmetro
conforme640 abaixo do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do
paracircmetro
conforme3098 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme1965
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605
Natildeo conforme5120
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2096
acima do paracircmetro
Resultados obtidos em dB(A)
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro Normativo
Mediccedilatildeo Incerteza
Fonte GREGORI (2011)
Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado
superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto
poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave
aceitabilidade
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573
acima do paracircmetro
conforme1542 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891
acima do paracircmetro
conforme027 acima do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636
acima do paracircmetro
conforme2637 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2715
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635
Natildeo conforme5870
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2696
acima do paracircmetro
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)
Mediccedilatildeo Incerteza
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Fonte GREGORI (2011)
No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de
atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas
Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da
Universidade Federal do Paranaacute
Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma
das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do
centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA
Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de
pressatildeo sonora de 705 dBA
85
Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e
Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera
mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo
Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de
referecircncia
desvio
da curva
desvios
desfavoraacuteveis
curva de
referecircncia
deslocada
de 24 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
curva de
referecircncia
deslocada de
28 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
625 155
125 233 36 -127 -127 12 113 8 153
250 238 45 -212 -212 21 28 17 68
500 305 52 -215 -215 28 25 24 65
1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07
2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86
1207 173 93
meacutedia 2414
Meacutedia dos
negativos 346
Meacutedia dos
negativos 186
meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado
Fonte SCHMID (2013)
O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se
que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo
de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas
autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O
resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica
Fonte SCHMID (2013)
86
A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo
estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento
acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees
Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em
velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de
80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem
ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de
Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500
veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a
serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave
velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA
Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo
de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA
Categoria 10 ndash Conforto visual
10 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende
QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende
QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende
QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto
QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial
QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende
Conforto visual
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
10 Avaliaccedilatildeo
CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
Conforto visual
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101
QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
BAtende
Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz
do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende
Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende
No caso de
edifiacutecios
comerciais
Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou
recepccedilatildeo principal
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
87
O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto
de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para
captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao
ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a
finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED
(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras
Categoria 11 ndash Conforto olfativo
11 Avaliaccedilatildeo
QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo
QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende
QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
88
11 Avaliaccedilatildeo
CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
S
B
E 2
E 2
E 4 Atende
Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis
sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo
Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo
mecacircnica ou natural controlada)
Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo
prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta
Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja
pertinente
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual
de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de
janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo
natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser
previsto
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112
Fonte Referencial AQUA (2010)
A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da
ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila
de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar
interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado
Figura 43 ndash Efeito chamineacute
Fonte LAMBERTS (2004)
89
Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
12 Avaliaccedilatildeo
QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende
QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende
CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
provenientes do entorno imediato B
provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S
Para as fontes - energia e fontes
telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das
fontes emissoras de ondas
eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia
e das fontes de radiofrequecircncia
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121
Fonte Referencial AQUA (2010)
O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios
campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se
necessaacuterio um estudo especiacutefico
A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal
Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos
campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente
Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de
Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues
comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a
principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele
os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os
maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios
90
equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador
raacutedio e TV (STF 2013)
Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar
13 Avaliaccedilatildeo
QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende
QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende
QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende
CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende
CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende
CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende
CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
91
MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B
Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende
Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos
internos renovadosE 2
Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores
de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que
tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou
naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos
renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo
E 2
Piso 1000 e Parede 1000 E 1
Piso 250 e Parede 500 E 2
Piso 625 e Parede 125 E 1
Piso e parede 40 E 2
Piso e parede 20 E 3
Piso e parede 10 E 4
5 E 1
25 E 2
1 E 2
E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos
internos renovados
Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de
acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em
contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3
Taxa de COV piso e
paredes
Formaldeiacutedos piso
e paredes
Canceriacutegenos ou
substacircncias
causadoras de
efeitos geneacuteticos
hereditaacuterios ou
causadoras de
impotecircncia
reprodutiva o
conjunto de
produtos
constituintes das
Na ocasiatildeo de
renovaccedilatildeo de
revestimentos
internos (pisos
paredes tetos
materiais de
acabamento)
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131
Fonte Referencial AQUA (2010)
A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV
(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a
rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um
grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou
registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo
de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio
da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida
que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases
na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo
abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem
utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem
(VANZOLINI 2013)
92
Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
14 Avaliaccedilatildeo
QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas
QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende
QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
14 Avaliaccedilatildeo
CQI 141
Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo
preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica
CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica
CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende
CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B
SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro
Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No
caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na
aacutegua
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141
Fonte Referencial AQUA (2010)
Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX
(Polietileno de alta densidade reticulado)
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas
O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP
gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52
93
QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS
Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma
economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos
produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)
1- 4
Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na
conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o
meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e
limpeza)
2- 6
QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS
boas praacuteticas no consumo de energia 1
boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1
reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1
poliacutetica de compras 1
QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes
ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5
Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de
um contrato com um produtor de energia3
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao
periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3
Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de
reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de
sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)
1 - 3
RESIacuteDUOS
ENERGIA
PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA
Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de
sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes
AacuteGUA
MATERIAL ELEacuteTRICO
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP
Fonte Referencial AQUA (2010)
O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar
poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais
requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento
Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas
sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio
vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana
do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se
interessarem pelo assunto sustentabilidade
94
6 CONCLUSOtildeES
Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a
avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no
estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho
ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees
Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a
forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra
dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e
subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do
item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre
outros
Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no
detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa
projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor
Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da
categoria energia
QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel
Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da
envoltoacuteria Uedif (Wm2K)
Uedif lt Uedif-base + 40
B
Melhorar a aptidatildeo da
envoltoacuteria para limitar
desperdiacutecios
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41
Fonte Referencial AQUA (2010)
Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo
ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado
menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio
(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo
convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado
com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia
mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os
admissiacuteveis
Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos
precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de
95
variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias
no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo
Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de
COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes
ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no
momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria
Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando
oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns
edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn
As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar
na construccedilatildeo deste referencial
Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees
corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns
requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no
iniacutecio do estudo de caso conclui-se que
Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade
Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante
da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor
de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a
maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos
materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por
isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil
demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito
estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses
produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas
Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos
resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no
EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de
obra
Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida
o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na
96
geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema
estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em
tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia
Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no
entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua
potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a
coleta de dados
Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV
ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus
universitaacuterio
Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel
excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer
sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes
anos
Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV
Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom
Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo
em relaccedilatildeo ao ofuscamento
Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para
niacutevel bom
Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes
de campos eletromagneacuteticos
Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo
mantida atende a legislaccedilatildeo vigente
Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo
mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada
pelo sistema de coleta pluvial
97
A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima
QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial
para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima
Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de
fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um
bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil
Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios
exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado
para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV
SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS
Como proposta para trabalhos futuros sugere-se
pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas
elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV
avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV
98
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102
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103
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104
ANEXO 1
Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR
105
ANEXO 2
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
Gestatildeo
4 Energia
41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F
42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo
5 Aacutegua
51 Economia de aacutegua potaacutevel F
52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F
53 Esgotamento sanitaacuterio F
6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F
62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F
63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F
64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F
7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo
71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F
72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F
73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo
74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F
Conforto
8 Conforto higroteacutermico
81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F
82 No veratildeo F
9 Conforto acuacutestico
91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F
92 Isolamento acuacutestico F F F
93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F
94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F
10 Conforto visual
101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F
102 Iluminaccedilatildeo artificial F
103 Relaccedilatildeo visual com o exterior
104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F
11 Conforto olfativo
111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F
112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F
Sauacutede
12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F
13 Qualidade sanitaacuteria do ar
131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F
132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F
14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F
142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo
143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
106
ANEXO 3
Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010
Figura 31 ndash Piso elevado modular 65
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73
Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75
Figura 39 ndash Piso plast floor 76
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87
Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios
ambientais estabelecidos 53
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39
Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71
Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida
AQUA Alta Qualidade Ambiental
ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura
BEE Building Environmental Efficiency
BRE Building Research Establishment
BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method
CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental
Efficiency
CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo
CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel
CQI Controle da qualidade intriacutenseca
COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis
CO Dioacutexido de Carbono
EV Escritoacuterio Verde
GBC Green Building Council
HQE Haute Qualiteacute Environnementale
HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica
LCA Life cicle assessment
LEED Leadership in Energy amp Environmental Design
MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca
NBR Norma brasileira
ONU Naccedilotildees Unidas
PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente
QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio
QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
QAP Qualidade ambiental das praacuteticas
QI Qualidade intriacutenseca
SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute
SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede
SFI Sistema fotovoltaico isolado
SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento
SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
USGBC US Green Building Council
UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute
WWF World Wildlife Fund
WRI World Resources Institute
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 17
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17
12 OBJETIVOS 19
121 Objetivo Principal 19
122 Objetivos Especiacuteficos 19
13 DELIMITACcedilOtildeES 19
14 JUSTIFICATIVA 20
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37
3 METODOLOGIA 43
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92
6 CONCLUSOtildeES 94
REFEREcircNCIAS 99
ANEXOS 106
17
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso
Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se
passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de
hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo
generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)
Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a
taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com
dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em
2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil
cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria
ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua
esgoto e limpeza urbana (36)
Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da
Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da
Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do
Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil
Fonte CBIC (2011)
18
Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do
desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as
praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham
tamanho crescimento
Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo
ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo
Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade
ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela
Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional
Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR
155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens
ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os
sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer
pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute
necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e
preventiva (ASBEA 2013)
Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de
edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro
apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas
sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as
edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil
Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do
processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado
em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada
sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do
Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da
Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a
realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute
Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida
internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila
Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da
SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE
2009)
19
Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado
pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases
que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e
realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de
operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010
atualmente em processo de revisatildeo
Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos
referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR
construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando
a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho
ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios
12 OBJETIVOS
121 Objetivo Principal
Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo
como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini
122 Objetivos Especiacuteficos
Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em
operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010
Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA
para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso
Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de
edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil
13 DELIMITACcedilOtildeES
Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de
certificaccedilatildeo
20
Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010
ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0
(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo
consideradas na presente dissertaccedilatildeo
14 JUSTIFICATIVA
O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010
SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and
Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment
Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built
Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees
Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema
Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo
(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por
resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees
referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas
dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)
a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de
desenvolvimento econocircmico do Paiacutes
os programas governamentais de desenvolvimento social como o
Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do
Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo
a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e
ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua
biodiversidade e recursos naturais
Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo
ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos
decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil
Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram
edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados
21
Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos
pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)
O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees
Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos
gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia
verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do
bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz
significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica
ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios
jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem
resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no
mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees
realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)
Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel
Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de
uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo
dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de
ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio
em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80
agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e
consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos
adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno
(ARQUITETURA 2011)
Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as
certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem
um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos
gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a
aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo
Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de
edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do
desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil
22
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO
O trabalho foi estruturado da seguinte forma
deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo
histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas
de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas
apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo
Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia
AQUA na fase operaccedilatildeo e uso
conclusotildees e consideraccedilotildees finais
23
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante
decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a
populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu
a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do
2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33
anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para
atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o
equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza
natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)
Fonte Population Reference Bureau (2011)
A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World
Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com
esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)
seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93
bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada
24
ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar
necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados
estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de
territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se
sustentar
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)
Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012
Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo
apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos
carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees
de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela
absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo
- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a
produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a
produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha
- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo
de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde
- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o
fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha
25
- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por
infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e
reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica
- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria
necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em
dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da
natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais
denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a
partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em
1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira
conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a
Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em
1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a
incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo
e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo
ldquoser humano e meio ambienterdquo
Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento
sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees
futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para
discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento
econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)
Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o
Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo
desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees
principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a
Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo
da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima
A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi
registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e
26
globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-
governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo
de soluccedilotildees para os problemas socioambientais
Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e
construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes
no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros
assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia
energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de
materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente
Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo
Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas
sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos
usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo
O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado
no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um
documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo
27
Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel
podem ser vistos no Quadro 1
ANO EVENTO RESUMO
1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma
Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos
componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos
naturais e sociais que formam o sistema global
1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento
Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as
tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez
catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de
contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos
1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano em Estocolmo Sueacutecia
A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as
consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram
113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a
criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
(PNUMA)
1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso
Futuro Comumrdquo
Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o
desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e
estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o
desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento
sustentaacutevel
1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra
Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro
mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de
integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais
concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel
Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e
mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21
1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima
A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a
decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento
tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das
emissotildees de gases do efeito estufa
1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto
Realizado em New York teve como objetivo analisar a
implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o
aquecimento global que causa o efeito estufa
2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash
Rio + 10
Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro
procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela
Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu
compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel
2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima
Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do
Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do
segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees
europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute
2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050
2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima
A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e
verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento
das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de
Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho
2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima
O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente
dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo
estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente
de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi
considerada em grande parte decepcionante
2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima
Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do
Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais
essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais
2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como
modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees
2012 Rio + 20
A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla
participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado
oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que
Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil
organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705
compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash
incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel
Fonte A autora 2012
28
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL
No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em
desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo
holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os
ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a
dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do
desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade
ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a
adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades
(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)
As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes
e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de
forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los
preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os
problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)
ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou
melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a
cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e
os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da
capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do
edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)
A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o
Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees
apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os
quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)
proveitamento de condiccedilotildees naturais locais
tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural
mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno
atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno
ualidade ambiental interna e externa
estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra
daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios
29
so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do
processo
educcedilatildeo do consumo energeacutetico
educcedilatildeo do consumo de aacutegua
eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos
ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel
ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo
Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute
relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho
ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o
de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de
edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS
Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de
reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses
desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de
analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building
(SILVA 2007)
O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da
deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building
Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das
edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)
Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais
de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a
Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de
fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de
pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas
satildeo denominadas eco-labellings
Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre
o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente
340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por
aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)
30
Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de
Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto
por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o
desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de
gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes
responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso
operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas
(DEGANI 2010)
l
Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de
doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia
Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a
sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo
sistema de certificaccedilatildeo
A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em
operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso
de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das
edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para
melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do
desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre
outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema
considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das
edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir
esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas
informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o
planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de
31
desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo
incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV
O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado
primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de
ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar
produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir
objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)
A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um
instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem
conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo
indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos
naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou
reciclados (BARBIERI 2004)
A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos
e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima
ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri
(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo
final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias
como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios
Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas
tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de
ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem
de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as
abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN
2002)
Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o
desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que
32
mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo
possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo
Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se
eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas
sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de
condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO
GOUVINHAS 2004)
Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM
(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que
dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE
EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building
Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -
HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building
Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED
(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)
A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que
durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos
ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a
viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute
promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas
direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do
edifiacutecio (CBCS 2011)
O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua
funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado
tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas
especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade
(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham
referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da
edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente
regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas
de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de
edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)
Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e
monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo
33
bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de
metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser
melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se
o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser
estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)
No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em
conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA
na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser
representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA
Fonte IBENP (2011)
O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas
de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo
34
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)
Fonte A autora (2012)
BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method
wwwbreeamorg
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE
Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de
certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The
Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM
Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)
BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM
Comunidades BREEAM Em Uso
Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)
Outstanding (Excepcional)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema
CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency
wwwibecorjpCASBEEenglish
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)
Abrangecircncia Aacutesia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas
Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade
de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)
Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a
melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)
L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo
hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)
Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)
Ambiente Interno
Green Star
wwwgbcaorgaugreen-star
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia
Abrangecircncia Austraacutelia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star
- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio
Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo
Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified
Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte
Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de
acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas
LEED - Leadership in Energy and Environmental Design
wwwusgbcorgLEED
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council
Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores
Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades
Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79
pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis
Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso
pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais
35
HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method
wwwhk-beamorghk
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society
Abrangecircncia Principalmente Hong Kong
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees
Existentes
Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze
(Bronze - Acima da Meacutedia)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance
ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua
qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees
HQE - Haute Qualiteacute Environnementale
assohqeorghqe
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)
Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia
Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo
Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor
praacutetica)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente
imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do
uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de
manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de
controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle
da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)
DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen
wwwdgnbde_en
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel
(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)
Abrangecircncia Alemanha
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio
Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais
tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de
maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio
A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais
LIDER A
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade
Abrangecircncia Portugal
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes
construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem
trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios
Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)
B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho
ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)
traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
36
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil
No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo
O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da
Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta
as principais caracteriacutesticas destes selos
PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo
wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais
Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E
Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e
condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a
envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios
multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc
SELO CASA AZUL DA CAIXA
downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil
Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25
criteacuterios sendo 6 de livre escolha)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana
Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais
LEED - BRASIL
wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil
Abrangecircncia Brasil
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados
LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro
LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo
LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes
LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais
Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera
materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)
Fonte A autora (2012)
37
AQUA - Alta Qualidade Ambiental
wwwvanzoliniorgbr
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais
Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha
integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da
energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho
ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos
ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo
7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada
ao contexto brasileiro satildeo
ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado a dados nacionais relevantes
ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais
ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo
deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas
investidores empreendedoresconstrutores e projetistas
ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no
meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo
Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade
Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema
de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos
Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de
Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e
o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)
Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de
amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de
algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade
38
do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A
metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao
contexto brasileiro
O processo AQUA abrange as seguintes fases
programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de
construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental
concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a
construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada
ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa
a construccedilatildeo sustentaacutevel
peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos
as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede
ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental
esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o
maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto
ambiental
Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos
escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e
hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo
encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede
esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de
empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos
O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas
de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um
perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo
eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias
e subcategorias avaliadas no sistema AQUA
39
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno
Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel
Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios
Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila
2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo
Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)
3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental
Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras
Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras
4) Gestatildeo da energia
Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica
Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados
5) Gestatildeo da aacutegua
Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel
Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais
6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
40
8) Conforto higroteacutermico
Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial
9) Conforto acuacutestico
Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos
Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes
10) Conforto visual
Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)
Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel
11) Conforto olfativo
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de odores desagradaacuteveis
12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas
13) Qualidade sanitaacuteria do ar
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de poluiccedilatildeo
14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas
Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas
Controle da temperatura na rede interna
Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom
superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas
fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos
trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema
natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
41
2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso
A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para
edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em
fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute
dividido em cinco partes
I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)
Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho
II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)
Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio
III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)
Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento
IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)
Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio
V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)
Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo
Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a
Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E
Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis
Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12
Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4
Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI
Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI
Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5
Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI
Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI
Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4
Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI
Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI
Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI
Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI
Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI
SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis
QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)
42
Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em
todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o
niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a
letra ldquoSrdquo
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA
Fonte Referencial AQUA (2010)
43
3 METODOLOGIA
A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois
visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a
tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando
haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por
ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma
de um estudo de caso (GIL 2008)
A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o
objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer
pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura
Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia
utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa
fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente
descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode
humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do
fenocircmeno (GEPHART 2004)
Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em
algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo
Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de
Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue
Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR
estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para
avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais
anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso
fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave
construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde
referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura
realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio
Verde
44
Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso
Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da
presente dissertaccedilatildeo
45
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados
Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados
Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo
relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa
convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas
atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou
ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis
nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das
Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus
tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino
Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo
uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se
posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a
sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas
praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal
do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute
localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a
Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com
quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de
Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do
terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo
desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das
atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio
tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de
Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro
46
aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee
uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo
para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos
Fonte Google Earth (2011)
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE
A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr
e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo
com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda
responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame
baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas
do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do
Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2
47
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV
Fonte A autora (2012)
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV
Fonte A autora (2012)
48
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
49
A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a
parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de
produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental
estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem
contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o
DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo
O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica
possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para
captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o
conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros
O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra
concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV
necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram
ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de
resiacuteduos
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
50
Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de
acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se
pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico
foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)
que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas
sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo
iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde
conforme Figuras 13 e 14
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
51
A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No
revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil
no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada
suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com
carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas
LED
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de
2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash
Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril
em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a
ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o
Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por
contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade
52
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV
Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a
mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash
Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas
pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a
parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente
buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)
exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna
vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade
ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos
itens
comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade
ambiental desejado o qual deve ser justificado
implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de
competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo
documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo
gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade
ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas
aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos
definidos no perfil de qualidade ambiental
Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o
modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para
hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais
estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2
A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com
os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade
urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV
53
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
Fonte A autora (2012)
Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados
apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade
acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida
como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que
priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade
urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida
Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos
desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser
visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel
excelente
54
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV
Fonte A autora (2011)
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo
A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca
Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da
Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos
exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se
ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo
que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior
detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo
55
Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno
1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo
QI 11
Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de
desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende
QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende
QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende
QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende
QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende
QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende
QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende
QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende
QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende
QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende
QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
1 Avaliaccedilatildeo
CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende
CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende
CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica
CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de
condicionamento de ar Natildeo se aplica
Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13
QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos
meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende
Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para
estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com
dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA
Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar
Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir
de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar
Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios
ciclistasS E 4 X
Garantir a proximidade com
os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende
NA - Natildeo se aplica
X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo
Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento
especialmente os menos poluentes
Veiacuteculos particulares
Favorecer o uso de veiacuteculos
limpos
Favorecer o uso de modos de
deslocamento menos
poluentes
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13
Fonte Referencial AQUA (2010)
56
O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba
possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de
transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da
cidade
A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com
embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de
ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade
A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas
accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os
serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do
transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de
Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano
Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte
interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos
Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios
Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba
responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e
internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada
ou de escala
O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente
164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos
Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido
aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de
ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena
localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de
Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a
implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos
da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos
Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade
QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave
funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva
Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de
conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva
Acessibilidade
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
57
O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se
trata de um item obrigatoacuterio
O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR
90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas
Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados
dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas
Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual
Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio
Item 7314 - Bacia com altura inferior
Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos
Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades
podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para
acesso ao mezanino
Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos
O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo
descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo
2 Avaliaccedilatildeo
QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende
QI 22
Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no
empreendimento Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
2 Avaliaccedilatildeo
MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 23
Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas
de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 26
Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos
revestimentos internos Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
58
Criteacuterios avaliados no item QI 22
QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do
empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a
incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de
recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para
o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia
de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil
considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material
reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a
destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
E 5 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende
A partir do
inventaacuterio de
materiais de
construccedilatildeo
(desenvolvido no
SGO) apresentar
para a famiacutelia de
produtos da obra
limpa (definidas
B
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Atende
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a
construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios
econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do
Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das
americanas utilizam esta tecnologia
Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a
concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora
alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso
a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase
de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel
com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos
resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS
CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou
59
apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel
montar a estrutura do EV in loco
A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de
toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para
o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em
Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees
No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando
concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)
sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este
procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para
evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em
funccedilatildeo de uma chuva mais forte
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado
(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de
pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois
de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP
Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga
utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da
chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e
aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding
60
Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do
telhado
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame
Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)
Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como
isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do
fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de
vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de
pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida
quando em processo de combustatildeo
61
Figura 22 - Painel Smartside
Fonte LP BRASIL (2012)
Figura 23 - Siding Vinilico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 24 - Painel TechShield
Fonte LP BRASIL (2012)
62
Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso
como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo
pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no
contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a
degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere
ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato
de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa
No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras
horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e
ranhuras a cada 200 mm
Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces
com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente
dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em
paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97
da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza
a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no
formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm
Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia
(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram
as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)
Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)
63
Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)
As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino
satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes
cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e
constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando
a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de
63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame
Fonte LP BRASIL (2012)
A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada
em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras
64
telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia
mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por
estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural
que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha
Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura
O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO
de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus
reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo
possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva
sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela
empresa Cebrace
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta
Fonte MADO (2012)
No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso
elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de
loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo
mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza
65
maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio
rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na
mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento
Figura 31 ndash Piso elevado modular
Fonte REMASTER (2012)
O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular
reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)
que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do
carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma
instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso
Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes
aleacutergicos
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile
Fonte Interface FLOR (2012)
Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da
empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta
Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da
66
empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande
flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex
Fonte EPEX (2012)
Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental
3 Avaliaccedilatildeo
CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende
CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
Canteiro de obra com baixo impacto ambiental
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)
pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio
O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos
resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens
plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de
gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo
civil
67
Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia
4 Avaliaccedilatildeo
QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios
QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas
QI 43
Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao
aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende
QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende
QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende
QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende
CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende
CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende
CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende
CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende
CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica
Gestatildeo de Energia
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no item QI 44
QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da
porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel
(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade
escolhida
E 2 Atende
- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias
renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de
aacuterea uacutetil em energia primaacuteria
E 1 Atende
- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA
NA - Natildeo se aplica
Pontos
complementares
desempenho da
modalidade
explorada
Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44
Fonte Referencial AQUA (2010)
68
O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave
rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos
KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados
em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal
(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de
dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse
painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que
converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um
inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo
e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o
sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo
elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento
automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2010)
O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10
moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T
sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do
tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias
respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas
fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo
utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
69
O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga
banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem
acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para
atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica
da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia
gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de
irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo
incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes
iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e
fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)
Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de
junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite
projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute
proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior
incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de
inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta
os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a
energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2012)
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
70
Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica
(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida
pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro
desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um
funcionamento ininterrupto limpo e silencioso
Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua
5 Avaliaccedilatildeo
QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende
QI 52
Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou
outros usos Atende
QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende
QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica
QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende
MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende
CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende
CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende
CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende
CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua
CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2
71
Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53
QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende
nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio
uso do edifiacutecioE 1 NA
nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA
QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
20 a 40E 2 Atende
lt 20 E 5 -----
2 a 10
E 2 -----
gt 10
E 5 Atende
NA - Natildeo se aplica
Medidas tomadas
para economizar
aacutegua
Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes
Coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
presente (para local
pouco urbanizado)
Percentual de
melhoria do
coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
em relaccedilatildeo agrave
situaccedilatildeo anterior agrave
construccedilatildeo do
empreendimento
(para local
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53
Fonte Referencial AQUA (2010)
O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio
foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a
quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada
pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de
telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros
foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a
zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua
potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por
pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos
nuacutemeros levantados no escritoacuterio
Aacutegua Fonte consumidora Local
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino
Reuso Torneira de jardim Jardim
Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua
72
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV
Fonte NOVAES(2013)
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial
Fonte NOVAES (2013)
O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de
accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e
pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal
da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de
1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta
73
colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta
de aacutegua pluvial
O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma
boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba
pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a
aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a
funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
74
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV
Fonte A autora (2012)
Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua
com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que
eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas
pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico
Fonte SIMEPAR (2012)
Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo
Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era
ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)
75
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)
Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em
057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui
aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)
Deck frontal 633
Concreto lateral direita 2061
Deck Fundos 3283
Concreto lateral esquerda 1944
Entrada carro 7752
Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819
Total (msup2) 23864
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057
Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)
Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por
piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de
lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se
destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu
Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)
76
o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e
mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser
preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras
Figura 39 ndash Piso plast floor
Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)
iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma
prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto
permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran
Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)
Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
6 Avaliaccedilatildeo
CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende
CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
77
Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira
Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos
entre outros)
Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista
plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida
latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)
Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico
guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas
esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos
banheiros
O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e
baterias
O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos
REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico
Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do
Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos
departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta
armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um
plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental
ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo
Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de
computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam
espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam
a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a
comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de
extensatildeo universitaacuteria
Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
7 Avaliaccedilatildeo
QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende
QI 72
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante
a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 73
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a
operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 74
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso
do edifiacutecio
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
78
7 Avaliaccedilatildeo
MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
7 Avaliaccedilatildeo
CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar
CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar
CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar
CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar
CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar
CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no CQI 71
(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo
Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivasB Implantar
Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento
abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas
Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e
corretivas
S Implantar
A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que
permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar
A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana
para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71
Fonte Referencial AQUA (2010)
79
Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico
8 Avaliaccedilatildeo
QI 81
Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto
no inverno Atende
QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende
QI 83
Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no
veratildeo
QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende
QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende
Conforto Higroteacutermico
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
8 Avaliaccedilatildeo
CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica
CQI 82
Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento
resfriamento Natildeo se aplica
CQI 83
Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto
higroteacuternico Natildeo se aplica
Conforto Higroteacutermico
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) S
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2
Identificar os
espaccedilos sensiacuteveis
agrave velocidade do
ar no inverno
como no veratildeo E
velocidade
maacutexima do ar no
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com
temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e
julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC
Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo
Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba
a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas
desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o
calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012
80
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno
Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila
6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228
712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292
722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267
732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14
742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063
752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196
762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006
772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259
782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086
792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244
7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156
7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08
7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376
7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105
7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11
7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173
7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189
7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098
As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as
temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom
desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo
das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e
fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo
com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente
O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais
baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou
uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a
temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura
externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC
81
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima
O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de
temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este
aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1
minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de
operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade
relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa
Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos
Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico
9 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende
QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende
Conforto acuacutestico
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
9 Avaliaccedilatildeo
MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva
MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos
Conforto acuacutestico
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
82
9 Avaliaccedilatildeo
CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos
CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes
CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende
CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos
CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende
Conforto acuacutestico
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos
Fonte Referencial AQUA (2007)
As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas
por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo
haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se
esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de
placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o
escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os
ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de
elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao
salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios
em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha
o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes
83
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados
Fonte GREGORI (2011)
No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando
que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma
atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos
pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio
demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem
de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao
mesmo
Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o
cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e
conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se
mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a
construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor
medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de
incerteza superior
84
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do
paracircmetro
conforme2142 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034
acima do paracircmetro
conforme640 abaixo do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do
paracircmetro
conforme3098 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme1965
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605
Natildeo conforme5120
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2096
acima do paracircmetro
Resultados obtidos em dB(A)
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro Normativo
Mediccedilatildeo Incerteza
Fonte GREGORI (2011)
Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado
superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto
poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave
aceitabilidade
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573
acima do paracircmetro
conforme1542 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891
acima do paracircmetro
conforme027 acima do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636
acima do paracircmetro
conforme2637 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2715
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635
Natildeo conforme5870
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2696
acima do paracircmetro
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)
Mediccedilatildeo Incerteza
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Fonte GREGORI (2011)
No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de
atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas
Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da
Universidade Federal do Paranaacute
Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma
das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do
centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA
Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de
pressatildeo sonora de 705 dBA
85
Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e
Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera
mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo
Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de
referecircncia
desvio
da curva
desvios
desfavoraacuteveis
curva de
referecircncia
deslocada
de 24 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
curva de
referecircncia
deslocada de
28 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
625 155
125 233 36 -127 -127 12 113 8 153
250 238 45 -212 -212 21 28 17 68
500 305 52 -215 -215 28 25 24 65
1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07
2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86
1207 173 93
meacutedia 2414
Meacutedia dos
negativos 346
Meacutedia dos
negativos 186
meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado
Fonte SCHMID (2013)
O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se
que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo
de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas
autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O
resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica
Fonte SCHMID (2013)
86
A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo
estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento
acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees
Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em
velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de
80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem
ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de
Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500
veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a
serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave
velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA
Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo
de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA
Categoria 10 ndash Conforto visual
10 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende
QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende
QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende
QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto
QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial
QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende
Conforto visual
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
10 Avaliaccedilatildeo
CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
Conforto visual
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101
QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
BAtende
Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz
do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende
Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende
No caso de
edifiacutecios
comerciais
Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou
recepccedilatildeo principal
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
87
O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto
de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para
captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao
ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a
finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED
(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras
Categoria 11 ndash Conforto olfativo
11 Avaliaccedilatildeo
QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo
QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende
QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
88
11 Avaliaccedilatildeo
CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
S
B
E 2
E 2
E 4 Atende
Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis
sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo
Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo
mecacircnica ou natural controlada)
Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo
prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta
Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja
pertinente
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual
de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de
janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo
natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser
previsto
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112
Fonte Referencial AQUA (2010)
A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da
ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila
de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar
interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado
Figura 43 ndash Efeito chamineacute
Fonte LAMBERTS (2004)
89
Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
12 Avaliaccedilatildeo
QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende
QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende
CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
provenientes do entorno imediato B
provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S
Para as fontes - energia e fontes
telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das
fontes emissoras de ondas
eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia
e das fontes de radiofrequecircncia
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121
Fonte Referencial AQUA (2010)
O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios
campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se
necessaacuterio um estudo especiacutefico
A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal
Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos
campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente
Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de
Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues
comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a
principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele
os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os
maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios
90
equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador
raacutedio e TV (STF 2013)
Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar
13 Avaliaccedilatildeo
QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende
QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende
QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende
CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende
CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende
CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende
CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
91
MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B
Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende
Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos
internos renovadosE 2
Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores
de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que
tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou
naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos
renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo
E 2
Piso 1000 e Parede 1000 E 1
Piso 250 e Parede 500 E 2
Piso 625 e Parede 125 E 1
Piso e parede 40 E 2
Piso e parede 20 E 3
Piso e parede 10 E 4
5 E 1
25 E 2
1 E 2
E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos
internos renovados
Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de
acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em
contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3
Taxa de COV piso e
paredes
Formaldeiacutedos piso
e paredes
Canceriacutegenos ou
substacircncias
causadoras de
efeitos geneacuteticos
hereditaacuterios ou
causadoras de
impotecircncia
reprodutiva o
conjunto de
produtos
constituintes das
Na ocasiatildeo de
renovaccedilatildeo de
revestimentos
internos (pisos
paredes tetos
materiais de
acabamento)
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131
Fonte Referencial AQUA (2010)
A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV
(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a
rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um
grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou
registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo
de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio
da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida
que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases
na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo
abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem
utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem
(VANZOLINI 2013)
92
Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
14 Avaliaccedilatildeo
QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas
QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende
QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
14 Avaliaccedilatildeo
CQI 141
Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo
preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica
CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica
CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende
CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B
SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro
Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No
caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na
aacutegua
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141
Fonte Referencial AQUA (2010)
Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX
(Polietileno de alta densidade reticulado)
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas
O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP
gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52
93
QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS
Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma
economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos
produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)
1- 4
Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na
conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o
meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e
limpeza)
2- 6
QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS
boas praacuteticas no consumo de energia 1
boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1
reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1
poliacutetica de compras 1
QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes
ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5
Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de
um contrato com um produtor de energia3
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao
periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3
Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de
reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de
sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)
1 - 3
RESIacuteDUOS
ENERGIA
PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA
Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de
sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes
AacuteGUA
MATERIAL ELEacuteTRICO
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP
Fonte Referencial AQUA (2010)
O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar
poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais
requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento
Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas
sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio
vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana
do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se
interessarem pelo assunto sustentabilidade
94
6 CONCLUSOtildeES
Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a
avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no
estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho
ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees
Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a
forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra
dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e
subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do
item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre
outros
Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no
detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa
projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor
Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da
categoria energia
QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel
Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da
envoltoacuteria Uedif (Wm2K)
Uedif lt Uedif-base + 40
B
Melhorar a aptidatildeo da
envoltoacuteria para limitar
desperdiacutecios
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41
Fonte Referencial AQUA (2010)
Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo
ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado
menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio
(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo
convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado
com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia
mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os
admissiacuteveis
Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos
precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de
95
variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias
no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo
Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de
COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes
ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no
momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria
Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando
oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns
edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn
As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar
na construccedilatildeo deste referencial
Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees
corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns
requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no
iniacutecio do estudo de caso conclui-se que
Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade
Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante
da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor
de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a
maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos
materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por
isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil
demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito
estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses
produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas
Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos
resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no
EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de
obra
Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida
o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na
96
geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema
estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em
tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia
Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no
entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua
potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a
coleta de dados
Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV
ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus
universitaacuterio
Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel
excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer
sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes
anos
Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV
Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom
Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo
em relaccedilatildeo ao ofuscamento
Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para
niacutevel bom
Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes
de campos eletromagneacuteticos
Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo
mantida atende a legislaccedilatildeo vigente
Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo
mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada
pelo sistema de coleta pluvial
97
A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima
QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial
para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima
Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de
fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um
bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil
Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios
exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado
para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV
SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS
Como proposta para trabalhos futuros sugere-se
pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas
elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV
avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV
98
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104
ANEXO 1
Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR
105
ANEXO 2
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
Gestatildeo
4 Energia
41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F
42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo
5 Aacutegua
51 Economia de aacutegua potaacutevel F
52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F
53 Esgotamento sanitaacuterio F
6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F
62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F
63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F
64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F
7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo
71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F
72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F
73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo
74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F
Conforto
8 Conforto higroteacutermico
81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F
82 No veratildeo F
9 Conforto acuacutestico
91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F
92 Isolamento acuacutestico F F F
93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F
94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F
10 Conforto visual
101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F
102 Iluminaccedilatildeo artificial F
103 Relaccedilatildeo visual com o exterior
104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F
11 Conforto olfativo
111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F
112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F
Sauacutede
12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F
13 Qualidade sanitaacuteria do ar
131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F
132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F
14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F
142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo
143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
106
ANEXO 3
Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios
ambientais estabelecidos 53
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39
Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71
Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida
AQUA Alta Qualidade Ambiental
ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura
BEE Building Environmental Efficiency
BRE Building Research Establishment
BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method
CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental
Efficiency
CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo
CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel
CQI Controle da qualidade intriacutenseca
COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis
CO Dioacutexido de Carbono
EV Escritoacuterio Verde
GBC Green Building Council
HQE Haute Qualiteacute Environnementale
HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica
LCA Life cicle assessment
LEED Leadership in Energy amp Environmental Design
MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca
NBR Norma brasileira
ONU Naccedilotildees Unidas
PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente
QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio
QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
QAP Qualidade ambiental das praacuteticas
QI Qualidade intriacutenseca
SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute
SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede
SFI Sistema fotovoltaico isolado
SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento
SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
USGBC US Green Building Council
UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute
WWF World Wildlife Fund
WRI World Resources Institute
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 17
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17
12 OBJETIVOS 19
121 Objetivo Principal 19
122 Objetivos Especiacuteficos 19
13 DELIMITACcedilOtildeES 19
14 JUSTIFICATIVA 20
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37
3 METODOLOGIA 43
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92
6 CONCLUSOtildeES 94
REFEREcircNCIAS 99
ANEXOS 106
17
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS
Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso
Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se
passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de
hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo
generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)
Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a
taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com
dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em
2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil
cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria
ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua
esgoto e limpeza urbana (36)
Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da
Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da
Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do
Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010
Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil
Fonte CBIC (2011)
18
Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do
desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as
praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham
tamanho crescimento
Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo
ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo
Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade
ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela
Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional
Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR
155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens
ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os
sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer
pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute
necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e
preventiva (ASBEA 2013)
Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de
edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro
apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas
sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as
edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil
Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do
processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado
em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada
sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do
Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da
Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a
realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute
Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida
internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila
Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da
SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE
2009)
19
Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado
pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases
que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e
realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de
operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010
atualmente em processo de revisatildeo
Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos
referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR
construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando
a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho
ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios
12 OBJETIVOS
121 Objetivo Principal
Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo
como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini
122 Objetivos Especiacuteficos
Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em
operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010
Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA
para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso
Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de
edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil
13 DELIMITACcedilOtildeES
Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de
certificaccedilatildeo
20
Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010
ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0
(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo
consideradas na presente dissertaccedilatildeo
14 JUSTIFICATIVA
O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010
SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and
Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment
Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built
Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees
Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema
Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo
(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por
resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees
referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas
dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)
a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de
desenvolvimento econocircmico do Paiacutes
os programas governamentais de desenvolvimento social como o
Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do
Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo
a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e
ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua
biodiversidade e recursos naturais
Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo
ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos
decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil
Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram
edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados
21
Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos
pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)
O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees
Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos
gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia
verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do
bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz
significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica
ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios
jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem
resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no
mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees
realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)
Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel
Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de
uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo
dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de
ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio
em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80
agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e
consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos
adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno
(ARQUITETURA 2011)
Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as
certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem
um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos
gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a
aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho
ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo
Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de
edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do
desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil
22
15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO
O trabalho foi estruturado da seguinte forma
deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo
histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas
de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas
apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo
Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia
AQUA na fase operaccedilatildeo e uso
conclusotildees e consideraccedilotildees finais
23
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante
decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a
populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu
a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do
2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33
anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para
atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o
equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza
natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede
Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)
Fonte Population Reference Bureau (2011)
A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World
Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com
esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)
seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93
bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada
24
ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar
necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados
estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de
territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se
sustentar
Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)
Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012
Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo
apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos
carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees
de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela
absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo
- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a
produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a
produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha
- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo
de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde
- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o
fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha
25
- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por
infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e
reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica
- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria
necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em
dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce
22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da
natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais
denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a
partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em
1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira
conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a
Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em
1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a
incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo
e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo
ldquoser humano e meio ambienterdquo
Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento
sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees
futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para
discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento
econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)
Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o
Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo
desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees
principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a
Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo
da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima
A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi
registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e
26
globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-
governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo
de soluccedilotildees para os problemas socioambientais
Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e
construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes
no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros
assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia
energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de
materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente
Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo
Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas
sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos
usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo
O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado
no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um
documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo
27
Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel
podem ser vistos no Quadro 1
ANO EVENTO RESUMO
1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma
Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos
componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos
naturais e sociais que formam o sistema global
1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento
Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as
tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez
catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de
contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos
1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano em Estocolmo Sueacutecia
A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as
consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram
113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a
criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente
(PNUMA)
1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso
Futuro Comumrdquo
Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o
desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e
estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o
desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento
sustentaacutevel
1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra
Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro
mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de
integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais
concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel
Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e
mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21
1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima
A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a
decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento
tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das
emissotildees de gases do efeito estufa
1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto
Realizado em New York teve como objetivo analisar a
implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o
aquecimento global que causa o efeito estufa
2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash
Rio + 10
Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro
procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela
Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu
compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel
2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima
Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do
Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do
segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees
europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute
2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050
2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima
A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e
verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento
das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de
Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho
2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima
O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente
dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo
estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente
de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi
considerada em grande parte decepcionante
2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima
Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do
Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais
essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais
2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como
modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees
2012 Rio + 20
A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla
participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado
oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que
Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil
organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705
compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash
incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros
Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel
Fonte A autora 2012
28
23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL
No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em
desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo
holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os
ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a
dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do
desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade
ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a
adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades
(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)
As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes
e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de
forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los
preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os
problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)
ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou
melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a
cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e
os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da
capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do
edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)
A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o
Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees
apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os
quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)
proveitamento de condiccedilotildees naturais locais
tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural
mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno
atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno
ualidade ambiental interna e externa
estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra
daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios
29
so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do
processo
educcedilatildeo do consumo energeacutetico
educcedilatildeo do consumo de aacutegua
eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos
ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel
ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo
Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute
relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho
ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o
de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de
edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo
24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS
Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de
reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses
desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de
analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building
(SILVA 2007)
O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da
deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building
Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das
edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)
Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais
de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a
Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de
fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de
pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas
satildeo denominadas eco-labellings
Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre
o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente
340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por
aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)
30
Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de
Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto
por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o
desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de
gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes
responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso
operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas
(DEGANI 2010)
l
Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de
doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia
Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a
sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo
sistema de certificaccedilatildeo
A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em
operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso
de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das
edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para
melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do
desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre
outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema
considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das
edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir
esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas
informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o
planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de
31
desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo
incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso
241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV
O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado
primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de
ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar
produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir
objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)
A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um
instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem
conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo
indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos
naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou
reciclados (BARBIERI 2004)
A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos
e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima
ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri
(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo
final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias
como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem
242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios
Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas
tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de
ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem
de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as
abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN
2002)
Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o
desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que
32
mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo
possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo
Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se
eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas
sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de
condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO
GOUVINHAS 2004)
Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM
(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que
dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE
EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building
Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -
HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building
Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED
(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)
A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que
durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos
ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a
viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute
promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas
direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do
edifiacutecio (CBCS 2011)
O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua
funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado
tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas
especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade
(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham
referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da
edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente
regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas
de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de
edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)
Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e
monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo
33
bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)
checar (check) e agir (act))
No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de
metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser
melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se
o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser
estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)
No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em
conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA
na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser
representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2
Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA
Fonte IBENP (2011)
O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas
de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo
34
Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)
Fonte A autora (2012)
BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method
wwwbreeamorg
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE
Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de
certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The
Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM
Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)
BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM
Comunidades BREEAM Em Uso
Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)
Outstanding (Excepcional)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema
CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency
wwwibecorjpCASBEEenglish
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)
Abrangecircncia Aacutesia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas
Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade
de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)
Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a
melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)
L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo
hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)
Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)
Ambiente Interno
Green Star
wwwgbcaorgaugreen-star
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia
Abrangecircncia Austraacutelia
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star
- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio
Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo
Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified
Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte
Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de
acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas
LEED - Leadership in Energy and Environmental Design
wwwusgbcorgLEED
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council
Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores
Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades
Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79
pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis
Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso
pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais
35
HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method
wwwhk-beamorghk
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society
Abrangecircncia Principalmente Hong Kong
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees
Existentes
Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze
(Bronze - Acima da Meacutedia)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance
ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua
qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees
HQE - Haute Qualiteacute Environnementale
assohqeorghqe
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)
Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia
Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo
Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor
praacutetica)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente
imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do
uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de
manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de
controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle
da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)
DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen
wwwdgnbde_en
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel
(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)
Abrangecircncia Alemanha
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio
Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais
tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de
maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio
A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais
LIDER A
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade
Abrangecircncia Portugal
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes
construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem
trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios
Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)
B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho
ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)
traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
36
243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil
No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo
O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da
Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta
as principais caracteriacutesticas destes selos
PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo
wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais
Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E
Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e
condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a
envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios
multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc
SELO CASA AZUL DA CAIXA
downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil
Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25
criteacuterios sendo 6 de livre escolha)
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana
Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais
LEED - BRASIL
wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil
Abrangecircncia Brasil
Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados
LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro
LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo
LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes
LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais
Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera
materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)
Fonte A autora (2012)
37
AQUA - Alta Qualidade Ambiental
wwwvanzoliniorgbr
Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini
Abrangecircncia Brasil
Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais
Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente
Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha
integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da
energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho
ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos
ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo
7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente
Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)
Fonte A autora (2012)
Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada
ao contexto brasileiro satildeo
ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado a dados nacionais relevantes
ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser
adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais
ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo
deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas
investidores empreendedoresconstrutores e projetistas
ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no
meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais
244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo
Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade
Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema
de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos
Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de
Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e
o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)
Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de
amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de
algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade
38
do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A
metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao
contexto brasileiro
O processo AQUA abrange as seguintes fases
programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de
construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental
concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a
construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada
ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa
a construccedilatildeo sustentaacutevel
peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos
as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede
ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental
esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o
maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto
ambiental
Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos
escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e
hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo
encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede
esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de
empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos
O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas
de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um
perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo
eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias
e subcategorias avaliadas no sistema AQUA
39
Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno
Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel
Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios
Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila
2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo
Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)
Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)
3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental
Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras
Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras
4) Gestatildeo da energia
Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica
Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados
5) Gestatildeo da aacutegua
Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel
Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais
6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo
Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
40
8) Conforto higroteacutermico
Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial
9) Conforto acuacutestico
Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos
Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes
10) Conforto visual
Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)
Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel
11) Conforto olfativo
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de odores desagradaacuteveis
12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas
13) Qualidade sanitaacuteria do ar
Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz
Controle das fontes de poluiccedilatildeo
14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas
Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas
Controle da temperatura na rede interna
Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom
superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas
fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos
trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema
natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global
Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)
41
2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso
A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para
edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em
fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute
dividido em cinco partes
I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)
Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho
II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)
Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio
III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)
Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento
IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)
Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio
V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)
Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo
Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a
Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias
Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo
Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E
Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis
Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12
Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4
Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI
Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI
Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5
Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI
Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI
Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4
Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI
Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI
Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI
Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI
Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI
SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis
QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis
Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)
42
Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em
todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o
niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a
letra ldquoSrdquo
Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA
Fonte Referencial AQUA (2010)
43
3 METODOLOGIA
A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois
visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a
tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando
haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por
ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma
de um estudo de caso (GIL 2008)
A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o
objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer
pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura
Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia
utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa
fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente
descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode
humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do
fenocircmeno (GEPHART 2004)
Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em
algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo
Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de
Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue
Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR
estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para
avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais
anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso
fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini
levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave
construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde
referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura
realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio
Verde
44
Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso
Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo
Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da
presente dissertaccedilatildeo
45
4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR
41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO
Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados
Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados
Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo
relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa
convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas
atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou
ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis
nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das
Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus
tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino
Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo
uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se
posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a
sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas
praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal
do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute
localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a
Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com
quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de
Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do
terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso
(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo
desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das
atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio
tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de
Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro
46
aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee
uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo
para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)
Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos
Fonte Google Earth (2011)
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE
A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr
e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo
com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda
responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame
baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas
do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do
Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2
47
Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV
Fonte A autora (2012)
Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV
Fonte A autora (2012)
48
Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
49
A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a
parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de
produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental
estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem
contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o
DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo
O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica
possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para
captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o
conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros
O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra
concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV
necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram
ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de
resiacuteduos
Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
50
Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de
acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se
pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico
foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)
que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor
Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas
sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo
iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde
conforme Figuras 13 e 14
Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
51
A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No
revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil
no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada
suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com
carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas
LED
Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV
Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de
2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash
Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril
em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a
ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o
Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por
contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade
52
5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV
Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a
mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash
Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas
pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a
parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas
511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo
Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente
buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)
exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna
vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade
ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos
itens
comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade
ambiental desejado o qual deve ser justificado
implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de
competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo
documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo
gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade
ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas
aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos
definidos no perfil de qualidade ambiental
Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o
modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para
hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais
estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2
A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com
os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade
urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV
53
Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
Fonte A autora (2012)
Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados
apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade
acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida
como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que
priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade
urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida
Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos
desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser
visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel
excelente
54
Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV
Fonte A autora (2011)
512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo
A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca
Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da
Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos
exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se
ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo
que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior
detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo
55
Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno
1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo
QI 11
Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de
desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende
QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende
QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende
QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende
QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende
QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende
QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende
QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende
QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende
QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende
QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva
Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
1 Avaliaccedilatildeo
CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende
CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende
CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica
CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de
condicionamento de ar Natildeo se aplica
Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno
Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13
QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos
meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende
Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para
estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar
Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com
dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA
Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar
Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir
de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar
Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios
ciclistasS E 4 X
Garantir a proximidade com
os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende
NA - Natildeo se aplica
X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo
Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento
especialmente os menos poluentes
Veiacuteculos particulares
Favorecer o uso de veiacuteculos
limpos
Favorecer o uso de modos de
deslocamento menos
poluentes
Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13
Fonte Referencial AQUA (2010)
56
O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba
possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de
transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da
cidade
A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com
embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de
ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade
A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas
accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os
serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do
transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de
Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano
Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte
interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos
Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios
Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba
responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e
internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada
ou de escala
O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente
164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos
Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido
aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de
ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena
localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de
Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a
implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos
da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos
Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade
QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave
funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva
Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de
conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva
Acessibilidade
Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
57
O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se
trata de um item obrigatoacuterio
O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR
90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas
Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados
dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas
Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual
Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio
Item 7314 - Bacia com altura inferior
Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos
Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades
podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para
acesso ao mezanino
Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos
O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo
descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo
2 Avaliaccedilatildeo
QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende
QI 22
Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no
empreendimento Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
2 Avaliaccedilatildeo
MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 23
Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas
de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende
MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende
MQI 26
Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos
revestimentos internos Atende
Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos
Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
58
Criteacuterios avaliados no item QI 22
QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do
empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a
incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de
recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para
o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos
de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o
consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso
reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos
E 2 Atende
Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia
de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil
considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material
reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a
destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio
E 5 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende
Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da
famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende
A partir do
inventaacuterio de
materiais de
construccedilatildeo
(desenvolvido no
SGO) apresentar
para a famiacutelia de
produtos da obra
limpa (definidas
B
Valorizaccedilatildeo do
conhecimento da
contribuiccedilatildeo dos
produtos de
construccedilatildeo aos
impactos
ambientais e
sanitaacuterios do
empreendimento
Atende
Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111
Fonte Referencial AQUA (2010)
O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a
construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios
econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do
Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das
americanas utilizam esta tecnologia
Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a
concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora
alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso
a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase
de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel
com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos
resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS
CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou
59
apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel
montar a estrutura do EV in loco
A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de
toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para
o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em
Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees
No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando
concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)
sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este
procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para
evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em
funccedilatildeo de uma chuva mais forte
Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado
(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de
pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois
de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP
Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga
utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da
chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e
aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding
60
Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do
telhado
Figura 19 - Modelo construtivo wood frame
Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)
Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como
isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do
fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de
vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de
pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida
quando em processo de combustatildeo
61
Figura 22 - Painel Smartside
Fonte LP BRASIL (2012)
Figura 23 - Siding Vinilico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
Figura 24 - Painel TechShield
Fonte LP BRASIL (2012)
62
Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso
como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo
pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no
contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a
degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere
ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato
de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa
No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras
horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e
ranhuras a cada 200 mm
Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces
com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente
dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em
paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97
da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza
a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no
formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm
Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia
(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram
as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)
Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)
63
Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I
Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)
As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino
satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes
cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e
constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando
a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de
63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg
Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame
Fonte LP BRASIL (2012)
A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada
em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras
64
telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia
mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por
estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural
que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha
Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura
O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO
de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus
reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo
possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva
sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela
empresa Cebrace
Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta
Fonte MADO (2012)
No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso
elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de
loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo
mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza
65
maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio
rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na
mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento
Figura 31 ndash Piso elevado modular
Fonte REMASTER (2012)
O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular
reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)
que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do
carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma
instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso
Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes
aleacutergicos
Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile
Fonte Interface FLOR (2012)
Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da
empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta
Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da
66
empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande
flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade
Figura 33 ndash Sistema hidro-pex
Fonte EPEX (2012)
Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental
3 Avaliaccedilatildeo
CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende
CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende
Canteiro de obra com baixo impacto ambiental
Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)
pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio
O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos
resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens
plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de
gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo
civil
67
Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia
4 Avaliaccedilatildeo
QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios
QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas
QI 43
Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao
aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende
QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende
QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende
QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende
Gestatildeo de Energia
Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
4 Avaliaccedilatildeo
CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende
CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende
CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende
CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende
CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende
CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica
Gestatildeo de Energia
Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no item QI 44
QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da
porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel
(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade
escolhida
E 2 Atende
- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por
uma EnRE 1 NA
- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias
renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de
aacuterea uacutetil em energia primaacuteria
E 1 Atende
- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA
NA - Natildeo se aplica
Pontos
complementares
desempenho da
modalidade
explorada
Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)
Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44
Fonte Referencial AQUA (2010)
68
O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave
rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos
KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados
em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal
(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de
dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse
painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que
converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um
inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo
e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o
sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo
elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento
automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2010)
O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10
moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T
sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com
barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do
tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias
respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas
fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo
utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
Figura 34 ndash Painel fotovoltaico
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)
69
O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga
banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem
acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para
atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica
da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)
A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia
gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de
irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo
incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes
iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e
fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)
Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de
junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite
projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute
proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior
incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de
inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta
os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a
energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR
CASAGRANDE JR 2012)
Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV
Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)
70
Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica
(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida
pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro
desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um
funcionamento ininterrupto limpo e silencioso
Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua
5 Avaliaccedilatildeo
QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende
QI 52
Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou
outros usos Atende
QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende
QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica
QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende
MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
5 Avaliaccedilatildeo
CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende
CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende
CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende
CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende
CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua
CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas
Gestatildeo da Aacutegua
Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2
71
Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53
QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende
nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio
uso do edifiacutecioE 1 NA
nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA
QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
20 a 40E 2 Atende
lt 20 E 5 -----
2 a 10
E 2 -----
gt 10
E 5 Atende
NA - Natildeo se aplica
Medidas tomadas
para economizar
aacutegua
Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes
Coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
presente (para local
pouco urbanizado)
Percentual de
melhoria do
coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo
em relaccedilatildeo agrave
situaccedilatildeo anterior agrave
construccedilatildeo do
empreendimento
(para local
Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53
Fonte Referencial AQUA (2010)
O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio
foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a
quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada
pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de
telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros
foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a
zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua
potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por
pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos
nuacutemeros levantados no escritoacuterio
Aacutegua Fonte consumidora Local
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino
Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino
Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino
Reuso Torneira de jardim Jardim
Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua
72
Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV
Fonte NOVAES(2013)
Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial
Fonte NOVAES (2013)
O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de
accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e
pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal
da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de
1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta
73
colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta
de aacutegua pluvial
O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma
boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba
pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a
aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a
funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)
Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial
Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)
74
Figura 37 ndash Jardim vertical do EV
Fonte A autora (2012)
Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua
com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que
eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas
pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)
Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico
Fonte SIMEPAR (2012)
Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo
Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era
ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de
impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)
75
Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)
Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em
057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui
aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)
Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV
Aacuterea total (msup2) 4182
Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)
Deck frontal 633
Concreto lateral direita 2061
Deck Fundos 3283
Concreto lateral esquerda 1944
Entrada carro 7752
Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819
Total (msup2) 23864
Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057
Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)
Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por
piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de
lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se
destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante
Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu
Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)
76
o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e
mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser
preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras
Figura 39 ndash Piso plast floor
Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)
iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma
prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto
permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante
Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran
Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)
Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
6 Avaliaccedilatildeo
CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende
CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende
Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio
Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
77
Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira
Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos
entre outros)
Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista
plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida
latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)
Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico
guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas
esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos
banheiros
O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e
baterias
O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos
REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico
Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do
Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos
departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta
armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um
plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental
ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo
Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de
computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam
espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam
a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a
comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de
extensatildeo universitaacuteria
Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental
7 Avaliaccedilatildeo
QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende
QI 72
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante
a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 73
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a
operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende
QI 74
Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso
do edifiacutecio
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
78
7 Avaliaccedilatildeo
MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
7 Avaliaccedilatildeo
CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar
CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar
CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar
CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar
CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar
CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar
Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental
Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterios avaliados no CQI 71
(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo
Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivasB Implantar
Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo
preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento
abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas
Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e
corretivas
S Implantar
A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que
permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar
A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana
para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende
Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71
Fonte Referencial AQUA (2010)
79
Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico
8 Avaliaccedilatildeo
QI 81
Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto
no inverno Atende
QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende
QI 83
Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no
veratildeo
QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende
QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende
Conforto Higroteacutermico
Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
8 Avaliaccedilatildeo
CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica
CQI 82
Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento
resfriamento Natildeo se aplica
CQI 83
Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto
higroteacuternico Natildeo se aplica
Conforto Higroteacutermico
Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S
Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) S
Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de
referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2
Identificar os
espaccedilos sensiacuteveis
agrave velocidade do
ar no inverno
como no veratildeo E
velocidade
maacutexima do ar no
Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com
temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e
julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC
Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo
Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba
a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas
desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o
calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012
80
Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno
Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila Data
Temperatura
(degc) externa
meacutedia diaacuteria
Temperatura
(degc) interna EV
meacutedia diaacuteria
Diferenccedila
6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228
712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292
722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267
732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14
742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063
752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196
762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006
772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259
782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086
792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244
7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156
7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08
7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376
7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105
7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11
7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173
7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189
7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098
As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as
temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom
desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo
das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e
fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo
com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente
O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais
baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou
uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a
temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura
externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC
81
Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima
O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de
temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este
aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1
minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de
operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade
relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa
Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos
Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico
9 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende
QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende
Conforto acuacutestico
Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
9 Avaliaccedilatildeo
MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva
MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos
Conforto acuacutestico
Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
82
9 Avaliaccedilatildeo
CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos
CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes
CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende
CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos
CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende
Conforto acuacutestico
Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83
Fonte Referencial AQUA (2010)
Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos
Fonte Referencial AQUA (2007)
As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas
por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo
haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se
esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de
placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o
escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os
ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de
elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao
salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios
em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha
o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes
83
Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados
Fonte GREGORI (2011)
No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando
que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma
atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos
pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio
demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem
de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao
mesmo
Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o
cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e
conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se
mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a
construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor
medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de
incerteza superior
84
Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do
paracircmetro
conforme2142 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034
acima do paracircmetro
conforme640 abaixo do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do
paracircmetro
conforme3098 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme1965
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605
Natildeo conforme5120
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2096
acima do paracircmetro
Resultados obtidos em dB(A)
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro Normativo
Mediccedilatildeo Incerteza
Fonte GREGORI (2011)
Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado
superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto
poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave
aceitabilidade
Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Paracircmetro
normativo
Aceitaacutevel
para
finalidade
Valor
considerado
Comparaccedilatildeo para
conforto
Comparaccedilatildeo para
aceitabilidade
Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573
acima do paracircmetro
conforme1542 abaixo
do paracircmetro
Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891
acima do paracircmetro
conforme027 acima do
paracircmetro
Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636
acima do paracircmetro
conforme2637 abaixo
do paracircmetro
Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2715
acima do paracircmetro
Construccedilatildeo
Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635
Natildeo conforme5870
acima do paracircmetro
Natildeo conforme2696
acima do paracircmetro
Locais de mediccedilatildeo
Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)
Mediccedilatildeo Incerteza
Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)
Fonte GREGORI (2011)
No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de
atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas
Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da
Universidade Federal do Paranaacute
Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma
das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do
centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA
Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de
pressatildeo sonora de 705 dBA
85
Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e
Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera
mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia
Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo
Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de
referecircncia
desvio
da curva
desvios
desfavoraacuteveis
curva de
referecircncia
deslocada
de 24 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
curva de
referecircncia
deslocada de
28 dB
desvios
indesejaacuteveis
da curva
deslocada
625 155
125 233 36 -127 -127 12 113 8 153
250 238 45 -212 -212 21 28 17 68
500 305 52 -215 -215 28 25 24 65
1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07
2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86
1207 173 93
meacutedia 2414
Meacutedia dos
negativos 346
Meacutedia dos
negativos 186
meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado
Fonte SCHMID (2013)
O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se
que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo
de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas
autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O
resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5
Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica
Fonte SCHMID (2013)
86
A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo
estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento
acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees
Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em
velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de
80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem
ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de
Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500
veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a
serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave
velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA
Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo
de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA
Categoria 10 ndash Conforto visual
10 Avaliaccedilatildeo
QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende
QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende
QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende
QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto
QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial
QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende
Conforto visual
Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
10 Avaliaccedilatildeo
CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende
CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende
Conforto visual
Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101
QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
BAtende
Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz
do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende
Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende
No caso de
edifiacutecios
comerciais
Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou
recepccedilatildeo principal
Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
87
O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto
de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para
captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao
ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a
finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo
Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV
Fonte CASAGRANDE JR (2012)
O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED
(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras
Categoria 11 ndash Conforto olfativo
11 Avaliaccedilatildeo
QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo
QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende
QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
88
11 Avaliaccedilatildeo
CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica
Conforto olfativo
Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B Atende
S
B
E 2
E 2
E 4 Atende
Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis
sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo
Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo
mecacircnica ou natural controlada)
Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo
prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta
Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja
pertinente
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual
de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada
Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de
janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo
natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser
previsto
Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112
Fonte Referencial AQUA (2010)
A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da
ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila
de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar
interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado
Figura 43 ndash Efeito chamineacute
Fonte LAMBERTS (2004)
89
Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
12 Avaliaccedilatildeo
QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica
QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende
QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
12 Avaliaccedilatildeo
CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende
CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende
Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
provenientes do entorno imediato B
provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S
Para as fontes - energia e fontes
telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das
fontes emissoras de ondas
eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia
e das fontes de radiofrequecircncia
Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121
Fonte Referencial AQUA (2010)
O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios
campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se
necessaacuterio um estudo especiacutefico
A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal
Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos
campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente
Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de
Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues
comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a
principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele
os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os
maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios
90
equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador
raacutedio e TV (STF 2013)
Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar
13 Avaliaccedilatildeo
QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende
QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende
QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica
QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
13 Avaliaccedilatildeo
CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende
CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende
CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende
CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende
CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende
Qualidade sanitaacuteria do ar
Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
91
MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B
Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende
Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos
internos renovadosE 2
Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores
de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que
tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou
naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos
renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo
E 2
Piso 1000 e Parede 1000 E 1
Piso 250 e Parede 500 E 2
Piso 625 e Parede 125 E 1
Piso e parede 40 E 2
Piso e parede 20 E 3
Piso e parede 10 E 4
5 E 1
25 E 2
1 E 2
E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos
internos renovados
Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de
acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em
contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3
Taxa de COV piso e
paredes
Formaldeiacutedos piso
e paredes
Canceriacutegenos ou
substacircncias
causadoras de
efeitos geneacuteticos
hereditaacuterios ou
causadoras de
impotecircncia
reprodutiva o
conjunto de
produtos
constituintes das
Na ocasiatildeo de
renovaccedilatildeo de
revestimentos
internos (pisos
paredes tetos
materiais de
acabamento)
Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131
Fonte Referencial AQUA (2010)
A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV
(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a
rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um
grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou
registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo
de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio
da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida
que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases
na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo
abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem
utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem
(VANZOLINI 2013)
92
Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
14 Avaliaccedilatildeo
QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas
QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende
QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI
Fonte Referencial AQUA (2010)
14 Avaliaccedilatildeo
CQI 141
Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo
preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica
CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica
CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende
CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende
Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI
Fonte Referencial AQUA (2010)
QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo
B
SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro
Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No
caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na
aacutegua
Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141
Fonte Referencial AQUA (2010)
Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX
(Polietileno de alta densidade reticulado)
513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas
O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP
gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52
93
QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS
Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma
economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos
produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)
1- 4
Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na
conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o
meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e
limpeza)
2- 6
QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS
boas praacuteticas no consumo de energia 1
boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1
reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1
poliacutetica de compras 1
QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes
ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5
Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de
um contrato com um produtor de energia3
Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao
periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3
Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de
reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de
sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)
1 - 3
RESIacuteDUOS
ENERGIA
PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA
Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de
sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes
AacuteGUA
MATERIAL ELEacuteTRICO
Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP
Fonte Referencial AQUA (2010)
O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar
poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais
requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento
Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas
sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio
vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana
do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se
interessarem pelo assunto sustentabilidade
94
6 CONCLUSOtildeES
Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a
avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no
estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho
ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees
Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a
forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra
dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e
subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do
item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre
outros
Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no
detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa
projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor
Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da
categoria energia
QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel
Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da
envoltoacuteria Uedif (Wm2K)
Uedif lt Uedif-base + 40
B
Melhorar a aptidatildeo da
envoltoacuteria para limitar
desperdiacutecios
Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41
Fonte Referencial AQUA (2010)
Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo
ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado
menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio
(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo
convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado
com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia
mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os
admissiacuteveis
Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos
precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de
95
variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias
no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo
Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de
COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes
ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no
momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria
Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando
oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns
edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn
As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar
na construccedilatildeo deste referencial
Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees
corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns
requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no
iniacutecio do estudo de caso conclui-se que
Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade
Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos
construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante
da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor
de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a
maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos
materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por
isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil
demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito
estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses
produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas
Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos
resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no
EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de
obra
Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida
o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na
96
geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema
estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em
tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia
Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no
entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua
potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a
coleta de dados
Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel
excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV
ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus
universitaacuterio
Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel
excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer
sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes
anos
Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV
Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom
Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida
podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo
em relaccedilatildeo ao ofuscamento
Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo
alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para
niacutevel bom
Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash
classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes
de campos eletromagneacuteticos
Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo
mantida atende a legislaccedilatildeo vigente
Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo
mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada
pelo sistema de coleta pluvial
97
A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima
QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial
para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima
Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de
fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um
bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil
Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios
exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado
para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV
SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS
Como proposta para trabalhos futuros sugere-se
pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas
elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV
avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV
98
REFEREcircNCIAS
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104
ANEXO 1
Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR
105
ANEXO 2
EnergiaMaterias
primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores
Local e construccedilatildeo
1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno
11 Consideraccedilatildeo do contexto F
12 Implantaccedilatildeo no terreno F F
2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos
21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F
22 Escolhas de processos construtivos F F
23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F
24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F
3 Canteiro de obras
31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F
32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F
33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F
Gestatildeo
4 Energia
41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F
42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo
5 Aacutegua
51 Economia de aacutegua potaacutevel F
52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F
53 Esgotamento sanitaacuterio F
6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio
61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F
62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F
63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F
64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F
7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo
71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F
72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F
73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo
74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F
Conforto
8 Conforto higroteacutermico
81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F
82 No veratildeo F
9 Conforto acuacutestico
91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F
92 Isolamento acuacutestico F F F
93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F
94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F
10 Conforto visual
101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F
102 Iluminaccedilatildeo artificial F
103 Relaccedilatildeo visual com o exterior
104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F
11 Conforto olfativo
111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F
112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F
Sauacutede
12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes
121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F
13 Qualidade sanitaacuteria do ar
131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F
132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F
14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua
141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F
142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo
143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel
F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo
Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo
MO
BIL
IDA
DE
UR
BA
NA
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E
INTERIORES DO EDIFICIO
Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos
ME
LH
OR
AR
O
CO
NF
OR
TO
PR
ES
EE
RV
AR
A S
AU
DE
PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS
PRESERVAR OS
RECURSOS
REDUZIR A
POLUICcedilAtildeO
REDUZIR OS
INCOMODOS
RE
DU
ZIR
OS
RE
SID
UO
S
106
ANEXO 3
Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010